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Tradução Independente.

(TI)

Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25
Capitulo 26
Capitulo 27
Capitulo 28
Capitulo 29
Capitulo 30
Capitulo 31
Capitulo 32
Capitulo 33
Capitulo 34
Capitulo 35
Capitulo 36
Capitulo 37
Capitulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Capitulo 41
Capitulo 42
Capitulo 43
Capitulo 44
Capitulo 45
Capitulo 46
Capitulo 47
Capitulo 48
Capitulo 49
Sinopse
Ian MacKenzie tem estado mal-humorado e uma dor no traseiro para
muitos há três anos. Ainda amargurado com o rompimento do seu noivado e com
a vida no rancho.
Candice, a melhor amiga de sua cunhada, Andie, aparece para uma
visita de duas semanas enquanto espera o nascimento da primeira sobrinha de
Ian.
Candice é uma bem-sucedida mulher de negócios, dona de seu próprio
estabelecimento, uma especialista em cabelo e moda, determinada a ficar
bonita, mesmo que ela escorregue e escorregue pelo inverno congelante de
Oregon.
Sem querer, ela de alguma forma consegue entrar sob a pele de Ian e
fazê-lo dizer e fazer coisas que normalmente não diria ou faria.
Quando os dois acabam passando um tempo juntos, faíscas e neve
voam. A questão é se eles vão fazer algo sobre isso, e o que acontecerá com o
resto de suas vidas, se o fizerem.
Capítulo 1
O ar em Boise, Idaho, é tão frio quando inalado, que congela os cabelos
das minhas fossas nasais. Eu mecho o meu nariz e, literalmente, sinto algo
rangendo ali. Isso está tão ruim. Sou da Florida. As fossas nasais nunca rangem
nos trópicos.
O ar exterior parece azul. O que atribuo ao frio. Frio é igual ao azul, calor
é igual ao laranja. É por isso que o céu na Flórida sempre parece laranja. É um
evento meteorológico; podem pesquisar. Estou pensando no Equador, ali tudo é
provavelmente mais vermelho.
As nuvens no nevoeiro estão muito altas no céu cinza parecendo que
querem deixar cair um pouco de neve na minha cabeça, e isso vai ser um
problema, já que eu passei muito tempo tendo certeza de que meu cabelo
pareceria perfeito. A cor loiro acinzentado com reflexos de aparência natural na
parte superior e sombras embaixo é uma configuração difícil para que fique
perfeito, mas consegui. Obviamente.
E a aparência ondulada deliberadamente negligenciada levou mais de
uma hora para conseguir a perfeição com a ajuda de grandes quantidades de
produto e uma chapinha. Um chapéu arruinaria totalmente o efeito. Cabelo é o
meu negócio e estou sempre fazendo publicidade.
Exploro a área de desembarque e me pergunto pela décima vez desde
que o avião pousou por que estou aqui, mas então eu vejo minha rechonchuda
melhor amiga gingando pela calçada fora do aeroporto e recordo; eu não
gostaria de estar em qualquer outro lugar no mundo inteiro do que aqui mesmo
na tundra congelada que é o Noroeste, esperando o nascimento da minha
primeira afilhada.
- Candice! - Andie grita alegremente, aumentando o ritmo. – Você está
aqui! - Parece que ela vai tombar, primeiro para um lado e logo para o outro.
Seus pés estão em um ângulo para fora como os de um pato. A neve nas
calçadas estala e range com o ritmo de seus passos.
Eu corro a seu encontro e para sua escolta de vaqueiro que a está
seguindo logo atrás, os pompons da parte superior das minhas botas golpeiam
meus tornozelos e panturrilhas. Eu encontrei esses bebês on-line e não podia
esperar para usá-los. Nunca pude usar botas forradas de pele com pompons na
Florida, mas aqui, estou colocando toda a moda do Norte em exposição. Não
posso deixar que essa aula da UF1 se vá completamente para o lixo.
Estou quase abraçando minha melhor amiga quando eu bato um
pedaço de gelo.
- Uuuupps!
Meus braços saem voando em uma tentativa de criar alguma resistência
ao vento e retardar minha descida. Não estou segura de que vai funcionar desta
vez, embora a teoria é conhecida. O céu fica de cabeça para baixo e troca de
lugar com o chão. Eu não posso ver nada, exceto essas tênues nuvens, e logo
minha bunda aterrissa forte na calçada. A umidade fria começa, imediatamente,
a infiltrar-se em minha calça jeans Diesel.
Bunda? Conheça o gelo. Muito frio, muito duro, gelo.
- Puta merda - rosno quando trato de me recompor, essa calçada é como
concreto ou algo assim - Meu corpo está um pouco atordoado demais para
obedecer às minhas ordens no momento e minhas luvas estão colados
no chão. Agora eu sei como se sente uma tartaruga quando cai está de cabeça
para baixo. Pobres tartarugas.
Um chapéu de cowboy bloqueia o céu cinzento e um rosto sem emoção
aparece sobre mim.
- Isso foi gracioso - diz.
Franzo o cenho, ignorando os bonitos olhos verdes e a boa aparecia
desse vaqueiro nascido e criado em Oregon.
- Claro que foi. Eu tenho praticado.
Ele me estende uma mão enluvada, que aceito sob protesto. O cunhado
da Andie está na minha lista. Minha lista de merdas. Andie me manteve
informada de sua bunda melancólica por e-mail, mensagens de texto e
chamadas de telefone no ano passado, então eu tenho muitas razões para não
me agradar. Aparentemente, a sua atitude após o casamento de seu irmão não
melhorou muito desde que Andie o conheceu pela primeira vez. Temos
analisado a situação até a satisfação e chegamos à conclusão de que ele segue
culpando o marido de Andie e a própria Andie por sua vida desordenada.

1
UF – Universidade da Florida.
- Você está bem? Oh, meu Deus, isso foi ruim. - Andie está apertando
as mãos em volta de mim, me dando tapinhas em todos os lugares quando eu
estou de pé.
- Não há nada quebrado, exceto minha bunda, e já tinha uma rachadura
nela. Estou bem. – Seguro suas mãos em seus lados para ver seu abdômen, e
distraí-la de seu programa de mãe galinha louca.
É muito raro vê-la atuando tão diferente. Estou disposta a apostar que a
Menina Festeira nunca mais estará em casa.
- Como você está? ― Lhe pergunto ― Preparada para explodir? ― Seu
casaco brando, de pena de ganso está tão inchado que se parece com o boneco
do Michelin ou o homem marshmallow. Eu realmente não posso ver sua barriga
em tudo, mas deve estar enorme pela forma que está transformando minha ex
pequena amiga advogada em uma gigantesca bola de neve humana.
- Você não faz ideia – me puxa para um abraço estranho. Eu tenho que
agachar para evitar que sua barriga me golpeie, e eu tenho que me dobrar ao
meio porque ela é mais baixa que eu. – Senti tantaaaaa falta sua! – Soa quase
chorosa.
Rolo meus olhos para Ian, que finge estar entediado.
- Sim, eu sei. Nada para fazer senão olhar vaqueiros durante todo o
dia. Pobre menina.- Ela tem um pequeno escritório de
advocacia na cidade onde vive, mas faz todo o seu trabalho em casa. Eu
aprendi que existem três homens MacKenzie, um amigo da família chamado
Boog, e logo outros poucos trabalhadores que estão lá todos os dias
trabalhando. - Você deve realmente sentir falta de vida na cidade. Você
sacrificou muito.
Ian não olha para mim, mas seu rosto se retorce.
Bem. Deixe-o chupar essa gota de limão por um tempo. Vai escutar
exatamente o que eu penso mais tarde, por ser um idiota com minha melhor
amiga, depois dela deixar toda a sua vida para viver no meio do nada e ser a
esposa de um fazendeiro. Estreito meus olhos para ele, desejando que ele
olhasse para mim por cima de seus ombros e desfrutasse da minha
ameaça silenciosa.
Me ignora, fazendo ruído com o conjunto de chaves do carro uma e outra
vez.
- Vamos - Andie diz – vamos voltar para a caminhonete. Está muito frio
aqui fora.
Ian já está se movendo para pegar minha bagagem, mas eu
corro na ponta dos pés na frente dele, certificando-me de pisar nas
partes cheias de neve sobre a calçada, assim não tenho que provar minha
teoria de resistência do vento para evitar uma queda de novo.
Meus seios estão saltando em meu sutiã de encaixe e não posso evitar
sorrir quando não menos de três rapazes param para admirar a vista. Não me
envergonho de dizer que aprecio a atenção, que é parte do motivo do
porquê escolhi este casaco menos que suficientemente quente. Ele é muito
melhor para acentuar as curvas que o de pena de ganso. Eu me recuso a ser
uma menina grande Pillsbury nesta viagem ou em qualquer outro caso.
- Eu posso cuidar - eu digo, superando Ian no caminho para minha bolsa.
- Não, eu faço - diz, curvando-se.
Dou um tapinha na mão dele.
―Recue, John Wayne2. Não Toque.
Ele se endireita e franze o cenho com os ombros para trás e me dá
uma grande perspectiva do quão amplo eles são. Santa mãe de todas as coisas
musculares. Provavelmente poderia levar duas das minhas bolsas
nessas coisas.
- Você vai levar tudo isso sozinha? - Ele pergunta. - O que você é ...
uma espécie de feminista?
Eu olho para a minha bagagem. É muito grande. E pesada. Mas ele
provavelmente irá puxar e então acreditara que é um grande senhor por me
ajudar. Eu não quero lhe dar essa satisfação. Ele tem muito a aprender sobre as
mulheres, e eu sou justamente a indicada para educá-lo. Se eu não conseguir
nada mais aqui nesta terra sem mulheres, vou pelo menos me assegurar de que
minha melhor amiga tenha uma vida mais fácil para viver com este tipo
de fazendeiro. R-E-S-P-E-I-T-O, ele vai descobrir o que isso significa para
mim. Oh, sim.
- Eu consegui carregá-la para o avião, certo? – Agarro minha mala e a
arrasto pela alça, murmurando para ele ou talvez apenas para mim mesma já

2
John Wayne era uma ator americano que começou sua carreira em filmes mudos na década de 1920,
era um símbolo de robustez e masculinidade, conhecido por interpretar cowboys
que ele provavelmente não está sequer me ouvindo. - Feminista? Quem ainda
usa essa palavra?
Lutar com a minha mala para coloca-la em linha reta se tornou meu
maior desafio desde que cheguei a este inferno
ártico. O som das rodas coletando neve, gelo, e neve derretida por baixo me dão
vontade de me dar um pontapé mental, por não permitir que Ian a
levasse. Menos de um minuto mais tarde e eu não tenho certeza de que ele está
aprendendo a lição.
Andie vem ao meu encontro e seguro a mala com uma mão para que
possamos unir nossos braços. Infelizmente, caminhar lado a lado assim me
obriga a igualar com sua marcha de pato. Minha mala e eu temos um ritmo
agora: rebola, rebola, slussshhhhh ... rebola, rebola, slussshhh ...Demasiadoo
para que meu casaco apertado chame a atenção. Agora estou apenas
recebendo olhares de lastima.
Ian ri enquanto caminha atrás de nós.
Eu me recuso a admitir que cometi um erro. Não merece essa
satisfação. De mais a mais, meu orgulho não permitirá isso. Assopro minha
longa franja da minha cara para poder ver.
- Então, o que o médico disse em sua consulta de hoje? - Eu pergunto,
tentando parar de pensar sobre a minha má escolha no transporte de bagagem.
Rebola, rebola, slussshhh ...
- Estou quase pronta. Qualquer dia desses.
- Você deveria estar aqui rebolando? - Eu pergunto, olhando manchas
de gelo perigosas em todo o lugar. A técnica de salgar o pavimento deixava
muito a desejar. O cara que fez isso tinha que estar bêbado.
- Perdoe-me, mas eu não rebolo. Eu deslizo. E provavelmente não. Mas
alguém se atreve a tentar me deter de vir receber minha melhor amiga no
aeroporto.
Ian assobia deixando escapar um pouco de ar, mas ambas o ignoramos.
Rebola, rebola, slussshhh ...
- Onde esta o Mack? - pergunto, olhando em frente, quase esperando
para ver ele estacionando uma caminhonete. Ele não é exatamente possessivo,
mas sem dúvida tão amoroso com Andie quanto poderia ser. Ela diz que ele mal
pode suportar estar longe dela por mais do
que um par de horas no trabalho, sobretudo agora que está visivelmente
grávida.
- Ele teve que ajudar seu pai com alguns bebês que devem nascer. Os
bezerros estão caindo em todos os lugares em todas as horas do dia e da noite.
- Na neve? Isso é terrível.
- Eu sei. As vacas têm o meu total respeito estes dias. Eu não vou ter
meu bebê em qualquer lugar, exceto em uma vultuosa cama quente dentro de
uma sala climatizada com o belo rosto de meu marido pairando sobre mim.
Ian aumenta o ritmo e passa à nossa volta no estacionamento, parando
ao longo da fila de carros na parte de trás de uma caminhonete. É monstruosa,
a parte traseira sobressai alguns centímetros a mais do que os outros carros.
- Teremos uma data firmada para o nascimento? - Pergunto, me
movendo para fora de seu aperto e arrasto a mala até a parte traseira da
caminhonete. Estou tentando descobrir se ela vai se encaixar no banco de trás
ou tem que ir na parte de trás da caminhonete quando Ian agarra a alça.
- Não - responde Andie – O médico disse que tenho que fazê-lo à moda
antiga. O bebê decidira quando ele virá, não nós.
- Oooh, divertido. - Observo, encolhendo os ombros quando Ian joga tão
facilmente a minha mala na parte de trás, ignorando a grife. Lá se vai minha ideia
de usar o banco de trás. Tremo quando casualmente ele lança uma lona sobre
ela. Ele espera que eu reclame, eu sei que ele faz, mas não vou dar a ele essa
satisfação, apesar da mala ter me custado mais horas de corte e coloração de
cabelo do que eu posso pensar.
- Você precisar de alguma ajuda para entrar? - Ian pergunta, levantando
uma sobrancelha. É um desafio, eu sei que é.
- Por favor ... - Eu respondo, revirando os olhos - eu não estou
incapacitada.
- Não estava falando com você – diz inexpressivamente. Então olha para
Andie esperando sua resposta.
- Oh. - Meu rosto está em chamas. Suponho que não era um
desafio. Como li isso tão errado assim? Homens são geralmente minha
especialidade. Sou fluente na linguagem do homem, expressões dos homens, e
os pensamentos dos homens.
- Candice pode me ajudar, certo Candice? - Andie anda como um pato
até a porta do passageiro. Esta caminhonete tem na realidade quatro portas, não
somente duas. Eu não tenho nenhuma ideia de como coube neste espaço do
estacionamento.
- Claro, não há problema. – Abrindo a porta do passageiro, faço sinal
para que ela entre antes que eu - Entre, minha pequena amiga rechonchuda.
Ela aponta seu dedo bem na minha cara.
- Não me chame de rechonchuda - Então ela se vira, pega a porta com
uma mão e o lado do assento com a outra e tenta subir na caminhonete.
Há um grunhido.
Uma quantidade considerável do esforço.
E, possivelmente, cerca de dois ou três centímetros real de subida.
Então Andie está de volta no chão com ambos os pés, com o rosto
avermelhado e expressão irritada.
- Você vai me ajudar ou o que? – me olhando por cima do ombro.
Me posiciono em suas costas com as mãos em sua cintura, de cócoras
para levantar essa carga pesada com as pernas e não as costas.
- Tudo bem, tente novamente.
Conforme ela começa a se mover para cima, eu empurro.
Não acontece nada.
Ela esta como uma tonelada de tijolos. A canção Casa de
Tijolo começa a tocar na minha cabeça. Ela é uma casa ... BERP beeerp BERP
BERP ... de tijolos ... ela é forte, poderosa3 ...
- Vamos lá! - Ela grita, um pé está no estribo e o outro plantado no chão.
Me inclino e coloco meu ombro debaixo da sua bunda.
- Um, dois, três, já! – A lançando com todas as minhas forças.
Todo o seu corpo se eleva do solo em um turbilhão de movimentos e sua
cabeça atinge o topo da porta.
― Ai! Não tão alto, Candice!
Estou a perder aderência na sua bunda e meus pês começam a deslizar.
- Entra! Entra! - Estou grunhindo junto com ela, e agora eu estou suando
muito. Droga! Eu odeio suar; arruína totalmente a minha maquiagem.

3
Musical Brick House – The Commodores
De repente, seu peso se foi e eu estou caindo para a frente. Eu caio de
cara na lateral do assento do passageiro, a minha cabeça salta
fora pelo impacto, e então meus pés escorregam debaixo de mim. Meu cabelo é
chicoteado para o lado e gruda no meu brilho labial quando a gravidade toma
conta e me arrasta para baixo.
Eu caio de joelhos e então eu viro as costas para não quebrar nada. Eu
li que você tem que acompanhar o movimento de uma queda
para evitar que o choque seja absorvido pelo corpo. É a lei de Newton ou algo
assim. Eu sou toda sobre rolar, rolar, e rolar agora. Como uma dublê, mas não
um daqueles tipo machão.
Céu cinzento.
Um chapéu de cowboy.
Um sorriso mal disfarçado na estúpida cara de Ian.
- Precisa de ajuda? - Ele pergunta.
Começo a agitar rapidamente minhas mãos para cima, atingindo-o.
―Não! Proibido, John Wayne!
Ele desaparece da vista, mas eu
posso ouvir sua risada irritante, quando seus pés rangem na neve e sal ao
contornar a parte traseira da caminhonete. É possível ouvi-lo murmurar "alta
manutenção ", também.
Fico deitada lá por alguns segundos contemplando meu mundo. Eu nem
sequer cruzei a fronteira do Oregon e meu cabelo já está em ruínas e minha
calcinha esta molhada. Isso não é um bom sinal.
Me esforço para levantar, fazendo uma careta quando mais água se
infiltra na minha roupa intima. A única maneira que eu posso suportar isso é
separar minhas pernas como um pato, e eu nem sequer estou grávida.
Finalmente consigo subir no banco de trás da caminhonete e passo os
próximos cinco minutos tentando conseguir que meu cabelo se pareça de novo
surpreendente. Mas ele se recusa a cooperar. Pode ser que
não tenha nada de neve no ar, mas isso não impede que a umidade invisível me
faça parecer como um cachorro molhado. Estou condenada a vir a Baker City
parecendo uma mulher sem-teto que Andie e Ian recolheu em uma
esquina da rua. Mesmo meus pompons estão arruinados, manchados de sujeira
da rua e totalmente encharcados.
Andie pode não parar de falar sobre vacas, cavalos e todos os tipos de
outras coisas sem sentido, mas a única coisa que posso pensar é no azar que
estou passando aqui. Todos estes sinais são terríveis, certo? Duas quedas no
gelo em cinco minutos? Cabelo arruinado? Pompons molhados?
O que mais poderia dar errado?

Capítulo 2
Quando chegamos em frente à casa da família de Ian, estou além
do reconhecimento.
O meu cabelo? Esmagado, molhado, e simplesmente arruinado. Minha
maquiagem? Escorrida e desaparecida em alguns lugares,
provavelmente. Meus jeans? Encharcado. Meus olhos? Vermelhos. Tenho
certeza que eles estão vermelhos porque eles estão queimando agora. Meu
espelho de mão se encontra na parte traseira da caminhonete na minha bolsa,
e não queria ser obvia e me apoiar no banco da frente para usar o espelho
retrovisor, então eu tive que sofrer por mais de duas horas me
perguntando como eu estou. Minha imaginação me converteu no Pé Grande
com um mau trabalho de tintura.
Os MacKenzies já me viram uma vez no casamento de Andie, e eu
estava absolutamente fabulosa então, graças a Deus. Era verão e eu tinha um
bom bronzeado, meu cabelo estava iluminado com loiro, e minha
barriga estava tão plana como sempre tem sido. Minha aparência hoje vai ser
uma séria decepção para todos os envolvidos. Sempre ganho alguns
poucos quilos durante o inverno, assim que parece...
E, aparentemente, os meus produtos de cabelo não foram feitos para
condições de frio e neve encontradas no Círculo Polar Ártico. Parece que eu
tenho cola no cabelo.
- Vamos entrar. Ian, você poderia levar a bagagem da Candice para
mim? - Andie está deslizando para fora do banco da frente e descendo até o solo
coberto de neve embaixo. Agora, quem é o duble de ação?
- Sim, eu levo. - Ian desaparece atrás da caminhonete, provavelmente
para ir buscar minha bagagem.
Estremeço diante da minha amiga, me preocupo que ela vai morder um
polvo quando entra em contato com toda essa água congelada. Mas parece que
minha preocupação foi infundada. Obviamente, ela tem feito muito
isso. Aterrissa de forma segura com uma pequena crise na neve para me
esperar.
Tentando descer do mesmo jeito, eu não tenho uma aterrissagem tão
segura e bem-sucedida. Graças a Deus que estava segurando a porta com uma
mão e o cinto de segurança com a oura usando o aperto de kung-fu, caso
contrário eu teria tomado outro tombo, só que desta vez em Oregon e não em
Idaho. Recuo poucos segundos antes que meus pés decidam que é tempo de
sair a terra para mim.
O que. Demônios. Eu nunca fui tão desajeitada na minha vida.
E o que se passa nesses Estados do canto superior esquerdo de
qualquer maneira? Por que não podem ser mais como
a Flórida ou Geórgia, os estados da parte inferior direita do mapa? Eu nunca,
jamais cai nos Estados da parte inferior direita. Sou graciosa e elegante lá, como
um cisne ou um flamingo. Aqui, eu me sinto como um búfalo aquático ou algo
assim. E isso faz sentido, pois eles têm o búfalo aqui e agua com toda essa
neve. Eu aposto que os búfalos aquáticos são originalmente de Oregon, que é
como eles obtiveram seu nome. Vou ter que pesquisar no Google isso quando
tiver uma oportunidade, mas até que eu verifique, vou levar isso como certo. É
inteiramente lógico.
- Tenha cuidado - adverte Andie -, o chão está muito úmido. E duro. -
Estendendo uma mão para sustentar-me.
- Sim, eu sei. – Digo pondo os olhos em branco para ela quando me
firmo sobre meus pés novamente. De jeito nenhum vou pegar a sua oferta de
ajuda. Vou acabar levando seu rechonchudo corpo comigo e fazer com que ela
entre em trabalho de parto, e não vou ver a substância pegajosa de bebê. Deixo
esse tipo de absurdo para os médicos. – Tenho a prova do quão duro está o
chão em minha bunda, muito obrigada. Vou estar moída por toda a semana.
- Bem, isso é ótimo. Significa que você terá duas semanas onde não
estará golpeada antes de ter que voltar. - Ela sorri. É realmente linda quando faz
isso, mas eu não vou cair nessa.
- Eu não posso ficar por três semanas, eu lhe disse. Apenas duas
semanas. Isso é todo o tempo que tenho. - Eu me sinto um pouco culpada sobre
isso, porque quase nunca a vejo, mas não há muito o que fazer no
avião. A neve e o gelo têm temperado meu entusiasmo para este lugar
consideravelmente. Fora as botas com pompons. A moda não vale o
congelamento das nádegas que eu estou sofrendo agora. Nada cai melhor, isso
é tudo que eu estou dizendo.
- Oh, ela é aqui! - Grita uma voz a partir do interior. A porta da varanda
se abre de repente e uma mulher mais velha com um cabelo castanho
descolorido e recolhidos em um coque sai correndo. Ela está usando pesados
chinelos de casa com jeans e uma camisa de flanela de homem sobre uma gola
alta. Eu não evito sorrir para seu belo rosto e sua moda tristemente coordenada.
- Olá, Maeve! É tão bom estar aqui! - Agora deveria começar a
mentira. Estou feliz de estar com essas pessoas, sim, mas não neste lugar
congelante.
- Vem, vem, vem ... entre na casa. Esta terrivelmente frio hoje. Muito raro
nessa época, não é mesmo Andie?
Andie bufa atrás de mim quando eu piso forte pelas escadas.
-Oh sim. Normalmente é supeeer quente.
- Você é má – reprendeu Maeve a sua nora enquanto entrava na casa.
A porta se fechou atrás de nós com a força muscular de Ian.
O calor me abraçou em seus braços e exalei um suspiro de alívio. Os
cabelos em minhas narinas ficam imediatamente descongelados. Aspiro e movo
meu nariz só para ter certeza que não há nenhum pingente de gelo restante
lá. Se um desses fugisse seria mais do que um pouco embaraçoso. Não. Sem
Chance.
Meu sorriso é genuíno.
- Muito obrigada por me receber, Maeve. Realmente aprecio. Eu não
quero ser um incômodo, embora, se for estaria feliz em ficar na cidade.
- Que bobagem! Ficara aqui com Angus e eu. Não saberíamos de você
se ficar tão longe.
As três meninas caminharam até a cozinha e nos sentamos ao redor da
mesa de jantar. Eles têm uma sala de estar perfeitamente agradável, mas pelo
que tenho visto nunca é usada.
O fogão a lenha é na cozinha e lá é onde todos se reúnem, mesmo
no verão.
- Onde você quer que coloque sua bolsa? - Ian pergunta da porta.
Eu tento não olhar, mas é impossível não fazer. Sua presença é
totalmente imponente. Eu já ouvi sobre essa expressão antes, mas até estar
perto dele nunca havia apreciado o que significava. É como colírio para meus
olhos ou algo assim.
Não olhe para o seu pacote, Candice. Não olhe para o
seu pacote. Meus olhos se movem por si só. Oh, droga, você olhou seu
pacote! E ... oh ... oh meu, meu, meu ... Não é um pedaço gigante! Uall pela
protuberância gigante naqueles jeans que me permitem vê-los!
- Coloque no quarto do Mack – diz Maeve, levantando-se da mesa. Ela
não tem ideia de que eu acabo de tatear seu filho com os olhos, graças a Deus.
- Mas isso é ... - Ele cala a boca e não diz mais nada.
- Isso e o que, querido? – Pergunta sua mãe, tomando copos e ligando a
cafeteira.
- Ele estava indo reclamar que é muito próximo ao seu quarto
- diz Andie em tom zombeteiro.
- Nããão, Ian não diria isso – diz Maeve, rindo. - Ele é um cara grande. -
Ela olha para seu filho. - Você não tem medo de que uma menina fique do outro
lado do corredor, certo Ian?
Ele nega enquanto se vira para sair.
- Não sejam ridículas. - Ele e seu glorioso pacote se vão e minha
bagagem vai com eles. E oh, por Deus, se ele
não tem a melhor bunda que já alguma vez existiu? Sim, senhor, ele tem.
Isso é uma coisa que eu lembrava da minha última viagem
aqui. Nenhum homem preenche um jeans como Ian MacKenzie. Pena que o
traseiro está ligado a um grande tolo.
No entanto, ele não tem que ser um cara bom para ser uma boa farra. Eu
sorrio ao pensar o que está se formando no meu cérebro. Nota mental: Perguntar
para a Andie se eles têm feno em algum lugar por aqui.
- O que foi aquilo? - Pergunto, afastando os pensamentos sensuais em
um esforço para controlar meus hormônios em ebulição. Normalmente, eu não
sou toda sexo, mas Ian tem algum estranho poder sobre mim que me faz parecer
estúpida. Devem ser os feromônios. Definitivamente eu
não vou rolar no feno com ele. Não me importa o quão grande seja seu pacote.
- Oh, ele é apenas meticuloso, é tudo - Maeve diz. Soa um pouco triste.
- Meticuloso? Eu o chamo de estúpido - diz Andie.
- Vamos, vamos. - Maeve traz as xicaras vazias e açúcar. - Não deixe
que seu estado de ânimo a afetem - diz acariciando suavemente o rosto de
Andie antes de voltar para a cafeteira. Aparentemente, estar grávida dá a Andie
um passe livre para ser ousadamente honesta sobre o filho de Maeve. Na
verdade, é bastante impressionante. Não estou segura quem admiro mais
por isso, a Andie ou a Maeve.
Como eu derreti um pouco por dentro ao ver Maeve sendo tão doce com
minha amiga. A verdadeira mãe de Andie é um personagem. Minha melhor
amiga merece ter uma mãe amorosa em sua vida.
- É um pouco difícil quando está no meu traseiro todo o tempo -
diz Andie em uma voz baixa, mas está claro que não está tentando evitar que a
sua mãe ouça sua opinião.
- Ele só precisa de mais tempo - Maeve diz.
- O que ele precisa é de um pontapé no traseiro se me perguntarem
- diz Andie. - Ele já teve muito tempo para superar seu coração partido. Agora
está simplesmente regozijando.
Maeve que se situa na máquina de café, observando o líquido escuro
escorrendo de grãos moídos.
- Todo mundo tem seu próprio tempo para o luto. O deles é ligeiramente
mais longo do que a pessoa média.
- Luto? - pergunto, olhando de Maeve para Andie.
- Alguém morreu, e não ouvi nada sobre isso? – Me pergunto se foi aquele cara
Boog sobre quem Andie me disse antes. É um amigo da família e,
aparentemente, tem estado durante a maior parte das vidas de Ian e Mack. Ela
não mencionou isso por um tempo, no entanto.
- Não, ninguém morreu - Andie diz, obviamente nem um pouco
impressionada com o processo de luto do seu cunhado. - O deixaram no altar ou
ele deixou alguém no altar, e ainda não conseguiu superar. Isso foi, como, anos
atrás. - Ela coloca os olhos em branco.
- Foi há três anos, e é de fato bastante tempo, mas ele ainda está
realmente ferido. É sensível. - Maeve se vira para nos olhar - Você não pode
saber o que é desonroso até que acontece com você. Ninguém sabe como reagir
quando a confiança se quebra, então você não deve julgar.
Andie lança seus olhos para a mesa.
- Realmente eu não estou julgando. Eu estou brava com ele por estar
triste o tempo todo. Ele merece ser feliz.
- Concordo - Maeve diz, tirando o café da cafeteira e enchendo as
xicaras e nos servindo. - E vai ser. Algum dia em breve, espero. Todos nós
esperamos - Verte algum líquido quente em uma xicara para mim e não
desperdiça tempo jogando quatro colheres de
chá de açúcar nela e um pouco de leite, seguidos
por uma dose de vigorosa mexida com minha pequena colher. Leva um
pouco de tempo, mas logo tenho alguma espuma flutuando em cima do
meu café.
- O que foi aquilo? - Andie pergunta, tomando seu café preto com um
sorriso enquanto olha para a minha xícara.
- Cappuccino Backwoods. Deveria provar. É delicioso. - Tomo um gole e
finjo que estou dizendo a verdade novamente. Eca!. Isto é horrível. Sigo sorrindo
através da dor. Vou estar perita em mentir quando for embora daqui,
provavelmente deveria começar a jogar pôquer, assim eu poderia limpar o Hard
Rock Casino, quando regressar.
- Ele serve para bombear seu sangue, certo? - Maeve está sentada
em frente a mim e sorrindo sobre sua xicara também, depois de trocar olhares
com Andie.
Assinto, como se soubesse do que elas estão falando. Talvez haja uma
piada aqui, mas não quero agir como uma paranoica e exigir saber o que
é. Provavelmente seja uma dessas coisas de cidade pequena que eu não
entenderia por ser uma autentica e tenaz garota da cidade.
Não posso entender como é que Andie se misturou tão bem neste estilo
de vida. É como se estivesse aqui por toda a sua vida, e eu sei muito bem que
não tem. Ela é igual a mim. O que mais gostava de fazer era ir, toda quinta, ao
Blissful Spa no centro, por uma manicure e pedicure no almoço seguida, por toda
a noite no escritório de advocacia fazendo uma pesquisa muito chata.
Será toda essa coisa de belas paisagens, congelamento de cabelos das
minhas narinas, tirar bebês de vacas de vaginas bovinas, vestir casacos inflados
e pouco favorecedoras? Não. Essa não é Andie.
Talvez eu devesse passar algum tempo aqui tentando convencê-la a
voltar para a civilização. Mack disse que poderia ir onde quer que ela vá. Mordo
meu lábio enquanto eu tento decidir se planejo isso ou não. Provavelmente vou
ter que fingir uma lesão ou algo para fazer com que
funcione. Como um aneurisma, pode ser. Mas isso não é problema. Poderia
manter os olhos cruzados alguns dias. Sou realmente coordenada quando eu
não estou sobre o gelo.
- Eu vejo o seu hamster correndo - Andie diz, colocando sua caneca
sobre a mesa. Inclina o queixo para baixo e levanta o olhar para mim, olhando
fixamente. Ela aprendeu totalmente essa coisa de bronca de mãe.
Eu não sei o que diabos quer dizer sobre hamisters, no entanto.
- O quê? - Eu olho atrás de mim, as dúvidas param o meu processo de
pensamento. Maeve tem Hamisters na cozinha? Isso é higiênico? Por
que faria isso? Oh ... meu Deus ... os comem? Eu estou imaginando horríveis
brusquetas de hamster quando enfrento Andie de novo. - Oh, Deus meu, eu
não comerei um hamster enquanto estou aqui. Digo séria, Andie. - Eu olho para
Maeve – Sei que vocês comem testículos de boi e tudo isso, mas eu não vou ali.
Nem sequer se Andie ameaçar retirar minha coroa de madrinha. – Nego e cerro
meus lábios para que possam ver que é inútil tentar me convencer do contrário.
Andie está rindo tão forte que mal pode pronunciar as palavras.
- Do que você está falando?
- Você é a única que trouxe hamsters a conversa. Do que você está
falando? – Eu estou perdendo alguma piada mais uma vez. Odeio quando isso
acontece.
- Eu disse que eu posso ver o seu hamster. É o que corre na sua cabeça,
que alimenta seu poder cerebral. Você está prestes a desmaiar por asfixia
causada por estimulação excessiva, Candice. Pare de confabular e planejar.
Como você se atreve a tomar conta assim do que eu
estou pensando! É muito rude! Minha expressão inocente aparece para salvar
o dia. Levanto as sobrancelhas e as pálpebras, para que meus olhos fiquem tão
amplos quanto possível.
- Que diabos você está falando? Eu não estou planejando. Eu nunca
confabulo.
- O que eu estou perdendo? - Maeve pergunta, olhando primeiro para
Andie e depois para mim.
Andie aponta para mim.
- Olhe essa expressão em seu rosto. Memorize. Sempre que você a ver,
corra. Pegue o extintor de incêndio. Esse é seu olhar de
confabulação. Coisas ruins acontecem quando o hamster fica sem folego.
Franzo a testa, de frente para ela. Eu não posso acreditar que ela está
me lendo dessa forma. E não há nenhum hamster fazendo funcionar esse super
equipamento, tampouco. Está mais para uma pantera ou um leopardo. Vou ter
que pesquisar técnicas de espionagem, assim posso esconder melhor minhas
intenções. A este ritmo, eles vão conhecer os meus segredos mais profundos
até terça- feira.
- Ela é louca - eu digo, em tom casual. Ela é louca, não eu -. Nunca
confabulo. Eu sou uma mulher adulta racional, que só vive sua vida e permite
que os outros vivam as deles. - Bufo para dar ênfase. - Por favor.
Então, nós agora sabemos que ela
estava planejando interferir na vida de alguém. - Andie assente com
conhecimento de causa para Maeve. – Eu posso lê-la como se fosse um livro.
―Isso é impressionante ― diz Maeve, sem deixar de sorrir ― A vida de
quem será, me pergunto?
Abaixo minha caneca para a mesa e levanto minha mão.
- Bem, bem, a piada acabou. Ha ha, muito engraçado. - Eu jogo a palma
da minha mão sobre a mesa e me inclino para a frente um pouco. Vejo-me como
uma apresentadora preparando para relatar a mais surpreendente notícia do
ano. - Podemos voltar ao assunto dessa coisa de bebê? Porque estou um pouco
estressada, se você quer saber a verdade.
Ai está. Isso será suficiente. Andie tem febre de bebê, e eu sei que uma
vez que consiga bloquear seu relâmpago abdutor sobre esta questão não
tomara menos do que explosivos C-4 para fazer a decolagem. Falando sobre
confabular. Ela não tem ideia. Eu posso controlar sua mente sem que ela
percebesse. Sou tão perigosa. Você deve me temer mais do que ela faz.
Andie se debruça sobre a xícara com as duas mãos envolvidas em
torno dela. Ela está sorrindo como uma tola.
- Sim, faça isso. Vamos falar sobre bebês.
Você viu?, eu avisei.
Maeve para.
- Eu adoraria, mas tenho alguns rolos de frango quentes que devem ser
aliviados de suas ofertas. Eu me colocarei em
dia com a conversa de bebês mais tarde. – Indo para a varanda de
trás, fechando a porta atrás dela antes que pudéssemos responder.
Olho para Andie.
- Por favor, não me diga que ela vai tocar em cocô de galinha.
O rosto de Andie é totalmente impassível.
- Não.
- Ufa. Isso é um alívio. – Levo minha caneca aos lábios. O café é
horrível, mas pelo menos é quente, e Maeve acaba de deixar entrar uma grande
brisa de ar frio. O vento nas minhas pernas está fazendo com que os arrepios se
elevem instantaneamente.
- Ela vai tocar seus ovos, no entanto.
Faço uma pausa antes de beber, baixando lentamente minha caneca
para a mesa. De repente, o cappuccino backwoods não soa tão apetitoso como
fazia antes.
- Então ela vai tocar o seu cocô. - Ela ri, parecendo confusa.
-Como é isso? - Tomando um gole de sua bebida enquanto espero.
Estremeço.
- Ew, Andie. Porque os ovos saem de suas bundas, suponho.
Andie ri tanto que cospe o café um pouco em mim. Em seguida, se
inclina, montando a cadeira já que como sua barriga é tão grande que não se
encaixa a frente.
- Você tem que estar brincando. - Ela seca as lágrimas.
- Oh, homem, Candice, senti tanta a sua falta.
Franzo a testa diante de sua obvia ignorância sobre todas essas coisas
de frango.
- Eu também senti. Mas por que é que você riu sobre
esses simples fatos científicos? Google é seu amigo, você sabe, Andie. Você
realmente não deve negligenciar o seu Google.

Capítulo 3
O quarto de Mack é simples, o qual não me surpreende o mínimo. Ele é
um tipo sem sentido. Acomodar minhas roupas leva pouco tempo, e vinte
minutos no banho colocam meu cabelo e minha cara em um bom estado. Agora
eu posso me apresentar para o resto de Baker City e não parecer uma recém-
saída de uma comunidade hippie de tortas de vaca. Uma borrifada do meu
perfume favorito me faz sentir quase humana novamente.
- Ugh, Fácil, não é? - Ian diz enquanto caminha passando pelo banheiro,
acenando com a mão na frente do seu nariz. Eu posso ver seu rosto estúpido
refletido no espelho.
- Vou te dizer que este perfume custa mais de cem dólares, e é da
França. - Eu jogo a tampa prata para trás e olho para o pequeno frasco redondo,
perguntando se deveria duvidar de mim mesma. Pfft. Claro. O que ele
sabe? É um arruaceiro
total. Sua noção de um delicioso aroma é provavelmente a
merda de porco fermentada. Sua voz se desvanece a medida que se move pelo
corredor.
- Vou dizer que você poderia muito bem ter gasto seu dinheiro em um
simples sabonete.
Meu queixo cai aberto quando ele desaparece em seu quarto.
Como ele ousa insultar o meu cheiro característico!
Passei anos esperando para que o perfeito passasse em meu caminho,
e eu sei que de fato encantam os homens. Eu os tenho me seguindo como
cachorros em casa com uma única respiração. Este matéria é o sex appeal puro
colocado em um pequeno frasco.
Eu o coloco em cima da pia e deixo o banheiro.
- Sim, claro – lhe digo, o seguindo, detendo-me quando chego na sua
porta - Eu aposto que as mulheres com quem você sai geralmente usam as
coisas que compram no supermercado. Essas coisas dão novo significado à
palavra eau de toilette4, você sabe. - Ergo o queixo e farejou, confiante, sabendo
que eu sou muito mais sofisticada do que qualquer garota com quem ele jamais
esteve.

4
Eau de Toilette: Agua de colonia.
- Sim – ele diz sem sequer olhar para mim, enquanto puxa um boné de
beisebol de sua gaveta e o coloca na cabeça. - É chamado de sabão. - Move a
aba para cima e para baixo. - Você deveria tentar algum dia.
- Não é sua cor - digo, ignorando seu insulto. Nem sequer vou dignificar
esse comentário com uma resposta. Uso sabão. Um realmente muito bom, de
fato. Tem óleos essenciais de lavanda, também da França.
Ele franze a testa e tira o boné de beisebol azul da cabeça, olhando para
ele.
- O que tem com a cor?
Coloco meus olhos em branco e entro a passos largos no quarto, tirando
o boné de suas mãos. Nós dois estamos de pé na frente de seu espelho sobre
a cômoda olhando para seu reflexo. Seu cabelo está ligeiramente torcido e sua
expressão é de incredibilidade mesclada com choque. Eu amo este olhar de
confusão nele, já que sempre parece muito confiante, mas nunca diria isso.
Eu ergo o boné acima da cabeça com uma mão e apontou para seu rosto
com a outra.
- Você é uma pessoa de verão, não uma pessoa de inverno. Isso
significa que você deveria usar cores quentes. - Eu aperto o boné para dar
ênfase. - Esta é uma cor fria. Colide com sua pele. - Coloco o boné de volta na
gaveta e olho ao redor para encontrar um outro. Ele tem uma coleção
impressionante. Pego o melhor, e o coloco sobre a
sua cabeça e olho o espelho com ele. - Você vê? – Pego o anterior de novo da
gaveta e o sustento junto a sua cabeça para que possa ver a diferença – Muito
melhor não?
Torce a boca para cima e agarra o boné da minha mão. Remove o outro
e o lança sobre o ombro, e coloca o anterior novamente.
- Não. Este é melhor.
- Você discute pelo simples fato de discutir? - Tenho minhas mãos em
meus quadris.
- Você sempre mete o nariz em assuntos de outras pessoas sem ser
convidada? – diz fechando a gaveta com um golpe.
- Eu tenho uma licenciatura em moda, para sua informação. E já que
você é o cunhado da Andie, eu tenho a obrigação moral de evitar que você saia
desta casa parecendo como um pobre infeliz.
Ele se deteve na porta em seu caminho para o lado de fora, olhando a
aba de seu boné, com seus brilhantes olhos verdes olhando diretamente para
mim pela primeira vez.
Normalmente, ele me olha tipo de lado, e agora eu sei porquê. Energia
como a que ele tem deve ser usada com moderação, por nenhuma outra razão
a não ser para o bem da minha pressão arterial. Eu sou muito jovem para ter um
acidente vascular cerebral.
- Achei que você cortava cabelo - diz.
Não posso evitar uma pequena emoção que corre por mim ante a ideia
de que foi acordado sobre o que eu faço para ganhar a vida. Eu teria jurado que
ele não sabia nem se importava.
- Eu faço. E eu dou conselhos de moda, mesmo quando ele é mais ou
menos um caso perdido e as pessoas não apreciam. Você deveria me ouvir,
você sabe. Eu sei o que estou falando.
- Vou levar em conta – disse. Ele poderia estar sorrindo também, mas
isso é difícil de dizer, porque ele já tinha ido.
- Onde você está indo? - pergunto, correndo para a porta a tempo de
ver sua silhueta desaparecer descendo as escadas. Eu estou um pouco
ofegante, mas não pelo exercício. Meu, oh meu Deus, ele pode ser muito bom
quando ele quer ser.
- Em nenhum lugar onde você gostaria de estar - diz ele.
Por algum motivo deixar Ian ter a última palavra não é aceitável para
mim. Minha primeira reação a ele é discutir cada ponto. Então, por que,
eu não sei, mas não serve para nada negar isso. Normalmente eu
não sou o tipo argumentativa, mas algo em sua atitude me faz querer resolver
com os punhos. Além disso, como você sabe onde eu gostaria de estar? Talvez
eu gostaria de estar exatamente onde ele está indo.
Corro até meu quarto e coloco minhas botas de vaqueiro super lindas.
Um gasto excessivo totalmente nestes bebês. Eles são inteiramente bordados
em várias cores e o couro é de um roxo escuro com um acabamento natural
tornando-os ao olhar um pouco manchado. Elas são impressionantes botas de
cowboy clássicas, e eu estou totalmente pronta para arrasar esta cidade quando
eu as coloco.
- Espera! - Eu grito enquanto corro desde meu quarto. - Vou contigo! -
Meus pés pisam muito mais forte do que estou acostumada quando os saltos
das minhas botas batem contra o chão. Normalmente sou praticamente
uma bailarina pela maneira que rebolo e flutuo por todas as partes.
- Não, você não vai! - Ele grita em resposta, fechando a porta ao sair.
Pego meu curto abrigo de pelo do gancho junto na porta enquanto eu
corro, atingindo o patamar a tempo de vê-lo entrar em sua caminhonete. Ele
deve ter corrido pelo quintal ou algo assim. Que idiota.
- Espere! - Eu grito, esticando a mão no alto como se estivesse
chamando um táxi. Sob as escadas da varanda na velocidade de um raio e eu
estou pronta para decolar como uma velocista que costumava ser na escola
secundaria.
O único problema é que eu não estou usando exatamente os meus tênis
de corrida. Eu aprendi da pior forma que as
impressionantes botas vaqueiras não têm nem mesmo um pouco de tração. Na
verdade, nada em tudo.
Em um segundo estou pedalando no sentido oposto a qualquer
parte, enquanto meus braços estão girando rapidamente para os lados, e no
instante seguinte estou de costas, olhando para cima no céu cinza. Minha
cabeça dói horrivelmente. Tenho certeza de que eu bati em um cume da estrada.
O motor do caminhão continua a ressoar e evoluir, e depois, uns
segundos mais tarde, para de produzir sons completamente. Eu não tenho
certeza se Ian ainda está aqui ou se ele foi tão rápido que já está a meio caminho
da montanha. Eu tenho medo de levantar a cabeça e ver. Possivelmente poderia
estar paralisada.
Alguém na casa vai sentir minha falta, a tempo de me resgatar de morrer
congelada ou mutilada por congelamento? Eu não tenho certeza. É hora de usar
meu vasto recurso de poder pessoal para me salvar de morrer ou ficar sem
dedos demasiadamente jovens.
Hora de fazer um balanço. Movo meus pezinhos para ver se eu estou
bem da cintura para baixo. Sim. Os dedos dos pés estão se movendo. A bunda
esta.... molhada. Mais uma vez. Droga. Movo meus dedos. Sim. Estes também
funcionam. Mas, caramba, eles estão frios. Eu não vou ser tão adorável, sem
todos os meus dedos. Apertar minhas mãos em punhos parece uma ideia muito
inteligente.
Eu estou trabalhando em mover os ombros para cima e para baixo
quando o rosto de Ian esta repentinamente pairando sobre mim.
-Você está ficando muita boa nisso de cair de bunda – diz estendendo
sua mão.
Bato nela e empurro para longe já que minhas mãos se recusaram a
abrir mais. Me sento direito, minhas preocupações por paralisias são
rapidamente substituídas por aborrecimento.
- Eu te disse ...Tenho praticado ... de propósito.
- Eu acho que há maneiras mais fáceis de ficar de costas do que
escorregar no gelo.
Você está sugerindo que eu me converta em uma
prostituta? Totalmente você está indo pagar por isso. Dou a volta e me levanto
em meus joelhos e, em seguida, sobre os pés. Minhas botas deslizam ao redor
imediatamente, fazendo com que procure e segure Ian em seus ombros para
manter o equilíbrio.
- Você está chamando de puta? - Pergunto. Me virando um pouco para
fazer com que meus pés ficassem mais firmes debaixo de mim o que é um
erro. Meus pés escorregam completamente e agarro Ian com ambas as mãos
para evitar que eu caia novamente.
Infelizmente, ele não esperava meu peso extra em seus ombros, então
ele perdeu o equilíbrio. Seus pés se arrastaram sobre o gelo e a neve
buscando um pouco de aderência, mas é inútil.
Ele cai de costas, e eu aterrisso em cima dele, batendo minha testa em
seu queixo.
- Aii, filho de sua mãe! – Me queixo -. Merda, você tem um queixo duro.
– Me estico para esfregar a minha cabeça, e o meu dedo entra em uma das suas
narinas por engano.
- Jesus, tire o seu dedo do meu nariz, ok? - Ele está lá com os olhos
cerrados, enquanto afasto a minha mão e a coloco na neve ao lado de sua
cabeça. - Oh, Deus, machuquei minhas costas. - grunhe. Seus braços caem
para os lados.
Meus olhos se abrem em estado de alarme.
- Ian? Ian? Você está bem? – Ele não responde.
Toco seu rosto, suavemente a princípio, depois com mais força.
- Ian! Você está bem? - Eu estou gritando na cara dele, porque eu estou
em uma situação de pânico. Estou prestes a chamar as tropas quando um de
seus olhos se abem.
- Você vai ficar em cima de mim durante todo o dia ou o quê?
Meu rosto está em chamas vermelhas.
- Ah. Isso que você deseja. – Me contenho, tratando se sair de cima dele,
mas não é tão fácil como
parece. Ele é grande, e o chão a sua volta esta muito escorregadio para que
você possa conseguir uma boa aderência, sequer com as minhas mãos.
- Se você não parar de se mover desse jeito, nós dois vamos
lamentar. Vamos, levante.
Falo com os dentes cerrados.
- Cale a boca, seu idiota, eu estou tentando levantar.
Ele ri.
- Posso vê-lo.
De repente, eu percebo o duplo sentido de nossas palavras, e vergonha
faz com que minhas bochechas se transformem em brasa. Sem pensar, pego
um punhado de neve e esfrego em seu rosto. Isso irá refrescar o idiota.
- Hey! - cospe, suas mãos saem para fora do chão para limpar seu
rosto. Pisca forte várias vezes e logo franze o cenho para mim - Por que fez
isso? - Ele está meio irritado e meio rindo. Acho que ele é tão confuso quanto
eu.
- Isso é por ser o pervertido comigo quando estou tentando me
levantar. - Ele empurrou seu peito e eu consegui rolar para fora dele e cair nas
minhas costas novamente. Mais uma vez eu estou olhando para o céu de
Oregon. Estou realmente começando a odiar essa coisa. O Estupido Estado da
parte superior esquerdo do mapa.
E então minha boca está cheia de neve.
Estou ocupada me recuperando do meu
choque e cuspindo a fria massa derretida quando Ian se levanta, estendido em
parte no seu lado agora, com seu torso torcido no sentido de mim.
- Há –há! Como se parece isso, Citadine!? - Ele está sorrindo de orelha
a orelha e seus olhos estão brilhando.
Jogo meus braços ao seu lado, pego dois punhados de neve, e giro até
o lado que virou para mim.
- Me diga você, Campesino ! - Meto ambos os punhados de neve em seu
nariz.
Ele começa a espirrar, e eu aproveito a oportunidade que
sua incapacitação oferece para escapar. Rolo, rolo e rolo. É minha única chance,
já que meus pés são inúteis na neve com essas botas.
Uma vez que eu estou apenas a alguns metros de distância, me esforço
para me colocar de joelhos e começo a engatinhar. Meus joelhos estão
deslizando como um louco sobre o gelo, assim só consigo uns dois centímetros
para cada seis golpes de minhas pernas. Aumento a velocidade para colocar
mais distância entre nós. Provavelmente meus pés são apenas uma mancha
roxa neste momento para qualquer espectador, eu estou indo tão rápido quanto
posso.
Estou quase chegando na varanda antes que Ian agarre meu
tornozelo. Medo, e talvez um pouco de emoção que
vem da perseguição, explode dentro de mim, como se eu fosse a vítima em um
filme de terror que está sendo perseguida por um assassino sexy. Eu não posso
evitar gritar.
- Onde você está indo? - rosna.
- Aaaack! Saia! - tento chutá-lo, mas tudo o que faço é oferecer os dois
pés para a captura. Meu corpo desliza facilmente sobre a superfície congelada
do quintal. Antes que eu perceba, ele me pega debaixo dele, e nós dois ficamos
peito a peito.
De imediato começa a pegar punhados de neve e os
jogar na minha cara, minha cabeça, o meu pescoço ... em qualquer lugar que
houver uma área exposta.
-Toma isso, Citadine! Coma a neve! Isso é certo, menina! Yum,
yum! Saborosa Neve do Oregon! Espero que não tenha nada amarelo lá!
Uma porta se abre de
repente e um grito vem de algum lugar sobre o alpendre.
- Ian Michael Angus MacKenzie, o que o inferno você está fazendo?!
A mão de Ian para no meio do caminho de empurrar a neve.
Cuspo a neve que tenho na boca e abro e fecho os olhos através da
água que derreteu sobre as minhas pálpebras. A expressão de Ian é
clássica. Preso. Inclinando a cabeça para trás eu posso ver Maeve parada no
topo da escada. Sorrio pelos meus lábios congelados.
-Uhhh, Olá, mãe - diz nervosamente. - O que você está fazendo aqui?
Ela coloca as mãos nos quadris, sua jaqueta sem mangas se abre até
voar em ambos os lados, como asas de mariposa.
- Aparentemente, estou testemunhando um assalto e agressão em
nossa hospede, por um idiota selvagem cuja parte traseira está prestes a
reencontrar com o fim da minha espátula de cozinha!
Eu começo a rir e cantar ao mesmo tempo.
- Você está em apuros, você está em apuros ...
Ele pega um punhado mais de neve e joga na minha cara.
- Valeu a pena - sussurra no meu ouvido antes de se levantar. Ele se
põe em pé com uma graça que não acredito ser possível com todo este material
escorregadio que nos rodeia. Ele vai para a sua caminhonete enquanto contesta:
- Eu vou sair daqui, ma. Eu tenho que pegar um pouco de comida. Você pode
chutar a minha bunda mais tarde.
- Pode apostar seu doce traseiro que eu vou. Besta selvagem. –
Já não soando tão irritada. Mais como você acabou de fazer uma promessa que
tem a intenção de manter.
Eu tenho medo de tentar me levantar, então eu fico de costas, usando a
pausa no drama para limpar do meu rosto de toda a neve e água. Minhas mãos
estão muito solidamente congeladas neste momento.
-Oh querida, oh querida, oh querida - murmura Maeve enquanto caminha com
cautela pelas escadas. - Não posso acreditar no que eu acabei
de testemunhar. Ele cruzou completamente a linha. Ele costumava ser uma
alma tão gentil.
Começo a rir diante
dessa pilha de cocô, e quando ela me olha confusa, com sua mão torcida e sua
capa de colete de supermulher em voo atrás dela, eu não posso evitar; histeria
toma conta. Estou a ponto para fazer xixi no meu jeans quando Andie vem ver o
que está acontecendo.
- O que você está fazendo no chão? - Pergunta.
Maeve está com a mão sobre o peito, balançando a cabeça lentamente
para mim.
― Não estou muito segura. Chama o Boog para mim,
pelo radio, para que possamos levanta-la.
- Não, não, eu estou bem - digo, constrangida pela ideia de que algum
grande animal peludo, vir em meu socorro. Eu o vi apenas uma vez, mas isso foi
o suficiente. Me faz lembrar de um Wookie5 desequilibrado.
Rastejo até as escadas e uso o corrimão para me levantar. Uma vez
sob a proteção do telhado da varanda e da terra com sal,
posso parar. Tomo uma respiração profunda, feliz por estar viva e revigorada
além da razão. É como se tivesse acabado de correr cinco quilômetros ou
algo assim.
- O que você está calçando? - Andie pergunta, olhando para os meus
pés.
Eu levanto uma perna de modo que ela possa admirar o bordado. Esta
só um pouco manchado de agua.
- Umas impressionantes botas de cowboy clássicas
impressionantes. Você gosta?
Ela sorri.
-Sim, gosto. Mas as solas são muito escorregadias para o gelo e a
neve. Vamos para dentro. Eu tenho outras botas que você pode usar enquanto
estiver aqui.
- Mas eu gosto dessas – me queixo enquanto a sigo para dentro. Elas
não são apenas uma preciosidade, mas fizeram Ian cair e rolar na neve
comigo. Esses bebês valem cada centavo gasto.
- Eu não quero que você morra enquanto estiver aqui, então use essas -
Andie chega a um armário e tira de lá as botas mais feias que já vi em toda a
minha vida. É muito ruim que parecem que foram feitas para uma pessoa com
um caso grave de tornozelos gordos, mas também são camufladas. A palavra
atroz nem sequer cobre a sua descrição.

