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Monografia
Betim - 2005
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Betim - 2005
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RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS.............................................................................................................. 8
LISTA DE SIGLAS................................................................................................................. 9
1 - INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10
1.1 - Procedimentos metodológicos ................................................................................. 12
1.1.1 - Justificativa ........................................................................................................... 13
1.1.2 - Objetivos............................................................................................................... 14
1.1.3 - Dificuldades .......................................................................................................... 14
1.1.4 - Estrutura da monografia........................................................................................ 14
3 - ESTUDO DE CASO....................................................................................................... 41
3.1 - IDADE...................................................................................................................... 43
3.2 - ESCOLARIDADE..................................................................................................... 44
3.3 - IDADE EM QUE COMEÇOU A TRABALHAR.......................................................... 45
3.4. - ESTUDA ATUALMENTE? ...................................................................................... 46
3.5. - ESTADO CIVIL ....................................................................................................... 47
3.6 - QUANTIDADE DE FILHOS...................................................................................... 48
4 - CONCLUSÃO................................................................................................................ 50
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 52
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
1 - INTRODUÇÃO
Foi, a partir dos princípios, das práticas e dos pressupostos da organização, que se
pôde analisar os processos formativos que concernem à aplicação de políticas e de
estratégias da empresa para os operários face às novas exigências do mercado.
11
Deu-se destaque neste trabalho, para o fator competência que, para a empresa, tem
relevância estratégica no que diz respeito à competitividade da mesma. Seus fatores
como conhecimento, capacidades profissionais e qualidade formam um conjunto que
a orientam na obtenção dos resultados organizacionais e empresariais. Assim,
Neves apud Nabuco et al. (2002, p. 183) analisa:
Assim, o operário tem uma visão de todo processo de forma cooperativa - em equipe
- no qual não há demarcação de tarefas a partir dos postos de trabalho. O que se
espera dele é que ele opere na produção e na manutenção e controle sua atividade
coletivamente, com muita responsabilidade e com capacidade de prever.
parte que integra do trabalho para ser ele mesmo. “Trabalhar é cada vez mais gerir.
Esse novo perfil do trabalhador é aquele que implica gestão do humano, gestão do
fluxo produtivo e gestão dos “objetos-maquinais , que devem ser uma única gestão”.
Nabuco et al. (2002, p. 73).
Para executar este trabalho, a metodologia utilizada foi de pesquisar o assunto nos
aspectos históricos, operacionais e políticos na indústria automotiva para verificar
como os efeitos da tecnologia avançada impactaram no perfil do operário. E
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também apresentam uma pesquisa sobre a escolaridade, faixa etária, estado civil e
quantidade de filhos.
1.1.1 - Justificativa
A escolha do tema desta monografia, se deu, em princípio, pelo fato do autor estar
envolvido com o trabalho na indústria automotiva e por pertencer ao quadro da
empresa FIASA, objeto deste estudo. Além disso, a questão do desenvolvimento
tecnológico, cada vez mais acelerado, estar repercutindo intensamente nas
sociedades industriais contemporâneas e em todas as esferas da vida individual e
coletiva.
1.1.2 - Objetivos
Objetivo geral
Mostrar, a partir dos aspectos operacionais e políticos, como se deu a evolução do
perfil do operário, focalizando os fatores internos e externos dos processos
produtivos e de trabalho na indústria automotiva.
Objetivos específicos
• Comparar o perfil do operariado de 1977, conforme pesquisa de Gonçalves em
1985, com o perfil pesquisado no setor de Prensas da Fiat Automóveis, no
período de janeiro a março de 2005.
• Destacar as novas exigências do mercado que resultam em transformações no
perfil produtivo do operariado.
1.1.3 - Dificuldades
Uma das dificuldades encontradas foi o fato de ter sido encontrada, durante a
revisão bibliográfica, apenas uma publicação específica sobre a evolução do perfil
do operariado na indústria automotiva, desenvolvida por Gonçalves (1985): Mão-de-
obra e condições de trabalho na indústria automotiva do Brasil.
A história dos estudos sobre o tema "A evolução do perfil dos trabalhadores de uma
indústria automotiva frente às constantes exigências do mercado” demanda, em
princípio, uma retomada das trajetórias, das formas de organização da produção e
das relações técnicas e operacionais das indústrias brasileiras.
Segundo Fleury (1987), o parque industrial brasileiro foi sendo construído, ao longo
deste século, por três tipos de empreendimentos: brasileiros privados, estatais e
multinacionais. Essa composição, para o autor, resultou de demandas específicas do
processo de desenvolvimento econômico e teve na tecnologia de produção um dos
fatores-chave para justificá-la.
