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DIREITO DO TRABALHO

META 06

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DIREITO DO TRABALHO – META 06

SUMÁRIO

DIREITO DO TRABALHO – META 06 ......................................................................................................... 5

RESUMO DA DOUTRINA ........................................................................................................................................5


1. CONTRATOS DE TRABALHO ESPECIAIS ...................................................................................................5
1.1 Professor (art. 317 a 324 da CLT) .............................................................................................................5
1.2 Aeronauta (Lei nº 13.475/2017) ............................................................................................................. 10
1.3 Aeroviário (Decreto nº 1.232/1962) ...................................................................................................... 22
1.4 Serviços em frigoríficos (art. 253 da CLT)............................................................................................ 24
1.5 Minas de subsolo (art. 293 a 301).......................................................................................................... 25
1.6 Árbitros (Lei 12.867/2013) ....................................................................................................................... 27
1.7 Trabalho aquaviário .................................................................................................................................... 28
QUESTÕES PROPOSTAS .................................................................................................................................... 31

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DIREITO DO TRABALHO – META 06

TEMA DO DIA

[DIREITO DO TRABALHO]

Profissões regulamentadas – Parte II (professor, aeronauta, aeroviário, serviços em frigoríficos,

trabalho em minas de subsolo, árbitros e Trabalho aquaviário).

RESUMO DA DOUTRINA

1. CONTRATOS DE TRABALHO ESPECIAIS

Prezados(as) alunos(as), nessa rodada vamos abordar a temática final das profissões

regulamentadas com a regulamentação da profissão de professor, de aeronauta, aeroviário, serviços

em frigoríficos, minas de subsolo, árbitros e trabalho aquaviário.

Veremos também as relações de trabalho que não configuram vínculo de emprego - relações

de trabalho “lato sensu” - tema recorrente nos concursos da área trabalhista.

1.1 Professor (art. 317 a 324 da CLT)

Atuação como professor: para atuação remunerada do magistério em estabelecimentos

particulares de ensino, a CLT exige somente a habilitação legal e o registro no Ministério da Educação:

Art. 317 da CLT - O exercício remunerado do

magistério, em estabelecimentos particulares de ensino, exigirá apenas

habilitação legal e registro no Ministério da Educação.

Possibilidade lecionar em mais de um turno: O art. 318 da CLT, conforme redação dada pela

Lei 13.415/2017, prevê que o professor pode lecionar em um mesmo estabelecimento por mais de

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um turno, desde que não ultrapasse a jornada de trabalho semanal estabelecida legalmente,

assegurado e não computado o intervalo para refeição.

Art. 318 da CLT. O professor poderá lecionar em

um mesmo estabelecimento por mais de um turno, desde que não ultrapasse

a jornada de trabalho semanal estabelecida legalmente, assegurado e não

computado o intervalo para refeição.

A jornada semanal máxima permitida está prevista no art. 7º, XIII, da Constituição Federal de

1988 no total de 44 horas semanais.

OBSERVAÇÃO!

Antes da Lei nº 13. 415/2017, a antiga redação do art. 318 da CLT previa que a jornada de

trabalho do professor era de, no máximo, 4 aulas consecutivas ou 6 aulas intercaladas:

Art. 318 da CLT (REDAÇÃO ANTIGA): “Num

mesmo estabelecimento de ensino não poderá o professor dar, por dia, mais

de 4 aulas consecutivas, nem mais de 6 intercaladas”.

Pagamento do salário-mínimo do professor: A OJ nº 393 da SDI-I prevê que o professor que

trabalhasse a jornada máxima de 4 aulas consecutivas ou 6 aulas intercaladas, deveria ter garantido

um salário-mínimo integral. Nesse caso, portanto, não poderia ser pago salário proporcional à jornada

de 8 horas previstas na CF/88, porque os professores gozavam de jornada especial:

OJ nº 393 da SDI-I do TST. A contraprestação

mensal devida ao professor, que trabalha no limite máximo da jornada

prevista no art. 318 da CLT, é de um salário mínimo integral, não se cogitando

do pagamento proporcional em relação a jornada prevista no art. 7º, XIII, da

Constituição Federal.

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“Com a mudança no artigo 318 da CLT, prevendo apenas a limitação semanal da jornada de

trabalho, é possível que os professores sejam contratados para jornada de trabalho de 8 horas diárias

e 44 horas semanais. Assim, deixou de existir a previsão de jornada específica para esses

trabalhadores, o que permite o pagamento de salário mínimo proporcional à jornada de trabalho,

conforme previsto aos demais empregados na OJ nº 358, I, da SDI-I do TST.” (CORREIA, 2021)

Orientação Jurisprudencial nº 358 da SDI-I do

TST:

I – Havendo contratação para cumprimento de

jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou

quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário

mínimo proporcional ao tempo trabalhado.

II – Na Administração Pública Direta, autárquica e

fundacional não é válida remuneração de empregado público inferior ao

salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. Precedentes

do Supremo Tribunal Federal (grifos acrescidos).

Vedações aos domingos: os professores não podem realizar aulas e nem exames aos

domingos:

Art. 319 da CLT - Aos professores é vedado, aos

domingos, a regência de aulas e o trabalho em exames.

Jornada em exames: os professores não podem prestar mais de 8 horas de trabalho diárias em

exames, salvo pagamento complementar de cada hora excedente pelo preço correspondente ao de

uma aula.

Remuneração dos professores: é fixada pelo número de aulas semanais, na conformidade dos

horários e o pagamento deve ser realizado mensalmente, considerando o mês como 4 semanas e

meia. Há desconto na remuneração dos professores pelo número de aulas que tiver faltado.

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Art. 320 da CLT - A remuneração dos professores

será fixada pelo número de aulas semanais, na conformidade dos horários.

§ 1º - O pagamento far-se-á mensalmente,

considerando-se para este efeito cada mês constituído de quatro semanas e

meia.

§ 2º - Vencido cada mês, será descontada, na

remuneração dos professores, a importância correspondente ao número de

aulas a que tiverem faltado.

Aumento no número de aulas dos professores: A CLT estabelece que o estabelecimento de

ensino que aumentar o número de aulas deverá remunerar o professor com uma importância

correspondente ao número de aulas excedentes.

Art. 321 da CLT - Sempre que o estabelecimento

de ensino tiver necessidade de aumentar o número de aulas marcado nos

horários, remunerará o professor, findo cada mês, com uma importância

correspondente ao número de aulas excedentes.

Redução do número de aulas dos professores: a redução da carga horário do professor é

permitida e não configura alteração contratual desde que não haja alteração no valor da hora-aula

recebida:

OJ nº 244 da SDI-I do TST: A redução da carga

horária do professor, em virtude da diminuição do número de alunos, não

constitui alteração contratual, uma vez que não implica redução do valor da

hora-aula.

