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ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DO PORTO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM


2º ANO: RESPOSTAS CORPORAIS À DOENÇA II
2018-2019

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO DOMÍNIO DA ATIVIDADE MOTORA

1. Executar a técnica de posicionamento de controlo da espasticidade ......................................................... 1


1.1. Executar a técnica de posicionamento de controlo da espasticidade: decúbito dorsal ............................... 1
1.2. Executar a técnica de posicionamento de controlo da espasticidade: decúbito lateral (lado afetado) ........ 2
1.3. Executar a técnica de posicionamento de controlo da espasticidade: decúbito lateral (lado não afetado) . 3
2. Executar técnica de exercício músculo articular ......................................................................................... 4
3. Executar técnica de exercícios musculo articulares: exercícios isométricos .............................................. 11
4. Executar exercícios de recuperação da mobilidade em decúbito dorsal ................................................... 12
4.1. Executar exercícios de recuperação da mobilidade em decúbito dorsal: ponte ........................................ 14
4.2. Executar exercícios de recuperação da mobilidade: posição de sentado .................................................. 15
4.3. Executar exercícios de recuperação da mobilidade: posição ortostática .................................................. 16
5. Assistir/Treinar na técnica de marcha ...................................................................................................... 17
6. Posicionar pessoa com equipamento de imobilização (aparelho gessado, tração cutânea/esquelética) ... 18

1. Executar a técnica de posicionamento de controlo da espasticidade

1.1. Executar a técnica de posicionamento de controlo da espasticidade: decúbito dorsal

PROCEDIMENTO

Atividade Justificação
Executar higiene das mãos A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada aos
cuidados de saúde (DGS, 2010)
Identificar a pessoa A identificação da pessoa é uma medida de segurança obrigatória
Explicar o posicionamento em decúbito dorsal Facilita a compreensão da pessoa e a sua colaboração
Solicitar o consentimento para a intervenção O consentimento informado é absolutamente obrigatório para qualquer
cuidado de saúde
Vestir roupa confortável Facilita os movimentos corporais, permitindo a máxima amplitude das
articulações
Posicionar a cabeça em alinhamento com a O apoio da cabeça sobre a almofada promove o alinhamento correto desta
cervical sobre almofada com o corpo. A almofada deve ser baixa para contrariar a flexão sobre o
peito
Se necessário contrariar a flexão lateral da
cabeça para o lado afetado com ajuda de Contrariar a flexão lateral para o lado afetado impede o padrão espástico
almofada ou rolo

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

Elevar o ombro afetado em ligeira abdução e A abdução e protração do ombro alinham a articulação evitando o ombro
protração1. Pode colocar-se almofada baixa sob doloroso e a sua tendência para rotação interna
o ombro para melhorar o conforto

Fig. 1 – Movimento de protração e retração

Posicionar o membro superior em abdução, Assegurar a extensão das articulações do cotovelo, do punho e dos dedos,
extensão e rotação externa do braço, com o membro em abdução e rotação externa, contraria o padrão espástico
antebraço, mão em supinação, dedos da mão
A flexão destas articulações é caraterística da instalação de espasticidade
em ligeira abdução e extensão
ao nível do membro superior
Extensão do tronco com protração da bacia, A protração da bacia obtém-se colocando o quadril e o membro inferior
membro inferior em ligeira rotação interna, afetado apoiado numa almofada entre a bacia e a região poplítea
com a articulação do joelho em flexão, face permitindo a rotação interna da articulação coxofemoral e da coxa, a flexão
plantar do pé apoiada sobre a base da cama do joelho e o apoio do pé sobre a base da cama

Fig. 2 – Decúbito dorsal

Executar higiene das mãos A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada aos
cuidados de saúde (DGS, 2010)

1.2. Executar a técnica de posicionamento de controlo da espasticidade: decúbito lateral (lado


afetado)

PROCEDIMENTO

Atividade Justificação
Executar higiene das mãos A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010)
Identificar a pessoa A identificação da pessoa é uma medida de segurança obrigatória
Explicar à pessoa o posicionamento Facilita a compreensão da pessoa e a sua colaboração
Solicitar o consentimento O consentimento informado é absolutamente obrigatório para qualquer
cuidado de saúde
Vestir roupa confortável Facilita os movimentos corporais, permitindo a máxima amplitude das
articulações e de movimentos
Posicionar a cabeça na almofada sobre o lado A utilização de uma almofada mais alta permite contrariar a flexão lateral
afetado (alinhamento da cabeça com a coluna da cabeça característica da perda de tónus muscular e da instalação da
cervical) espasticidade

1Protração - sinónimos de abdução que significa o movimento lateral de uma parte do corpo afastando-se da linha média do mesmo.
TAYLOR, C. - Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem, 5ªEd. Porto Alegre: Artmed, 2007.
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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

