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O SHOW DA QUÍMICA: UMA MANEIRA LÚDICA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

DA QUÍMICA PARA ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

“O SHOW DA QUÍMICA”: A PLAYFUL WAY OF SCIENTIFIC PUBLICIZING CHEMISTRY TO ELEMENTARY


AND HIGH SCHOOL STUDENTS

 Josefa Gerlane da Silva (Universidade de Pernambuco. UPE –


gerlanealves76@gmail.com)
 Elvis Bezerra Santos (Universidade de Pernambuco. UPE –
elvissetecaudas@gmail.com)
 Maria Eduarda Soares Souto da Costa (Universidade de Pernambuco. UPE –
mariaeduardass.coosta@gmail.com)
 Elias Fagundes Coelho (Universidade de Pernambuco. UPE –
elias.fgndss@gmail.com)
 Humberto de Souza Ferro (Universidade de Pernambuco. UPE –
humberto.ferro@upe.br)
 Laila Açucena Mendes Neves Cavalcanti (Universidade de Pernambuco. UPE –
laila.mendes@upe.br)
 Ana Carolina de Carvalho Correia (Universidade de Pernambuco. UPE –
ana.correia@upe.br)

Resumo:
O processo de ensino/aprendizagem de química tem-se tornado um grande desafio, pois
os estudantes sentem muita dificuldade em compreender determinados conteúdos,
como reações químicas e assuntos abstratos que mexem com sua imaginação. O projeto
extensionista “O Show de Química” foi idealizado na Universidade de Pernambuco (UPE)
– Campus Garanhuns com a apresentação lúdica e musical de alguns experimentos
químicos, com o objetivo de estimular o interesse dos estudantes do município de
Garanhuns pelo aprendizado da disciplina de Química. A metodologia adotada incluiu a
realização de reuniões semanais entre dez graduandos do curso de Licenciatura em
Ciências Biológicas e a professora de química da instituição para fundamentação teórica,
discussão e elaboração das atividades experimentais e lúdicas e posterior divulgação do
projeto com apresentações em escolas públicas e privadas do município. Os resultados
mostraram que, em geral, os estudantes sentem falta de atividades práticas para o
ensino de Ciências e que este tipo de metodologia poderia contribuir com a transferência
à comunidade do conhecimento gerado e instalado na UPE, bem como com ideias e
oportunidades para que os docentes melhorem a sua prática pedagógica.
Palavras-chave: Ensino de química. Experimentação. Extensão Universitária.
1
Abstract:
The process of teaching and learning chemistry has become very challenging, since
students have difficulty understanding certain content such as chemical reactions and
abstract subjects that play with their imagination. The extension project O Show de
Química ("The Chemistry Show") was devised at the Universidade de Pernambuco (UPE),
Campus Garanhuns, as a ludic and musical display of chemical experiments to arise
interest on the subject in students of the municipality. Ten graduation students in
Biological Sciences and the theoretical foundations professor met weekly for discussion
and design of the activities, and later promoted the project with performances in local
public and private schools. The results showed that schools are generally lacking in
practical activities as part as their scientific program, and that actions like this help share
the knowledge created within the UPE with the community, as well as provide ideas and
oportunities for improved faculty practice.
Keywords: Teaching of Chemistry. Experimentation. Academic Extention.

1. Introdução
O estudo da química enquanto ciência abrange diversos acontecimentos, oriundos
dos conhecimentos acerca da estrutura da matéria, seguindo por suas mudanças. O fato de
estar interligada ao dia-a-dia dos estudantes demonstra a sua grande relevância na área das
ciências. Por conseguinte, muitos discentes não são entusiastas quando se refere ao ensino
da química (SANTOS et al., 2013).
O fato de algumas escolas utilizarem apenas métodos teóricos talvez tenha
contribuído para a visão deturbada de muitos discentes em relação à química, o que os
levam apenas a “decorar”. (ZUB, 2012). Ademais, a química lida com um universo
microscópico dificultando a assimilação dos seus diversos conceitos por parte dos
estudantes, o que requer da imaginação para construir seus conhecimentos (JÚNIOR;
PARREIRA, 2016).
O uso da experimentação no ensino de química tem o objetivo de promover a
interligação de concepções entre os conteúdos teóricos e práticos, visando à construção do
conhecimento científico através do entendimento dos processos físicos e químicos que
podem ser vistos durante a aplicação experimental (GOUVEIA et al., 2018).
Além disso, é preciso considerar para a realização de uma aula prática as instalações
das escolas, materiais necessários, riscos de cada experimento para a segurança dos
estudantes e também procurar maneiras atrativas para despertar o interesse dos alunos
mais indiferentes, além da visualização atraente é necessária uma explicação teórica simples
(SANTOS; NAGASHIMA, 2017).
Ao usar a experimentação, o ensino passa por viés de dinamicidade, proporcionando
aos discentes a construção de problemas que poderão ser discutidos com a finalidade de
encontrar as resoluções que possam explicar os fenômenos observados (SILVA; MACHADO,
2008). Todos esses aspectos que envolvem o uso de experimentos em sala de aula reforçam
a necessidade dos docentes buscarem diferentes metodologias de ensino.
Assim, com o intuito de divulgar de maneira informal a Química por meio de
experimentos, bem como utilizar outras estratégias didáticas para incentivar o interesse dos
alunos por esta nobre área, o “Show de Química” foi criado na Universidade de Pernambuco
2
– Campus Garanhuns com a apresentação lúdica e musical de alguns experimentos químicos,
com o objetivo de desmistificar essa ciência.

