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Influência da medicação na intervenção

É sabido que que o tratamento não farmacológico é mais eficaz do que o tratamento
farmacológico isolado em elação aos sintomas da fibromialgia, no entanto é bastante comum a
sua utilização em simultâneo.

Anti-inflamatórios

Os AINEs têm tendência para produzir efeitos adversos em vários sistemas de órgãos, sendo os
principais efeitos tóxicos partilhados a ulceração gastrointestinal (GI), a insuficiência renal
aguda e as hemorragias. Outros efeitos secundários possíveis incluem dispepsia, náuseas,
edema, retenção de líquidos, ulceração aftosa e atraso na cicatrização de feridas. Os AINEs
podem produzir efeitos secundários no sistema nervoso central, incluindo zumbidos, tonturas,
confusão. (Biederman, 2005)

Ao ser usados em patologias cronicas como a fibromialgia pode levar a um alto risco destes
efeitos adversos.

Sistemas influenciados pela Fibromialgia


As principais alterações observadas na FM são disfunções na neuro transmissão
monoaminérgica, levando à elevação dos níveis de neurotransmissores excitatórios, como o
glutamato e a substância P, e à diminuição dos níveis de serotonina e norepinefrina na medula
espinhal ao nível das vias descendentes anti-nociceptivas. Outras anomalias observadas são a
desregulação da dopamina e a alteração da atividade dos opióides cerebrais endógenos. (Muir
& Woolf, 2001)

A fibromialgia (FM) é o termo atualmente preferido para a dor músculo-esquelética


generalizada para a qual não é possível identificar uma causa alternativa. Todos os especialistas
consultam os mesmos indivíduos, normalmente porque estes apresentam dor em regiões
muito distintas. Gastroenterologistas, urologistas, ginecologistas, etc vêm os mesmos pacientes

Uma caraterística destas doenças é o facto de os indivíduos apresentarem hiperalgesia difusa


(aumento da dor a estímulos normalmente dolorosos) e/ou alodinia (dor a estímulos
normalmente não dolorosos). Esta e muitas outras evidências sugerem que estes indivíduos
têm um problema fundamental com o aumento da dor ou do processamento sensorial no
sistema nervoso central (SNC) e não uma anomalia patológica confinada à região do corpo em
que a pessoa está atualmente a sentir dor.

Esta perturbação começa frequentemente na infância ou na adolescência e os indivíduos que


acabam por desenvolver FM têm maior probabilidade de ter dores de cabeça, dismenorreia,
fadiga crónica, perturbações funcionais do trato gastrointestinal, cistite intersticial/síndrome da
bexiga dolorosa, endometriose e outras síndromes de dor regional (especialmente dores nas
costas e no pescoço). (Clauw, 2015)
Bibliografia:

Biederman, R. E. (2005). Pharmacology in rehabilitation: Nonsteroidal anti-inflammatory


agents. Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy, 35(6), 356–367.
https://doi.org/10.2519/jospt.2005.35.6.356
Clauw, D. J. (2015). Fibromyalgia and related conditions. Mayo Clinic Proceedings, 90(5), 680–
692. https://doi.org/10.1016/j.mayocp.2015.03.014
Muir, W. W., & Woolf, C. J. (2001). Mechanisms of pain and their therapeutic implications.
Journal of the American Veterinary Medical Association, 219(10), 1346–1356.
https://doi.org/10.2460/javma.2001.219.1346

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