Posicionar o ombro do membro afetado em O membro superior deve ser rodado externamente de modo a que o
ligeira abdução e rotação externa antebraço fique em supinação com o dorso da mão apoiado na superfície da
cama, contrariando o padrão espástico
Executar a protração da omoplata e restante
articulação do ombro afetado O ombro doloroso resulta dos mecanismos de desalinhamento da
articulação, movimentos incorretos, imobilidade e posicionamento
inadequado do membro superior afetado e sobrecarga do peso do corpo
Posicionar o membro superior em abdução, em
rotação externa, as articulações do cotovelo e
do punho em extensão, antebraço em Este posicionamento contraria o padrão espástico
supinação
A flexão destas articulações é característica da instalação de espasticidade
Posicionar a mão em supinação, os dedos em ao nível do membro superior
extensão e em ligeira abdução sobre a
superfície da cama
Tronco e bacia alinhados, flexão ligeira da O membro inferior sadio deve estar à frente do afetado e o membro afetado
articulação coxofemoral e joelho, ligeira em ligeira flexão do joelho. Pode colocar-se uma almofada no membro
rotação interna do quadril e coxa inferior sadio para conforto e bem-estar da pessoa e prevenção de úlceras
por pressão
O joelho deve estar em ligeira flexão, o pé em
posição neutra, seguindo o alinhamento do
membro afetado apoiado sobre o colchão

Fig. 3 – Decúbito lateral para o lado afetado

Executar higiene das mãos. A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada aos
cuidados de saúde (DGS, 2010).

1.3. Executar a técnica de posicionamento de controlo da espasticidade: decúbito lateral (lado não
afetado)

PROCEDIMENTO

Atividade Justificação
Executar higiene das mãos A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada aos
cuidados de saúde (DGS, 2010)2
Identificar a pessoa A identificação da pessoa é uma medida de segurança obrigatória
Explicar à pessoa o posicionamento Facilita a compreensão da pessoa e a sua colaboração
Solicitar o consentimento O consentimento informado é absolutamente obrigatório para qualquer
cuidado de saúde
Vestir roupa confortável Facilita os movimentos corporais, permitindo a máxima amplitude das
articulações

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Segundo a norma da DGS:
- A higiene das mãos pode ser feita com água e sabão ou com SABA
- Quando nos referimos à lavagem das mãos será com água e sabão; a fricção antissética será com a SABA
- A SABA deve ser a 1ª escolha para a higiene das mãos (desde que as mãos estejam visivelmente limpas e/ou isentas de matéria orgânica)
- A lavagem das mãos com água e sabão fica restrita sobretudo, quando os profissionais tenham as mãos visivelmente sujas ou contaminadas com
matéria orgânica.
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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

Posicionar a cabeça sobre o lado não afetado A utilização de uma almofada baixa, ou a sua ausência, permite contrariar
a flexão lateral e rotação da cabeça, característica da instalação de
espasticidade
Posicionar o membro superior não afetado (se O membro superior do lado não afetado deve ficar confortável
conveniente) em extensão com ombro, flexão
do cotovelo a 90o
O membro superior afetado posicionado em O ombro do membro superior deve ser rodado internamente e trazido bem
extensão sobre almofada (ângulo 90o com para a frente de modo a que o antebraço e mão fiquem apoiados em
tórax). Ombro protraído, braço, antebraço e almofada fiquem em pronação, a palma da mão apoiada e voltada para a
mão em rotação interna e pronação, dedos da superfície da cama, contrariando o padrão espástico
mão em abdução e extensão
Posicionar as articulações do cotovelo e do
punho em extensão Este posicionamento contraria o padrão espástico. A extensão destas
articulações é suportada pela almofada utilizada para a protração do ombro
Posicionar a mão em pronação, dedos em e extensão da articulação do cotovelo, punho e falanges
extensão e em abdução sobre a almofada
Posicionar a articulação coxofemoral e do A flexão destas articulações obtém-se colocando o membro inferior fletido,
joelho em ligeira flexão. Posicionar o pé em bem para a frente. O pé fica em posição neutra
posição neutra

Fig. 4 – Decúbito lateral para o lado não afetado

Executar higiene das mãos. A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada aos
cuidados de saúde (DGS, 2010).

2. Executar técnica de exercício músculo articular

PROCEDIMENTO

Atividade Justificação
Executar lavagem ou higienização das mãos A aplicação de um antisséptico de base alcoólica (SABA) é uma das medidas
de controlo da infeção associada aos cuidados de saúde
Identificar a pessoa A identificação da pessoa é uma medida de segurança obrigatória
Explicar à pessoa sobre o posicionamento Facilita a compreensão da pessoa e a sua colaboração
Solicitar o consentimento O consentimento informado é absolutamente obrigatório para qualquer
cuidado de saúde
Vestir roupa confortável Facilita os movimentos corporais, permitindo efetuar-se a máxima
Incentivar o uso de roupa confortável amplitude das articulações

Posicionar a pessoa A posição adotada será a que facilitará a execução da técnica. Deixar as
articulações livres de almofadas e sem outros recursos de posicionamento

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

Mobilizar partes do corpo • A lógica de execução dos movimentos deve respeitar o princípio: “céfalo-
caudal” e uma abordagem "proximal-distal”
• Os exercícios devem ser realizados diariamente, de preferência 2 vezes
por dia, executados atendendo à presença de dor, fadiga, tolerância à
atividade e reação da pessoa
• Realizar cada movimento de forma coordenada e repetida, de modo a
não induzir a hipertonia espástica, repetir 5 a 10 vezes, utilizando toda a
amplitude de movimento da articulação
• Ao realizar os exercícios dever-se-á segurar o segmento a mobilizar
• Após cada sequência de movimento deve voltar-se à posição neutra

Mobilizar partes do corpo em decúbito dorsal


• Executar a flexão e extensão do pescoço: colocar uma mão sob a nuca da
pessoa e a outra sob o queixo; mover a cabeça no sentido do queixo,
tocando o tórax - movimento de flexão; mover a cabeça no sentido de
voltar à posição neutra - movimento de extensão