Hipóteses de interrupção do contrato de trabalho (art. 320, § 3º, da CLT): Há previsão de

prazos diferentes para interrupção do contrato de trabalho em razão de casamento ou falecimento

para os professores em relação aos demais empregados.

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Hipótese de interrupção do Professores (art. 320, § 3º, da Demais empregados (art.

contrato de trabalho CLT) 473 da CLT)

Casamento (gala) 9 dias. 3 dias.

Falecimento (luto) 9 dias (cônjuge, do pai ou mãe, 2 dias (falecimento do

ou de filho) cônjuge, ascendente,

descendente, irmão ou

pessoa que, declarada em

sua carteira de trabalho e

previdência social, viva sob

sua dependência

econômica)

Remuneração no período de exames e férias escolares: o professor receberá normalmente

sua remuneração na conformidade horários durante o período de aulas. Dessa forma, se recebeu

durante as aulas o valor de R$ 2.000,00 mensais, receberá no período de recesso escolar e exames

o mesmo valor.

Férias: somente pode ser exigido dos professores o trabalho relacionado com a realização de

exames (art. 322, § 2º, da CLT).

Dispensa sem justa causa (art. 322, § 3º, da CLT): é assegurado ao professor o pagamento

da remuneração devida na hipótese de dispensa sem justa causa. Além disso, de acordo com a

Súmula nº 10 do TST, o direito aos salários do período de férias escolares assegurado aos professores

não exclui o direito ao aviso prévio no término do ano letivo ou nas férias escolares.

Súmula 10 do TST. Professor. Dispensa sem justa

causa. Término do ano letivo ou no curso de férias escolares. Aviso prévio. O

direito aos salários do período de férias escolares assegurado aos professores

(art. 322, caput e § 3º, da CLT) não exclui o direito ao aviso prévio, na hipótese

de dispensa sem justa causa ao término do ano letivo ou no curso das férias

escolares.

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Repouso semanal: o professor que recebe salário à base de hora-aula tem direito ao acréscimo

de 1/6 a título de repouso semanal remunerado, considerando-se para esse fim o mês de 4 semanas

e meia.

Súmula 351 do TST. Professor. Repouso semanal

remunerado. Art. 7º, § 2º, da Lei 605, de 05.01.1949, e art. 320 da CLT. O

professor que recebe salário mensal à base de hora-aula tem direito ao

acréscimo de 1/6 a título de repouso semanal remunerado, considerando-se

para esse fim o mês de quatro semanas e meia.

1.2 Aeronauta (Lei nº 13.475/2017)

Caros(as) alunos(as), a Lei que regulamenta a profissão do Aeronauta é extensa e traz

muitas vezes conceitos incomuns ao Direito do Trabalho como limites de voo e pousos juntamente

com limites de jornada de trabalho. A seguir apresentamos os principais pontos acerca dessa

profissão regulamentada e recomendamos a memorização da legislação tendo em vista que é lei

relativamente recente em matéria de profissão regulamentada.

Lei nº 13.475/2017: regulamenta o exercício da profissão de tripulante de aeronave

denominado aeronauta. São profissões de aeronautas o piloto de aeronave, o comissário de voo e

mecânico de voo (art. 1º).

Obs.: Aeronautas a bordo de aeronave estrangeiro: são submetidos à Lei 13.475/2017 desde

que haja contrato de trabalho regido pela legislação brasileira.

Licença e certificados: para o exercício dessas profissões, exige-se que os trabalhadores sejam

detentores de licença e certificados emitidos pela autoridade de aviação civil brasileira.

Terminologias da lei:

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a) Tripulante de voo: compreende o piloto de aeronave e o mecânico de voo no exercício

de função específica a borda de aeronave, de acordo com as prerrogativas da licença de que é

titular;

b) Tripulante de cabine: é o comissário de voo, no exercício de função específica a borda

de aeronave, de acordo com as prerrogativas da licença de que é titular;

c) Tripulante extra a serviço: é o tripulante e voo ou de cabine que se deslocar a serviço

do empregador, em aeronave própria ou não. Será considerado como tripulante a serviço no

que diz respeito aos limites da jornada de trabalho, ao repouso e à remuneração;

d) Instrutor de voo: piloto de aeronave contratado para ministrar treinamento em voo em

aeronave empregada no serviço aéreo especializado.

Serviços do aeronauta: são prestados nos seguintes serviços aéreos:

a) serviço de transporte aéreo público regular e não regular, exceto na modalidade de

táxi aéreo;

b) serviço de transporte aéreo público não regular na modalidade de táxi aéreo;

c) serviço aéreo especializado (SAE), prestado por organização de ensino, na modalidade

de instrução de voo;

d) demais serviços aéreos especializados, abrangendo as atividades definidas pela Lei nº

7.565, de 19 de dezembro de 1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica) e pela autoridade de

aviação civil brasileira;

e) serviço aéreo privado, entendido como aquele realizado, sem fins lucrativos, a serviço

do operador da aeronave.

Funções a bordo da aeronave: Os tripulantes de voo exercem as seguintes funções a bordo da

aeronave:

a) I - comandante: piloto responsável pela operação e pela segurança da aeronave,

exercendo a autoridade que a legislação lhe atribui. Será indicado pelo operador e atuará como

seu preposto durante todo o voo.

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b) II - copiloto: piloto que auxilia o comandante na operação da aeronave; e

c) III - mecânico de voo: auxiliar do comandante, encarregado da operação e do controle

de sistemas diversos, conforme especificação dos manuais técnicos da aeronave.

Tripulação: é o conjunto de tripulantes de voo e de cabine que exercem função a bordo de

aeronave. O tripulante, sem prejuízo das atribuições originalmente designadas, não poderá exercer,

simultaneamente, mais de uma função a bordo de aeronave, mesmo que seja titular de licenças

correspondentes.

Diferentes tipos de tripulação:

a) Tripulação mínima: é a determinada na forma da certificação de tipo da aeronave,

homologada pela autoridade de aviação civil brasileira, sendo permitida sua utilização em voos

locais de instrução, de experiência, de vistoria e de traslado.

b) Tripulação simples: é a constituída de uma tripulação mínima acrescida, quando for o

caso, dos tripulantes necessários à realização do voo.

c) Tripulação composta: é a constituída de uma tripulação simples acrescida de um

comandante, de um mecânico de voo, quando o equipamento assim o exigir, e de, no mínimo,

25% (vinte e cinco por cento) do número de comissários de voo.

d) Tripulação de revezamento: é a constituída de uma tripulação simples acrescida de

um comandante, de um piloto, de um mecânico de voo, quando o equipamento assim o exigir,

e de 50% (cinquenta por cento) do número de comissários de voo. A tripulação de revezamento

só poderá ser empregada em voos internacionais.

