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Planos de aula / Língua Portuguesa / 9º ano / Análise linguística/Semiótica

Reconhecimento de figuras de linguagem (ironia, eufemismo, hipérbole) na tirinha


Por: Leandra Antoneli da Silva Franco / 21 de Fevereiro de 2019

Código: LPO9_09ATS01

Sobre o Plano

Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Professor-autor: Leandra Antoneli da Silva Franco
Mentor: Danyelle Ribeiro Vasconcelos
Especialista: Isabel Fernandes

Título da aula: Reconhecimento de figuras de linguagem (ironia, eufemismo, hipérbole) na tirinha

Finalidade da aula: Reconhecer que, dependendo do contexto enunciativo, as palavras expressam mais do que aparentam; nesta aula, em
particular, para identificar o exagero das emoções (hipérbole), a suavização de uma expressão grosseira ou triste (eufemismo) e o “dizer” algo
diferente daquilo que se quer realmente (ironia).

Ano: 9º ano do Ensino Fundamental

Objeto(s) do conhecimento: Figuras de linguagem

Prática de linguagem: Análise linguística e semiótica

Habilidade(s) da BNCC: EF89LP37

Esta é primeira aula de um conjunto de 3 planos de aula com foco em análise linguística e semiótica. Recomendamos o uso desse plano em sequência.

Materiais complementares

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Plano de aula

Reconhecimento de figuras de linguagem (ironia, eufemismo, hipérbole) na tirinha

Slide 1 Sobre este plano


Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: Esta é a primeira aula de um conjunto de 3 planos de aula com foco em análise linguística e semiótica. A finalidade desse conjunto
de planos é reconhecer as palavras que constroem o efeito de sentido de ironia, eufemismo e hipérbole na tirinha.
Materiais necessários: quadro, projetor (caso não haja, reproduzir material impresso), caderno, tirinhas.
Dificuldades antecipadas : Como as figuras de linguagem da ironia, do eufemismo e da hipérbole são bem comuns na comunicação oral, o aluno pode
não conseguir perceber, na escrita, as palavras usadas para esses recursos linguísticos.
Referências bibliográficas sobre o assunto:
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa . Disponível em:
ttps://edisciplinas.usp.br/pluginfile.../BECHARA_ModernaGramaticaPortuguesa.pdf?>. Acesso em: 31 ago. 2018.
CEREJA, W.; COCHAR, T. Português Linguagens, 8. 8 ed. São Paulo: Atual Editora, 2014.
FIGURAS DE PENSAMENTO . Dicionário online Aulete, 31 ago. 2018. Disponível em: < http://www.aulete.com.br/gram/cap17-03-
figuras_de_pensamento>. Acesso em: 31 ago. 2018.

Slide 2 Tema da aula


Tempo sugerido : 5 minutos
Orientações:
Pergunte aos alunos se nas situações comunicativas cotidianas eles expressam aos seus interlocutores tudo o que pensam sobre o que estão
conversando, se eles se calam ou se eles disfarçam o seu real pensamento.
Peça que um aluno conte, resumidamente, uma situação em que ele foi sincero no diálogo com o outro e por que ele escolheu a sinceridade no seu
discurso.
Chame outro aluno para que narre uma história em que ele se calou para não dizer a verdade e por que ele fez isso.
Escolha outro aluno para contar uma circunstância na qual ele pensou de um modo, mas se expressou de maneira diferente e o motivo disso.
Pergunte para os alunos quem já leu tirinhas. Contextualize que geralmente são publicadas nos principais jornais e que, na aula de hoje, algumas
serão lidas.

Slide 3 Introdução
Tempo sugerido : 15 minutos
Orientações:
Peça a um aluno para ler em voz alta as frases 1, 2 e 3.
Pergunte aos alunos qual a interpretação que eles fazem da frase 1 e se eles já falaram algo parecido; que descrevam qual a circunstância em que isso
aconteceu.
Oriente os alunos a destacarem qual a palavra usada para levá-los a essa interpretação e qual a ideia que essa palavra transmitiu a eles.
Caso alguns alunos não percebam o exagero ao usar “mil vezes”, dê outros exemplos como: “Já falei mil vezes para você não se comportar desse
jeito” ou “Estou morrendo de medo da prova de matemática”. O interessante é eles perceberem que “morrendo de medo” e “mil vezes” se
assemelham quanto ao efeito de sentido.
Faça o mesmo passo a passo anterior de 1 a 4, para as orações 2 e 3, mas troque os exemplos.
Para a segunda frase, “ A concentrada da sua irmã esqueceu o livro de novo!”, capriche na entonação para eles perceberem a ironia, afinal alguém
que é “concentrado”, teoricamente, não seria “esquecido”. Os outros exemplos poderiam ser: “Os políticos brasileiros são as pessoas mais
preocupadas com o próximo!” ou “O boneco Chuck adora crianças!”. Nesses casos, “pessoas mais preocupadas com o próximo” e “adora crianças”
se assemelham justamente porque, se se atentar para os sujeitos, refletem a ideia contrária à exposta, isto é, os políticos não são as pessoas mais
preocupadas com o próximo e o personagem do filme de terror Chuck detesta crianças.
Já para a terceira frase, “Infelizmente, sua avó não resistiu! Sinto muito!”, chame a atenção deles para o não resistir que, nesse contexto, aliado às
palavras “infelizmente” e “sinto muito” levam a interpretação de que resistir é igual a morrer. Algumas outras frases para ilustrar o eufemismo
poderiam ser: “Não se pode faltar com a verdade!” (“Não se pode mentir.”) ou “Fulano partiu!” (referindo-se a alguém que tenha morrido),
ressaltando que há maneiras mais diretas de dizer o conteúdo das orações exemplificadas.