Fig. 5 – Flexão e extensão do pescoço

• Executar a flexão lateral do pescoço: colocar uma mão na nuca da pessoa


e a outra sob o queixo; mover a cabeça para que o pavilhão auricular se
oriente para o ombro direito, realizando a a flexão lateral direita; mover
a cabeça para que o pavilhão auricular se oriente para o ombro esquerdo,
realizando a flexão lateral esquerda; entre cada flexão lateral dever-se-á
colocar a cabeça da pessoa em posição neutra e fazer uma pausa de pelo
menos 5 segundos

Mobilizar a articulação do pescoço

Fig. 6 – Flexão lateral do pescoço

• Executar a rotação do pescoço: colocar uma mão na nuca da pessoa e a


outra sob o queixo; rodar a cabeça para que a sua face esquerda toque
na superfície da cama, realizando a rotação à esquerda; rodar a cabeça
para que a sua face direita toque na superfície da cama, realizando a
rotação à direita; entre cada rotação dever-se-á colocar a cabeça da
pessoa em posição neutra e fazer uma pausa de pelo menos 5 segundos

Fig.7 – Rotação do pescoço

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

• Executar a rotação externa/interna do ombro: colocar o membro


superior em abdução a 90o, flexão do cotovelo a 90o com braço apoiado
na superfície da cama; imobilizar a articulação do punho com uma das
nossas mãos e segurar com a outra mão o cotovelo; mover o antebraço
num eixo vertical no sentido superior realizando a rotação externa;
mover o antebraço num eixo vertical no sentido inferior realizando a
rotação interna
• Executar a adução/abdução do ombro: colocar o membro superior ao
longo do corpo, em extensão, com ligeira abdução e antebraço em
supinação; imobilizar a articulação do punho com uma mão, efetuando
uma ligeira tração e colocar a nossa outra mão sob o cotovelo; afastar o
membro superior da linha média do corpo até aos 90o, realizando a
abdução; aproximar o membro superior da linha média, realizando a
adução

Mobilizar a articulação do ombro

Fig. 8 – Abdução do ombro

• Executar a flexão/extensão do ombro: colocar o membro superior ao


longo do corpo, em extensão, com ligeira abdução e antebraço em
supinação; imobilizar a articulação do punho e do cotovelo cruzando os
braços, sendo que uma mão efetua uma ligeira tração e a outra apoia o
cotovelo; elevar o membro superior a 180o no plano frontal acima da
cabeça, realizando a flexão; baixar o membro superior a 0o no plano
frontal, realizando a extensão

Fig. 9 – Flexão do ombro

• Executar a flexão/extensão do cotovelo: colocar o membro superior em


ligeira abdução, cotovelo em extensão e antebraço em supinação;
imobilizar a articulação do punho, efetuando uma ligeira tração; mover
o antebraço e mão no sentido ascendente, realizando a flexão; mover o
antebraço no sentido descendente, realizando a extensão

Mobilizar a articulação do cotovelo

Fig. 10 – Flexão e extensão do cotovelo

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

• Executar a pronação/supinação: colocar o membro superior em ligeira


abdução, cotovelo em extensão e antebraço em supinação; colocar uma
mão sobre o braço da pessoa para evitar a mobilização associada do
mesmo; apoiar a mão da pessoa (posição de aperto de mão), mantendo
o punho imobilizado; rodar a mão no sentido dos ponteiros do relógio,
realizando a pronação; rodar a mão no sentido inverso ao dos ponteiros
do relógio, realizando a supinação
Mobilizar as articulações do antebraço

Fig. 11 – Pronação e supinação

• Executar a flexão/extensão/hiperextensão do punho: colocar o membro


superior em ligeira abdução, cotovelo em flexão e antebraço em
supinação; imobilizar a articulação do punho com uma mão, colocando
o dedo polegar em abdução com a outra; mover a mão na direção da
face anterior do antebraço, realizando a flexão; mover a mão até à
posição neutra, realizando a extensão; mover a mão na direção da face
posterior do antebraço, realizando a hiperextensão

Fig. 12 – Extensão e hiperextensão do punho


Mobilizar as articulações do punho
• Executar o desvio radial/cubital: colocar o membro superior em ligeira adução,
cotovelo em flexão e antebraço em supinação; imobilizar a articulação do
punho com uma mão, colocando o dedo polegar em abdução com a outra;
mover a mão lateralmente na direção do polegar, realizando o desvio radial;
mover a mão lateralmente na direção do quinto dedo, realizando o desvio
cubital

Fig. 13 – Desvio radial e cubital

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

• Executar a flexão/extensão do polegar: colocar o membro superior em


ligeira abdução, cotovelo em flexão e antebraço em supinação.
Imobilizar os dedos do segundo ao quinto, mantendo-os em adução;
segurar o polegar pela falange distal com a outra mão; executar
movimentos de flexão, seguido de movimentos de extensão
• Executar a adução/abdução do polegar: colocar o membro superior em
ligeira abdução, cotovelo em flexão e antebraço em supinação; imobilizar
os dedos, do segundo ao quinto, com uma das mãos, mantendo-os em
adução; mover o polegar lateralmente no sentido do segundo dedo,
realizando a adução; mover o polegar em direção à posição neutra,
realizando a abdução