Subordinação ao comandante: Os membros de uma tripulação são subordinados técnica e

disciplinarmente ao comandante, durante todo o tempo em que transcorrer a viagem.

Profissão privativa de brasileiro nato ou naturalizado: nos termos do art. 6º as profissões de

piloto de aeronave, mecânico de voo e comissário de voo são privativas de brasileiros natos ou

naturalizados. As empresas brasileiras, em serviço aéreo internacional, podem se utilizar e

comissários de voo estrangeiros até o limite de 1/3 dos comissários a bordo da mesma aeronave.

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Contrato de trabalho: A função remunerada dos tripulantes a bordo de aeronave deverá,

obrigatoriamente, ser formalizada por meio de contrato de trabalho firmado diretamente com o

operador da aeronave.

Prestação de serviços para operador que não tenha contrato de trabalho firmado: somente

é admitido quando o serviço aéreo não constituir atividade fim, e desde que por prazo não superior

a 30 dias consecutivos, contado da data de início da prestação dos serviços. Essa hipótese não pode

ocorrer por mais de uma vez por ano e deve ser formalizada por contrato escrito, sob pena de

presunção de vínculo empregatício do tripulante diretamente com o operador da aeronave.

Não aplicação para órgão ou entidade da administração pública: as regras sobre o contrato

de trabalho não são aplicadas se o operador de aeronave for órgão ou entidade da administração

pública, no exercício de missões institucionais ou de poder de polícia.

Base contratual: é a matriz ou filial onde o contrato de trabalho do tripulante estiver registrado.

Resguardados os direitos e as condições previstos nesta Lei, os demais direitos, condições de

trabalho e obrigações do empregado estarão definidos no contrato de trabalho e poderão ser

devidamente regulados em convenção ou acordo coletivo de trabalho, desde que não ultrapassem

os parâmetros estabelecidos na regulamentação da autoridade de aviação civil brasileira.

Transporte gratuito: Será fornecido pelo empregador transporte gratuito aos tripulantes de

voo e de cabine sempre que se iniciar ou finalizar uma programação de voo em aeroporto situado a

mais de 50 (cinquenta) quilômetros de distância do aeroporto definido como base contratual.

Tempo de deslocamento do aeroporto base para o aeroporto designado para o início do voo:

O tempo de deslocamento entre o aeroporto definido como base contratual e o aeroporto designado

para o início do voo será computado na jornada de trabalho e não será remunerado.

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Escala de trabalho do aeronauta no serviço aéreo público regular ou não: A prestação de

serviço do tripulante empregado no serviço aéreo público, respeitados os períodos de folgas e

repousos regulamentares, será determinada por meio de:

I - escala, no mínimo mensal, divulgada com antecedência mínima de 5 (cinco) dias,

determinando os horários de início e término de voos, serviços de reserva, sobreavisos e folgas,

sendo vedada a consignação de situações de trabalho e horários não definidos;

II - escala ou convocação, para realização de cursos, reuniões, exames relacionados a

treinamento e verificação de proficiência técnica.

Exceção para 4 meses do ano: é possível a divulgação de escala semanal de voo, serviços de

reserva, sobreavisos e folgas com antecedência mínima de 2 dias, para a primeira semana de cada

mês, e de 7 dias para as demais semanas.

Voos cargueiros: admite-se escala semana nos moldes mencionados no tópico anterior.

Alteração por norma coletiva: Os limites de escala podem ser alterados por convenção ou

acordo coletivo de trabalho, desde que não ultrapassem os parâmetros estabelecidos no regulamento

da autoridade de aviação civil brasileira.

Escala de trabalho para todos os demais serviços aéreos: será realizada da seguinte forma:

I - escala, no mínimo semanal, divulgada com antecedência mínima de 2 (dois) dias,

determinando os horários de início e término de voos, serviços de reserva, sobreavisos e folgas,

sendo vedada a consignação de situações de trabalho e horários não definidos;

II - escala ou convocação, para realização de cursos, reuniões, exames relacionados a

treinamento e verificação de proficiência técnica.

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Acomodações para descanso a bordo de aeronave: Será assegurado aos tripulantes de voo e

de cabine, quando estiverem em voo com tripulação composta ou de revezamento, descanso a bordo

da aeronave, em acomodação adequada, de acordo com as especificações definidas em norma

estabelecida pela autoridade de aviação civil brasileira.

Limites de voo e de pouso: Denomina-se hora de voo ou tempo de voo o período

compreendido desde o início do deslocamento, quando se tratar de aeronave de asa fixa, ou desde a

partida dos motores, quando se tratar de aeronave de asa rotativa, até o momento em que,

respectivamente, se imobiliza a aeronave ou se efetua o corte dos motores, ao término do voo (“calço

a calço”).

Limites de horas de voo e de pousos para os tripulantes de serviços aéreos públicos em uma

mesma jornada de trabalho:

I - 8 (oito) horas de voo e 4 (quatro) pousos, na hipótese de integrante de tripulação mínima ou

simples. É possível o aumento em 1 pouso a critério do empregador com duas horas a mais de

repouso que precede a jornada;

II - 11 (onze) horas de voo e 5 (cinco) pousos, na hipótese de integrante de tripulação composta;

III - 14 (catorze) horas de voo e 4 (quatro) pousos, na hipótese de integrante de tripulação de

revezamento; e

IV - 7 (sete) horas sem limite de pousos, na hipótese de integrante de tripulação de

helicópteros.

OBSERVAÇÃO!

Desvio para aeroporto de alternativa: permite o acréscimo de mais 1 pouso;

Operação de aeronaves convencionais e turbo-hélice: permite o acréscimo de mais 2 pousos.

Limites de horas de voo para os tripulantes dos demais serviços aéreos em uma mesma

jornada: para os demais serviços aéreos somente há limite de horas de voo, mas não de pousos:

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I - 9 (nove) horas e 30 (trinta) minutos de voo, na hipótese de integrante de tripulação mínima

ou simples;

II - 12 (doze) horas de voo, na hipótese de integrante de tripulação composta;

III - 16 (dezesseis) horas de voo, na hipótese de integrante de tripulação de revezamento;

IV - 8 (oito) horas de voo, na hipótese de integrante de tripulação de helicópteros.

