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Representações Simbólicas
Por ex: habitação. Podemos pensar em vários tipos de habitação. Apesar de serem
diferentes, partilham todos características comuns de habitação.
1. Categorização
São os conceitos que nos permitem categorizar.
1. Permitem ultrapassar a complexidade e diversidade do meio com que
interagimos. Permite lidar com cada elemento individual que faz parte de
um grupo (ex: ver um automóvel e podemos categorizar pela marca).
2. Reduz a necessidade de aprendizagem constantes e liberta o cérebro
para processos mais complexos. As pessoas baseiam-se nos conceitos
existentes para compreender novas entidades.
3. Permite a aprendizagem. Quando encontram um membro de uma
categoria com uma propriedade nova, usam-no para modificar e
atualizar os seus conceitos. (ex: alguém que só pensava em família como
a conceção de família tradicional, ao encontrar uma família
monoparental, vai ter de atualizar o seu conceito de família, atualizando-
o).
4. Ajudar o planeamento.
5. Ajuda a guiar o nosso comportamento, para além do nosso pensamento
(ex: aprender a distinguir cogumelos que podemos comer e que não
podemos comer é fundamental para o pensamento e para a nossa
sobrevivência).
Pensamento e Linguagem
2. Comunicar
Comunicamos através de conceitos.
Ex: muitas crianças consideram a baleia como pertencente à categoria dos peixes-
erro conceptual. É um erro pois a criança está a basear-se em atributos
irrelevantes (viver na água) para a atribuição da categoria “peixes”.
Por isso é que usamos mais o nível básico. Os conceitos deste nível são os que são
usado para fazer referência a entidade em situação típicas do dia-a-dia, se não
existem boas razões para sermos mais genéricos (usávamos o nível sobre-
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ordenado) ou mais especifica (usávamos o nível sub-ordenado se ambos os
intervenientes da conversa são específicos do assunto ou quando necessitamos de
diferenciação).
Os conceitos são representados por nós. Quanto mais próximos forem (cão e gato),
mais tem a ver a nível semântico/associativo. Quanto mais afastados forem, mais
são diferentes são a nível semântico/associativo.
A proximidade (curta distância entre o nós – quando pensamos num é mais fácil
pensar no outro) é baseada em:
Conceito e Palavra
A palavra (ou signo linguístico) é uma entidade psíquica de duas faces, formada pela
reunião do significado (que designa o conteúdo semântico) com o significante (que
designa a imagem acústica ou gráfica – são as letras).
O signo linguístico é abstrato (a palavra “profissão” não tem nada a ver com as
várias profissões). A relação entre significado e significante é arbitrária e deve ser
memorizada na infância.
A palavra nomeia o conceito (é a palavra que permite dar nome e falar sobre o
conceito). O conceito corresponde ao significado da palavra.
Uma palavra pode remeter para diferentes conceitos (i.e., diferentes significados) e,
eventualmente, o mesmo conceito pode ser referenciado por diferentes palavras.
Ativação- (Spreading Activation Network Model) -> Podemos não saber o significado
de uma palavra que nos dizem, ou que nós próprios dizemos. Neste caso, não se dá
ativação. Não há ativação pois são os conceitos que a ativam e não a palavra em
si.
A proposição corresponde à mais pequena unidade de conteúdo que pode ser julgada
como verdadeira ou falsa. Tudo que o não pode ser julgado com verdadeira ou falsa,
não é uma proposição. A proposição é o pensamento.
➔ Exemplo: Carteiro- pode ser julgado como verdadeiro ou falso? Unidade mais
simples. Carteiro por si só não relaciona nada, remete apenas para um
conceito.
➔ Proposição: Os cães mordem geralmente os carteiros. – Estamos a
relacionar conceitos e a permitir que possamos avaliar a proposição como V
ou F
Pensamento e Linguagem
Relação Pensamento e Linguagem
➔ pedido
➔ ordem
➔ pergunta
Aspetos definidores:
quatro lados
quatro ângulos
todos os lados são iguais
todos os ângulos são iguais.
Cada aspeto é necessário para que um objeto seja um quadrado. Os quatro aspetos,
em conjunto, são suficientes para um objeto ser um quadrado.
Categoria de ave?
Em suma, onde começa e onde acaba uma categoria é impreciso (p.e.: o tomate).
Acima de tudo, o grande problema, é o facto do modelo não reconhecer que alguns
exemplares de uma categorias parecem exemplificar melhor a categoria que outros,
pois podemos ordenar os exemplares pelo seu grau de tipicidade.
Pensamento e Linguagem
Modelo do Protótipo
Os elementos não tem todos o mesmo peso. Um canário ou um pardal são exemplos
mais típicos da categoria “Ave” do que o pinguim, pois partilham mais atributos dessa
categoria.
As crianças:
começam por uma identificação dos membros típicos, e só depois
aprendem os aspetos que definem as diferentes categorias
Os adultos:
Dão primeiramente exemplos de elementos na categoria que são
próximas do protótipo (e.g., pardal vs. avestruz)
Respondem “sim” mais rapidamente quando questionadas sobre a
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veracidade da frase “o pardal é um pássaro” do que a frase “uma avestruz é um
pássaro”
É reconhecida:
a heterogeneidade potencial dos sintomas de pacientes com o mesmo diagnóstico
a sobreposição possível de aspetos clínicos de diferentes categorias de
diagnóstico (diagnóstico diferencial)
Possuímos em memória os atributos do protótipo que são bons sinais do que é “ser-
se algo”, e recorremos a estes traços prototípicos para os aplicarmos de forma
expedita, quando necessário.