Mobilizar a articulação do polegar

Fig. 14 – Adução e abdução do polegar

• Executar a oponência: colocar o membro superior ao longo do corpo, em


extensão, com ligeira abdução e antebraço em supinação; imobilizar os
dedos, do segundo ao quinto, com uma das mãos, mantendo-os em
adução; segurar o polegar pela falange distal, com a outra mão; mover a
articulação metacarpo falângica em movimento circular, em direção ao
quinto dedo, fletindo o dedo sobre a mão, (movimento de semicírculo),
tocando alternadamente com o polegar na raiz de cada um dos dedos
• Executar a flexão/extensão dos dedos da mão: colocar o membro
superior em ligeira abdução, cotovelo em flexão e antebraço em
supinação; imobilizar a articulação do punho com a nossa mão,
colocando o dedo polegar da pessoa em abdução; colocar a palma da
nossa outra mão sobre o dorso da mão da pessoa, pressionando os dedos
até estes fletirem (movimento de enrolar); realizar o movimento de
retorno à posição neutra, realizando a extensão

Fig. 15 – Flexão e extensão dos dedos da mão


Mobilizar a articulação dos dedos da mão
• Executar a adução/abdução dos dedos da mão: colocar o membro
superior em ligeira abdução, cotovelo em flexão e antebraço em
supinação; mover cada dedo lateralmente, aproximando-o da linha
média da mão, realizando a adução; mover cada dedo lateralmente,
afastando-o da linha média da mão, no sentido do polegar, realizando a
abdução

Fig. 16 – Abdução dos dedos

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

• Executar a rotação interna/externa da articulação coxofemoral: colocar


o membro inferior em ligeira abdução, apoiado na superfície da cama;
colocar uma mão no terço inferior da coxa e a outra no terço inferior da
perna da pessoa (articulação tibiotársica); rodar o membro inferior na
direção da linha média, realizando a rotação interna; rodar o membro
inferior na direção oposta à linha média, realizando a rotação externa

Fig. 17 – Rotação interna e externa da coxofemoral

• Executar a adução/abdução da articulação coxofemoral: colocar o


membro inferior apoiado na superfície da cama; apoiar com uma mão a
articulação tibiotársica e com a outra mão a região poplítea da pessoa;
colocar o membro inferior na direção da linha média, realizando a
adução; afastar o membro inferior da linha média aproximadamente 45o,
realizando a abdução

Mobilizar a articulação coxofemoral

Fig. 18 – Abdução da coxofemoral

• Executar a flexão/extensão da articulação coxofemoral (a


flexão/extensão da coxofemoral realizam-se em simultâneo com a
flexão/extensão do joelho): colocar o membro inferior em ligeira
abdução, apoiado na superfície da cama; apoiar com uma mão a região
metatársica e com a outra mão a região poplítea da pessoa com o joelho
em flexão; elevar o membro inferior, fletindo o joelho (rodar
simultaneamente a mão, apoiando a face externa do joelho – movimento
de leque –, evitando a rotação externa da coxa); mover o membro inferior
na direção do tronco, realizando a flexão da coxofemoral
aproximadamente 90o a 110o

Fig. 19 – Flexão do coxofemoral e do joelho

• Executar a flexão/extensão do joelho (a flexão/extensão do joelho


realizam-se em simultâneo com a flexão/extensão da coxofemoral):
colocar o membro inferior em ligeira abdução, apoiado na superfície da
cama; apoiar com uma mão a articulação tibiotársica e com a outra mão
Mobilizar a articulação do joelho a região poplítea da pessoa com o joelho em extensão; mover o membro
inferior na direção do tronco, realizando a flexão do joelho
aproximadamente 900 (a mão que apoia a região poplítea roda e apoia
a face anterior do joelho – movimento de leque); elevar o membro
inferior com flexão do joelho

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

• Executar a dorsiflexão/flexão plantar: colocar o membro inferior em


ligeira abdução e ligeira flexão do joelho; segurar a articulação do joelho
com o antebraço e apoiar a região aquiliana (articulação tíbio-társica)
com a mão, ficando o calcâneo apoiado numa das nossas mãos; segurar
a região metatarso falângica com a outra mão e mover o pé no sentido
da face anterior da perna, realizando a dorsiflexão; colocar na posição
inicial e continuar o movimento, afastando o dorso do pé da face anterior
da perna, realizando a flexão plantar

Mobilizar a articulação tibiotársica Fig. 20 – Dorsiflexão e flexão plantar

• Executar a eversão/inversão: colocar o membro inferior em ligeira


abdução e ligeira flexão do joelho; imobilizar a articulação do joelho com
o antebraço e apoiar a região aquiliana de forma a deixar o calcanhar
livre; colocar a outra mão região metatarso falângica; rodar o pé no
sentido do quinto dedo, realizando a eversão; rodar o pé no sentido
contrário (no sentido do hállux valgus), realizando a inversão

Fig. 21 – Eversão e inversão

• Executar a flexão/extensão dos dedos do pé: colocar o membro inferior


em ligeira abdução e ligeira flexão do joelho; imobilizar a articulação do
joelho com o antebraço e apoiar a região aquiliana na mão, de forma a
deixar o calcanhar livre; fixar os dedos do pé da pessoa com a outra mão;
mover os dedos do pé na direção da região plantar, realizando a flexão;
mover os dedos do pé na direção do dorso do pé, realizando a extensão
Mobilizar as articulações dos dedos do pé

