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Urinálise

- Avaliação das propriedades físicas, químicas da urina e microscopia do sedimento urinário;


- Deve ser realizada junto com a análise bioquímica da creatinina e ureia para avaliação renal
Urina
- Líquido formado pelos rins a partir da filtração do plasma;
Função: equilíbrio ácido-básico e eliminação de substâncias (excesso de íons – Na, K, Cl e H;
medicamentos, etc)
Métodos para obtenção:
- Pequenos animais
-- Micção natural, porém essa tem mais contaminação
Coletar jato médio, frasco estéril, despreza o primeiro jato
-- Cateterismo, através de sonda estéril
Limpeza do orifício uretral, sondas adequadas para espécie, sexo, tamanho do animal
-- Cistocentese, cães e gatos (melhor método)
Não tem bactéria nos animais sadios
Evitar contaminação
Cuidados: hemorragia iatrogênica
- Grandes animais
--Micção natural – mesma coisa de pequenos
-- Cateterização – cuidado: s peniano
Análise da urina
- Analisar imediatamente após a coleta (aceitável até 4 horas após coleta sob
REFRIGERAÇÃO)
- Amostra deve estar em temperatura ambiente na hora do exame
- Encaminhar para urocultura – evitar contaminação
- Manter a amostra ao abrigo da luz – pigmentos biliares são degradados
Urinálise é separada em três: exame físico, químico e exame da avaliação do sedimento urinário
Exame físico (cor) – varia do amarelo claro ao escuro. Marrom, verm e esverdeada são
anormais
- Causas: hematúria, hemoglobina, medicamentos, exercício físico intenso (equinos)
- Urina normal – Cão: límpida; Gato: límpida a ligeiramente turva – gordura; Equino: turva –
muco secretado pelas glândulas da pelve renal; Coelho: Branca, opaca – carbonato de Ca,
cristais de fosfato de Ca
Urina turva: leucócitos, eritrócitos, cél epiteliais, bactérias, cristais e fungos
Densidade
- Avalia a capacidade dos TÚBULOS RENAIS em concentrar urina
- Teste realizado com refratômetro
Deve-se interpretar associado com: estado de hidratação, ingestão hídrica, dieta e administração
de fluidos
- Hiperestenúria – AUMENTO DA DENSIDADE
- Isostenúria (1,008 – 1,012) – DENSIDADE IGUAL À DO PLASMA
- Hipostenúria – DIMINUIÇÃO DA DENSIDADE

Exame químico (ph, ptna, glicose, corpos cetônicos, bilirrubina, sangue, nitrito)
- PH – Cão: 5,5 – 7,5; Gato: 6,0 – 7,0; Equino: 7,0 – 8,0; Bovino: 7,4 – 8,4; Ovino/Caprino: 7,0
– 8,0 e Suíno: 5,5 – 8,5
- Proteína: normalmente não há proteína na urina; PROTEINÚRIA = LESÃO GLOMERULAR
– relação proteína creatinina urinário RPC/U
*Avaliar o RPC/U com a densidade urinária
*Após confirmação de proteinúria realizar o RPC para monitoramento do paciente
*RPC/U deve ser sequenciada (primeiro sétimo e 15 dia)
<0,2 – não proteinúrico; 0,2 – 0,4 (gatos) e 0,2 – 0,5 (cães) = limítrofe; >0,4 (G) e >0,5 (C) =
proteinúrico
- Glicose: toda a glicose que chega aos rins é reabsorvida no túbulo contorcido proximal;
GLICOSÚRIA = quantidade no filtrado glomerular é superior à capacidade de reabsorção do
túbulo ou há lesão no túbulo; GLICOSÚRIA FISIOLÓGICA: estresse, fluidoterapia com
glicose
- Corpos cetônicos: são subprodutos do metabolismo de ácido graxo; ocorre em dieta pobre em
carboidrato e em paciente com diabetes
- Pigmentos biliares
Urobilinogênio: norml
Bilirrubina: Bilirrubinúria
- Obstrução dos ductos biliares; doenças hep; normalmente há presença de cristais de bilirrubina
na avaliação do sedimento urinário
- Nitrito: prod por bactérias; nitrito positivo indica infecção, solicitar cultura bacteriológica
(urina deve ser coletada por cistocentese)
- Sangue: normalmente não há;
Hematúria: urina turva e vermelha, podendo ser por hemorragia renal ou vias urogenitais,
glomerulonefrite, cateterização ou cistocentese – traumatismo;
Hemoglobinúria: urina translúcida e marrom, podendo ser por hemólise intravascular = anemias
hemolíticas
Mioglobinúria: urina marrom, podendo ser por lesões musculares

Exame do sedimento urinário (células epiteliais, eritrócitos, leucócitos, espermatozoides,


bactérias, ovos de parasitas – dioctophyma renale e capillaria, cristais e cilindros)
- Leucócitos: animais sadios tem na urina (5/campo), caso seja em maior quantidade – PIÚRIA
(pús na urina) – Causas: infecção bacteriana, viral ou fúngica do sistema urinários, ex: cistite
- Cilindro: estruturas formadas ou moldados por ptnas nos túbulos renais
Hialino, epitelial, granuloso, gorduroso, hemático, leucocitário e céreo
- Cristais: substâncias minerais na urina – CRISTALÚRIA
Tipos: estruvita ou fosfato triplo; oxalato de Ca; Urato amorfo; Fosfato amorfo; Bilirrubina;
Biurato de amônio e carbonato de Ca – equinos e coelhos.