[...] mesmo que fossem dadas essas condições à indústria nacional, muito
provavelmente não haveria meios de se gerar tecnologia de ponta suficiente para
acompanhar as multinacionais, uma vez que não bastaria proteção a ela, já que esta
18
[...] dentro desse contexto de altas defasagens tecnológicas, vale lembrar que a
insistência e excesso de protecionismo, com reserva de mercado para produtos
eletrônicos e informática, trouxeram conseqüências diversas para o desenvolvimento
do setor automobilístico nacional, uma vez que o componente eletrônico era cada
19
Do ponto de vista concreto das empresas, segundo Fleury (1987), pode-se perceber
que houve uma necessidade das empresas passarem a trabalhar com conceitos de
custo e de valor em seus processos decisórios. Houve, também, a necessidade das
empresas enxergarem a transição em direção a novos patamares de competitividade
a partir da busca de novos modelos organizacionais e da formação de recursos
humanos.
É importante destacar aqui que, a partir de 1990, foram criados Grupos Executivos
de Política Setorial − GEPS − que se constituíram em um elo entre as empresas e o
governo no trato dessas questões. Esses se transformaram, por sua vez, nas
denominadas Câmaras Setoriais que eram ligadas ao setor privado e ao estatal e
defendiam o estabelecimento de regras para a abertura de mercado, a determinação
de uma quota de importação de produto e a redução na carga tributária.
O projeto “Carro Popular” foi um exemplo dessa postura. A redução de tributos sobre
veículos contribuiria para a redução de seus preços. Quanto ao aspecto de
qualidade, pode-se afirmar que, nas décadas de 70 e 80, houve uma percentagem
de 92,5 defeitos por cada 100 veículos fabricados no Brasil (Revista Quatro Rodas),
devido à estrutura ultrapassada de produção e às políticas ditadas pelas matrizes. Já
a década de 90 para a indústria brasileira, no seu início, mostrou-se bem atrasada.
Houve entrada de modelos importados no País com tecnologia avançada e
moderna dos modelos estrangeiros.
[...] o crescimento acelerado por que vem passando a indústria automotiva, leva-nos
a deduzir que antes, sem competidores à altura, não eram necessários o constante
aperfeiçoamento e investimento em tecnologias, uma vez que demandaria abdicação
de lucros. Além disso, a situação de cartelização dava ao setor a possibilidade de
determinar seus preços como bem atendessem aos interesses da indústria.
Além disso, sabe-se que o setor automobilístico, nos últimos tempos, é um dos que
mais investiram na sua reestruturação para melhor se inserir em um ambiente global
cujos procedimentos são a nova adoção de novos processos produtivos, as relações
de trabalho, os processos de gestão, as relações com clientes, fornecedores e
associações com outras empresas do setor, entre outros. Segundo Nabuco et al.
(2002), “[...] o crescimento do índice de transnacionalização entre 1993 e 1997, se
deve à ampliação de ativos no exterior, envolvendo fusões, aquisições e
investimentos diretos”.
Vale lembrar que, do ponto de vista do emprego gerado por essas plantas, em 1997,
a Volkswagen totalizou mais de 32 mil funcionários (30,96% do total), enquanto a
Fiat gerou mais de 23 mil (22,49%) e a GM 21 mil empregos (20,14%). Em São
Paulo, foram gerados cerca de dois terços do total de vagas do setor automotivo
nacional.
Argentina, por exemplo, seja menor, ela é crucial na estratégia das montadoras, com
investimentos programados em plantas da GM, da VW, da Ford, da Fiat, da Chrysler
e da Toyota, cujas produções serão exportadas, em grande parte, para o Brasil. Já
ao Brasil, caberiam a ele os investimentos com veículos de menor tamanho, sendo
produzidos os modelos mundiais e populares.
Gonçalves (1985) afirma que, no Brasil, esse processo passa por estágios históricos.
O primeiro deles corresponde ao de formação do sistema industrial no país. O
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Essa nova massa trabalhadora caracteriza-se por ter uma forte participação no
processo econômico nacional por adquirir melhores condições de ascensão social e,
conseqüentemente, por afastar-se das posturas contestatórias vividas anteriormente.
Em geral, ela trabalha numa grande fábrica, assimila os processos de produção
modernos, caminhando no sentido de especialização, reduzindo-se
proporcionalmente na sua qualificação profissional, num contexto cada vez mais
exigente.