5
Wookie: personagem da serie Star Wars.
- Não pode estar falando sério. - Faço um gesto em direção a elas e, em
seguida, para o meu corpo. - O que há em mim que diga, que quero me vestir
como uma menina da Dinastia Pato?
Seu olhar se move lentamente sobre meu corpo, começando por meus
joelhos molhados e encharcados, deslizando sobre o meu casaco de couro
coradas com água, e terminando no meu cabelo. Ela faz uma careta.
- Hum ... sim. Você pode querer dar uma olhada no espelho, Tesourinho.
Meus olhos se arregalam e eu me lanço para o banheiro no corredor.
A imagem que está na minha frente é meu pior pesadelo se tornando
realidade.
-Oh... meu... Deus!! - Eu não posso acreditar no que estou vendo. Isso
não pode ser real. É um espelho com truque em uma casa de riso?
Meu rímel conseguiu, de alguma forma, chegar até o meu lábio
superior. É como se ele
estivesse usando um bigode de Hitler ou uma mini- buceta no rosto
ou algo assim. Meu cabelo esta enrolado na minha cabeça e as mechas
iluminadasque antes pareciam perfeitas glorias banhadas pelo sol,
agora parecem como se alguém tivesse pintado minha cabeça com lama.
- Oh meu pequeno menino Jesus. – me inclino para ver de perto e, em
seguida, eu me inclino para trás rapidamente. Ninguém deveria ter que ver em
primeiro plano este desastre.
Andie olha pela porta para que eu possa ver seu reflexo no espelho.
- Bem-vinda ao campo, menina da cidade.
Eu fecho minha boca e tiro a máscara do meu rosto com um lenço de
papel da caixa que tem sobre a pia. Por alguma razão eu acho muito chato que
minha amiga se adaptou tão bem a essa vida, e eu estou tendo um tempo difícil
em sequer parecer humana depois de somente cinco passos na neve.
- Eu posso perseverar. Eu sou adaptável. - Odeio que ela já esteja tão
bem aqui e eu, literalmente, não consigo nem ficar em pé sobre meus pés cada
vez que eu saio pela porta. Sempre pensei que era mais dura que isso.
Ela me dá um tapinha no ombro.
- Claro que sim, querida. Claro que você é. Vou preparar uma xícara de
chá quente para você.
Desaparece, deixando-me admirando o meu lamentável estado pelo
espelho. Movo a boca de um lado e para o outro, me assegurando de tirar todo
o rímel e outros restos da maquiagem do meu rosto com a toalha que encontro
sobre a pia do lavabo.
Minha mente vagueia enquanto me limpo. Sou incapaz ou posso fazer
isso? Franzo a testa com o pensamento de ser incapaz. Claro que posso. Posso
totalmente fazer essa coisa de campo e fazê-lo com estilo. Outras pessoas o
fazem e não são nem metade tão impressionante como eu. Só que tenho que
descobrir algumas coisas primeiro. Como forma de caminhar sobre o gelo e
neve, sem cair de bunda. E como lidar com Ian e meu crescente problema
hormonal em que ele está envolvido.
Eu diria que é como um irmão mais velho com manias que me dão
vontade de perseguir e irritá-lo, mas nenhuma menina jamais deveria sentir-se
atraída por um irmão como eu faço com Ian. Eca. Não, Ian é muito bonito e muito
sexy para ser o irmão mais velho de alguém.
A questão é, o que eu quero para fazer com todos esses
sentimentos? Hmmm ... Um pouco de tempo sexy, enquanto eu estou no meio
do nada não poderia ser muito horrível
... Posso fazer isso com Ian? Quero fazer isso com Ian? Estou pensando que
talvez eu vá. O próprio pensamento faz meu sangue bombear mais rápido e meu
pescoço fica avermelhado.
Definitivamente preciso aprender a andar corretamente aqui. Dessa
forma, na próxima vez que tentar sair, poderei seguir seu ritmo e fazer com que
me leve.
Sorrio com o plano que está se formando em minha mente, sem
questionar meus motivos por um
segundo. Só estou aqui para passar um bom momento, e não há nenhuma
razão no mundo para que não preencha o meu tempo com isso enquanto
espero que esse pequeno e doce bebê nasça. Posso esperar no rancho. Eu
posso ser uma cowgirl. Ian não acredita que possa, mas vou mostrar para
ele. Não tem ideia do que o espera. Coitadinha, minha bunda.
Sorrio para o meu reflexo e lhe dou uma piscadela.
Esta viagem vai ser muito mais divertida do que eu imaginava que poderia ser.
Capítulo 4
Uma fumegante xicara de chá está fazendo um bom trabalho em
descongelar meu corpo, por dentro e por fora. Me abraço para que meus dedos
voltem à vida. Andie se senta à minha frente, bebendo um pouco de uma mistura
de ervas que são supostamente para relaxar o útero ou algo assim. Eu não tenho
certeza de que quero ver um útero relaxado em qualquer lugar em
torno de mim, mas não disse nada a Andie. Eu vi meninas grávidas
enlouquecendo antes, e não é bonito. Além disso, se você não pode relaxar o
útero em torno de sua melhor amiga, com quem você pode fazer? Suspiro,
implorando para não ver nada incomum. Não tenho o estômago mais forte
do mundo.
- Então qual é o problema de Ian? - Pergunto, totalmente
indiferente. Andie nunca suspeitara que meus motivos são encontrar seus
pontos fracos. Ian MacKenzie? Oh sim. Desafio aceito. Você está indo tão mal,
senhor.
- O que quer dizer? – Tomando um gole de sua bebida.
- Já sabe... por que ele está de mau humor o tempo todo? O que ele faz
aqui? Está saindo com alguém?
- Quer que eu te responda a última pergunta primeiro? – Perguntou
Andie, reprimindo um sorriso.
Dou de ombros, como se não estivesse pegando sua dica.
- O que seja. Não me importa. - Porque eu sou super legal e ela não tem
ideia do que estou fazendo, Andie, por isso não tente!
- Bem, veremos... ele não está saindo com ninguém pelo que eu
sei. Realmente não sei muito sobre sua vida social atual, sei que vai muito ao
bar local e bebe mais do que qualquer um gostaria. Nunca traz meninas aqui,
mas nem sempre chega em casa todas as noites, assim pode fazer os cálculos
sobre isso.
- Interessante. Alguma pessoa que você conhece que ele tem estado?
-Na verdade, não. Somente sua ex-noiva, Ginny. E eu não acho que ele
esteve com ela desde o rompimento.
- Ex-noiva? Eu lembro que você disse algo sobre isso antes. Como foi
que se converteu em uma ex?
Andie se inclina um pouco sobre seu copo. Se não estou enganada,
parece um pouco culpada.
- Quando Mack foi para Las Vegas, na noite em que o conheci, ele
estava lá para celebrar o compromisso de Ian. Era sua despedida de solteiro.
- Oh sim, eu me lembro disso. Você arruinou a festa para todos.
- Hey! – lança um guardanapo de plástico para mim.
Agacho e mostro a língua.
- Você que falou.
Ela olha para mim por um segundo, mas depois continua.
- Como sabe, quando ele voltou, os rumores voaram, tudo em torno de
que um dos rapazes havia desaparecido toda a noite com uma garota, e Ginny
pensou que havia sido Ian, então ela fez algo estúpido, Ian se inteirou disso e foi
o fim de tudo.
- Ei. Espere. O que a Ginny fez exatamente?
Andie olha ao seu redor, para ver se alguém está escutando. Baixando
a voz, responde.
- Ela deu em cima de Mack.
- O queee? - Olho em volta de mim e também me inclino mais perto –
Deu em cima do seu homem? O irmão de Ian? Que tipo de prostituta vulgar se
joga no irmão de um homem?
- O tipo que se chama Ginny, suponho. Só a vi pela cidade um par de
vezes. Não a conheço em absoluto. - Andie se inclina para trás em sua cadeira.
- Eles ficaram juntos por um tempo muito longo.
- Hmmm... Então Ian provavelmente está muito amargo com as
mulheres, não é?
- Não muito amargo, já que suponho que está dormindo com algumas.
Mas posso dizer que está amargo sobre o amor.
Como não estou interessada no amor, isso não me incomoda nem um
pouco.
- Então isso é passado, algo assim, como anos, certo? Desde a
separação, quero dizer?
- Sim.
- Então, por que ainda segue sendo um idiota?
Andie suspira enquanto olha seu copo.
- É uma excelente pergunta. Você quer a minha versão do porquê?
-Claro.
- Eu acho que ele quer estar em uma cidade em algum lugar.
Bufo.
-Não pode ser.
- Sim, pode ser. - Andie levanta o olhar de novo. - Ele é
um arquiteto. Acredito que ele iria se mudar para Portland para iniciar um novo
trabalho quando todo o casamento se desfez. Ele ficou aqui por qualquer motivo,
mas não está feliz com isso.
- Por que simplesmente não vai se não está feliz?
- Você vai ter que perguntar isso a ele. Não me atrevo a balançar esse
barco.
- O que quer dizer?
Andie se levanta com dificuldade e se encaminha até a pia para lavar a
xicara.
- Ele é muito sensível a tudo o que tem a ver com isso, e para manter as
coisas excelentes entre Mack e ele, me mantenho fora disso.
- Vai. Isso é muito adulto da sua parte - E totalmente não sei como eu
iria lidar com isso. Estaria tudo em cima do seu nariz se eu morasse aqui.
Ela se virou e sorriu sobre seu ombro.
- Tenho aprendido algumas coisas desde que eu mudei para cá.
- Creio que tua sogra esta te contagiando - Faço uma pausa antes de
emendar - Quero dizer isso como um elogio, por sinal.
- É assim que eu estou levando também - Andie vem e se senta
novamente com um grunhido. - Ela é minha mãe adotiva. Eu a amo até os ossos.
- E sua mãe de verdade? Você não disse muito sobre ela.
―Termino meu chá enquanto espero sua resposta. A mãe da Andie é uma
espécie de idiota, pelo que vi no casamento, assim tenho que assumir que a
idiota esta intentando. Não perguntei a Andie muito sobre ela durante o ano
passado porque queria evitar temas tristes.
Andie dá de ombros.
- Está em Seattle. Não a vejo muito. Falamos talvez uma vez por mês. É
o melhor que posso fazer com ela nesse momento.
- Isso é melhor do que nada, eu acho.
- Sim. Talvez.
- Você tem que trabalhar hoje? – Tamborilo meus dedos sobre a mesa,
buscando algo para falar quando esse tema termina. Este lugar é muito tranquilo
para o meu conforto.
- Não. Limpei a mesa para o nascimento. Praticamente somente reviso
as mensagens algumas vezes por dia, mas caso contrário, eu estou livre. Você
já está entediada?
- Quem? Eu? Não, não seja boba. Este lugar é mais do que inspirador.
- Ela ri.
- Vamos lá. – Levantar-se é uma luta, mas consegue - Vamos para a
cidade.
Me levantei e caminho com ela até a entrada principal.
- O que tem na cidade?
- Civilização - diz com um sorriso. Em seguida, ela
aponta as botas que tentou que eu colocasse e de repente fica séria. - Coloque
essas e não me dê qualquer reclamação sobre isso, também.
Olhei para as coisas odiosas e eu gemo.
- Mas elas são tãããooo horríveis!
-Que ruim. Nós podemos comprar uma nova na loja.
Isso me anima consideravelmente.
-Está bem. Eu compro. - Deixando minhas impressionantes botas de
vaqueira na porta, deslizo meus pés nos sapatões surpreendentemente
confortáveis, mas ainda coordenadamente horríveis que Andie me proporcionou.
Tão logo saio na neve gelada, posso apreciar o velho ditado de que
aparência não é tudo.
- Oooo, andandooo - digo, sorrindo quando o som da neve.
não significa que também estou caindo sobre minha bunda olhando para
o céu em busca de uma mudança. Estes filhotes estão comendo o terreno. Eu
me sinto como o homem na lua, saltando para cima quase em câmera lenta com
cada passo.
Andie fala enquanto caminha em direção ao carro. Seus pés rangem na
neve com cada passo curto.
- Confie em mim, eu aprendi muito rápido a ajustar minha forma de
pensar sobre algumas coisas, calçado é um deles.
Me Burlo.
- Talvez no inverno, mas não no verão.
- Equivocada. No verão também. Há cobras por aqui, então sandálias ao
redor do rancho são uma má ideia.
Serpentes? Eu corro para alcançá-la e somente me detenho quando
estou presa ao seu lado.
- Serpentes? - Olho por cima do meu ombro para me certificar de que
nenhuma delas está tentando chegar sigilosamente a mim.
Andie tenta me dar uma palmada, mas não estou tão facilmente
dissuadida da autopreservação. Eu me apego mais fortemente.
- Não no inverno, boba. Hibernam no inverno, elas permanecem latentes
ou algo assim. - Finalmente ela consegue me empurrar quando chegamos à área
da entrada.
- Ou tratam de encontrar um lugar quente para aconchegar-se - diz
destrancando o carro, e salto no estribo do caminhão no qual ela está apontando
seu chaveiro. Suas luzes piscando e a buzina emite um sinal sonoro quando os
bloqueios são abertos.
- Apenas relaxe. Não tem que se preocupar com cobras no
momento. Pumas, sim. Serpentes, não.
Minha mandíbula se abre enquanto eu a vejo caminhando ao redor da
parte da frente da caminhonete. Minha voz sai aguda e estridente.
- Você não pode estar falando sério! Pumas? Realmente?
- Se apresse e entre – me diz enquanto abre a porta – Tem um puma
por trás dessas rochas, e não quero que comam a minha melhor amiga.
Meu coração dispara em meu peito e grito involuntariamente quando
trato de abrir a porta, enquanto ao mesmo tempo tento não me atrapalhar nos
estribos da caminhonete.
- Puma! Puma! – Sussurro em voz alta, sem perceber que eu estou
fazendo até que as palavras estão fora. Falho miseravelmente nas minhas
tentativas para conseguir entrar no carro e aterrizo na neve com meus joelhos.
Sem tempo suficiente para nada me levanto sem embromar, porque eu posso
me mover surpreendentemente rápida quando a ideia de ser comida vivo está
me motivador.
Fechando a porta atrás de mim, eu posso finalmente respirar de novo,
embora eu soe como um maldito trem de carga.
- Vamos. Isso estava perto- Engulo uma vez para tratar de me acalmar.
Parece que meu coração está na minha garganta - Deveríamos chamar a polícia
ou o pessoal do controle de animais ou algo assim?
Andie está tentando subir na caminhonete, mas não pode porque está
tendo uma crise de riso. Por um segundo me sinto culpada em não ajudar seu
traseiro de gravida em primeiro lugar, com o tema do Puma e tudo, mas logo me
vem uma suspeita. Ela não está agindo como se estivesse correndo por sua
vida. Não deveria a adrenalina dar o empurrão final que precisa levantar mais de
um centímetro da terra?
- Você estava brincando comigo? - Olho pela janela de trás, tentando ver
que essas rochas que ela estava falando. Não há nada lá, exceto algumas
manchas de neve. - Não há Pumas aqui, certo?
Se eu tivesse uma bola de neve, eu gostaria de jogá-la bem no seu
rosto. Eu não me importo se está grávida. Eu tenho certeza que eu acabei de
perder um ano da minha vida ou um mês, pelo menos com esse susto.
Ela está dentro e com o cinto antes de responder, o rosto vermelho
brilhante com felicidade quando deixa escapar um longo suspiro.
- Não, eu juro, há realmente Pumas aqui. E coiotes, ursos, lobos e todos
os tipos de outra merda assustadora. Mas não havia ninguém lá. Eu estava
apenas brincando sobre isso.
Aponto meu dedo na sua cara.
- Essa desculpa da gravidez não vai chegar muito longe. Eu ainda posso
vencê-la. Basta lembrar isso.
Ela bateu na minha mão e vira a caminhonete.
- Apenas mantenha os olhos bem abertos quando você estiver fora, isso
é tudo o que peço. Tenho certeza que você nunca vai ver um, mas apenas no
caso ...
Me imagino vendo uma Puma vagando ao redor da fazenda e tomo a
minha decisão.
- Vendem armas aqui?
Ela ressoa.
- O papa é católico?
- Há sapatos de inverno para correr?
- Não. Você tem botas.
- Está bem – cruzo os braços, tratando de imaginar como vou me armar
para as atividades exteriores de perseguir Ian enquanto ao
mesmo tempo me protejo dessas bestas devoradoras de homens. Uma arma é
provavelmente uma boa ideia. Além de algum tipo de sapato com o qual se
possa correr sobre a neve.
- O que você está tramando aí? - Andie pergunta, me atirando olhares
quando começamos o árduo caminho que conduz à estrada.
- Nada. Nada de maquinações. Só estou pensando em comprar uma
arma.
Ela ri.
― Não vamos comprar uma arma. Não seja ridícula.
Eu não digo nada, porque ela não é minha chefe e, claro, eu vou comprar
uma arma. Uma garota tem que proteger a si mesma, certo?

Capítulo 5
Quais as possibilidades de ir para a cidade, achar uma loja de armas e
ser capaz de conseguir uma viagem furtiva até lá sem Andie saber?
Muito boas. Muito, muito boas, na verdade, porque aparentemente
senhoras grávidas precisam fazer xixi muitas vezes e gostam de ir comprar
roupas de bebê, e em Oregon, as lojas de roupa para bebe as vezes estão
justamente na mesma rua que as lojas de armas. Ela totalmente acreditou
nas minhas mentiras quando disse que queria explorar a loja de perucas nas
proximidades, enquanto ela estava no supermercado usando o
banheiro. Combinamos de nos encontrar no local de roupa de crianças na
mesma rua depois.
Entrei na loja de armas e paro lá dentro, olhando para todas
as armas em exposição. Há as que suponho que são rifles de caça nas
paredes e uma caixa de vidro perto da caixa registradora com armas de mão
dentro. Em outros expositores tem outras parafernálias do tipo de caça.
Fui até lá e olho para a vitrine. Ninguém está aqui pelo que posso ver,
mas as vozes flutuam até mim a partir de um corredor que vem da parte de trás
da loja. A conversa fica mais alta e escuto desavergonhadamente.
- Tenho uma trinta e seis. O que eu realmente gostaria é provar que uma
Mathews Creed de arco curto. Você tem alguma dessa?
- Sim, eu tenho uma. De 2014, se você quiser prova-la. Sem trocadilho
– O homem ri e me recorda
o renascimento dos Duques de Hazzard que procuro quando estou necessitada
de rever rapidamente os provincianos. Eu amo Bo e Luke em seus jeans
apertados.
É Roscoe6 lá atrás? Eu fico na ponta dos pés para tentar ver através da
balaústra, mas eles estão muito longe e demasiado pouco iluminados para poder
ver alguém.
- Sim, vamos fazê-lo.
Os passos me fazem voltar para a vitrine. Eu não quero que me peguem
ouvindo sua conversa, assim franzo a testa enquanto observo as facas de caça
sob o vidro em seu lugar.

6
Roscoe: Comissário da série The Dukes of Hazzard
- A tenho lá trás. Apenas me dê um segundo e eu vou abrir o campo de
tiro para você.
Eles estão quase perto de mim quando eu ouço a voz do cliente de
forma mais clara. Minha pressão arterial atinge seu ponto máximo.
- O que você está fazendo aqui, Citadine? Está me seguindo?
Me viro e atuo surpreendida.
- O quê? Oh, Olá, Ian. Que prazer encontrá-lo aqui.
- Isso está ficando um pouco assustador, você não acha? - Ele pergunta.
- Está me perseguindo agora?
- Por favor. Consiga uma vida. – Reviro os meus olhos, enfrentando o
fato de que o meu pescoço está corando enquanto falo.
O homem corpulento que estava ajudando a Ian me observa enquanto
passa caminhando. Sua barriga é redonda e bem protegida sob uma camisa de
flanela.
- Posso ajudá-la, senhorita?
- Sim - eu digo, sorrindo com todo o charme que eu tenho no meu corpo
- pode. Eu gostaria de comprar uma arma.
Ele sorri novamente, totalmente de frente para mim agora, um pouco
atordoado.
― Bom, se não é uma preciosidade.
- Henry, você está se sentindo bem? - Ian pergunta.
O sorriso de Henry desaparece em um instante.
- Silêncio agora, Ian, estou tendo uma conversa com a pequena senhora
aqui.
Sorri de novo, ignorando completamente Ian.
- Não é doce? E Henry?
- Sim, senhora, eu sou Henry. Henry Dawkins ao seu serviço. Você tem
uma arma particular em mente? - Ele se move atrás do balcão.
- Hey! Eu estava aqui primeiro! - Protesta Ian – O que se passa com esse
arco?
Ian está atrás de mim, mas não lhe darei a satisfação de
dar a volta. Resisto à tentação de dar lhe um empurrão no estômago.
Henry franze o cenho.
- Acalme-se, Ian. As damas primeiro.
Eu olho por cima do ombro agora que a minha vitória está completa.
- Sim, Ian. As damas primeiro.
Seus lábios se tornam finos e, em seguida, seu olhar cai aos meus pés.
― Bonitas botas.
Coloco minhas mãos na minha cintura e viro para à esquerda e à direita
para mostrar meus sapatos.
- Você gosta? As chamo de campo chique.
Henry se inclina para ver o que eu tenho e parece esperançoso.
- Gosta das botas Sorel7, senhorita? Porque tenho uma nova remessa
de todos os modelos mais recentes, mais bonita da que você tem agora.
- Ah, vamos, Henry, não mostre suas botas! Vou ficar aqui o dia todo
esperando!
- Então espere – diz, e vem ao redor do balcão para me levar para a
outra parte da loja.
O sigo com um enorme sorriso, sabendo que isso está deixando Ian
louco. Vou comprar umas botas só para irritá-lo.
- Olhe, estão aqui - diz Henry, parando em frente a uma pequena
janela que se vê como uma ideia de último momento no canto da loja. - Eu tenho
na cor roxa se você gostar de cores ou poderia ser com um aspecto mais
em couro.
Comprovo a sua seleção, surpreendida ao ver que não são horríveis.
Estava querendo comprar uma para irritar Ian, mas agora vou comprar um par,
porque vão parecer fabulosas com meus novos jeans.
- Será que tem está em tamanho oito? -
pergunto, segurando um par com um bordado mais bonito na parte
superior. Esses bebês percorrem todo o caminho até meus joelhos, assegurando
que minhas pernas nunca voltem a ficar molhadas de novo neste lugar esquecido
por Deus.
- Claro que sim. Basta sentar-se ali e vou busca-la para você para que
possa provar.
Me sento em um banquinho de madeira e tiro as botas horríveis da
Andie. Ian anda em torno do canto, enquanto eu estou tirando minha meia.

7
Sorel botas de marca de neve e inverno para homens, mulheres e crianças
- Você sabe, que tenho coisas para fazer aqui. – Diz cruzando os braços
sobre o peito.
- Não estou te impedindo. - Dirijo minha atenção para as minhas
cutículas. Eu não posso olhar para ele. É muito bonito quando está todo
animado, e eu tenho que me manter forte.
- Sim, você está fazendo isso. Encantou o Henry e agora nunca mais
vou conseguir meu arco enquanto estiver aqui.
- Por que precisa de um arco de qualquer forma? – Pergunto olhando
para ele – Para andar ao redor da cidade brincando de Robin Hood?
- Não, para sua informação, vou disparar com ele.
- Disparar o quê? – Começo a franzir a testa quando eu me
dou conta do que estamos falando. Será melhor que não diga animais.
- No que você acha, menina da cidade?
- Alvos? - Sei que não é a resposta certa no momento em que sai da
minha boca. Isso me deixa triste.
- Você está errada de novo. - Ele vai embora e me deixa ali.
Levanto-me e o sigo, a minha única bota faz barulho, e o outro pé é cerca
de dois centímetros mais curto sem o pesado sapato.
- Atirar em animais é assassinato.
- Não, por aqui não é – diz, sem deixar de caminhar – Aqui se chama
alimentar a família.
- Você tem uma fazenda cheia de carne de vaca. Você não tem que atirar
em qualquer coisa.
- Eu gosto de disparar nas coisas.
Paro de o seguir diante disso. Sua atração sexual acaba de ir direto pela
janela para mim. No lugar de continuar a conversa, volto a sentar no meu assento
e espero Henry.
Ian retorna em menos de um minuto.
- Qual é o problema? Você está triste agora porque alguns animais
peludos vão morrer?
- Vá embora, Ian. Você não é engraçado. – Extremamente desapontada,
me nego a olhar para ele. Em vez disso, eu cuido dos cordões das minhas outras
botas feias.
- É um fato da vida aqui, Citadine, melhor se acostumar com isso. As
pessoas têm que comer.
Ele me deixa tão enojada, que é impossível seguir o ignorando.
- Não tenho que me acostumar com a matança de animais, Ian. Você
pode comer o que você encontrar no supermercado.
Ele ri.
- Você pelo menos se escuta quando fala? De onde você acha que a
carne vem?
- Não da natureza! - Digo muito mais forte do que eu provavelmente
deveria falar.
Ele realmente tem a ousadia de continuar rindo.
- Oh sim. Está certo. Porque os animais criados em granjas e ranchos
são de alguma maneira diferentes.
Abro minha boca para concordar, mas depois eu paro. Ele está girando
em torno do que eu quero dizer e faz com que soe estúpido.
- Não vou jogar esse jogo contigo, Ian. Já terminei. Vá.
- O que você está falando? Que jogo? - Ele não ri mais.
Suspiro pesadamente antes de olhar, piscando algumas vezes.
- Ouça ... me dei conta que teríamos alguma química antes e pensei que
poderia estar contigo enquanto estivesse aqui e seria divertido, mas você pode
cancelar esse plano porque não encontro atrativos nos assassinos nem um
pouco. Você pode seguir o seu caminho agora. – O espanto com meus dedos –
Ademais. Fora. Vai lá disparar em um coelho ou Bambi ou algo assim. Não
tenho mais nada a dizer.
Ele fica lá e balbucia durante alguns segundos antes de encontrar sua
voz.
- Você é algo, sabia? – Levanto o queixo
- Isso é o que me dizem.
Henry se aproxima com uma grande caixa em suas mãos, evitando que
eu tenha que escutar Ian.
- Aqui está, senhorita. Tamanho oito, como você pediu. São
resistentes à água, também.
- Muito Obrigada, Henry - digo, exalando charme. Ao abrir a caixa
encontro as botas que gostei. A primeira delas se encaixa como uma luva e eu
não posso deixar de sorrir para o quão bonita ela fica em mim. - Absolutamente
perfeitas. – Coloco a segunda. É uma preciosidade.
Giro ao redor e salto para cima e para baixo algumas vezes o que me
mostra que elas são tão confortáveis como lindas. Dupla pontuação. No geral,
tenho que sacrificar um pelo outro, mas hoje não. Baker City não fede demais
neste momento, mesmo que haja assassinos que vivam aqui.
- Venha até a caixa registradora e vou te mostrar as armas. Pode provar
qualquer uma que gostar.
Recolho as botas horríveis e as coloco na caixa, usando minhas novas
belezinhas passado na frente de Ian. Ele se
transformou em uma espécie de estátua, de pé ali com o cenho franzido para
mim e Henry. Eu estou o ignorando completamente.
- O que quer dizer com que eu posso prova-las? – Coloco a caixa de
botas no chão ao lado da caixa registadora para poder ver as armas na vitrine -
. Assim como, apertar o gatilho aqui na loja? - Olho em volta, mas não
vejo buracos de bala nas paredes ou qualquer
coisa. Talvez tenha espaços em branco que podem ser usados.
- Temos um campo de tiro lá dentro – diz, sorrindo com orgulho – Não é
grande, mas faz o truque.
- Genial! Nunca disparei uma arma antes.
Seu sorriso desliza um pouco.
- Oh, não é isso ... agradável. E por que quer comprar a arma, se eu
posso perguntar?
- Não é para atirar em nada – digo. Na intensão mal sucedida de suprimir
o tremor que se move através de mim.
- Estáaaa bem ...
Ele está aparentemente esperando uma explicação, assim continuo.
- Há alguns pumas fora de onde estou hospedada, então eu só queria
alguma proteção. Você sabe ... se um puma tentar comer eu ou minha
amiga. Vou usar a arma para assustá-lo e deixá-lo ir.
―Pumas?
Ian está atrás de mim, rindo.
Rolo meus olhos.
- Não importa. Só quero ver as armas. O que é bom para a proteção?
Henry olha para a vitrine.
- Contra pumas? Bem ... suponho que qualquer uma delas
poderia funcionar se você atirar no puma entre os olhos. Você acha que é boa
de tiro? - Me olha, esperançosamente, possivelmente um pouco forçado
também.
Assinto com entusiasmo.
- Estou segura que serei. Sou uma cabeleireira.
Henry me olha fixamente. Agora tem o problema da estátua que Ian
tinha. Infelizmente, Ian já não está assim. Está de pé ao meu lado
apontando para algo na vitrine.
- Mostre-lhe essa.
- A de nove milímetros? Você não acha que é um pouco demais para
ela? - Pergunta. Sua felicidade está desaparecida. Agora só parece preocupado.
Franzo a testa para ele.
- É claro que não é demais para mim. Mantenho secadores de cabelo e
chapinhas durante todo o dia. Você alguma vez já ficou duas horas usando
secador? Porque eu sim. Sem pausas – bufo - Confie em mim, eu posso lidar
com isso.
- Tudo bem - diz Henry suavemente - se você diz.
Um par de minutos mais tarde estou em pé no final de um longo corredor,
segurando o pedaço mais pesado dos metais que tive na minha mão, e olhando
para um alvo. Para sua informação, secadores de cabelo são muito mais leves
do que armas de mão.
Ian está em pé ao meu lado, apontando para o papel que tem anéis
pretos sobre ele e, geralmente, sendo chato.
- Somente aponte e dispare. Puxe o gatilho. E tenha
cuidado com o repuxo. - Sua voz chega abafada pelo fato de que eu estou
usando protetor para os ouvidos.
Me sinto totalmente como um agente do FBI neste
momento, com as pernas afastadas e braços em linha reta, pegando a
arma. Aposto que meu bumbum parece impressionante.
- Repuxo? Eu olho por cima do ombro. Meus braços já estão cansados
de segurar a arma.
- Vai empurrar você com a força do disparo. Basta estar preparada para
isso.
- Está bem. - Olho em direção ao objetivo, segurando a arma como vi os
agentes do FBI fazendo nos filmes. Sou tão rude.
- Isso está muito alto - diz Ian.
Deus, é tão irritante!
- Como sabe? - Tenho um olho fechado e o outro entrecerrado para ver
através do cano da arma para a parede do fundo.
- Faço disparos desde que tinha seis anos, e a menos que seu plano
seja golpear a lâmpada lá em cima, abaixaria um pouco.
Bufo, mas sigo seu conselho. Antes de nada mais, no entanto, puxo o
gatilho. Vou mostrar quem sabe como disparar uma arma.
Mesmo com proteção de ouvido, o BOOM é incrivelmente forte. E sei
que era suposto que deveria estar preparada para o repuxo, mas me preparar
mentalmente para algo que nunca tinha experimentado é muito mais difícil do
que o esperado. O efeito do som não ajuda.
A arma voa para fora da minha mão e cai no chão com um grande
estrondo. Parece como outro tiro, é tão forte. Ainda bem que eu tenho a minha
proteção auditiva posta.
Ian grita atrás de mim e, em seguida, começa a saltar por todo o lugar.
- Qual é o seu problema? - pergunto, tirando os protetores de ouvido. -
Apenas deixei cair, não é nenhuma grande coisa. Não está quebrado. - Pelo
menos eu acho que não esta.
- Atirou em mim! Maldição atirou em mim! - Ele está gritando tão alto,
que Henry vem da loja.
Meu coração para de bater quando eu tento descobrir se ele está apenas
brincando comigo. Não deveria haver sangue, se eu atirei?
- O que aconteceu?! - Henry grita, olhando para a arma e, em seguida,
Ian.
- Oh, ele está se fazendo de tolo - eu digo, implorando para estar certa.
Realmente atirei nele? Não vejo nenhum sangue. Nada, exceto ele agindo
como uma ponte humana. Boing! Boing! Boing! Está bastante de mau humor
também. Eu não acho que ele está fingindo essa parte.
- Ela atirou em mim! - Ian diz, apontando para mim. Deixa de pular e está
sobre seus dois pés, agora apontando para a parte inferior da perna. - Você vê?

um buraco no material próximos ao seu tornozelo. Quando levanta a perna de
suas calças, há uma marca na cor vermelha escura em sua pele, mas
sem sangue.
- Parece que você foi tocado - diz Henry. Ele olha para mim - Como você
fez? - Em seguida, olha para o objetivo - Bom tiro de fato.
Olho por cima do ombro e vejo que acertei o alvo quase exatamente no
centro. Não posso deixar de sorrir como uma tonta.
- Olhe para mim.
A voz de Ian sobe uma oitava.
- Você está parada aí toda orgulhosa de si mesma depois de atirar em
mim?
Olho para ele novamente, sentindo me muito melhor porque não há
sangue e eu não matei o cunhado da minha melhor amiga. Estou um pouco tonta
com alívio, realmente. Mas eu não quero saber.
- Hey, foi um acidente, ok? Desculpe-me pela bala de raspão. Caramba.
– Coloco meus olhos em branco - Que bebê você é.
Ele permanece olhando para
mim fixamente com sua boca aberta. Então ele ri, mas não parece muito feliz.
- Você está louca, sabia? Você é perigosa. Você precisa apenas ficar
longe de mim.
- Oh, acredite em mim, eu pretendo fazer. - Ignoro a dor da rejeição. Ele
é um assassino de Bambi de todos os modos. Que me importa se quer que eu
fique longe?
- Não, estou falando sério. Fique bem longe. Sou muito jovem para
morrer.
- Oh, por favor, pare de ser tão dramático. Além disso, eu disse que você
não é meu tipo e não tenho interesse, então basta ficar fora do meu caminho.
- Hoo-hooo-hoo. – Henry ri - Vocês têm alguns problemas. Quando é o
casamento?
- Cale a boca, Henry - Ian rosna. - Você não é engraçado. E sabe o
quê? Você pode ficar com seu arco, também. Tenho que ir para casa e colocar
gelo na minha perna. - Ian sai da sala de tiro mancando
exageradamente, e suponho que sai da loja já que não posso ouvi-lo gemer.
- Então, gostou da arma? – Pergunta Henry, com a sugestão de um
sorriso ainda no rosto.
- Claro que sim, gostei da pistola. Atingi o alvo e
a Ian MacKenzie com ela. Diria que vou mantê-la.
Henry ri até que ele tem a cara vermelha como um tomate. Sua barriga
treme como uma tigela de geleia. É repugnante e fascinante ao mesmo
tempo. Não posso parar de olhar.
- Estou indo começar a preparar a papelada. Sinta-se livre para atirar
mais algumas rodadas, se quiser. Só cuidado com o contragolpe da próxima vez.
- Sim, bom conselho. – Recolho a arma do chão. Dessa vez quando
aponto para o alvo não a sinto tão pesada ou estranha – Isso aí, pumas – digo
para mim mesma quando levanto e miro fixamente o cano. – Venham para
mim agora.
Esvazio o carregador, marcando mais tiros no centro do alvo, e, em
seguida, volto à loja para fazer a verificação de antecedentes. Serei um tipo
duro com este bebê em meu quadril e minhas novar botas de cor purpura. Ian
MacKenzie melhor ficar fora do meu caminho.

Capítulo 6
Acabo de sair da loja quando encontro Andie andando pela calçada indo
direto para mim. Pega..
Droga. Tenho que pensar em uma boa mentira, rápido. A arma pesada
e uma caixa de balas estão na minha bolsa, e se sequer tocar na minha bolsa
saberia que estão ali.
- Que diabos você está fazendo? - Pergunta.
Sou toda inocente. Poderia totalmente trabalhar para a CIA como uma
super espiã pela maneira que eu escondo minhas emoções.
- Quem? Eu? Nada. – Estendo uma perna para que ela admire -Só
acabo de comprar umas magníficas botas Sorel. Olhe só. - A grande caixa
contendo suas horríveis botas está equilibrada contra o
meu quadril e a barata bolsa de plástico enruga. Estou surpresa que não tenha
quebrado, deixando minha caixa molhada de lama que cobre a calçada.
- Recebi um texto de Mack. Ele diz que você atirou em seu
irmão.- Levanta os olhos para a entrada principal da loja onde estamos em pé
na frente - Realmente não disparou nele, certo?
Franzo a testa, agindo como se ela fosse louca.
- Não fique tão preocupada. Claro que eu não atirei. Foi apenas de
raspão. Há uma grande diferença. -Enganchando o braço com o dela, a levo
pela calçada. O cheiro de algo sendo frito está me chamando e eu preciso
distraí-la dessa linha de questionamento. Me sinto culpada o suficiente assim
como está; Não preciso causar estresse na senhora gravida. – Venha. Alguém
está soletrando o meu nome em tiras de bacon neste tempo.
Andie para, e quando isso acontece com todo esse peso em suas costas,
é muito eficaz. Quase caio, mesmo com a impressionante tração de
minhas botas novas. Me esforço para me endireitar. Realmente odeio o gelo. É
impossível parecer elegante ou fresca com esta coisa.
- Não, não vou entrar nesse restaurante.
Desengancho dela para não cair outra vez, contente de que a distrai do
tiro, mas agora curiosa por sua fobia do restaurante. Tenho toda a intenção
de permanecer firme até alcançar o fundo disso, de modo que
mantenho minhas pernas abertas um pouco apenas no caso do gelo ter outras
ideias. É provavelmente uma boa coisa que eu não tenho a minha arma no meu
quadril ainda; me vejo como se estivesse pronta para um tiroteio no OK Corral.
― Por que? ― Olho por cima de meus ombros a colher gordurosa
― Parece bastante inofensivo.
- Ali é onde Hannah trabalha. Ela e eu não estamos em bons termos. -
Andie dá alguns passos para trás. Admiro a sua capacidade de dar marcha ré
no gelo, sem sequer pestanejar. A menina inflada tem habilidade.
Não a sigo, me sentindo mais segura mantendo
meus pés plantados no chão sólido. Negociar com a calcada
gelada, evitar o tema Ian, e também falar sobre as fofocas da cidade, tudo
ao mesmo tempo poderia ser um problema para mim neste momento.
- Hannah? – Pergunto - Assim como, Hannah Banana?
Andie sorri, mas sem muito humor.
- Você se lembra dela, eu acho.
- Quem poderia esquecer? Daisy Duke do lado errado da rua e
um mau trabalho de tinta. Pensei que vocês haviam superado
- Hannah tem algo por Mack, se bem me lembro. Mas como Mack nunca gostou
dela, penso que não era um grande problema.
- Sim. Superamos evitando uma a outra.
Meus olhos percorrem a calcada, e a imagem do mapa da cidade está
gravada a fogo em meu cérebro aparentemente. Sou um Google Earth
humano. Uma vez que vejo um mapa, gravo de forma permanente.
- Isso não pode ser fácil em um lugar tão pequeno. - Me sinto mal pela
minha amiga. Talvez você se sinta presa no rancho. Talvez por isso trabalhe em
casa a maior parte do tempo. Impossível que seja porque gosta do cheiro de
cocô de vaca.
Segura a minha mão e me puxa na direção oposta, mas resisto. As
trações das minhas botas são incríveis quando tem sal no solo. Estou totalmente
no humor para dar um
chute no ar agora unicamente porque meus novos sapatos me fazem tão feliz,
mas não vou.
Poderia golpear acidentalmente minha amiga gravida e com o incidente
da pistola antes, me faria pensar de que lado está a sorte hoje. Vou fazer mais
tarde, quando voltar a casa MacKenzie. Há muito espaço no meu quarto para
um pouco de ação de Rockettes8. Tento dar uns chutes no ar todos os dias para
manter as pernas em bom estado.
― Vamos, não seja teimosa ― diz ela.
- Teimosa? Eu? - Realmente não sei o que você está falando. Estou toda
comprometida e acima de tudo em atender aos desejos dos outros. Uma estilista
deve saber quando manter a boca fechada e deixar as pontas aparadas e os
penteados curtos para cima e os longos para
baixo. Às vezes uma má experiência é muito melhor professor do que o
conselho puro.
Ela ri.