3. Metodologia
O projeto “Show da Química” foi implantado na Universidade de Pernambuco (UPE) a
partir da necessidade da curricularização da extensão nos cursos de graduação. Ele está
inserido no programa “A Ciência na expressão de outros saberes” aprovado no Edital do
Programa de Fortalecimento Acadêmico (PFA) Extensão da UPE - 01/2019 e contou com a
participação de dez estudantes de graduação do curso de Licenciatura em Ciências
Biológicas da UPE – Campus Garanhuns. A primeira fase do projeto foi dedicada ao
treinamento dos componentes do grupo quanto as boas práticas de laboratório e a seleção
dos experimentos. Posteriormente, foi idealizada a melhor maneira de apresentar os
experimentos ao público (alunos do ensino fundamental e médio), visando sempre uma
demonstração lúdica e descontraída da química. A segunda fase do projeto foi dedicada a
apresentação do “Show da Química”, de maneira itinerante, nas escolas públicas e privadas
da região. Foram realizadas quatro apresentações no ano 2019, duas em uma escola pública
do município de Garanhuns, ambas para turmas do 1º ano do ensino médio e duas em uma
escola privada do município, sendo uma turma do 9º ano do ensino fundamental e uma
turma do 1º ano do ensino médio.
Um total de quatorze experimentos demonstrativos foram utilizados nas
apresentações e são descritos em maior detalhe.

Experimento 1: Pasta de dente de elefante


O experimento chamado pasta de dente de elefante, aborda conceitos sobre
velocidade de uma reação química. O catalisador é substância que aumenta a velocidade da
reação, por diminuir a energia de ativação, criando um caminho alternativo para a reação
química, porém não é consumido durante a reação, sendo recuperado ao final do processo.
Para a realização desse experimento foi necessária uma proveta de 100 mL, colocada
sobre uma bandeja para evitar sujeiras. Foram colocados 20 mL de peróxido de hidrogênio
(H2O2), 10 mL de detergente neutro e algumas gotas de anilina (utilizada para deixar a
reação visualmente mais atraente). Em seguida, foi adicionado 2 g de iodeto de potássio (IK)
sobre a mistura, e ocorreu a formação de espuma suficiente para transbordar o volume da
proveta.

2H2O2  2H2O + O2 

Figura 1. Reação de decomposição do peróxido de hidrogênio.


Fonte: Autor, 2020.

3
A explicação química para esse experimento é que o H2O2, também conhecido como
água oxigenada, é uma substância instável, que libera o oxigênio (O2) muito facilmente,
deixando de ser H2O2 e transformando-se em H2O. O IK, por meio do íon iodeto (I-), funciona
como um catalisador da reação e acelera a decomposição do H2O2, fazendo com que ele
libere o O2 de forma muito rápida.
2H2O2 + I-  2H2O + OI-
2H2O2 + OI-  2H2O + I- + O2

Figura 2. Reação de decomposição do peróxido de hidrogênio na presença do catalisador íon


iodeto (I-).
Fonte: Autor, 2020.

Outros conceitos químicos interessantes que puderam ser abordados nesse


experimento é a formação de um coloide e a importância dos tensoativos. A formação da
espuma trata-se de um coloide do tipo líquido e tem como disperso a fase gás (O 2) e
dispersante a fase líquida (H2O). O detergente, utilizado no experimento, se refere ao
tensoativo (molécula que apresenta uma parte polar e uma parte apolar interligadas),
reduzindo a tensão superficial e protegendo as bolhas da coalescência, proporcionando o
aumento de tempo de vida de cada bolha (DALTIN, 2011).
A trilha sonora do experimento foi a “Route 15 (Pokemon X e Y) – jogo”.

Experimento 2: Torre de líquidos


O segundo experimento apresentado foi a torre de líquidos, que abordou conceitos
sobre os indicadores ácido-base. Essas substâncias são utilizadas na identificação de acidez e
basicidade de diferentes soluções, apresentam mudanças de cor na presença de diferentes
regiões de pH. Na natureza é possível extrair várias substâncias que atuam como indicadores
químicos, p. ex. o chá preto, a beterraba, o feijão preto e o repolho roxo (JESUS, 2018).
Nesse experimento, foi utilizado o repolho roxo que possui sua coloração
característica devido a presença de antocianinas, esse composto orgânico possui cátion
flavínico e contém moléculas de açúcar ligada à sua estrutura. Quando estão na forma
aglicona, livre da molécula de açúcar, são denominados antocianidinas. O equilíbrio entre as
antocianinas e antocianidinas costumam ser responsáveis pela alteração de coloração do pH
do meio. As colorações variam de vermelho em pH ácido a amarelo em pH básico (MARTINS
et al., 2017). Para a extração do indicador natural foi utilizado 200 mL de água para cada
100 g de repolho roxo. Um béquer contendo água e o repolho foi aquecido em um micro-
ondas até a fervura. Após resfriado, com um auxílio de uma peneira o líquido foi coado e
transferido para garrafas.
Para a realização desse experimento foi necessário a construção de uma torre de
taças de acrílico com quatro andares sobre uma bandeja. Foi adicionado em cada taça
algumas gotas de substâncias com diferentes pH (ácido acético (CH2COOH) 1 M, bicarbonato
de sódio (NaHCO3) 1 M, hidróxido de sódio (NaOH) 1 e 10 M), de maneira que ficassem 4
imperceptíveis ao público. No momento da apresentação o chá do repolho roxo era vertido
sobre a torre de taças e uma escala de cores era revelada.
A trilha sonora do experimento foi a “Bolero” (Ravel).
Experimento 3: Sopro mágico
O terceiro experimento realizado foi o sopro mágico, no qual também foi abordado o
uso de indicadores químicos. Nesse caso utilizou-se indicadores sintéticos como a
fenolftaleína e o azul de bromotimol.
Para tornar o “show da química” mais dinâmico foi recrutado seis estudantes da
plateia para participar do experimento. Foram formadas duas equipes (A e B), cada
estudante recebeu um Erlenmeyer (250 mL) com 100 mL de água destilada e um canudo
descartável. Os Erlenmeyer da equipe A era acrescentado uma gota de NaOH (1 M) e,
posteriormente uma gota de fenolftaleína, deixando a solução rosa-carmim. Os Erlenmeyer
da equipe B era acrescentado 4 gotas de NaHCO3 (1 M) e 4 gotas de azul de bromotimol,
deixando a solução azul.
Ao som da música “Mission: Impossible” (filme missão impossível) os alunos
borbulhavam ar na solução para assimilar dióxido de carbono (CO2) até a mudança da cor da
solução. A equipe que conseguisse mudar de cor mais rapidamente participava do próximo
experimento. A solução da equipe A mudava da cor rosa-carmim para incolor (fenolftaleína)
e da equipe B mudava da cor azul para amarelo (azul de bromotimol).
Ao soprar, o CO2 (óxido ácido) exalado pelos pulmões produz ácido carbônico (H2CO3)
em meio aquoso. O H2CO3 vai neutralizando a base OH- e quando é totalmente neutralizada
ocorre a mudança de cor.

CO2+ H2O  H2CO3 (1)


H2CO3 + OH-  HCO3- + H2O (2)

Figura 3. Produção de ácido carbônico (1). Equação de neutralização do ácido carbônico em


meio básico (2).
Fonte: Autor, 2020.

Experimento 4: Cupcake químico


Outro experimento realizado foi o cupcake químico, no qual abordou conceitos de
polímeros. Nesse experimento, os três alunos vencedores da competição do sopro mágico
participaram da produção do cupcake químico. Cada estudante recebeu um copinho
descartável com 2 mL de tolueno-diisocianato, um copinho descartável com 2 mL de
polipropilenoglicol, uma colher descartável e corante alimentício de cores variadas. Cada
estudante misturou uma gota do corante ao poliol e, em seguida misturou o isocianato;
ocorrendo a reação de polimerização e formação de uma espuma colorida (cupcake 5
químico).
A polimerização implica a combinação química de certos números de moléculas
iguais ou semelhantes para formarem uma molécula complexa de elevado peso molecular.
O poliuretano foi o polímero utilizado nesse experimento, a principal reação de sua síntese
envolve a reação de adição entre um isocianato e um composto que possui hidrogênio ativo,
normalmente um poliol, responsável pela formação de ésteres de ácido carbâmico (ligações
uretano) e pode ser considerada como a reação de propagação da cadeia poliuretâmica
(CANGEMI; SANTOS; CLARO-NETO, 2009, SOARES, 2012).

Figura 4. Reação de síntese do poliuretano.


Fonte: Autor, 2020.

A espuma de poliuretano pertence a uma classe de polímeros, que durante a reação


de polimerização ocorre a dispersão de gás dando origem à formação células de espuma
interligadas em uma estrutura tridimensional. Simultaneamente a reação descrita acima,
ocorre a reação entre o isocianato e a água tendo a formação de ácido carbâmico, um
composto com baixa estabilidade que se decompõe em amina e gás carbônico. A formação
do CO2 é responsável pela expansão da massa polimérica. Ademais, amina reage com outra
molécula de isocianato para produzir ureia di-substituída responsável pela formação de
seguimentos rígidos de poliuréia por meio de ponte de hidrogênio (SOARES, 2012).

Figura 5. Reações paralelas envolvendo grupos isocianatos.


Fonte: Autor, 2020.

A música escolhida para a apresentação desse experimento foi “Get Outside”.

Experimentos 5, 6 e 7: Reação relógio, garrafa azul e “Ops... o violeta sumiu!”


A proposta dessa apresentação consistiu em juntar em um único momento três
experimentos químicos distintos, porém resultam em mudanças de cores das soluções, 6
despertando o interesse dos estudantes em descobrir o que ocorreu durante cada
experimento. Os experimentos ocorreram na presença da música “Sail – AWOLNATION”.

Reação relógio (Sistema iodato-bussulfito ou reação de Landolt)


O experimento conhecido como reação relógio aborda a temática da cinética
química. Esse tipo de reação é visualmente muito atrativa, para que essa reação ocorra tem
que haver um tempo de espera, conhecido como período de indução, em que parece não
ocorrer nenhum tipo de reação após a adição dos reagentes. Ao término do período de
indução ocorre uma abrupta mudança de cor da solução, que pode ocorrer devido à
formação de complexo (JESUS, 2018).
Foi utilizado a reação de Landolt nas apresentações. Nesse experimento três
soluções incolores são combinadas em um béquer e após o período de indução,
aproximadamente 5 ms, ocorre a mudança de incolor para azul escuro. Em um béquer de
500 mL, foram adicionados 200 mL da primeira solução, formada por iodato de potássio
(KIO3) (1,5 g) dissolvido sob agitação em 170 mL de água destilada e em seguida diluída a
200 mL e uma segunda solução, formada por metabissulfito de sódio (Na2S2O5) (1,18 g)
dissolvidos sob agitação em 150 mL de água destilada e em seguida diluída a 190 mL, com a
adição prévia de 1 mL da terceira solução, que consiste em amido 2%. O amido, um polímero
de fórmula (C6H10O5)n, é um pó branco, insípido e inodoro, insolúvel em água fria. Para a
formação da solução de amido a 2% é necessário o uso de água fervente e agitar bastante.
Quando as soluções são misturadas, os íons iodatos (IO3-) oxidam o bissulfito (HSO3-)
a sulfato (SO42-) e o iodeto (I-) a iodo (I2). Esse processo ocorre em duas etapas, onde o I-
formado na primeira reação é consumido na segunda reação. Essas etapas da reação
ocorrem lentamente. Uma terceira etapa da reação ocorre rapidamente com a redução do I2
novamente a I-.

IO3- + 3HSO3-  I- + 3SO42- + 3H+ (primeira reação – lenta)


- - +
IO3 + 5I + 6H  3I2 + 3H2O (segunda reação – lenta)
I2 + HSO3- -
+ H2O  2I + SO42- + 3H +
(terceira reação – rápida)
I2 + I- + amilose (do amido)  [amilose-I3-] (complexo azul escuro)

Figura 6. Equações da reação de Landolt.


Fonte: Autor, 2020.

O experimento é criteriosamente montado de modo a consumir, depois de um


período, o agente redutor, permitindo então que prevaleça a reação lenta de oxidação do I-
a I2. Quando todo o bissulfito (NaHSO3) é consumido e não há mais no meio os íons
HSO3-(aq) para reagir com o I2. Este, por sua vez, se acumula no sistema e reage com o
amido, o que leva a uma mudança súbita da solução de incolor para um azul escuro, devido
à formação do complexo constituído pelo aprisionamento do iodo nas cadeias lineares de 7
amilose (polissacarídeo do amido) (TEÓFILO; BRAATHEN; RUBINGER, 2001).

Garrafa azul
Esse experimento foi abordado conceitos de óxido-redução, ação de catalisadores e
dissolução do ar atmosférico em água. Para a sua realização utilizou-se um Erlenmeyer de
1 L, foram adicionados 250 mL de uma solução incolor, formada por NaOH (10 mg)
dissolvido sob agitação em 200 mL de água destilada e em seguida diluída a 250 mL e 250 mL
de uma segunda solução incolor, formada por glicose (C6H12O6) (10 mg) dissolvida sob
agitação em 200 mL de água destilada e em seguida diluída a 250 mL. Por fim, foi adicionado
30 gotas de azul de metileno 1%. O Erlenmeyer foi deixado em repouso até a solução
resultante tornar-se incolor, após agitação a solução volta a coloração azul e, após
permanecer em repouso, a coloração da solução volta para incolor. Esse ciclo de mudança
de coloração pode ser repetido até que o líquido se inutilize.
O azul de metileno catalisa a reação porque atua como agente de transferência de
oxigênio. Ao oxidar a C6H12O6 em meio alcalino, o azul de metileno (cor azul) reduz-se a
leuco-metileno (forma incolor). O leuco-metileno se re-oxida rapidamente enquanto houver
oxigênio no sistema. Ao agitar o Erlenmeyer o O2 do ar atmosférico é dissolvido na solução e
rapidamente ocorre a oxidação do leuco-metileno para azul de metileno e a solução volta a
ser da cor azul (JESUS, 2018).

Opz...o violeta sumiu!


Esse experimento utiliza uma reação de óxido-redução de permanganato de potássio
(KMnO4) em meio ácido para a produção de O2. O O2 é um gás inodoro, incolor e insípido. No
seu estado molecular (O2) apresenta nox igual a zero. Porém esse gás se combina com
praticamente todos os elementos químicos, exceto gases nobres. Na sua maioria com nox de
-2, uma exceção é na sua forma de peróxido com nox igual a -1. O KMnO4 é muito utilizado
na química como forte agente oxidante. O metal de transição manganês (Mn) possui vários
estados de oxidação que variam do (+7) a (+2) e são visíveis pelas mudanças de colorações
(ALVES; PITOMBEIRA; DIAS, 2016). Para a realização desse experimento utilizou-se um
Erlenmeyer de 250 mL, onde foi adicionado 20 mL de uma solução aquosa de KMnO4
(100 mg) (nox +7, cor purpura) e 20 mL de vinagre branco (ácido acético 4%). Após a adição
de 20 mL de H2O2 a solução mudou da cor purpura para a incolor, além da liberação de O2,
visível pela formação de bolhas na solução.

2MnO4- + 5H2O2 + 6H+  2Mn2+ + 8H2O + 5O2 

(purpura) (incolor)

Figura 7. Reação de decomposição do peróxido de hidrogênio na presença do permanganato


de potássio em meio ácido.
8
Fonte: Autor, 2020.

Experimento 8: Gênio da garrafa


Esse experimento também se utilizou a produção de O2 por meio da decomposição
do H2O2 na presença do KMnO4. Para a sua realização foi adicionado 50 mg de KMnO4 em um
Erlenmeyer de 2 L. Por fim, adicionou-se 150 mL de H2O2, ocorrendo uma reação de
oxirredução com a liberação de O2, uma reação exotérmica, acompanhada por uma intensa
formação de vapor d’água condensados, sob a forma de uma fumaça branca.

2MnO4- + 3H2O2  2MnO2 + 2OH- + 2H2O + 3O2 

Figura 8. Reação de decomposição do peróxido de hidrogênio na presença do permanganato


de potássio.
Fonte: Autor, 2020.

A trilha sonora do experimento foi “Nunca teve um amigo assim” (do filme Alladin).

Experimento 9: Cristalização
A cristalização é um processo natural ou artificial da composição de cristais sólidos,
em geral a partir de uma solução homogênea. A quase totalidade dos sólidos naturais e
artificiais se encontra no estado cristalino, ou seja, seus átomos estão dispostos em arranjo
periódico e ordenado em três dimensões. Esse processo consiste em dois eventos principais,
a nucleação e o crescimento dos cristais, ocorrendo espontaneamente pela dissipação de
energia dos sistemas, em decorrência da otimização geométrica das ligações químicas entre
cátions e ânions, formando padrões tridimensionais altamente ordenados. A cristalização
está presente em muitos materiais conhecidos como nossos ossos e dentes. No entanto,
esse processo não faz parte de nossa observação cotidiana (COSTA; ANDRADE, 2014).
Esse experimento explora a formação de cristais utilizando a cristalização do acetato
de sódio numa solução supersaturada. Para a sua realização foi colocado 40 g de acetato de
sódio tri-hidratado (NaC2H3O2.3H2O) e 12 mL de água destilada fervente em um béquer
(50 mL) para a dissolução completa do sal tri-hidratado. Em seguida, essa solução
supersaturada foi deixada em repouso para resfriar até a temperatura ambiente. Ao resfriar
essa solução será supersaturada para o sal tri-hidratado, mas subsaturada para o sal anidro
(NaC2H3O2). Ao verter essa solução sobre cristais (gérmens de cristalização) dispostos numa
superfície propiciará a germinação e propagação do processo de cristalização do
NaC2H3O2.3H2O, em um processo exotérmico com a liberação de calor.
A nucleação e o crescimento ocorrem em soluções supersaturadas, seja pelo
aumento na concentração, por exemplo, evaporação do solvente, ou por variações na
temperatura; na maioria das soluções, a diminuição da temperatura favorece a cristalização
(COSTA; ANDRADE, 2014). 9
Esse experimento foi realizado ao som da Música: “Livre estou” (Let It go do filme
Frozen).

Experimentos 10 e 11: Varinha mágica e serpente negra


A posposta dessa apresentação foi de realizar em um momento único os
experimentos varinha mágica e serpente negra abordando conceitos de óxido-redução,
combustão, carbonização da sacarose e produção de gás carbônico, realizados ao som da
Música: “Edwiges Theme” (Harry Potter).

Varinha mágica
Esse experimento diz respeito a reação do ácido sulfúrico concentrado (H 2SO4) com o
KMnO4 com a formação do heptóxido de manganês (Mn 2O7), que se apresenta como um
líquido denso esverdeado e que é um forte agente oxidante, capaz de promover uma
violenta reação de combustão quando em contato com qualquer material orgânico.

H2SO4 + KMnO4  Mn2O7 + K2SO4 + H2O

Figura 9. Equação da reação do ácido sulfúrico e o permanganato de potássio com a


formação do heptóxido de manganês (Mn2O7).
Fonte: Autor, 2020.

Para a realização desse experimento foi colocado 50 mg de KMnO 4 em um vidro de


relógio, e adicionado algumas gotas de H2SO4, quantidade suficiente para dissolver o
permanganato. Em seguida, um chumaço de algodão foi embebido com etanol (70 °C) e
colocado em um cadinho de porcelana. Com o auxílio de um bastão de vidro (varinha
mágica) a solução de KMnO4 + H2SO4 foi sutilmente tocada e, em seguida a “varinha mágica”
foi tocada no chumaço de algodão. Ocasionando um processo de combustão do álcool.

Serpente negra
O experimento serpente negra ou serpente do Faraó é talvez uns dos experimentos
mais fascinantes da química. Ele foi primeiramente reportado em 1821 pelo químico Wohler,
demonstrando a notável propriedade do tiocianato de mercuroso, porém devido ao elevado
nível de toxicidade dessa reação, houve o desenvolvimento de variações desse experimento
(JESUS, 2018).
O “show da química” utilizou do recurso da carbonização da sacarose e produção de
gás carbônico para a formação da serpente. Para a produção dos “ovos da serpente” foi
utilizado 20 mg de NaHCO3, 40 mg de sacarose (C12H22O11) e quantidade suficiente de etanol
(70 °C) para tornar essa mistura uma massa modelável. Os “ovos da serpente” foram feitos 10
previamente. No momento do show, uma bacia de inox com areia foi umedecida com álcool
e os “ovos” foram distribuídos. Com o auxílio da “varinha mágica” do experimento anterior,
o álcool sofreu combustão e iniciou o processo de combustão da sacarose e decomposição
térmica do NaHCO3.
C12H22O11 + 12O2  11H2O + 12CO2 (combustão completa da sacarose)
2NaHCO3  Na2CO3 + H2O + CO2 (decomposição do bicarbonato de sódio)
Na2CO3  Na2O + CO2 (decomposição do carbonato de sódio)
C12H22O11  12C(grafite) + 11H2O (combustão incompleta da sacarose)

Figura 10. Esquema das reações para a formação da serpente negra.


Fonte: Autor, 2020.

A combustão incompleta da sacarose irá ocorrer quando não houver O2 suficiente


para consumir todo o combustível, e produz carbono-grafite (Cgrafite), constituinte do carvão.
Esse produto é o responsável pela forma e estrutura e cor da serpente. O CO2 liberado nas
reações apresentadas acima faz a estrutura de carbono inflar, crescendo, e é isso que dá o
efeito da serpente crescendo.

Experimento 12: Enchendo o balão sem soprar e Balão explosivo


A proposta dessa apresentação foi abordar reações químicas que levam a produção
de gases e, dessa maneira, são reações capazes de inflar balões de festa. Os experimentos
foram executados simultaneamente ao som das músicas “Sonata for violin & piano No. In E
minor, K. 304. Alegro” e “Tiesto & Seven – Boom”.

Enchendo o balão sem soprar


O CO2 é um composto incolor, inodoro, bastante inerte, não é inflamável e é mais
pesado que o ar atmosférico. Esse gás é produto de várias reações químicas, muito utilizado
nos processos de fermentação alcoólica de açúcares, na respiração celular, entre outros.
Nesse experimento, foi utilizado uma garrafa PET de 500 mL e adicionado 300 mL de
vinagre. Em um balão de festa foi adicionado 30 g de NaHCO3 e, em seguida, preso ao
gargalo da garrafa. Por fim, o NaHCO3 dentro do balão foi liberado para o interior da garrafa,
entrando em contato com o vinagre. A produção de CO2 leva ao aumento progressivo da
pressão no interior da garrafa e subsequente expansão do balão.

CH3COOH + HCO3-  CH3COO- + H2O + CO2

Figura 11. Reação de ácido-base com produção de dióxido de carbono.


11
Fonte: Autor, 2020.

Sabendo que o CO2 é um gás não inflamável, ao acender uma chama próxima ao
balão inflado com esse gás ocorrerá apena um breve estouro.
Balão explosivo
O hidrogênio (H2) é gás incolor, inodoro, bastante inflamável e é bem mais leve que o
ar atmosférico. Esse gás é produto em laboratório por ação de ácidos não oxidantes e álcalis
sobre metais.
Esse experimento é bem curioso e explora a formação de H 2. Foi utilizado um
kitassato (1 L) com uma mangueira plástica acoplada na sua saída. Nele foi adicionado
200 mL de solução de NaOH (4 M). Um balão de festa foi acoplado a mangueira e em
seguida foi adicionado à solução alcalina pedaços (bolinhas) de papel alumínio. Por fim, o
kitassato foi tampado com uma rolha de borracha. A produção de H2 leva ao aumento
progressivo da pressão no interior do kitassato e subsequente expansão do balão.
O alumínio (Al) reage tanto em meio ácido como em meio básico. Ao iniciar a reação
ocorre a formação de um precipitado hidróxido de alumínio (Al(OH)3), esse se dissolve em
excesso de hidroxila formando o hidroxicomposto aluminato (Al(OH)4-) e a liberação de H2.

2Al + 2OH- + 6H2O → 2Al(OH)4- + 3H2

Figura 12. Reação de óxido-redução do alumínio em meio básico com formação do gás
hidrogênio.
Fonte: Autor, 2020.

Ao acender uma chama próximo do balão com H2 ocorre uma explosão. A queima do
H2 é tão rápida que não causa expressiva transferência de calor para as mãos do operador.

Experimento 10: Frase oculta


O último experimento do “show da química” abordou a temática de formação de
composto de coordenação. Um complexo é uma espécie na qual um íon metálico central,
geralmente um metal de transição, está ligado a moléculas ou ânions, denominados de
ligantes. Os elementos de transição se caracterizam pelo fato de formarem compostos e
complexos coloridos.
As propriedades dos compostos de coordenação são definidas conjuntamente pelo
íon metálico e pelos ligantes. Esses complexos sempre se apresentam na forma
termodinamicamente mais estável em solução, alguns são lábeis em solução e trocam
rapidamente os ligantes coordenados pelas moléculas de solvente ou por outros ligantes.
Outros são mais estáveis, denominados inertes, devido a sua lentidão em se dissociarem 12
(SOUZA, 2020).
Nesse experimento foi realizada a formação do complexo de coordenação do íon
tiocianato com o íon ferro (III). Foram preparados uma solução de 0,5 M de tiocianato de
potássio (KSCN) (incolor) e uma solução de 0,3 M de cloreto de ferro (III) (FeCl 3) (laranja).
Antes do show começar a frase oculta era escrita, com um pincel fino, em uma cartolina
branca, utilizando com a solução de KSCN. A cartolina era fixada na parede. Quando o show
terminava a frase oculta era revelada utilizando a solução de FeCl3 em um borrifador. O
produto da reação é o tiocianato de ferro III que apresenta a coloração vermelha intensa.

Fe3+ + 3SCN-  Fe(SCN)3

Figura 13. Equação de formação do complexo de coordenação do íon tiocianato com o íon
ferro (III).
Fonte: Autor, 2020.

A depender da proporção entre os íons tiocianato e o íon férrico poderá haver a


formação de uma série de complexos de ferro, tais como [Fe(SCN)] 2+, Fe(SCN)2]+, Fe(SCN)4]-,
Fe(SCN)5]2- e Fe(SCN)6]3- (JESUS, 2018).

4. Considerações Finais
O “Show da Química” na Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Garanhuns foi
criado no ano de 2019. No entanto, o pioneirismo em apresentar a química de forma lúdica
e experimental veio do Prof. José Atílio Vanin durante a comemoração do cinquentenário da
Universidade de São Paulo (USP) em 1984, onde o professor pôde realizar seu antigo sonho
de infância, de bruxo e alquimista através do show do grupo Química em Ação, essa
proposta inovadora atingiu um público estimado em 50 mil pessoas através de três centenas
de apresentações, com um papel muito importante em divulgar a química para a
comunidade (TOMA; SANTOS, 2001). Essa ideia inovadora logo tomou conta do Brasil e hoje
muitas Universidades e Institutos de Ensino utilizam essa prática pedagógica.
Mas o desafio em realizar o show da química vai muito além do conhecimento de
algumas reações químicas. Ao implantar essa proposta na UPE os componentes do grupo
tiveram que vencer algumas barreiras e paradigmas, pois para a apresentação se tornar
atraente e o show verdadeiramente acontecer todos os componentes do grupo tiveram que
desenvolver habilidades artísticas para idealizar uma maneira lúdica, através de recursos
visuais e sonoros da linguagem audiovisual e primordialmente que a química estivesse
presente. Após essa etapa, de maneira itinerante, o show da química da UPE Campus
Garanhuns pôde acontecer nas escolas no município.
A cada show da química realizado pudemos perceber a importância que as atividades
de extensão da Universidade possuem. Os shows foram muito elogiados pelos estudantes
que assistiram, vários chegaram a dizer...“ venham mais vezes”, “a aula de química dessa
maneira é muito mais divertida”. Essa força motriz proporcionada pelo show pode 13
demonstrar que mesmo sem, muitas vezes, possuir laboratórios de química na escola é
possível realizar aulas práticas utilizando materiais e reagentes de baixo custo para ensinar
alguns conceitos, como por exemplo, os de ácido – base utilizando o chá de repolho roxo
como indicador pH (SILVA C.; CLEMENTE; PIRES, 2015).
Segundo Gouveia et al. (2018), a falta de aulas experimentais no ensino de química é
um fator que contribui para as dificuldades apresentadas por muitos estudantes, sendo que
67% dos estudantes afirmaram possuir problemas com o aprendizado da disciplina. Vieira e
Silva (2016) corroboram esta hipótese a partir da análise de alguns pesquisadores e
docentes sobre o uso de experimentação ser fundamental na construção do ensino.
Assim, podemos concluir que o projeto extensionista show da química proporcionou
aos estudantes uma vivência com aulas experimentais tendo o lúdico como base.
Demonstrou que a disciplina de química vai além de cálculos e do imaginário ao utilizar
metodologias mais ativas no processo de ensino – aprendizagem, sendo a experimentação
um eixo fundamental para que os estudantes compreendam alguns conceitos teóricos,
através de sua associação com a prática.

6. Referências
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manganês. In: XXV Encontro de Iniciação à Docência, 2016, Fortaleza. Edições 2016 dos
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Preservativos, um Polímero Versátil. Química Nova Na Escola. v. 31, n. 3, p. 159-164, 2009.
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n. 2, p. 91-104, 2014. Disponível em:
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