Já nos anos 80, os trabalhadores da indústria automotiva se viram frente a uma nova
reestruturação industrial, com a modernização técnico-organizacional. Foram
introduzidos novos equipamentos de base micro-eletrônica, visando à qualidade do
projeto e flexibilidade da manufatura do produto (máquinas, ferramentas a comando
numérico, computadores), robôs, flexibilização das linhas de montagem com base no
uso de controladores lógicos programáveis. Foram também incorporados aos
produtos os microprocessadores e circuitos integrados. Reorganizaram o processo
produtivo, introduzindo, entre outros, o controle estatísticos de processos, de
qualidade total, do sistema de estoque mínimo, além das formas de gestão
participativa.
Essa inovação nos processos pode ter sido caracterizada pela dinâmica que se
explica pela interação entre trabalhadores por um lado, junto aos quadros de chefia,
quadros técnicos, gerências e alta direção da empresa pelo outro lado. Essa
interação se dá em dois níveis em que se configura a inovação de processos e que
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Dessa forma, chega-se aos tempos atuais em que, segundo Nabuco et al. (2002), o
perfil do operário ideal é aquele profissional autônomo que se abre para o
conhecimento que se modifique, que melhore. Ao gestor, para a autora, não cabe
fornecer mais informações e, sim, fazer com que ele mesmo consiga criar novos
caminhos. Esses novos caminhos, entretanto, estão diretamente relacionados ao
aumento na produção muito mais que caminhos que vivem o que o trabalhador
almeja: sucesso na profissão, melhor padrão de vida, por exemplo. É necessário
reunir conhecimentos, habilidades e atitudes como uma competência integrada pela
busca da ascensão profissional. É fundamental possuir tudo isso, mas, muito mais
que isso, é necessário ter as características da personalidade “certas”: ser capaz,
ser responsável, ser participativo e ser líder.
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No início dos anos 70, o então governador de Minas Gerais Rondon Pacheco fez
uma política ativa para atrair planos de expansão da Fiat no país, oferecendo
benefícios fiscais de importação e dando a ela isenção de impostos de máquinas e
equipamentos. Em 1973, foi firmado o Acordo de Comunhão de Interesses, entre o
governo estadual e a empresa, dando assim origem à Fiat Automóveis de Betim
(Oficialmente chamada FIASA).
Para abordar esse tema, tomou-se como modelo a empresa Fiat Automóveis S/A. −
FIASA −, na visão de autores que pesquisaram e analisaram as mudanças na
competitividade global a partir de uma concepção também global do trabalhador cujo
perfil está calcado na subjetividade e no modo da organização do trabalho que é
fundamentado em redes de cooperação e aprendizagem.
[...] uma provável causa das dificuldades observadas na aceitação das inovações
tecnológicas é o conflito que, muitas vezes, surge nos indivíduos entre a preservação
do trabalho na sua forma tradicional e a promoção de novas tecnologias. (Gomes e
Gonçalves, 1993).
Esse conflito se deve à falta de experiência prática dos novos usuários com o
computador, o que os leva a temer serem considerados incompetentes, cometerem
erros ou mesmo perderem o controle do trabalho.
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O que levou a essa mudança foi a crise do sistema fordista frente à grande demanda
e o grande consumo. Esses instituíram novos padrões de exigência e tornou o
fordismo obsoleto; a resposta veio justamente da recuperação de elementos ou
formas produtivas que sucumbiram diante do sistema fordista, sem se extinguir. A
derrota, por sua vez, se deveu à intervenção de ordem política, sustentada pela visão
do evolucionismo tecnológico. ( Garcia e Vieira, 2004, p.5 ).
[...] foi consolidada a construção de um novo sujeito trabalhador cujo novo perfil de
competência supõe como ingrediente a apreensão de sua interioridade, melhor
dizendo, de sua subjetividade. [...] as soluções tecnológicas estão ancoradas numa
estreita relação entre os sistema de automoção flexível e a capacidade dos
trabalhadores nas novas formas de organização do trabalho constituídos em redes
de cooperação e na aprendizagem de novas competências.
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Para o autor, a capacidade empresarial cada vez mais agrega valor sob a forma de
conhecimento. Isso significa transformar o capital intelectual dos sujeitos
trabalhadores em capital organizacional. São os próprios sujeitos mudando o seu
perfil, tornando-se competentes para fazer autogestão de sua competência.
Para a empresa, o perfil de seu operariado, por exemplo, é aquele que investe no
seu processo de formação, colocando sobre si próprio a responsabilidade de
fornecer as condições necessárias para atingir resultados, pois estes só dependem
da competência individual. [...] Dessa forma, o seu operariado jamais estará pronto.