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL


Néfrons: unidade funcional do rim
Glomérulos: rede de capilares que retém proteínas e células; recoberto pela cápsula de Bowman,
desemboca no túbulo proximal
- Fluído/filtrado tubular = plasma
- Seletividade da membrana de acordo com o tamanho dos poros e a negatividade dos poros
(repelem moléculas proteicas)

Reabsorção e secreção tubular


- Glicose e aa’s 100% reabsorvidos
- K e H eliminados
- túbulos proximais permeáveis – transporte passivo epitélio

Importância das provas de função renal


- Avaliam a função renal; prognóstico preciso, avaliam o tratamento, avaliam juntamente com a
urinálise

Exames que avaliam função renal


- Hemograma, urinálise e bioquímica sanguínea (ureia e creat)

Prova da função renal


UREIA = 60% eliminada pelos rins
CREAT = 100% eliminada pelos rins; desvantagens = fatores extra renais

Ácido úrico: aves e répteis, bom indicador de doença renal em aves, o aumento indica lesão nos
túbulos renais, desidratação, aves carnívoras.
Demetilarginina simétrica -SDMA: biomarcador de doença renal PRECOCE; Molécula liberada
na circulação sanguínea na degradação das ptnas, 90% eliminada na urina.
- O aumento está relacionado com 40% da perda da função renal
- Cuidados para análise: evitar soro com lipemia ou hemólise moderada ou severa
Azotemia: aumento de compostos nitrogenados (ureia e creat) não proteicos no sangue
Azotemia pré renal: aumento do catabolismo proteico (febre, inanição, exercício prolongado,
infecção), diminuição da perfusão renal (choque, hipovolemia, desidratação, doenças
cardiovasculares)
Azotemia renal: 75% dos néfrons afuncionais; diminuição da taxa de filtração glomerular
- Causas: insuficiência renal aguda (IRA), doença renal crônica, pielonefrite, leptospirose,
nefrotoxinas
Azotemia pós renal
- Causas: obstrução uretral, ruptura da vesícula urinária
OBS: oligúria ou anúria
Outros exames para avaliar função renal
- Albumina, Ca, K, Fósforo, Na, Hemogasometria

Avaliação lab de lesão hepática, necrose hepatocelular e colestase


Fígado – maior gl do organismo
- Tipos celulares: hepatócitos e células de von Kupffer (sistema macrófago); capacidades
regenerativa em lesões agudas, em casos de cirrose (lesão crônica, terá substituição por tecido
conjuntivo)
- Causas de hepatopatias: doença hepática primária, secundária, cirrose, hepatite, colestase e
insuficiência hepática

Necrose hepática aguda: destruição extensa e aguda, podendo ser causada por drogas,
substâncias químicas, plantas tóxicas, adenovírus tipo I canino
Necrose hepática crônica: exposição prolongada, repetida. Perda progressiva de hepatócitos,
resulta em fibrose (alterando o formato do fígado)
Cirrose: nódulos no parênquima hepático, há fibrose devido a necrose, ponto terminal
gravíssimo, distorção da arquitetura
Colestase: insuficiência de excretar a bile (função prejudicada)
-- Intra-hepática
- Bile nos canalículos e ductos biliares do fígado
- Drogas, sepse, inflamação dos ductos biliares, defeitos hereditários na secreção da bile,
alteração na secreção da bile pelos hepatócitos, alterações metabólicas e hepatotoxidade
-- Extra-hepática
- Obstrução física do fluxo biliar na vesícula biliar ou no ducto biliar comum
- Causas: inflamação, infecção, colelitíase: cálculos na vesícula biliar, neoplasia hepática

Insuficiência hepática: consequência de dano hepático grave, função afetada


- Causa: necrose hepatocelular, choque sistêmico grave
- Icterícia, colapso da síntese proteína, colapso na detoxificação de compostos nitrogenados

Exames bioquímicos – indicações:


- Detectar necrose de hepatócitos
- Avaliar a massa funcional hepática
- Avaliar as alterações nas funções de síntese ou excreção do fígado
- Detectar colestase na ausência da icterícia clínica
- Avaliação da icterícia
Exames laboratoriais:
- Hemograma, perfil bioq.
- Enzima de escape ALT/AST
- Enzima de indução FA/GGT
- Bilirrubina total
- Albumina
- Colesterol
-Ureia
- Glicose
- Urinálise
Amostra: soro, em jejim

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