Limites mensais e anuais de horas de voo:

I - 80 (oitenta) horas de voo por mês e 800 (oitocentas) horas por ano, em aviões a jato;

II - 85 (oitenta e cinco) horas de voo por mês e 850 (oitocentas e cinquenta) horas por ano, em

aviões turbo-hélice;

III - 100 (cem) horas de voo por mês e 960 (novecentas e sessenta) horas por ano, em aviões

convencionais;

IV - 90 (noventa) horas de voo por mês e 930 (novecentas e trinta) horas por ano, em

helicópteros.

Limites da jornada de trabalho: Jornada é a duração do trabalho do tripulante de voo ou de

cabine, contada entre a hora da apresentação no local de trabalho e a hora em que ele é encerrado.

Apresentação nos aeroportos: deve ocorrer com 30 minutos de antecedência da hora prevista

para o início do voo.

Encerramento da jornada: 30 minutos após a para final dos motores nos voos domésticos e

45 minutos nos voos internacionais.

Jornada dos tripulantes em serviços aéreos públicos:

I - 9 (nove) horas, se integrantes de uma tripulação mínima ou simples;

II - 12 (doze) horas, se integrantes de uma tripulação composta;

III - 16 (dezesseis) horas, se integrantes de uma tripulação de revezamento.

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Jornada dos tripulantes nos demais serviços aéreos:

I - 11 (onze) horas, se integrantes de uma tripulação mínima ou simples;

II - 14 (catorze) horas, se integrantes de uma tripulação composta;

III - 18 (dezoito) horas, se integrantes de uma tripulação de revezamento.

Duração semanal e mensal do trabalho: a duração do trabalho dos tripulantes não poderá

exceder a 44 horas semanais e 176 mensais computados os tempos de:

I - jornada e serviço em terra durante a viagem;

II - reserva e 1/3 (um terço) do sobreaviso;

III - deslocamento como tripulante extra a serviço;

IV - adestramento em simulador, cursos presenciais ou a distância, treinamentos e reuniões;

V - realização de outros serviços em terra, quando escalados pela empresa.

Possibilidade de alteração por negociação coletiva: admite a alteração do limite semanal de

trabalho por instrumento coletivo desde que respeitado o limite mensal de 176 horas e observados

os parâmetros da autoridade de aviação civil.

Interrupção da jornada:

Art. 38. Em caso de interrupção de jornada, os

tripulantes de voo ou de cabine empregados nos serviços aéreos definidos

nos incisos II, IV e V do caput do art. 5º, quando compondo tripulação mínima

ou simples, poderão ter suas jornadas de trabalho acrescidas de até a metade

do tempo da interrupção, nos seguintes casos:

I - quando houver interrupção da jornada fora da

base contratual, superior a 3 (três) horas e inferior a 6 (seis) horas

consecutivas, e for proporcionado pelo empregador local para descanso

separado do público e com controle de temperatura e luminosidade;

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II - quando houver interrupção da jornada fora da

base contratual, superior a 6 (seis) horas e inferior a 10 (dez) horas

consecutivas, e forem proporcionados pelo empregador quartos individuais

com banheiro privativo, condições adequadas de higiene e segurança, mínimo

ruído e controle de temperatura e luminosidade.

Ampliação dos limites de jornada: é possível a ampliação em 60 minutos a critério exclusivo

do comandante nos seguintes casos:

1) Inexistência, em local de escala regular, de acomodações apropriada para o repouso

da tripulação e dos passageiros;

2) Espera muito longa, fora da base contratual, em local de espera regular intermediária,

ocasionada por condições meteorológicas desfavoráveis e trabalho de manutenção não

programada;

3) por imperiosa necessidade, entendida como a decorrente de catástrofe ou problema

de infraestrutura que não configure caso de falha ou falta administrativa da empresa.

Hora noturna: será computada como de 52 minutos e 30 segundos.

Horário noturno: Se realizado em terra é aquele entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia

seguinte. Se estiver em voo, é aquele realizado entre 18 horas de um dia e 6 horas do dia seguinte.

Sobreaviso: é o período não inferior a 3 (três) horas e não excedente a 12 (doze) horas em que

o tripulante permanece em local de sua escolha à disposição do empregador, devendo apresentar-

se no aeroporto ou em outro local determinado, no prazo de até 90 (noventa) minutos, após receber

comunicação para o início de nova tarefa. As horas de sobreaviso são pagas à base de 1/3 do valor

da hora de voo.

Caso o tripulante de voo ou de cabine não seja convocado para uma tarefa durante o período

de sobreaviso, o tempo de repouso mínimo de 8 (oito) horas deverá ser respeitado antes do início de

nova tarefa.

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Limite de sobreaviso nos serviços aéreos públicos: O tripulante de voo ou de cabine

empregado no serviço aéreo previsto no inciso I do caput do art. 5º terá a quantidade de sobreavisos

limitada a 8 (oito) mensais, podendo ser reduzida ou ampliada por convenção ou acordo coletivo de

trabalho, observados os limites estabelecidos na regulamentação da autoridade de aviação civil

brasileira.

Reserva: é o período em que o tripulante de voo ou de cabine permanece à disposição, por

determinação do empregador, no local de trabalho. A hora de reserva será paga na mesma base da

hora de voo. A duração da reserva para os que atuam em serviços aéreos públicos é de, no mínimo,

3 horas e no máximo 6 horas. Já para os demais serviços aéreos é de, no mínimo, 3 horas e, no

máximo, 10 horas.

Períodos de repouso do aeronauta: é o período ininterrupto, após uma jornada, em que o

tripulante fica desobrigado da prestação de qualquer serviço. É assegurada ao tripulante, fora de sua

base contratual, acomodação adequada para repouso e transporte entre o aeroporto e o local de

repouso, e vice-versa.

Tempo mínimo de repouso: O tempo mínimo de repouso terá duração relacionada ao tempo

da jornada anterior, observando-se os seguintes limites:

I - 12 (doze) horas de repouso, após jornada de até 12 (doze) horas;

II - 16 (dezesseis) horas de repouso, após jornada de mais de 12 (doze) horas e até 15 (quinze)

horas;

III - 24 (vinte e quatro) horas de repouso, após jornada de mais de 15 (quinze) horas.

Folga do aeronauta: é o período não inferior a 24 (vinte e quatro) horas consecutivas em que

o tripulante, em sua base contratual, sem prejuízo da remuneração, está desobrigado de qualquer

atividade relacionada com seu trabalho. Em regra, a folga deverá ter início, no máximo, após o 6º

(sexto) período consecutivo de até 24 (vinte e quatro) horas, contada a partir da apresentação do

tripulante, observados os limites da duração da jornada de trabalho e do repouso.

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Art. 50 da Lei nº 13.475/2-17. Folga é o período

não inferior a 24 (vinte e quatro) horas consecutivas em que o tripulante, em

sua base contratual, sem prejuízo da remuneração, está desobrigado de

qualquer atividade relacionada com seu trabalho.