Sempre existirá algo a ser feito diante de sua formação, que agora não visa mais o
cargo, mas o papel desse sujeito diante dessa organização e suas políticas, vivendo
na tensão de um melhoramento contínuo e buscando amplitude de visão da sua
função e papel. (Nabuco et al., 2002).
Fica evidenciado, assim, que cabe a ele atuar com elevado nível de investimento
pessoal e envolvimento pessoal e com motivação. Cabe a ele também se
responsabilizar pelo resultado global da equipe bem como simplificar as soluções e
decisões com determinação para que haja resultados eficazes. Além disso, é
importante que ele busque inovações, elaborando novos percursos, sempre
direcionados para a valorização dos aspectos positivos de mudança.
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Cabe aqui ressaltar que, para cumprir essas metas, é necessário uma constante e
multidisciplinar atualização do conhecimento. Para tanto, a empresa oferece
oportunidades de formação pelo próprio grupo Fiat (em nível internacional) como
treinamento e formação. Com o sistema de avaliação de pessoal, orientado para o
aperfeiçoamento das competências, é que se define o conjunto de conhecimentos,
de capacidades e de qualidades próprios da profissão e da ocupação que esse
operariado exerce na empresa e que deve ser utilizado para atingir os resultados
empresariais. [...] No aspecto operacional, ou seja, no chão da fábrica, o perfil do
operário também sofre grandes transformações. O operário alocado nas estações de
trabalho deve assumir o papel de cliente, uns dos outros. Cada posto, de trabalho
posterior por exemplo, deve solicitar o número e as especificações das peças
necessárias ao posto anterior para que ele possa realizar sua própria “encomenda”,
além de ser responsável pelo seu trabalho, posto e atribuições, ele deve zelar pela
qualidade do “produto” por ele vendido ao estágio seguinte de produção,
obedecendo o fluxo do processo, oferecendo seus produtos no momento certo e na
quantidade exata - just in time (Nabuco et al., 2002).
[...] não somente os homens são medidos pelo seu estado psicológico e psíquico,
mas também as máquinas. Assistimos, dessa forma, a uma antromorfização das
máquinas: objetivação do homem (domínio subjetivo; uma subjetivação das
máquinas (domínio subjetivo). (Nabuco et al., 2002)
Assim, para o autor, não há uma simples existência das máquinas, existe-se com
elas. O que na verdade acontece é que há uma exteriorização da interioridade:
interioridade dos homens, sua alma, interioridade das máquinas, suas engrenagens
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Em relação à ascensão profissional, o perfil do operário deve ser aquele que quer se
qualificar e que tenha, sobretudo, as características certas de personalidade como
disposição para trabalho, desenvoltura, ambição, entre outros. Trata-se aqui não
somente de atributos cognitivos e fatores de inteligência, mas atributos psíquicos e
afetivos: a chamada inteligência emocional. É estratégico para a empresa pensar
sobre o pensar de seus operários. Para ela, o pensar é uma tarefa que dá acesso à
perfeição, à responsabilidade e às perfomances produtivas. Enfim, como reitera
Nabuco et al. (2002, p. 268), “[...] a empresa pesquisada demanda um operariado
“sob medida”, homens que se ajustem física, emocionalmente subjetivamente à
empresa. O novo operário Fiat se qualifica e é de alguma forma qualificado nos seus
novos processos de formação”.
3 - ESTUDO DE CASO
Tabela 2- Legenda
ESCOLARIDADE
1 1º GRAU INCOMPLETO
2 1º GRAU COMPLETO
3 2º GRAU INCOMPLETO
4 2º GRAU COMPLETO
5 SUPERIOR INCOMPLETO
6 SUPERIOR COMPLETO
7 PÓS GRADUAÇÃO
8 MESTRADO
ESTADO CIVIL
1 SOLTEIRO
2 CASADO
3 SEPARADO
ESTUDANDO ATUALMENTE
1 SIM
2 NÃO
3.1 - IDADE
A FIG. 2 mostra que 59,4% dos operários pesquisados possuíam idade variando
entre 25 e 39 anos. .E em FIG.3 verifica-se que a concentração na mesma faixa
etária é maior, ou seja, 70,9%.