8
Os Rockettes: é uma empresa de precisão de dança Agindo no teatro
Radio City Music Hall, em Manhattan, New York City.
―Como se isso fosse uma novidade para você. Vamos. ― Agita sua
mão uma e outra vez como se estivesse tratando de uma criança.
Comprimo o meu lábio inferior. Ela não pode resistir a mim agora.
- Não. Tenho fome. - Na verdade, eu realmente não tenho tanta
fome. Apenas quero para ver à Hannah Banana e fazê-la saber, sem que Andie
veja que não pode continuar fazendo-a se sentir desconfortável. Esta é a casa
da minha melhor amiga agora. Deve sentir-se livre para ir onde quiser. Em breve
vai ter um bebê, e esse bebê vai querer comer uma panqueca.
Ela tenta usar a razão em mim.
―Acabamos de comer.
- Isso foi horas atrás - afirmo. - É quase hora do almoço.
Andie olha para o relógio.
- São dez horas da manhã, Candice.
- Você vê? Já passou do meio-dia na costa leste e eu tenho um jet lag
do cão. Vamos lá. - Pego a mão dela e a puxo. - Eu ouvi tudo sobre as
panquecas que eles têm lá. E você sabe que eu amo bacon.
- Suas panquecas fedem. São seus waffles que são bons. Isso é o que
ouvi.
- Sim, é isso que eu quis dizer. Waffles. Eu ouvi isso também.
Me arranjo para conseguir chegar quase na porta antes que ela resista
de novo.
- É sério, esta é uma má ideia. Se você está com fome, podemos ir ao
supermercado e comprar todo um pacote de bacon. Você pode comer toda a
coisa sozinha.
Agarro a porta que está coberta com adesivos de cartão de crédito e um
antigo cartaz de um rodeio, a abro deixando escapar uma rajada de ar
deliciosamente quente e com cheiro de bacon.
- Nada supera a comida de uma colher gordurosa. Você sabe. -
Faço um gesto com minha bolsa. – Entre, barriga rechonchuda.
Sua boca se abre.
- Oh, meu Deus, não acabou de me chamar assim.
Ops . Eu disse isso em voz alta? Rápido! Pense alguma coisa!
- Não, foi Ian quem disse. Estou apenas repetindo as palavras dele. -
Isso não é uma total mentira, mas somente posso imaginar a
quantidade de lixo que vai para ele e depois ele vai estar indignado quando se
ver acusado falsamente. Começo a rir apenas vendo
na minha cabeça. Realmente não é um mau apelido, agora que eu penso sobre
ele. Ela está muito gordinha. Eu amo quando o meu cérebro simplesmente
assume espontaneamente. Sempre me surpreende.
- Ele vai pagar por isso - diz, com uma expressão escura.
- Sim. Deveria. – A sigo para dentro, sentindo como se tivesse fumado
uma droga ou algo assim com toda a alegria que estou experimentando. Vão
gritar com Ian, estou calçando botas purpuras, e tem um delicioso waffle a ponto
de entrar na minha barriga. Então isso que é felicidade.
O ar está preenchido com graxa, vapor, e o cheiro de pessoas que
provavelmente deveria ter usado um pouco de sabão extra antes de sair de suas
casas. Aceno meus braços um par de vezes, tentando que meu perfume se
espalhe ao redor do meu rosto. Minha bolsa se sacode ao redor, batendo contra
mim e a porta.
- O que você está fazendo? – Sussurra Andie em voz alta – Tratando de
chamar a atenção para si mesma de propósito ou o quê? Eu disse, Hannah e eu
...
Meu perfume entra e tudo o que fica dos desconhecidos ao meu redor
é o ligeiro aroma de cominho. Servem tacos aqui?
- Ora, ora, ora, olhe quem decidiu parar e agraciar-nos com a sua
presença - diz uma exagerada voz com sotaque do Sul trás do balcão.
Como é que uma menina que passou sua vida inteira no canto superior
esquerdo do país fala como uma menina do canto inferior direito ou
inferior meio, como Texas ou algo assim? Não sei. Poderia ser capaz de
averiguar com mais tempo, já que tenho um interesse especial por linguística,
mas agora mesmo estou muito distraída para tentar.
Não posso me concentrar em nada mais exceto no horrível trabalho de
descoloração que foi feito no cabelo da pobre garota. Suas raízes estão feitas
totalmente com pó, fazendo que seu cabelo pareça um monte de palha na
cabeça, e a cor é o que chamamos na indústria de amarelas como gordura de
frango. Muito pouco atraente.
- Olá, Hannah - diz Andie, toda tímida, como se não estivesse enjoada
com a forma que está garota acabou de falar que soou grosseira - Como tem
passado?
Nos movemos mais para dentro da lanchonete. Andie se dirige para
uma cabine no canto.
Hannah sai de trás do balcão para nos seguir. Estou tentada a caminhar
atrás para que ela não possa enfiar uma faca de manteiga entre as minhas
omoplatas, mas não o
faço. Por quê? Porque Hannah Banana não me assusta. Ela tem o nome de
uma fruta, por Deus. Como pode ser possivelmente perigosa? Se o seu apelido
fosse Hannah Horrível ou “Hannahbelle” Lecter, talvez. Mas Banana? Não. De
maneira nenhuma. Além disso, tenho uma arma e um monte de balas. Ah
sim. Eles me chamam de o Duque. Não ... a duquesa.
Dou a volta quando me detenho em uma cabine e pego Hannah todo
sorridente. Têm bons dentes, vou dar lhe
isso. Embora isso não esconda o cabelo errado, mas distrai a minha atenção
dele um pouco.
- Oh, tenho estado bem – diz ela – Muito bem, Tenho passado algum
tempo com Ian, como já sabe.
Minha boca aperta, mesmo sem perceber. Rapidamente relaxo quando
pego Andie olhando para mim. Ela fica ao lado da cabine, pronta para sentar.
Tomo o lugar em frente a ela, uma mesa de fórmica com alumínio nas
bordas entre nós. O assento é coberto com vinil que está desmoronando sob o
meu traseiro com um silvo de ar em protesto, mas não inteiramente nas minhas
coxas na borda. Já sinto a falta de circulação vindo. Melhor que não consiga que
as veias das minhas pernas se sobressaiam por isso ou vou ficar com
raiva. Nenhum waffle é digno de uma veia da minha perna.
- Sério? Com Ian? Isso está bem. - Andie se inclina para sentar, mas,
em seguida, ela para quando a sua barriga a impede de se encaixar na
cabine. Ela tem cerca de 10 centímetros a mais de bebê.
- Oh, Deus, você está enorme, menina. Quero dizer,
como, extremamente enorme. - Hannah olha para trás para a área da cozinha. -
Joe, você viu isso?
O homem cozinhando nem sequer levanta a vista, mas isso não
detém Hannah.
- Talvez deveriam mudar para uma mesa. Você poderia caber em uma
cadeira normal, provavelmente. Eu acho. Provavelmente poderia sentar-se
lateralmente ou algo assim. Meu Deus, você deve ter umas terríveis estrias.
Meus olhos se abrem, as palavras lutando por ter ouvido algo assim.
Meu dedo indicador se flexiona um pouco.
As narinas de Andie se movem, mas mantem a calma.
- Não, eu vou ficar bem – grunhe enquanto se empurra contra a borda
da mesa – Somente preciso mover a mesa um pouco.
- Ela está presa, você não será capaz de movê-la. - Hannah dá um passo
para atrás.
- Claro que sim. Só precisa de um pequeno empurrão - Andie rosna,
mais uma vez, quando tenta novamente ter mais espaço.
Posso ver que ser capaz de se encaixar nessa estupida cabine
é importante para ela.
A tristeza me oprime quando vejo a minha melhor amiga se
tomando autoconsciência sobre seu peso e está garçonete estúpida Banana
está acenando arrogantemente sobre sua magreza. Eu me sinto muito mal por
ter chamado Andie, de rechonchuda barriguda.
A emoção me toma de poderes sobre-humanos de força e determinação.
Literalmente, posso sentir vindo através de minhas veias.
Agarrando a mesa no meu lado, eu puxo com toda a minha força.
A mesa deixa escapar um alto rugido, um grito, algo parecido com um
ladrido de cachorro antes de se separar do chão. Está quase na diagonal entre
os dois bancos agora e estou a ponto de suar.
Olho para o chão para verificar os danos, assumindo pelo barulho que
os parafusos estão fora do linóleo. Em vez disso, encontro uma pilha de gosma
cinza escuro que é utilizada para manter a mesa de uma perna no lugar, e eu
tenho certeza que ele não está colado. Tem pelúcia que sobressai dele
também. Ew .
Andie se senta com um ressopro de ar, com a cara cor de rosa e coberta
com uma camada de suor.
- Você vê? Não era grande coisa.
Sorrio tão grande quanto eu posso.
- Sim. Não era grande coisa em absoluto -
Olhando para cima para Hannah, eu levanto
uma das minhas sobrancelhas para dar ênfase. - É possível que queira
pegar algo para limpar essa gosma desagradável no chão, no entanto. Eu acho
que tem estado ali por algum tempo. Por acaso nunca limpam por aqui?
Hannah me olha maliciosamente.
- Claro que limpamos o chão. Limpamos todos os dias. - Suas mãos vão
para os seus quadris.
Olho para a mancha cinza no chão e encolho os ombros enquanto dou
a Andie meu famoso olhar de inseto.
- Se você diz - E então rio entre dentes.
Andie sorri, e olhamos uma para a outra enquanto enviamos mensagens
telepáticas privadas de ida e volta.
Ela me ama, agradecida por que a salvei da menina
Banana e também muito feliz de que ainda pode caber em uma cabine.
Estou feliz de ter sido capaz de ajudar para que isso acontecesse.
Talvez esqueça que dei um tiro o irmão de seu marido.
- Querem alguma coisa, ou só entraram aqui para fazer inspeção
sanitária? - Hannah da batidinhas com o pé no chão.
Olho para ela e sorrio docemente. Posso me dar ao luxo de ser
magnânima, porque eu ganhei este round.
- Eu vou querer um daqueles waffle que eu ouvi muito dizerem e uma
xícara de café. – Mudo meu olhar - Andie?
Voltou a ficar séria.
- Eu vou tomar um chá de ervas.
- Sinto muito, mas eles acabaram. - Hannah dá
para Andie um sorriso tenso. Ela não parece muito triste a proposito.
- Tudo bem, que tal um pouco de café descafeinado?
- Não. Acabou isso também.
Olhando por ombro no mostrador onde está a máquina de café, posso
ver muito claramente que há dois potes ali e um deles tem uma parte superior
na cor laranja. Hannah, mentirosa filha da p..
Fico sem pensar sobre o meu próximo passo. Mais uma vez, o meu
cérebro incrível assume e salva o dia.
- Olá, Joe! – Aceno com a mão como uma louca em sua direção.
Junto com o cozinheiro, todos os que estão sentados no balcão se viram
e olham para mim. Joe o cozinheiro está claramente confuso. Provavelmente
não está acostumado que estranhos o chamem do meio da lanchonete, mas
tempos desesperados exigem medidas desesperadas. As mulheres grávidas
não devem ser privadas do seu chá de ervas. Quer dizer, e se o útero de Andie
começa a relaxar demais? Não podemos deixar que isso aconteça em torno do
bacon e waffles. Essas pessoas seriam marcadas por toda a vida. Eu sei que eu
seria.
- Você tem um chá de ervas na parte de trás? – Eu grito.
Ele dá de ombros e diz:
- Sim. Eu acho que sim.
Me sento e enrugo meu nariz todo bonito para Hannah.
- Suponho que tem algo na parte de trás de você esqueceu.
Hannah se vira e nos deixa sem outra palavra. Nem um único fio de seu
cabelo quebradiço se move. Eu quase sinto pena dela. Quase.
Andie apoia o queixo em sua mão com um suspiro.
- O que exatamente você está tentando fazer aqui?
Pego um guardanapo de papel e uso para tirar a mancha de água na
minha faca.
- Estou apenas provando os waffles.
Cruza os braços sobre a mesa em sua frente.
- Você sabe que eu tenho que viver aqui, certo?
- Claro que sim. – Alinho meus talheres e coloco meu guardanapo
amassado no meu colo, alisando da melhor forma que posso. Não posso
encontrar seus olhos agora. Ela será capaz de detectar o fato de que seu útero
me deixa nervosa.
- Assim você poderia não fazer inimigos com a
metade das pessoas na cidade, seria impressionante.
Olho para cima e a observo porque me surpreender que se sinta assim
sobre mim. Agora esqueci tudo sobre o seu útero bobo. Depois de tudo que fiz
por ela até agora, isto é o que ela tem a dizer? Estou começando a me preocupar
com a influência de Mack. Talvez não seja tão boa quanto eu pensava.
- Inimigos? – digo - Do que você está falando? - Talvez a gravidez a faça
falar bobagens. Eu sei que muitas cervejas o fazem.
Move
seu olhar para Hannah, que está ocupada batendo xicaras do outro lado do
balcão. Então me olha e levanta uma sobrancelha.
- Quem? Ela? A garota Banana? Pffft. É apenas uma tonta gatinha velha
fazendo xixi nas paredes. Só precisa saber que esperam que use a caixa de
areia, isso é tudo.
Andie franze o cenho.
- Não entendo.
Suspiro. É uma dor sempre ter que explicar as coisas. Você nunca
entende minhas metáforas. Funcionamos em um nível totalmente diferente as
vezes.
- Já sabe, quando as vezes tem um gato, e no lugar de usar a caixa de
areia, faz xixi na parede ou no pé da cama ou no cesto de roupa?
- Uh ... não.
- Tudo bem, assim. É o gato tentando dizer que não está feliz. Não está
fazendo as coisas da maneira que ele quer. E urina de gato fede. - Espero um
momento para que minha sabedoria seja assimilada.
- Sim, acho que sim.
- Então você só tem que acertar esse gatinho. – Imito bater um gato nas
nádegas. - Pop! Mostre para ele quem é que manda.
- Golpear o gatinho?
- Sim. Bater no gatinho. - Assinto. Ela finalmente entende. Ufa . Eu
pensei que estava indo para ser uma daquelas ocasiões em que eu
tenho que explicar passo a passo. Esses momentos me dão dores de cabeça.
- Maltratar gatinhos? – Pergunta
- Claro que não. Você acha que sou o que, uma abusadora de animais?
– Por um instante imagino Ian com uma arma na mão. – Ah, e ... falando sobre
abusadores de animais, você sabia que seu cunhado mata animais? - Aceno,
mas não espero a resposta. – Sim. É verdade. Pensei que era bonito antes,
mas uma vez que eu descobri isso, decidi que não é lindo em absoluto. É
feio. Talvez não por fora, mas por dentro, sim. Estou contente que está com a
Banana. Merecem um ao outro.
Andie suspira como se tivesse acabado de deixar sair todo o seu
estresse em uma respiração e sorri.
- Você não tem ideia do quanto eu senti sua falta.
Sorrio em resposta.
- Claro que me dei conta disso. Você está presa nesta cidade de um só
cavalo rodeado por moradores. Como você viveria sem meu charme e
intelectuais piadas metropolitanas?
Ela começa a rir tão alto que se afoga. Tenho que me levantar da minha
cadeira e dar-lhe um tapinha nas costas. Isso me faz pensar o quão longe daqui
é o hospital, apenas no caso.
- Aqui está. Talvez isto ajude - Hannah diz atrás de mim. Segurando uma
xicara em um prato. Não parece muito preocupada.
- O que é? - Pergunto, pegando dela.
- Chá, boba - diz, fazendo cara de tonta. - De ervas. Como pediu. – Se
vai sem esperar minha resposta, é provavelmente bom. Andie me pediu para
não fazer um inimigo.
- Aqui está. – Coloco o chá na frente da minha amiga - Tome uma bebida
antes que seus pulmões saiam de você.
Ela toma um gole e depois fala com a voz rouca.
- Isso é possível?
Volto a sentar.
- Claro que é. O que vai para baixo tem que ir para cima, certo? Isso é
apenas física simples.
- Baixo? Os pulmões vão para baixo?
- De que outra forma você acha que eles chegam onde estão? -
Nego. Realmente não tenho qualquer conhecimento médico em tudo. Eu acho
que não importa, porque ela não está trabalhando em um hospital, mas poderia
pensar que pelo menos iria querer saber sobre essas coisas. Eu sei que eu faço.
Quero dizer, apenas no caso de ela realmente querer saber.
- Sim. Quando você é um zigoto, está tudo do lado de fora. Então, a
medida que se converte em um embrião, tudo vai para dentro. Os meninos
recebem testículos, as meninas ovários, mas é basicamente a mesma
equipe. Pulmões, dentro, pulmões fora. Física.
Franze o cenho sobre sua xicara enquanto bebe um gole de chá. Então
nega e engole.
- Você realmente me assusta às vezes.
- Eu sei, certo? Como posso manter todo esse conhecimento em um
cérebro? Simplesmente é um desses milagres da medicina. Me assusto comigo
mesma as vezes. Vou doar meu cérebro para a ciência. Talvez possam
desvendar alguns dos segredos do universo a partir de lá.
- Seria mais como desbloquear a caixa de Pandora. – Murmura Andie
- Você usa este aplicativo de música? Eu faço. É muito bom.
Ela nega, mas se detém de responder
quando Hannah aparece de novo, com a comida na mão e uma xícara de café
preto mim.
O prato com um único waffle e uma gota de chantilly encima me distrai
do meu próximo pensamento. Hannah vai sem dizer uma palavra, o que é bom
para mim.
- Então, o que você estava fazendo na loja de arma? - Andie pergunta.
Me mantenho ocupada afogando minha comida na calda. O cheiro de
nozes e maple me deixam tonta de prazer. Eu sou uma fã de comida para o
café da manhã que não deveria comer.
Respondo sem olhar para ela. Eu
tenho a agir casualmente, como se somente estivesse passando pelo lado de
fora, fazendo compras de horríveis camisas ou qualquer outra coisa
horrível também.
- Apenas comprando umas botas. Viu só? - Estendo minha perna para
que possa voltar a admirar meus sapatos.
- Não estava comprando uma arma, né?
Corto um pedaço de waffle.
- Disparei uma lá. Eles têm um campo de tiro interno. Alguma vez você
já viu? – Coloco o grande pedaço na minha boca, com a esperança de tê-la
distraído adequadamente do fato de que na verdade não respondi a sua
pergunta. Não quero mentir, mas tampouco quero que tente me convencer de
devolver minha nove milímetros. E eu já a chamo de Millie e eu gosto de seu
peso em minha bolsa. Provavelmente poderia derrubar alguém simplesmente
golpeando com ela, em vez de realmente puxar o gatilho.
- Não. Mas por que você evitou minha pergunta.
- Bem ... - limpo minha boca e corto o próximo pedaço - estava lá,
procurando botas, e Ian estava lá, falando sobre um arco e agindo
como se fosse o Robin Hood e essas coisas ... e o cara me perguntou se eu
queria disparar uma arma em seu campo de tiro. Assim que eu fiz. -
Encolho os ombros e como um pouco mais waffle.
― E atirou no Ian?
Eu aceno meu garfo, falando com a boca cheia.
- Não, ele quase se atirou.
- Será que ele tem uma arma?
Tomo um gole, assim me sufoco. Meu waffle é um pouco seco e talvez
um pouco demasiado salgado.
- Não, eu tinha uma. Mas ele estava atrás de mim me dizendo um monte
de merda e tinha revelado a verdade que é um assassino, assim que uma coisa
levou a outra e depois foi atingido.
- Eu estou completamente perdida. Como ele disparou em si mesmo?
-Carma.
-Carma?
- Sim. Carma. Todos esses animais em que atitou? O Carma ama essa
merda. Minha arma caiu, uma bala voou e bateu no tornozelo dele. Então,
realmente era o Carma que atirou nele. Carma é uma cadela. Ele deveria saber
melhor antes de se meter com ele.
Ela se inclina para a frente e fala em um sussurro.
- Realmente você atirou? Eu pensei que era uma piada!
Coloquei o meu garfo no prato e a olho. A gravidez leva as pessoas a ter
problemas de audição? Vou ter que procurar no Google.
- Não. Ele foi atingido de raspão por uma bala que o Carma dirigiu em
direção a ele. Eu nem mesmo estava com a arma na minha mão, assim como
poderia eu ter atirado? - Nego, decepcionada com minha amiga. Suponha-se
que é uma advogada. Isso deveria ser fácil para ela.
Pego o garfo e empurro outra mordida.
- Está bem. Ele disse que ia
para casa colocar gelo. É apenas uma contusão. Não há nem sequer
uma gota de sangue. Ele estava agindo como um grande bebê se me
perguntar.
Ela toma um gole de seu chá.
- A vida nunca é chata com você por perto, Candice, isso é certo.
Sorrio sem jeito, minha boca cheia de waffle.
-Você sabe disso. - Ela ri.
- Para onde vamos agora? - Pergunto, tomando um gole de meu
café. Está frio. Hannah olhou para baixo e a pego sorrindo. Essa
cadela. Provavelmente, colocou gelo. Eu olho o copo para ver se há é algo
flutuando lá. Mas é melhor que não haja um espeto no fundo.
Perco a expressão facial de Andie, mas não o tom de sua voz.
― Talvez ao hospital?
- O que? - Olhou para ela e vejo sua pele pálida. Suas sobrancelhas
estão na linha do cabelo.
- Ao hospital? - Pergunto, temendo a resposta.
- Síííím ...
Ela não parece muito segura. Agora estou suspeitando.
- Por quê?
- Porque acabo de fazer muito xixi em minhas calças ou há amniótico no
chão ao lado de seus pés.
E assim, eu perco meu apetite para waffles e bacon.

Capítulo 7
Deixo o garfo cair e coloco minhas mãos na mesa, olhando fixamente
para Andie nos olhos.
- Não entre em pânico.
- Não estou em pânico. – Me oferece um sorriso preocupado.
Isso não é hora para piadas, então eu não devolvo o sorriso.
- Falo sério. Se seu útero cair não sei se estou preparada para lidar com
isso. Nunca pesquisei isso no Google antes.
Ela balança a cabeça.
- Meu útero não vai a lugar nenhum. Mas eu preciso que você me ajude
a ir para a caminhonete.
Procuro por Hannah com os olhos e levantei o braço sacudindo
rapidamente os dedos.
- Hey, Hannah! - Olho para baixo da mesa para ver com o que estamos
lidando. Há uma pequena piscina que parece xixi. - Traga um pano, sim?
Hannah me olha como se eu tivesse de repente brotado duas cabeças,
então eu a ignorei e voltei a minha atenção de volta para Andie.
- Você pode levantar?
- Não sei. Eu acho. Mas eu preciso de você para me ajudar.
Saiu da minha cadeira, tentando lembrar o que aquele cara na loja de
armas disse das minhas botas sobre serem impermeável. Quando ele disse
"impermeável", ele também se referiu a agua de útero? Eu acho que eu estou a
ponto de descobrir.
Me curvo para que Andie possa usar meu ombro de apoio, puxando um
punhado de meu cabelo sem querer.
- Minha Nossa Senhora... cuidado com o cabelo, Teletubby!
- Não me chame assim -
chia, significa sem respiração. Finalmente ficando de pé, geme e agarra a parte
de baixo da sua barriga.
Olho para baixo justamente para ver mais agua correndo pelas suas
pernas.
- Oh ... meu Deus ... Isso é nojento.
- Candice, cale a boca. Vamos para a caminhonete.
- De acordo, vamos. Vamos. Vou até a porta e vou correr para busca-
la.
- O que está acontecendo aqui? - Hannah diz, parecendo irritada.
- O bebê vai nascer – digo para ela - Limpe o corredor três.
Ela olha para o chão e, em seguida, Andie.
- Oh Senhor, isso é ... Devo chamar uma ambulância?
Considero mas então eu balanço a cabeça.
- Não. Eu vou ser mais rápida. Não estamos longe.
- Como sabe? - Andie fala, ofegante, enquanto segura a barriga.
- Procurei no Google Maps - digo quase na porta. Então eu percebo que
eu não tenho as chaves. Viro-me e levanto a mão - jogue-me as chaves do
carro.
Andie remexe em sua
bolsa e me joga um pedaço de metal tão grande que deve amarrotar minha
mão quando eu a pego.
- Que diabos é isso? – Olho para as pelo menos vinte chaves
penduradas em uma aglomeração de quatro chaveiros
- É o azul - diz com raiva por algum motivo. - O azul!
- Tudo bem, tudo bem. Relaxe – digo para as duas. Estou prestes a
explodir diante de toda esta situação. Por que ela tem que entrar em trabalho de
parto antes que eu termine meu waffle? Enquanto eu abro a porta grito – Ligue
para o seu marido! Diga-lhe que vamos nos encontrar lá!
Corro como o vento em direção a caminhonete. Quase fui atropelada
duas vezes, mas salto a tempo e continuo como se nada tivesse acontecido,
porque assim sou eu quando entro em crise. Chego ao estacionamento há dois
quarteirões da cafeteria sem fôlego.
Droga! Isso não pode estar acontecendo! A besta de metal está presa
entre dois outros veículos, ambos tão arruinados como se tivessem sido usados
em corridas de monstros. Está tão apertado que não posso abrir nenhuma das
malditas portas para entrar.
Ninguém está por perto para mover os caminhões estúpidos, então eu
faço a única coisa possível. Subo na parte de trás da caminhonete e empurro a
janela atrás dos assentos. Graças a Deus não está bloqueada. Estou contente
por ter parado de comer pão duas semanas antes de vir a Baker City, caso
contrário não teria passado pelo pequeno buraco. Estou na metade quando me
dou conta que minha super- linda fivela de vaqueiro está presa na janela. Tento
me empurrar com as pernas e me agarro ao banco da
frente, puxando com toda força que eu tenho. É possível que
pareça que estou nadando através da caminhonete.
- O que a colina de Sam está fazendo agora? - Diz uma voz em algum
lugar do lado de fora.
Olho para cima para ver Ian olhando pelo para-brisa. Está parado na
frente de uma loja que vende tudo por noventa e nove centavos.
- Cala a boca e me ajude! – Minha voz sai um pouco desequilibrada.
Sinto meu muito pouco equilíbrio agora, então eu acho que é apropriado.
- O que você acha de um "por favor"? -Ele diz sorrindo.
- O que você acha que sua cunhada está prestes a dar à luz e seu útero
pode cair? Que tal isso?
Seu rosto empalideceu.
- É sério?
- Me ajude a sair da maldita caminhonete, imbecil. Eu tenho que levá-la
ao hospital!
Ele desaparece por alguns segundos e então eu sinto suas mãos na
minha cintura. Em vez de empurrar para dentro, no entanto, ele está me puxando
para fora. Eu tiro e me agito para fora. Se eu pudesse esbofeteá-lo, mas meus
braços estão dentro da cabine.
- Deixe-me! Eu preciso entrar, não sair!
- Bem! - Coloca as duas mãos nas minhas costas e empurra com força.
Minha fivela cede e minha pélvis e coxas raspa contra a moldura da
janela, mas pelo menos eu estou dentro. Me
dobrar em duas para que o resto de mim acabe de entrar, terminando de cair no
pequeno espaço do piso dos assentos traseiros. Minhas costas rangem em
protesto. Eu vou estar muito dolorida amanhã. Vai me pagar.
A cabeça de Ian aparece através da janela e olha para mim.
- Você sabia que existe uma coisa chamada portas em
caminhonetes? Elas são muito mais fáceis de usar do que janelas.
Rastejo sobre o assento e sento atrás do volante. As chaves caem
no chão, enquanto Ian ri de sua própria piada, o grande tolo. Não me incomodo
em responder, minha mente está focada em apenas uma coisa: Levar Andie para
o Hospital.
O motor é iniciado com um rugido e aciono a marcha ré da
caminhonete. O acelerador é mais poderoso do que eu esperava. Um toque e
você está fora do espaço. Ouço um grande golpe e um grito. As pernas de Ian
voam pelo espelho retrovisor.
- Ei, o que diabos? - Ele grita. Um segundo depois, sua cabeça é pouco
visível no espelho enquanto consegue sentar.
Ignorando suas queixas, saio e depois coloco esse bebê em
primeira. Aposto que você não pode imaginar o quão rápida pode ser uma
caminhonete gigante assim, sei que eu não sabia. Em um segundo estou na
diagonal para sair e no seguinte estou voando pela rua indo para a
cafeteria. Merda.
-O que você está fazendo? - Vocifera Ian. Olhando no espelho, percebo
que segue na parte de trás do caminhão. Ele está segurando algo no teto da
cabine e está parado com as pernas abertas como se estivesse surfando em
algo. Oh, bem, isso não é problema meu.
Espero que o tráfego fique vazio e, em seguida giro em um enorme U a
direita no meio da estrada. As rodas traseiras deslizam, mas acaba na posição
perfeita para estacionar fora da cafeteria. Vejo rostos alinhados através do vidro
enquanto paro.
-Todos a bordo! - Anuncio abaixando a janela do lado do passageiro.
Ian salta para o chão e coloca seu rosto na janela aberta.
- Você está completamente louca? Quase me matou... outra vez!
O ignoro me concentrando na porta da frente da lanchonete.
- Pare de gritar e traga Andie. Não há tempo para o seu drama agora.
A porta se abre e as campainhas tinem chamando a atenção de Ian. Se
vira e congela.
― Andie? Você está bem? ― Pergunta.
- Eu preciso chegar ao hospital. - Um homem mais velho está a
segurando pelo cotovelo, levando-a com cuidado. - Hannah ligou para Mack para
mim. Ele vai estar lá o mais rápido possível. Mas eu tenho que ir agora. Não
posso esperar.
Estremeço quando mais liquido corre por sua perna. Suas botas devem
estar metade cheias com essa coisa. Falando de nojento. Ian salta para a ação.
- Calma, calma ... tudo vai ficar bem. – Praticamente a carrega até o
carro e, em seguida, a levanta.
- Não! Espere! Eu não quero sujar o assento!
- Oh por Deus do céu... - Ian fala e nós olhamos.
- Bem! – Tiro minha jaqueta de couro e a coloco sobre o assento – Me
deve uma jaqueta.
Olho pelo para-brisas, tentando fazer as batidas do meu coração cair
para menos de mil batimentos por minuto.
Isto é uma loucura. Acabo de sacrificar minha jaqueta de quinhentos
dólares, e minha melhor amiga está a ponto de trazer um bebê ao mundo. Estou
segura de que não assinei para nada disso. Ou talvez eu fiz, mas não tinha
nenhuma intenção real.
- Obrigada – diz meio ofegante.
Ian a levanta e a coloca suavemente no assento enquanto me olha nos
olhos de novo.
- Nos encontramos lá? - Diz ele.
Andie concorda. Assim que a porta se fecha, eu acelero.
- Onde você está indo? – Consigo escutar.
Estúpido Ian. Está parado no meio da ria sacudindo os braços atrás
de nós.
Posso vê-lo agindo como um tolo.
- Você conhece o caminho correto? - Pergunta Andie. Está inclinada
pesadamente em seu cotovelo sobre o apoio de braço interno
na tentativa de ficar confortável. Acredito que não está funcionando.
- Claro que conheço o caminho. Todo o mapa está gravado aqui - digo
apontando a minha cabeça.
Capítulo 8
Por alguma razão, somos as últimas a chegar na sala de emergências.
Ian, Mack e a mãe de Mack estão lá fora parados na lenta nevada que
começou há cerca de dez minutos de que me pus no caminho. Deve ter sido o
tráfego que o fez tão longo. Afinal eu não sei os atalhos ao
redor da cidade. Graças a Deus, o bebê não decidiu sair enquanto estávamos
na estrada. Meu casaco já viu castigo o suficiente.
- Oh, graças a Deus - diz Andie. Em seguida, geme e se curva sobre seu
estomago segurando a barriga com os dois braços.
O primeiro a abrir a porta é Mack. Em geral, é um cara muito tranquilo,
mas posso ver que hoje está estressado ao máximo. Seu rosto está todo
enrugado e angular. Abre a porta e levanta sua esposa como a um bebê. Isso
faz com que o meu coração se enterneça em apenas vê-los. Ele
é superforte. Ela tem quase o tamanho de um pequeno elefante vestindo seu
casado.
- Eu posso andar - diz Andie, agitando os braços para os lados como
remos de uma canoa. Está lutando para que a abaixe.
- Inferno que você pode - responde.
Uma enfermeira aparece com uma cadeira de rodas, e ele a abaixa,
como se ele fosse feita de cristal.
- Não pode estacionar aqui - diz Ian com seu rosto na janela. - Você
quer que eu a tire?
Mordo o lábio. Parte de mim odeia deixá-
lo fazer algo bom para mim, mas o desejo de ver minha amiga em seu
quarto ganha.
- Sim, faça isso. – Me asseguro que a caminhonete está em ponto morto
antes de sair.
Depois de abrir a porta, Ian oferece a mão para me ajudar a descer.
Ambos a olhamos ao mesmo tempo. Parece não
a ter notado que estava me oferecendo e isso meio que me surpreendeu. Mas
antes que possa brincar com suas maneiras, no entanto, ele abaixa a mão e
coloca -a no bolso de trás.
- Não queria que o cartaz de mulher liberal seja retirado- diz.
Pego minha bolsa e me certifico de pousar sobre seu pé quando salto
do elevado assento para o chão.
Seus olhos se arregalaram e rosna.
― Oh, sinto muito. Aterrissei justamente sobre suas botas cobertas de
coco. Doeu?
- Quanto você pesa de qualquer maneira? - Tenta dar um passo para
trás o suficiente para escapar a minha vingança, mas a porta o impede.
Eu não tenho ideia o que me faz fazer isso, mas torço seu mamilo direito
através da jaqueta.
- Não me chame de gorda, garotinho incivilizado.
Ele fica com a boca aberta e ladra com uma risada, antes de esfregar o
peito com a palma da sua mão.
- Wow ... filha da ... Acaba de apertar meu mamilo - Claramente não
assimilou bem o que eu fiz.
Bem. Eu acho que eu gostaria de mantê-lo alerta.
- De onde eu venho chamamos torcida de mamilos. Lembre-se disso na
próxima vez que você sentir vontade de comentar sobre o meu peso.
Passo pela frente da caminhonete com minha cabeça erguida, me
dirigindo para o hospital. Estou já na entrada da sala de emergência quando sua
voz vem da janela do passageiro.
- Vingança é uma cadela real, você sabe disso?
Eu nem sequer olho para trás.
- Mostre-me, Campirano.
―Oh, você sabe que o farei, Citadina.
Todo o meu corpo se aquece somente de imaginar o que isso
possivelmente significa.

Capítulo 9
Tenho que esperar em uma pequena sala com Maeve por cerca de trinta
minutos antes das enfermeiras nos permitir ver Andie. Ela está conectada a um
gotejamento intravenoso e uma máquina que está fazendo muito barulho, uma
rítmica whup, whup, whup.
Me aproximo de seu lado livro e Maeve vai ficar parada junto a Mack que
está do outro lado de sua cama. Ele segura sua mão e Maeve
repousa suavemente seus dedos sobre a perna de Andie.
- Como se sente? - Pergunto.
- Melhor, agora que eu estou aqui. - O cabelo Andie se estende sobre o
travesseiro em um emaranhado e já parece cansada.
Busco em minha bolsa até encontrar uma escova. Me movo até a
cabeceira de sua cama, deixo cair minha bolsa no chão e me empenho a acabar
com a desordem. Vão tirar muitas fotos e não quero que me odeie por não cuidar
desse problema de antemão.
- Quantos centímetros estão de dilatação? - Pergunta Maeve.
- Três? Quatro? Nós ainda não temos certeza. - Andie suspira e olha
para a porta.
- Essa era tua agua ou xixi? - Pergunto, tentando distraí-la de tudo o que
a está preocupando – Na cafeteria, quero dizer.
Mack sorri quando Andie revira os olhos e responde.
- Foi a minha água, Candice. Caramba.
- Ei, como é que vou saber? - Dou de ombros, enquanto eu escovo o
cabelo amarrado. Está evidente que eu vou ter que fazer um corte enquanto
estiver aqui. Quem fez seu corte precisa de um sério treinamento -. Eu nunca
tinha visto alguém explodir pelo útero.
- Explodir? - Andie fecha os olhos. - Deus, isso é nojento.
- Nem diga. Nunca vou comer waffles de novo - termino com seu cabelo
e coloco a minha escova de volta na minha bolsa. - Posso arranjar-lhe alguma
coisa? Café? Chá? Uma massagem por um homem vestindo tanga, talvez?
- Um pouco de chá seria bom. - Andie sorri para mim.
- Nada de chá - diz uma enfermeira de aspecto malvado que entra no
quarto, sem sequer bater na porta. – Nada de líquidos, nem comida.
- Por quê? – Pergunto, ofendida por minha amiga. Está na ponta da
minha língua chamar essa mulher de enfermeira Ratched9.
- Apenas no caso de precisar de uma cesariana. Ela poderá ter um par
de cubos de gelo quando nos aproximarmos do nascimento, mas por agora, a
intravenosa vai cuidar de seus líquidos.
Franzir a testa. Cubos de gelo? Isto parece ser um tipo especial de
tortura. Estamos na fronteira do Círculo Ártico, depois de tudo.
- Vá e consiga para você um café - Andie diz.
Quando vejo a enfermeira estalando as luvas e a lubrificando enquanto
se move em direção à virilha de Andie, assinto, rapidamente esquecendo toda a
questão de bebidas. Vamos deixar que a intravenosa cuide de seus líquidos ou
qualquer outra coisa.
- Sim. Boa ideia. Vou tomar um café.

9
enfermeira Ratched : (também conhecido como Big Nurse) é uma p
ersonagem de ficção e antagonista principal do romance de Ken
Kesey 1962 "Trapped sem saída" e no filme de 1975. Como uma tirana,
cruel e fria, enfermeira Ratched tornou-se o estereótipo da enfermeira
como uma megera.
Ao sair, vejo Mack e Maeve cuidadosamente evitando olhar para a área
genital de Andie.
- Alguém mais?
Ambos movem a cabeça, toda a sua atenção focada em Andie. Estou
tão ocupada os vendo, que não me dou conta de que Ian está de pé na porta até
colido com ele fora do quarto.
- O que você está fazendo? – Pergunto irritada, tratando de me endireitar
sem parecer uma completa idiota. Jogando meu cabelo sobre meu ombro,
fingindo estar procurando algo em minha bolsa. Odeio não ser capaz de olhar
para ele agora, mas não tem sentido negar.
- Você é a pessoa que me atacou.
Levanto uma sobrancelha e ajusto a alça da minha bolsa sobre meu
ombro, abandonando minha busca e minha relutância em olhar seus olhos.
- Eu te ataquei? Vamos lá, você não acha que você é um pouco
exagerado?
- Deixe-me ver ... – Olha para o teto enquanto pensa, com os
dedos medindo seu avanço – Em primeiro lugar, atirou em mim. Com uma bala.
Logo depois me jogou na traseira da caminhonete enquanto estava dirigindo
como uma louca pela cidade. Depois me deu um apertão de mamilos...
- Torcida de tetas - corrijo.
- O que seja... e logo pisa no dedo do meu pé – me olha e para a
contagem irritante – E agora, aqui está esbarrando em mim com seu corpo no
hospital.
Balanço a cabeça em decepção fingida.
― É tão triste.
- O que é tão triste?
Está parado demasiadamente perto para minha comodidade, mas não
vou ser eu quem recua e cede terreno. Vou deixá-lo fazer isso.
- É tão triste que seja tão adorável. Eu pensei que os caras no campo
eram muito mais duros.
- Adorável? Eu não sou adorável.
Coloco meu lábio inferior em direção ao exterior.
- Awww, pobre bebê ... como está o seu mamilo? Precisa de um pouco
de gelo? Talvez um curativo? O bom é que já está em um hospital. Talvez
deveria ir na sala de emergências.
- Minha mãe vai me matar - diz do nada.
Franzo a testa, confusa.
- Por quê?
- Por isto.
Ele estica e torce meu mamilo. Em seguida, sorri. Grande. Muito grande.
Posso ver seus dentes do siso de tão malditamente feliz.
Não posso me mover. Eu estou congelada em estado de choque.
- Você ... você só ...
― Isso está correto, Citadina, Acabo de me vingar. Olho por olho – ele
ri – Literalmente.
Meus olhos se estreitaram enquanto eu considero minhas opções.
- Você vai cair agora.
Ele vê o olhar nos meus olhos e para imediatamente de rir.
- Hey tranquila ... este é um hospital, jovenzinha. Você tem que se
comportar bem aqui. - Ele está dividido entre o riso e medo.
Dou um passo até ele e ele retrocede dois passos. Suas mãos se
levantam em um gesto defensivo.
- Digo isto a sério. – Assinala – Atue como uma dama.
Essa foi a coisa errada a dizer.
- Quando você me tratar como uma, eu vou agir como uma. – Salto para
a ação, minhas botas dando um impulso especial para os meus passos.
Tenta correr de volta, mas desiste e se vira, tropeçando para
fugir. Empurra a parede para não cair.
Voa comigo o perseguindo pelos corredores, parando apenas quando
alguém está próximo. O persigo todo o caminho para a cafeteria, onde finalmente
desaceleramos para uma caminhada. Fico ao lado dele e belisco sua bunda com
força. Empurra a porta para abri-la e nos dois a atravessamos ao mesmo tempo.
- Ouch! – Estica sua pelve para a frente, tentando tirar sua bunda
fora do meu alcance. - Tranquila, Citadine -
diz em voz baixa apenas para mim. - Temos testemunhas. - Ele se endireita e
tentar parecer relaxado.
- Melhor cuidar da sua volta – digo, no mesmo fôlego. Me separo dele e
vou para a área de café. Estou totalmente sem folego, mas trata de esconder ao
respirar pelo nariz. Minhas fossas nasais queimam tentando manter oxigênio o
suficiente dentro do meu sistema. Não posso dizer se o meu coração está
acelerado pela corrida ou por causa da química que se incendiou entre nós outra
vez. Realmente tocou o meu mamilo! Como se atreve! Ele ainda está formigando
e não porque doeu. Definitivamente não machucou.
Sinto algo quente nas minhas costas e minha perna. Ian está parado
demasiadamente perto. Sua respiração acaricia meu pescoço.
- Melhor cuidar da sua volta. – diz.
Rio, muito convencida.
- Bem, isso foi original. – Pegando uma xícara de café, eu estendo a mão
e com a outra pressiono o botão que vai encher com cafeína. Eu não tenho
certeza do que eu preciso agora, mas pelo menos serve como uma distração.
- Não é original o suficiente para você? Ok, que tal isso... melhor cuidar
do seu pescoço.
Franzo a testa enquanto coloco um pouco de açúcar na minha xicara e
mexo.
- O que ... você é um vampiro agora?
Sinto sua intenção antes de o sentir.
- Talvez - Sua boca está de repente em minha pele, no ponto entre meu
ombro e meu pescoço. Seus lábios estão apertados e sugando.
Eu me viro, completamente apanhada de surpresa. Acabamos cara a
cara quando sua boca é forçada a se separar de mim.
- O que você está fazendo? -Tentar agir de forma fria está tomando cada
pedaço de talento que tenho nessa área. Minha mão que segura o copo de
café está tremendo.
Ele sorri, todo relaxado e calmo. Não gosto que esteja muito
mais relaxado do que eu.
- Somente tendo uma pequena vingança.
Meu pescoço segue formigando. É como se seus lábios ainda
estivessem lá.
- Será melhor que não tenha deixado um chupão.
Olha minha pele e sorri.
― Ou se não, o que?
Debato em minha mente o que deveria dizer em seguida. Isso vai dar -
lhe um pior? Não. Ele é um assassino de Bambis. Eu não quero trocar chupões
com ele. Embora foi muito bom e eu adoro a forma como ele cheira.
- Ou se não, vai ter que esperar e ver – volto para a preparação do meu
café – Mantenha seus lábios assassinos fora de mim enquanto como.
- Lábios assassinos? Uau, realmente deve ter gostado desse chupão
que acabo de te dar para que você diga que quase te mata.
Eu rolo meus olhos.
- Gostaria – sinto que estou de volta na escola secundaria. O
que acontece com esse homem que me faz sentir e agir como se tivesse
dezesseis anos outra vez? Eu não corro em um lugar dessa maneira desde que
eu estava atrasada para a aula final de química do Sr. Wilkie.
Sigo para uma mesa e ele se senta na minha frente.
Tomo um gole da minha bebida quente e tento ignorá-lo, olhando para
todos os lugares, exceto em sua direção, mas ele continua me
olhando atentamente. Ele está inclinando na cadeira como se ele tivesse uma só
preocupação no mundo. Minhas orações para que a coisa deslize por baixo dele
fica sem resposta.
Suspiro pesadamente e desisto de evita-lo.
-Por que está aqui? Olhe ao seu redor.
-No Hospital? Mesmo que você, eu acho. Esperando um bebê nascer.
- Não, quero dizer, por que você está aqui comigo no refeitório?
Sorri novamente, seu olhar cai para o meu peito por um segundo antes
de voltar para o meu rosto.
- Não estou aqui com você. Estou no mesmo lugar que você está. É uma
coincidência.
- Que seja – me concentro na minha bebida e em todos os demais dentro
do lugar, exceto ele. As paredes daqui são da cor verde mais feia que já vi.
Psicologicamente,
isso tem de fazer mal para as pessoas. Pode fazer que uma pessoa fique louca
apenas com a pintura das paredes de uma determinada cor. Os hospitais devem
ser mais conscientes dessas coisas. Eles devem contratar-me como
uma consultora de cor.
Sem aviso prévio, ele desliza da sua cadeira para ficar ao meu lado,
interrompendo eficazmente os meus pensamentos e minha ansiedade sobre a
falta de design interior neste lugar. Seu braço vai até o respaldo do meu assento
e ele se inclina.
― Bom, isso foi uma grande mudança de atitude – o olho como se
estivesse louco, e está.
Já não há mais sorrisos e parece preocupado. Talvez essa tinta verde
tenha seu efeito sobre ele, mas ele veio de repente.
Ele se inclina mais perto e eu luto um pouco para conseguir alguma
distância entre nós. O calor de seu corpo penetrando em mim.
- O que você está…?
- Shhhhh! - sussurra, segurando meus ombros ainda mais. – Somente
me siga na corrente.
- Seguir o que ...? - Antes que eu possa conseguir dizer a última parte
da oração, preciosa seus lábios contra os meus.
No começo fiquei tão surpresa que congelei. Então eu sinto o quão
suave é a pele dos seus lábios e o quão bem ele cheira e eu relaxo. Eu não
tenho ideia do que estamos fazendo, mas não vai ser quem vai parar com isso.
Quando ele sente que me rendi, me pressiona mais, movendo os
lábios para fazer o beijo mais íntimo. Nós
dois estamos desfrutando agora, mas não acredito nisso. Eu amo o jeito que sua
boca se move sobre a minha. Este é o tipo de calor que geralmente se mantêm
para o quarto, mas neste momento eu não poderia me importar menos quem
está assistindo. Raios de desejo estão rasgando através de mim. Me inclino para
mais perto, querendo pressionar meus seios contra ele, qualquer
coisa para aliviar a dor. Quando a ponta da sua língua sai para tocar a minha,
ofego sem folego pela surpresa. Do tipo feliz..
- Olá, Ian. O que você está fazendo aqui?
Odeio quando ele se separa para responder à questão da menina de pé
em frente a nós. Um chuveiro de água fria total, mas eu
acho que eu gosto desta pintura verde depois de tudo.
Ele limpa a garganta e limpa a boca antes de responder.
- Olá. Uh, Andie está em trabalho de parto. Apenas esperando a
chegada do bebê – aperta seu braço ao redor das minhas costas e me puxa para
mais perto. Tenho
certeza de que não poderíamos parecer mais desconfortáveis. Estou tão rígida
como uma mesa para perceber que sua súbita paixão tinha uma motivação
diferente do que a pintura ou o meu decote.
Os olhos da menina se movem para cair sobre mim.
- E ela é?
Ian se inclina e me beija na bochecha alto.
- Ela é Candice. É a minha nova garota.
Meu coração parar de bater por alguns segundos e minha mandíbula se
abre. A única coisa que me revive é Ian me agitando várias vezes com o braço.
- Bebê, ela é Ginny. Ginny, essa é Candice.
Ginny estende a mão sobre a mesa.
- Prazer em conhecê-la. Você é daqui?
Seguro sua mão fresca e seca com a esperança de que não perceba
que a minha
mão está molhada e pegajosa. Abro a boca para responder, mas o único
problema é que a minha voz parece não querer trabalhar realmente.
- Uhhh ...
- É do Leste – interfere Ian – Uma garota da cidade grande. Já sabe
como eu gosto da cidade grande.
- Do Leste, hein? Como se conheceram, então? - Ginny inclina seu
quadril, dando todas as indicações de que planeja chegar ao fundo desta
situação antes de sair.
Não parece zangada, apenas curiosa, o que é estranho, porque eu tenho
certeza que esta é a menina com o que Ian estava
para casar. Quantas Ginny pode ter em uma cidade pequena?
Merda. Eu acho que é por isso que sou a nova namorada. O pobre não
poderia suportar o fato de que ela poderia encontra-lo solteiro depois de todo
esse tempo. Eu não sei o
que ele estava pensando ao deixar minha cabeça toda nublada, no que me
concerne. Claro que não quer saltar em cima de mim na lanchonete do
hospital. Essa pintura verde é verdadeiramente horrível.
As engrenagens na minha cabeça começam a manobrar para arrumar a
situação. Agora que eu sei que não vou ficar toda quente e pesada com Ian,
tenho duas opções aqui. Poderia gritar e humilhá-lo na frente dessa garota ... ah
sim, falando de vingança. Ou, poderia seguir o fluxo e, em seguida, tê-lo me
devendo um grande favor depois.
Não posso, um sorriso do gato Cheshire toma conta de mim quando
penso em Ian me devendo uma dívida de gratidão. Isso é muito incrível para
deixar passar. Opção B então será.
Viro minha cabeça, agarro seu rosto com as duas mãos e planto um
grande beijo molhado em seus lábios, inclinando minha boca para ser capaz
de enveredar a minha língua com a dele. É meu escravo sexual e o mando me
dar um beijo francês!
Após um par de segundos disso e que meu coração está de volta, paro,
afastando me com um forte estalinho dos lábios, e olho para Ginny, enquanto eu
suspiro com imensa felicidade. Eu não estou fingindo essa emoção tampouco.
Poder beijar como esse professor beija e fazê-lo me dever um favor depois?
Claro que sim. Pontuação dupla. A vida é boa. Não, a vida é genial.
- Estava destinado – te digo – Nos conhecemos em um casamento. Sabe
quando duas pessoas se apaixonam quando estão no casamento de outras
pessoas? – Suspiro de novo, como se não pudesse ter o suficiente do meu
homem enquanto me afundo ao seu lado – O que eu posso dizer? Sou a garota
mais sortuda do mundo - Minha mão
esquerda está deslizando para descansar em sua coxa. A
movimento para cima e para baixo e em seguida, no sentido da virilha. - Ian é
o melhor – Dou risada para adicionar um pouco estilo de deslumbramento extra
para meu ato e aperto sua perna.
Agarra a minha mão e a puxa-a de seu colo para evitar que se
aproxime demais do seu
pacote. Estou um pouco aliviada, para ser honesta. Às vezes eu posso me
deixar levar pelo momento. Sou bastante impressionante no modo de
atuação. Posso entrar totalmente no personagem e esquecer quem eu
realmente sou. Além disso, admito estar muito, muito curiosa sobre o que
está embalado.
- Isso é bom, - diz ela em um tom neutro.
Não posso dizer se esta menina está se sentindo mal ou não se
importa. Ela é boa. Realmente boa.
- Então – ela continua - vocês estão indo para a festa de Boog neste fim
de semana?
- Não, não acredito – diz
Ian. Apertando seus dedos no meu ombro. Acho que está me dizendo para
manter sua boca fechada.
- Você deve vir – me diz Ginny
- Todos os amigos de Ian estarão lá. Você já os conheceu?
- Não, eu não conheci – Me sento direito para poder ver meu amor e
mostrar meus seios. Não estou desapontada quando ele olha para eles -
Temos passado quase todo o nosso tempo dentro, se você sabe o que quero
dizer - sorrio maliciosamente. Ian de repente parece doente. Sua pele quase
coincide com a cor das paredes.
- Bem, então, é hora de ir, não é? - Ginny começa a sair - Nos vemos no
sábado. Foi bom conhecê-la, Candice.
- A você também, Ginny - digo, sem quebrar o contato visual com o meu
novo namorado.
- Você está tentando me matar? - Pergunta baixinho.
Me inclino rapidamente e lhe dou um beijo de boca aberta antes de me
afastar.
- Eu disse que ia cair. Isso foi um aviso amigável. É melhor começar a
ouvir ou vai se arrepender.
Ele olha para o teto e desliza para baixo em seu assento.
- Já me arrependo - Seu braço desliza para fora das minhas costas e
cai para o seu lado, e solta minha mão em seu colo.
- Não seja um merda - Aperto o topo de sua coxa, certificando me que
meu dedo mínimo deslize contra algo que se supõe que não deveria estar ali.
Ele pula da cadeira tão rápido que quase a derrubou, fazendo com que
as pessoas olhem para o barulho que ele faz. Ele olha para mim fixamente,
intrigado.
Olho para cima com toda a inocência, enquanto estendo a minha mão,
e bato meus cílios.
- Você me ajuda, não é? Estou precisando da ajuda de um homem.
Ele cerra os dentes com força o suficiente para fazer sua mandíbula
saltar, mas estende a mão e toma a minha enquanto eu me levanto.
- Cuidado, menina, antes de morder mais do que você pode mastigar -
quase está rosnando para este ponto.
O soltando, ajeito minha bolsa sobre meu ombro, como se não tivesse
uma só preocupação no mundo.
- Nunca aconteceu antes, não vai acontecer agora. – Deixo que minhas
palavras flutuem por cima do ombro, sem me preocupar em me virar e dar uma
olhada. Mastiga isso, rapaz de campo.
Deixando-o no refeitório, eu estou pronta para ver a minha melhor amiga
ter seu pequeno bebê. Faço o que posso para ignorar meu coração acelerado,
minha pressão arterial alterada e minhas partes femininas solitárias.