§ 1º Salvo o previsto nos §§ 2º e 3º do art. 41, a

folga deverá ter início, no máximo, após o 6º (sexto) período consecutivo de

até 24 (vinte e quatro) horas, contada a partir da apresentação do tripulante,

observados os limites da duração da jornada de trabalho e do repouso.

§ 2º Os períodos de repouso mínimo regulamentar

deverão estar contidos nos 6 (seis) períodos consecutivos de até 24 (vinte e

quatro) horas previstos no § 1º deste artigo.

§ 3º No caso de voos internacionais de longo curso,

o limite previsto no § 1º deste artigo poderá ser ampliado em 36 (trinta e seis)

horas, ficando o empregador obrigado a conceder ao tripulante mais 2 (dois)

períodos de folga no mesmo mês em que o voo for realizado, além das folgas

previstas neste artigo e no art. 51.

§ 4º Os limites previstos nos §§ 1º e 2º deste artigo

poderão ser alterados por convenção ou acordo coletivo de trabalho,

observados os parâmetros determinados na regulamentação da autoridade

de aviação civil brasileira.

Art. 51. O tripulante empregado no serviço aéreo

previsto no inciso I do caput do art. 5º terá número mensal de folgas não

inferior a 10 (dez), das quais pelo menos 2 (duas) deverão compreender um

sábado e um domingo consecutivos, devendo a primeira destas ter início até

as 12 (doze) horas do sábado, no horário de Brasília.

§ 1º O número mensal de folgas previsto neste

artigo poderá ser reduzido até 9 (nove), conforme critérios estabelecidos em

convenção ou acordo coletivo de trabalho.

§ 2º Quando o tripulante concorrer parcialmente à

escala de serviço do mês, por motivo de férias ou afastamento, aplicar-se-á a

20
PRÉ-EDITAL AFT
DIREITO DO TRABALHO – META 06

proporcionalidade do número de dias trabalhados ao número de folgas a

serem concedidas, com aproximação para o inteiro superior.

Art. 52. O tripulante de voo ou de cabine

empregado nos serviços aéreos previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do

art. 5º terá número de folgas mensal não inferior a 8 (oito), das quais pelo

menos 2 (duas) deverão compreender um sábado e um domingo

consecutivos.

Parágrafo único. O tripulante empregado nos

serviços aéreos previstos no inciso IV do caput do art. 5º, quando em

atividade de fomento ou proteção à agricultura, poderá ter os limites previstos

neste artigo modificados por convenção ou acordo coletivo de trabalho,

observados os parâmetros estabelecidos na regulamentação da autoridade

de aviação civil brasileira.

Art. 53. A folga só terá início após a conclusão do

repouso da jornada, e seus horários de início e término serão definidos em

escala previamente publicada.

Art. 54. Quando o tripulante for designado para

curso fora da base contratual, sua folga poderá ser gozada nesse local,

devendo a empresa assegurar, no regresso, uma licença remunerada de 1

(um) dia para cada 15 (quinze) dias fora da base contratual.

Parágrafo único. A licença remunerada não deverá

coincidir com sábado, domingo ou feriado se a permanência do tripulante fora

da base for superior a 30 (trinta) dias.

Remuneração: Sem prejuízo da liberdade contratual, a remuneração do tripulante

corresponderá à soma das quantias por ele percebidas da empresa. Não integram a remuneração as

importâncias pagas pela empresa a título de ajuda de custo, assim como as diárias de hospedagem,

alimentação e transporte.

Remuneração fixa ou com parcela fixa e parcela variável: A remuneração dos tripulantes

poderá ser fixa ou ser constituída por parcela fixa e parcela variável.

21
PRÉ-EDITAL AFT
DIREITO DO TRABALHO – META 06

Art. 56. A remuneração dos tripulantes poderá ser

fixa ou ser constituída por parcela fixa e parcela variável.

Parágrafo único. A parcela variável da

remuneração será obrigatoriamente calculada com base nas horas de voo,

salvo no caso:

I - do tripulante empregado no serviço de

transporte aéreo público não regular na modalidade de táxi aéreo, previsto no

inciso II do caput do art. 5º, que poderá ter a parcela variável de seu salário

calculada com base na quilometragem entre a origem e o destino do voo,

desde que estabelecido em convenção ou acordo coletivo de trabalho;

II - do tripulante empregado nos serviços aéreos

previstos no inciso IV do caput do art. 5º em atividade de fomento ou

proteção

Férias do aeronauta: As férias anuais do tripulante serão de 30 (trinta) dias consecutivos e

poderão ser fracionadas por acordo coletivo. A concessão de férias será comunicada, por escrito, com

antecedência mínima de 30 dias. Rodízio de férias é exigido nos meses de janeiro, fevereiro, julho e

dezembro entre os tripulantes do mesmo equipamento.

Ausência de abono pecuniário: Ressalvados os casos de rescisão de contrato, as férias não

serão convertidas em abono pecuniário.

1.3 Aeroviário (Decreto nº 1.232/1962)

Aeroviário: é regulamentado pelo Decreto 1.232/1962. É aeroviário o trabalhador que, não

sendo aeronauta, exerce função remunerada nos serviços terrestres de Empresa de Transportes

Aéreos.

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PRÉ-EDITAL AFT
DIREITO DO TRABALHO – META 06

Diferenças entre aeroviários e aeronautas: “Não se deve confundir o pessoal de trabalho em

terra, que são os aeroviários, com o pessoal de bordo e trabalho em rotas aéreas, que são os

aeronautas. Pode haver aeroviários atuando dentro dos aviões, mas apenas se as tarefas estiverem

ligadas à manutenção e limpeza do aparelho, o que é executado com a aeronave estacionada. A

distinção, obviamente, não é apenas superficial, porque gera implicações quanto à legislação

aplicável e quanto aos danos à saúde dos empregados.” (SILVA, 2010, p. 179).

Jornada de trabalho: não excederá de 44 horas semanais. É permitida a prorrogação do horário

diário de 8 horas até o máximo de 2 horas, só pode ser excedido nas exceções previstas em lei ou

acordo. Mesma disciplina prevista na CLT.

OBSERVAÇÃO! A duração normal do trabalho do aeroviário, habitual e permanente

empregado na execução ou direção em serviço de pista, é de 6 (seis) horas.

Intervalo em jornadas superiores a 6 horas: é obrigatória a concessão de intervalo de, no

mínimo, 1 horas e, no máximo, 2 horas para refeição.

Intervalo em jornadas superiores a 4 horas: é obrigatória a concessão de intervalo de 15

minutos. A disciplina de intervalos é a mesma prevista no art. 71 da CLT.