Fig. 22 – Flexão e extensão dos dedos do pé

Mobilizar partes do corpo em decúbito lateral


• Executar a hiperextensão do pescoço: colocar uma mão no queixo da
pessoa e com a outra apoiar a região occipital; mover a cabeça na
direção posterior do tórax até à amplitude máxima do movimento,
realizando a hiperextensão

Mobilizar a articulação do pescoço

Fig. 22 – Hiperextensão do pescoço

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

• Executar a hiperextensão do ombro: colocar o membro superior ao longo


do corpo, em extensão, com ligeira abdução; colocar uma mão no
cotovelo da pessoa, e a outra no ombro, de forma a apoiar a totalidade
do membro superior; afastar o membro superior do tronco até à
amplitude máxima do movimento, realizando a hiperextensão
Mobilizar a articulação do ombro

Fig. 23 – Hiperextensão do ombro

• Executar a hiperextensão da coxofemoral: colocar o membro inferior


alinhado com o tórax, em extensão, com ligeira adução; colocar uma
mão na região coxofemoral da pessoa, e com a outra a apoiar a
totalidade do membro inferior; afastar o membro inferior do
alinhamento corporal até à amplitude máxima do movimento, realizando
a hiperextensão
Mobilizar a articulação coxofemoral

Fig. 24 – Hiperextensão da coxofemoral

Executar higiene das mãos. A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010).

Os exercícios descritos são isotónicos, implicam trabalho muscular dinâmico, envolvendo contrações concêntricas e excêntricas.

3. Executar técnica de exercícios musculo articulares: exercícios isométricos

PROCEDIMENTO

Atividade Justificação
Executar higiene das mãos A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010)
Identificar a pessoa A identificação da pessoa é uma medida de segurança obrigatória
Explicar à pessoa sobre o posicionamento Facilita a compreensão da pessoa e a sua colaboração
Solicitar o consentimento O consentimento informado é absolutamente obrigatório para qualquer
cuidado de saúde
Incentivar o uso de roupa confortável Facilita os movimentos corporais, permitindo efetuar-se a máxima
Vestir roupa confortável amplitude das articulações

Posicionar / incentivar a pessoa a posicionar-se Posicionar a pessoa numa posição que facilite a execução da técnica e seja
confortável
Aumentar a perceção sobre o tónus muscular (ao A perceção sobre o exercício a efetuar e o controlo do tónus muscular é a
nível de determinado grupo muscular) base da eficiência deste tipo de exercícios musculares
Incentivar a pessoa a realizar 5 contrações Cada contração deve durar cerca de 5 segundos. Entre cada sequência a
isométricas sucessivas pessoa deve aguardar 2 minutos
Elogiar o desempenho Elogiar a pessoa aquando da realização dos exercícios musculares
aumenta a sua adesão ao plano de tratamento

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

Executar higiene das mãos. A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010).

4. Executar exercícios de recuperação da mobilidade em decúbito dorsal

PROCEDIMENTO

Atividade Justificação
Executar higiene das mãos A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010)
Identificar a pessoa A identificação da pessoa é uma medida de segurança obrigatória
Explicar à pessoa sobre o posicionamento Facilita a compreensão da pessoa e a sua colaboração
Solicitar o consentimento O consentimento informado é absolutamente obrigatório para qualquer
cuidado de saúde
Incentivar o uso de roupa confortável Facilita os movimentos corporais, permitindo efetuar-se a máxima
amplitude das articulações
Vestir roupa confortável
Posicionar a pessoa em decúbito dorsal A pessoa deve ter os membros superiores em extensão ao longo do tronco
e os pés juntos, respeitando o alinhamento corporal

