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FACULDADE GAMALIEL

CURSO DE DIREITO TURMA 28


ALUNO: LAIRTON LOPES DE SOUSA
RESUMO DO LIVRO DE DIREITO CONSTITUCIONAL III
AUTORA: CINTIA LOUZADA FERREIRA GIACOMELLI

O habeas data é o instrumento constitucional viável para o acesso a


informações pessoais e para a tomada de providências necessárias. Além das
hipóteses de cabimento referidas na Constituição Federal, o art. 7º da Lei nº.
9.507, de 12 de novembro de 1997, que regulamenta o processamento e
julgamento do habeas data, apresenta no inciso III uma terceira hipótese de
cabimento da ação constitucional: para a anotação nos assentamentos do
interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas
justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável. O habeas data é
uma das ações constitucionais, previsto no art. 5º, LXXII, da Constituição
Federal. Assim prevê o dispositivo legal. Destacamos que, de acordo com a
jurisprudência dos tribunais superiores, é necessário o esgotamento da via
administrativa, obtendo-se a negativa, para que seja justificado o ajuizamento
do habeas data, sob pena de declarar-se a inexistência de interesse de agir
nessa ação constitucional se não houver resistência do órgão detentor das
informações que se pretende obter. Assim prevê a Súmula nº. 2 do Supremo
Tribunal Federal, não cabe o habeas data (CF, art. 5º, LXXII, a) se não houve
recusa de informações por parte da autoridade administrativa”. Nesse sentido,
observamos a decisão do Recurso Especial nº. 1.304.736-RS, analisando o
habeas data em situação que envolve o direito do consumidor. O cabimento do
habeas data visa:  assegurar o conhecimento de informações relativas à
pessoa do impetrante, quando não se preferir fazer por processo sigiloso,
judicial ou administrativo; anotar contestação ou explicação nos assentamentos
do interessado sobre fato que esteja sob pendência. Procedimento O habeas
data relaciona-se intimamente com outras duas ações constitucionais: o
habeas corpus e o mandado de injunção, de forma que todos são ações civis
de natureza mandamental, que segue rito processual específico. Para Sarlet,
Marinoni e Mitidiero (2013, p. 780), “[...] trata-se de procedimento documental,
cuja viabilização da prestação da tutela jurisdicional está subordinada à
produção de prova pré-constituída”. O art. 8º da Lei nº. 9.507/1997 estipula que
a petição inicial deverá atender aos requisitos indicados pelo Código de
Processo Civil e deverá ser apresentada em duas vias, sendo que os
documentos originais devem ser apresentados na primeira via. Ainda, o
parágrafo único do art. 8º indica que a peça inicial deverá ser instruída com
prova de uma das situações ali indicadas: Tendo em vista que a lei
infraconstitucional não indica os prazos recursais, deverão ser considerados os
prazos previstos no Código de Processo Civil. Por fim, nos termos do art. 19:
Art. 19 Os processos de habeas data terão prioridade sobre todos os atos
judiciais, exceto habeas corpus e mandado de segurança. Na instância
superior, deverão ser levados a julgamento na primeira sessão que se seguir à
data em que, feita a distribuição, forem conclusos ao relator. Destacamos,
ainda, que a ação de habeas data é gratuita, assim como o procedimento
administrativo para acesso a informações, retificação de dado e anotação de
justificação

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