Período de trânsito: o período gasto pelo aeroviário em viagem a serviço da empresa

independente das diárias é considerado como jornada normal.

Descanso semanal remunerado: é assegurado com duração de 24 horas preferencialmente

aos domingos, tal como os demais empregados. Por sua vez, se houver trabalho aos domingos, há

necessidade de coincidir um repouso no domingo por mês.

Trabalho em feriados: serão pagos em dobro ou compensados com o repouso em outro dia da

semana, desde que não seja o dia do descanso semanal remunerado.

Férias: são de 30 dias corridos.

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DIREITO DO TRABALHO – META 06

Exercício de funções distintas: Os aeroviários só poderão exercer outra função diferente

daquela para qual foram contratados quando previamente e com sua anuência expressa, for

procedida a respectiva anotação na Carteira Profissional.

Trabalho noturno: terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito será acrescido de

20% (vinte por cento) pelo menos, sobre a hora diurna. A hora noturna é de 52 minutos e 30

segundos, sendo realizado entre 22 horas de um dia até às 5 do dia seguinte.

1.4 Serviços em frigoríficos (art. 253 da CLT)

Intervalo remunerado (art. 253 da CLT): Os empregados que trabalham no interior de câmaras

frigoríficas e para que movimentam mercadorias do ambiente quente para o frio e vice-versa, terão

direito a um intervalo de 20 minutos após 1 hora e 40 minutos de trabalho contínuo, computado

como tempo efetivo de trabalho.

Ambiente frio: De acordo com a CLT, considera-se artificialmente frito o que for inferior, nas

primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Industria e

Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas

a 10º (dez graus).

Direito ao intervalo em ambientes frios (Entendimento do TST): Para que o empregado tenha

direito a esse intervalo não é necessário que exerça suas atividades necessariamente em frigoríficos,

mas fique comprovada a existência de ambiente frio. Nesse sentido, prevê a recente jurisprudência

do TST:

Súmula nº 438 do TST. O empregado submetido

a trabalho contínuo em ambiente artificialmente frio, nos termos do parágrafo

único do art. 253 da CLT, ainda que não labore em câmara frigorífica, tem

direito ao intervalo intrajornada previsto no caput do art. 253 da CLT.

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PRÉ-EDITAL AFT
DIREITO DO TRABALHO – META 06

1.5 Minas de subsolo (art. 293 a 301)

Duração do trabalho (art. 293 da CLT): a duração do trabalho em minas de subsolo não pode

exceder de 6 horas diárias ou 36 horas semanais.

Auemento da jornada normal (art. 295, CLT): Nos termos do art. 295 da CLT, a jornada pode

ser elevada até 8 horas diárias ou 48 horas semanais. No entanto, a previsão de 48 horas semanais

é inconstitucional e deve ser analisada em conjunto com o art. 7º, XIII, da CF/88, que prevê o limite

semanal máximo de 44 horas semanais que também se aplica aos trabalhados em minas de subsolo.

A validade do aumento da jornada depende de acordo escrito entre empregado e empregador

ou negociação coletiva, sujeita à licença da autoridade competente em matéria de higiene do trabalho

(fiscalização do Trabalho do Ministério do Trabalho).

Valor da hora extra: O art. 296 da CLT prevê que a hora extra seria paga com adicional de

25%. Por força do disposto no art. 7º, VI, o valor do adicional será de, no mínimo, 50% do valor da

hora normal de trabalho.

Redução da jornada normal (art. 295, parágrafo único, CLT): Caso os órgãos de fiscalização

do trabalho entendam que as condições locais de insalubridade e os métodos e processos adotados

exijam menor exposição do trabalhador, a jornada poderá ser inferior a 6 horas diárias.

Tempo da boca da mina ao local de trabalho e seu retorno (art. 294 da CLT): é computado

para o efeito de pagamento do salário. No entanto, o TST entendeu que o período de deslocamento

do mineiro entre a boca da mina e a frente de lavra e seu retorno não deve ser computado para efeito

de concessão de intervalo intrajornada. O período de deslocamento somente é computado para fins

de remuneração:

25
PRÉ-EDITAL AFT
DIREITO DO TRABALHO – META 06

Autos remetidos ao Tribunal Pleno para novo

julgamento (art. 140, § 3º, do RITST). Trabalho em minas de subsolo.

Tempo de deslocamento da boca da mina ao local de trabalho e vice-versa.

Cômputo para efeito de concessão de intervalo intrajornada.

Impossibilidade.

O período de deslocamento do mineiro entre a

boca da mina e a frente de lavra e vice-versa não deve ser computado para

efeito de concessão de intervalo intrajornada, pois o labor em minas de

subsolo não se submete ao sistema geral de duração do trabalho, conforme

excepciona o art. 57, parte final, da CLT. Ao promover o disciplinamento

especial do trabalho dos mineiros (arts. 293 a 301 da CLT), o legislador

adotou explicitamente tratamento diferenciado entre o tempo de "trabalho

efetivo" para efeito de jornada normal e o tempo de deslocamento, dispondo

que este último é computado apenas para pagamento do salário (arts. 293 e

294). Assim, na hipótese em que o empregado em mina de subsolo presta

jornada efetiva de seis horas, ainda que perceba 65 minutos de remuneração

pelo deslocamento, não tem direito ao cômputo deste tempo para beneficiar-

se do intervalo intrajornada do art. 71 da CLT. Tal dispositivo é inaplicável em

virtude da norma especial do art. 298 da CLT — que prevê um intervalo

intrajornada mais benéfico, de 15 minutos a cada três horas de labor,

computado "na duração normal de trabalho efetivo" —, cujo objetivo é

minimizar os riscos à saúde do empregado e a sua exposição a agentes

nocivos, reduzindo sua permanência em subsolo. Sob esses fundamentos, o

Tribunal Pleno, por unanimidade, conheceu dos embargos, por divergência

jurisprudencial, e, no mérito, por maioria, deu-lhes provimento a fim de

restabelecer o acórdão do Tribunal Regional que excluiu da condenação as

horas extraordinárias decorrentes da não concessão do intervalo intrajornada

de uma hora. Vencidos os Ministros Augusto César Leite de Carvalho, relator,

José Roberto Freire Pimenta, Delaíde Miranda Arantes, Hugo Carlos

Scheuermann, Cláudio Mascarenhas Brandão, Maria Helena Mallmann, Lelio

Bentes Corrêa, Mauricio Godinho Delgado e Kátia Magalhães Arruda. TST-E-

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PRÉ-EDITAL AFT
DIREITO DO TRABALHO – META 06

ED-RR-909-46.2011.5.20.0011, Tribunal Pleno, rel. Min. Augusto César

Leite de Carvalho, red. p/ acórdão Min. Ives Gandra Martins Filho, 20.5.2019

(Informativo nº 196 do TST)

Intervalo especial (art. 298 da CLT): A cada 3 horas consecutivas de trabalho, o mineiro tem

direito a um intervalo de 15 minutos de repouso, que será computado na duração normal de trabalho.