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

1. A flexão da articulação coxofemoral e do joelho deve ser efetuado em


cada um dos membros inferiores, separadamente e deslizando o
calcanhar ao longo da superfície da cama
2. Executar o mesmo exercício, agora adicionando a abdução e adução da
coxofemoral
3. Executar flexão da articulação coxofemoral e do joelho em metade da
amplitude do movimento, em cada um dos membros inferiores
4. Executar o mesmo exercício, agora adicionando a abdução e adução da
articulação coxofemoral
5. Executar a flexão da articulação coxofemoral e do joelho, agora,
simultaneamente, em ambos os membros inferiores, com os joelhos e
os maléolos internos justapostos. Este exercício deve ser realizado até à
sua amplitude máxima, e deslizando os calcanhares ao longo da
superfície da cama
6. Executar o mesmo exercício, mas adicionar sucessivamente a abdução,
a adução e finalmente a extensão da articulação coxofemoral
7. Executar o exercício anterior e, na extensão, incentivar a pessoa a parar
sob indicação
8. Executar a flexão das articulações coxofemoral e joelho, agora com o
calcanhar a uma distância de 5 cm da superfície da cama. Este exercício
deve ser realizado em cada um dos membros inferiores separadamente
9. Executar o mesmo exercício, mas incentivar a pessoa a repousar o
calcanhar sobre a rótula oposta. Progressivamente devem ser
introduzidos novos padrões neste exercício de forma a aumentar a
coordenação motora. Assim, a pessoa deve procurar pousar o calcanhar
sobre a tíbia, o pé, os dedos do pé e um e outro lado da superfície da
Executar/Incentivar a flexão da articulação cama
coxofemoral e do joelho 10. Executar o exercício anterior, mas incentivar a pessoa a parar sob
indicação. Os pontos a tocar com o calcanhar pela pessoa são indicados
momentaneamente e alternadamente pelo enfermeiro, diminuindo a
previsibilidade dos exercícios
11. Executar a flexão das articulações coxofemoral e do joelho, com o
calcanhar a uma distância de 5 cm da superfície da cama, fazendo-o
deslocar ao longo da tíbia. Este exercício deve ser efetuado em cada um
dos membros inferiores, separadamente, e deve ser repetido invertendo
o sentido do deslizamento
12. Executar o exercício anterior, mas incentivar a pessoa a parar sob
indicação
13. Executar a flexão das articulações coxofemoral e do joelho, até á sua
amplitude máxima, com os calcanhares a uma distância de 5 cm da
superfície da cama. Este exercício deve ser efetuado simultaneamente
em ambos os membros inferiores, com os joelhos e os maléolos internos
justapostos
14. Executar o exercício anterior, mas incentivar a pessoa a parar sob
indicação
15. Executar a flexão das articulações coxofemoral e do joelho, de forma
alternada, e deslizar o calcanhar ao longo da superfície da cama. Este
exercício deve ser efetuado simultaneamente em ambos os membros
inferiores, sendo que quando o membro inferior direito está em
extensão, o membro inferior esquerdo deverá estar em flexão
16. Executar o exercício anterior, mas incentivar a pessoa a manter os
calcanhares a uma distância de 5 cm da superfície da cama
17. Executar o mesmo exercício, mas adicionar a abdução e adução da
articulação coxofemoral

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

18. Incentivar a pessoa a seguir com o hálux o movimento do dedo da mão


do enfermeiro. Este exercício deve ser efetuado em cada um dos
membros inferiores, separadamente
Elogiar o desempenho Elogiar a pessoa aquando da realização dos exercícios de recuperação da
mobilidade aumenta a sua adesão ao plano de tratamento
Executar higiene das mãos. A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010).

4.1. Executar exercícios de recuperação da mobilidade em decúbito dorsal: ponte

PROCEDIMENTO

Atividade Justificação
Executar higiene das mãos A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010)
Identificar a pessoa A identificação da pessoa é uma medida de segurança obrigatória
Explicar à pessoa sobre o posicionamento Facilita a compreensão da pessoa e a sua colaboração
Solicitar o consentimento O consentimento informado é absolutamente obrigatório para qualquer
cuidado de saúde
Incentivar o uso de roupa confortável Facilita os movimentos corporais, permitindo efetuar-se a máxima
Vestir roupa confortável amplitude das articulações

Posicionar a pessoa em decúbito dorsal sem A extensão destas articulações é suportada na superfície da cama e
almofada na cabeça, colocando as articulações obtém-se estendendo os membros superiores ao longo do tronco, com as
do cotovelo, do punho e dos dedos em extensão, palmas das mãos apoiadas na cama (o que impede a rotação interna do
apoiadas na cama ombro)
Executar a flexão da articulação dos joelhos, Numa fase inicial, o enfermeiro coloca uma mão no dorso dos pés da
simultaneamente pessoa para evitar o seu deslizamento, e a outra mão nos joelhos,
facilitando a adução e contrariando a tendência para a rotação externa do
membro inferior

Fig. 25 – Exercícios de recuperação da mobilidade: ponte

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

Solicitar à pessoa que eleve o quadril, as duas A elevação da coxofemoral do lado sadio auxilia a elevação desta
articulações coxofemoral em simultâneo, articulação do lado afetado, razão pela qual é fundamental a
equilibrando-se nesta posição simultaneidade neste exercício
A elevação da coxofemoral do lado afetado pode ser mantida com a
utilização do pé do lado sadio sobre o do lado afetado, impedindo assim
que este deslize ao longo da superfície da cama

Fig. 26 – Exercícios de recuperação da mobilidade: ponte

Elogiar o desempenho Elogiar a pessoa aquando da realização dos exercícios de recuperação da


mobilidade aumenta a sua adesão ao plano de tratamento
Executar higiene das mãos. A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010).

4.2. Executar exercícios de recuperação da mobilidade: posição de sentado

PROCEDIMENTO

Atividade Justificação
Executar higiene das mãos A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010)
Identificar a pessoa A identificação da pessoa é uma medida de segurança obrigatória
Explicar à pessoa sobre o posicionamento Facilita a compreensão da pessoa e a sua colaboração
Solicitar o consentimento O consentimento informado é absolutamente obrigatório para qualquer
cuidado de saúde
Incentivar o uso de roupa confortável Facilita os movimentos corporais, permitindo efetuar-se a máxima
Vestir roupa confortável amplitude das articulações

Posicionar a pessoa numa cadeira com apoio de A pessoa deve apoiar as costas e braços na cadeira. O enfermeiro deve
costas e braços incentivá-lo a manter a postura de sentado, tendo os pés totalmente
apoiados no chão
Pretende-se que a pessoa fique com os joelhos fletidos em ângulo reto,
mantendo os pés firmemente apoiados no chão. Este exercício deve ser
prolongado pelo menos durante 2 minutos, se possível com os olhos
fechados, o que promove significativamente a propriocepção3