Capítulo 10
A enfermeira Ratched não me deixar no quarto. Ela ordenou que eu
fosse esperar na pequena sala no fim do corredor com os pais de Mack, mas
Macacos me mordam se eu vou ouvi-la e deixar minha amiga. Andie precisa de
mim por perto. E se ela gritar meu nome e eu não estiver ali para ouvir? E se
precisar de água quente e toalhas e a enfermeira Ratched está em uma pausa
para um cigarro?
- O que você está fazendo aqui? - Ian pergunta, vindo atrás de mim.
Tenho o ouvido encostado na porta.
- Shhh! Estou escutando gritos.
- Por que você não entra?
Me endireito e dou a volta para olhar para ele, já que ele está decidido a
arruinar esse momento para mim.
- Essa maldita enfermeira não me deixou entrar, por isso.
- Ah. Bom, por que você não vai para a sala de espera com todos os
outros?
- Porque eu não sou como todos os outros. Eu sou a tia Candice e Andie
pode precisar de mim aqui. – Volto a pressionar a orelha contra a porta - Na
verdade, precisa de mim lá, mas a enfermeira Ratched está exercendo seu
minúsculo grão de poder e me mantendo fora.
Fico rígida quando ouço Andie gemer. Creio que foi um gemido. Foi isso,
um grande rugido.
- O que foi isso? Ian pergunta suavemente.
- Essa é minha amiga precisando de mim. - Meu pulso fica louco. Não
posso ficar parada por mais tempo - Vou entrar - Minha mão desliza na
maçaneta.
Ian agarra meu braço.
- Melhor não.
Sacudo meu braço, e o enfrento novamente.
- Qual é o seu problema, Ian? Preciso estar com ela!
- Não, na verdade, você provavelmente deveria ficar aqui.
Pela primeira vez, realmente parece sério. De certa forma esvazia a
minha borbulha emocional um pouco.
- Dê-me uma boa razão para isso.
- Porque, o parto é um momento especial entre marido e mulher. Ter
toda uma família lá dentro poderia não ser o
que queiram, e você deveria fazer o que eles querem, não o que você quer.
Dói meu coração ouvir suas palavras. Cruzo os braços sobre meu peito
sem um pensamento consciente.
- Eu não sou uma multidão. Sou apenas eu. Uma pessoa. E eu sei que
Andie me queria lá.
Ele ri.
- Você não é apenas uma pessoa, Candice. Você é um tornado em
pessoa. E sim Andie quer você, eu tenho certeza que eles vão vir te
buscar. Talvez às vezes só quer Mack e mais ninguém, e não há nada de errado
com isso. Isso não quer dizer que te ama menos.
Estreito meus olhos
para ele, suprimindo a faísca de felicidade que vem quando realmente ele diz o
meu nome. Eu odeio admitir isso, mas ele pode ter um ponto. Eu nunca fui
casada, mas se alguma vez estiver, quero que seja como ele descreveu. Mas,
em vez de dizer isso, foco na parte mais interessante do seu pequeno sermão. A
parte que me descreve como um tornado.
- Eu não posso decidir se você está me elogiando ou criticando quando
me chamou de uma força da natureza.
Antes que eu possa responder, a porta se abre atrás de mim e alguém
bate em minhas costas.
- Hey! - Exclamo, me virando para poder ver meu abusador - Cuidado.
- Eu disse que fosse esperar na sala de espera - diz a enfermeira mala -
Está no caminho.
Abro a boca para retrucar, mas minha voz é cortada quando Ian envolve
seu braço em volta da minha cintura, me puxando para ele, e planta seus lábios
na minha bochecha, deixando escapar forte som de beijos.
Estremeço para longe dele, não porque eu não gosto, mas porque é tão
inesperado. Quem é essa pessoa e por que parece tão feliz?
- Vou tirar ela do caminho para você - diz, quando ele finalmente para.
- Bem. Vamos busca-los quando ela estiver pronta. Poderiam ser horas,
no entanto, portanto, assim não esperem qualquer coisa em breve.
Estou de pé ali como uma observadora, assistindo a um programa de
televisão ou algo assim. As palavras me faltam. Sou um tornado
sendo beijado por uma pessoa com dupla personalidade.
- Vamos, querida, vamos ler algumas revistas. - Ian me leva pelo
corredor.
- Mas eu não quero ler qualquer revista.
- Tudo bem, então você pode me ver lendo uma revista.
- Eu não quero te ver ler revistas. E eu não quero que você me beije
mais, também.
- Você poderia ter me enganado. - Ele sorri, obviamente muito orgulhoso
de si mesmo.
Meto meu cotovelo em suas costelas, o separando da minha cintura.
- Você é um idiota. - É como se ele soubesse que acelera o
meu coração com cada carícia,
com cada piada estúpida. Odeio que eu tenha feito um desastre. Isto se
supunha era para ser uma divertida aventura no início, e depois era para
ser nada. Não de beijos caçadores. Então, por que seus lábios seguem sendo
pressionados contra mim? E por que não lhe dei um tapa?
- Aqui estamos - Ian pega um livro da mesa quando entramos na sala de
espera – Algo de leitura rápida para você.
Olho para o volume pesado na minha mão.
- A Bíblia do Rei James. Oh, que fantástico –Olho em volta da sala,
percebo que é muito tranquila. Todas as cadeiras estão vazias e a televisão no
canto está desligada. - Onde estão seus pais?
- Quem sabe? Talvez eles foram tomar um café ou algo assim.
Sentada em uma cadeira de plástico que não
é muito confortável, abro o livro muito desgastado em uma página
aleatória. Poderia muito bem me pôr em dia com meus salmos ou o que quer
que seja.
- Você deveria o ler - diz. - Você poderia aprender muito com ele. – se
reclina em um par de cadeiras da minha, pegando uma revista esfarrapada e a
deixando descansar em sua perna.
-Ah, sim? - Leio em voz alta a página na minha frente. -
Ninguém com os testículos
esmagados ou cujo corpo masculino foi cortado deve entrar a
assembleia do Senhor.
Olho para Ian - Awww, nenhum eunuco é permitido no Paraíso. –
Deixando meu olhar cair para a sua virilha, acrescento: - Talvez você deva
começar a usar um suporte atlético, apenas no caso.
Ele põe a mão sobre suas joias e vira as pernas para longe de mim, com
uma expressão preocupada.
- Para o caso do quê?
Dou de ombros.
- Só no caso de seus testículos serem chutados por um touro bravo ou
qualquer outra coisa. Você não quer perder o Paraíso só porque você tem as
nozes trituradas.
Ele se inclina e tira o livro das minhas mãos.
- Isso é suficiente de leitura da Bíblia para você, senhora. - A atira sobre
a mesa para fora do alcance.
Eu rio.
- Hey! Estava disfrutando disso. Estava a ponto de aprender as regras
sobre os bastardos.
- Bastardos? - Ele franze a testa, olhando para o livro.
Provavelmente acha que estou inventando isso, mas não estou. Está
justo ali, em branco e preto.
- Sim, e dez gerações depois do filho bastardo. Não podem entrar no
paraíso também, aparentemente. Que pena para eles.
Ele negou para mim como se não pudesse acreditar no que estou
dizendo. Não vejo qual é o grande problema. Acabo de ler no livro que ele me
deu. Honestamente, nunca li nenhuma Bíblia do início ao fim. Suponho que foi
somente minha sorte que encontrei a passagem sobre o testículo. Estou
pensando que deveria ler mais frequentemente, sei que vai ser tão divertido. Eu
tentei antes, mas eu sempre adormeço na parte onde começa a falar sobre Adão
e todos os seus netos. Tinha um monte deles.
- Você vai à igreja no Leste? - Pergunta.
Nego, me perguntando o quão raro está a ponto de se tornar essa
conversa.
- Não.
- Eu tampouco.
Assinto. Isso não é nada interessante para mim. Trocar de tema parece
uma grande ideia para mim.
- Então... tem festa neste fim de semana na casa de Boog, hein?
- Não vou. Você não está indo. Ninguém vai.
- É claro que iremos. Ginny quer que eu conheça todos os seus amigos.
- Sinto muito.
Sorrio maliciosamente.
- Sinto muito por você, não queria dizer. Mas me deve.
Ele me dá uma expressão de dor.
- Você não pode estar falando sério.
- É claro que posso. – Me sento com as costas retas e sorrio. - Estou
muito animada com isso, na verdade. - Olho para minhas unhas. -
E como salvei seu rabo com o sua ex, você tem que me levar.
Ele se inclina e cobre o rosto com as mãos apoiando os cotovelos sobre
os joelhos. Eu não posso dizer se está realmente triste, muito irritado, ou muito
cansado. Talvez todos os três.
- Então o que aconteceu com você e ela? - Pergunto, sentindo a
fraqueza sendo capitalizada – Iriam casar, certo?
Ian olha para cima, deixando cair suas mãos. Olha em volta da sala,
talvez para verificar se estamos sozinhos, e, todavia, estamos. Isso faz com que
me pergunte onde estão todos os amigos de Andie. Estou segura de que tenha
algum nesta cidade, assim onde estão eles?
- Não quero falar sobre isso.
- No geral ou especificamente comigo? – Isso é muuuiiitoo mais
interessante do que os testículos esmagados e os bastardos sendo rechaçados
nas portas do céu. De jeito nenhum vou deixá-lo cair fora tão fácil.
- As duas. Nenhuma.
É hora de ir para a garganta. Isso fará com que a festa comece.
- Ouvi que te enganou com Mack.
Solta um suspiro pesado e se recosta na cadeira.
― Escutou errado.
- Não acredito. Ouvi dizer que fez uma grande jogada sobre ele quando
voltou de Vegas. - Assinto para dar ênfase, como se ele
estivesse envolvido na vida da cidade.
Ele está olhando para longe quando responde.
- Não foi uma grande jogada. Foi um movimento menor, que não deu em
nada.
- Parece que chegou em algum lugar para mim. Terminou seu
casamento.
- Não houve casamento. - Me olha - Se não houver noivado, não tem
casamento.
- Tudo bem, então tudo terminou.
Fechando os olhos, ele balança a cabeça lentamente.
- Você tem alguma coisa, sabia?
-Algo incrível. Sim, eu sei. -
Me movo para a cadeira próxima a ele, mas ele não se move. Tomo isso como
um convite para cavar mais fundo. Cruzando as pernas, deixo que meu pé rode
um pouco, casualmente mostrando minhas botas bonitas para distraí-lo de
perceber que está me dando suprimento - Então, quanto tempo durou ... antes
do rompimento, eu quero dizer?
- Anos. Desde o colegial. Tempo demais.
- Muito tempo?
- Sim. Muito tempo. Estávamos muito confortáveis um com o outro.
Ignoramos coisas, eu acho. - Ele dá de ombros e olha para o outro lado.
- Como que tipo de coisas?
Ele faz uma pausa e olha para mim atentamente por
uns poucos segundos.
- Certamente você está curiosa.
Mexo meu pé para distraí-lo de resistir. Mexo, mexo... mexo, mexo... Ele
olha para o meu forro de pele e franze a testa.
- Curiosa? Mais como entediada – o bato ligeiramente no braço com a
palma da minha mão. – Vamos. Vamos estar esperando durante horas e horas.
Bem que poderias dizer todos os seus segredos mais íntimos e acabar de uma
vez. Não vou descansar até que tenha sondado as profundezas de Ian.
Ele ri, olhando para mim.
- Você tem alguma ideia de quão ruim isso soa?
Agito a mão diante da sua estupidez.
- Oh merda. Admito. Você está impressionado com as minhas
expressões poéticas.
Ele ri.
- Se isso é poesia, sou Deputy Dog10 .
-O que é isso? Seu apelido?
Fecha os olhos e inclina a cabeça para trás na parede.
- Vou tirar um cochilo. Não me incomode.
Fico olhando para as revistas sobre a mesa de café em frente a nós. Há
uma sobre NASCAR, um sobre Corvettes e uma sobre motocicletas. Quem
fornece material de leitura para este lugar, de qualquer maneira? Jeff
Gordon11? Fale sobre patético. De forma alguma posso abandonar a minha linha
de questionamento quando tudo o que tenho que fazer é esperar.
- Então, o que você quis dizer quando disse que
você começou a ignorar as coisas? Ou foi ela quem começou a ignorar as
coisas?
Não responde assim continuo perguntando.
- O que foi ignorado? Seus problemas de higiene pessoal? Sua falta de
elegância social? Seu gosto terrível por chapéus?
Ele permanece imóvel, como se nem mesmo tivesse me
ouvido, por um momento pensei que ia ter que ficar agressiva para conseguir
minhas respostas, mas logo me surpreendo.
- Não, não foi nada disso. Foi de ambos, suponho, não só dela ou de
mim.
- Quais são algumas coisas que você ignorou? - Perguntei. Estou na
borda do meu assento, sabendo que eu vou pegar algumas coisas suculenta.
― Não sei.
- Claro que sim. Diga-me. Eu juro que vou manter seus segredos.
Abre um olho e me encara com ele.
- Você espera que eu acredite nisso?

10
Deputy Dog: uma caricatura
11
Jeff Gordon é um piloto profissional de estrada americana.
- Claro. Meu cérebro é uma armadilha de aço. Nada sai até que eu libero,
e há coisas que não libero a menos que tenha permissão.
- Você? Você é uma grande depositaria de segredos? -
Fecha seus olhos e, em seguida, bufa. Acho que foi um bufo. Ou talvez
você tenha alergias.
- Exatamente. Esse é o meu cérebro. Então me diga.
Ele suspira alto e deixa que sua cabeça balance da esquerda para a
direita algumas vezes antes de começar a falar novamente.
- Bem, eu acho que passei por alto o fato de que ela não estava feliz
comigo como um marido.
- Isso é um grande negócio.
Abre os olhos e olha para o teto.
- Diga isso para mim.
- Que mais? - Motivo. Eu tenho um com rolo agora.
- Ela ignorou o fato de que eu não gostava do Hawaii. - Parece
particularmente amargurado sobre isso, especialmente quando ele franze a testa
para o teto.
Tento imaginar como poderia estar conectado o Hawaii, mas me dou por
vencida rapidamente. Não quero que caia no sono enquanto trato de decifrar as
suas mensagens.
― Um… estou confusa?
Ele fala e suspira ao mesmo tempo.
- Ela queria para ir para o Havaí para a lua de mel. Eu não tinha nenhum
interesse nisso, mas não me importa. Fiz tudo o que Ginny queria
fazer, sempre. Ela era a líder do show.
- Sempre tem que ter um líder, você sabe - eu digo, sabendo que nunca
poderia ser feliz em seguir um tipo por aí como um cachorro. É por isso que
nunca vou a Abu Dhabi. Se eu tivesse que andar cinco passos atrás de um cara
todo o dia, certamente picaria seus pneus o tempo todo de propósito. Isso
provavelmente acabaria em divórcio ou em um flagelamento público ou uma
lapidação ou algo assim. Não. Definitivamente não sou feita para estas coisas
de seguir como um zumbi. Também teria que usar uma dessas túnicas sobre o
corpo e cobrir meu cabelo magnifico e roupas adoráveis. Fale sobre um
desperdício de esforço.
- Sim, você entende - Ian diz, sentando-se um pouco mais reto em sua
cadeira, ainda curvado - mas nem sempre tem de ser a mesma pessoa que
está à frente, você sabe? - Me olha - Não deve ser sempre a mesma
pessoa. Ocasionalmente você tem que deixar para que
a outra pessoa tome as decisões, quem tem a última palavra. Caso contrário ...
- dá de ombros - ... se perdem.
- O que quer dizer, se perdem?
Agora ele
está fazendo um gesto com as mãos enquanto fala. É como se tivesse uma
audiência invisível na sala de espera em frente de nós, mas ainda sou só eu
aqui. Não posso acreditar o quão animado se tornou.
- Olha, se o tomador de decisões se coloca na frente e a outra pessoa
atrás, certo? E algumas pessoas concordam em estar atrás nas sombras, mas
a maioria das pessoas não estão. Eles precisam de algum tempo para brilhar
também. Mas se você colocar alguém que não quer estar muito nas sombras, ele
começa a perder uma parte de si mesmo. - Seu rosto se
transforma em algo amargo. - Eu me perdi em algum lugar ao longo do caminho
com Ginny e eu não sei se alguma vez vou estar de volta.
- Isso soa extremamente deprimente.
Ele ri uma vez, enquanto olha fixamente para o chão.
- Nem me fale - Ele esfrega as mãos, como se estivesse tentando acabar
com uma cãibra nos músculos que nunca vai embora.
Eu não posso acreditar que um homem grande, forte e inteligente como
ele está tão mal sobre algo que não é um grande problema.
As pessoas terminam todo o tempo. Desde quando quer dizer que
alguém morreu?
Estou muito decepcionada com a sua má atitude. Por que todo mundo o
deixou ficar assim por tanto tempo? Não posso evitar que minhas palavras voem
para fora da minha boca.
- Também soa como um monte de besteira para mim.
Sua cabeça gira bruscamente para à esquerda para olhar para mim.
- Quanto tempo passou? - Pergunto, embora eu saiba a resposta. - Três
anos mais ou menos? Quero dizer, vamos lá ... seis meses é o máximo que
alguém precisa para superar isso. Não é como se alguém tivesse morrido ou
algo assim.
Sua mandíbula que estava se abrindo lentamente enquanto eu
falava, se fecha em um golpe. Em seguida, ele diz:
― Você está brincando comigo?
- Não, porque eu faria? Obviamente vocês dois não estavam destinados
a ficar juntos. Sua ruptura foi uma coisa boa. Sério. Você tem sido anfitrião desta
festa da compaixão por muitooo tempo, Ian. É hora de jogar ovos e parar de
sentir pena de si mesmo.
Ele se inclina para longe de mim.
- Sabe o que? Você deve apenas calar a boca agora. Você não tem ideia
do que está falando.
- Não, estou falando sério.
- Posso ver isso, mas isso não significa que
você pode seguir falando sobre isso. - Ele se levanta e vai em direção à porta.
- Você foge quando as coisas ficam difíceis? - Pergunto, desafiando-o.
- Mais como escapando de uma maldita harpia que não sabe quando se
meter em seus próprios assuntos.
Quando está quase na saída, eu suspiro alto para que me escute.
- O bom é que Ginny se livrou de você, eu acho. Ninguém quer um
grande bebê chorão como marido de qualquer maneira.
Ele se vira e me enfrenta.
- Você acabou de me chamar de bebê chorão?
Dou o meu melhor olhar inocente e sacudo meus cílios algumas vezes
para efeito extra.
-Sim, eu fiz. Como chama um homem que tem a sorte de sair de um grande
erro antes que se torne um erro ainda maior e, em seguida, faz com que todo
mundo miserável por três anos? Um herói? Não acredito. Pelo contrário, é como
um bebê chorão.
Suas narinas se abrem e sua mandíbula apertada. É possível que ele
esteja considerando fazer um buraco na parede com o punho.
Levanto minhas mãos.
- Hey, não mate o mensageiro.
Ele coloca as mãos nos quadris.
- Isso não é o que significa essa expressão - diz, com os dentes cerrados.
- Claro que é. Vou dar a mensagem de que é hora de você parar de
sentir lastima por si mesmo. Você está se colocando todo de mal humor depois
de escutar minha mensagem, e eu só estou dizendo ... Não me odeiam porque
eu só estou dizendo coisas que as pessoas em toda a cidade estão falando
sobre você.
Da um passo em minha direção, sua raiva se dissipa mais. Preocupação
talvez? Medo? Curiosidade?
- Fala sério? - Pergunta. - Quem está dizendo isso sobre mim? - Bufo.
-Por favor. Quem não está dizendo isso que seria uma pergunta mais
fácil de responder. - Na verdade, eu não tenho ideia se alguém está dizendo algo
sobre Ian, Mas não me detenho? Não. Ele é muito mais bonito quando não está
sentindo pena de si mesmo. Talvez esteja agindo como um tolo por três anos
porque ninguém apontou suas calças ainda. Claro que precisa de
um pontapé no traseiro, isso é óbvio.
Surpreendentemente, retorna e se senta ao meu lado.
- Você precisa me dizer quem está falando sobre mim e Ginny.
- Não, não farei. - Sorrio e aponto para a minha cabeça – Armadilha de
aço, Lembra?
- Foda-se sua armadilha de aço. - Me olha atentamente.
Eu sorrio porque eu não posso ajudá-lo. É positivamente adorável
quando está com raiva.
- Você tem alguma ideia de quão ruim isso soa?
- O que soa tão ruim?
- Que você quer foder a minha armadilha de aço.
Ele se inclina para trás, puxa o fantasma de um sorriso dos seus lábios,
enquanto seu corpo se solta.
-Eu não disse isso.
Dou de ombros e olho para as unhas novamente.
- Se é isso que você quer dizer as pessoas. Eu vou apoiá-lo.
- Você vai me apoiar – diz como uma declaração. Posso dizer que está
me observando, mas não devolvo seu olhar. O ambiente tornou-se de repente ...
quente.
- Isso é o que eu disse. - Cruzo as minhas pernas e brinco com parte
superior peluda da minha bota impressionante, ainda sem olhar para ele.
- Eu acho que faria - diz, soando como se estivesse me admirando.
O olho para ver se está brincando comigo. Meu coração faz o que só
poderia ser chamado de um repique.
- Você acha que eu faria o que?
- Me apoiar. Ter as minhas costas. Se eu precisar, quero dizer.
Imagino Ian precisando de uma mão amiga e não há dúvida de que lado
da linha estaria. Ele é o irmão de Andie agora.
- Claro que sim, o faria. Você é praticamente da família. –
dou de ombros e volto a tocar minha bota. - A família recebe apoio automático e
inquestionável a qualquer momento. Essa é a minha regra.
Ele não diz nada por um tempo e depois sai com:
- Eu gosto da sua regra.
O olho e aceno.
― Sei que o faz ― Não tenho ideia do que isso significa. Somente tenho
esse desejo de coquetear com ele, que parece não conhecer limites. Nem
sequer tem sentido. Essa situação tão confusa. Piso e teto, não hesite em mudar
de posição porque agora eu não sei a diferença.
Ele ri enquanto rola os olhos.
- Garota, você realmente é algo.
O clima na sala passou de tolice triste, a tensa, a explosiva
e de novo para feliz e relaxada, com quase nenhum esforço em minha parte. É
como um circo, mas sem palhaços, animais, ginastas ou qualquer dessas outras
coisas. A única explicação é Ian. É tudo culpa sua. Claro que é um tolo
temperamental. O por que
dele estar ainda mais atraente para mim do que ele era antes, eu
não faço nenhuma ideia, mas não posso negar que ele faz. Eu acho que apesar
de eu estar me aproximando trinta e deveria saber melhor, os meninos maus
ainda aparecem o suficiente para me desafiar que não posso fugir. E Ian é
definitivamente um cara mau.
Olho para ele, assimilando sua forma magra e musculosa, sua boa
aparência esculpida, suas bochechas queimadas pelo vento, seus belos olhos
verdes e seu estúpido boné azul que não coincide com a sua aparência em tudo,
sabendo que seria um desafio se tivesse interessada nesse tipo de coisas com
ele. Como é que este homem não é casado é um milagre. Meninas em Baker
City tem que ser estupidas. Ou talvez não gostam de caçadores também.
O pensamento provoca uma ideia em minha mente como uma armadilha
de aço. Talvez se eu lhe pedir muito bem, ele vai parar de atirar em animais.
Então poderia encontrar uma nova mulher e ser feliz novamente.
O cunhado de Andie deve ser feliz. Então ela vai ser feliz e Mack vai ser
feliz e todo maldito mundo será feliz. Eu poderia ir para a Flórida sabendo que
deixei aqui um mundo, um lugar melhor. Suspiro de felicidade, pensando que
isso deve ser como se sentiu Madre Teresa.
- O que falta para te convencer a deixar de caçar animais? - Pergunto,
meu plano já está em andamento.
Ele olha para mim por um longo tempo antes de finalmente responder.
- Muito mais do que você pode se dar ao luxo de dar, acredite.
Eu apenas sorri, sabendo que minha batalha já está quase ganha
já. Este homem não tem ideia do que o espera.

Capítulo 11
A enfermeira Ratched aparece na sala de espera.
- Se quiserem podem vir agora ao quarto da Andie.
Pulo da minha cadeira, deixando Ian comendo poeira.
- Está e trabalho de parto ainda? O bebê está quase aqui? – Passo além
da mulher má, sem esperar por uma resposta..
Não me respondeu, mas a pego revirando os olhos atrás de mim quando
eu olho por cima do ombro, então eu sei que ela me ouviu. Cadela.
Eu tenho certeza que eu vou ter que relatar isso à administração
quando tudo isso terminar, mas por agora eu
tenho que focar em Andie. Talvez eles me deixem cortar o cordão umbilical, se
Mack for muito delicado para fazê-lo.
Abro a porta de Andie e entro, determinada a não perder um segundo do
evento. Maeve deve ficar muito triste por não estar aqui para ela. Não posso
acreditar que saiu do hospital quando o bebe está quase aqui .
Andie está na cama, sentada, segurando um embrulho de roupas nos
braços.
Paro em seco o olho para ela e Mack. Ele está debruçado sobre ela,
olhando para o cobertor, sorrindo tontamente, como eu nunca tinha visto. Andie
está sorrindo também, mas parece exausta. Maeve está senta tranquilamente
no canto em uma poltrona. Meu cérebro começa a entrar em curto circuito.
- Perdi alguma coisa? - Pergunto, me aproximando lentamente. Eu estou
tentando não parecer mal. Por que Maeve está aqui e eu não?
- Não. Você está aqui na hora certa - Andie move a borda do cobertor
para o lado - Candice, quero que você conheça sua afilhada, Sarah
Jayne MacKenzie – baixa o olhar para a pequena cabeça cor de rosa no cobertor
- Sarah, essa é Candice.
E assim, já não estou tão magoada. Madrinha? Nota mental: Ler a Bíblia
amanhã, mas omitir a parte dos filhos de Adão.
Estou perto o suficiente agora, posso ver o rosto enrugado de Sarah.
- Caramba. Parece que acabou de fazer um par de rounds com o ex-
pugilista Mohammed Ali.
Mack ri, seus olhos nunca deixando seu rosto.
- Estava muito apertada lá, eu acho - Andie explica. - Não é linda?
Decido que a mentira é o melhor plano de ação nesta situação.
- É o bebê mais lindo que já saiu de uma vagina, isso é certo. -
olho para a minha amiga e tento forçar um grande sorriso mais do
que a dor remanescente que estou sofrendo por ter sido deixada de lado. -
Fez muito bem, mamãe. Qual é a sensação de saber que você trouxe um ser
humano para o mundo?
- Parece como um milagre. - Olha para Mack e começa a chorar. - Sou
a garota mais sortuda do mundo.
Mack se inclina e dá um beijo muito sexy.
- Você me faz muito feliz, você sabe disso, Sra. MacKenzie?
- Sim, eu sei, Sr. MacKenzie.
- Posso segura-la? - Pergunto, um pouco nervosa sobre a ideia, mas eu
não vou deixar que isso me detenha. Tenho que fazer esse bebê me ver assim
o quanto antes para que saiba que eu sou sua segunda mãe. E antes de Kelly,
a segunda melhor amiga de Andie, antes que ela consiga chegar aqui. Sarah J
já vai me amar mais, eu vou ter certeza disso.
- Claro. Só cuidado com sua cabeça. Ela deve ficar apoiada.
- Eu sei, eu sei. Entregue o embrulho – estendo a mão e pego o bebê
com cuidado. Sarah é tão leve que você sente como se
estivesse segurando cobertores. Movo as bordas para ter certeza de que ela
está aqui.
A delicada penugem doura e seu rostinho me fazem derreter por dentro.
- Bom, Olá, poo pookie, wookie woo, moo mookie.
A porta se abre, mas não me preocupo em olhar para cima para ver
quem é.
-Sabe quem eu sou? – Pergunto para a bebê, esperando por algum sinal
de reconhecimento que eu estou aqui. Seus olhos estão fechados e sua boca
está fazendo alguns movimentos de sucção, mas continuo a falar. Talvez seja
melhor em ouvir subliminarmente de qualquer maneira. - Sou a sua segunda
mãe e futura melhor amiga para sempre. Sim, isso é certo. Você é a garota mais
sortuda no mundo. Vou ler para você, vou arrumar o seu cabelo, te ensinar todas
as coisas que precisa saber sobre dos homens, e eu vou me
certificar de que entre em uma boa universidade. Quando você quiser
ficar longe da mamãe e papai, pode vir para a minha casa, que iremos fazer as
unhas e falar sobre quão injusto que eles são.
Há um som ao meu lado e olho para cima. Ian está ali em pé, olhando
por cima do ombro para o bebê.
- É pequena - ele diz.
- Dois quilos e setecentas quilogramas, quase - diz Mack. -
Quarenta e cinco Centímetros de altura.
Sorrio porque parece que ele estava se vangloriando sobre o
comprimento de seu pênis ou algo assim. Mack está realmente tão animado.
- Vá. Não é nada mais do que uma coisinha - diz Ian. Empurrando o dedo
em sua bochecha. - O que você acha, pequena? Você está grande o suficiente
para um apelido?
Me viro de modo que ele não possa tocá-la mais.
- Mantenha seus dedos sujos longe do rosto dela.
- Eu tenho certeza que ela não teve sequer um banho ainda. Seu rosto
está muito mais sujo do que minhas mãos.
― Seu nome é Sarah Jayne, diz ela.
Ian sorri.
- É realmente um nome muito bonito, Andie. Cabe perfeitamente.
Aquece o meu coração ver a resposta de Andie à bondade de Ian. Ele é
realmente um bom rapaz debaixo de todo aquele horror, eu acho.
Me aproximo e entrego a bebê para Mack.
- Tenho medo de deixa-la cair - digo como uma desculpa. Na verdade,
eu nunca faria isso, mas olhando para a
sua cara muito rosa e vendo seus pequenos lábios e nariz, enquanto Ian está
atrás de mim e diz todas essas belas coisas me deixa triste por algum
motivo. Hoje é o primeiro dia da minha vida que eu me sinto velha. E
sozinha. Realmente não estou preparada para lidar com essas emoções. - Bem,
eu preciso de ir - digo, tentando agir casualmente sobre isso. Acho que eu
preciso dar um bom choro e eu não posso fazer isso na frente de todos.
― Ir? E para onde você vai? ―Andie diz preocupada.
- Oh, vou fazer algumas compras. Coisas para levar para casa. Vou
voltar mais tarde ou amanhã de manhã.
Andie olha para Mack.
― Você vai ficar?
Ele sorri e acaricia seu cabelo.
- Eu não vou a lugar nenhum. Eu estarei aqui com você até que estejam
prontas para ir.
Eles olham nos olhos um para o outro e Andie começa a chorar
novamente.
- Sim, bem, se alguém estiver interessado, vou voltar para a fazenda
também - diz Ian, levantando a mão para se despedir.
Ninguém diz nada.
- Chamem-me se vocês precisarem de alguma coisa da casa - diz.
Mack move sua mão, mas não diz nada, nunca quebrando o contato
visual com sua esposa.
- Vou estar de volta em um par de horas – diz Maeve a Ian – Mantenha
um prato quente para mim e Angus, ele está fora com o rebanho no campo sul.
- Eu o farei - Ian diz.
Ian e eu saímos do quarto e ambos soltamos longos suspiros. Seu som
reanimado. O meu é mais deprimido.
Eu o olho e ele me olha.
- E agora? - Ele pergunta.
Estendo o meu polegar e sorrio fracamente.
- Posso conseguir uma carona?

Capítulo 12
A volta para casa é quase completamente silenciosa. Seria o momento
perfeito para interrogar Ian sobre Ginny e a vida desde Ginny, mas estou muito
presa em minha própria festa de autocompaixão nesse momento em partículas
para me importar.
- Qual é o seu problema, afinal? - Ian pergunta enquanto para fora da
estrada de terra que leva para a fazenda. É mais como uma estrada de gelo e
terra agora, mas eu
posso ver pedaços de cascalho e manchas marrons através da neve que
normalmente me diz ser um lugar cheio de poeira, pedras, buracos, e cobras.
- Não tenho nenhum problema. - Olho pela janela lateral. Meu peito está
doendo. Talvez eu vá começar a ficar com gripe.
- Você era toda triste no quarto do hospital. Deveria estar feliz por sua
amiga.
Eu olho para ele.
- Estou feliz pela minha amiga. Porque disse isso?
- Porque você parecia irritada quando estávamos lá, e saiu de lá muito
rápido. Como se você não quisesse ficar. - Ele faz uma pausa, sacudindo a
cabeça. – Não a entendo. Primeiro você acerta a
sua cabeça na porta tentando entrar e, em seguida, tudo que você quer é sair de
lá.
- Isso não foi o que aconteceu. - Olho pela janela novamente. Temo que,
se ele captar o meu olhar, vai adivinhar o que eu estou pensando, e ver que ele
leu corretamente a situação o que não diz nada bom sobre mim como pessoa.
- O que aconteceu então? - Diga-me.
Eu dou uma olhada para ver se ele fala sério. Parece que ele realmente
se importa. Normalmente eu não iria compartilhar meus pensamentos sobre este
assunto com ninguém, exceto Kelly, mas agora eu não posso manter tudo dentro
de mim por algum motivo. Eu preciso de um padre ou alguém para confessar,
mas Ian é o único que eu tenho ao alcance. Vai ter que ser ele.
- Eu só ... Eu não sei. Me senti velha ou algo assim.
Ele ri.
- Olhar um bebê fez você se sentir velha?
- Não. Bem, sim, algo assim.
- Você quer ser um bebê novamente?
― Não, não seja ridículo.
- O que é, então?
Não posso acreditar que eu tenho que explicar isso a ele.
- Eu acho que se pode dizer que é o meu relógio biológico ou algo
assim. Me lembrando que eu estou ficando velha e meu tempo está terminando.
Ele bufa.
- Sim, claro. Você tem ... vinte e cinco anos? Tem um montão de horas
a esquerda do seu relógio, pode acreditar em mim.
Não posso deixar de sorrir um pouco.
- Tenho quase trinta anos, na verdade, e eu sei que não sou
velha racionalmente, mas vendo a minha melhor amiga toda acertada e com um
bebê me fez sentir como se eu estivesse ficando para trás.
Não posso acreditar que eu disse isso em voz alta. Falar sobre o que
dói. Cerro meus dentes para evitar a divulgação de qualquer outra coisa. Ian vai
tirar sarro de mim fortemente sobre isso. Aqui estava eu, há apenas uma hora,
falando merdas para ele sobre sentir pena de si mesmo sobre algo besta. Agora,
quem está sendo a chorona? Sim. Essa sou eu.
Me dá um tapinha na perna.
- Ah, você não tem nada que se preocupar. Todo mundo tem seu próprio
tempo. Não precisa estar no dela e ela não precisa estar no seu. Apenas você
tem que ser paciente.
Mordo meu lábio para não dizer nada mais. Ian sendo gentil e
compreensivo não é o que eu esperava. Sarcasmo e provocação posso lidar.
Bondade não posso.
Eu estou provavelmente a ponto de começar a chorar como Andie a
qualquer tempo.
- Aqui estamos nós, lar doce lar,- diz Ian.
Só essa frase faz meu coração doer de novo. Cara, eu estou em má
forma. Por que ele está sendo tão coordenadamente bom?
Conduz para a esquerda para deixar espaço para uma caminhonete
deixar a propriedade. Paramos quando estamos lado a lado.
- Onde você está indo? – Ele pergunta a seu pai depois de baixar a
minha janela.
- Indo ver a bebé e buscar Maeve - Responde Angus. - Por
que você não faz o jantar e nós nos unimos a vocês mais tarde?
- Claro - Ian diz, fechando a janela novamente. Sou grato porque está
nevando novamente e vários flocos estavam tentando entrar e estragar meu
cabelo.
- Querem que cozinhemos o jantar? - Pergunto.
- Sim. - Ian para antes de dirigir até o seu espaço - Sabe cozinhar?
Entro em pânico. Então eu bufo.
- Aos eunucos foi negado que cruzassem as portas do Paraiso?
- Pelo que ouvi.
- Bem, então, você tem a sua resposta. -
É uma mentira total dizer que eu cozinho. Quer dizer, não é só uma mentira ou
um exagero, mas uma grande MENTIRA em negrito. Mas Ian não sabe.
Eu me pergunto quanto tempo demoraria para aprender se eu pesquisar
no Google.
Capítulo 13
Tenho minha resposta trinta minutos mais tarde: não muito. Essa coisa
de cozinhar é pão comido, aparentemente. Espaguete e molho de carne, saindo
em seguida.
- Tem certeza de que você sabe o que está fazendo? - Ian pergunta
enquanto eu abro diferentes armários tentando encontrar o que o artigo online
disse que seria necessário.
- Claro. Tem alguma carne moída em algum lugar?
- Esta é uma fazenda de gado, o que você acha?
Olho por cima do ombro para encontrá-lo sorrindo para mim.
- Onde posso encontrá-la?
- No congelador. - Ele se senta na mesa da cozinha e gira sua cadeira
de modo que possa me observar.
- Alho e cebola? - Pergunto, tentando fazer que o meu nervosismo não
transpareça na minha voz.
Ele aponta para uma caixa de madeira sobre o balcão.
― Ali dentro.
- Ok – Encontro uma grande e velha faca afiada em uma gaveta que se
parece como a da imagem que eu
vi, e coloco os vegetais que aparecem envoltos em papel na tabua de cortar que
está sempre ao alcance. Então, vou cortá-los em primeiro lugar.
- É possível que você queira tirar as embalagens exteriores primeiro - diz
enquanto eu tento descobrir por onde começar.
- Claro que o farei. Só estava considerando qual
o melhor ângulo. Sempre tem um ângulo melhor para essas coisas.
- Aham. Se você diz.
Trabalho o que parece ser muito tempo tirando as finas embalagens e
pele ao redor da cebola e do alho. Quando eles estão por fim pelados, os corto
em quadradinhos. Meus olhos começam a coçar tão forte que quase
não posso ver. Acho que meu nariz poderia estar inflamado também..
- Merda, este alho é forte.
- Você está segura que não é a cebola? - Ele pergunta. Seu tom sugere
que ele sabe a resposta.
― São ambos. Aaaah. Não posso enxergar – dói ao redor. O rosto de
Ian é somente um borrão através de meus olhos entreabertos.
- Tem óculos protetores na gaveta se você quiser usar. - Ele aponta
através da cozinha.
- Não tudo bem. – Não faço ideia por que eu iria querer usar óculos
protetores. As pessoas usam óculos de proteção na cozinha? Eu nunca vi isso
na TV, e o artigo não mencionou isso - Estou quase terminando.
Desisto de cortar mais algum vegetal e simplesmente os jogo em uma
panela com um pouco de azeite. Algumas cebolas ainda estão bastante grandes,
mas não importa. Imediatamente eles começam a chiar. No momento em que
posso ver claramente outra vez, elas estão se tornando douradas.
- Molho? - Pergunto, engolindo fortemente. Meu nariz está escorrendo
um louco após o incidente da cebola.
― O que você quer dizer com molho?
- Onde está o molho de espaguete? - Ian dá de ombros.
- Não sei se temos algum.
Meu coração salta algumas batidas. Será que não há molho? Não havia
nenhum plano alternativo nesta receita para cozinhar sem molho. "Rápido e fácil
espaguete em quinze minutos" pode não ser tão rápida e fácil, sem o ingrediente
principal. Opa.
Ele se levanta e vai para a despensa. Poucos segundos depois, sai com
uma lata.
- Aqui tem alguns tomates. Pode ser?
― Claro ―digo, sem ter ideia se isso é molho ou não, mas tem tomates
na imagem e o molho é de tomate, certo? Aparento decidida – Poderia abri-la
para mim?
- Claro. – Ele abre a lata e me entrega.
A olho fixamente. O molho lá dentro não se parece em nada com as fotos
do Google. O jogo na panela com a cebola e o alho de qualquer maneira porque
eu não tenho outra escolha.
- Você não deveria começar com o macarrão? - Ian pergunta. Ele está à
espreita logo atrás de mim.
-Em um minuto. Eu preciso de um pouco de ... –procuro na minha
memória as ervas mencionadas no artigo. - Manjericão, orégano, tomilho e uhhh
... salsa.
Ian abre um armário bem ao meu lado, tão perto que posso sentir o calor
do seu corpo.
- Pegue o que quiser.
Ignorar a química entre nós, busco frascos que preciso. Eu não tenho
nenhuma ideia de quanto usar, então eu dou algumas sacudidas em cada um.
Coloco minhas mãos em meus quadris e eu me viro para encará-lo. Está muito
perto mas retrocede.
- Você parece muito preocupado com o macarrão, Ian. Se é uma grande
coisa, vá em frente.
Realmente me alegraria que ele queira assumir o cargo porque eu não
tenho nenhuma ideia de como cozinhar estas coisas. Nunca na minha vida tive
que me preocupar, porque eu prefiro comer fora ou comprar refeições prontas
que vendem em um lugar na rua do meu apartamento gerido por estudantes de
culinária, mas hoje vejo que isso é um grande eco na minha educação. Como
posso impressionar esse homem se não posso ao menos cozinhar um prato de
espaguete? E por que me preocupo em impressioná-lo?
O observo muito de perto enquanto ele realiza o processo de colocar o
macarrão para cozinhar. Parece bastante simples. Eu poderia ter feito,
provavelmente.
- Como você sabe se está pronto? – Pergunto - Quer dizer, eu posso
dizer quando eles estão, mas qual é o seu sistema?
- Lanço um contra a geladeira.
Meus olhos se arregalam.
- Lança um na geladeira? Fala sério? – Todo mundo faz isso? Tenho
comido macarrão que foram pegos de uma parede ou que tenham caído no chão
toda a minha vida e apenas nunca soube? Vá. Eu realmente
deveria ter tentado aprender a cozinhar quando era
uma adolescente. Provavelmente teria sido anti-massas por toda a minha vida
adulta se eu tivesse feito.
- Sim. Você vai ver. - pisca o olho.
Tenho que agir casual, caso contrário, ele vai saber que eu não tenho
ideia.
- Não posso esperar - digo, voltando para a minha mistura.
- Você vai adicionar a carne em algum momento? - Ian pergunta.
-Sim, claro. Você pega um pouco para mim?
Há alguns sons atrás de mim e, em seguida, Ian aparece segurando um
pedaço de carne vermelha. Está completamente congelado.
- O que é que eu vou fazer com isso? - Pergunto, antes que eu possa
me deter.
Ele dá de ombros.
- O que você faz normalmente? Não sei.
Minha mente fica em branco. O que dizia na maldita receita? Não me
lembro. Este é um grande passo, mas eu não tenho uma única memória do que
dizia.
Pego a carne e a deixo bem no meio do molho.
- Obrigada.
- Você não vai refogar a carne em primeiro lugar?
- Não, desta maneira é melhor - Inferno, talvez eu não sei como refogar
a carne, mas certamente sei como descongelar coisas. Quase todas as minhas
refeições têm de ser descongeladas antes que eu coma e quando meu micro-
ondas quebrou uma vez, acabei colocando tudo em uma panela e o aqueci no
fogão. Isso poderia funcionar. Calor é igual a gelo derretido. Ciência simples.
- Bem. Se você diz. Precisa de mais alguma coisa? - Balanço
minha cabeça.
- Não. Você pode apenas sentar e relaxar enquanto eu faço todo o
trabalho.
- E se eu arrumar a mesa? - Ele vai até outra despensa.
- Claro – Por que um homem pôr a mesa me deixa toda confusa por
dentro, não sei, mas faz. Tenho quase trinta anos de idade e cada refeição que
tive com um homem foi em um restaurante. Essa sensação é muito íntima e
amigável. Esta coisa de bebê realmente danificou minha mente, aparentemente.
Movo o pedaço de carne, jogado acidentalmente no molho sobre a borda
da panela. Cai sobre o fogo um pouco e começa a cheirar mal a cozinha. Agito
minha mão rapidamente para afastar a fumaça até que suma.
- Cheira bem - diz Ian através da sala.
Dou a volta para ver se ele está brincando, vejo que não está me
olhando, muito ocupado
arrumando a mesa para dois. Perco o fio dos meus pensamentos quando eu
vejo o que ele fez. Há velas entre os dois pratos. Estavam lá antes ou ele
colocou? Eu acho que é muito romântico.
Volto para o fogão para que ele não veja a minha expressão. Eu
estou tão confusa agora. Este jantar à luz de velas provavelmente não significa
absolutamente nada para ele, certo? Quero dizer, nós precisamos de luz e a
lâmpada sobre a mesa é um pouco tênue. Mas e se significar algo mais que
somente iluminação para ele? E se está fazendo isso
romântico de propósito? Mas por outro lado, e se está me jogando uma piada,
me deixando acreditar que é isso que ele está fazendo e assim digo algo
estúpido?
Da forma como o nosso relacionamento progrediu, eu nunca poderia
confiar nele a sério. E não há nada mais constrangedor do que para pensar que
alguém está interessado em você quando está brincando contigo. De forma
alguma vou cair nessa. Ele ainda está bravo comigo por quase atirar
nele. Definitivamente está planejando algum tipo de vingança. Estas velas
poderiam ser parte disso.
- Como está o macarrão? - Ian pergunta.
- Isso quem decide é você – digo - Melhor começar a jogá-los – Mal
posso esperar para ver isso.
Ele para junto a mim, usando uma colher que pegou de um recipiente no
balcão para pegar um.
- Eu não acho que eles estão prontos, mas vamos ver - pegando um dos
macarrões da colher, sorri para mim. Então, sem aviso, o joga contra
a geladeira.
Olho fixamente a massa enquanto ela
desliza pelo lado frontal do aparelho e, em seguida, cai no chão.
- Não. Não está pronto. – Come o outro que está na colher – Muito duro.
Resisto ao impulso de fazer um comentário. Em vez disso, movo ele
ligeiramente para descongelar o pedaço de carne, tentando não ficar
preocupada com as manchas vermelhas amarronzadas que estão se
acumulando em torno dos lados da panela.
- Você deveria ter feito filé de carne - Ian diz, olhando por cima do ombro
para a panela.
- Porque diz isso?
- É melhor, isso é tudo. - Ele vai para a mesa. Pegue um jornal dobrado
perto e diz – Essa paleta tem uma grande quantidade de gordura.
Meu coração para. Quem é Chuck12? É uma pessoa nas notícias ou algo
a ver com o nosso jantar? Eu decido que o silêncio é a minha melhor opção de
resposta.
Mexo o molho, tratando de misturar a coisa marrom. Talvez ele dê um
gosto melhor ao molho, mas eu duvido uma vez que parece muito pouco
apetitoso. Tem que ser o suco da carne, mas por que é que ele
não se mistura com os tomates? Simplesmente se move em volta derramando
da colher.
- Há quanto tempo você cozinha? - Ian pergunta.
- Toda a minha vida mais ou menos. - Droga, isso me escapa antes que
pudesse me deter. Odeio quando as mentiras se tornam maiores por si mesmas
dessa maneira.
- Qual é a sua coisa favorita para cozinhar?
―Ummm… o jantar.
Ele ti.
- Quero dizer o seu prato favorito.

Chuck - paleta em espanhol, um corte de carne, mas também pode ser um


12

nome em Inglês.
―Oh… uhhh… torta, provavelmente. Torta de limão.
- Sério?
Olho para ele. De repente parece muito interessado, não está mais lendo
as notícias sobre Chuck.
Ele deixa seu jornal.
- Torta de limão?
-Desde sempre? Existe alguma outra? - Eu rapidamente dou um sorriso
falso sobre meu ombro antes de voltar a enfrentar o fogão e me
envergonhar. Existe uma pá por aqui? Porque eu acho que eu acabei de cavar
minha sepultura um pouco mais profundo.
- Oh, cara, é a minha favorita. Sabe disso?
- Não sabia – Por que tive que dizer limão? Poderia ter dito chocolate ou
maçã ou ... merda, qualquer outra torta que não me lembro neste momento.
- Você vai ter que me fazer uma antes de ir embora.
- Bem. Eu posso fazer isso. - Olá, Google? Eu preciso
de um pouco de ajuda. Ou um monte de ajuda.
- Você faz a sua própria base de massa?
- Desde sempre? Quem não? - Oh, Deus. O que eu
estou fazendo? Agora eu tenho que aprender a fazer a base da massa também?
- Mmmm, eu já posso saborear isso. Gostaria que tivéssemos
alguns limões agora. Me colocaria de joelhos e te imploraria que me fizesse uma
torta de limão com merengue.
Meus olhos se arregalam. Poderia ser possível que a chave para o
coração de Ian é uma simples torta de limão? Eu sinto que tenho o poder em
minhas mãos agora com este conhecimento. A pergunta é, posso partilhar o
poder com uma mulher valiosa que fará Ian um homem feliz ou usar este poder
para mim mesmo para fins egoístas? Tento imaginar Ginny fazendo essa torta e
me dá vontade de lhe dar soco na cara. Eu acho que isso significa que logo eu
vou estar fazendo uma torta.
- O macarrão está provavelmente pronto - ele diz. - Gostaria que o
escorresse?
A preocupação com a massa me acorda da minha fantasia de fazer uma
torta e de lutar contra as meninas.
-Sim por favor. O molho está quase pronto também. - Os últimos
pedaços de carne ainda estão ligados, mas não vai demorar muito para que eles
se separam. O estupido liquido marrom se estendeu mais, no entanto, talvez
possa tirar o molho de carne em torno dele e evitá-lo completamente. Tenho
medo de provar o molho e ver se ele está adequado para o consumo.
E se estiver horrível? Eu não sei porque, mas eu tenho mais medo de
admitir que eu não posso cozinhar uma coisa do que ter que provar algo
terrível. Talvez porque não cheira mal. Talvez haja esperança.
Ian estava fazendo algumas coisas junto a mim e depois junto a
pia. Alguns minutos mais tarde, você tem dois pratos de macarrão servidos na
frente dele.
- Pronto, Chef.
- Pronto? - Tenho medo que tenha algum passo fundamental para fazer
espaguetti que eu não conheço.
― E o molho, está pronto?
- Oh! O molho! Sim, e ele está pronto. – Pego uma colher grande a
tempo, pegando pedaços de tomate, carne, e todo o molho que eu
posso encontrar que não tem a substância marrom espessa sobre ela. É apenas
o suficiente para os dois pratos de macarrão que ele me entregou.
Abaixo os olhos para o interior da panela,
para a confusão de restos de cebola e de substancia marrom espessa.
- Não fiz o suficiente para seus pais.
- Ei, não se preocupe com isso. Vou pedir algumas pizzas.
Me envergonho interiormente, me dando conta que poderíamos ter feito
a mesma coisa e evitado a ambos esta experiência. Por favor, não deixe que
está refeição feda!
Saio de frente do fogão e me sento na mesa.
- Você gosta de vinho ou cerveja com seus espaghetti?
- Vinho se você tiver- Estou um pouco surpresa ao descobrir que bebem
vinho aqui. As pessoas categorizadas como Budweiser.
- Temos – Pega uma garrafa de uma pequena coleção no balcão. - Andie
comprou alguns quando esteve em Seattle. Minha mãe gosta muito. Ela
diz que vai bem com a carne vermelha. – Me serve uma taça e em
seguida, abre uma cerveja Sam Adams para ele. Ele está parado atrás de sua
cadeira esperando por mim.
A imagem na minha frente me dá vontade de chorar. Massa. Luz de
velas. O mais magnífico pedaço de homem que nunca sonharia em ver. E um
estúpido boné de beisebol azul empoleirado em sua cabeça, fazendo com
que seu cabelo dique ao redor das bordas. Ele é um trabalhador, alguém que
usa as mãos e o corpo para fazer essas coisas em torno de uma fazenda com
cavalos e vacas e coisas. Eu daria qualquer coisa para vê-lo nu uma vez.
Ele me vê olhando para a sua cabeça e rapidamente levanta o braço
para tirar o boné. O coloca em seu bolso de
trás e despenteia seu cabelo, tentando corrigir os locais esmagados.
- Eu sinto muito sobre isso. Não há bonés a mesa. Regras da casa.
Eu não posso deixar de sorrir. Ele pode ser tão encantador e adorável
quando quer ser. Ou quando ele não está tentando ser, é mais preciso. Esse é
o seu estado natural. O único farsante é o Ian brusco. Atordoa minha mente que
gaste tanta energia fazendo isso quando poderia ser sem esforço tão
incrível. Isso me faz pensar se Ginny conhece o Ian verdadeiro ou falso.
Sento na cadeira reservou para mim.
- Obrigada.
- Um prazer.
Ele também se senta e toma o garfo, deixando cair um guardanapo no
colo um segundo antes de pegar uma boa parte de macarrão e enrolar.
Eu olho para ele, esperando para ver se ele vai realmente comer.
O garfo está no meio do caminho de sua boca quando ele congela.
- O quê?
Balanço a cabeça e pego meu garfo.
- Oh, nada. Sinto muito. Eu estava distraída por um segundo. -Olhando
com o canto do meu olho, eu o vejo comer.
O macarrão lentamente se enrola no meu garfo, mas estou esperando
a sua reação antes de provar.
- Mmmm ... - Ele balança a cabeça, seus olhos se movendo ao redor da
sala. - Mmmm… ummm-hmmm… mmmm. ― Coma.
- E então? Está bom?
- Delicioso. - Toma um longo gole de cerveja e sorri. - Você pode
cozinhar para mim a qualquer hora.
Meu corpo inteiro se ilumina. Deixo meu garfo cair, me inclino, agarro os
lados de sua cabeça, e o beijo direto nos lábios. Só um beijo. Muito rápido. Não
posso evitar. Na volta pego meu garfo e espaguete.
- O que foi isso? - Pergunta, intrigado.
- Por elogiar a cozinheira. - Sorrio e coloco o garfo na massa.
Ele ri e toma mais um gole de cerveja.
- Mal posso esperar experimentar a sua Pie13.
Minha mão congela.
Meu garfo cai da minha mão e faz barulho sobre o prato. Meus ouvidos
estão certamente queimando.
Eu olho para ele e o observo sorrindo, o pânico e, em seguida, à
vergonha.
- Oh, merda - diz suavemente. - Não posso acreditar que eu disse isso.
Eu estou rindo. Não posso evitar. É muito engraçado para não rir dele.
- Cale-se, - diz ele, ainda sorrindo envergonhado.
- Você não pode esperar ... - assinalo, rindo demais para terminar.
- Sim, me ouviu. - Ele balança a cabeça lentamente, parece que vou
receber o castigo que mereço.
- Não pode esperar ... – Dou risada mais forte, enquanto aponto isso.
-Sim, sim. Há, ha, muito engraçado.
-Para provar minha pie... - Meu estômago dói muito agora. Eu tenho que
me agarrar à borda da mesa para me manter.
Empurra meu joelho debaixo da mesa com a mão.
- Esqueça isso, você sabe o que quis dizer.
A sensação de sua mão na minha perna me fez recuperar a seriedade
com bastante rapidez, mas não o suficiente para deixá-la deslizar
completamente. Levo o meu garfo e coloco um pouco da massa sobre ela antes
de dar a minha resposta.