Alimentação (art. 297 da CLT): deve ser fornecida alimentação adequada à natureza do

trabalho aos empregados no subsolo de acordo com as instruções estabelecidas pelas autoridades

competentes.

Fatos que comprometem a vida ou a saúde do empregado: devem ser comunicados pela

empresa à autoridade de fiscalização do trabalho do Ministério do Trabalho. Ademais, se for

necessária a transferência do empregado dos serviços no subsolo para os de superfície, é assegurado

salário atribuído ao trabalhador de superfício em serviço equivalente, respeitada sua capacidade

profissional.

Recusa do trabalhador na transferência: é necessário ouvir a autoridade em matéria de higiene

do trabalho para que decida a respeito.

Tema controverso: De acordo com o art. 301 da CLT, somente os homens podem trabalhar em

minas de subsolo em idade entre 21 e 50 anos, assegurada a transferência para a superfície. Há

discussão se essa previsão seria constitucional como medida de proteção do trabalho da mulher ou

como fator discriminatório de acesso ao trabalho por elas.

1.6 Árbitros (Lei 12.867/2013)

Profissão de árbitro: é regida pela Lei nº 12.867/2013e exercerá suas atribuições relacionadas

às atividades desportivas que estão previstas na Lei Pelé (Lei nº 9.615/1998) com destaque para

árbitrosd de partidas de futebol e seus auxiliares.

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PRÉ-EDITAL AFT
DIREITO DO TRABALHO – META 06

Associações profissionais e sindicatos: a lei faculta aos árbitros de futebel a organização em

associações profissionais e sindicatos.

Prestação de serviços: É facultado aos árbitros de futebol prestar serviços às entidades de

administração, às ligas e às entidades de prática da modalidade desportiva futebol.

Vínculo de emprego. Havia grande discussão jurisprudencial acerca do reconhecimento do

vínculo de emprego entre o árbitro profissional e a federação a que estiver vinculado para a realização

do trabalho. O posicionamento atual do TST tende a excluir o vínculo empregatício para lhe assegurar

a condição de trabalhador autônomo sob a justificativa de que não está subordinado à federação,

pois apenas está sujeito a instruções e fiscalizações quanto às regras do jogo1.

1.7 Trabalho aquaviário

Trabalho aquaviário: é definido pela Lei nº 9.537/97 como todo aquele com habilitação

certificada pela autoridade marítima para operar embarcações em caráter profissional. Os conceitos

a seguir estão estampados no art. 1º do Decreto nº 2.596/1998:

a) Marítimos: tripulantes que operam embarcações classificadas para navegação em mar

aberto, apoio portuário e para a navegação interior nos canais, lagoas, baías, angras, enseadas

e áreas marítimas consideradas abrigadas;

b) Fluviários: tripulantes que operam embarcações classificadas para a navegação interior nos

lagos, rios e de apoio fluvial;

c) Pescadores: tripulantes que exercem atividades a bordo de embarcação de pesca;

1BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10. ed. São Paulo: LTr, 2016. p. 201.
28
PRÉ-EDITAL AFT
DIREITO DO TRABALHO – META 06

d) Mergulhadores: tripulantes ou profissionais não-tripulantes com habilitação certificada pela

autoridade marítima para exercer atribuições diretamente ligadas à operação da embarcação e

prestar serviços eventuais a bordo às atividades subaquáticas;

e) Práticos: Aquaviários não-tripulantes que prestam serviços de praticagem embarcados;

f) Agentes de Manobra e Docagem: aquaviários não-tripulantes que manobram navios nas

fainas em diques, estaleiros e carreiras.

Diferenças entre marítimo e portuário. O trabalhador portuário não pode ser confundido com

o marítimo, uma vez que este tem vínculo de emprego, normalmente mora na embarcação e executa

serviços profissionais necessários à navegação. Já o portuário é o responsável pela movimentação de

mercadorias nos portes decorrentes do transporte aquaviário (CASSAR, 2013, p. 284).

Nível de habilitação: Os aquaviários devem possuir o nível de habilitação estabelecido pela

autoridade marítima para o exercício de cargos e funções a bordo das embarcações.

Atribuições do comandante (art. 8º da Lei nº 9.537/1997):

I - cumprir e fazer cumprir a bordo, a legislação, as normas e os regulamentos, bem como os

atos e as resoluções internacionais ratificados pelo Brasil;

II - cumprir e fazer cumprir a bordo, os procedimentos estabelecidos para a salvaguarda da vida

humana, para a preservação do meio ambiente e para a segurança da navegação, da própria

embarcação e da carga;

III - manter a disciplina a bordo;

IV - proceder:

a) à lavratura, em viagem, de termos de nascimento e óbito ocorridos a bordo, nos termos da

legislação específica;

29
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DIREITO DO TRABALHO – META 06

b) ao inventário e à arrecadação dos bens das pessoas que falecerem a bordo, entregando-os

à autoridade competente, nos termos da legislação específica;

c) à realização de casamentos e aprovação de testamentos in extremis, nos termos da

legislação específica;

V - comunicar à autoridade marítima:

a) qualquer alteração dos sinais náuticos de auxílio à navegação e qualquer obstáculo ou

estorvo à navegação que encontrar;

b) acidentes e fatos da navegação ocorridos com sua embarcação;

c) infração desta Lei ou das normas e dos regulamentos dela decorrentes, cometida por outra

embarcação.

Normas da autoridade marítima para aquaviário. A NORMAM Nº 13 é a norma que estabelece

os procedimentos relativos ao ingresso, inscrição e à carreira dos aquaviários e prevê as hipóteses

de emissão de Certidão de Serviços de Guerra.

CONVENÇÃO Nº 186 DA OIT. A CONVENÇÃO SOBRE TRABALHO MARÍTIMO NÃO FOI


RATIFICADA PELO BRASIL.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. São Paulo: Método.

CORREIA, Henrique. Curso de Direito do Trabalho. 6. ed. Salvador: Juspodivm, 2021

CORREIA, Henrique; MIESSA, Élisson. Súmulas, OJs do TST e Recursos Repetitivos. 9. ed. Salvador:

Juspodivm, 2021.

DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 14. ed. São Paulo: Ltr, 2015

LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.