3Propriocepção – também denominado cinestesia é o termo utilizado para denominar a capacidade para reconhecer a localização espacial do corpo,
sua posição e orientação, força exercida pelos músculos e posição de cada parte do corpo em relação às demais.
CABRERA et al. (2008) – Treinamento do equilíbrio ata ortopédica brasileira, Vol.16, nº2, S. Paulo: Brasil.
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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

Posicionar a pessoa numa cadeira sem apoio de 1. O enfermeiro primeiramente apoia as suas mãos nos ombros da pessoa
costas e de braços e “tranca” os joelhos desta, com os seus joelhos. A correção postural é
fundamental, podendo utilizar-se um espelho, numa fase em que a
pessoa já tem maior equilíbrio estático sentado, que irá facilitar a
integração de todo o esquema corporal e a correção da postura (uma
alternativa à cadeira sem apoios é a parte lateral da cama)
2. Executar o mesmo exercício, mas induzir um ligeiro balanço no tronco
da pessoa. A pessoa deve compensar o movimento realizado pelo
enfermeiro, recuperando o equilíbrio. Este exercício só poderá ser
realizado se a pessoa apresentar equilíbrio estático sentado
Posicionar a pessoa numa cadeira e incentivá-la a Este exercício permite à pessoa realizar carga nos membros inferiores, de
levantar o membro inferior, pousando primeiro o acordo com o movimento de marcha
retro pé, o médio pé e por último o ante pé

Assistir/Incentivar a pessoa a levantar-se da Para levantar-se, a pessoa deve ter os pés firmemente apoiados no chão,
cadeira e sentar-se, sucessivamente inclinar o tronco ligeiramente para a frente e posteriormente levantar-se
procurando endireitar o tronco. Para sentar-se, deve sentir a cadeira com
a face posterior da perna, flexionar os joelhos e as articulações
coxofemorais, controlando o movimento quando se senta

Fig. 27 – Exercícios de levantar/sentar na cadeira com ajuda do enfermeiro

Elogiar o desempenho Elogiar a pessoa aquando da realização dos exercícios de recuperação da


mobilidade aumenta a sua adesão ao plano de tratamento
Executar higiene das mãos. A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010).

4.3. Executar exercícios de recuperação da mobilidade: posição ortostática

PROCEDIMENTO

Atividade Justificação
Executar higiene das mãos A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010)
Identificar a pessoa A identificação da pessoa é uma medida de segurança obrigatória
Explicar à pessoa sobre o posicionamento Facilita a compreensão da pessoa e a sua colaboração
Solicitar o consentimento O consentimento informado é absolutamente obrigatório para qualquer
cuidado de saúde
Incentivar o uso de roupa confortável Facilita os movimentos corporais, permitindo efetuar-se a máxima
Vestir roupa confortável amplitude das articulações

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

Posicionar na posição de pé 1. Colocar a pessoa ao fundo da cama para que possa ficar na posição
ortostática. Os seus pés devem estar firmemente apoiados no chão e
com a base de sustentação adequada. Os membros superiores devem
estar em flexão e as mãos a agarrarem a cama. Este exercício deve ser
prolongado pelo menos durante 2 minutos, se possível com os olhos
fechados, o que promove significativamente a propriocepção
2. Realizar o mesmo exercício, mas induzir um ligeiro balanço sobre
algumas áreas do corpo da pessoa (ex: região escapulo-umeral, bacia).
3. Realizar o mesmo exercício, mas incentivar a pessoa a transferir o peso
corporal para cada um dos membros inferiores, alternadamente
Este exercício ajuda a pessoa a adquirir equilíbrio
Elogiar o desempenho Elogiar a pessoa aquando da realização dos exercícios de recuperação da
mobilidade aumenta a sua adesão ao plano de tratamento
Executar higiene das mãos. A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010).

5. Assistir/Treinar na técnica de marcha

PROCEDIMENTO

Atividade Justificação
Executar higiene das mãos A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010)
Identificar a pessoa A identificação da pessoa é uma medida de segurança obrigatória
Explicar à pessoa sobre o posicionamento Facilita a compreensão da pessoa e a sua colaboração
Solicitar o consentimento O consentimento informado é absolutamente obrigatório para qualquer
cuidado de saúde
Incentivar o uso de roupa confortável Facilita os movimentos corporais, permitindo efetuar-se a máxima
Vestir roupa confortável amplitude das articulações

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

Numa fase inicial a pessoa deve realizar o exercício na cadência contada


Assistir/Incentivar a pessoa a andar (para o lado)
pelo enfermeiro. A pessoa está em posição ortostática em frente ao
enfermeiro. Afasta o membro não afetado e passa o peso corporal para
este membro. Desliza o outro pé 30 cm no sentido do pé não afetado.
Passa o peso total para a base dos dois membros
A marcha deve ser assistida pelas mãos do enfermeiro colocadas ao nível
da anca, conferindo suporte pélvico. O enfermeiro prende os antebraços
da pessoa com auxílio dos seus, controlando e apoiando simultaneamente
os movimentos da anca, encontrando-se, portanto, na posição adequada
para ajudar a pessoa a transferir o seu peso corretamente para um e outro
lado. A manutenção do equilíbrio é mais fácil quando se realiza marcha de
lado, porque o número de articulações e músculos envolvidos no
movimento corporal é menor

Fig. 28 – Treino de marcha controlada

Assistir/Incentivar a pessoa a andar (para a Depois de a pessoa ser capaz de andar para o lado, o enfermeiro posiciona-
frente) se lateralmente, do lado afetado. A mão do enfermeiro que está mais
próxima da pessoa deve passar por baixo da axila da pessoa de modo a
forçar o alinhamento corporal. A outra mão deve segurar a mão da pessoa
de modo a manter o membro superior em rotação externa e mão em
supinação

Fig. 29 – Treino de marcha controlada

Executar higiene das mãos. A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010).

