OGEP1 Cap1

OGEP1:
Organização e Gestão da
Produção I
Curso:
Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial
Ano / Período:
3º Ano / 1º Semestre
Docente: António Pires ant@isep.ipp.pt
Apontamentos elaborados por: António Pires /João Bastos 1

TIPOLOGIA DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO
INTERESSE DA TIPOLOGIA
 Sistemas produtivos apresentam características

diferenciadoras nos seus processos uns em
relação aos outros, o que levará a diferenças no
modo como são:
 Identificados;
 Projetados;
 Analisados.
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INTERESSE DA TIPOLOGIA
 Organização dos sistemas de produção é basicamente dependente
da natureza e volumes dos produtos que o sistema deve produzir.
 Se o sistema é concebido para produzir um ou poucos tipos de

produtos em volumes muito elevados:
 Há uma forte sistematização das operações e sua sequência, um baixo peso
de armazenamentos, uma elevada especialização do equipamento em relação
ao produto, baixa qualificação dos operadores, elevada produtividade, baixa
complexidade de gestão e possivelmente ausência de flexibilidade.
 Se o sistema deve responder a uma diversidade alta de produtos em

volumes baixos, então:
 ocorrerá certa inversão nas características acima referidas e o processo será
flexível e vocacionado para satisfazer encomendas sob especificação do cliente.
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CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DOS SISTEMAS DE
PRODUÇÃO
 A classificação dos sistemas de produção, ou dos seus processos,
faz-se usualmente tendo em consideração os seguintes parâmetros:
 a implantação dos recursos produtivos;
 os fluxos dos materiais;
 a relação com o cliente;
 as quantidades fabricadas dum mesmo produto;
 a tipologia da estrutura dos produtos;
 a variabilidade dos produtos produzidos;
 a gama operatória;
 a natureza dos produtos;
 as condições de mercado;
 a sua organização;
 a produção no espaço.
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CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS
DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Parâmetros Classificação
Implantação -Linhas de Fabrico (Flow Shop) ou Implantação por Produto
-Oficinas de Fabrico (Job Shop) ou Implantação por Processo
-Células de Fabrico
-Por Projecto
-Implantação de Processo
-Sistemas Flexíveis de Fabrico (FMS – Flexible Manufacturing System)
Fluxos dos Materiais Intermitente

Contínuo
Misto
Relação com o Cliente Engenharia por encomenda
ou Método Operativo Fabrico por Encomenda
Montagem por Encomenda
Fabrico para Stock
Quantidades Produzidas de um mesmo Produto Unitária (produção à medida do cliente)
Pequenas Séries (produção por lotes)
Grandes Séries (produção em série)
Série constante (produção de fluidos ou produção em massa)
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CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS
DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Parâmetros Classificação
Tipologia da Estrutura dos Produtos ou Classificação VAT Convergente (A)
Divergente (V)
Estrutura em T
Variabilidade dos Produtos Produzidos Produto Único (não há variabilidade)
Semelhantes
Diferenciados
Gama Operatória Única
Semelhantes
Diferenciadas
Natureza dos Produtos Discreta
De Processo
Caracterização da Procura Procura Imprevisível
Procura Variável
Procura Estável
Organização Rígida
Flexível
Produção no Espaço Distribuída
Concentrada
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Caracterização dos Principais Processos
 As classificações mais utilizadas baseiam-se na:

 Implantação,
 Quantidades Produzidas dum Mesmo Produto,
 Fluxos dos Materiais,
 Relação com o Cliente ou Método Operativo.
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 Implantação: Esta caracterização classifica os processos tendo

em conta principalmente a disposição física que se estabelece para
os seus recursos produtivos (homens, máquinas, espaços e outros).
 Exemplos:
Implantação por produto ou em linha (Q/P elevado)