SILVA, Homero Batista Mateus da. Curso de Direito do Trabalho Aplicado. Livro das Profissões

Regulamentadas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

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PRÉ-EDITAL AFT
DIREITO DO TRABALHO – META 06

QUESTÕES PROPOSTAS

01 - FCC - 2017 - TST - Juiz do Trabalho Substituto


A Lei no 12.815/2013 trouxe algumas alterações para o trabalho portuário, considerado pela
doutrina como uma relação de trabalho lato sensu. Nessa modalidade, conforme legislação aplicável,

a) o Órgão Gestor de Mão de Obra − OGMO responde solidariamente com os operadores portuários
pela remuneração devida ao trabalhador portuário avulso, pelas contribuições e impostos não
recolhidos, mas não por indenizações decorrentes de acidente de trabalho.
b) caso celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho entre trabalhadores e
tomadores de serviços, o disposto no instrumento precederá o órgão gestor e dispensará sua
intervenção nas relações entre capital e trabalho no porto.
c) o trabalho portuário exercido pelas categorias previstas em lei não detém o enquadramento jurídico
coletivo denominado categoria profissional diferenciada, em razão da ausência de dispositivo legal
neste sentido.
d) o porto organizado poderá contratar trabalhadores portuários avulsos ou com vínculo
empregatício, sendo que, neste último caso, não há óbice legal para seleção de pessoal que não esteja
registrado no Órgão Gestor de Mão de Obra − OGMO como avulso.
e) o operador portuário poderá locar ou tomar mão de obra sob o regime de trabalho temporário de
que trata a Lei no 6.019/1974 nas atividades de bloco ou vigilância de embarcações, mas não poderá
fazê-lo nas atividades de capatazia, estiva, conferência de carga e conserto de carga.

COMENTÁRIOS
A- Art. 32, parágrafo único, Lei nº 12.815/2013: Caso celebrado contrato, acordo ou convenção
coletiva de trabalho entre trabalhadores e tomadores de serviços, o disposto no instrumento
precederá o órgão gestor e dispensará sua intervenção nas relações entre capital e trabalho no
porto.

B- Art. 40, Lei nº 12.815/2013: O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga,
conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados, será realizado por
trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por trabalhadores
portuários avulsos.
(...)
§4º: As categorias previstas no caput constituem categorias profissionais diferenciadas

C- 40, §2º, Lei nº 12.815/2013: A contratação de trabalhadores portuários de capatazia, bloco,


estiva, conferência de carga, conserto de carga e vigilância de embarcações com vínculo
empregatício por prazo indeterminado será feita exclusivamente dentre trabalhadores portuários
avulsos registrados.

D- Art. 40, §3º, Lei nº 12.815/2013: O operador portuário, nas atividades a que alude o caput,
não poderá locar ou tomar mão de obra sob o regime de trabalho temporário de que trata a Lei
nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974.

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PRÉ-EDITAL AFT
DIREITO DO TRABALHO – META 06

E- Art. 33, §2º, Lei nº 12.815/2013: O órgão responde, solidariamente com os operadores
portuários, pela remuneração devida ao trabalhador portuário avulso e pelas indenizações
decorrentes de acidente de trabalho.

LETRA A

02 - TRT 4º Região - 2016 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do Trabalho Substituto


Considere as assertivas abaixo sobre trabalho portuário.

I. Trabalhos de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de


embarcações, nos portos organizados, serão realizados por trabalhadores portuários com vínculo
empregatício por prazo determinado e por trabalhadores portuários avulsos.
II. O órgão de gestão de mão de obra de trabalho portuário avulso responde solidariamente com os
operadores portuários pela remuneração devida ao trabalhador portuário avulso e pelas indenizações
decorrentes de acidente de trabalho.
III. Não há relação jurídica de emprego entre o trabalhador portuário avulso e o órgão de gestão de
mão de obra de trabalho portuário avulso, em que pese o órgão poder aplicar aos referidos
trabalhadores as penalidades de repreensão verbal ou por escrito, suspensão do registro pelo
período de 10 (dez) a 30 (trinta) dias ou cancelamento do registro.

Quais são corretas?

a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas II e III
e) I, II e III

COMENTÁRIOS
Item I. ERRADO. Lei 8.215/2013 > Art. 40. O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência
de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados, será
realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por
trabalhadores portuários avulsos.

Item II. CERTO. Lei 9.719/98, Art. 2 Para os fins previstos no art. 1 desta Lei: (...) § 4 O operador
portuário e o órgão gestor de mão-de-obra são solidariamente responsáveis pelo pagamento dos
encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias e demais obrigações, inclusive acessórias,
devidas à Seguridade Social, arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, vedada
a invocação do benefício de ordem.

Item III. CERTO. Lei 12.815, Art. 33. Compete ao órgão de gestão de mão de obra do trabalho
portuário avulso:
I - aplicar, quando couber, normas disciplinares previstas em lei, contrato, convenção ou acordo
coletivo de trabalho, no caso de transgressão disciplinar, as seguintes penalidades:
a) repreensão verbal ou por escrito;
b) suspensão do registro pelo período de 10 (dez) a 30 (trinta) dias; ou
32
PRÉ-EDITAL AFT
DIREITO DO TRABALHO – META 06

c) cancelamento do registro;

Art. 34. O exercício das atribuições previstas nos arts. 32 e 33 pelo órgão de gestão de mão de
obra do trabalho portuário avulso não implica vínculo empregatício com trabalhador portuário
avulso.

LETRA D

03 - MPT – Procurador do Trabalho – MPT/2017


Nos termos da lei que disciplina o trabalho portuário, é INCORRETO afirmar que:

a) Conferência de carga é a contagem de volumes, anotação de suas características, procedência ou


destino, verificação do estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e
demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e descarga de embarcações.
b) Conserto de carga é o reparo e restauração das embalagens de mercadorias, nas operações de
carregamento e descarga de embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimbagem,
etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recomposição.
c) Bloco é a atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques,
incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e serviços correlatos.
d) Capatazia é a atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das
embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e despeação, bem
como o carregamento e a descarga, quando realizados com equipamentos de bordo.

COMENTÁRIOS
Todas as alternativas foram baseadas na lei 12.815/13
A- Art. 40, §1º, III - conferência de carga: contagem de volumes, anotação de suas características,
procedência ou destino, verificação do estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência
do manifesto e demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e descarga de
embarcações;

B- Art. 40, §1º, IV - conserto de carga: reparo e restauração das embalagens de mercadorias, nas
operações de carregamento e descarga de embarcações, reembalagem, marcação, remarcação,
carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recomposição;

C- Art. 40, §1º, VI - bloco: atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de


seus tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e serviços
correlatos.

D- Art. 40, §1º, I - capatazia: atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro
do porto, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes
para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e
descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário.

LETRA D

33

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