ALUNO: LAIRTON LOPES DE SOUSA RESUMO DO LIVRO DE DIREITO CONSTITUCIONAL III AUTORA: CINTIA LOUZADA FERREIRA GIACOMELLI
O habeas data é o instrumento constitucional viável para o acesso a
informações pessoais e para a tomada de providências necessárias. Além das hipóteses de cabimento referidas na Constituição Federal, o art. 7º da Lei nº. 9.507, de 12 de novembro de 1997, que regulamenta o processamento e julgamento do habeas data, apresenta no inciso III uma terceira hipótese de cabimento da ação constitucional: para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável. O habeas data é uma das ações constitucionais, previsto no art. 5º, LXXII, da Constituição Federal. Assim prevê o dispositivo legal. Destacamos que, de acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores, é necessário o esgotamento da via administrativa, obtendo-se a negativa, para que seja justificado o ajuizamento do habeas data, sob pena de declarar-se a inexistência de interesse de agir nessa ação constitucional se não houver resistência do órgão detentor das informações que se pretende obter. Assim prevê a Súmula nº. 2 do Supremo Tribunal Federal, não cabe o habeas data (CF, art. 5º, LXXII, a) se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa”. Nesse sentido, observamos a decisão do Recurso Especial nº. 1.304.736-RS, analisando o habeas data em situação que envolve o direito do consumidor. O cabimento do habeas data visa: assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, quando não se preferir fazer por processo sigiloso, judicial ou administrativo; anotar contestação ou explicação nos assentamentos do interessado sobre fato que esteja sob pendência. Procedimento O habeas data relaciona-se intimamente com outras duas ações constitucionais: o habeas corpus e o mandado de injunção, de forma que todos são ações civis de natureza mandamental, que segue rito processual específico. Para Sarlet, Marinoni e Mitidiero (2013, p. 780), “[...] trata-se de procedimento documental, cuja viabilização da prestação da tutela jurisdicional está subordinada à produção de prova pré-constituída”. O art. 8º da Lei nº. 9.507/1997 estipula que a petição inicial deverá atender aos requisitos indicados pelo Código de Processo Civil e deverá ser apresentada em duas vias, sendo que os documentos originais devem ser apresentados na primeira via. Ainda, o parágrafo único do art. 8º indica que a peça inicial deverá ser instruída com prova de uma das situações ali indicadas: Tendo em vista que a lei infraconstitucional não indica os prazos recursais, deverão ser considerados os prazos previstos no Código de Processo Civil. Por fim, nos termos do art. 19: Art. 19 Os processos de habeas data terão prioridade sobre todos os atos judiciais, exceto habeas corpus e mandado de segurança. Na instância superior, deverão ser levados a julgamento na primeira sessão que se seguir à data em que, feita a distribuição, forem conclusos ao relator. Destacamos, ainda, que a ação de habeas data é gratuita, assim como o procedimento administrativo para acesso a informações, retificação de dado e anotação de justificação
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