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NUTRIÇÃO PARA IDOSOS

O que profissionais precisam saber sobre dietas alimentares na maturidade


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2 SUMÁRIO

3 INTRODUÇÃO

FATOR DE INCLUSÃO
5 A função social da alimentação para o idoso

PROTEÍNAS E CÁLCIO
7 Protagonistas no combate à perda muscular e óssea

FIBRAS E ÁGUA
10 Vitais para o funcionamento intestinal

13 CONCLUSÃO

15 SOBRE O SECAD

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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO

Uma dieta balanceada traz benefícios em qualquer fase da vida, mas esses efeitos são ainda mais importantes na maturidade.

Os nutricionistas, assim, desempenham um papel vital na rotina dos pacientes idosos. Eles assessoram a medicina na tarefa de

mitigar o declínio físico e cognitivo, formulando planos alimentares adaptados às condições de cada caso.

Porém, a missão pode apresentar alguns desafios. Geralmente, os idosos enfrentam dificuldades crescentes ligadas aos

processos de mastigação e ao trânsito digestivo, além da própria perda do paladar. Tudo isso compromete a absorção de

nutrientes necessários para o desempenho do organismo.

A proposta deste e e-book é contribuir com o trabalho dos profissionais do setor, apresentando tópicos centrais da nutrição na

maturidade. O conteúdo utiliza como uma de suas bases o documento Alimentação para a pessoa idosa – Um manual para

profissionais de saúde, editado pelo Ministério da Saúde.

Dinâmico e objetivo, o material segue o padrão de qualidade dos programas de atualização elaborados pelo Secad.

Desejamos uma ótima leitura!

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FATOR DE INCLUSÃO
A função social da alimentação para o idoso

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Na vida do idoso, a importância da alimentação começa bem antes de a comida ser servida. É que as refeições
FATOR DE INCLUSÃO

podem ser utilizadas como uma ótima ferramenta de inclusão aos pacientes com mais idade. Muitos se distanciam
do convívio dos familiares, em razão das limitações de mobilidade e audição ou mesmo por se desconectarem dos
assuntos tratados pelos mais jovens. Condutas assim podem ser danosas.

Uma pesquisa da University College, da Inglaterra, constatou que o isolamento social aumenta o risco de doenças e
de morte precoce em idosos. A abordagem dos nutricionistas, nesse sentido, deve começar pelos familiares e cuida-
dores.

As pessoas mais próximas ao paciente podem utilizar a alimentação como estratégia de envolvimento. O processo se
inicia com a participação do idoso na escolha dos alimentos a serem adquiridos e no próprio ato de prepará-los.

Ambos os fatores valorizam a independência dos pacientes. O nutricionista também pode sugerir que ao menos uma
das refeições diárias seja feita em família, como forma de acolhimento e de reforço ao sentido de pertencimento.

A orientação também vale para as instituições dedicadas ao


amparo de idosos. O nutricionista deve instruir os gestores
sobre a importância de preparar um ambiente acolhedor para
a alimentação em conjunto, visando à consolidação de laços
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entre cuidadores, internos e colegas.
PROTEÍNAS E CÁLCIO
Protagonistas no combate à perda muscular e óssea

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A elaboração de uma rotina balanceada para os idosos passa, necessariamente, pela análise do quadro clínico indivi-
dual, com a avaliação das enfermidades e principais carências. Duas condições, entretanto, são verificadas em quase
PROTEÍNAS E CÁLCIO

todos os pacientes: sarcopenia e debilidade óssea.

O processo de perda muscular, por exemplo, se acentua após os 50 anos e atinge 40% das pessoas acima dos 65. A
situação é agravada pelo fato de muitos idosos diminuírem a ingestão de carnes, devido à dificuldade de digestão. O
profissional de nutrição deve procurar estimular o consumo proteico como medida de prevenção ao problema – equi-
librando os alimentos de origem animal e vegetal.

Alimentos ricos em proteína animal (porções de 100g) Alimentos ricos em proteína vegetal (porções de 100g)

Carne de frango – 32,8 g Soja – 12,5 g


Carne bovina – 26,4 g Quinoa – 12 g
Queijo – 26 g Trigo sarraceno – 11,0 g
Salmão grelhado – 23,8 g Millhete – 11,8 g
Pescada – 19,2 g Lentilhas – 9,1 g
Ovo – 13 g Tofu – 8,5 g
Iogurte – 4,1 g Feijão – 6,6 g
Leite – 3,3 g Ervilhas – 6,2 g
Arroz cozido – 2,5 g

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Em geral, a ingestão diária recomendada para os idosos fica em torno de 1,5


PROTEÍNAS E CÁLCIO

gramas de proteína por quilo corporal. A quantidade deve ser distribuída em,
no mínimo, três refeições.

Vale destacar, porém, os riscos do excesso de proteínas – especialmente no que


se refere ao funcionamento dos rins. O volume, assim, não deve exceder 2 gramas
por quilo corporal.