13
Pie – além de torta pode significar Vagina em espanhol.
- Bem, Ian, eu tampouco posso esperar pelo dia em que você vai provar
minha pie. Tenho certeza que você vai adorar.

Capítulo 14
Depois de comer a metade do macarrão, tenho que parar. Estou muito
nervosa para comer tudo, apesar de não parecer isso. Eu não sou uma chef, é
claro, mas pelo menos eu consegui fazer isso sem muito esforço.
Tenho certeza de que Ian não suspeita de nada. Hoje, o Google é o meu
melhor amigo e Andie a segunda melhor. Ou talvez Sarah deva ser a minha
melhor amiga, agora que eu sou a sua mãe número dois. Isso deixaria Google
em segundo e Andie em terceiro. Não espera. Não parece certo. Quando antes
Andie esteve no número três?
- Quer ver TV? – pergunta
Ian enquanto coloca o último prato na máquina de lavar
louça. O som de sua voz dá voltas no meu cérebro. Sacudo a
minha cabeça um pouco para conseguir voltar para a realidade. Meu último
pensamento sobre o assunto é reorganizar as prioridades para a minha idade é
... difícil.
- Uhhh ... TV? Claro. O que tem? – Estou contente de que
tenha sugerido algo para matar o tempo. São somente sete e é muito cedo para
eu ir para a cama, mesmo com a diferença de horário que é a causa do meu jet
lag.
- Castle14. Meu favorito. Eu tenho em DVD.
- Sério? Não te imagino como um tipo Castle.
Caminha pelo corredor até a sala principal comigo logo atrás.
-Oh sim. Castelo e eu andamos de mãos dadas.
Nós nos acomodamos em um sofá, ele está em um lado e eu do outro,
a distância de uma almofada inteira entre nós. Há uma manta tecida ao longo de
parte de trás que eu pego para colocar em cima mim já que a sala está um pouco
fria.
-Você está com frio? Você quer que eu acenda a lareira? - Olho para a
lareira na parede do fundo.
- Essa coisa realmente funciona? - Me enrolo embaixo do cobertor
colorido e olho sobre a borda em direção a ele. Meus pés se aconchegam
debaixo de mim, esperando que minha bunda descongele.
- Sim. - Ele ri. - Por que não?

14
Castle: é uma serie estadunidense protagonizada pelos
canadenses Nathan Fillion e Stana Katic. Exibida
originalmente pela laABC, a serie estriou em 9 de março de 2009.
- Não sei. - Meu hálito cheira a alho e está ondulando em torno
de meu nariz, o que torna difícil respirar. Tenho que
jogar meu rosto longe do cobertor para obter um pouco de oxigênio fresco e ser
capaz de terminar o meu pensamento. – Todas as que vi em casas são
apenas ornamentais.
Ele caminha até a lareira e se abaixa, tomando cuidado para empilhar
as coisas dentro do grande buraco coberto de cinzas na parede.
- Essa funciona muito bem. Não esquenta muito mais que esta sala, mas
tudo bem. Temos aquecimento central também.
Uma vez que as chamas tenham começado, Ian sai da sala. Está de
volta em menos de um minuto com outra taça de vinho e uma cerveja. Ele os
coloca na mesa de café na frente de nós antes de pegar o controle remoto e se
sentar no sofá. Desta vez, um pouco mais para o centro do que estava antes. Me
pergunto se é de propósito. Me faz feliz pensar que poderia ser.
O show começa. Eu não posso parar de olhar Ian de tempos em tempos
para ver suas expressões faciais. Está tão bonito. Me distrai tanto que não presto
atenção ao enredo da história.
- Do que você tanto gosta neste programa? - Pergunto, querendo
saber mais sobre o que faz capturar Ian.
Ele dá de ombros, ainda olhando para a tela.
- Não sei. Eu
acho que gosto que ele está vivendo na cidade, trabalhando em suas próprias
coisas, mantendo sua vida interessante fazendo coisas diferentes, e vivendo um
pouco perigosamente com uma mulher sexy que não aguenta nenhuma
merda. E eu gosto do seu senso de humor. Nathan Fillion é um grande ator.
Olho para
o cara que está falando, o personagem de Richard Castle, que está fazendo
passar por um mau momento seu colega policial. Cara, ele é bonito. Ele pode me
fazer passar por
um mau momento qualquer dia da semana e duas vezes no domingo.
- Ele é sexy, eu sei disso.
- Mais sexy do que eu? - Ian vira a cabeça em minha direção e move as
sobrancelhas para mim.
O chuto levemente no quadril.
- Talvez se você parasse de usar aquele boné estúpido seria.
Ian pega seu boné de beisebol, levanta a cabeça e o joga por
toda a sala em direção à lareira. Atinge a borda e cai no chão, pousando em
uma pilha de lenha empilhada.
- O que você está fazendo? - Pergunto, rindo ao mesmo tempo. Eu não
posso acreditar que fez isso. É como se ele realmente se importasse com o que
eu penso sobre sua aparência. Isso não pode estar certo. Ele havia colocado
especificamente aquele chapéu porque eu lhe tinha dito que era horrível.
― Vou queimar essa porcaria de uma vez por todas, assim você para de
pegar no meu pé sobre essa coisa.
O chuto novamente, mas desta vez ele está pronto para mim.
Seus olhos brilham ao pegar meu pé e o arrastar sobre seu colo.
De repente, a atmosfera muda. Nós dois voltamos para a TV, agindo
como se isso não fosse o que sentimos. Meu coração bate um milhão de
quilômetros por hora. Estou na escola ou o quê? Porque é assim que você se
sente ... como uma daquelas coisas de primeiros beijos, ao verificar se ele gosta
ou não, onde ele tenta chegar na primeira base.
- Droga, menina, seus pés estão mais frio do que o gelo. - Os esfrega
vigorosamente com as suas mãos gigantes.
Isso me faz me perguntar o que sentiria se ele esfregasse em outras
partes do meu corpo. Rawr.
Faço um gesto como se não fosse nada.
- Bem, é praticamente o círculo polar ártico aqui em Baker City. O que
você espera? Eu sou uma garota da Flórida, não um urso polar.
- Você nunca viveu em algum lugar ao norte de lá? - Sua atenção se
afasta da televisão, enquanto ainda esfrega meu pé. Não estava fazendo muito
pelos meus dedos dos pés, mas é certeza que estava aquecendo outras partes
do meu corpo.
Acalme-se, Candice. Inspire, expire. Você pode fazer isso.
- Não. Nunca. - Quando seu rosto fica em branco, acrescentou –Não é
como se não quisesse, é que eu nunca tive que fazer.
Ele balança a cabeça e se vira para olhar para a televisão.
Por que eu disse isso? Parecia que ele estava insinuando que ele me
pediria para me mudar para cá ou algo assim. Qual é o meu problema? Desde
quando eu sou uma tonta em torno de um cara bonito? Jesus, eu
sou um desastre. Não é de estranhar que Andie casou com o irmão dele depois
de o conhecer somente há uma hora. Esses garotos MacKenzie são perigosos
com seu ar de homem sexy.
Estendo a mão, pega a minha taça de vinho, estendendo o meu outro pé
no processo.
Ian para e o puxa para o seu colo também.
Tentando superar a ultimo calafrio, tomo um pequeno gole de minha
bebida. Mas quando o
seu pacote pressiona contra o centro de meu pé e desliza para cima e depois
para baixo, e quando sinto um formigamento na altura das minhas partes de
menina, eu engulo o resto do vinho em dois goles.
Ele olha para mim e sorri.
- Você tem um bigode de vinho.
Pareço genial, eu acho.
O limpo com o dorso da minha
mão, tentando conter um arroto e exalando tão delicadamente como eu posso
quando me escapa.
- O que aconteceu? - Pergunta, esfregando profundamente a sola do
meu pé.
Gotas de suor estão saindo na parte superior do meu lábio e entre os
meus seios. O lugar especial entre as minhas pernas está ficando
toda nervosa. Ansiosa. Como se necessitasse estar lá em vez dos meus
pés. Me pergunto o quão grande deve ser sob as suas calças.
Merda. Talvez seja o vinho ou a lareira ou algo assim, mas estou quase
no ponto onde vou ter que trocar minha roupa intima. Olho ao redor da sala,
perguntando se teria sido drogada.
Não. A televisão segue mostrando imagens de Richard Castle, os
quadros nas paredes ainda lá – nem mesmo – as cadeiras não estão dançando
com mesas laterais. Mas, mesmo sem qualquer ajuda farmacêutica, sigo assim,
algo muito inapropriado acontecer neste sofá, mesmo sem ninguém sequer
chegar perto de tocar minha VG15. Como isso é possível?

15
VG: Vagina
O que ...?
- O que diabos você está fazendo? - Pergunto, de repente suspeitando
quando eu pego sua expressão interrogativa.
Um sorriso lento começa a se espalhar em seu rosto.
- Quem? Eu? - Olha para seu colo. – Simplesmente esfregando seus
pés. - Olha para mim novamente e aquele sorriso ainda está lá. Então levanta
uma sobrancelha. - Sente-se bem?
Ele não poderia ser mais sexy ou mais torturante do que agora.
Tento levantar os meus pés, mas agarra seus tornozelos e me prende a
ele.
- Eles ainda estão frios. Deixe-me esfregar um pouco para você. Vai ficar
beeeem e quente.
Ele não está me assustando, mas eu não gosto da sensação de não ser
capaz de controlar minha libido quando ele está tão perto.
- Pare com isso. Basta. – Me sento e empurro suas mãos longe dos
meus pés, o golpeio um pouco quando isso não funciona. Usa seu cotovelo para
se defender, ainda me segurando e me mantendo prisioneira.
Então a porta se abre e nós ouvir vozes.
- Simplesmente relaxe – sussurra, piscando um olho e logo levanta a
vista quando seus pais chegam na entrada da sala e param para olhar para nós. -
Oh, oi, mãe. Pai. A pizza está a caminho.
- Cheira como se vocês já tivessem comido uma - Angus diz, levantando
o nariz para a cozinha.
- Olá - eu digo, me virando para vê-los melhor, grata pela
interrupção. Minha pressão arterial volta rapidamente para níveis não perigoso
- Fizemos espaguete, mas não foi muito. Então Ian pediu algumas pizzas para
vocês.
- Tudo bem, querida. Obrigada - Maeve pega o marido pelo braço e o
conduz pelo corredor como se estivesse com pressa. Angus nos olhando por
cima do ombro. Ele não consegue terminar de entrar na cozinha antes de o som
de sua voz flutuar até a sala.
- Eu pensei que ele odiasse pés.
- Shhhhi. Apenas sente-se e que te farei um pouco de sopa.
A porta que divide a cozinha do corredor, que permaneceu aberta desde
que cheguei aqui, se fecha, deixando Ian e eu sozinhos novamente.
Olho para ele suspeita.
- Se você odeia pés, o que está fazendo esfregando os meus?
Volta a assistir televisão, mas eu posso dizer não está prestando
atenção no que está passando na tela. Ele sorri amplamente.
- Suponho que você ache que os seus são muito bonitos para deixá-los
congelar.
O pego com a guarda baixa fazendo um dos
meus bruscos movimentos de ninja e puxando meus pés a uma velocidade de
falta de definição. Os coloco debaixo de mim e envolvo o cobertor em volta e
debaixo deles, e franzo o cenho. Uma certa busca no Google que eu fiz no
passado me vem à mente, e, gradualmente, eu percebo o que é. Deveria ter
conhecido melhor que o que ele estava fazendo era apenas sendo gentil com os
meus pobres velhos pés frios.

- Ou talvez você tenha lido muitos artigos sobre reflexologia e acha que
pode me enganar com uma massagem orgástica nos pés.
Ele balança a cabeça para o lado para olhar para mim. Ele ri um pouco
e depois para.
- Você sabe isso?
Bufo e reviro os olhos.
- Por favor. Eu sou praticamente dona da Internet. Boa tentativa. –
Todavia ainda estou suando pela estupida massagem nos pés quase orgástica
que ele acabou de me dar. Ian Mackenzie Droga! Você vai pagar por isso.
E embora me enfureça que tenha tentado me manipula assim, eu tenho
que admirar sua criatividade e, em geral, astúcia. Eu nunca conheci um homem
mais parecido comigo na minha vida que Ian MacKenzie. Isso pode ser perigoso.
Ele ri no fundo da garganta.
- Você não pode culpar um cara por tentar.
- Oh, claro que posso - digo em voz baixa. Quero
lhe dar um chute, desta vez muito forte, mas eu temo que irá tentar capturar os
meus pés novamente e que eu o deixe fazer isso.
Assistimos o resto do programa em silêncio, mas meu cérebro é uma
colmeia em atividade. O que significa isso de ele tentar um ataque orgástico
furtivamente? Era a sua vingança final pela lesão no tornozelo que ele recebeu
no campo de tiro ou um desejo real de me deixar quente e incomodada?
Oh, este homem tem que ser o ser humano mais exasperante que
conheci. Eu não posso dizer se é um cara realmente incrível como ele está
agindo ou se tudo isso só faz parte de um plano diabólico para me devolver pelo
incidente do não tiro.
Vou ter que ficar em guarda nos próximos dias até que possa
resolver isso. Graças a Deus eu tomei duas semanas livres de trabalho. Isso de
tempo suficiente para determinar seus motivos, me divertir um pouco, e depois
terminar as coisas com uma nota alta, tudo ao mesmo tempo enquanto faço um
pouco do que melhores amigas para sempre e dou amor a bebê Sarah.
Com a minha confiança restaurada agora que tenho um plano de ação,
sorrio por dentro, pensando o quão maravilhosa Baker City está provando
ser. Ian MacKenzie cairá, e não vai sequer ver chegando até que seja tarde
demais.
Capítulo 15
Depois de abandonar o sofá para ir para quarto de Mack para um sono
necessário, passo horas dando voltas. Em algum lugar por volta de uma da
manhã, pego Millie, a minha nova arma, e pratico colocar balas no carregador e
tirá-las. Depois de uma hora, estou mais ou menos qualificada para o FBI.
Tento dormir novamente às duas da manhã e, finalmente, caio
inconsciente em algum momento depois das três. Então um ridículo galo começa
a cacarejar as cinco e me obriga a levantar depois de somente duas horas. Estou
bastante segura de que eu não tive nenhum sono REM16.
Nota mental: comprar tampões para os ouvidos na cidade hoje. Talvez
vou ter que apresentar Millie ao Sr. Galo para que possamos chegar a um
acordo. Diga olá para a minha amiguinha. Vou deixar que você saiba que pode
cantar a qualquer momento depois das oito, mas a qualquer momento antes
disso, é simplesmente grosseiro.

16
REM: é a terceira fase do sono, seu nome é a abreviação de movimento rápidos dos olhos em
português. A profundidade do sono não é o mesmo todo o tempo.
A porta de Ian está fechada, mas não posso dizer se está dentro ou fora
fazendo tarefas na neve. Parece que isso é tudo o que fazem por aqui. Estou
tentada a chamar, e se ele estiver ali, iria perguntar quais são seus planos para
o dia, mas eu não faço. Um banho quente está me chamando, e já que o café
daqui fede, isso é tudo o que tenho para me acordar do meu cansativo cochilo
de duas horas. Ademais, não quero que pense que a primeira coisa que quero
fazer quando eu acordo é ver seu rosto, embora seja isso.
A medida que a água quente começa a cair ao meu redor, meus
pensamentos são esclarecidos. Minha primeira ordem do dia é visitar Andie e
Sarah. Então eu vou comprar tampões de ouvido e alguns produtos para o
cabelo mais adequados para a neve. Então eu vou ...
Hum.
Franzo a testa.
Não há nada no meu cérebro, mais que vazio. Meus pensamentos
param aí, porque eu não tenho ideia do que mais vou fazer aqui. Não que este
seja um ponto quente da vida metropolitana. Não há museus de arte, shoppings
ou parques de diversões. Meu plano de todo um dia só vai levar duas horas. O
que eu deveria fazer com as outras doze?
Lavo meu cabelo enquanto eu considero minhas opções. Eu
provavelmente poderia seguir Maeve por aí. Aprender a enlatar coisas. Talvez
fazer alguns picles ou algo assim. Poderia ir ver algumas vacas.
Sim. Isso soa como um monte de diversão.
Mentira.
Ou poderia ir encontrar Ian e fazer o que ele estiver fazendo.
Sorrio enquanto imagino isso. A expressão em seu rosto - de irritado
provavelmente -, seus comentários de sabe tudo, insistindo que o deixe em paz...
sim, isso é um grande plano. Muito melhor para fazer picles.
Me apresso com o condicionador no meu cabelo para poder estar vestida
e pronta para quando ele levantar. Talvez eu possa até conseguir que ele me
leve para a cidade para o almoço. Então veríamos se realmente está saindo com
essa garota Hannah Banana. Podemos ir para a cafeteria juntos e ver como ele
reage. Dessa forma, saberia tudo o que preciso saber antes de nossa grande
festa na casa do Boog.
Tenho que me assegurar de que
não tente para sair da pequena festa. Estou ansioso para conhecer todas essas
pessoas que deveriam ter estado na sala de espera, enquanto Sarah
nascia. Algo está acontecendo aqui nesta cidade, e eu vou chegar no fundo
disso. Não gosto da ideia de que minha melhor amiga está isolada e sem
amigos para sair. Uma menina pode ficar louca se não tirar um tempo para
conversar e fofocar.
Por sorte termino meu cabelo, o deixando como faria em um dia de
trabalho. Sendo uma advogada torna isso quase impossível para Andie. Ela
quebra as leis quando fala. Quão patético é isso? Gostaria de saber. Por que
decidiu se tornar uma advogada está muito além da minha compreensão. Ela
é muito inteligente e boa nisso, mas maldita
seja, os advogados não são divertidos. Estou tão feliz que encontrou Mack e
voltou ao seu antigo eu.
Estou quase terminando de secar meu cabelo quando alguém bate na
porta. Estou sem maquiagem, mas não paro. Abro uma fresta e sorrio,
esperando ver Ian insistindo que lhe permita usar as instalações. Estou um
pouco desapontada quando me dou conta de que é Maeve, mas eu
tento não deixar isso transparecer na minha expressão.
- Bom dia, querida. Pronta para o café? - Sorri, movendo um pouco toda
a sua cabeleira no processo.
Sinto o cheiro de torradas e isso faz com que meu estômago ronque.
- Claro. Em cerca de dez minutos, ok?
- Claro. Tudo está sobre a mesa, apenas sirva-se. - Ela se vira para sair.
Abro a porta de forma mais completa e retiro toda a minha cabeça.
- Ian ainda está dormindo?
Ela para no topo das escadas.
- Oh, não, ele saiu há um tempo.
Posso sentir meu rosto cair.
- Tempo? Há quanto tempo? Quando ele se foi?
- Ele se levanta para o trabalho as quatro. Embora eu suponho que ele
possa estar de volta para o café por volta das oito.
- Oito? - O que diabos eu vou fazer por duas horas? - Bom. Nos vemos
no piso térreo. - Estou começando a voltar para o banheiro, mas a voz de Maeve
me para.
- Você quer que a leve para algum lugar? - Coloco a minha cara para
fora de novo.
- Oh, não, tudo bem. Falarei com Ian mais tarde. Eu tenho coisas que
posso fazer. - Como ver como o meu esmalte seca nas unhas ou algo igualmente
estimulante.
- Posso chamá-lo, se quiser. Se você precisar dele para alguma coisa.
Meu rosto fica um pouco vermelho. Será que estou parecendo
desesperada para vê-lo? Deus, eu não posso deixar sua mãe saber que quero
entrar em suas calças. Eca!
- Não, não, não se incomode. Estou bem, realmente, eu estou. Só tenho
que terminar meu cabelo e eu vou para baixo.
Um barulho alto vindo da parte inferior das escadas e uma rajada de ar
frio o segue. Desliza sobre a minha pele, então eu quero voltar para o banheiro,
onde ainda está quente.
- Oie, mãe?! - Ian grita alto o suficiente para ser ouvido de um canto a
outro da casa. Deve estar de pé no corredor. – Essa garota da cidade já
levantou?
Um sorriso se forma ao longo do meu rosto antes que eu
tenha tempo de me segurar, e Maeve me pega. Ela também sorri enquanto ela
grita abaixo:
- Sim, ela está toda com olhos brilhantes e cabelo espesso, de fato!
- Bom! Diga para trazer seu traseiro aqui em baixo. Tenho algo para lhe
ensinar.
- Eu suponho que a dará uma carona de algum tipo, - me diz suavemente
antes de descer as escadas.
- Estarei pronta em dez minutos! - Grito.
- Tem um! - Ele diz Ian de volta - Eu não vou esperar!
Eu bato a porta e deixo cair o secador de cabelo na minha pressa para
parecer apresentável. Sua extremidade plástica voa e atinge a
parede, mas eu ignoro. Se ganhasse um centavo por cada vez que isso
acontece em minha vida já não teria que ir trabalhar na terça-feira. Amarro meu
cabelo em um nó com um elástico e limito minha maquiagem a máscara e
delineador de olhos.
Boom. Feito. Quem disse que eu não sou de alto desempenho?
Envolvida em meu robe de seda curto, corro na ponta dos pés do
banheiro para o quarto e coloco uma tanga cor de rosa, combinando com o sutiã
de renda, jeans e um suéter da universidade que já viu melhores dias. Desde
que eu passei muito tempo no chão ontem, acho que seria melhor estar
preparada para mais disso hoje, especialmente desde que Ian será meu guia.
Me pergunto o que ele quer me mostrar. Espero que seja ele nu. Estou
totalmente pronta para derreter um pouco de neve. O ensinarei a não me dar um
ataque surpresa de massagem orgástica nos pés. Você não tem ideia com quem
está se metendo.
Minhas botas novas deslizam com um sussurro e eu estou pronta para
ir. Não sei o quão sério era esse minuto, mas não quero perder a chance
disso. Pego minha bolsa e jogo em cima do meu ombro enquanto eu saio do
quarto.
Desço correndo as escadas, parando na parte inferior, me dando conta
enquanto olho os ganchos para pendurar roupa que minha jaqueta de couro está
na caminhonete e coberta com líquido amniótico.
A porta da frente se abre e Ian põe a cabeça dentro da casa.
- Bem, vamos lá, não tenho o dia todo.
- Não tenho uma jaqueta. Andie derrubou toda a sua substancia sobre a
minha ontem.
Empurrando a porta, abre e entra o suficiente para tirar um grande
casaco de camuflagem do gancho.
- Leve este – o joga para mim e nem sequer espera que eu responda.
Está fora da porta e se foi, deixando para
trás um pouco de neve derretida sobre o chão e um monte de ar frio. Meus
mamilos se tornam pedras e não por uma boa razão. Espero que eles não se
quebrem quando sair.
Seguro o casaco na minha frente e falo alto o suficiente para ser ouvida
através da porta fechada.
- Está coisa é fodidamente horrível. De quem é?
- É minha - diz da varanda. - Vamos lá! Vai perder!
Jogo meu braço através de um dos buracos e agarro a porta, correndo
para alcança-lo. A menina pequena da escola secundaria em mim está muito
animada por estar vestindo a jaqueta de Ian. É quase tão bom quanto o brasão
de campeão. Olá, retrocesso Grease! Poderia ser totalmente Sandy, e Ian não
faria um mau Danny, agora que penso nisso.
- Whooo! - Grito, quando o ar é roubado de meus pulmões pelo frio. As
visões de Ian e eu fazendo um musical juntos se desvanecem no meu
cérebro. De repente, eu tenho que ficar no meu lugar. Eu nunca senti nada tão
horrível na minha vida. Meus pelos das fossas nasais estão congeladas dentro
do meu nariz.
- Coloque a jaqueta, boba - diz, no meio do caminho – Está abaixo de
zero aqui fora.
- Mee... er...da! Faz frio aqui fora, filho de pu..! –Coloco meu outro braço
no casaco e a aperto ao meu redor, me envolvendo tão apertadamente quanto
posso. Felizmente é muito grande, por isso as minhas mãos estão fora do frio
e dentro das mangas, e há tecido sobre meu traseiro e até meus joelhos. Ainda
assim, eu estou tremendo. Eu estou com medo de que o
meu cabelo ainda tenha algo molhado. Assim é como a hipotermia
começa? Espero que não.
Chego na caminhonete que está estacionada ao lado e olho por entre os
vincos do tecido.
- Onde ... estamos ... indo? - Meus dentes estão batendo.
Ele me alcança e empurra minhas mãos as distanciando. Protesto até
que me dou conta de que está procurando o zíper.
- Vamos ver algo que eu acho que você vai gostar, se você puder colocar
seu traseiro na caminhonete.
- Ainda não são seis horas da manhã, Ian. E você não me deu nenhum
aviso.
- Preguiçosa - diz, balançando a cabeça enquanto sobe o meu zíper. Ele
põe a mão em um bolso exterior do casaco e tira de lá algumas peças de couro
preto. - Coloque estes.
Nunca fiquei tão feliz de ver um horrível par de luvas na minha vida. Já
posso sentir o calor que elas vão dar a meus dedos doloridos.
Uma delas cai por eu as colocar demasiadamente rápido, e nós dois nos
agachamos ao mesmo tempo para pegar. Nossas cabeças batem como dois
cocos, e eu caio para trás tentando escapar da dor.
-Que diabos...? - Ian está ali, segurando a cabeça, e olhando para mim.
Deito no chão, olhando para ele enquanto eu seguro minha testa.
― Ow. Dor de cabeça.
- Você deve ser a pessoa menos coordenada que eu já conheci - diz,
estendendo a mão.
Dou a volta para o meu lado e me levanto em minhas mãos e joelhos.
- Vá embora, eu não preciso da sua ajuda. - Quando eu finalmente paro,
me viro para olhar.
Ele salta de susto e logo parece culpado, como se ele tivesse sido
pego fazendo algo errado. Ele olha para o chão, com o rosto um pouco mais rosa
do que antes. Minhas mãos vão para meus quadris e uso a oportunidade para
subir um pouco minha calça. É possível que acabei de lhe dar um flash do meu
cofrinho meus esforços para me levantar. A boa notícia é que eu estou vestindo
um conjunto de tanga bonita e sem calcinha de avó.
- Escute, Ian ... se você e eu estamos indo para se dar bem, você vai ter
que parar de me insultar.
- Te insultar?
- Sim. Me chamou de preguiçosa e desajeitada. Não é bom dizer isso
para as meninas. Sua mãe não te ensinou a ser gentil?
- Suponho que sim. – Aperta os lábios e acena uma vez.
- Bem. Então faça sua mãe feliz. Seja um bom menino - lhe dou
palmadinhas no rosto um par de vezes, talvez mais forte do
que deveria, mas precisa de uma chamada de atenção. - Agora seja um
cavalheiro e abra a porta para mim.
Parece que está a ponto de me dizer algo sarcástico, mas em seu lugar,
se move para o lado e abre a porta do passageiro da caminhonete negra.
- Posso lhe dar uma mão? - Pergunta, levantando a mão enluvada.
- Obrigada - digo, sorrindo. Estou tão feliz que ele se comportou. Talvez
ele realmente vá se dar bem comigo.
- Você tem um sorriso agradável, você sabia disso? - Ele pergunta. Me
olhando fixamente. - Você tem uma covinha justo aqui na bochecha. - Sua outra
mão se estende para mim e enfia um dedo no seu rosto. Firmemente. Em
seguida, ele sorri.
Aperto os dentes para não dizer algo que vou me arrepender. Ele está
me hostilizando totalmente agora, esperando para me defender, que é
exatamente o por que eu não vou fazer isso.
Hoje, eu vou pagar com a mesma moeda. Ian provará um pouco de seu
próprio remédio, mesmo que seja a última coisa que faço antes de eu ir. No
entanto, espero que não demore tantas as coisas para
fazer. Tenho muito desejo de ver acontecer.
Capítulo 16
- Então, o que vamos ver? - Pergunto, uma vez que estamos instalados
na cabine da caminhonete com a minha bolsa no chão aos meus pés.
- Basta esperar e verá - diz, movendo a caminhonete na estrada.
Esperava que fosse reverter e sair em direção pela frente, mas ao
contrário, sai pela parte de trás da propriedade. Está usando uma pequena
alavanca em vez da maior, uma regular.
- Para que é isso? - Pergunto, apontando para a pequena coisa.
- Para todas as quatro rodas. Nós deixaremos a estrada.
- Isso é seguro? - Um arrepio de medo percorre meu corpo.
Ele olha para mim e balança as sobrancelhas.
― Provavelmente não.
Calor corre para o meu coração. Não duvido por um segundo que estou
perfeitamente bem com Ian. Olho pela janela lateral por um momento
para manter meus sentimentos feminina sob controle. Não posso deixa-lo saber
que me afeta tão facilmente. Descanso meu nariz contra o material de sua
jaqueta, respirando o cheiro dela. É tão Ian. Delicioso.
- O que você está pensando lá em cima, no seu feijão? - Ele pergunta.
- Qual feijão? - Balanço meu olhar para a estrada em frente de nós. Há
pegadas sujas indo para longe da casa, para as montanhas, cujas bases
estamos. Espero que não cairmos pelo morro. Quão boas são as alavancas do
câmbio de tração dupla com gelo na estrada? Eu não posso imaginar que sejam
muito melhores do que umas alavancas de câmbio regular.
- O feijão mexicano saltando no seu cérebro. Isso sempre salta de uma
coisa louca a outra.
O fulmino com o olhar.
- Primeiro, eu acho que as coisas que penso não são loucos, são
interessantes. E em segundo lugar, eu estava pensando ... no clima agradável
que faz hoje. - De nenhuma maneira que eu vou dizer-lhe ele me faz sentir
segura. Sua cabeça tão grande iria explodir.
Ele ri.
-Isso é uma mentira. Você odeia a neve.
Suspirou profundamente, meus olhos fixos na imensidão branca
brilhante diante de nós. Neve não é para mim. Eu acho que eu ficaria louca a
olhando o dia todo.
- Eu estou tentando superar isso.
- Algumas pessoas nunca conseguem. Eu não sou fã, para ser honesto.
Olho para ele, desconfiada. Esta afirmação parece muito desleal com a
sua família por algum motivo.
- Como você pode viver aqui em Baker City e não ser um fã da neve?
Ele dá de ombros.
- Não escolhi este lugar. Minha família fez. Isso não significa que eu
tenho que gostar.
- Mas você é um homem adulto. Você é um arquiteto. Você poderia viver
em qualquer lugar. Por que ficar se você não está feliz?
Ele perde sua cara feliz.
― Não é tão fácil.
- Claro que é. Faça suas malas, diga adeus e saia. Feito.
Me olha por um segundo antes de se voltar para a frente, para a estrada.
- Você faz isso parecer tão fácil, isso é certo.
- Diga-me por que é tão difícil sobre isso.
- Que tal se te mostrar? – Um sorriso paira nos cantos de sua boca.
- Hmmm ... Estou intrigada. - Ele sorri, ainda olhando para fora da
janela. – Está bem. Me convenceu. Mostre-me o que faz ser tão difícil
para sair da aqui.
― Já quase chegamos – diz, girando a caminhonete ao redor de uma
ampla curva na estrada. Há uma grande arvore no caminho com um monte de
neve se equilibrando sobre seus ramos verdes. Estremeço um pouco, me
perguntando se isso é suficiente para causar uma avalanche.
Nossa conversa sobre caçar com armas volta para mim e meu
sentimento de felicidade se dissipa. Talvez seja isso que ele queira me mostrar
assim poderia me fazer entender.
― Vai me mostrar um animal morto? Porque se for isso, nunca o
perdoarei. Digo a sério, Ian.
Franzindo a testa, fazendo as mudanças necessárias para levar a
caminhonete sobre uma colina com mais potência.
- Por que faria isso?
Dou de ombros, me sentindo um pouco embaraçada agora por
considerar isso. Ele pode ser um pé no saco, mas nunca foi mesquinho
comigo. No entanto, seguirei adiante e perdoarei a mim mesma, porque tive
apenas duas horas de sono. Ninguém pode pensar claramente sem uma boa
noite dormida.
- Você disse que gosta de caçar - Explico, esperando que não volte a
próxima acusação contra mim.
- Sim, mas não por esporte. Eu como o que caço, pura e simples.
Eu não tenho munição suficiente de investigação no Google para debater
o tema da caça silvestre com ele neste momento, assim mantenho a boca
fechada. Mais tarde eu vou explicar de uma maneira que ambos possamos
entender. Depois que tenha tido um pouco de sono e um pouco de tempo
na frente do computador.
- Aqui estamos – diz. Estamos no topo de uma colina e estaciona a
caminhonete. Puxando fortemente o freio de emergência, abre a sua porta. -
Basta caminhar devagar e ficar atrás de mim.
Puxo a alça da minha bolsa através do meu corpo e o sigo para fora da
caminhonete. Tenho que caminhar pela neve na altura dos meus joelhos para
chegar até ele.
Estende uma mão para trás e eu a tomo, encantada de que realmente
estamos de mãos dadas. Minha menina interior da escola secundaria quase grita
de prazer.
- Veja ali? - Ele aponta para uma mancha preta em uma superfície
plana de neve. Há uma abundância de barro aparecendo através de muita coisa
congelada, e por um par de segundos acredito que me trouxe aqui para me
mostrar uma grande rocha. Mas então eu percebo que a rocha se move.
- O que é isso…? É uma vaca?
― Sim. Está em trabalho de parto.
- Está o que? – Me aproximo, olhando por cima do seu ombro.
- Ela está tendo um bebê.
Um movimento no canto do meu olho me chama a atenção. Na verdade,
existem várias vacas em pé ao redor, algumas com pequenos bezerros próximos
a elas e outras simplesmente passando um tempo sozinhas.
Um forte muu no centro chama minha atenção novamente.
- Vai ter um bebê aqui na neve? Na lama?
- Sim. Você não pode deter a Mãe Natureza.
Ele começa a andar novamente.
- Tem certeza de que podemos nos aproximar tanto? - Estou segurando
sua mão e braço com um agarre de ferro. Minha bolsa bate contra a minha perna.
- Sim. Pode ser que precise de alguma ajuda. Ela me conhece, de
qualquer maneira. Vamos ficar bem.
Eu começo a cantar uma música sussurrando sem realmente pensar
sobre isso.
- Oh meu Deus, oh meu Deus, oh meu Deus ... isso é loucura, é loucura,
é loucura ... – escorrego um par de vezes, mas Ian é tão sólido como uma casa
de tijolos. Simplesmente me penduro nele para salvar a minha querida vida, e
antes que eu perceba, estamos de pé a poucos metros de distância dela e
minhas costas ainda está seca. É um milagre de Natal.
A vaca está parada também.
- Não tem que se deitar? – Pergunto. Está agitada e parece realmente
desconfortável.
- Sim, basta olhar.
Cerca de um minuto depois, a vaca se move, baixando seus joelhos e
logo se deitando de lado. Algo se projeta a partir
de sua extremidade posterior. Algo ... pegajoso. E grande.
- Oh Deus ... isso é nojento.
- Shhhhh, você só tem que esperar.
Não tenho certeza quanto tempo se passa, mas fico todo esse tempo
sentindo pela da vaca. Andie tinha razão. A única maneira de fazer tudo isso,
de nascimento é em uma cama de hospital quente com enfermeiros e médicos
em pé por todo o lugar transportando cobertores. Eu não posso sentir meus pés,
nem mesmo os dedos.
A vaca para quando penso que não poderia ser possível, porque tem
essa coisa gigante pendurada na parte de trás, e então essa grande mancha
simplesmente desliza para fora. O bebê cai no solo, uma capa branca de algo
que não – quero – saber- o – que – é cobrindo seu rosto. Se encontra na neve,
mas não em movimento.
― Vamos, vamos… ―Ian soa preocupado.
- O que está errado? – Olho no rosto da vaca. O bebê ainda não fez
nada. Na verdade, se não tivesse o visto sair da vaca, nem mesmo saberia que
ela é uma vaca. Parece que um alienígena gigante e pegajoso lá no chão.
- Rápido! - Ele diz em um sussurro. - Busque as toalhas no banco de
trás! – Caminha em direção a vaca e me deixando em pé lá.
Quero fazer mil perguntas, mas eu não faço. Em vez disso, vou o mais
rápido quanto eu posso
através da neve para retornar para a caminhonete. Só caio uma vez tentando
chegar lá.
Há uma pilha de toalhas velhas cuidadosamente dobradas no assento.
As pego e me esforço para voltar e encontrar Ian novamente.
Ele está de joelhos ao lado do
bezerro, limpando a sujeira em seu rosto. A mãe vaca está lambendo as patas
traseiras do bebê, mas isso não está fazendo qualquer efeito, que possa ver.
Eu acho que meu coração se tornou um pedaço de ferro; ele se sente
tão pesado no meu peito. O bebê parece definitivamente morto.
- Oh, meu Deus – sussurro enquanto se instala no meu cérebro que eu
possa estar sendo testemunha da morte de um bebê recém-nascido. -
Não, não, não, não, não! - Soa como estivesse chorando. Eu não posso chegar
suficientemente rápido. É como um daqueles pesadelos em que eu tenho que
correr entre as águas mais profundas. - IAN! Eu já vou!
Vou de cara contra a neve, aterrissando sobre as toalhas. Me levanto o
mais rápido que posso, as levando em meus braços outra vez, deixando a parte
inferior um pouco suja por tentar tirar a neve que se prendeu nelas.
Quando me aproximo da vaca, torna-se mais fácil caminhar. Os animais
pisaram o chão e transformaram a maior parte em terra. Mas agora eu temo que
tenha algum touro ao redor pronto para me atacar com seus chifres.
- Vamos, deixe de brincar ai! - Ian acena o braço em grandes círculos.
- Onde estão os touros?
- Não tem touros aqui, todas são vacas. Vamos!
Vejo alguns chifres, mas em vez de discutir, me concentro novamente
em dar pequenos passos, tentando reduzir ao mínimo as probabilidades de
comer pó novamente. Ian pega a toalha sobre meus braços assim que eu estou
perto o suficiente e começa a esfregar seu bezerro com ela.
- Vamos, faça isso – demanda - Esfregue!
Deixo cair as toalhas no chão e pego uma, indo para o outro lado do
bezerro.
- Basta esfregar? - Pergunto, me aproximando.
― Esfregue. Estimule. A desperte.
Coloco a toalha em seu traseiro e começo a esfregar. Lágrimas rolam
pelo meu rosto enquanto eu sinto seu corpo sem vida em minhas mãos.
- É uma menina? – Pergunto. Tudo o que posso pensar é na bebê Sarah
no hospital.
- Sim, é uma menina, eu acho. Vamos, menina,
acorde. Acorde. Respire, você pode.
Começo esfregando com ambas as mãos. Seu pequeno corpo se achata
um pouco com os nossos movimentos combinados.
- Vamos, bebê vaca, acorde! - Digo, tentando falar através das minhas
lágrimas. - Não se atreva a morrer. Não há vacas mortas no meu turno, está me
ouvindo? Sem vacas mortas!
A mãe solta um rugido que parte meu coração. Se inclina, lambe mais a
bebê e depois vai embora.
- Foi embora! - Grito, assustada com a ideia.
- Só tem que esfregar - diz Ian, com foco no bebê.
Me arrastado na lama e na neve até a sua cabeça e esfrego ao
redor das orelhas, olhos e nariz do bezerro.
- Vamos bebê vaca. Não se atreva a morrer.
Em seguida, uma memória vem a mim; faço uma pausa e o considero.
Havia um tipo uma vez no YouTube com um bebê servo que necessitou de
reanimação em um lado da estrada...
Agarro a cabeça do bezerro e a viro para que olhe para mim.
- Tenho que fazer uma tentativa – digo a ninguém em particular.
Mantenho a boca fechada do bezerro e me inclino para baixo, me preparando
para por meus lábios em suas fossas nasais.
- O que diabos está fazendo? – Pergunta Ian, deixando de esfregar.
Não o olho, toda a minha atenção está focada na boa e repugnante ação
que vou fazer por este rancho. É melhor que o aprecie, isso é tudo o que eu digo.
- Vou dar RCP.
Antes de Ian tenha uma chance de responder, o corpo do bezerro tem
um tipo de ataque e uma grande gosma quente me bate no rosto.
De repente, eu estou cega, com medo de abrir os olhos. Seja o que for
o projétil que ela vomitou, começa a deslizar para baixo.
- É isso aí, garota! - Ian grita, sua voz cheia de alegria. Ele me dá alguns
tapinhas nas costas. Me faz soltar o ar de uma vez. Provavelmente deveria me
preocupar mais
perguntando se posso abrir os olhos, mas não vejo nada. Meus olhos, nariz e
boca estão cobertos do que somente posso assumir que seja ranho de vaca -
Oh ... Jesus, Maria e José ... - Ian diz suavemente.
E então ele começa a rir.
Mantenho meus olhos fechados, cuspo tudo o que está próximo da
minha boca e digo com uma voz muito tranquila:
- Ian. Me traga uma toalha.

Capítulo 17
- Assim está me dizendo que fica aqui em Baker City, porque sempre há
uma possibilidade de que fique coberto de ranho de vaca – digo, usando a toalha
que não está suja para tirar a sujeira do meu cabelo. Estou sentada no banco da
frente da caminhonete e estamos voltando para Rancho - Sim, eu posso ver
porque você não vira as costas. Quem iria querer perder isso?
- Não tente mentir e dizer que você não está feliz como um porco na
lama agora. - O sorriso de Ian é quase insuportável. Quase.
Olho por cima do meu ombro para trás no banco do passageiro.
- Eu não estou dizendo nada. - A novilha preta piscou os olhos e olhou
para mim. É como se ela soubesse que vomitou em mim e que de alguma forma
isso nos conecta. Nós estamos unidas em um nível elementar. Sentimentos
maternais que eu nunca tive antes em mim.
Por uma vaca.
Devo estar louca.
Volto a olhar pelo para-brisa, para assim não ser arrastada para algo
perigoso.
- E agora?
- Nós temos que levá-la para a fazenda. Lhe dar uma mamadeira.
- Está falando sério? - O olho para ver se está rindo de mim. - Por que
não a deixar ali com sua mãe? - Vi todos os outros bebês lá. Parece que não era
muito perigoso. Eles pareciam felizes.
- Não posso ter certeza de que a mãe vai cuidar dela ou que uma das
outras vacas vai a adotar, e é muito pequena para cuidar de si mesma.
Olho para trás de novo os charmosos longos cílios que estão começando
a mostrar uma gosma seca ao redor.
- Quer dizer ... ela poderia morrer? Depois de tudo o que fizemos para
acordá-la?
- Não, não vamos deixá-la morrer. – Me dá um tapinha na perna. - Não
se preocupe. Vai ficar bem.
Me dou por vencida de ignorá-la e a olho fixamente pelo resto do
caminho de regresso ao rancho. Realmente é muito bonita, sobretudo quando
está seca. Sua pelagem é toda preta, exceto por uma pequena forma de estrela
branca na testa.
Ian estaciona a caminhonete ao lado de um grande celeiro e desliza para
fora do assento indo para trás, a pegando em seus braços e a levando para
dentro. Há um estabulo com um pouco de palha nele, e a coloca ali, tirando as
cordas das suas pernas que disse serem necessárias para evitar que tentasse
ficar de pé na caminhonete. Nos tranca dentro com ela.
- Vá em frente, pequena Candy, tente levantar agora. Você pode fazê-
lo. - Ele dá um pequeno empurrão com a bota enquanto dá um passo atrás.
- Candy?
Ele olha para mim e sorri.
―Sim. Muito lindo, não?
- Deu meu nome para a vaca?
Ele dá de ombros.
- Você está com raiva de mim por isso?
Minhas emoções estão uma confusão. Isto é uma loucura. Eu não posso
dizer se ele quer dizer isso como um insulto ou um elogio, mas eu sinto vontade
de choram de felicidade.
No final, a pequena bebê vaca se levanta e cambaleia em torno de suas
pernas magras e ganha meu coração ainda mais.
- Não, eu não estou com raiva. - não posso tirar o sorriso do meu rosto.
Ian me deixa lá para dar uma olhada. Parece instável por um tempo,
mas, em seguida, começa a agir como uma vaca especialista. Não passa muito
tempo antes que pareça que está pronta para tentar correr. As vacas são muito
mais coordenadas do que os humanos, aparentemente.
- Aqui - diz Ian, me batendo no braço com uma coisa de plástico branco
grande que tem um mamilo marrom gigante sobre ele. – Lhe dê um pouco disso.
Continuo olhando a coisa e, em seguida, para ele.
Não parece como se ele estivesse brincando comigo.
- Sério?
- Sim. É tudo sobre você. A alimente e ela vive. Você não faz e ela
morre.
Meu queixo se abre.
― Duro!
- Assim é a vida no rancho – me deixa ali segurando a garrafa
Olho para Candy e ela olha para mim.
- Você quer um pouco disso? - Pergunto.
Ela dá alguns passos em direção a mim e para. Dou um passo e paro,
estendendo a mamadeira.
Toca com o nariz o final do recipiente e o ataca. Quase o deixo cair.
Riu.
- Hey. Calma, menina. Não seja tão agressiva.
Ela caminha mais perto e eu agarro a garrafa com as duas mãos.
- Lentamente - eu digo.
Uma grande língua sai para fora e tateia.
Wow. Isso é uma língua comprida.
Seguro firmemente, pronta para qualquer coisa. Espero que não vomite
em mim novamente, mas se decidir fazer provavelmente, que saia. Eu sou sua
mãe agora.
Abre a boca, pega o final da coisa, e então é um cabo de guerra entre
nós. Ela suga e suga tudo até a última gota. Me sinto muito orgulhosa, como se
eu fosse a que tivesse feito tudo.
Quando termina, dança sobre a palha, levantando as patas traseiras um
pouco, cai apenas duas vezes. Não poderia ser mais linda. Eu não consigo parar
de olhar para ela.
Pergunto se me deixariam dormir aqui com ela esta noite.
Provavelmente deveria. Os bebês não precisam comer a cada
duas horas?
- Você está pronta para sair de novo? - Ian diz parado no topo da porta,
me olhando.
Demora alguns segundos para conseguir tirar minha cabeça das nuvens.
- Eh ... o quê? Sair? Para onde?
- Tenho que ir fazer uma recontagem. Se você preferir ficar ...
O pensamento de ter Ian saindo do meu lado é inaceitável.
Candy é doce, mas Ian é ... mais doce. Além disso, ele poderia ter que
fazer um RCP novamente.
- Poderia ter mais bebês lá fora?
- É possível. Nunca se sabe.
Salto sobre meus pés.
-Vou com você. - Faço uma pausa na porta. - Te vejo mais tarde, Candy.
Tire uma soneca na minha ausência.
Quase derreto quando anda em círculos e se deita sobre a palha. Ian ri
quando saímos do celeiro.
- Não ria de mim - digo, me sentindo consciente. Trato de tirar meu
cabelo do meu ombro, é então quando me dou conta de que ainda têm ranho de
vaca preso nele. Oh, quão baixo caí! Se as meninas do salão pudessem me ver
agora, iriam tirar fotos para o Facebook, e nunca me deixariam esquecer.
- Não estou rindo – diz. Olho e vejo o sorriso em seu rosto.
- O que é esse sorriso, então?
- Nada. - Sobe na caminhonete e me deixa para abrir minha própria
porta.
Suspirando, sabendo que existem coisas nas
quais Ian é mais ou menos ruim, mas que
uma delas não é o fato de que é um caçador.
Ele pode não desfrutar na matança de animais ... não quando fica tão
feliz em trazê-los à vida. Isto me fez andar mais feliz do que eu tenho o direito
de estar.

Capítulo 18
Me sinto como uma profissional está vez na caminhonete. Nós saltamos
sobre rochas e buracos como se fosse nada. Já nem sequer tenho que segurar
no suporte da janela. Tudo o que eu posso pensar é em Candy. Ela se parece
um pouco comigo, e seu nome não poderia ser mais adorável. Sou uma vaqueira
agora.
Ian para a caminhonete e olha fixamente o campo em que estávamos
antes. Não diz nada, somente vê as vacas.
Seu suspiro de frustração é o primeiro sinal de que pode ter algo
errado. A segunda é quando bate no volante com a palma da sua mão.
― Maldita seja!
- O que está errado? - pergunto.
― Falta uma.
- O que? – Me inclino para frente e olho através do para-brisas – um
bebê?
- Uma vaca grávida. Poderia ter ido ter o bezerro em algum lugar, mas
eu não vejo onde poderia ser. - Abre a porta um pouco e me olha – As contei
quando estávamos aqui antes. Espere aqui. Vou ver o que posso encontrar.
- De nenhuma maneira vou ficar aqui! - Agarro a maçaneta da porta.
- Está frio lá fora. Se eu precisar de você, eu vou chamar. - Pega o
telefone do bolso. – Coloque seu número.
Faço o que pede e, em seguida, me liga com seu telefone, registrando
seu número em minha lista de contatos.
- Está bem, mas me ligue de imediato – digo, odiando o fato de que ele
está indo e eu ficando - Posso levar as toalhas e tudo o que você precisa.
Pisca um olho para mim enquanto pega o seu telefone novamente.
- Entendi. Agora, não entre em apuros. Voltarei em breve.
- Se você não voltar em uma hora eu vou buscá-lo.
Ian olha para o céu.
- Se não voltar em meia hora, ligue para o meu pai. Vou enviar o seu
número.
Me deixa ali na caminhonete e quando está fora de vista meu telefone
emite um apito. O texto de Ian brilha na tela.
Aqui está o número do meu pai. E lembre-se. Permaneça no carro
e não se meta em problemas.
Eu escrevo um texto em resposta.
Sim. Como se isso fosse acontecer.
Ele me devolve uma carinha sorridente, e não posso deixar de sorrir. Eu
acho que agora somos amigos. Por que isso me faz tão delirantemente feliz, eu
não posso saber. Tenho um monte de amigos, homens e
mulheres. Realmente não preciso de mais, meu funeral vai estar repleto
somente disso. Mas nenhum deles tem sido capaz de fazer meu sangue ferver
em um segundo e fazer minha calcinha se contorcer toda. Não como Ian.
Minha mente vagueia enquanto observo a vastidão branca diante de
mim. Tive um par de namorados que se chamariam de sérios. Eu nunca vivi com
ninguém, mas há dois que eu considerei que pudesse ser a longo prazo. Mas
por uma razão ou outra, sempre rompia com eles. Não por uma briga ou uma
grande surpresa. Eu acho que eu fiquei entediada ou inquieta. Andie diz que eu
preciso de um homem que possa me manter adivinhando, que me mantenha
rindo, me fazendo sentir como se eu tivesse conhecido o meu igual. Sempre
disse que um dia eu iria encontrá-lo ... meu igual, seja o que isso seja.
Me pergunto se esse poderia ser Ian. Isso seria poderosamente
desconfortável com ele aqui no canto superior esquerdo do mapa e eu no canto
inferior direito.
E se pudesse ser ele, é isso que eu quero? Ele vive no meio de um
rebanho de
vacas e eu vivo na cidade. Ele dorme três horas por dia e eu preciso
de pelo menos oito. Ele desafia a moda e eu a coordeno totalmente. Tenho a
impressão de que ele não está muito interessado em um compromisso agora
que foi machucado, e eu estou buscando isso, especialmente agora que eu vi
Andie deitada na cama com Sarah nos braços e Mack pairando sobre elas.
Quero isso. É sério, realmente e verdadeiramente, eu quero. Pela
primeira vez na minha vida, quero ser parte de algo maior do que apenas minha
rotina diária. Quero uma família que eu possa chamar de minha, as pessoas que
estarão me esperando em casa, que celebrará comigo e buscaram coisas no
Google comigo e que vai rir das loucuras que a vida tem para oferecer para mim.
Franzo o cenho. A conclusão, depois de examinar todas as evidências é
que este relacionamento com Ian estaria condenado desde o princípio... se nós
planejarmos podemos fazer dar certo. Mas este não seria o caso se somente
quiséssemos passar um bom tempo, certo? Eu quero dizer, nós poderíamos ir a
essa festa, talvez um par de citações reais, dormir juntos um par de vezes ...
sem estragar as coisas. Seria divertido. Então, quando as minhas férias
terminarem, eu iria.
Talvez nos enviemos e-mails ou mensagens de texto ao longo do
tempo uma vez que eu volte para casa.
E quando os visite de novo, se ainda estiver solteiro, poderíamos ter um
pouco mais de diversão, continuar de onde paramos. Ou talvez para esses
“entãos” eu já tenha encontrado meu verdadeiro amor e tenha filhos. Então Ian
poderia ser apenas meu amigo. Uma grande recordação de tempos passados.
É como se eu estivesse convencendo a mim mesma de ser feliz com
essa ideia.
Sei que é um fato que não estaria
feliz com não fazer nada, simplesmente o ignorando
para o resto da minha viagem. Muito tem acontecido entre nós para que eu fiqu
e longe dessa maneira. Acabamos de trazer um bezerro de volta à vida! Mas
algum dia seriamos uma família unida? Não, não é realista.
Suspiro. Falando de um rosto triste.
Realmente não temos uma escolha, no entanto. A vida é o que é e
apenas tenho que me adaptar.
Assinto, fazendo oficial a decisão. Se Ian quiser, passaremos o
momento, vamos beber um pouco, dançar um pouco, e nos desnudaremos um
pouco. Então eu vou para casa e nos mandaremos mensagens um
pouco. Depois disso, vou me concentrar em encontrar o cara com quem possa
construir uma família. Meu parceiro.
Um texto vem para o meu celular, me distraindo dos meus planos
de decisões.
Não deixe o carro. Há um gato grande nas proximidades.
Um gato? Na minha mente parece uma imagem de um gato persa
gigante. Parece exatamente como o gato do meu vizinho, maior. Então eu
percebo que Ian não está falando de um gato de casa de tamanho grande
e meu coração sobe à minha garganta.
Escrevo um texto em resposta a uma velocidade que eu nunca tive
antes.
De que tamanho?
Tamanho puma. Não deixe a caminhonete
Ahhh!
Meus dedos voam sobre o teclado.
Mas você está aí fora!
Estarei bem. Permaneça no carro.
Oh Deus meu, oh Deus meu, oh Deus de meu ... - Fico olhando para o
meu telefone. Ian está lá fora com um leão da montanha, porra, e eu estou no
carro com minha arma. Estou segura, mas e ele?
Você tem uma arma? Pergunto
Não. Fique dentro da caminhonete.
Agora acabo de ficar com raiva.
Deixa que eu decida se fico na caminhonete. Ouvi você da primeira
vez.
Meu telefone emite um sinal sonoro com seguinte mensagem:
Mantenha-se no carro.
Procuro em minha bolsa e encontro Millie. Com o seu peso em minhas
mãos, eu olho para fora da janela. Meu coração está acelerado e também minha
mente. Ian está lá fora sem uma arma. Uma vaca está faltando. Tem um puma
lá fora também. E como Ian sabe que ela está por aqui? Será que comeu a
vaca? Viu as pegadas? Está à procura dela neste exato momento?
Coloco a arma no assento e pego meu telefone.
Como você sabe que é um puma? Eu peço.
Espero alguns preciosos segundos por uma resposta que nunca chega.
Ian?
Minhas mãos começam a tremer.
Ian, não é engraçado. Responda-me.
Nada vem. Sem apito, nenhum texto, sem nada. Rastejo para o seu lado
da caminhonete e olho através da janela, escaneando
tudo. A neve está começando a cair, obscurecendo minha visão. As vacas que
podia ver antes agora estão encobertas. Não posso ver muito atrás na
estrada tampouco.
Ian, Deus me ajude, se você não responder a esta mensagem vou
sair da caminhonete.
Vou te dar dez segundos.
10...
9…
8…
7…
Eu não estou brincando, Ian. Não seja um idiota.
6…
5…
4…
Eu vou sair!
3…
2…
Agora mesmo! Vou sair!
1.
Será melhor que esteja lutando contra um puma neste momento, isso é
tudo que eu vou dizer. Subo o zíper do meu casaco, coloco as luvas
emprestadas, pego minha arma e abro a minha porta.
- Não se preocupe, Ian! – Grito - Já vou!

Capítulo 19
Segurando a arma apontando para o solo, preocupada que qualquer
som me assuste e aperte o gatilho. Se mato acidentalmente uma vaca aqui vou
morrer de coração partido. Candy nunca me olhara novamente se eu levar
sua mãe, apesar da rejeição dela. E Ian nunca me perdoaria se apontar para
ele novamente.
Os traços das botas de Ian são confusos no meio do campo, mas à
medida que avançam até as bordas vão se
tornando mais claras. Ele deixou o curso claro até uma área arborizada. Estou
apavorada, mas continuo. Ian precisa de mim.
- Ian! - Eu grito na floresta. Minha voz soa abafada. Esperava um eco,
mas é mais como se tivesse gritado em um travesseiro. - IAN! Já vou! Onde você
está?!
- Volte para a caminhonete! - Ele parece um pouco irritado e
desesperado.
Sua voz vem da minha esquerda, então eu mudo de direção. Minhas
pernas estão tremendo com o medo e o frio. Há um zumbido nos meus ouvidos
também, que pode ser o resultado da minha pressão arterial estar fora de
controle.
- Já estou fora! – Grito, tentando dar os mesmos passos já realizados. É
muito melhor do que lutar contra os montes de neve. Sob as árvores não é tão
ruim, mas ainda assim é muito pior do que qualquer estrada que eu andei na
Flórida. Não vou reclamar sobre uma tempestade boba nunca mais, eu juro.
Grita novamente.
― Heeyah! Fora daqui! Já!
- Você não tem que ser rude! - Ele precisa de uma séria lição de boas
maneiras.
- Não estou falando com você! Heeyah! Saia! Yah!
Ian está tendo uma convulsão ou algo está muito errado. Meu cérebro
não me deixa analisar o que está errado ou poderia estar. Perdi repentinamente
a capacidade de raciocinar. Ian soa como se estivesse montando um cavalo que
não se move. Mas sua voz está ficando mais forte, então eu tenho certeza que
vou chegar ao fundo do mistério muito em breve. Por favor Deus, não deixe
que tenha um puma lá. Deixe que sejam ... pegadas ou ... uma raposa ou ...
- Onde você está?! - Grito, ficando em pânico, sabendo que eu estou
apenas enganando a mim mesma. Esta merda é real e descendo
neste momento, com Ian no centro do mesmo e completamente desarmado -
. Eu não posso vê-lo!
- Maldição, Candice, eu te disse para ficar na caminhonete caramba!
Eu vejo algum movimento atrás de uma moita espessa de árvores e
sorrio.
- Ah-ha! Te encontrei! – Saio de entre as árvores e caminho atrás dele.
Me sinto muito melhor o vendo ali de pé. Só de estar em sua presença me faz
valente. Sou a She-Rah! Rawr.
- Parabéns - diz, ofegante e obviamente com raiva. - Olhe quem mais
encontrou.
Tem uma vara gigante ao lado, na realidade é mais como
um pequeno tronco, e ele está apontando para algo no chão.
Não faz sentido, mas espero para ver uma vaca. O conceito de um leão
da montanha estar em qualquer outro lugar do que atrás das grades
no zoológico, é muito estranho para o meu cérebro processar. Mas em vez de
ver uma vaca, eu vejo um gato. Um gato muito grande.
E não há persa.
- Isso é ... - Minha mão vai até minha boca enquanto trato de processar
o que estou vivendo. Sim, eu sei que me disse que havia um
desses aqui, mas ler isso em um texto e ver um ao vivo são coisas totalmente
diferentes. Os pumas são muito mais grandes na vida real do que no Google,
por certo. Este é do mesmo tamanho que Ian, mais ou menos
Ao tomar isso em consideração, é quando tudo se torna claro para
mim. Ian e eu provavelmente vamos morrer aqui juntos nesta neve maldita que
esfria a bunda. Minha vida aparece diante dos meus olhos, e duelo a
partir dos pés para a cabeça, sabendo que eu nunca vou ter a oportunidade de
encontrar a felicidade que a minha melhor amiga Andie tem. É tarde demais
para mim.
- Isso ou o gato pegou uma vaca totalmente crescida - Ian diz, me
trazendo para a realidade. - Agora apenas temos que sair de aqui antes que
nos pegue também - Uma pequena centelha de esperança ganha vida em meu
coração ao pensar que Ian tem um plano para nos salvar. Meu herói!
As orelhas do puma fica em pé e ela grunhe baixo em sua garganta.
Minha fantasia de sobreviver, e essa
faísca de esperança desaparece em uma nuvem de fumaça. Essa coisa
definitivamente nos vai matar.
Ouvi que a expressão onde as pessoas dizem que o cabelo da nuca se
levanta, mas até agora, nunca entendi como isso poderia acontecer. Bem, deixe-
me dizer-lhe ... ele faz isso seriamente. O cabelo sobe em linha reta para cima a
partir das raízes. Ah, e as pessoas também podem molhar-se um pouco quando
estão aterrorizadas, isso é um fato.
Ian me diz baixinho.
- Vamos simplesmente seguir agitando esse ramo e fazer barulho e
esperar que isso o assuste. Faça-o o mais grande possível.
- O quê? - Fico olhando para Ian. Ele está falando loucuras. Este puma
demoníaco vai nos comer no café da manhã. Somos bagels e salmão defumado
que ela respeita. Há sangue em toda a sua boca já que seu suposto aperitivo é
carne de tártaro.
- Os gatos respondem às ameaças. São uma ameaça! - Ele agita o ramo
que está segurando para ela e grita de novo, algum tipo de tontice de homem
das cavernas.
Minha mão que tem Millie nela se levanta por si mesma, sem nenhum
pensamento consciente da minha parte. O vejo na minha visão periférica, mas
não me atrevo a apontar para ele. Meu objetivo é à sua esquerda no lugar.
- Vá, gato. Eu não quero te matar. - Minha voz sai fraca e trêmula, meu
braço está tecendo tudo sobre o lugar, esquerda e direita, para cima e para
baixo. Neste ponto, eu tenho certeza que não vou ser capaz de atingir a parte
largo de um celeiro, muito menos uma confortável e agachada puma, por isso
peço que ela saia do alcance de uma arma de fogo e o fato de que o
deveria evitar ter uma apontada para ela.
Ian para de agitar o ramo ao redor.
- Que diabos…?
- Entre! - Grito, movendo o braço um pouco para a puma, fazendo-me
mais corajosa não me matou e Ian parece ter se acalmado. - Isso é muito mais
perigoso do que o pau que você tem. Apenas siga em frente e não vou atirar em
você.
Ela se abaixa mais e perco um pouco da força na minha voz.
- Por favor? Bonita, por favor com açúcar em cima?
- Você trouxe uma arma? - Ian vira a cabeça para me olhar. Parece
confuso.
O gato dá um passo lento, furtivo para nós, ficando-se muito, muito perto
do chão. Seu estômago está na neve. Vi o gato do meu vizinho fazer isso uma
vez, pouco antes de atacar uma borboleta. Se moveu tão rápido que a pobre
nunca o viu vir. Eu não quero ser como aquela borboleta.
Aponto a arma para o puma e tento me imaginar puxando o
gatilho. Minha mão está tremendo tanto agora mesmo, possivelmente poderia
chegar a Ian e ele ainda estaria de pé junto a mim. Os esforços para endireitar
a minha mão vão a lugar nenhum.
- Vai embora, puma! - grito, minha voz beirando a histeria. - Não estou
brincando!
- Me dê isso - diz Ian, tomando a arma.
O empurro com meu outro braço, sabendo que não temos tempo para
ele brincar de homem-herói comigo.
- Deixe-me! É a minha arma!
É neste ponto que as coisas se tornam um pouco confusas para mim.
Um grito de gato seriamente visceral vem de algum lugar na minha
frente. Faço xixi um pouco mais.
Então, sou atropelada por um micro-ônibus.
Pelo menos sinto como se fosse um micro-ônibus. Caio para trás, e
estou bastante segura de que Ian vem comigo. Minha cabeça bate contra algo
muito duro, me fazendo ver estrelas. Uma dor de cabeça floresce a partir daí.
Algo pesado está sobre mim, e soa ... a única palavra que posso usar
para descrevê-lo é profano, enchem o ar em torno de nós. Eu não posso ver
nada, mas um borrão de cor e movimento polvilhado entre a dança, as estrelas
flutuam sobre o meu rosto, mas uma coisa é clara: alguém está prestes a morrer.
Estou bastante segura de que vou ser eu.
E faço xixi, muito mais.
Capítulo 20
Meus punhos se apertam enquanto trato de me defender do meu
atacante, e um forte tiro ressoa.
Neve volta a me cegar, e alguém me golpeia no estomago, o que obriga
a sair todo o ar para fora de mim.
Ofegando enquanto eu tento recuperar o fôlego.
As estrelas estão de volta na minha visão quando o oxigênio não
é suficiente.
Um grande peso pesado sai mim, e a neve cai em meu rosto novamente,
me congelando, enquanto algo em meu braço arde como uma cadela. Posso
finalmente respirar de novo, por que as estrelas desaparecem. Infelizmente, a
dor de cabeça não.
- Me dê isso! - Ian grita, pegando algo pesado da minha mão. Estava
carregando um ramo? Quando peguei os ramos de Ian? Não, espere ... é a
minha arma.
Ouvi mais dois tiros e depois o silêncio também.
Pelo menos não há mais gritos de louco. Agora há somente respiração
pesada. Eu não estou em pânico, porque decidi que estou provavelmente morta,
ou quase, e não é tão horrível como eu esperava que fosse. Meus pulmões estão
finalmente funcionando de novo, mas por infelicidade, a
minha bexiga já não aguenta. Molhei completamente minhas calças. Não
apenas um pouco, mas um monte. Normalmente eu estaria envergonhada por
alguma coisa assim, mas minha cabeça dói demais para se importar. Além disso,
eu vou morrer de qualquer maneira. O que é um pequeno problema de urina nas
calças no grande esquema das coisas?
Quando eu abro os olhos, o rosto de Ian está pairando sobre mim.
- Olá - eu digo, um pouco tonta e atordoada, sem dúvida. Tudo é
tão brilhante em torno de mim. Talvez eu não tenha morrido.
-Está bem? - Ele olha para algo na neve perto de mim.
- Acho que sim. Além de fazer xixi nas calças, de qualquer maneira. -
Franzo o cenho enquanto trato de mover o braço - algo queima. – Já que a morte
traz supostamente um alívio da dor, eu tenho certeza que eu não estou no
limiar da morte agora. Se tivesse mais xixi em mim, gostaria de fazer agora de
alivio, mas não tenho.
- Deixe-me te ajudar - Ele se inclina e coloca o braço atrás das minhas
costas, cavando na neve.
- Onde está o puma? - Pergunto, me sentando e olhando ao redor. A
neve está cobrindo o meu rosto e pingando de meus cílios. Pisco algumas vezes
para ver melhor. Há vermelho na neve em torno de nós. Sangue. Tento não
entrar em um pânico. De quem é esse sangue? Do Ian?
Exploro o corpo de Ian para ver se atirei nele ou se foi mordido. Existem
algumas manchas vermelhas na frente de sua jaqueta.
- Está bem? – Fico mais reta e levo minha palma em seu peito. – Atirei
em você? – Meu coração se afunda quando os meus dedos estão se
movendo para cobrir a boca. Por favor, Deus, não deixe que eu tenha disparado
nele!!
- Não. Não é meu. - Ian olha para mim.
Sigo seu olhar e vejo meu braço estendido inerte. O casaco de
camuflagem grosso que estou usando esta vermelho, tem sangue saindo do
rasgo. Posso sentir como me torno pálida enquanto fico tonta novamente. Minha
cabeça está palpitando de dor.
- Eu atirei em mim? - Oh meu Deus! Que colossalmente estranho! Ian
nunca me deixará esquecer isso. E a cicatriz será terrível. Ugh. Por que eu
pensei que comprar uma arma era uma boa ideia?
Ian quase sorri.
- Não. Tampouco você - Aponta para o meu braço. - Você atirou na puma
que te fez isso. Eu acho. Posso vê-lo?
Assinto sem palavras. Este é tipo estranho de pesadelo que estou
tendo.
De nenhuma maneira esta é a vida real. Minha visão está borrada durante uns
segundos antes de me concentrar novamente. Há árvores em todos os
lugares. E neve. E vermelho. E Ian. Parece preocupado.
- Vamos voltar para a caminhonete primeiro. É mais quente lá. – Coloca
seu ombro embaixo da minha axila e me ajuda a ficar em pé. Então, sem aviso
prévio, me levanta em seus braços e me leva através da neve como um bebê
gigante.
- Eu posso andar, você sabe. - Estou totalmente humilhada que ele está
me carregando e minhas calças molhadas em seus braços. Estamos nos unindo
demais. Como é que alguma vez vai dormir comigo agora? Toda vez que
me olhar, tudo o que vai ver é a menina que molhou as calças quando uma puma
apareceu. Isso não é sexy. Não é sexy em tudo. Faz minha dor de cabeça piorar.
- Provavelmente é melhor se você não andar agora.
Algo quente está escorrendo pelo meu braço. Por favor, não deixe que
isso seja o meu sangue.
- É a neve? – pergunto
- Espero que seja neve. Estou molhada em todos os lugares. É provável que
seja neve.
- Nunca pensei que escutaria dizer isso - diz Ian, ofegando com o
esforço para nos fazer passar através do campo.
Estou prestes a corrigi-lo porque ele me entendeu mal, mas estou
distraída
pelo fato de que estamos sozinhos neste lugar. Por algum motivo, todas as
vacas se foram. Talvez nada disso esteja acontecendo realmente. Nada está em
foco e estas malditas estrelas em meu cérebro estão de volta dançando em
volta da minha cabeça. Ping! Ping! Ping! Vagalumes em meu crânio.
- Para onde foram todas as vacas? - Pergunto, tentando me concentrar
na realidade.
- Não são fãs de pumas. Saíram daqui. As reuniremos mais tarde.
- Eu posso ajudar - realmente quero que me abaixe. Talvez não tenha
sentido o cheiro das minhas calças molhadas ainda.
- Nããão, eu não penso assim. - ri e então sua expressão mudou para
algo mais sério.
- Eu tenho uma arma. Digo me perguntando onde está -. Eu posso ajudar
a protegê-lo.
Ele não disse nada por alguns segundos.
Estou falando porque não posso pensar em mais nada para fazer.
- Eu posso, você sabe.
Ele me deixa na porta do passageiro da caminhonete e a abre.
- Se você insiste – diz, me dando a mão outra vez me lançando para
cima no assento.
Salto uma vez antes de me estabelecer no assento ainda quente.
Santa explosão de cérebro.
Empurro minhas mãos sobre o assento para não perder o equilíbrio. É
então que eu percebo o quanto meu braço ferido está pulsando.
-Você disse que o puma me fez isso? - Olho para o meu braço. Tenho
medo de tocá-lo, nem mesmo tenho certeza de que seja meu braço. Toda esta
situação é absurda. Por que eu estou usando um monte de camuflagem? O
verde não é assim a minha cor. Como Ian cairá sob o meu encanto se eu parecer
como uma mulher zumbi? Eu juro, verde me faz parecer não morta.
Eu estou dormindo na caminhonete, isso é o que está acontecendo.
Deixo escapar um suspiro de alívio e sorrio. Explicação perfeita. Ian saiu
para ver vacas, adormeci esperando por ele no carro, e este é o sonho que eu
estou tendo. Eu tenho sonhos muito realistas, poderia jurar que eles são reais
até que esteja realmente acordada. Eu não posso esperar para contar a Andie
sobre isso. Ela sempre encontra um grande entretenimento em minhas histórias
de sonhos, e este é um extraordinário. Não estou segura de ter tido um onde
sofri dores reais.
Me belisco para ter certeza, mas esta falsa lesão de puma queima
bastante, uma pitada não faria muita diferença. Enquanto eu tento improvisar,
Ian se move em torno da frente do carro e sobe para no lado do motorista. Gira
a chave e coloca o aquecimento para cima.
Meu corpo treme quando o calor começa a afundar em meus ossos
congelados. Meus dentes estão batendo e faz minha cabeça latejar ainda mais.
Gostaria de arrancar os olhos da cara para aliviar um pouco a pressão.
- Vou remover o casaco do seu braço. Não acho que vai ser tão ruim
assim. Não há muito sangue.
- Este sonho parece muito verdadeiro -
eu digo, sorrindo enquanto inclino minha cabeça para trás para descansar no
assento. Eu tenho que move-la de lado para fazer o osso dali não doer muito.
- Segue dizendo isso. Diz, me ajudando a sair do casaco.
Meus olhos deslizaram de lado para olhar através do para-brisa, não
interessada no que meu cérebro louco tem cozinhado para mim na forma de uma
lesão em sonho. Pelo que sei, haverá partes de braço robótico lá. Às vezes, em
meus sonhos meu cérebro me faz ser um daqueles fembots de Austin
Powers17. Eu normalmente gosto de ser robô, atiro nos bandidos com meus
peitos de armas, mas não hoje. Hoje eu só quero estar acordada, sair com Ian,
resgatar vacas bebês. Espero que Candy não faça parte deste sonho também,
mas agora eu acho que provavelmente era. É um pouco difícil acreditar que
alimentei com uma mamadeira uma linda bebê vaca nomeada em minha
homenagem. Isso soa mais como algo que eu
inventei. Talvez Ian esteja certo sobre em meu cérebro, é como um feijão de
salto mexicano.
- Você vai precisar de pontos - ele diz. Acho que ele está tocando minha
pele lá, mas não posso sentir, somente a pressão na medida em que seu dedo
empurra para abaixo. Minha cabeça está recebendo toda a minha atenção
neste momento.
- Há partes de robô aí? - Pergunto com um suspiro.
― Partes de robô?
- Em meu braço. Sou um fembot? Apenas me diga. - Às vezes os meus
sonhos são muito dramáticos também. Vou junto com este, já que é bastante
singular. Talvez eu deva improvisar com algumas lágrimas para torná-lo
realmente bom.
- Você está entrando em choque, né? - Coloca a mão na minha testa. -
Não parece febril. E está pálida. Isso é provavelmente um mau sinal. - Sua
mão se afasta e vai para o volante. – Vamos, precisamos chegar ao hospital.
- Sim. Vamos visitar Andie e Sarah. - Sorrio quando penso na minha
bebê pequena e adorável me esperando -. Eu tenho que ir vê-la. Eu sou a sua
segunda mãe, você sabe.
- Pontos de sutura e antibióticos em primeiro lugar, visitas depois.
- Se você diz, chefe de calças, mandão. - Estou realmente cansada de
repente. Minha visão está um pouco embaçada, mas não luto contra ela. O
balanço constante da caminhonete sacode meu braço robótico e me faz
estremecer de dor. Dormir fará tudo passar.
- Não durma - Ian diz, acariciando minha perna.
- Só um pouco ... - Meus olhos se fecham e viro minha cabeça para um
lado. Dormir. Incrivelmente agradável. Basta um pouco de sono ... - OW! - Me

17
Austin Powers: é um espião britânico criado e interpretado por Mike Myers, é o protagonista da
trilogia de filmes: Austin Powers.
sento muito ereta e o olho. Então eu olho para baixo para o
meu braço. Meus olhos esbugalham enquanto agarro as bordas da carne
desigual e o sangue escorre para fora sobre o casaco debaixo do braço. – O que
acabou de fazer?
- Eu lhe disse para não dormir. Fique acordada até chegarmos ao
hospital ou eu vou beliscar seu corte novamente.
- Beliscar meu ...? Fala sério? - Quero enrolar meu braço em toalhas e o
manter próximo de mim para que ele não possa fazer, mas essas toalhas
no banco de trás já foram usadas em um monte de coisas desagradáveis e não
quero arruinar o meu moletom. É um moletom feio, é verdade, mas é dos meus
tempos de faculdade. Tenho um monte de recordações que carregam essa
coisa. É ruim o suficiente que tenha um rasgo nele agora.
- Você bateu a cabeça? - Ele pergunta.
Se aproxima como se fosse tocar meu couro cabeludo no que eu me
afasto.
― Não toque!
- Dói? - Ele me olha antes de voltar a olhar pelo para-brisa. Ele está
inclinado muito para a frente. A neve está fazendo que seja muito difícil ver
qualquer coisa, incluindo os limpadores indo muito rápido.
- Como uma puta - digo, inclinando para um dos lados minha cabeça
contra o encosto do assento. Estou olhando para o perfil de Ian. - Sério você é
bonito, você sabia?
Ian sorri.
- Você acha?
- Sim. Eu provavelmente não deveria dizer-lhe porque você poderia ficar
muito arrogante, mas eu tinha que fazer isso de qualquer maneira. Estou
cansada de pensar sobre isso e não dizer em voz alta.
Ele ri.
- As lesões na cabeça são um pouco loucas, às vezes.
- Assim são os sonhos. - Visões dele em um smoking de pé no fim de
um corredor surge no meu cérebro. - Você acha que alguma vez você vai se
casar? - Me sinto como se eu estivesse bêbada. Não há filtro entre os meus
pensamentos e minha boca. Provavelmente deveria ser cuidadosa, mas não
faço. Só estou sonhando de qualquer maneira. Nunca saberá.
- Sim eu gostaria. Algum dia. - Ele me olha e depois volta a ser um
motorista responsável - Somente tenho que encontrar a garota adequada.
― Não é Ginny ― digo.
― Não, definitivamente não ela.
― É a Banana?
- A Banana? - Me olha e franze a testa. – Você está bem?
- Claro que eu estou bem. Não me vê bem?
- Na verdade, não.
- Grosso.
- Você acabou de me perguntar se eu vou me casar com uma
banana. Acho que você tem uma fratura de crânio. Melhor você não morrer.
- Não, eu perguntei se você gostaria dessa menina, essa menina Banana
do restaurante – Aperto os olhos com força, tentando me concentrar - Esqueci
seu nome. Hannabelle Lecter18 ou algo assim.
Solta uma gargalhada.
- Hannah? Você está falando de Hannah Banana?
- Sim, ela. A menina com palheiro de gordura de frango amarelo em sua
cabeça.
Ian está rindo muito para responder.
- Isso é um não? - Sorrio através da minha dor, abrindo os olhos
novamente. Sua risada é muito contagiosa para não o fazer. É tão bonito.
- Isso é um não definitivo - diz ele - Não em uns cem anos. Eu nunca a
toquei, e eu nunca vou.
- Ela disse que você a está fodendo - Eu continuo sorrindo porque eu sei
instintivamente que isso vai ficar louco. Eu gosto de ver Ian enlouquecendo.
Ele então para de rir.
- Isso não é engraçado.
- Ei, isso é o que ela está dizendo a todos. Eu não inventei. Não mate o
mensageiro.
- Por fim entendeu bem.
- Entender bem? - Tremo quando passamos por um grande buraco e
minha cabeça salta contra o assento.

18
Hannabelle Lecter: trocadilho com o nome Hannah e a assassina romanesca Hannibal Lecter
- Essa expressão. E não se preocupe. Eu não vou matar o mensageiro,
embora tenha atirado em mim. – Me dá um olhar mordaz. Acredito que ache que
vai fazer com que me sinta culpada, mas não é assim. Me faz feliz.
Eu sorrio.
- Eu não atirei, bobo. Karma atirou em você. - Estou tão feliz agora que
poderia fazer xixi nas calças de novo e nem mesmo me importar.
- Não durma - diz, fazendo-me perceber que eu estou olhando para o
interior de minhas pálpebras novamente.
- Preciso descansar. Eu não quero perder a festa.
-Que festa?
- A festa de Boog. - Vou parecer muito sexy nessa festa com minhas
armas de tetas. Sou um fembot, e estaria disposta
a apostar que não recebem fembots em Baker City muito frequentemente.
- Você não vai na festa do Boog ou qualquer outra festa para o
registro. Você vai para o hospital.
- Lixo Branco.
Ele ri
―Vamos ver.
- Sim, veremos - eu digo. E então essa é a última coisa que me lembro
daquela
viagem de carro ou essa conversa. Tudo fica preto e o calor vem e me engole
inteira.
Capítulo 21
Posso ouvir sons, mas eu não consigo ver nada. Meus olhos estão
fechados. Tento abri-los, mas não querem cooperar. Em seguida, as vozes na
sala me impedem de me esforçar muito.
- Mãe, alguma vez te disseram que é curiosa?
- Ninguém que quisesse viver para ver seu próximo aniversário.
Ian deixou escapar um longo suspiro.
-Preste atenção, escuto o que você está dizendo, está
bem? Eu entendo. Não vou fazer nada estúpido.
- Parecer que já o fez. A melhor amiga da Andie está acamada em
um hospital com uma concussão e pontos por um ataque de puma no seu
segundo dia aqui. Seu segundo dia, Ian, e eu faço você o responsável.
– Mãe, ela é uma mulher adulta, e se você a conhece, sabe que falar
com ela é como falar para a parede e dizer para a parede não. Ela tem que
fazer tudo por ela mesma. Eu era apenas uma testemunha inocente.
- Inocente, minha bunda.
- Te disse que ela atirou em mim, certo? Mostrei a contusão.
- Filho, te conheço, você mereceu.
Ele balbuciou:
- Como você pode dizer isso? Eu sou seu filho!
- Eu posso dizer isso porque eu te conheço. Você tem procurado
problemas desde os três anos de idade. E enquanto você está determinado a
estragar as coisas para si mesmo, não vou deixar fazer com os amigos de Andie.
- Não faço.
- Não use esse tom comigo. Você sabe que eu não gosto.
- Eu sei. É por isso que eu disse isso. Eu tento conseguir que ela pare
de me encher.
Não posso deixar de rir. Pelo menos ele é honesto.
- Hey. - A voz de Ian soa suspeita. - Eu acho que ela está escutando.
Ouço passos e logo a voz de Ian está muito mais perto do que estava.
- Acorda, Bela Adormecida. É hora de enfrentar as consequências.
- Estarei lá fora - Maeve diz, sua voz mais suave, mais amável. - Deixe-
me saber quando ela estiver pronta para os visitantes. - A porta fecha-se e há
um silêncio.
Abro os olhos para encontrar uns olhos verdes penetrantes olhando para
mim. Meu coração cai uma vez que assimilo o quão bonito ele é. Há um rastro
de barba crescendo no queixo e bochechas e seu boné é de uma cor diferente
da que eu me lembro. Desta vez está usando o que eu escolhi que
jogou no chão do seu quarto. Isso me faz derreter por dentro, pensando que
poderia ter feito isso de propósito. Gostou?
- Essa é uma boa cor para você - digo.
- Isso é o que minha orientadora de moda me disse. - Ele sorri. - Se sente
melhor?
- Melhor do que?
- Melhor do que a menina que fez xixi em si mesma, que conseguiu uma
leve concussão e um monte de suturas por lutar com um puma da montanha?
Eu fecho meus olhos enquanto meu rosto esquenta. Ele sabe do xixi nas
calças.
- Marche. Estou inconsciente neste momento – O quarto gira ao meu
redor um pouco quando meus olhos estão abertos, assim sinto
bastante agradável voltar a estar meio adormecida.
Evitar a humilhação parece uma grande ideia também.
- O médico te receitou alguns remédios muito bons ou assim disse a
enfermeira.
- Durmiiiiiiiiiiindo ... - Solto um par de roncos falsos para acentuar a
ideia. Não posso acreditar que mencionou o fato que eu fiz xixi nas calças. Quem
faz isso? Agora nunca serei sexy para ele. Droga!
- Eu quero saber quantos pontos você tem?
Suspiro duro para mostrar o meu desagrado.
- Você quer ser golpeado no olho? - Pergunto.
― Não particularmente.
- Então marche. Estou cansada, minha cabeça dói, e nada faz mais
sentido.
Há um som de móveis sendo movidos pelo piso, mas me recuso abrir
meus olhos e imaginar o que isso significa.
A voz de Ian fica ao lado da minha cabeça.
- O que não faz sentido?
Quando eu sinto sua cálida mão segurar a minha e a manter, faz o meu
peito apertar.
- Isso não ajuda - digo antes que eu possa parar. Medicamentos
Malditos.
- O quê? Segurar sua mão? - Acaricia meus dedos. - Estou apenas
sendo gentil. Preocupado com o seu bem-estar. Grato que salvou a minha pele.
Eu tenho que sorrir um pouco com isso.
- Salvei sua pele, certo?
- Sim. Como um Vaqueiro Solitário. Cavalgando e salvando o dia com
sua pequena pistola. - Abro os olhos para encontrá-lo sorrindo para mim.
- Não confio nesse rosto – digo, olhando para ele com o cenho franzido.
Ele está todo inocente sobre mim.
- Que rosto? - Ele aponta seu queixo. - Será esta cara?
Separo minha mão da sua.
- Sim. Vá-se embora. - Olho para o teto. Tê-lo tão perto me deixa triste
por algum motivo. Devem ser os medicamentos novamente. Eu nunca gostei
deles. O vinho é muito melhor.
Ele pega a minha mão de volta.
―Não seja assim.
- Ian. - Aperto meus dentes, tentando conter a dor e minhas emoções
para baixo. - Não brinque comigo, ok? Eu não posso lidar com isso agora. Pelo
menos espere até que esteja recuperada.
Ele se estende e move um pouco de cabelo do meu rosto.
- Não estou fazendo nada.
Levanto meu braço ferido e bato na sua mão.
- Sim, você está. Você está brincando comigo como um ... como um ...
- Violino?
- Não. Como um violoncelo. Mais como um violoncelo. E eu não gosto
de ser tocada como um violoncelo.
Ele ri.
- Por que um violoncelo e um não violino?
- Ian. – O fulmino com o olhar.
- Não, a sério. Quero saber.
- Porque - faço uma pausa, perguntando se ele entenderá - eu sou mais
profunda do que um violino.
Pensa nisso por alguns segundos e, em seguida, concorda.
- Estou de acordo. Mas não com o fato de que estou brincando com
você.
- Você e eu sabemos que desde o momento que colocou os olhos em
mim, você decidiu que você não gosta e iria jogar comigo. E até agora, você fez
um trabalho realmente bom. Mas eu
tenho uma dor de cabeça monstruosa, estou tonta e meu braço queima, então
não é realmente justo que faça qualquer coisa enquanto estou sofrendo. Basta
me dar quarenta e oito horas e você pode começar de novo a sua campanha.
Ele ri novamente.
- Minha campanha? Que campanha?
- Sua campanha de... brincar comigo.
Para de rir.
- Você acha que isso é apenas um jogo para mim? Que não gosto de
você?
Rolo meus olhos, mesmo quando dói fazer.
- Desde logo é e claro que não gosta. Vamos lá. Basta. Eu te disse, eu
estou na lista de lesionados - Tenho que fechar meus olhos para bloquear a
luz. É doloroso demais para me concentrar nele.
- Bem, se é isso que você quer, eu vou deixá-la sozinha. - Sua mão
começa a se retirar da minha e meus dedos se apertam de forma incontrolável.
Ele faz uma pausa.
- O quê? Você não quer que eu vá? - Sua voz de zombaria está de
volta. O tempo passa entre nós. Eu não tenho certeza do que dizer. Deveria
mentir ou dizer a verdade? Eu decido por algo intermediário.
- Sua mão está quente e aprecio a companhia – Sei que Andie não pode
estar aqui, e fora ela, não posso pensar em ninguém que eu iria querer aqui
comigo além de Ian. Estúpido idiota.
Sua mão se move mais profundamente na minha e passa o polegar em
toda a parte posterior dos meus dedos.
- Bem, eu vou ficar. Mas só porque isso faz parte da minha grande
campanha.
Sorrio enquanto viro para dormir.
- Bem. Eu vou ganhar, você sabe.
- Ganhar o que?
- Ganhar a guerra.
Enquanto caio no sono, o escuto dizer:
- Eu vou deixar você ganhar uma ou duas batalhas, mas vou ser o
vencedor desta guerra.
Capítulo 22
Na próxima vez que eu abro meus olhos Andie está em um lado da minha
cama, em uma cadeira e estamos apenas nós no quarto.
- Onde está a bebê? -
pergunto, minha voz rouca e pouco atraente. Soa como se eu tivesse fumando
três maços por dia durante os últimos trinta anos. Não tenho ideia de que horas
são ou até mesmo se estamos no mesmo dia de quando cheguei.
- Ela está com seu papai um piso acima de você. Como se sente?
- Bem. Genial. - Tento me sentar, mas a dor na minha cabeça me detém
- Maldita dor de cabeça.
- Você tem uma pequena concussão. Talvez você deva ficar na cama. -
Ela coloca a mão no meu braço e sua expressão é de pura preocupação.
- Não, obrigada. Eu preciso sair daqui. Minha apólice de seguro é
ultrajante.
– Não se preocupe com o seguro. Primeiro melhore – Andie encosta na
cadeira e esfrega sua barriga. Ainda parece muito grávida, mas de nenhuma
maneira no mundo vou dizer-lhe isso.
- Como está a Sarah? – Pergunto, desviando a conversa de mim. Eu sei
que uma vez que Andie se dê conta que eu estou bem, começara a me criticar
por ter essa arma. Melhor desviar sua atenção antes que fique obcecada com
coisas que preferiria não discutir.
- Está perfeita. Vamos para casa mais tarde hoje. Talvez todos
possamos ir juntos. Eles disseram que não precisa ficar mais uma
noite. Basta que fique em repouso.
- Posso voltar na parte de trás com ela? - Gosto da ideia de ficar de olho
nela pelos trinta minutos que vai demorar para chegar ao rancho. Preciso que
ela memorize meu rosto antes de eu vá embora, assim quando eu telefonar vai
saber quem está falando.
- Se você quiser. - Andie olha para mim e depois se inclina mais perto,
baixando a voz. - Então, o que está acontecendo entre você e Ian?
Olho ao redor do quarto, me certificando que ele não está escondido em
algum lugar.
- O que você quer dizer?
- Quero dizer, eu fiquei aqui um dia e de repente você está metida em
todos os tipos de problemas.
Algo me diz que o melhor plano de ação aqui é minimizar o drama, tanto
quanto possível. Não quero que Ian entre em apuros. Ele não fez nada errado.
- Eu estava indo em um passeio na caminhonete enquanto ele estava
verificando as vacas. Não foi um grande negócio.
- Essa não é a maneira que ouvimos. – Franzo o cenho - Você sabe que
ele tem um lado selvagem.
Eu fico com raiva só de ouvi-la dizer isso.
- Ele não estava fazendo nada de errado.
- Então o que você está fazendo aqui no hospital com pontos e uma
concussão?
Me movo com dificuldade para me sentar. Estou muito furiosa para
permanecer deitada durante essa conversa.
- É uma pequena concussão, não uma completa. Além
disso, isso não tem nada a ver com ele, ok? Ele foi muito agradável. Um
cavalheiro perfeito. - Faço uma pausa para que possa ver o quão sério eu
estou. Ela simplesmente não compreende como eu, aparentemente, o que é
muito triste desde que eu o veja em cada dia asqueroso - Alguma vez você já
foi verificar as vacas antes?
Ela sorri vagamente.
― Um par de vezes. Com Mack.
- De acordo, então. Assim você sabe que as vezes pode ser uma merda
e você só tem que lidar com isso.
- Então o que aconteceu?
- Ian não disse?
- Não. Ele estava com raiva de Mack e Angus e saiu antes que
conseguisse contar toda a história.
- Provavelmente porque vocês o acusaram de algo que ele não fez. -
Estou tentando cruzar os braços sobre o peito, mas o IV no meu braço fica no
caminho. Olho para ele e me faz lembrar de um cabo -Alguém precisa tirar essa
porcaria para que eu possa sair.
- Onde você está indo?
- Eu tenho que ir encontrar Ian, é claro.
- Por quê?
- Porque ...! - Agora que eu penso sobre isso por um momento, eu
percebo que eu não tenho nenhuma razão para ir procurar ele. Mas eu tenho
uma razão para voltar para sua casa em breve. Pequena Candy. Será que está
morrendo de fome? Ela precisa de mim! -. Tenho responsabilidades no rancho.
Andie ri.
- Não é engraçado. Digo a sério. – Levanto meu queixo um pouco.
Acontece que eu tenho um recém-nascido para cuidar, não que seja da sua
conta. Ou talvez seja, mas agora estou muito chateada para dizer-lhe sobre isso.
- Tudo bem, eu vou ouvir o que você tem a dizer. Quais são as suas
responsabilidades? Você está no comando da seleção de roupas?
―Não. ―Sua declaração não tem nenhum sentido. Estou a olhando
como se fosse estúpida.
- Você tem que arrumar o cabelo de alguém?
-Não. Porque diz isso? - Tenho certeza que está me provocando agora,
mas isso não é algo que Andie já fez antes. Faz meu peito doer ao pensar que
está fazendo agora.
Ela encolhe os ombros.
- Apenas tentando descobrir o que poderia possivelmente precisar fazer
para voltar para casa, isso é tudo.
Tenho vontade de chorar.
- Para sua informação, sou necessária para um monte de coisas, e não
apenas para combinação de cores e cabelos.
Agora eu sou, de qualquer maneira. Graças a Ian. Meu coração está
cheio de calor só de pensar no que ele fez por mim hoje. Me fez uma mamãe de
vaca.
Sua expressão muda.
- Não me refiro a isso.
- Sim, o faz. Você estava se referindo exatamente a isso. -
Aperto o botão vermelho sobre o controle conectado a um cabo enrolado em
volta da borda da minha cama.
- O que você está fazendo? - Ela pergunta enquanto balanço minhas
pernas para o lado oposto da cama e me movo em direção à borda da mesma.
- Estou indo embora.
- O que quer dizer com está indo?
- Onde está meu telefone? - Pergunto, olhando ao redor.
- Em um saco de plástico na gaveta superior ali. - Aponta
para a mesa auxiliar junto a minha perna esquerda.
Paro e coloco minha mão na gaveta, olhando para o meu
telefone. Quando eu o pego, estou aliviada ao ver que ainda tem bateria. Envio
uma mensagem rápida.
- A quem você está chamando? - Andie pergunta.
- Eu não estou chamando ninguém. Estou mandando mensagens de
texto.
Minhas roupas estão no saco também, mas não posso usar as
calças. Elas têm um cheiro nojento. A guardo na bolsa com o resto das coisas,
e envio outra mensagem.
- Para quem você está enviando mensagens de texto?
Antes que possa decidir como responder, eu recebo uma resposta.
Eu estarei aí em poucos minutos. Estou na cidade. Qual o seu
tamanho?
O envio uma mensagem de volta com a informação e então me sento na
cama, olhando por cima do meu ombro para Andie.
- Você tem uma escova? - Pergunto.
- Claro. - Puxa uma de sua bolsa e me dá - O que está acontecendo?
Levo meu tempo escovando o cabelo, sem dizer nada. Eu
preciso descobrir como eu vou lidar com essa situação sem que Andie
enlouqueça. Ela tem um bebê em quem pensar e não precisa se
preocupar comigo. Posso lidar com isso, não há nenhum problema.
A enfermeira aparece enquanto estou tentando ganhar tempo. Não é a
mesma que estava atendendo Andie, mas tem a mesma expressão em seu
rosto. Por que todas as enfermeiras agem como se me odiassem?
- Precisa de algo? - Diz, com a boca toda torcida e enrugada quando
terminar de falar e esperar pela minha resposta.
Levanto o meu braço para que ela possa ver a agulha IV.
- Sim. Eu preciso tirar isso.
- Sinto muito, mas não posso fazer isso agora.
Eu dou um sorriso forçado.
- Ou o faz ou farei eu.
Me fulmina com o olhar.
- O médico é o único que dá as ordens aqui, senhorita, e ele disse que
precisa dos fluidos e dos medicamentos – olha a bolsa transparente
pendurado de cima de mim. - Quando terminar, vamos voltar e rever isso.
- Incorreto, enfermeira Ratched. - Puxo a fita no meu braço, fazendo uma
careta quando eu arranco algo dele com os cabelos do meu braço. – Eu digo
que já não tenho nada que fazer aqui, por isso não tenho nada a fazer aqui. Meu
corpo, minha escolha.
Andie para e se inclina, colocando a mão no meu ombro.
- Querida, talvez você deva esperar.
Removo sua mão do meu ombro.
- Não. Eu não vou esperar. Tenho que arrumar meu cabelo e
maquiagem antes de Ian chegar. Eu não posso fazer isso ligada a este
dispositivo.
A enfermeira se aproxima e tenta me interceptar.
-Tem que esperar.
Eu paro e a fulmino com o olhar.
- Apenas me toque e será uma cadela arrependida. - Quero dizer lhe que
luto com pumas e ganho, mas eu guardo para mim mesma. Provavelmente não
ajudará a convencer ninguém que eu estou pronta ter alta.
A enfermeira para de tentar tocar meu braço.
- Está me ameaçando? - Pergunta. - Porque eu posso chamar a
segurança.
- Oh, isso não é uma ameaça, estou fazendo uma promessa. Me toque
e sentirá dor, garantida. - Paro para remover a fita e a olho fixamente - Não que
possa me segurar aqui e não pode me forçar a receber tratamento. Eu
sei meus direitos. Assim que, ou me ajuda a tirar isso ou saia daqui. Essa é sua
escolha, ou tira ou deixa.
Olha o que está acontecendo aqui, eu acho que é porque eu enfrentei
um puma e vivi para contar. Sou a rudeza personificada. Além do que, todo
mundo pensa que as coisas ficaram
feia por culpa de Ian, o que é completamente injusto. Quer dizer, talvez fosse
por causa dele um pouco, mas não de uma forma ruim.
As coisas que aconteceram para mim hoje foram inacreditáveis de um
tipo enfrente – a – morte –e - tenha – seu - traseiro chutado, e eu tenho que
agradecer a Ian por isso, por não mencionar o episódio com Candy. Eu sinto que
tenho que lhe dizer agora como sou grata antes que mais alguém se aproxime
dele e encha sua cabeça com disparates que o fará se sentir mal. Hoje eu fui
a melhor versão de mim mesma, forte, valente, habilidosa. Jamais teria me
conhecido assim sem Ian ali para provocar.
- Vou chamar a segurança - diz a enfermeira, saindo do quarto.
- Vá em frente - grito atrás dela. – Fofoqueira!
- Candice, eu estou realmente preocupada com você - diz Andie, dando
a volta na cama. - Sério, você pode por favor se acalmar e parar com isso?
- Me passe algumas toalhas de papel - digo, ignorando-a. Tenho toda
a fita fora e só falta remover a agulha. Temo que essa coisa estúpida vai
sangrar. A agulha é muito grossa.
Me inclino e a vejo mais de perto. O que é isso que
colocaram uma maldita mangueira no meu braço? Provavelmente aquela
enfermeira rude selecionou a maior que eles tinham, porque está com ciúmes de
meu cabelo. Porra.
- Aqui. - Andie me dá um monte de toalhas do banheiro e uma
compressa de gaze que encontrou em algum lugar e tirou da sua embalagem.
Pressiono tudo contra o meu braço, usando o meu estômago para fazê-
lo, enquanto eu pego a agulha com a mão livre. E maldita seja, arde
como... ooooh ... Fogo! Meu braço está ardendo! Gah!
Deixo a agulha cair
no chão e faço uns poucos movimentos para tentar aliviar a dor. Andie espera
pacientemente enquanto faço o cha-cha-cha, um pequeno tango de um, e uma
pequena valsa.
Faz maravilhas para a dor.
Levanto meu braço e pressiono sobre o furo da mangueira com a outra
mão, sorrio para Andie. E ainda estou sorrindo enquanto o fogo queima o meu
braço e a náusea ameaça se apoderar de mim. Respiro, lutando contra a bile
que segue tentando subir.
- Viu só? Não é grande coisa.
- Você está louca - diz, quase sorrindo. - O que deu em você?
- Nada. - Dou de ombros, enquanto me apoio contra o lado da cama,
totalmente relaxada e em controle, ou isso quero que ela pense porque não
preciso que ninguém tente me obrigar a permanecer aqui sem Ian - Estou
cansada de ficar aqui, e eu odeio quando as pessoas não me escutam.
- Querida ... você foi atacada por um puma. Você tem pontos no braço e
um grande galo na sua cabeça. - Olha para o curativo no meu bíceps. - Você
precisa ter cuidado ou poderia infeccionar. Essas unhas de gato são muito sujas.
- É? Vou tomar antibióticos.
Andie olha para o soro.
- Isso é o que você estava fazendo antes de tirar essa coisa.
Olho para o soro e em seguida para a agulha que está gotejando liquido
no chão próximo ao meu pé.
-Oh.
Meu braço queima ainda mais vendo o que todos esses germes
assassinos vão me dar.
Andie suspira.
- Tenho certeza que podemos conseguir algumas pílulas. Eu só quero
parar e tomar um fôlego e me diga o que está acontecendo. - Balança a cabeça. -
Desde que conheceu Ian, você parece ter descarrilhado.
Ambas paramos de falar por um momento. O silêncio se estende até a
ponto de se tornar desconfortável. Eu tenho que dizer alguma coisa.
- Ian não tem nada a ver com isso.
Me olha fixamente até que cedo.
- Bem, talvez indiretamente ele tem algo a ver com isso. Muito
indiretamente.
- Diga-me. - Se senta na beirada da cama ao meu lado.
Eu preciso de um tempo
para explicar o que passou pela minha mente e meu coração. Não faz muito
sentido, a forma em que quero matar seu cunhado em um segundo e transar com
ele no seguinte. Como eu posso colocar isso em palavras que não me faça
parecer louca?
-Não sei. Ele somente... me deixa totalmente louca. E me faz rir. Me
desafia. Faço coisas com ele que nunca fiz antes. Eu gosto. Gosto dessa nova
eu que sou com ele.
- Oh - diz suavemente. E, em seguida, ainda mais suavemente, diz: - Oh,
Deus.
O medo se infiltra em meu cérebro e em meu coração. Então a ideia
deve ter a ofendido.
- Oh, Deus? Que significa isso?
― Nada.
- Não mintas. Você quis dizer algo com esse oh, Deus. O que
você estava pensando? Porque se é algo ruim sobre Ian, eu vou ficar com raiva
de você.
- Não, não, nada de errado. Bem ... - Ela faz uma pausa - ... nada muito
ruim.
A cutuco com o meu braço bom.
- Solte.
Fica toda seria e severa comigo.
- Você dormiu com ele?
Meu queixo cai com a sua pergunta brusca e direta. Eu deito na cama
ao lado dela.
- O que ...?
- Não se faça de inocente comigo. Te conheço a muito tempo para cair
nessa.
- Para que você saiba sou virgem de Ian, está bem? Caralho. Acabei de
conhecer o cara.
Estou feliz que não pode ler minha mente, caso contrário, saberia que
eu estou totalmente preparada para dormir com ele na próxima vez que eu
coloque meus olhos sobre o seu magnífico ser.
- Talvez você não deveria. Dormir com ele, quero dizer.
Olho para ela, tentando ler sua mente através de seus olhos. Tudo o que
vejo ali é tristeza.
- Porque não?
- Bem, poderia dar errado.
- O que poderia dar errado? - Balanço a cabeça para ela. - Você está
falando de forma confusa, Andie, e eu tenho que dizer ... É irritante como o
inferno. Estou ferida se você não notou. – Levanto meu braço para confirmação
- E eu tenho uma dor de cabeça. Basta dizer o que você tem a dizer e acabar de
uma vez.
Ela olha para o chão por um tempo muito longo. Estou começando a
pensar que ela entrou em transe quando finalmente olha para cima e fala.
- Eu posso dizer que você gosta dele. Quero dizer, realmente gosta. Mas
querida, Ian não está nisso de compromisso. Se você dormir com ele, é um
coração quebrado garantido para você, e eu odiaria ver isso acontecer.
Me seguro, tentando retirar a importância da forma em que suas palavras
deixam meu coração saltar e dar um giro.
- Por favor. Como se fosse me apaixonar por Ian MacKenzie.
Há uma pequena batida na porta e uma cabeça aparece.
― Você está decente?
Me encho de felicidade ao ponto de sentir como se fosse me asfixiar com
ela.
- Ian! Você veio!
Deve ter quebrado todos os recordes de velocidade para chegar aqui tão
rápido. Talvez estava acabando as compraras para mim quando o chamei. O
próprio pensamento me faz ficar toda quente e entusiasmada por dentro.
Abre mais a porta e acena com a cabeça em direção Andie.
- Andie.
- Ian - diz, parando - De onde você veio?
- Da loja. - Ele segura um saco que tem um círculo vermelho grande
sobre ele. – Consegui o que me pediu - a colocando sobre a cama, se vira para
sair.
- Onde você está indo? - Pergunto, preocupada que está prestes a me
abandonar.
- Pensei em esperar lá fora até que você esteja vestida.
Sorrio para Andie e lhe dou um olhar.
- Isso é muito gentil da sua parte, Ian. Muito obrigada.
- Claro. - Ele está fora antes de Andie ter a chance de dizer qualquer
coisa em sua presença.
Ela balança a cabeça.
- Seriamente você vai se arrepender. Marque minhas palavras.
- Isso é apenas cruel, Andie. - Balanço minha cabeça. - Não te entendo.
Porque é assim? É a falta de sono ou algo assim? Os hormônios? - Faço uma
pausa, de repente, lembrando que acaba de ter um bebê. Duh - São hormônios,
certo?
Andie fica de lado e pega minha mão.
- Querida. Me escute. Ian é um encanto quando ele quer ser. Não estou
discutindo isso. Mas não está nisso de compromisso, você sabe o que quero
dizer? Ele teve anos para se estabelecer e fez exatamente o contrário,
ok? Causa problemas na cidade a cada fim de semana, bebe demais, dorme
com um monte de mulheres diferentes. Ele não é seu tipo.
Removo minha mão da dela, e pegou a sacola que Ian trouxe, a abro
para ver o que está dentro.
―Não tem dormido com a bruxa Banana, para que saiba. Ela está
mentindo sobre isso.
- Que seja. Se não foi ela, era outra pessoa. E eu te conheço. Você não
é o tipo de uma aventura. Você diz ser, mas você não é.
Franzo o cenho. Algum tipo de alienígena deve ter tomado o
corpo da minha melhor amiga, aparentemente. Andie deveria saber melhor para
dizer isso sobre mim.
- Do que você está falando? Eu tenho aventuras.
- Diga o nome de um.
Eu levanto o meu queixo. Esta é uma tarefa fácil. Tenho aventuras em
todos os lugares todo o tempo. Eu
sou a mestre da aventura. Sou uma aventureira do mais alto nível. Eles me
chamam de excepcional aventura.
- Matthias.
- Você queria lhe dar filhos. Me disse isso
depois de seu primeiro e único encontro. Isso não é uma aventura. É uma
obsessão e exatamente o oposto.
- Eu estava apenas brincando. - Ele foi super agradável, no
entanto. Tinha um impressionante DNA. Podia ver em seu rosto. Você pode
dizer pelas maçãs do rosto de um homem e outras características faciais.
- Ainda me lembro dos nomes de bebê que você me disse que iria usar
– diz franzindo o rosto, me dando o olhar malévolo de Andie.
- Ok - Ganhou essa. Mas eu tenho mais. Muito mais-. E sobre Jason?
- Quando ele não ligou depois de seu terceiro encontro praticamente o
assediou.
Ofego.
-Não o fiz! Nunca o faria!
- Bem, talvez assediar seja uma palavra forte, mas o adicionou aos seus
amigos usando um nome falso no Facebook para verificar o seu estado civil
e fotos.
Meu rosto queima com a memória.
- Eu bebi muito vinho. Não posso assumir a responsabilidade por aquela
noite.
- Só estou dizendo ... você não é o tipo de uma aventura. Seu coração é
grande demais para essas frivolidades.
Penso em seu comentário durante uns segundos antes de responder.
- Tenho um coração muito grande, isso é verdade. Mas eu não acho que
isso significa que eu não posso ter um pouco de diversão enquanto eu estou
aqui.
Eu tenho um monte de outras histórias de aventura com as quais eu
posso contradizê-la, mas não faz sentido agora. Já tomou sua decisão sobre
mim e Ian.
Andie me puxa para um abraço.
- Divirta-se. Isso sim, não se engane ou quebre seu coração, está bem?
Eu não acho que posso lidar com isso.
Me inclinei para trás para ver seu rosto.
- Está chorando?
- É claro que eu estou chorando! - Grita. - Você quase chega a ponto
de ser morta por um puma pelo amor de
Deus, e agora está a ponto de conseguir que seu coração seja destroçado por
um jogador que não posso matar, porque eu estou relacionada com ele!
- Awww, pobre bebê ... - dou um tapinha em sua bochecha - Esses
hormônios vão chutar o seu traseiro agora, certo?
Ela pega a minha mão com um empurrão.
- Não, estúpida, não são hormônios. É você, assumindo riscos que você
não deve. Agora, onde está a arma?
Estende a mão como se eu devesse colocar algo nela.
- Que arma? - Sou toda a inocência.
-A arma que você comprou.
- Eu não sei do que você está falando. - Não estou tecnicamente
mentindo, porque eu não sei neste momento onde a arma está. Espero que Ian
a tenha em sua caminhonete ou em outro local seguro. Aquela coisa salvou
nossas vidas hoje. Eu acho.
Eles batem na porta e a voz de Ian se infiltra no quarto.
- Você já está pronta? Eu tenho que ir. Se você quiser que te
leve, é melhor vir agora.
Interrompo a questão da Andie com uma mão levantada.
- Guarde para mais tarde. Eu tenho que me vestir e sair antes que a
enfermeira Ratched tragar a Guarda Nacional.
Andie me observa enquanto eu coloco com esforço a roupa que Ian
comprou na loja. Meu buraco IV está sangrando, mas assim que estou pronta
coloco a gaze sobre ele.
Quando eu estou finalmente pronta e totalmente em pé, me dou conta
que, com camisa xadrez vermelha e calça jeans cintura elástica que Ian me
comprou, me vejo como uma vagabunda sulista dos anos quarenta em uma
farra. Andie e eu olhamos para o meu corpo e então começamos a rir juntas.
- Estou mais preocupada - Andie finalmente diz, ainda sorrindo.
― Preocupada sobre o que?
- Preocupada que Ian te convença a fugir com ele.
- O que é que isso quer dizer? - Pergunto, um pouco confusa. Ela me
lembra.
- Se essa é a sua ideia de uma roupa bonita, não tem chance contigo.
E. E. E.
Eu ri junto com ela, mas no meu coração eu estou dizendo que ela não
sabe nada sobre mim ou Ian. Ele fez isso de propósito, que é a sua maneira de
me pedir para ir para ele com tudo o que tenho. Estou atordoada por dentro,
sabendo que ele pensa que está ganhando, mas
isso é errado. Estou séria nisso de pegá-lo quando ele menos esperar. Ele
totalmente encontrou sua igual em mim.

Capítulo 23
A viagem de regresso do hospital é incomoda. Ian me resgatou do
interrogatório de Andie, mas agora quando me lembro de todas as coisas que
lhe disse e o que estava passando na minha mente, me dou conta de que na
verdade queria dizer. Eu gosto de Ian. Quero dizer, realmente eu gosto.
Secretamente o observo enquanto dirige e cantarola algo que está
tocando no radio só confirma minha suspeita. Deus é
magnifico. Sexy. Adorável. Não há nenhuma maneira que eu possa dormir com
esse cara e escapar ilesa. Vai levar um pedaço do meu coração e eu vou ter que
esquecer isso quando for embora. Quero fazer isso? Posso eu fazer isso?
- O que está acontecendo em sua mente? - Ele pergunta sem olhar para
mim.
- Apenas pensando sobre o quão sexy pareço nessa roupa – digo alegre
de que não possa ler mentes. Não sei como você vai manter suas mãos longe
de mim agora.
Ele ri.
- Eu também não. Eu pensei que essas cores eram apropriadas para
você. Tira na cintura.
- E este elástico também. Sexy, sexy.
- É mais fácil de entrar e sair deles com um braço ferido.
Eu rio.
- Não brinque. Você sabe que comprou isso para mim porque era o mais
horrível em toda a loja.
- Você está errada novamente - ele diz, indo para a estrada de terra a
partir da pavimentada -
Confie em mim. Havia muitos piores lá que poderia ter comprado para você. Eu
posso voltar e pega-los se quiser. - Me dá uma olhada e piscadela.
Somente sopro um pouco de ar e olho pela janela lateral. Não tenho
resposta para isso. Meu cérebro não está funcionando como deveria. Parece
que está sendo legal de novo, mesmo quando eu estou vestida como uma avó
camponesa bêbada.
- Quer que cuide de Candy por você? - Ele pergunta.
Olho para ele.
- Ela é real?
- É claro que é real. - Me olha carrancudo algumas vezes
antes de voltar a olhar para a estrada. - Tem certeza de que você
deveria estar fora do hospital?
- É claro que deveria estar. Mas ... eu não tenho certeza se eu sonhei
com essa parte ou não.
- Não, definitivamente não é um sonho. E ela provavelmente está com
muita fome agora.
Meu coração torce desconfortavelmente quando penso nessa pobre
criança morrendo de fome sem mim lá para alimentá-la.
― Se apresse, Ian, vá mais rápido.
- Apenas relaxe. Eu estou brincando com você. Ela está bem.
Limpar o suor nervoso da minha testa.
- Apenas se apresse.
A caminhonete fica em silêncio por um tempo e, em seguida, ele fala
novamente quando não estamos tão longe do rancho.
- Você realmente está preocupada com o bezerro, certo?
- Claro que estou. – Olho para ele e tento entender por que é tão
surpreendente para ele. – Você não está?
- Suponho. - Ele para no lugar de estacionamento para a sua
caminhonete, mas não desliga o motor. Em vez disso, ele coloca a caminhonete
em ponto morto e tira o cinto de segurança.
Olha para fora da janela descansando seus braços sobre o volante.
- O que estamos fazendo? - Pergunto.
― Somente pensando.
Eu fico olhando para os flocos de neve que caem preguiçosamente no
para-brisa do carro. Eles derretem antes que eles possam se acumular,
provavelmente porque Ian colocou a calefação muito alta por todo o caminho até
aqui.
- Pensando em quê? - Finalmente pergunto, quase com medo de ouvir
a resposta.
-Eu estou pensando que você acabou sendo diferente do que eu pensei
que seria. - Finalmente me olha, mas eu não posso ler sua expressão. A luz
diminuindo não ajuda em nada.
- Como é isso? Quer dizer, o que você esperava?
Olha para baixo para minhas roupas e sapatos antes de voltar a
encontrar o meu olhar.
- Não isto. – Desliga a caminhonete, abre a porta e pula para fora antes
que possa dizer algo de volta.
Me jogo para a porta a abrindo e tento sair, parando quando percebo
que eu esqueci de tirar o cinto de segurança primeiro.
- Não me pareceria assim se não fosse por você! - Eu grito em suas
costas que desaparece rapidamente.
- Por nada! - Ele grita por cima do ombro.
- Não disse obrigada! - Eu grito de volta.
Quando finalmente estou fora do cinto de segurança, meus pés tocam a
neve e por algum tipo de milagre, eu não caio. Ando com minhas pernas de
forma separada, então eu tenho uma melhor aderência no chão. Seguindo os
passos de Ian caminho até o celeiro sem ficar com neve em nada, salvo nas
minhas botas. Eu sou praticamente uma nativa agora, de modo que posso
superar este solo traiçoeiro. Estou sorrindo de orelha-a-orelha quando entro no
celeiro.
- Sim, sim – murmura Ian - Eu estou ouvindo.
- Está falando comigo? – Pergunto enquanto me aproximo da baia do
celeiro onde está o bezerro. Ian está virando a esquina fazendo alguma coisa.
Minha bebezinha está dando voltas, cheirando e sacudindo a palha. Está
coberto com pequenos pedaços de gelo.
Eu abro a porta e entrou, ela corre para
o lado oposto e me olha. Quando me inclino e digo bobagens, tenta dar alguns
passos em minha direção.
- Aqui - Ian diz, dando-me uma mamadeira sobre a porta. Eu tomo com
meu braço bom e seguro perto do meu rosto.
- Hora de comer, pequena Candy. Venha aqui e beba pela mamãe para
que ela possa parar de se preocupar com você.
Se aproxima como se entendesse cada palavra que digo e depois
jogamos
"cabo e guerra" com a mamadeira outra vez até que ela suga até secar.
Meu braço está ardendo, mas ignoro. Cada pedaço de dor que eu
tenho que aguentar por ela vale a pena.
Quando ela terminou, marcha e faz sua dança de barriga de leite feliz, e
estou de pé parada no canto a observando. Eu não tinha percebido que tenho
lágrimas felizes em minhas bochechas até que Ian chega e as limpa.
- Você está pronta para o jantar? - Ele pergunta baixinho.
- Sim. Não. Talvez. - Não consigo me concentrar nele. Só posso olhar
para esta vaca em miniatura e me deleitar com o milagre que ela é. Não posso
acreditar que Ian e eu realmente a devolvemos à vida. Se não tivéssemos
aparecido quando fizemos, ela estaria completamente congelada neste
momento e sua verdadeira mãe mugiria enquanto seu coração estava sendo
partido. Eu me sinto como uma super-heróina.
- Você quer que eu traga aqui? - Ele pergunta.
Isso recebe a minha atenção.
- Poderia?
Ele sorri.
- Sim. Volto logo.
Um segundo mais tarde me dá um banquinho baixo na porta.
- Aqui. Fique confortável.
Coloco o banquinho no canto da baia e me sento. Candy vem me
verificar e me lamber com sua realmente áspera língua antes de parar e voltar a
agitar a palha ao seu redor. É só depois que me instalei e ela volta a dormir que
me dou conta de quão coordenadamente frio é aqui fora. Mexo os dedos dos
pés uma e outra vez tentando manter a circulação indo para eles.
Ian aparece poucos minutos depois com um cobertor que joga sobre a
porta para mim e algo coberto com papel alumínio. Abre a porta do celeiro e
entra, sentado na palha ao meu lado enquanto acomoda a lã quente sobre meus
ombros.
-O que é isso? - Pergunto quando me entrega. Mantém um para ele e
tira a parte superior de papel alumínio.
- Burrito. Frescos, congelados e aquecidos pelo seu servo.
- Wow – digo, dando uma mordida em um, falhando miseravelmente em
parecer uma garota com boas maneiras. - Você tem tantos talentos escondidos.
- Você sabe - ele diz, comendo um terço de seu burrito em uma
mordida. Eu rio quando um feijão rola para fora de sua boca e senta-se em seu
queixo.
- O quê? - Ele pergunta, todo inocente, embora eu saiba que ele tem que
o sentir que ali. – O que está errado?
Nego.
- Nada. Absolutamente nada.
- Tem certeza? - Move a cabeça para a esquerda e depois à direita,
usando nova lua de feijão.
- Positivo. Você será perfeito exatamente assim. Melhor do que tem
parecido durante todo o dia.
Ele vira a cabeça para um lado e em um movimento rápido tira o feijão
do seu rosto. E pousa em meu cabelo.
Suspiro pelo nariz e somente me sento aqui, mastigando meu burrito,
revendo as tragédias do dia. Tive ranho de vaca por todo o meu rosto. Fui
arranhada por um puma da montanha e agora eu tenho pontos e uma futura
cicatriz para mostrar sempre que usar um vestido ou uma camiseta. Contribuí
para a morte desse mesmo puma. Deixei minha amiga e quase toda a sua família
com raiva. E agora eu tenho um feijão do burrito no meu cabelo.
Um grande sorriso aparece no meu rosto.
- Você está sorrindo - diz Ian. Soando preocupado.
- Sim, Ian, eu estou.
- Eu estou um pouco assustado.
Eu olho para fora do celeiro.
- Você deveria estar.
- De verdade?
Sem aviso prévio, mergulho para o lado, com eficiência o empurrando
na palha. Meu burrito sai voando.
- Sim! Sério!
A bebê vaca salta sobre suas pernas bambas e corre para o canto mais
distante. Estou encima do Ian, olhando para o seu rosto surpreso.
Poucos segundos depois, um odor estranho vem flutuando para o meu
nariz. A expressão de Ian é mortal.
- Que cheiro é esse? - Pergunto. Ian fecha seus olhos.
- Você pode me libertar? Acho que estou deitado sobre bosta da vaca.
Capítulo 24
Não posso parar de rir todo o caminho para a casa. A parte de trás da
cabeça de Ian está coberta com bosta de vaca. E eu pensei que meu cabelo era
algo péssimo com ranho de vaca e burrito de feijão nele.
- Não o diga - adverte ao subir os degraus da frente.
Estou com falta de ar, inclinada enquanto seguro meu estômago. Oh,
isso dói muito. Não consigo parar de rir.
- Vou direto para o chuveiro. – Se atira para a porta a abrindo e deixa
cair seu casaco no chão bem na porta. - Não chegue perto da corrente do
banheiro enquanto eu estou lá.
Me detenho no vestíbulo, minha risada desaparecendo com a confusão
de sua declaração.
- O quê?
Ele sobe pisando forte pelas escadas.
- Não puxe a correte do banheiro, enquanto eu estou no chuveiro.
- Porque não? - Grito atrás dele.
A porta do banheiro fechada sem me dar uma resposta.
Caminho para o banheiro no piso térreo para verificar o meu rosto e
cabelo.
Esse foi o meu primeiro erro.
Olho com horror a imagem refletida de volta para mim. Honestamente
posso dizer que nunca pareci tão ruim na minha vida, mesmo depois de uma vez
ter ficado bêbada na faculdade e terminei na casa de um tipo cujo nome não
posso lembrar, acordando com a minha cara pressionada na almofada da sua
sala. Esse foi um dia ruim, mas isso é pior do que um dia ruim.
Me inclino para conseguir olhar mais atentamente e em seguida,
retrocedo rapidamente. Oh. Meu. Deus. Espontaneamente envelheci, aqui nesta
fazenda! Pareço dez anos mais velha!
Talvez seja a roupa. Talvez seja a comida.
Seguro meu estômago, enquanto ele se agita e se queixa. Este burrito
não caiu bem. A natureza está chamando.

Me sento no vaso sanitário e penso nos dias em que me ocupava com


os negócios. Meu estômago segue expressando seu desconforto enquanto
vaguei pelas minhas memórias. Estou muito satisfeita que Ian e eu estamos
sozinhos aqui na casa. Estou fazendo um monte de ruído neste pequeno
banheiro.
Ian e eu fizemos a tarefas juntos. Ele veio me buscar esta manhã,
pensando que eu gostaria de fazer com ele. Ele queria me mostrar os bezerros
e outras coisas. Isso foi provavelmente um grande incômodo para ele. Ele estava
apenas sendo educado? Duvido. Parece algo que um homem faria se ele
gostasse de uma garota. Gosta Ian?
Ou talvez somente quer rir de mim, rir de todas as vezes que eu caí de
bunda e faço algo ridículo. E ele tem rido, isso é certo. O idiota provavelmente
tem seu abdômen dolorido de todas as gargalhadas que ele tem
tido. Mas também tem sido muito
bom e educado, algumas vezes. Me disse que não sou o que ele esperava que
fosse. Eu não posso ter certeza, mas acho que ele disse isso como um
elogio. Isso é um bom sinal, certo?
Sempre existe
a possibilidade de que poderia estar apenas tentando entrar nas minhas
calças. Está sendo criativo a respeito, eu vou lhe dar isso. Honestamente posso
dizer que nunca mais terei um cara que tenta me cortejar me fazendo participar
em uma parte de uma vaca. O melhor que tive antes disso, foi um encontro em
um zoológico, seguido por um jantar a luz de velas. Na época pensei que isso
era muito criativo, mas empalidece em comparação com hoje.
Isso é quando eu me dou conta. Deus meu, eu
tenho uma vaca bebê para cuidar! Quantas vezes ela come? O que exatamente
come? Eu preciso pesquisar no Google!
Termino usando uma quantidade abundante de papel, e paro, puxando
minhas calças com elástico da avó para minha cintura. Eu preciso descobrir
quantas vezes Candy precisa ser alimentada e o que vai dentro da
mamadeira. Será que vou ter que dormir no celeiro esta noite? Ninguém mais,
salvo Ian está em casa. Eu tenho que ir perguntar para ele e saber como eu vou
fazer tudo isso e continuar com minha agenda social, a visita a Andie e ir à festa
Boog e tudo isso.
Puxo a corrente do vaso sanitário e deixo o banheiro depois de lavar as
mãos. Eu não dou dois passos no corredor quando um rugido vem lá de cima.
Corro pelas escadas pulando os degraus de dois em dois. Ian soa como
se ele estivesse morrendo.
- O que aconteceu?! - Grito no topo da escada. Quando chego à porta
do banheiro a golpeio. - Você está bem?!
- Eu lhe disse para não dar descarga droga!
Mordo meu lábio quando eu entendo o seu significado.
-Oh.
- Sim, oh. Não atue como se você não tivesse feito isso de propósito!
Ele está realmente irritado. Isso me dá um pouco de raiva que esteja tão
irritado.
- Não o fiz!
― Mentirosa!
- Eu não sou uma mentirosa.
- Sim, é. Você é uma maldita mentirosa. Você puxou a corrente com o
propósito de me congelar. Provavelmente você está tentando me ver nu ou
alguma coisa, pensou que eu sairia correndo daqui.
Meus olhos se estreitaram enquanto o imagino de pé me acusando de
algo que eu não fiz. E vê-lo nu de alguma forma soa como uma boa ideia.
Me viro e desço as escadas rapidamente, tão rápido quanto subi. Talvez
mais rápido. Dentro do banheiro no piso térreo, puxo a corrente
completamente. Também abro a torneira na pia apenas no caso.
Rio como louca quando o ouço rugir de novo. Corro
para a cozinha, abro a torneira lá também e depois aperto o botão para ligar
a máquina de lavar louça.
Ouço um golpear de pés, mas eu ignoro. Provavelmente está pulando lá
em cima como um homem louco. Agora tudo o que eu tenho que fazer é
encontrar a lavadora de roupas. Aha! Uma super grande carga de roupas que
precisa de uma enorme quantidade de água quente, saindo justamente agora!
Eu estou correndo ao redor do canto até o corredor quando esbarro
justamente em algo grande, duro e molhado que está respirando pesadamente.
- Presa! - Ian grita na minha cara, jogando os braços em volta de mim.
- Que nojo! O que você está fazendo?! - Grito. Ele está molhado. E
nu. Como realmente, realmente nu. Começo a gritar e rir ao mesmo tempo. Não
posso evitar. A adrenalina disparou em meu coração e eu estou completamente
fora de controle.
- Só estou te dando o que você pediu! - me levanta e começa a andar
para a frente da casa. Chegamos até o vestíbulo antes da merda bater no
ventilador.
Nenhum de nós estava preparado quando a porta da entrada se abre
para revelar Mack e Andie parados no umbral, com Angus e Maeve logo atrás
deles.
Santa. Merda.
Capítulo 25
-
Ummmhh ... - Ian me abaixa na frente dele. Um vento gelado de ar frio
bate no meu rosto.
- Uhhhh, Olá - eu digo. Meu rosto está em chamas, apesar da
temperatura abaixo de zero.
- Ian Michael Angus MacKenzie ... por tudo que é ... - Maeve fica sem
palavras aparentemente, porque isso é tudo o que tem a dizer.
- Vou a... uhhh ... simplesmente voltar para o chuveiro - Ian me deixa ali
no vestíbulo olhando para toda a
família MacKenzie em choque. Seus passos desvanecem com a distância. A
porta acima se fecha em um golpe.
Andie olha Mack.
- Eu lhe disse que algo como isso iria acontecer. - Ela move os braços,
e pela primeira vez me dou conta de que tem um bebê ali.
- Eu vou falar com ele - Mack diz, sem olhar para mim.
Meu rosto fica ainda mais vermelho quando me dou conta do quão ruim
isso parece. Eu tento explicar.
- Dei descarga.
Maeve vem e me dá um tapinha no braço.
- Isso é amável querida. Talvez você deva ir para a cama. Você teve um
longo dia.
Angus exala com força, mas não diz nada. Mack caminha a minha volta
até a cozinha e seu pai o segue. Andie e Maeve apenas me olham.
- Sim. Acho que vou ir para a cama. – Me viro para subir as escadas.
Nunca me senti tão humilhada em toda minha vida. Costumava ser
uma mulher adulta e madura com uma licenciatura em design de moda e um
negócio de vida próspero em uma cidade metropolitana. Hoje
sou uma idiota em calças de brim de avó com ranho de vaca e burrito de feijão
no cabelo que está sendo perseguida por um louco pelado na casa de sua
mãe. Bom. Senhor. Tenha. Misericórdia.
- Vamos discutir isso pela manhã - diz Andie. Soa como uma
advertência. De alguma forma, passou de minha melhor amiga para ser a minha
mãe.
- Ok – digo, agindo como se eu não me importasse com nada no mundo,
apesar de minhas entranhas estarem novamente em um desastre e minha
cabeça se sentir como se estivesse prestes a saltar dos meus ombros. Tenho
certeza que eu nunca estive tão envergonhada na minha vida, mesmo quando
eu acidentalmente deixei o cabelo do meu sócio verde. Ele ainda não superou
isso e nem eu, mas agora mesmo ficaria feliz em trocar outro desses incidentes
por esse.
Subir as escadas é como pegar o caminho da vergonha ou algo
assim. Posso sentir o olhar de Andie preso em minhas costas. Eu sei exatamente
o que está pensando também, mas amanhã eu vou esclarecer isso. Haverá
tempo de sobra para fazê-lo. Hoje à noite eu posso ir para a cama e tentar
esquecer por algumas horas que isso aconteceu. Com sorte Candy não vai ficar
muito faminta.
Caminho passando pelo banheiro, onde Ian ainda está tomando banho
e entrou no quarto de Mack, do outro lado do mesmo corredor. Fechando a porta,
tento não deixar minha mente vagar para aquele lugar onde imagino o que está
acontecendo no interior do banheiro, o que Ian poderia estar fazendo agora,
como poderia parecer.
Ei. Estou em tantos problemas. Tive um vislumbre dele nu e.... Veja! ...
Foi muito melhor do que a minha imaginação. Falando em um pênis balançando.
Sair da minha calça de vó é muito mais fácil do que eu pensei que
seria. Ian estava certo sobre isso. Faz com que me pergunte se ele realmente
comprou estas, porque eu estou na lista de lesionadas e não porque ele
estava tentando fazer me parecer incrivelmente feia.
Decidindo que vai ser um pouco mais difícil colocar meu pijama de
rendas, o abandono pela camisa de flanela que Ian me comprou
hoje. Encosto para trás e deslizo sob as mantas usando nada, mas sim a camisa
e roupa intima. O quarto está escuro, mas não tenho ideia de qual é o horário. Eu
não posso ouvir nada, salvo o som da água no banheiro. Que gradualmente me
faz dormir.
Capítulo 26
Uma brilhante luz brilha através das minhas pálpebras me trazendo de
volta para a terra dos vivos e me obriga a acordar. Eu aperto minhas pálpebras
fechadas com mais força, tentando bloqueá-la.
- Que diabos…? - Eu digo com a minha voz rouca de sono e quase
inexistente.
- Está acordada? - Ian pergunta.
Abro um olho. Ele está usando uma camiseta e calças curtas. Está
escuro lá fora.
- Agora eu estou, bobo. - Fechar meus olhos e tento voltar a
dormir. Minha cabeça está me matando.
- As instruções da alta dizem que você tem que tomar essas pílulas a
cada seis horas.
Abro um olho e o encontro ali de pé com sua palma virada para cima e
um copo de água na outra mão. Há três comprimidos esperando por mim.
Me sento lentamente, estremeço com a dor no meu crânio e a
queimação no braço. Aii.
Lutar contra Pumas é doloroso.
- O que são? - Pergunto.
Ian se senta na borda da cama e me dá as pílulas.
- Antibióticos e remédio para a dor, eu acho.
- Você está tentando me dar alguma coisa para que possa se aproveitar
de mim? - Pergunto antes de jogá-los na minha boca e engoli-los com água.
Ele sorri.
- Me dou conta de que não esperou minha resposta antes de tomá-los.
Dou os ombros e lhe entrego o copo.
- Que seja. Aproveite de mim se quiser. Estou cansada demais para
lutar. - Fechar meus olhos e tento não franzir a testa com muita força pela
dor que o galo produz quando estou deitada novamente. Viro a cabeça para a
parede aliviando parcialmente a minha miséria.
― Está doendo?
- O que você acha? - Pergunto.
- Sinto-me péssimo.
Isso me faz abrir os olhos. Viro minha cabeça para o outro lado para
poder olhar para ele.
- Por que você se senti mal?
- Porque isso é culpa minha, e peço desculpas por isso.
Estendo a mão e dou um tapinha no seu braço. Não é um golpe muito
duro, mas o melhor que posso lidar agora.
- Cale a boca. Não se atreva a pedir desculpas.
- Porque não? Se não fosse por mim, você estaria em seu estado normal
e não usando um braço cheio de cicatrizes e uma cabeça cheia de galos.
Piscando lentamente algumas vezes, deixando que a imagem no meu
cérebro se instale.
- Obrigada por essa descrição.
―De nada.
- Mas apesar de que agora estou terrivelmente feia, ainda não aceito
sua desculpa.
-Porque não? – Soa de mau humor.
- Porque você nunca deveria ter me dado em primeiro lugar. Isto não foi
sua culpa. Além disso, eu não me arrependo, de modo que ... sim. Guarde
seu pedido de desculpas. Use-o em outra pessoa.
- Não tem arrependimentos.
- Isso é o que eu disse. - fecho meus olhos e giro para o lado, de costas
para ele. - Eu estou indo dormir, assim a menos que
você esteja aqui para esfregar as minhas costas, pode ir.
Há um silêncio por tanto tempo que acho que ele me deixou e começo a
ir à deriva. Mas então, eu sinto suas mãos em mim.
- Você está muito bem, você sabia disso? - Ele esfrega meu ombro. Isso
me agrada.
- Sim, eu ouvi isso sobre mim antes. - Minhas palavras saem todas
balbuciadas. Pareço que estou bêbada.
- Quando eu te conheci, eu pensei que você era um pé no saco. Toda
de alta manutenção e a merda ... coisas, quero dizer.
- Isso está bem. - Minha mente está girando muito lentamente,
lentamente, lentamente. Suas palavras e suas mãos estão trabalhando um
pouco de magia em mim. Talvez as pílulas também. Eu sinto como se estivesse
caindo em um mundo de sonho.
- Mas realmente você não é. Você é muito inteligente, divertida e alguém
com quem uma pessoa pode contar quando as coisas ficam realistas.
-Esssa sooouu euuu – digo preguiçosamente, - condenada a super-
heroína. Eles me chamam de Cadela Maravilha. - Rio de meu novo nome. Eu
posso realmente me ver em um traje elástico com uma capa e uma grande letra
C na frente do meu peito. Eu estaria em um espartilho, o da Mulher Maravilha,
naturalmente.
- Você não é uma cadela. Eu acho que na realidade é algum tipo de
marshmallow debaixo de todo esse barulho.
Levanto o meu braço tão alto quanto posso e aceno na direção dele.
- Vá embora. Estou dormindo.
Suas mãos deixaram minhas costas e a cama se move. Algo pesado e
quente está atrás de mim agora. Me dou conta de que estou a deriva de novo na
terra dos sonhos. Ele está deitado ao meu lado e colocou o braço em meus
quadris.
Ou talvez eu esteja apenas sonhando.

Capítulo 27
Andie disse que me acordou para me dar os comprimidos e que na
realidade me sentei e as tomei, mas tenho muito poucas recordações disso.
Tudo parece como um sonho. Especialmente essa parte onde sonhei que Ian
estava dormindo comigo, me mantendo quente, aconchegando-se atrás de
mim. Eu acho que um cochilo de doze horas faz uma pessoa de alguma forma
perder o contato com a realidade.
- Não vai a lugar nenhum - Andie diz, franzindo a testa. - Você tem uma
concussão e você dormiu durante doze horas.
- Eu tenho uma leve concussão em primeiro lugar, e como você disse,
eu dormi bastante. Eu só vou para acompanhar Ian por uma hora ou algo assim,
logo ele me traz de volta para casa.
-Eu vou? - Ian diz, entrando na cozinha e vai para a geladeira.
- Sim.
- Para onde estamos indo exatamente? - Ele pega um jarro de leite e se
serve um copo gigante.
-A festa do Boog, lembra?
Ele faz uma pausa, o copo a meio caminho da boca.
- Ahhhh ... Quer dizer, o quê?
Andie se senta e sorri, ajustando a Sarah em seu peito pela centésima
vez.
- Você vê? Ele não estava sequer pensando em ir.
Eu dou o meu olhar Ian: a morte chegará-para-você e ele pisca em
resposta. Logo bebe todo o copo de leite em um longo gole. Isso deixa um
grande bigode de leite acima de seu lábio o qual ignora.
- Ele estava pensando muito em ir, não é verdade Ian? - Ergo as
sobrancelhas.
Observa o olhar assustador de Andie e minha ameaça tácita, então
concorda.
- Sim. Claro. Saímos em meia hora. - Não poderia ser mais adorável do
que está atualmente, sendo meu escravo com esse leite em seu lábio. Quero
come-lo.
Sorrio e aceno.
- Viu só? Não demoraremos muito.
- Não – concorda Ian, limpando a boca com as costas da mão. - Nós
devemos retornar para alimentar o bezerro, por isso não podemos ficar até tarde.
Andie nega.
- Vocês dois estão vinculados e determinados a entrar em apuros, não
é?
- Quem de nós? - Ian pergunta.
Eu me levanto.
- Sim, quem de nós? - Minha melhor expressão inocente salta para
salvar o dia - Estou apenas sendo sociável, saindo de casa, conhecendo alguns
dos amigos de Ian. - Retrocedo da cozinha ao receptor - Você pode ir com a
gente, se quiser, Andie. - É ruim, mas eu estou esperando que rejeite o convite.
- Não, obrigada. Vão vocês - diz algo baixinho para Ian, mas não
escuto. Estou muito focada em atingir o piso de cima e encontrar algo decente
para vestir. Ignorar a dor na minha cabeça e no braço, enquanto mentalmente
procuro as roupas que me convêm. Graças a Deus que eu fiz o meu cabelo e
maquiagem.
Eu estou dentro do quarto de Mack me trocando no momento em que
Ian me chama a porta.
- Não estou vestida. Espere um segundo. - Meto minhas pernas em meu
jeans, respirando com dificuldade,
quando isso faz que meus pontos puxem e mordam furiosamente.
― Você está certa que é uma boa ideia? ― Sua voz apagada entra pela
porta ― Eu não acho que devemos ir. Você ainda está um desastre.
- Não, eu não estou um desastre. Eu estou levando
isso muito bem, muito obrigada. -Todos aqui estão me tratando como um
bebê. Eu tenho quinze pontos e um galo na cabeça. Grande coisa. Me queimo
quase todos os dias no trabalho e eu fico de pé durante doze horas com os
braços para cima como asas de pássaro. Isso não é nada.
- A festa de Boog não são divertidas
- Nunca estive em uma das festas de Boog.
- Você vai vestir seus novos jeans?
Eu abro a porta e o deixo me ver por um longo tempo.
- Você gostaria - Sei que eu pareço surpreendente. Eu tenho a minha
melhor camisa e jeans apertados que tem uns pequenos botãozinhos
brilhantes. Show! Uma Cowgirl impressionante? Sim senhora. Defino a
aparência.
Seu queixo cai e depois recua.
- Vou mudar o meu boné.
Eu rio.
- Não se atreva a usar esse verde feio. - Na verdade eu gosto do verde,
então eu estou o colocando em teste para ver se morde a isca.
Quando me encontro com ele no hall de entrada, dois minutos mais
tarde, tudo dentro de mim se torna quente.
Tem um chapéu de cowboy preto e uma camisa preta dentro
da calça que foram feitas absolutamente para sua bunda.
Tenho dificuldade para respirar. Sério. Este homem é perigoso. Aposto
que tem todos os tipos de assediadoras e provavelmente nem sequer sabe. Vou
prestar mais atenção as pintinhas na festa, para ver quem está dando esse tipo
de olhada.
― Pronta? ― Pergunta.
- Pronta - olho para os casacos pendurados e franzo o
cenho, distraída de o admirar por minha falta de vestuário - . Eu não tenho
jaqueta novamente.
Concorda.
- Você é um pouco assassina de casacos, não é?
- As super-heroínas fazem o que tem que fazer, o que posso dizer.
Pega um negro casaco do gancho.
- Aqui. Este é da Andie. Ela não vai se importar. Tente não ser atacada
por um puma com este.
O coloco e me admiro no espelho do corredor. Me vejo muito bonita, se
é que posso dizer. Isso me incentiva ainda mais. Estou tão pronta para ter uma
bebida e partilhar alguma fofoca. Meu plano é fazer com que uma dessas
meninas em Baker City libere o golpe ... descubro qual é a questão de Ian e por
que Andie não tem amigos aqui. Matar dois coelhos com uma festa.
- Como está Candy? - Pergunto enquanto caminho com dificuldade pela
neve até a caminhonete. O chapéu de tecido que
eu encontrei no bolso do casaco de Andie está deixando me muito mais quente
do que eu esperava. Talvez vale a pena embaraçar meu cabelo um pouco para
manter o calor em algum lugar no meu corpo. Minhas mãos estão nos bolsos,
mas eles já estão congelados.
- Ela está bem. Sente falta de você, no entanto.
Eu olho para o celeiro, sentindo-se como uma mamãe de vaca muito
ruim.
- Oooh ... talvez eu deveria ir dizer Olá antes de sairmos.
Abre a porta para mim.
- Você pode dizer Olá quando voltar, se quiser. Precisamos chegar no
Boog, mais cedo que mais tarde.
- Por quê? - Pergunto, tentando ler a expressão dele enquanto subo para
o meu lugar. Como de costume, tem a sua cara de pôquer.
Fecha a porta com um golpe e dá a volta, entrando e colocando o cinto.
- Porque, as pessoas ficam bêbadas e estúpidas depois das dez horas.
- Ouvi dizer que é o seu estilo de festa - digo, sem olhar para ele.
- Quem disse isso? – Sai para o caminho em mal estado que leva à
estrada. Os faróis fazem os montes de neve parecerem pumas. Montes e montes
de pumas. Isto me dá arrepios e que meus pontos queimem.
- Ohhh, pessoas. Onde está a minha arma, de qualquer maneira?
- Sob o assento. Não a leve para a festa.
- Não ia fazer isso. – Rolo os olhos.
- Quem disse que eu ia fazer isso? - Ele pergunta novamente.
- Está certo?
Ele faz uma pausa antes de responder. Então, dá de ombros.
―Talvez.
- Por quê?
- Porque, o que? - Ele está se fazendo de tonto.
- Por que você faz coisas estúpidas como essa?
- Não é estúpido se você se diverte.
- Não no entanto, você realmente se diverte?
Ele não diz nada por um longo tempo. Apenas olha para a estrada com
uma careta.
- Eu acho que as coisas têm sido horríveis para você desde que o
seu casamento foi cancelado.
- Você poderia dizer isso.
- Acabando de dizer - sorrio, tentando aliviar a pressão da
conversa. Eu adoro conversar com ele e quero saber todos
os seus segredos, mas eu sei que isso não vai acontecer se ele desconfiar que
eu estou investigando sua vida. Eu tenho que ser furtiva a respeito.
Ele sorri vagamente e, em seguida, volta a franzir a testa. Eu não posso
dizer se está fazendo isso porque está chateado ou porque a neve continua
caindo e torna difícil ver a estrada.
- Você já teve alguma namorada desde Ginny?
― Defina namorada.
- Garota com a qual você passa um tempo sem beber ou foder. A garota
com a qual passou tempo quando você poderia ter feito outra coisa. Garota com
quem passou um tempo de qualidade. Garota para quem você fez coisas
boas. Garota que você quer beijar a noite toda.
Ele ri imediatamente.
- Eu acho que isso faz de você minha namorada.
Isso me deixa sem palavras por um total de dez segundos.
- Ha, há, bem que você queria.
Ele dá de ombros.
- Ei, você é a única que está sempre tentando me ver nu. Eu pensei que
o sentimento era mútuo.
Minha mandíbula se abre.
- O quê? Você está louco. Não estou tentando ver ninguém nu. -Meus
ouvidos estão queimando. Talvez Ian leia mentes depois de tudo.
Deixo que a conversa se acalme depois disso. Pensei que eu ia ter de
usar uma alavanca para fazê-lo falar, mas de repente está soltando que gosto
de mim e eu tento vê-lo nu.
Não posso aparecer nesta festa se não estiver cem por cento no meu
jogo e conversar com ele sobre estas questões perigosas definitivamente me
confunde. Meus ouvidos não param de queimar.
- O que aconteceu? - Pergunta quando estamos finalmente na estrada. -
O gato comeu sua língua?
- Não. Somente terminei de falar. - Olho pela janela lateral, apesar de
não ter nada para ver.
- A conversa ficou um pouco quente para você?
Bufo.
- Como se pudesse.
- Então você admite que está tentando me ver nu.
Eu tenho que rir diante do seu descaramento.
―Não. Não admito nada.
- Veja, você acabou de admitir ai mesmo.
Eu lhe dou um tapa com a costa da mão.
―Tenha cuidado ou pegarei minha arma.
- Cara, você é perigosa.
- Nisso você está certo. - Eu adoro ser chamada de perigosa. Isso é
provavelmente um mau sinal, mas, oh está bem.
- E eu aqui que pensava que
você fosse uma menina da cidade com cabeça de esponja, mais macia do que
a barriga de um cordeiro.
- Eu sou da cidade, meu cabelo é macio, e eu sou definitivamente
macia. Eu não tenho certeza quão suave é a barriga de um cordeiro, mas me
hidrato todos os dias, então ... sim. Me pegou.
Ele ri.
- Às vezes eu não posso dizer se você está se metendo comigo ou não.
Assim como a minha paixão séria sobre o cowboy sexy. Mas eu não vou
te dizer isso.
As luzes da cidade estão aparecendo, então eu aproveito a oportunidade
para mudar de assunto. Eu não gosto quando ele fala sobre suas impressões
sobre mim. Nunca soa muito lisonjeiro.
- A que distancia Boog vive da cidade?
- Não muito longe. Estamos a apenas cinco minutos agora. Você está se
acovardando?
- Claro que não. Eu não perdi a coragem.
- Percebi isso sobre você. - Ele para em um sinal vermelho, o primeiro
semáforo da saída. - Você é muito, muito corajosa, realmente.
- Eu sou? - Olho para ver se ele está brincando.
- Claro que sim, você é. Matou um puma. Salvou a minha bunda.
Meu coração cai.
- Realmente a matei?
Sua voz perde o entusiasmo.
- Bem, não, apenas a feriu. Eu a matei.
Eu não posso evitar o tremor na minha voz.
- Está dizendo isso apenas para ser agradável?
Baixa o queixo e olha para mim.
- Isso parecer como algo que eu faria?
- Sim.
Ele volta a conduzir com luz verde agora.
- Pensei que era um tipo de pessoa foliã e infeliz.
- Você é um folião ou assim me disseram. Isso não faz de você um infeliz
ou desagradável.
― Diga isso a Andie.
- Diga você mesmo. Você apenas se senta lá e deixa que as pessoas
acreditem no que elas querem acreditar, assim não pode culpá-los quando
eles tiram conclusões erradas em relação a você.
- Quem diz que eles são conclusões erradas? - Ele pergunta, virando à
direita em um bairro de pequenas casas com grandes jardins da frente.
- Eu. Eu digo.
Ele para em uma calçada e desliga o motor.
- Você não me conhece bem o suficiente para dizer isso.
- Oh, sim, eu conheço. Digo quando me desfaço do cinto. - Estamos
aqui? Eu preciso de uma cerveja.
Ele sorri.
- A cerveja, está ao virar a esquina. - Abre a porta e sai - Espere, vou
abrir a sua porta. - Sua porta se fecha, balançando toda a caminhonete, e depois
está na minha janela. - Cuidado com o degrau - diz ele. - A terra está muito
escorregadia.
Estou quente da minha cabeça aos dedos dos meus pés, mas não por
causa do meu casaco ou botas. Ian está sendo um príncipe totalmente e a
conexão entre nós é inegável. Eu sei que ele sente isso também. É quase como
se fôssemos um casal, e nem sequer nos beijamos oficialmente,
ainda. Afinal. Aquele no
hospital não contou porque era falso, não alimentado pela paixão. Tenho a
intenção de beijá-lo durante ou após esta festa, no entanto. Eu não posso
esperar mais.
Estende seu cotovelo para que possa enlaçar minha mão em seu
braço. O faço não só porque me ajuda a descer a ladeira escorregadia sem cair,
mas também porque eu quero que cada menina nesta cidade saiba que durante
o tempo que estiver aqui ele é meu. Meu. Todo. Meu.
A neve faz barulho sob nossos pés enquanto caminhamos pelo gramado
da frente de alguém.
― Espero que não esteja esperando nada muito luxuoso ― diz Ian ―
Boog não é o tipo mais sofisticado de pessoa.
- Oh, não se preocupe comigo. Posso festejar como ninguém. - O
negócio de cabeleireiro e beleza atrai a todo tipo de pessoa, e nunca
fui uma pessoa que discrimina.
O som da música de rock pesado vem da casa apesar da porta estar
bem fechada.
- É essa - diz Ian, parando na parte inferior das escadas da entrada. - A
última chance de voltar atrás.
Paro na frente dele.
- Você não pode me assustar e me levar para longe disso, Ian.
Ele olha para mim e sorri. Eu não posso ver seus olhos muito bem, a
sombra da aba do chapéu os deixam na pura escuridão, mas eu sei que eles
estão piscando.
- Eu não estou tentando te assustar. Apenas dando-lhe a oportunidade
de mudar de opinião. Ouvi dizer que a maioria das mulheres fazem muito isso.
- Não sou como a maioria das mulheres. Uma vez
que me decido a fazer alguma coisa, eu faço.
- Bem, você está certo sobre uma coisa - ele diz, subindo as escadas e
deixando de lado o meu braço para agarrar a porta.
- Qual é essa?
Abre a porta, deixando o calor e ruído explodir na minha direção.
- Você não é como a maioria das mulheres, isso é certo.
Capítulo 28
Entramos na casa, eu primeiro e, em seguida, Ian, que fecha a porta
atrás de nós. O calor me golpeia de repente, como se tivesse acabado de entrar
em uma sauna, mas completamente vestida em muitas camadas de roupa. Me
apresso em remover meu casaco
emprestado para não começar a suar. Várias pessoas param de falar e me
olham, então me asseguro de corrigir a postura e dar-lhes um bom show. Paguei
por esses peitos, então eu gosto de me assegurar de dar valor ao meu dinheiro.
Sorrio para a atenção, mas não dura muito tempo, porque Ian decide
entrar na minha frente e bloquear minha visão.
-Cuidado, Ian. Não posso ver.
―Vamos, tomaremos uma bebida. ―Pega a minha mão e caminha me
tirando da sala de estar.
Parte de mim está entusiasmada com o fato de que está segurando a
minha mão na frente de estranhos, mas a outra parte se irrita por estar sendo
arrastada por todo um grupo de pessoas como uma espécie de cadela em uma
coleira.
Diminuindo o passo, uso o seu impulso para a frente para quebrar a
nossa ligação. Consigo dar alguns passos a mais para o outro quarto antes de
parar. Antes que possa virar e refazer todo o caminho, há um cara de pé ao meu
lado.
- Ei! Você é a garota que está hospedada na casa dos MacKenzies? -
Ele pergunta. Ele é alto e magro, está vestido com uma camisa e jeans. A fivela
do cinto é do tamanho de um prato de pão, mas é linda. Seu cabelo é curto como
eu se estivesse no exército e eu vejo uma tatuagem na borda da manga de sua
camisa.
Eu sorrio tão amplamente como só eu sei.
- Eu sou. E você é…?
Ele coloca a garrafa de cerveja na mão esquerda e estende a direita.
- Sou Mike. Amigo de Ian. Encantado de te conhecer -Levanta o queixo
para cima quando Ian para do meu lado.
- Mike - diz Ian, apertando também sua mão.
- Ouvi hoje que você teve um pouco de luta livre com um gato - diz Mike,
sorrindo quando termina. Tem as covinhas mais charmosos em ambas as faces
que eu realmente quero espremer do seu rosto.
- Como você ficou sabendo sobre isso? - Pergunto, perplexa já que
somente se passou um dia desde que aconteceu.
- Paramos no restaurante. Ouvimos de Hannah. - Toma um gole de
cerveja sem tirar os olhos de mim.
- Como Hannah sabe? - Pergunto, olhando de Mike a Ian.
Mike dá de ombros, olhando para Ian.
- Pensei que Ian tivesse dito.
Me sinto um pouco mal diante da ideia de que Ian poderia ter saído
com ela quando eu estava no hospital, mas não é como se tivesse o direito de
reclamar sobre seu tempo. Parte da emoção de vir a esta festa com ele
desaparece.
- Eu não falei com ela ou com qualquer outra pessoa a respeito - diz Ian
- Por que você acha que eu fiz?
Mike toma um longo gole de sua cerveja novamente antes de responder.
- Não sei. – Deixa escapar um arroto que tenta de certo modo não fazer
muito barulho cobrindo sua boca com o dorso da mão. - Presumo que é porque
ela gosta de falar sobre o quanto você passar por lá - Ele dá de ombros. Ian
soltou um silvo de ar.
- Cara, você sabe que não está dizendo a verdade. Você sabe que eu
não saio com ela.
Mike ri um pouco.
- Então? Qual é o grande negócio se você fizer isso ou não? - Olha para
mim e depois para Ian. Antes que Ian possa responder fala novamente: - Oh.
- Oh, o que? - Pergunto.
- Nada. – Dá um par de passos para trás. - Divirtam-se, crianças. Eu
tenho que ir falar com Boog.
Dá a volta e nos deixa em pé lá.
- O que foi tudo isso? - Me sinto totalmente rejeitada. Levanto minha
mão, casualmente limpo meu nariz. Se eu tiver muco escorrendo, vou morrer de
mortificação. E falando de fazer uma grande primeira impressão.
Ian esfrega o nariz e aspira fortemente.
― Não sei. Está louco.
Entro em pânico quando eu o vejo olhando para o meu
rosto. Nervosamente aperto meu nariz e tento o sacudir de novo, desta vez mais
forte. Pela maneira que Ian olha para mim com aquela expressão preocupada,
sei que tem algo fora do lugar lá.
Agarra o nariz com dois dedos e o torce.
- Vou pegar umas cervejas, ok?
Concordo, fingindo que não estou cobrindo totalmente meu nariz com
toda a minha mão agora. Meus olhos se movem da esquerda para a direita
tentando localizar um banheiro.
- Já volto. – Ele se afasta e aspira muito forte.
Me dirijo para a direita, com a certeza de que eu vou encontrar um
banheiro perto da porta da frente, e tropeço acidentalmente em alguém. Tenho
que voltar antes que Ian volte! Alerta de Emergência congelante!
- Bem, Olá. Eu não esperava vê-la aqui.
Eu olho para Hannah Banana diretamente nos olhos. Somos da mesma
altura com botas de neve, somente a
meio metro de distância. Inclino minha cabeça para baixo assim minha tragédia
não será tão fácil de descobrir.
- Olá. - Olhando por cima do ombro, ainda não vejo nada que possa
parecer um lugar que poderia ter um espelho.
- Com quem está aqui? - Pergunta. Eu suspiro meu aborrecimento.
- Ian. - Um olhar para a área da cozinha me diz que está prestes a voltar.
O pânico se estabelece. Não posso deixar que me agarre com um pingente!
- Oh. Acabou de te dar passeio ou ...?
Coloco minha mão em seu braço para detê-la, já não inclinando a cabeça
para baixo. Ela é minha única esperança.
- Ouça. Eu sei que você não me conhece muito bem, mas eu preciso de
sua ajuda.
- Oook ... - Olha ao seu redor, como se procurasse por ajuda de alguém
contra uma louca. - Que você quer que eu faça?
Curvo a cabeça ligeiramente para trás.
- Você vê alguma coisa? No nariz?
Franze o cenho e jogo a cabeça para trás ligeiramente.
-O quê?
-Em meu nariz. - O apontou urgentemente. - Você vê alguma coisa ...
pendurado ou o que seja?
Ela olha um pouco, mas depois franze a testa novamente.
- Que nojo, não. Porque me pergunta isso? - Dá um passo para trás.
Abaixo minha cabeça e deixo escapar um longo suspiro, tão aliviada. Se
estiver mentindo para mim de verdade vou lhe
dar um tiro, porque Ian está caminhando em direção a mim com uma garrafa de
cerveja em cada mão e é tarde demais para fazer qualquer coisa.
- Sinto muito. Tive uma situação de emergência lá. Agradeço pela ajuda.
Ainda está franzindo o cenho no momento que Ian chega. Ele hesita por
alguns segundos e dá um par de passos, mas, em seguida, continua em nossa
direção até parar a minha esquerda.
- Aqui está - ele diz, me entregando uma cerveja.
- Oh, isso é tão amável - Hannah diz, pegando a outra cerveja da sua
mão. - Você é sempre um cavalheiro comigo, Ian. - Inclina a cabeça para um
lado para parecer bonita e, em seguida, começa a levar a garrafa aos lábios.
Antes de chegar a dois centímetros, a arranco de sua mão. Eu não
estava pensando, apenas o fiz. É um
abençoado incômodo de merda que apenas fiz isso assim. Além disso, eu o vi
tomar um gole da garrafa quando ele estava vindo em nossa direção, e eu
odeio o pensamento de Ian e ela trocando de saliva, mesmo que seja apenas na
borda de uma garrafa de cerveja.
- Hey! - diz.
A entrego a Ian.
- Pegue a sua própria cerveja. Essa tem piolhos. Piolhos de Ian.
Me dá um olhar duro, então balança a cabeça, voltando sua atenção
para Ian.
- Essa garota é uma loucura com L maiúsculo, Ian, doçura. Ficaria longe
se eu fosse você.
Ian sorri lentamente me pondo toda pegajosa interiormente, e toda a
minha raiva se dissipa quando seus belos olhos verdes se voltam para mim. É
como se todos os outros na sala deixassem de existir e somente olha para mim.
- É por isso que eu gosto dela. - Ele vem e joga um braço em volta dos
meus ombros, antes de voltar sua atenção de volta para Hannah. - Como você
tem estado, Hannah? Ouvi dizer que você tem estado ocupada ... começando
rumores.
Ela lhe dá um sorriso malicioso.
- Eu estou bem, obrigada por perguntar. Eu não sei o que você está
falando. Eu não sou uma fofoqueira.
Bufo, engasgando com um pouco de cerveja que tinha acabado de
beber.
Hannah me ignora.
Ian faz um gesto para mim com sua garrafa de cerveja.
- Candice me disse que você tem dito às pessoas que você e eu estamos
juntos.
Ela ri.
- Isso é o que gostaria – em seguida franzo o cenho - Por que você
mentiu para Ian dessa forma? Isso não é muito agradável. Nós não somos esse
tipo de pessoas aqui em Baker.
Ian e eu nos olhamos e sorrimos como idiotas. Não posso parar de
assistir seus profundos olhos verdes. Eu também vejo lá manchas de azul, desta
vez. Me lembra da cor do mar da costa do México, onde eu fui uma vez nas férias
de primavera da faculdade.
E aquele chapéu! Santa calcinhas em chamas! Eu nunca pensei que um
chapéu
de cowboy poderia ser sexy, mas sim, este é definitivamente sexy quando ele
está em sua cabeça. Minha roupa intima está a ponto de ficar
em chamas. Posso sentir meus mamilos endurecerem sob o encaixe do
meu sutiã.
- De acordo, bem, o que seja. Vocês são chatos. Nos vemos mais tarde.
― Hannah nos deixa ali parados.
- Já se foi? - Ian pergunta, seus olhos rolando um pouco loucos. Eu não
consigo parar de rir.
- Sim. Graças a Deus.
Solta um longo suspiro de alívio.
- Bem. Caralho, aquela menina ... é uma figura - Bebe a cerveja e o
momento em que estávamos desaparece.

