O capítulo 4 do PDF sobre Aprendizagem Social/Situada apresenta
uma abordagem que valoriza a aprendizagem como um processo social e
situado, ou seja, que ocorre em contextos específicos e é influenciada pelas interações sociais. Essa abordagem questiona a ideia de que o conhecimento pode ser abstraído das situações em que se aprende, defendendo que a aprendizagem é um processo complexo e multifacetado que envolve a participação ativa do aprendiz em situações reais e significativas.
A Aprendizagem Social/Situada tem muitos aspectos em comum com
outras teorias estudadas anteriormente, como o sociointeracionismo e a conceituação na ação. Ela destaca a importância das interações sociais e da participação ativa do aprendiz na construção do conhecimento, bem como a relevância do contexto e das práticas sociais para a aprendizagem.
Uma das principais contribuições da Aprendizagem Social/Situada é a
abordagem das comunidades de prática, que propõe que os educandos aprendam envolvendo-se no mesmo tipo de atividades que os especialistas enfrentam em diferentes campos do conhecimento. Essa abordagem valoriza a participação ativa do aprendiz em situações reais e significativas, o que pode contribuir para uma aprendizagem mais significativa e contextualizada.
As comunidades de prática são compostas por um domínio (corpo de
conhecimento), uma comunidade (grupo de pessoas interessadas no domínio) e práticas (modos de agir da comunidade no domínio). Essa abordagem propõe que os educandos participem ativamente das práticas sociais relacionadas ao domínio de conhecimento, o que pode contribuir para uma aprendizagem mais significativa e contextualizada.
Além disso, a Aprendizagem Social/Situada destaca a importância da
reflexão crítica sobre as práticas sociais e culturais envolvidas na aprendizagem. Ela propõe que os educandos questionem e analisem as práticas sociais e culturais relacionadas ao domínio de conhecimento, o que pode contribuir para uma compreensão mais profunda e crítica do conhecimento. A abordagem também enfatiza a importância da colaboração e da construção coletiva do conhecimento, em que os aprendizes trabalham juntos para resolver problemas e construir soluções. Entre os princípios da Aprendizagem Social/Situada, destaca-se a ideia de que a aprendizagem deve ocorrer em contextos pertinentes para se tornar efetiva e relevante para o aprendiz. Em tais contextos, separa-se menos o "saber" do "fazer", o que se traduz na busca de um ensino que promova práticas educativas mais autênticas, com maior relevância cultural e social. É preciso recontextualizar os saberes em situações em que estes tinham sentido, em que os atores tinham objetivos, problemas a resolver, agindo segundo determinados padrões ou diante de incertezas, em meio a relações de poder, etc. Em resumo, a Aprendizagem Social/Situada é uma abordagem que valoriza a participação ativa do aprendiz em situações reais e significativas, bem como a relevância do contexto e das práticas sociais para a aprendizagem. Ela propõe uma visão mais ampla e integrada do processo de aprendizagem, que envolve a participação ativa do aprendiz em comunidades de prática, a reflexão crítica sobre as práticas sociais e culturais envolvidas na aprendizagem e a construção coletiva do conhecimento.
EJATA: Videoaula - A Teoria da Aprendizagem Social ou Situada
O vídeo explora a teoria da aprendizagem social ou situada, que enfatiza a
importância da participação em comunidades de prática para a construção do conhecimento e identidade profissional. Esta abordagem destaca que a aprendizagem não ocorre de forma isolada, mas sim por meio do engajamento e interação em contextos sociais específicos, ressaltando a necessidade de repensar a educação profissional.
A aprendizagem situada e em comunidades de prática destaca que o
conhecimento é adquirido e desenvolvido através da participação ativa em contextos sociais relevantes, o que contrasta com a abordagem tradicional de descontextualizarão na cultura escolar. Neste contexto, a estrutura e práticas das comunidades de prática são exploradas, enfatizando a importância de experimentar o conhecimento em situações específicas e a construção e transformação de identidades profissionais. A experiência negociada com os outros é fundamental na formação profissional, e a identidade profissional é dinâmica, integrando diversas comunidades de prática ao longo do tempo.
Além disso, o vídeo discute os desafios epistemológicos no ensino e
aprendizagem, apontando obstáculos como a concepção de aprendizagem e conhecimento como individualistas e formais, e a importância de inserir o aprendiz em comunidades de prática para uma formação profissional mais eficaz. Essa abordagem mais abrangente reconhece a necessidade de repensar a forma como a educação é estruturada, enfatizando a importância do contexto social na construção do conhecimento e na formação profissional.
Capítulo 5 - Pedagogia da Prática (ou Workplace Learning): - A Pedagogia
da Prática é uma abordagem complementar à educação formal que se concentra na aprendizagem no ambiente de trabalho. Ela reconhece que a aprendizagem não se limita à sala de aula, mas também ocorre no ambiente de trabalho. A Pedagogia da Prática é baseada na ideia de que a aprendizagem é mais eficaz quando é relevante para a vida real e quando os alunos têm a oportunidade de aplicar o que aprenderam em situações práticas. - A Epistemologia da Prática é uma teoria que explora como os trabalhadores aprendem no ambiente laboral. Ela se concentra em como os trabalhadores adquirem conhecimento e habilidades no trabalho e como isso afeta seu desempenho. A Epistemologia da Prática é baseada na ideia de que a aprendizagem é um processo social e que os trabalhadores aprendem melhor quando têm a oportunidade de interagir com outras pessoas no ambiente de trabalho. - Aprendizagem no ambiente de trabalho pode ser limitada por falta de orientação, aprendizagens inadequadas e relutância em aprender. A Pedagogia da Prática busca superar essas limitações, fornecendo orientação adequada e oportunidades de aprendizagem significativa. A Pedagogia da Prática é baseada na ideia de que os trabalhadores aprendem melhor quando têm a oportunidade de aplicar o que aprenderam em situações práticas e quando recebem feedback sobre seu desempenho. - Práticas pedagógicas e práticas epistemológicas pessoais podem ser observadas na aprendizagem laboral e podem orientar o ensino. As práticas pedagógicas referem-se a atividades que permitem enriquecer ou desenvolver a aprendizagem, enquanto as práticas epistemológicas pessoais dizem respeito ao modo como os trabalhadores agem para aprender. As práticas pedagógicas incluem atividades como treinamento no trabalho, tutoria e coaching. As práticas epistemológicas pessoais incluem atividades como observação, imitação e reflexão sobre a aprendizagem no ambiente de trabalho: - A imitação e a observação são processos ativos na aprendizagem no ambiente de trabalho. Isso significa que os trabalhadores não são apenas receptores passivos de conhecimento, mas também são ativos na busca de novas informações e habilidades. A imitação é um processo pelo qual os trabalhadores aprendem observando outras pessoas realizando tarefas e tentando replicá-las. A observação é um processo pelo qual os trabalhadores aprendem observando outras pessoas realizando tarefas e tentando entender como elas fazem isso. - A Pedagogia da Prática pode ser aplicada na formação profissional para melhorar a aprendizagem e o desempenho no trabalho. Isso pode ser feito através do engajamento e interações laborais, ordenando as experiências de aprendizagem daquelas que proporcionam menos riscos àquelas cujos erros podem causar consequências mais graves. A Pedagogia da Prática pode ser aplicada em diversas áreas, como alfaiates, cabeleireiros, trabalhadores da produção, médicos e ceramistas. A Pedagogia da Prática pode ser aplicada em diferentes níveis de ensino, desde o ensino fundamental até a formação profissional.