As doenças de origem óssea, como osteoporose e osteomalácia, também são frequentes em idosos. Isso deriva da
diminuição do potencial de absorção do cálcio – acentuada pelo uso de medicamentos bastante presentes nessa
fase da vida, como diuréticos e antiácidos.

Alimentos lácteos e derivados (queijos e iogurtes), peixes, amêndoas e couve são excelentes fontes de cálcio e
devem estar presentes na dieta dos idosos. Além disso, é importante estabelecer uma estratégia para otimizar a
absorção do mineral.

A vitamina D atua como adjuvante nesse processo e pode ser obtida por meio da exposição solar (de 10 a 20 minutos
por dia) ou por suplementos específicos.

Além de garantir a resistência musculoesquelética, o cálcio ajuda a regular os


batimentos cardíacos e as funções nervosas.
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FIBRAS E ÁGUA
Vitais para o funcionamento intestinal
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As fibras têm uma participação importante na rotina alimentar dos idosos. De modo geral, a atuação desses carboidratos se
FIBRAS E ÁGUA

reporta ao funcionamento do intestino – evitando constipações, diarreias e outros quadros derivados das disfunções do órgão.

Além do trânsito intestinal, as fibras intervêm no metabolismo das gorduras – e assim reduzem os níveis séricos de colesterol

e de triglicerídios. O mesmo efeito é notado com a glicose. Ao tornarem a absorção dos açúcares mais lenta e gradual, as

fibras mitigam a ocorrência de hipoglicemias ou hiperglicemias.

As melhores fontes de fibras são:

Hortícolas

Frutas

Leguminosas

Cereais integrais

Sementes

Oleaginosas

Farelos

Flocos de cereais.

Recomenda-se a ingestão de fibra para os idosos em doses de 21g por dia para
11 mulheres e de 30g para homens.
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A água é outro componente que deve ser estimulado na dieta dos idosos. Ela atua em parceria com as fibras para garantir a
FIBRAS E ÁGUA

regularidade do intestino. Mas os seus benefícios vão além disso.

Um estudo da Sociedade Americana de Fisiologia (EUA) sugere que a desidratação deprecia as funções cognitivas em

pacientes da maturidade. Os quadros de confusão mental podem ser agravados pelo fato de os idosos apresentarem defici-

ências na percepção da sede.

Assim, o nutricionista deve incluir o consumo de água em várias doses diárias – de preferência, aplicadas entre as refeições.

O volume médio é de dois litros por dia, mas pode variar de acordo com o indivíduo ou com o clima da região.

Incentivar a ingestão de água é ainda mais importante em pacientes


que fazem uso de anti-hipertensivos e diuréticos, medicamentos que
aceleram a eliminação dos líquidos.

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CONCLUSÃO
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CONCLUSÃO

Um dos desafios complementares dos profissionais de nutrição diz respeito à perda do paladar dos idosos. Dada
a dificuldade de reconhecer o gosto dos alimentos, os pacientes podem abusar do sal, açúcar e de outros condi-
mentos potencialmente prejudiciais à saúde.

Cabe ao nutricionista buscar opções atrativas para o tempero. Uma saída pode ser a inclusão de especiarias como
cheiro verde, alho, cebola e ervas em pratos salgados, bem como o incentivo ao consumo moderado de frutas em
lugar dos doces.

O atendimento aos pacientes da maturidade, como se vê, requer um nível redobrado de atenção. A saúde do idoso
e as estratégias de combate às ações nocivas do tempo vêm em primeiro lugar. Por isso, os nutricionistas devem
estar sempre atualizados quanto às descobertas científicas relacionadas à ação dos alimentos no organismo.

A melhoria do cabedal de conhecimentos, aliás, auxilia a atuação do nutricionista em todas as áreas – e representa
um importante vetor de crescimento profissional. Nesse sentido, os programas de atualização são uma via impor-
tante para garantir o alinhamento às diretrizes mais modernas do setor.

O Secad, por exemplo, oferece diversas opções para os profissionais, com conteúdos elaborados por especialistas
e pautados pela aplicação prática. Clique aqui e confira nosso Programa de Atualização em Nutrição Clínica.
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SOBRE O SECAD
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SOBRE O SECAD

SOBRE O SECAD
O Programa de Atualização em Nutrição Clínica (PRONUTRI) é desenvolvido pelo Secad em parceria com a
Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) e profissionais consagrados. A plataforma oferece novos ciclos a cada
três meses, com conteúdos que podem ser acessados online. Ao final de cada período, o participante realiza uma
avaliação virtual e, se aprovado, recebe um certificado de até 190 horas.

Lançado em 2002, o Secad é gerido pela Artmed Panamericana. Desde sua criação, a plataforma já acumula mais
de 500 mil inscrições nos seus 40 programas de atualização em Saúde, disponibilizados nas áreas de Medicina,
Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia, Nutrição, Farmácia e Veterinária.

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