IDADE (1977)
35,0%
30,0%
25,0%
20,0%
%
15,0%
10,0% 22,9% 19,6%
16,1% 16,9%
5,0% 10,7% 7,6%
0,0% 3,4% 2,9%
<20 21-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 >50
FAIXA ETÁRIA
IDADE (2005)
35,0%
30,0%
25,0%
20,0%
%
15,0% 29,1%
10,0% 22,6% 19,2%
5,0% 12,7% 10,1%
0,0% 3,0% 2,3% 1,0%
<20 21-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 >50
FAIXA ETÁRIA
3.2 - ESCOLARIDADE
Na FIG.4 verifica-se que 93,1% dos operários pesquisados tinham cursado 1º grau
incompleto. E na FIG. 5, ou seja, em 2005, apenas 24% se encontram nesta
categoria.
ESCOLARIDADE (1977)
100,0%
75,0%
%.
50,0% 93,1%
25,0%
4,5% 1,8% 0,7%
0,0%
1º Grau 1º Grau 2º Grau 2º Grau
Incompleto Completo Incompleto Completo
ESCOLARIDADE (2005)
50,0%
%.
25,0%
32,7%
24,0% 20,5% 19,6%
0,0% 2,5% 0,6% 0,2%
o
o
et
et
et
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Pó
ra
ra
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G
pe
G
G
1º
2º
Su
1º
2º
Su
100,0%
75,0%
50,0%
%
93,7%
25,0%
4,5%
1,8%
0,0%
< 14 14 > 14
100,0%
75,0%
50,0% 85,4%
%
25,0%
9,1%
0,0% 5,5%
< 14 14 > 14
Nota-se que a maioria dos operários atualmente (FIG. 7) começa a trabalhar mais
tarde. Em 1977 (FIG. 6) mais de 90% dos operários começou a trabalhar com
menos de 14 anos. Provavelmente este fato denota que a entrada no mercado de
trabalho atualmente vem exigindo tempo para uma formação mais completa, ou seja,
o operário prioriza sua capacitação técnica. Além disso vale ressaltar que naquela
época a fiscalização na admissão de menores era bastante precária, diferentemente
de hoje.
100,0%
75,0%
50,0%
%
83,1%
25,0%
16,9%
0,0%
SIM NÃO
100,0%
75,0%
50,0%
%
83,7%
25,0%
16,3%
0,0%
SIM NÃO
75,0%
50,0%
70,5%
%.
25,0%
29,1%
0,1% 0,3%
0,0%
O
VO
O
O
AD
AD
IR
Ú
E
IT
AS
VI
LT
U
C
SO
Q
ES
D
75,0%
50,0%
73,8%
%.
25,0%
25,7%
0,0% 0,6%
0,0%
O
VO
O
O
AD
AD
IR
Ú
E
IT
AS
VI
LT
U
C
SO
Q
ES
D
“Os operários casados constituem uma grande maioria na empresa pesquisada: elas
representam 70% do total, contra 29% de solteiros e apenas 1% de viúvos e
48
“Cabe aos filhos um papel específico, que não é de maneira nenhuma aquele de
ajudar na composição de uma renda familiar maior (...). A estes filhos fica de fato
reservada a tarefa mais nobre de, através dos estudos e do diploma, realizar a
ascensão social impossível para os pais. (...) Na empresa pesquisada, 66% dos
operários casados, ou não tem filhos, ou têm um ou dois filhos.” (Gonçalves, 1981,
p. 126)
FILHOS (1977)
35,0%
30,0%
25,0%
20,0%
30,3%
%
15,0% 23,7%
10,0% 18,5%
5,0% 11,4% 9,8% 6,4%
0,0%
0 1 2 3 4 >5
QUANTIDADE
FILHOS (2005)
35,0%
30,0%
25,0%
20,0% 29,5%
%
Ocorreu uma diminuição da quantidade de filhos por operário, em 1977 (FIG. 14) em
torno de 35% tinham um ou nenhum filho, ao passo que atualmente (FIG. 15) 60%
dos operários se enquadram nessa categoria. Este fato pode estar atrelado à maior
preocupação com relação ao grau de instrução dos filhos, ou seja, o operário tende
a proporcionar as condições adequadas para um maior desenvolvimento acadêmico
de sua família.
50
4 - CONCLUSÃO
Enfim, ficou evidente que o perfil do operário da FIASA, diante das constantes
exigências do mercado automotivo, deve ser aquele calcado na aplicação de
políticas e estratégias empresariais e organizacionais cujos fatores são:
desenvolvimento constante das competências, habilidades, atitude, competitividade,
participação, disponibilidade, excelência no desempenho e no trabalho em equipe.
Além disso, ele deve estar ajustado física, emocional e subjetivamente à empresa.
52
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS