Você está na página 1de 2

Excelentíssimo Senhor Juiz da ... Vara Criminal da comarca de ...

do Estado de Minas Gerais

Processo nº ...

Paulo Wagner de Almeida, advogado, brasileiro, solteiro, inscrito na OAB/MG sob o nº..., vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar ordem de HABEAS CORPUS COM PEDIDO
LIMINAR, com fulcro no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e nos artigos 302, 310,
647 e 648, inciso I, do Código de Processo Penal, em favor de João Paulo, brasileiro, ..., ...,
residente e domiciliado ..., contra ato ilegal praticado, pelas razões de fato e fundamentos:

Dos Fatos

O Paciente foi preso, como incurso no artigo 155 do Código Penal, que não obedeceu às
disposições legais da lei ao que se diz respeito à prisão em flagrante.

Ocorre que, no dia 10 de abril de 2023, Delegado da nº ... Delegacia determinou a prisão
preventiva em desfavor do Paciente. Porém, ausente o elemento subjetivo do tipo referente
ao especial fim de agir (para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar).

Do Direito

Trata-se de prisão proferida sem amparo legal, constituindo-se um fato a ser reparado pela
medida ora requerida, tendo em vista a ausência dos requisitos estabelecidos pelo artigo 310
do Código do Processo Penal, que estabelece a obrigatoriedade da realização de audiência de
custódia no prazo de 24 horas transcorridas o ato da prisão.

É notório o constrangimento ilegal que o paciente vem sofrendo, pois a conduta praticada pelo
Paciente não preenche os requisitos do dispositivo do art. 302, letra C, do Código de Processo
Penal, que prevê o flagrante presumido logo após a consumação do delito.

É evidente a inexistência de justa causa para a prisão, vez que não houve a devida aplicação
das normas e processos judiciais necessários para apurar os fatos supracitados.

Da jurisprudência
EMENTA: HABEAS CORPUS – TORTURA – PRSÃO EM FLAGRANTE – AUSÊNCIA DE CONVERSÃO
EM PRISÃO PREVENTIVA – FORMALIDADES DO ARTIGO 310 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
NÃO OBSERVADAS – CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO – RELAXAMENTO –
CONCESSÃO DA ORDEM. Incumbe ao Juízo, após receber o Auto de Prisão em flagrante delito,
designar audiência de custódia ou adotar qualquer das providências descriminadas no Artigo
310 do Código de Processo Penal. Não havendo decisão judicial embasando a restrição da
liberdade do Paciente, imperioso é o relaxamento da prisão em flagrante.

Do Pedido

Ante o exposto, considerando-se que há mandado de prisão expedido, presentes o "fumus


boni iuris" e o "periculum in mora", requer a concessão de MEDIDA LIMINAR para que seja
determinada o relaxamento de prisão ilegal em favor do Paciente, em conformidade com o art.
5º, inciso LXVIII, que assegura ao cidadão sempre que este for ameaçado, sofrer violência ou
ter a privação da liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder de autoridades,
terá o direito ao habeas corpus que está previsto em nossa Constituição Federal.

Por fim, após as informações prestadas pela autoridade coatora e acurada análise, requer seja
definitivamente concedida a ordem, decretando-se a cassação da sentença, confirmando-se a
liminar, como medida de justiça.

Nesses Termos,

Pede Deferimento.

Belo Horizonte, 10 de abril de 2023.

Assinatura do Advogado

Paulo Wagner de Almeida

.../MG n° ...

Você também pode gostar