6. Posicionar pessoa com equipamento de imobilização (aparelho gessado, tração cutânea/esquelética)

PROCEDIMENTO

Atividade Justificação
Executar higiene das mãos A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010)
Identificar a pessoa A identificação da pessoa é uma medida de segurança obrigatória
Explicar à pessoa sobre o posicionamento Facilita a compreensão da pessoa e a sua colaboração
Solicitar o consentimento O consentimento informado é absolutamente obrigatório para qualquer
cuidado de saúde
Assegurar alinhamento corporal Tomar como referência a posição supina, tendo em consideração a linha
média do corpo
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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

Selecionar e adequar decúbito atendendo ao O posicionamento deve respeitar o equipamento de imobilização e sua
equipamento de imobilização correta funcionalidade
Manter/colocar equipamento de imobilização da O equipamento pode ser um colar cervical, aparelho gessado ou talas (no caso
fratura de fraturas situadas noutro segmento corporal, além da região cervical)
Se tração cutânea/esquelética Durante o posicionamento deve ser realizada tração manual do segmento,
(respeitando o peso prescrito) segurando o segmento/membro abaixo do
nível da fratura
O alinhamento dos fios de tração e o peso de cada tração dever ser tomado
em consideração e respeitado
Para o posicionamento ser corretamente realizado devem ser utilizados
dois ou mais enfermeiros. No caso de fratura cervical, a tração exerce-se
ao nível da charneira occipito-cervical e dos tornozelos, potenciando,
assim, a eficiência do alinhamento corporal
É fundamental que todos os intervenientes neste posicionamento estejam
em sintonia, recorrendo a um coordenador para reduzir ao máximo as
mobilizações desnecessárias
Executar higiene das mãos. A higiene das mãos é precaução básica de controlo de infeção associada
aos cuidados de saúde (DGS, 2010).

Bibliografia

CABRERA, Martimbianco; POLACHINI, Luis; CHAMLIAN, Therezinha; MASIERO, Danilo - Treinamento do equilíbrio. Ata Ortopédica
Brasileira. Vol. 16, n.º 2, S. Paulo: Brasil, 2008.
DIREÇÃO GERAL DE SAÚDE. Orientação de Boa Prática para a Higiene das Mãos nas Unidades de Saúde. Circular normativa Nº:
13/DQS/DSD: 14/06/2010 [Em linha]. [consult. 1 agosto 2018]. Disponível em: https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-
circulares-normativas/circular-normativa-n-13dqsdsd-de-14062010.aspx
INTERNATIONAL COUNCIL OF NURSES. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem: Versão 2015. Genebra: International
Council of Nurses. 2016.
ORDEM DOS ENFERMEIROS. Cuidados à Pessoa com alterações da mobilidade. Posicionamentos, transferências e treino de
deambulação. Lisboa: Ordem dos Enfermeiros. 2013.
PORTER, Stuart B - Fisioterapia de Tidy. 13.ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
POTTER, Patricia; PERRY, Anne Griffin; ELKIN, Martha Keene - Procedimentos e intervenções de enfermagem. Tradução da 5.ª Ed.
Mosby: Elsevier, 2013. ISBN: 978-85-352-6276-6.
TAYLOR, Carol; LILLIS, Carol; LeMONE, Priscilla - Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 5.ª Ed.
- Porto Alegre: Artmed, 2007. ISBN 978-85-363-0753-4.
MENOITA, Elsa; SOUSA, Luís; ALVO, Isabel; VIEIRA, Cristina - Reabilitar a pessoa idosa com AVC: contributos para um envelhecer
resiliente. Loures: Lusociência, 2012. ISBN 978-972-8930-78-3.
BULECKEC, Gloria M., et al - NIC. Classificação das intervenções de enfermagem. 5ª Ed. Brasil: Mosby, 2008. ISBN 978-0-323-05340-
2.
MOORHEAD, Sue, et al - NOC. Classificação dos resultados de enfermagem. 4ª Ed. Brasil: Mosby, 2010. ISBN 978-0-323-05408-9.

FICHA TÉCNICA do Documento

Data de elaboração - maio de 2016

Bárbara Gomes Professora Coordenadora do Mestrado de Reabilitação, Especialista em Enfermagem de Reabilitação

Clara Monteiro Assistente, Especialista em Enfermagem de Reabilitação

Cristina Barroso Pinto Professora Adjunta

Inês Rocha Assistente, Especialista em Enfermagem de Reabilitação

Manuela Martins Professora Coordenadora, Especialista em Enfermagem de Reabilitação

Olga Fernandes Professora Coordenadora da Unidade Curricular

Soraia Pereira Assistente da ESEP

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Intervenções de enfermagem no domínio da atividade motora

1ª Revisão julho de 2018

Clara Monteiro Assistente, Especialista em Enfermagem de Reabilitação

Celeste Bastos Professora Adjunta

Isabel Lopes Ribeiro Professora Adjunta

Olga Fernandes Professora Coordenadora da Unidade Curricular

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