- grandes quantidades
- variedade de artigos é pequena ou
nula
- gamas operatórias iguais
Processos: Fluxo do Produto: Fluxo de Materiais:
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Implantação por processo ou oficina de fabrico (Q/P baixo)
- pequenas quantidades
- elevada variedade de artigos
- gamas operatórias distintas
Implantação em célula de fabrico (Q/P médio)
- médias quantidades
- média variedade de artigos
- gamas operatórias semelhantes
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Implantação por projecto (Q/P = 1)
- quantidade unitária (normalmente)

- produto único (normalmente)
- gama operatória a do produto
Produto
Implantação de processo – É o caso extremo da implantação em linha, em que

temos processos dispostos sequencialmente, de acordo com o processo de
fabrico, sendo estes praticamente ligados fisicamente entre si, cuja estrutura
física é na maioria dos casos amovível e dedicada por exemplo à produção de
fluidos, como no caso da indústria petroquímica.
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Implantação flexível de fabrico
 É caracterizada como um sistema re-programável, com um elevado nível de
processamento distribuído de dados, de operação e de movimentação
automática de materiais, controlado por computadores e processadores que
cooperam numa arquitectura integrada. Compreende um conjunto de células
flexíveis de operação e inspecção e armazéns automáticos, ligados por meios
automáticos de transporte (e.g., AGVs) e manuseamento (robôs).
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 Quanto às Quantidades Produzidas dum mesmo Produto:
 Série constante (produção de fluidos ou produção em

massa)
 Grandes Séries
 Pequenas Séries (produção por lotes)
 Unitária
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 É um processo adequado a produto único.
 Teoricamente caracteriza-se pela ausência de armazenamentos no
seu seio e as operações sucedem-se continuamente, em sequência
bem determinada;
 Às entradas iniciais outros materiais vão sendo adicionadas e os fluxos
físicos sucedem-se muitas vezes em simultaneidade, gerando um
output contínuo.
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 Exige um equilíbrio correcto entre operações, pois dado o elevado
grau de inter-relação entre operações, estas não podem desenvolver-se
de forma isolada; o desequilíbrio ou interrupção duma operação leva
normalmente à paragem do próprio processo.
 A capacidade do processo, limitada pela operação de menor
capacidade, é controlada pelo tempo de funcionamento e portanto de
fácil determinação.
 Dado o elevado grau de especialização, é um tipo de processo não
flexível; uma pequena modificação no produto final, quando possível,
envolve repensar a concepção e o plano operativo.
Exemplos: barragem hidroelétrica; processos ligados à química pesada,

casos de refinarias e algumas fases de processos siderúrgicos.
14
Grandes Séries
 É vocacionado para baixa diversificação de produtos produzidos em volumes
elevados.
 Ocorrem armazenamentos, porque: alguns dos meios de produção são utilizados
na fabricação de vários tipos de componentes o que normalmente gera esperas;
por outro lado há fases do processo que prevêem armazenamentos intermédios
com vista à obtenção dos componentes necessários à sua execução.
 É comum ocorrer uma operação de montagem de grupos ou de produto final.
 Os meios de produção mantêm tendência para a especialização e em muitas
fases do processo existem linhas de sequências operatórias estáveis .
 Noutras fases utilizam-se meios mais universais e vários tipos de componentes
concorrem a equipamentos comuns.
 A flexibilidade é superior à da série constante, mas normalmente ainda é baixa.
15
Grandes Séries
 A capacidade é mais difícil de estabelecer e controlar dada a sua natural
dependência da composição do output em cada período de análise.
 Os problemas de gestão tornam-se mais complexos especialmente os
que respeitam ao planeamento das necessidades em materiais e à
gestão da capacidade e das operações.
Exemplos: processo típico da produção automóvel, de muitos tipos de

eletrodomésticos, de alguns segmentos da indústria têxtil.
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 Este tipo de processo é caracterizado por uma elevada diversidade de
produtos, produzidos em baixos volumes.
 Cada produto tem a sua gama de operações própria.
 Cada produto usa só parte das operações possíveis no sistema, e a
sua sequência de utilização difere de produto para produto.
 Alguns meios são especializados e requerem investimento elevado (por
ex. um sector de tratamentos térmicos numa oficina de mecânica geral
ou uma unidade de raios X numa clínica).
 Estes meios só se tornam económicos quando servem muitos tipos de
produtos.
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 Resulta então que o modelo de diagrama de processo em pequenas séries

varia de produto para produto.
 Exemplo para 3 produtos diferentes
A B
1 2 3
B C
4 5 6
C A
7 8
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 Um sistema caracterizado de pequenas séries apresenta um largo
volume de produto em curso e de armazenamentos ao longo do
processo.
 Vários produtos disputam meios de produção universais, gerando-se
largas filas de espera a montante de cada posto de trabalho.
 É difícil conhecer com rigor a posição e o grau de progressão de cada
produto num dado instante.
 O tempo total desde o início da produção dum produto até que fique
pronto é longo e muito maior do que a soma do tempo das operações
que ele sofre.
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 As características da produção por lotes originam uma elevada
complexidade de gestão e requerem sistemas bem concebidos para o
planeamento de materiais, da capacidade e das operações, bem como
para o seu seguimento e controlo.
 Os processos de pequenas séries são muito flexíveis, podendo gerar
saídas muito diversificados, com preparações relativamente simples.
 A capacidade é muito difícil de estabelecer e controlar justamente por
força desta diversificação.
 A construção de máquinas especiais, oficinas de mecânica geral,
serviços de clínica geral num hospital, são exemplos deste tipo de
processo.
20
Unitária
 Quando se refere a um sistema de produção unitária significa que o
produto em causa é produzido, na maioria dos casos, uma única vez.
 Quando o produto em si é de elevada complexidade a designação que
se utiliza é a de produção por projeto.
 Um sistema deste tipo, por projeto, requer a coordenação de extensas
quantidades de recursos (entradas) que antes nunca haviam sido
utilizados num processo único.
 A sua execução tem normalmente um impacto muito forte na
organização e representa normalmente um risco elevado.
 Dada a sua natureza única (e não passível de repetição), a separação
entre as atividades produtivas diretas e as funções indiretas não é
significativa do ponto de vista do planeamento.
21
Unitária
 Num projeto, todas as atividades, diretas, técnicas, administrativas, etc, são
geridas como um sistema global em que os meios requeridos pela sua execução
são-lhe associados bem como os tempos previstos. O seu planeamento consiste
em ordenar as atividades, tendo em conta os meios necessários e as relações de
dependência física e temporal que devem respeitar. Alguns tipos de construção,
desenvolvimento tecnológico e protótipos, são exemplos de processos do tipo
unitária normalmente geridos como projetos.
Exemplo de rede PERT/CPM
e
a c
Início f fim
b d
22
Quanto ao Fluxo
 A caracterização quanto ao fluxo assenta no grau de continuidade
que caracteriza o sistema, i.e., quanto maior a espera o produto
sofrer ao longo do seu processo, mais intermitente é o sistema,
assim como ao contrário, mais contínuo será.
 Neste tipo de classificação existem dois modelos extremos, o de

produção contínua e o de produção intermitente, podendo-se
ainda caracterizar aquele que se situar numa posição intermédia
como de misto.
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Fatores Produção Contínua Produção Intermitente
Equipamento Padronizado e Complexo Flexível e Universal
Todas/quase todas as operações Uma ou poucas operações por

Processamento em cada momento
sobre o mesmo produto produto
Nº de ordens de fabrico
Baixo Elevado
executadas simultaneamente
Entradas no sistema Constante Variável

Sequência de operações Única Múltiplas
Quantidade produzidas de cada
Elevada Baixa ou unitária
artigo
Condições de trabalho Elevada normalização do método Frequentemente variáveis
Planeamento Estável Variável