Slide 4 Desenvolvimento

Tempo sugerido : 20 minutos


Orientações:
Peça a dois alunos para lerem a tirinha em voz alta, cada um “interpretando” uma personagem.
Ressalte a pergunta feita no primeiro quadrinho “Será que o filme é bom?”.
Pergunte aos alunos qual é o filme a que as vacas vão assistir (espera-se que respondam a nenhum filme) e por que eles têm a certeza da resposta
(espera-se, também, que a atenção deles esteja voltada para a imagem do segundo quadrinho onde há uma placa com a palavra “Matadouro”, de
mata = do verbo matar + -douro = lugar onde se pratica uma ação, ou seja, lugar onde se mata).
Escolha outro aluno para que ele diga qual a situação desagradável que acontecerá com as vacas. Chame a atenção deles para a ironia da tirinha e
como ela se dá. Uma possibilidade de resposta é que as vacas acreditam ir assistir a um filme, tanto que uma delas comenta que ele “tem um final
bem inesperado!”, mas, no quadrinho seguinte, aparece a imagem do matadouro. Para as vacas, o final também será “bem inesperado”, mas, para
os leitores, a imagem do Matadouro já determina que o final seja o esperado para elas.
Caso haja tempo, discuta o uso dos animais em pesquisas científicas, acadêmicas e farmacêuticas. Indique aos alunos, como curiosidade, o
documentário “Não matarás!” que aborda esse assunto.
Material de apoio: Não Matarás, Instituto Nina Rosa, 2005, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-21F84jvmn4 Acesso em: 31 de
agosto de 2018.

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Plano de aula

Reconhecimento de figuras de linguagem (ironia, eufemismo, hipérbole) na tirinha

Slide 5 Desenvolvimento
Orientações:
Peça a dois alunos para lerem a tirinha em voz alta, cada um “interpretando” uma personagem.
Ressalte as expressões ditas pela cachorro “Eu juro!!!”, “Fui abduzido!”.
Pergunte aos alunos se, pelo contexto, o que o cachorro diz ao Níquel é o que realmente aconteceu a ele. Se não foi, como provar (chame a atenção
dos alunos para relacionar a fala do cachorro com as imagens, em especial quando ele diz “Me colocaram numa nave vermelha!”. O que seria essa
nave? Observe o carro à direita do segundo quadrinho). Então, por que ele diz o que diz? Espera-se que os alunos associam as expressões “Eu juro!!!
Fui abduzido!” ao efeito de sentido do exagero do discurso, ao que, popularmente, chamamos de “drama”.
Questione quem deles nunca usou palavras/expressões para exagerar os sentimentos, para dramatizar as situações cotidianas que, obviamente, não
eram tão intensas assim.
Instigue os alunos a perceberem o que o cachorro quis provocar ao usar essas expressões e se eles, ao se comunicarem em algumas situações também
não querem provocar o mesmo efeito. Depois, explique que esse recurso é outra figura de linguagem que recebe o nome de hipérbole.

Slide 6 Fechamento
Tempo sugerido : 10 minutos
Orientações:
Chame um aluno até o quadro (onde a tabela do slide estará reproduzida) e entregue-lhe uma caneta ou um giz.
Convide os alunos para dizerem, com as próprias palavras, o que entenderam de eufemismo e do seu(s) uso(s). À medida que um dá a sua resposta, o
aluno que está no quadro escreve algumas palavras-chave fora da tabela. Por fim, peça que tentem criar uma frase resumitiva que conceitue a
figura. Escolha a mais objetiva possível, para escrevê-la na tabela. Por exemplo: Definição: “Suavizar o discurso”.
Peça que reproduzam na tabela as palavras usadas nas frases do exemplo e nas tirinhas que dão o efeito de sentido de suavizar o discurso. Espera-se
que coloquem: “não resistiu” e “estou amadurecendo”.
Faça o mesmo do item 1 para “definir” hipérbole (“Exagerar o discurso”). E as expressões usadas são: “mil vezes” e “Eu juro!!! Fui abduzido!”.
Termine o preenchimento da tabela com a definição de ironia (“Dizer o contrário do que se pretendia”.) “Concentrada” e “final inesperado”,
expressões usadas na ironia.
Indague aos alunos se foi mais fácil identificar e entender as figuras de linguagem (ironia, hipérbole e eufemismo) contextualizadas nas tirinhas.
Aliás, é preciso deixar bem claro aos alunos que a interpretação das figuras de linguagem sempre depende do contexto.

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