Montagem de automóveis,
Alfaiate, hospitais, estruturas de
Exemplos refinarias, controlo de segurança
construção soldada.
de passageiros
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Quanto à Relação com o Cliente
 As principais formas de relação com o cliente estão relacionadas com a
fase do ciclo produtivo do produto em que a empresa desencadeia o
tratamento da encomenda do cliente; Quanto mais avançada for essa fase
do ciclo produtivo do produto, menor será o tempo de resposta ao cliente.
Engenharia por encomenda
Fabrico por encomenda
Montagem por encomenda
Fabrico para stock
Engenharia Aprovisionamento Fabrico Montagem Entrega
Tempo total do ciclo
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Quanto à Relação com o Cliente
 Engenharia por encomenda – O cliente fornece especificações e a empresa
concebe, aprovisiona, fabrica, monta e entrega.
 Fabrico por encomenda – A empresa no seguimento da encomenda do
cliente, aprovisiona, fabrica, monta e entrega.
 Montagem por encomenda – A empresa produz um número básico de
modelos e fornece um catálogo com uma variedade grande de opções a partir
daí. A montagem só é efectuada quando chega a encomenda.
 Fabrico para stock – Os produtos são produzidos para stock e fornecidos
quando solicitado.
A forma de ligação ao cliente tem incidência na programação da produção, na

medida em que as diferentes tipologias originam diferentes tempos de ciclo na
obtenção do produto, que são menores no caso do fabrico para stock e maiores no
caso da engenharia por encomenda.
26
 Quanto à diferenciação dos sistemas produtivos
Implantação de Sistemas Flexíveis de
Linhas de Fabrico Células de Fabrico Oficinas de Fabrico Por Projecto
Processo Fabrico
Quantidades a Pequenas séries ou Grandes séries a
Série constante Grandes séries Médias séries Unitário
produzir unitário Pequenas séries
Próximo do contínuo Misto (Semi- Contínuo a Semi-
Fluxo Contínuo Intermitente Limite do intermitente
ou contínuo contínuo) contínuo
Fabrico por
Fabrico por Engª por encomenda Fabrico por
Relação com o encomenda ou Engenharia por
Fabrico para stock encomenda ou Fabrico por encomenda a Fabrico
cliente montagem por encomenda
Produção para stock encomenda para stock
encomenda
De projecto para
Muito idênticas ou
Gamas operatórias Única Idênticas Diferentes projecto são muito Idênticas a Diferentes
única
diferentes
Variabilidade dos Muito pouca ou não Há elevada Semelhantes a
Não há Semelhantes Diferenciados
artigos há variabilidade Diferenciados
Tipologia da
Estrutura dos VeT V, A e T AeT AeT A AeT
Produtos (VAT)
Natureza dos
Contínua Discreta Discreta Discreta Discreta Discreta
Produtos
Caracterização da Procura Estável a Procura Variável a Procura Variável a
Procura Estável Procura Variável Imprevisível
Procura Variável Imprevisível Imprevisível
Organização Rígida Rígida Flexível Flexível Flexível Flexível
Produção no Espaço Concentrada Concentrada Concentrada Concentrada Distribuída Concentrada
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Implicações das Tipologias dos Processos Principais
na Gestão das Organizações
Quanto à Natureza e Volume dos Produtos:
 Implantação em linha: volumes elevados de produtos com pouca diversificação, menor
flexibilidade, adequado a procura mais ou menos estável, produção sob encomendas de
cliente ou para stock.
 Implantação em oficinas de fabrico: volumes baixos de produtos com bastante
diversificação, boa flexibilidade, acomodável a procura incerta, produção sob encomendas
de cliente ou para stock.
 Células de Fabrico: volumes médios de produtos com diversificação média, flexibilidade
intermédia, adequado à procura variável e estável, fabrico e montagem por encomenda.
 Implantação por Projecto: produto fabricado uma única vez, de custo elevado, adequado a
mudanças contínuas, aceitando forte variação da procura; produção sob especificação.
 Implantação de processo: volume muito elevado de produto único, modificação de output
praticamente impossível ou onerosa, adequado a procura estável, produção para stock.
 Sistemas Flexíveis de Fabrico: volumes médios a elevados de produtos com diversificação
média, flexibilidade elevada, adequado à procura variável, fabrico e montagem por
encomenda.
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Quanto aos Métodos de Produção:
 Implantação em linha: operações standard e bem definidas, sistematizáveis e de tempos
conhecidos, grau de automatização relativamente elevado investimento alto e tecnologia
desenvolvida à medida.
 Implantação em oficinas de fabrico: operações menos sistematizáveis, dificuldades na sua
standardização, tempos incertos ou variáveis. Investimento variável e de tendência
universal.
 Células de Fabrico: operações sistematizáveis, operações standard e bem definidas,
investimento variável, de tendência universal com alguma possibilidade de automatização.
 Implantação por Projecto: tarefas específicas concebidas caso a caso de duração incerta,
meios e ferramentas universais, normalmente desprovidos de automatização.
 Implantação de processo: tarefas muito específicas, bem definidas, tarefas indissociáveis,
de aprendizagem fácil e duração conhecida, forte vocação para automatização,
equipamentos caros, de concepção orientada por produto e elevado grau tecnológico.
 Sistemas Flexíveis de Fabrico: operações sistematizáveis após definição do processo de
fabrico, muito diferenciadas mas bem definidas para que possam ser efetuadas pelos
equipamentos, investimento elevado e de tendência universal com elevada possibilidade
de automatização, operação e controlo efetuado por computador.
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Quanto ao Input Humano
 Implantação em linha: especialização elevada, cadências pré-determináveis, operários hábeis
num número restrito de operações.
 Implantação em oficinas de fabrico: especialização orientada por profissões, exigindo
qualificação elevada; trabalho individual, cadência difícil de estabelecer, alargamento e
enriquecimento elevado de tarefas.
 Células de Fabrico: especialização elevada para a família de produtos, cadências médias
pré-determináveis, operários muito versáteis para todas as operações incluindo atividades de
gestão e manutenção da célula, espírito de grupo e de interajuda.
 Implantação por Projecto: modificações frequentes do tipo de trabalho e local; performance
muito variável, especialização por sectores de indústria (naval, construção civil, etc.).
 Implantação de processo: não há praticamente intervenção humana ao nível da execução,
mas mais ao nível do controlo do processo e da qualidade, exigindo dos recursos humanos
competências a esses níveis. Em muitos casos o controlo do processo é efectuado por
computador, o que obriga a domínio e apetência no uso desta tecnologia.
 Sistemas Flexíveis de Fabrico: o input humano faz-se essencialmente na atividade logística
da célula ao nível informático, no controlo da produção e manutenção; é habitual funcionarem
sem intervenção direta humana, com apenas o recurso humano no seu controlo.
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Quanto às Características de Gestão
 Implantação em linha: stocks de MP e em curso relativamente baixos, movimentação de
materiais permitindo certa automatização em partes do processo. Boa produtividade,
maior complexidade na gestão de operações e da capacidade. Manutenção exigente.
Ciclos de produção relativamente baixos.
 Implantação em oficinas de fabrico: stocks de MP e em curso normalmente elevados,

movimentação de materiais extensa e de controlo complexo. Produtividade podendo ser
boa a nível de cada posto, mas globalmente quase sempre baixa. Gestão de operações,
de capacidade e de ordens muito complexa devido à incerteza de tempos e à
diversificação. Ciclos de produção normalmente longos.
 Células de Fabrico: stocks de MP e em curso relativamente baixos, movimentação de

materiais optimizada independentemente de haver ou não possibilidade de
automatização em partes do processo; produtividade intermédia a boa, possibilidade com
o tempo de melhorar a complexidade na gestão de operações e da capacidade, à custa
do conhecimento e estudo da célula. Ciclos de produção intermédios.
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Quanto às Características de Gestão (cont.):
 Implantação por Projecto: stocks de MP baixos, em curso tipicamente elevado (unidades
extensas e com períodos de produção longos), movimentação relativamente baixa,
exigindo por vezes meios volumosos. Produtividade de controlo difícil, muito dependente
da motivação. Gestão de complexidade variável de acordo com as responsabilidades
atribuídas aos executantes; capacidade flexível. Ciclos de produção normalmente longos.
 Implantação de processo: stocks de MP por vezes elevada devido à necessidade de

assegurar a continuidade do processo em caso de falha de abastecimento, em curso são
baixos com movimentação de materiais rotinada e normalmente automatizada.
Produtividade elevada, gestão de operações linear dada a estabilidade do processo.
Manutenção exigente e controlo eficaz do aprovisionamento e do processo. Gestão da
capacidade simples e ciclos de produção curtos.
 Sistemas Flexíveis de Fabrico: stocks de MP e em curso relativamente baixos devido à

integração de todo o processo produtivo; boa produtividade, complexidade na gestão de
operações e da capacidade antes do início de fabrico e na gestão da informação de
suporte à logística da célula; manutenção exigente; ciclos de produção relativamente
baixos.
32
 Influência na Organização:
 a componente económica da produção: custos e potencial para a sua
futura redução;
 as necessidades em capital decorrentes do investimento a considerar e
implicações em pessoal directo e sua qualificação, níveis de stock a
suportar, tipo e organização da estrutura;
 a qualidade e fiabilidade do produto: a concepção do processo cria limites
aos níveis de qualidade a atingir e às formas de os gerir;
 a envolvente do trabalho: a estrutura básica de relações entre operários e
chefia é influenciada pelo tipo de processo;
 as oportunidades de automatização, produtividade, a estandardização de
tarefas, a especialização de trabalho, a sistematização do produto, os
circuitos de informação;
 a capacidade de resposta ao mercado em termos de variedade, prazos,
inovação e produtos.
33
 Influência na organização:
A gestão da produção é:
Mais fácil com: Mais difícil com:
produtos standard grande variedade de artigos
processos standard elevado nº de componentes
por artigo
trabalho repetitivo grande nº de ordens de
fabrico
fabrico para stock engenharia por encomenda
muito tempo para planear pouco tempo para planear
… …
34

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 Sistemas produtivos apresentam características

 Se o sistema é concebido para produzir um ou poucos tipos de

 Se o sistema deve responder a uma diversidade alta de produtos em

Fluxos dos Materiais Intermitente

Caracterização dos Principais Processos

 As classificações mais utilizadas baseiam-se na:

 Quantidades Produzidas dum Mesmo Produto,

 Fluxos dos Materiais,

 Relação com o Cliente ou Método Operativo.

 Implantação: Esta caracterização classifica os processos tendo

Implantação por produto ou em linha (Q/P elevado)

Processos: Fluxo do Produto: Fluxo de Materiais:

Implantação em célula de fabrico (Q/P médio)

- quantidade unitária (normalmente)

Implantação de processo – É o caso extremo da implantação em linha, em que

 Série constante (produção de fluidos ou produção em

 Pequenas Séries (produção por lotes)

Exemplos: barragem hidroelétrica; processos ligados à química pesada,

Exemplos: processo típico da produção automóvel, de muitos tipos de

 Resulta então que o modelo de diagrama de processo em pequenas séries

 Exemplo para 3 produtos diferentes

Exemplo de rede PERT/CPM

 Neste tipo de classificação existem dois modelos extremos, o de

Equipamento Padronizado e Complexo Flexível e Universal

Todas/quase todas as operações Uma ou poucas operações por

Entradas no sistema Constante Variável

Condições de trabalho Elevada normalização do método Frequentemente variáveis

Planeamento Estável Variável

Engenharia por encomenda

Fabrico por encomenda

Montagem por encomenda

Fabrico para stock

Engenharia Aprovisionamento Fabrico Montagem Entrega

Tempo total do ciclo

A forma de ligação ao cliente tem incidência na programação da produção, na

Organização Rígida Rígida Flexível Flexível Flexível Flexível

Produção no Espaço Concentrada Concentrada Concentrada Concentrada Distribuída Concentrada

 Implantação em oficinas de fabrico: stocks de MP e em curso normalmente elevados,

 Células de Fabrico: stocks de MP e em curso relativamente baixos, movimentação de

 Implantação de processo: stocks de MP por vezes elevada devido à necessidade de

 Sistemas Flexíveis de Fabrico: stocks de MP e em curso relativamente baixos devido à

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