Capítulo 29
Por fim posso respirar novamente com normalidade. Buscando algo para
dizer que soe genial, deixo escapar a primeira coisa que vem na cabeça.
- Eu adoraria combiná-la com Bradley. O ex da Andie. Eles fariam uma
combinação perfeita. – De onde foi veio isso? Não tenho ideia, mas eu vou levá-
lo. Meu supercérebro está no piloto automático novamente e isso é sempre uma
coisa boa.
- Faça-o. Então, finalmente, estaria fora do nosso pé.
-Sim, mas ela poderia mudar para a minha cidade. - Faço uma pausa
para pensar sobre isso. Talvez meu cérebro superpoderoso esteja funcionando
um pouco mal depois de todo esse medicamento
- Pensando bem, não importa. Eu não quero essa menina perto da minha
cidade.
Ian nos vira para que nossas costas fiquem contra a parede olhando
para os grupos de pessoas em pé e sentados na sala. Cada pessoa tem uma
garrafa de cerveja na mão. Alguns têm uma em cada mão. Várias das garotas
tem chapéus de cowboy e algumas estão vestidas como rainhas do baile country
em baixa temporada. Hannah é uma do último grupo.
- Como é sua cidade? - Pergunta.
- West Palm? - Dou de ombros. - É quente na maior parte do
tempo. Úmida. Mas é um lugar agradável. Eles colocaram um monte de dinheiro
em suas duas principais áreas do centro. Há uma abundância de lugares para
as pessoas como nós passarmos um tempo e se divertir.
- Se eu te visitar, o que faríamos?
Meu coração salta um golpe triplo no meu peito quando eu penso no que
ele poderia estar sugerindo. Mas em vez de deixar meu coração ir mais longe da
realidade, mantenho minha voz calma e respondo.
- Bem, primeiro te levaria ao meu salão, então eu poderia por minhas
mãos em seu cabelo.
- Ah sim? – Tira o braço dos meus ombros e levanta seu chapéu,
revirando os olhos para a testa como se ele pudesse ver seu cabelo sem um
espelho. - Há algo de errado com meu cabelo?
Outra cambalhota no meu coração. Desta vez é um pouco dolorosa.
- Não, seu cabelo é maravilhoso. Cabelo é o meu negócio, então quando
eu vejo uma boa cabeça, quero colocar minhas mãos nela. - Dou de ombros. Sei
que não faz muito sentido para alguém de fora do negócio.
Ele coloca seu chapéu novamente e estou prestes a derreter de
felicidade, quando seu braço volta para os meus ombros. Depois de tomar um
gole de cerveja, ele sorri.
- Eu amo uma boa massagem com shampoo.
- Tenho boas mãos - digo em voz baixa.
- Aposto que sim - ele diz novamente.
Eeeee o interruptor do desejo se acende...
- Olá, Ian.
A voz de uma garota rompe a nuvem sexy que estava descendo com
Ian. Eu olho para ela, atordoada, e meu sangue se esfria quando vejo quem é.
- Oi, Ginny. Você se lembra da minha garota, Candice? - Ian inclina a
garrafa para mim. Fazendo com que me sinta muito barata da maneira que faz.
Mesmo antes que ela responda, o eco de suas palavras atrai de volta a
cena no hospital com ela, e, em seguida, tudo vem a
baixo em minha cabeça. Lembranças dele paquerando comigo e sendo tão
amável, e porque terminamos vindo aqui em
primeiro lugar. A cena com Ginny no refeitório do hospital, é por isso que
estamos aqui. Meu Deus. Tudo isso é apenas uma encenação!
Me movo um pouco para o lado, o suficiente para derrubar o braço de
Ian das minhas costas.
- Oi, Ginny – digo, estendendo a mão. - É bom vê-la novamente.
- Igualmente – ela diz, apertando minha mão. Seu aperto é firme. - Você
está gostando de nossa pequena cidade?
Rio através da dor que bate dentro de mim.
- Oh sim. Com exceção dos pumas e outras coisas.
- Pumas? – Volta seu olhar interrogativo para Ian. Seu ex-
noivo. O cara que está tentando enganá-la a fazendo acreditar que
estamos juntos.
Droga, como pude ser tão estupida? Esqueci que estava fazendo isso
de proposito, de que este era o por que dele ter concordado
em vir a esta festa comigo e a razão por trás de andar comigo. Estúpida,
estúpida, estúpida.
- Sim, estávamos conferindo as vacas ontem cedo e cruzamos com um
puma. - Ian soa como se estivesse falando sobre o tempo, ele é genial – Mas
cuidamos disso. - Ele aponta para o meu braço com a ponta de sua garrafa. -
Minha garota sofreu um golpe, no entanto. Teve que receber alguns pontos.
-Sério? - Ginny acena para mim lentamente. Não posso dizer se
sente um pouco de respeito ou odeia minha valentia. - Impressionante. E no seu
segundo dia aqui também.
- Sim. - Não tenho mais nada a dizer. Estou muito triste para reunir mais
palavras. Os enamorados não correspondidos esmagam grandemente.
- Quanto tempo você vai ficar? - Me pergunta.
- Duas semanas. - Antes, quando Ian e eu estávamos nos dando bem e
estava fingindo que tudo era real, estava querendo ir em três semanas. Agora
eu gostaria de pegar um voo amanhã.
- Duas semanas, hein? Imagine o tipo de problemas que você poderia
se meter com todo esse tempo. - Ela sorri calorosamente.
Ian e eu respondemos exatamente ao mesmo tempo.
- Muitos - diz ele.
- Nenhum -eu digo.
Me apresso em explicar
- Eu vou concentrar toda a minha atenção em Andie e na bebê. Além
disso, eu tenho um bezerro que eu estou cuidando, o que vai me
dar um monte de trabalho. Não terei tempo para entrar em mais problemas.
Me sinto mal por dentro. Sou uma tonta, ao pensar que eu
poderia jogar este jogo sexy com Ian sem permitir que o
meu coração se envolva. Resulta que o encantamento de
uma colegial também vem com o coração quebrado quando a menina se dá
conta que brincavam com ela. Andie estava absolutamente certa sobre
mim. Não sou para aventuras se essa dor é uma indicação.
- Oh. Um bezerro? Você está na pecuária, então? - Ela inclina a cabeça
ligeiramente para um lado, agindo como se minha resposta realmente
importasse. Eu me sinto como se estivesse sendo interrogada de uma maneira
muito educada.
- Algo assim – Estou extremamente incomodada com este
momento. Tudo que eu quero para fazer é sair daqui - Me desculpem um
momento? - Digo, saindo de perto dos dois. - Preciso ir para a cozinha por
um minuto.
Sigo disparada antes que qualquer um deles possam reagir e não
paro até que estou parada em um canto do cômodo em frente ao frezzer. Me
encontro olhando um calendário de dias marcados quando alguém fala atrás de
mim.
- Esta é a menina que atirou em Ian MacKenzie? Porque se assim for,
eu quero apertar sua mão.
Viro e me encontro diante de um homem alto, de quase dois metros. Ou
talvez seja um urso. Também poderia ser um javali gigante na vertical. O foco se
encontra na minha cabeça. Este é o homem-urso que Andie me disse! Eu o tinha
visto uma vez antes no seu casamento, mas seu cabelo tinha sido penteado e
sua barba era metade do tamanho de agora, muito bem aparada.
Ah. Parece um completo selvagem no momento, como uma espécie de
motociclista gigante. Ele não é completamente horrível. Me pergunto que
aspecto teria barbeado e com
um bom corte. Eu apostaria que muito sexy, na verdade.
Estendo minha mão e sorrio.
- Essa sou eu. E você deve ser Boog.
Ele alisa a barba com uma mão, o que realmente não faz nada para
domá-la, e me dá a outra mão.
- Honrado em conhecê-la. Era hora de alguém atirar naquele canalha
degenerado.
E eu amo totalmente este homem.
- Na verdade, não foi eu, foi o Karma, mas com o mesmo resultado.
― Ah? ― Pergunta.
Minimizo a conversa com um aceno de mão.
- Não importa. Ei, obrigada por me convidar para esta festa ... ou me
deixar vir ... ou não me chutar para fora. – Me dou conta enquanto falo que sou
uma espécie de penetra - Ian me trouxe, então por favor não me culpe.
- Não seja boba. Você é a convidada de honra aqui.
- Sou? – Coro por suas tentativas de fazer com que me sinta melhor,
apesar de estar mentindo completamente. Isto é muito melhor do que o
meu ato anterior, onde estava ocupada me iludindo com um cara muito sexy
para o meu próprio bem na frente de muitas testemunhas. Já estou de volta em
terra firme agora, em sua maior parte. Boog é uma pessoa de fácil conversa.
- Sim – me assegura - O que posso fazer por você? Tem fome? Tenho
pizza e assas de frango na outra sala.
- Não, obrigada. Eu não tenho muito apetite agora. - Algo sobre um cara
chamado Ian e ser sua namorada falsa perturba o meu estômago.
Boog sorri. Pelo menos eu acho é o que está fazendo. Seus olhos se
enrugam nos cantos, mas sua boca está muito coberta para ver algo além da
Barba Negra.
- Que tal um pouco de chocolate? – Pergunta - Você gosta de
chocolate?
Bufo.
- Como queimam os demônios dos arranhões de puma?
Ele ri muito forte, apertando sua barriga impressionante.
- Não sei - finalmente diz. Me diga você.
- Inferno, sim, eles fazem. - Ele sorri. - Onde está o seu esconderijo?
Se move para um armário e o abre, tirando um recipiente de Tupperware
cheio de barras de chocolate.
- Não diga a ninguém - diz conspiratório. - Supõe-se que não como essas
coisas.
Pego uma barra e rasgo a embalagem.
- Você está em uma dieta? - A mordo e quase derreto de felicidade
quando está na minha língua.
- Deveria – Pega uma barra também e esconde o recipiente de novo.
- O que estão comendo gente? - Pergunta Ian atrás de mim.
Dou a volta meio mastigando. Levo meu braço para trás das minhas
costas, em uma triste tentativa de esconder o que é.
- Nada - digo, tentando engolir a evidencia.
- Mentirosa. - Ian olha para Boog, que não está fazendo nenhuma
tentativa de cobrir seus traços. - Você está trapaceando a sua dieta outra vez?
Boog come a metade da barra em uma mordida só.
- Não. - Quando termina de mastigar, continua. – Simplesmente minha
ração diária de antioxidantes, flavonoides e teobromina.
É fascinante como Boog se parece com um homem-urso, mas fala como
um professor. Me faz querer passar mais tempo com ele para ver que tipo de
segredos poderia estar escondendo.
Pensar nisso me lembra de Ian e todos os segredos que ele está
escondendo, não só de mim, mas de Ginny. Nuvens de tempestade que movem
sobre o meu estado de ânimo.
- Já está pronta para irmos? - Ian pergunta.
- Pois não. - Continuo comendo meu chocolate, em plena vista já que
Boog não tentou escondê-lo. - Acabo de começar. - Me dirijo fora do balcão e
levanto minha barra de chocolate em uma saudação a Boog - Obrigada pela
onda de energia.
Quando saio da cozinha, ouço a resposta de Boog.
- Quando quiser. Minha casa é sua casa.
Ian não diz nada e eu não fico tempo o suficiente para ver se isso muda.

Capítulo 30
Quando volto para a sala principal de novo, estou consciente de vários
pares de olhos sobre mim.
As mulheres parecem receosas, os homens interessados. Me detenho
perto de uma cadeira e espero para ver quem poderia se aproximar
primeiro. Não me surpreendo quando é um dos rapazes.
- Olá, você - diz, ostentando um grande sorriso. Tem bons dentes e um
grande chapéu de cowboy na cor palha mas feito de algo muito mais fino, eu
acredito. As mangas da sua camisa azul marinho com botões estão enroladas e
a fivela de seu cinto é grande, mas não tão grande quanto algumas que eu vi por
aqui, o que significa que provavelmente poderia servir um par de palitos de
cenoura em vez de uma refeição completa. Alto e de ombros
largos, tem antebraços muito bronzeados para o inverno. As cicatrizes em seus
dedos me dizem que gosta de lutar.
Suspiro. É bonito demais para seu próprio bem, e ele sabe disso. Posso
dizer por sua maneira de caminhar, como se ele
soubesse que todas as meninas na sala estariam olhando para ele e aceleram
o coração de todas quando o veem. Que desilusão. Eu prefiro os rapazes que
estão por fora dos seus poderes.
Conheço bem os do seu tipo: os chamados Pavões. Eles gostam de
pavonear-se e mostrar suas plumas e depois de escavar por seu território, não
tem nenhum problema em lutar por ele. O fato de que Ian estava brincando
comigo anteriormente me fez considerar uma conversa com este homem, algo
que normalmente eu evitaria.
- Olá para você também - digo em resposta.
- Você é a garota nova na cidade?
- Acho que eu sou. Apenas temporariamente, no entanto.
- Cunhada do Mack ou algo assim, certo? -
Toma um gole de sua cerveja e faz uma careta depois de engolir.
- Algo assim. Quem é você?
- Eu sinto muito, eu devia ter me apresentado antes. - Ele levanta a aba
frontal do seu chapéu e baixa a cabeça ligeiramente. - Tate Montgomery, ao seu
serviço.
Eu não sei do que se trata uma saudação de chapéu de cowboy, mas
causa algo engraçado no meu interior. Eu
acho que eu gosto. Não posso parar de sorrir em resposta, mesmo que tenha
decidido apenas após um par de segundos que ele não valeria a minha perda de
tempo. Quando faz um aceno de cabeça, sorrir ainda mais. Sim, eu
definitivamente gosto dessa coisa de saudação de cowboy. E do cowboy dando
a saudação. Não é tão arrogante quanto eu pensava.
- Posso lhe fazer uma pergunta, Tate? – Já que meus planos de
conhecer os amigos de Ian estão quase arruinados, decido continuar com a
minha próxima ordem do dia.
- Claro que pode. Pergunte o que quiser. - Dá um pequeno passo mais
perto de mim e eu não recuo. Cheira bem, como a sabão de homem.
- Como se para as fofocas das más línguas?
Ele dá de ombros.
- Não há muito o que fazer, não pessoalmente, mas eu acho que eu sei
o que está no vento. Algo difícil de não fazer, vivendo aqui.
-Só estou aqui um par de dias, mas eu queria saber ...
Como é que a mulher de Mack, Andie, não tem amigos aqui?
Seu rosto se retorce um pouco e, em
seguida, casualmente olha ao redor antes de responder. Ele parece
desconfortável, mas é difícil de dizer se é porque ele não gosta de fofoca em
geral, ou porque não gosta da resposta que está a prestes a dar.
- Pode ser que hajam coisas que falam dela. Não é como se eu
acreditasse em nada disso, embora.
Meu coração começa a bater no meu peito. As pessoas estão dizendo
merdas sobre Andie? Minha Andie? Eu me obrigo
a manter a calma. Provavelmente não me dirá nada se eu ficar toda
enlouquecida perto dele. Esse tipo de coisa deixa os meninos nervosos.
- Que tipo de coisa e estão dizendo? - Pergunto.
Ele dá de ombros.
- Realmente não é grande coisa. Ela deve simplesmente ignorar. Não
importa agora.
Tenho medo que vai retroceder e não me diga nada se atuo muito
ansiosa, assim tomo a cerveja de sua mão e dou um gole.
Sorri e se aproxima mais, o calor do seu corpo sai dele como se fosse
um radiador humano. É agradável em uma noite de frio inverno como está, e
com uma sala cheia de estranhos em torno de nós, não tenho nada a temer,
então eu fico onde estou.
- Somente estou preocupada com ela – digo, tentando ser gentil – É
minha melhor amiga, e está só aqui em Baker City. Gostaria de saber que
tem alguns amigos com quem pudesse contar.
- Qualquer amigo seu é um amigo meu – diz. Ele estende a mão e pega
a sua cerveja de volta, levando a borda a sua boca. Fica um par de segundos,
me observando. Apenas antes de a empurrar com mais força contra
a sua boca para outro gole, a ponta da sua língua sai para fora e atinge a borda
de vidro.
Eu sei que ele não tinha a intenção de ser sexy, mas foi. Agora meu
cérebro se tornou um caos. Eu olho ao redor da sala para ver se alguém mais
se deu conta. Várias garotas estão me dando olhares que me fazem pensar que
querem me machucar fisicamente.
Dou meio passo para trás, não porque tenho medo nem
nada, mas porque me sinto mal. Sei que Ian não está realmente interessado em
mim, mas eu vim aqui com ele e não estou com humor para complicar as coisas
mais do que já estão, mesmo que seja um pouco tentador com esse cara Tate.
Se não tivesse conhecido Ian, sem dúvidas
estaria concentrada nesta oportunidade, mas agora que Ian está
metido na minha cabeça, Baker City está arruinada para mim quando os
homens estão em causa. Se eu não posso ficar com Ian, não estarei com
ninguém. Decisão tomada. Desculpe, Tate.
- Está preocupada com alguma coisa? - Ele pergunta, seguindo o meu
olhar.
- Oh, não, não realmente. Só que alguns das meninas aqui parecem
que querem arrancar meus olhos.
Ele ri e se aproxima mais, colocando a mão no meu quadril.
- Não se preocupe com elas. Simplesmente são coisas de merda de
cidade pequena. Como em qualquer outro lugar.
Eu não me movo imediatamente porque quero conseguir mais
informações dele.
- Então o que você está dizendo? Sobre Andie, quero dizer.
Ele suspira.
- Você vai fazer com que te diga isso, certo?
Sorrio, assistindo a derrota em seus olhos. Isso foi muito mais fácil do
que pensei que seria.
- Sim. Não tente me desafiar. Eu posso ser muito teimosa quando eu
quero ser.
- Eu vou te dizer uma coisa, - diz, seus olhos escuros brilhando. Ele se
inclina mais perto. – Aceita sair comigo uma vez e eu vou concordar em te dizer
o que eu sei. O que você acha?
Mordo o interior da minha bochecha durante uns segundos,
considerando sua oferta e agindo como se sua proximidade não fosse grande
coisa.
- Almoço ou jantar? - Eu estou presa, tentando decidir como isso poderia
evoluir com Ian. Ele ficaria com ciúmes? Irritado? E, o que me importa o que ele
fará? Ele apenas está brincando comigo para se vingar da Ginny. Talvez até
queira voltar com ela. Ele negou, mas os homens fazem essa merda todo o
tempo.
- Você que escolhe - Tate diz - Qualquer comida, em qualquer lugar, a
qualquer hora, eu convido.
Eu levanto minhas sobrancelhas. Ele está ansioso e de alguma forma
disponível todas as horas do dia e da noite. Talvez seja um rancheiro
também. Acho que estou um pouco parcial a essa linhagem nestes momentos.
Como
não tenho outros planos e o pensamento de sair com Ian agora somente
parece ser uma receita para o desgosto, decido ir a toda velocidade à frente com
o meu plano para resolver o mistério de Andie-não-ter-amigos.
- Café da manhã - eu digo. - Amanhã às nove horas, na cafeteria na
cidade onde Hannah Banana trabalha. - Eu não tenho ideia por que escolhi este
lugar além do fato de que eu não conheço nenhum outro lugar na cidade, além
do campo de tiro e o do hospital. De alguma forma, nenhum desses lugares
parece ser o ambiente adequado para o
submeter a uma interrogação de terceiro grau. Além disso, na cafeteria posso
incomodar a Banana, o que tem provado ser bastante divertido. Essa cadela,
tentando negar a minha melhor amiga grávida seu chá de ervas. Grrrr.
Ele estreita os olhos.
- Você parece como um concentrado de problemas agora, sabia?
Estende a mão para que a aperte.
- Bem. Porque é isso que eu vou ser se você não manter a sua parte no
trato.
Pega a minha mão, mas depois se inclina e me dá um beijo suave na
bochecha.
-É um trato. Selado com um beijo.
Estou a ponto de sorrir e responder quando ele é repentinamente
arrancado da minha mão em um puxão.
-O que diabos você está fazendo, cara?! - Ele grita um cara com raiva.
Leva-me uma fração de segundos para perceber que é Ian e que ele
dominou Tate pela parte do ombro de sua camisa.
- Que diabos?! - Tate tropeça, mas rapidamente se endireita. Olhando
para ele, sacode seu braço muito duro para sair das garras de Ian.- Fique longe
de mim, cara!
Retrocedo até que minhas pernas golpeiam a borda de um sofá atrás
de mim. Boog está caminhando pelo corredor da cozinha em minha direção.
― Que tal sair de cima da minha garota? ― diz Ian em uma voz calma
e mortal. Sua cara está de uma beterraba vermelha.
Tate se endireita e acomoda sua camisa. Em seguida, ele olha para mim.
- Que estranho ... ela não mencionou ser sua garota, quando concordou
em ter um encontro comigo.
Boog para na entrada da sala de estar. Começa com o que soa como
um aviso:
-Ian ...
Tate sorri, interrompendo Boog para continuar provocando Ian.
- Lamento dizer-lhe, homem, mas ela terminou com você. Eu não posso
dizer que a culpo.
Estendo meu braço para parar o que eu
vejo chegando, mas não faz nenhum bem. Ian está a uns metros de distância e,
em seguida, um segundo mais tarde está derrubando Tate no chão.
Eles colidem com uma televisão e a derrubam no chão em um poderoso
choque de cristais e plástico rompendo. As garotas mais próximas gritam e
saltam fora do caminho. Os machos permanecem firmes ou se movem para
posições melhores, seus
objetivos principais é não derramar suas cervejas. Tate e Ian rugem insultos de
um para o outro.
Boog se aproxima de mim com seu telefone no ouvido.
- Você está pronta para ir para casa? - Pergunta, colocando sua
conversa em pausa enquanto espera pela minha resposta.
- Hum ... sim? - Olho para Ian e eu sei que ele não vai estar pronto para
me levar a qualquer lugar em breve. Ele está
muito ocupado tentando sair de uma chave em sua cabeça.
- Ela está pronta para ir - diz Boog no seu telefone. Acena um par de
vezes enquanto ouve quem está do outro lado da linha e, em seguida, olha
para mim. - Vou dizer-lhe. Tchau.
Perco todo o interesse em Ian e me concentro em Boog.
- O que há de errado?
- Mack está lá fora esperando por você. Coloque o seu casaco e vou
com você até lá.
Olho de Boog para Ian, este último agora em uma espécie de posição
de luta de chão, em um emaranhado de pernas com Tate.
- O que você quer dizer com Mack está aqui?
- Ele está lá fora em sua caminhonete. Vamos lá. - Boog pega meu braço
e me leva até a porta, onde o meu casaco emprestado trava.
Eu me sinto muito mal.
- Sinto muito por tudo isso - eu digo, apontando para o outro cômodo,
onde posso ouvir grunhidos e, em seguida, outro estrondo.
-Não se preocupe. Isto é o de sempre para Ian. Esta será a terceira
televisão que ele vai me comprar.
―E ele segue sendo o seu amigo? - Estou confusa pela aceitação casual
de Boog sobre a destruição de seus bens.
Os olhos de Boog se enrugam nos cantos.
- Atualizo a categoria depois de cada luta. Desta vez vou no modelo HD
de alta definição de cinquenta polegadas.
Dou risada da evidente emoção em sua voz.
- Você é um pouco louco, sabia?
Seu sorriso desaparece.
- Você é um pouco bonita, sabia? - Estou atordoada demais para
responder, mas ele continua - Basta ter cuidado. Com Ian, quero dizer.
- O quê? Ian? Ele é inofensivo.
- Eu não quero dizer ter cuidado como se ele fosse perigoso ... Quero
dizer ter cuidado com o seu coração. É muito sensível.
Bufo, tão cansada de todo o consentimento que eu vejo aqui. Boog
consegue uma televisão grátis quando é praticamente culpa dele que a luta
continue. Todos são viciados, co-dependentes da tristeza.
-Por favor, - digo com o maior desprezo na minha voz que eu possa
reunir – Todos vocês são somente um monte de facilitadores.
Boog se endireita e parece confuso. Talvez um pouco chateado também.
- Como?
- Vocês o deixam agir como um bebê grande nos últimos três anos, em
vez de dar um pontapé em sua bunda e dizer para que ele cresça e
supere. Isto não é sobre mim, é sobre você.
E eles têm a coragem de me advertir. Ha! Deveriam advertir a si mesmos
a ficar longe. Eles estão fazendo mais mal a Ian do que eu jamais poderia.
Agarro a maçaneta da porta da frente, agora mais do que pronta para
sair desta lamentável festa. Boog acaba de passar de garoto genial a cabeça
oca na minha lista. Eu não me importo que me deu um chocolate.
Sua mão no meu ombro me para pouco antes que eu puxe a porta.
―Não foi a minha intenção te insultar. Acredito que seria boa para ele.
Mas somente se estiver comprometida a seguir em frente.
Não me viro quando respondo, minha voz sai fria enquanto abro a porta
e dou um passo para o lado.
-Não há necessidade de se preocupar com nada disso. Já terminei com
ele. - Apenas dizer as palavras me machucam.
A caminhonete antes conduzida por Andie está parada junto a calçada,
o motor roncando e a fumaça saindo do tubo do escapamento. Caminho
dificilmente pela neve caindo no lado do passageiro e entro com Mack, ignorando
qualquer coisa que Boog poderia estar dizendo ou pensando por atrás de mim.
Capítulo 31
A caminhonete está quente, mas a recepção é fria. Mack não diz nada
durante um tempo. Está tão tranquilo no carro que não posso suportar.
- Assim, obrigada por me buscar -
digo finalmente, tentando quebrar o gelo. É horrível pensar que me culpe pela
luta na casa de Boog. E como chegou aqui tão rápido? Ele já estava na
cidade? Por que não com Andie? Eu quero as respostas a todas essas
perguntas, mas tenho vergonha de perguntar.
-Não há problema. - Depois de alguns segundos olha para mim. – Você
está bem?
Dou de ombros, sem olhar para ele.
-Sim, estou bem. Somente... – Não posso dizer o resto.
-Somente... que?
Me dou por vencida rapidamente diante da ideia de me confessar a
Mack. Ele não é do tipo de confissão.
- Você não quer saber.
Ele faz uma curva à direita, a parte de trás da caminhonete desliza um
pouco. A coloca sob controle antes de responder.
- Não perguntaria se não quisesse saber.
Estou me debatendo se digo para ele o que realmente está
em minha mente ou se minto quando ele continua.
―Andie me pediu para falar com você sobre Ian – disse antes que eu
possa decidir o que vou contar para ele.
Estou instantaneamente na defensiva.
- O que tem Ian? - Estou um pouco ofendida que ela não tocou no
assunto comigo por si mesma. Desde quando minha amiga tem conversas
comigo através de seu marido? Isso não está bem. Isso não está certo em
absoluto. Me deixa zangada com ela que acredita que pode ser essa pessoa,
esse intermediário em nossa amizade que existia muito antes dele chegar
passeando pela sua vida, e isso me deixa duplamente irritada com Andie. Sinto
como se nossa amizade estivesse se tornando uma posição muito
distante, atrás de toda a sua família. E talvez essa é a forma que se supõe que
aconteça quando uma garota se casa e tem um bebê, mas parece muito terrível
e eu não gosto nem um pouco.
Suspiro.
- Eu suponho que está preocupada que te façam dano.
- Eu? Ou é com Ian que está preocupada? – Rolo os olhos para olhar
para fora da janela lateral até a neve caindo no brilho da iluminação pública. -
Como todo mundo na cidade parece estar.
- Oh, ela está preocupada. Mas definitivamente não é com Ian, acredite.
Eu fico olhando para ele ante seu tom.
- O que significa isso? Você não concorda com ela?
Ele bate os polegares no volante ligeiramente.
- Acho que é um pouco complicado, quando se trata de Ian.
-Descomplique para mim. - Realmente queria chegar ao fundo deste
assunto com Ian. É tão estúpido como está presa no tempo. Apesar de que já
não estou planejando entrar em suas calças, isso não quer dizer que não queira
ajuda-lo
-Eu gostaria de poder.
-Tente - Eu estou ficando irritada a cada segundo. É como se Ian fosse
uma causa perdida para todos ou algo assim, o qual totalmente não é.
Mack começa a falar, mas não soa tão confiante como o esperado.
Parece ... triste.
-Meu irmão teve tempos difíceis ultimamente.
Resisto ao desejo de bufar em descrença. Ian sendo o caçula da família
se tomou o pior tipo de significado. O tratam totalmente como se tivesse dez.
- Finalmente decidiu deixar a cidade e fazê-lo por conta própria, o que é
um grande negócio por aqui, mesmo na minha família, e tudo deu errado.
- Então? - Eu disse. - Você se move com coisas desse tipo. Não
chafurda neles por três anos.
Mack balança a cabeça.
- Não, não é tão simples. Você vê, ele tem vivido em minha sombra toda
a sua vida. Eu não gosto mais do que a ele, mas é um fato. Entrar na arquitetura
era a sua maneira de tentar distanciar-se, para ser sua própria pessoa.
-Bem, isso é muito diferente de gado.
-Sim. O problema é que ele não estava realmente interessado em
arquitetura. Em absoluto, na verdade.
Franzo a testa. Esta é a primeira vez que ouço isso.
-O quê? Ele não me disse isso.
-Quanto te disse? - Mack olha para mim por um momento antes de voltar
a se concentrar na sua condução.
Eu dou de ombros, tentando lembrar.
-Não muito. Só que não é um fã dos invernos daqui, mas que gostaria
de cuidar dos animais. Eu acho que é o que ele estava dizendo, de todos
os modos.
Mack concorda.
-Está certo. O fato é que estava pronto para ir para Portland e foi essa
pessoa que na realidade não queria ser, apenas para sair daqui.
-Entããoooo... Giinny estragar tudo não foi uma coisa tão ruim segundo
o que você está dizendo.
-Bom, foi e não foi, dependendo da sua perspectiva.
-Como é isso? - Me sinto como se me tivessem dado as chaves do reino
aqui, aprendendo todos os segredos de Ian.
-Foi bom, já que o impediu de cometer dois erros. Ginny sendo o número
um, e começar uma carreira que realmente não gostava a fundo sendo o número
dois.
-E o que é a parte ruim?
-Ter que começar de novo. Voltar para a minha sombra com os rumores
adicionados dando voltas de
que eu tinha destruído seu casamento e sua chance na vida.
-Ele não acredita nesse lixo. -
Estou irritada com as pessoas que dizem essas coisas, seja quem seja.
- Não na superfície, mas estaria disposto a apostar que há um pedaço
dele que acredita ... a parte que não quer se levantar e começar de novo.
-Você vê? Isso é o que eu estou dizendo. - Estou muito emocionada -
Você percebe, Mack? Está totalmente chafurdado no passado. Só precisa
esquecer tudo isso e seguir em frente. Quero dizer, tudo. Estar sob a sua
sombra, Ginny, a coisa de arquitetura... tudo.
Mack ri.
-Você tem tudo planejado.
- Claro que sim. Esse é o meu talento especial, você sabe...
soluções. Têm problemas, eu tenho as soluções.
-Qual é a sua solução para o problema de um tipo de quase trinta anos
que não quer ir em frente? Qual é a solução existente?
Mordo meu lábio, considerando qual seria o meu plano de ataque se
ainda estivesse com Ian, que não estou.
-Em primeiro lugar, falaria com todos os seus amigos e familiares e lhes
diriam para parar de sentir pena dele, que já basta sua festa de piedade.
-Então o que? - A voz de Mack está rindo dela, mas está abrandando,
então eu continuo.
- Sentaria com ele e perguntaria o que é que realmente quer fazer com a
sua vida. Se não é criar gado e não a arquitetura, deve haver alguma coisa.
-Tudo bem, parece razoável. E em seguida?
-E então lhe daria um pontapé na bunda até que ele fosse atrás
disso. Que vá para a escola ou comece a fazer essa coisa, seja o que seja -
Sorrio e olho para Mac – Viu só? Simples.
Ele assente.
-Estou de acordo. Quando começamos?
Pisco algumas vezes enquanto suas palavras afundam em mim. A
caminhonete continua em silêncio.
-Está bem? - Pergunta. - Quando? Amanhã?
Nego com a cabeça.
-Não eu não. Alguém tem de fazer isso.
-Porque não?
―Porque.
-Você gosta dele, eu sei que sim.
Meu rosto fica vermelho, mas ele não pode ver porque está muito escuro,
graças a Deus.
-Claro, eu gosto. Como um amigo.
Ele ri.
-Você sempre persegue seus amigos nus pela casa?
-Talvez. - Agora meu rosto está em chamas. Toda a sua família viu, e
agora a minha humilhação está de volta com força total porque ele o invocou.
-Duvido. Andie disse que você gosta, então eu sei que o faz.
- Andie se equivoca muito, deve saber disso – digo.
- Oh, não acredito. Estou muito seguro de que ela tem razão em cem por
cento das vezes.
Eu olho para pegá-lo sorrindo. É doce e irritante, tudo ao mesmo tempo.
-Você é tão irritante que nem sequer é engraçado. - Eu estou tentando
fazer sons de desgosto em vez de inveja. Estou feliz que
minha amiga tem Mack em seu lado quando ele é claramente tão
impressionante, mas isso me deixa muito consciente do fato de que eu não tenho
algo assim e que eu quero isso. Quero muito.
- Irritante e orgulhoso de ser. - Me olha, me capturando franzindo a
testa. - Ian é o mesmo tipo de pessoa, você sabe. Uma vez que ama uma garota,
não tem volta. É para toda a vida e nunca haverá outra para ele.
Engulo em seco, a sensação dentro de mim difícil de entender. Dói
demais.
-É por isso que você está tão chateado com Ginny, isso que você
está dizendo?
―Não, isso não é o que estou dizendo. De nenhum modo. Nunca sentiu
o mesmo por ela.
Olho para ver se ele está brincando, mas parece sério.
-Acho isso difícil de acreditar. Estavam juntos para sempre.
-Sim, mas Ian não estava nisso. É verdade Ian nunca estava nisso com
ela. Sempre estava agindo como um homem que pensava que ela queria que
fosse.
-O arquiteto - digo
- Exatamente. Alguma vez te disse que foi ideia dela?
- O quê?
-Sim. Estava com ele na escola. Controlava o seu horário de aula, e ela
lhe disse que achava que era adequado para fazer edifícios e outras coisas. Ela
sempre quis deixar este lugar. – Suspira - Ela chamava isso de "retrógrado".
- Soa como uma puta manipuladora.
Mack suspira.
-Era à sua maneira de sair. Não posso culpá-la por ver sua chance e
tomá-la. Somente desejaria que não tivesse sido à custa do meu irmão.
- Mas ela segue aqui. Desculpe, Mack, mas isso não faz sentido para
mim. Este não é o século XIX. Se Ginny quisesse sair, poderia facilmente fazer
isso. Você está dizendo que Ian era uma presa fácil? Não acredito. É
muito teimoso.
- Ian pode ser teimoso na superfície, mas quando está com uma garota,
é diferente, fica focado em fazê-la feliz. Isso é o que aprendemos com nosso pai
e é única maneira em que fazemos as coisas. A razão pela qual Ginny continua
aqui é que não encontrou alguém em quem engatar seu vagão e sair. Mas um
dia ela vai, acredite. Ela não é para este lugar.
A ideia de que Ian seja massinha em minhas mãos quando para todos
os outros é um idiota teimoso é atraente o suficiente para estar começando a
pensar sobre suas calças novamente e a vê-las em uma pilha no chão. É
a síndrome de bad boy novamente. Argh, odeio meus hormônios totalmente as
vezes.
-O que foi isso de que Ginny tentou algo contigo? -A pergunta
simplesmente sai da minha boca sem nenhuma advertência, mas agora que está
aqui, estou bastante curiosa para ouvir a resposta, de
modo que não me corrijo ou retiro a pergunta.
-Atroz. Terrível. – As mãos de Mack apertam o volante com tanta força
que suas veias incham - Um dos piores dias da minha vida, na verdade.
- Por quê? - É um pouco fascinante como ele reage sobre isso, mesmo
depois de todo esse tempo. A maioria dos caras se sentem lisonjeados quando
uma menina vai atrás deles, mesmo que não seja apropriado ... às vezes mais
quando não é.
-Porque estava tão mal. Soube assim que aconteceu que isso destruiria
meu irmão. E eu não pedi por isso. Nem sequer a vi vir. Sigo pensando que
talvez deveria saber, e se tivesse, poderia ter a parado.
Essa resposta me incomoda.
-Então, é essencialmente sua culpa que a vida de Ian está destruída. -
Mais do mesmo. Não é de estranhar que Ian está tão mal.
Mack leva um tempo para responder.
-Não, não exatamente. - Ele me olha, sua expressão séria e
possivelmente torturada-. Você nunca cometeu um enorme erro de julgamento,
desejando ver algo e ser incapaz de detê-lo, e viver para lamentar
isso? Assistir a vida de alguém mudar, mudar irremediavelmente, e saber que
você tinha alguma coisa com isso?
Penso sobre isso por um tempo antes de responder.
-Não, eu não tenho. Mas eu imagino que seria uma bagunça.
Ele balança a cabeça, mais uma vez olhando para a estrada.
-Sim. É uma merda, isso é um fato.
Estou tão confusa. Eu queria estar com Ian e não me
preocupar com sua vida, mas agora Mack me fez pensar sobre ele novamente,
me perguntando sobre o curso dos acontecimentos, segundo Mack, a vida de
Ian mudou tão drasticamente. Pequenas coisas se tornam grandes e o que havia
de errado se tornou certo e, em seguida, errado, o mesmo tempo. Não é de
estranhar que Ian não saia dos seus altos e baixos. Estaria tonta também se
fosse ele. Não é apenas algo permissivo que está acontecendo aqui. Há culpa e
censura e ... amor.
Eu olho para Mack e meu coração derrete para o tipo irritante que
é. Realmente ele ama o seu irmão. Eu gostaria de um irmão como ele.
- Você é um bom rapaz, Mack. Fico feliz que você e Andie encontraram
um ao outro.
-Sou grato a Deus todos os dias por ter a colocado no meu caminho.
Eu rio.
- Apesar de ela ter jogado um cocktail em você?
Ele ri comigo.
-Sim, apesar disso. Ainda tenho essa camisa, sabe. Não a lavei.
-Eu não sei se devo achar que isso encantador ou perturbador.
―Andie disse que é encantador.
- Ela o faria. - Posso falar como se fosse um insulto, mas realmente
estou com ciúmes. Todas as garotas deveriam ter um cara como Mack,
mantendo suas camisas sujas pelas recordações que possui.
A caminhonete segue em silencio até que estamos quase no rancho.
- Então, quando vamos começar com o plano? - Mack pergunta ao
passar pelo arco que conduz à propriedade do rancho.
- Qual plano?
- O plano para conseguir que Ian siga em frente novamente.
Meu coração dá uma cambalhota, enquanto imagino
meu papel em todo este cenário.
-Quando quiser, eu acho. Eu não vou ser parte disso. Vou embora em
menos de duas semanas.
Mack desacelera até parar a caminhonete. Me olha, deixando o motor
ligado.
―Não vai funcionar sem você, Candice.
Faço uma pausa, minha mão na porta pronta para abrir.
-Porque não?
-Porque, você é a única garota em que ele demonstrou algum interesse
desde que eu tinha treze anos, e precisa de uma razão para mudar. Você poderia
ser esse motivo. Eu acho que ele precisa de você.
Meu queixo cai aberto. É realmente Mack,
que está sentado próximo a mim ou algum estranho que vi em muitas novelas
dos anos oitenta invadiu seu corpo?
-Eu tenho que ir - eu digo, abrindo a porta e me arrastando para baixo
na neve. Somente deslizo um pouco quando meus pés tocam o chão, mas já
aprendi a me pendurar em portas e assentos para ter um aperto firme, então eu
estou bem. Minhas calças não vão ficar molhadas.
-Pense nisso! - Mack grita quando eu fecho a porta.
Troto pelo chão, ansiosa por colocar alguma distância entre nós. Não há
maneira de que possa responder de maneira inteligente suas ideias
porque minha cabeça é apenas um tornado gigante.
As emoções e os pensamentos vêm e vão, se enredando todos juntos.
Poderia ajudar a Ian sem cair de amor por ele? E se eu cair
de amor por ele, poderia deixa-lo para trás e voltar para minha antiga
vida? Temo que a resposta a ambas as perguntas seja não, então subo as
escadas para o meu quarto temporário, tentando pensar em outra maneira de
ajudá-lo a seguir em frente sem destruir a mim mesma no processo.

Capítulo 32
O domingo amanhece brilhante e com um frio de morder a bunda. Meu
brilhante plano de abrir a janela do meu quarto para comprovar a temperatura
consegue que os pelos de minhas fossas nasais se congelem antes mesmo de
estar fora do meu pijama. Me meto na metade das roupas que trouxe da Florida
tentando evitar que meus mamilos se rompam antes de ir para baixo.
-Onde você está indo tão cedo? - Maeve me pergunta quando entro na
cozinha, minhas botas fazendo barulho rangendo no piso de madeira.
-Café da manhã com Tate Montgomery. -
Sorrio grande, tentando não revelar o fato de que estou em uma missão muito
específica para corrigir a vida de Andie. - Pode me emprestar uma das
caminhonetes? O sorriso de Maeve desliza um pouco.
-Poderia fazer Ian levá-la para a cidade, se desejar.
O ouvi chegar na noite passada várias horas mais tarde, mas eu não vi
desde que a luta começou, nem quero ver. Nem eu nem meus sentimentos
confusos estão prontos para enfrentar ele ainda. Tenho que atender
Andie primeiro. Um desastre de cada vez.
- Não, este bem, - digo. - Sei que ele está ocupado.
- Ele me disse para lhe dizer que te encontraria no celeiro quando se
levantasse, para alimentar o bezerro.
Meu coração mais ou menos faz uma rachadura diante
dessa pequena declaração, mas sigo até a parte da frente. Não estou deixando
minha bebê vaca ou a permitindo morrer de fome. Sei que Ian está lá para ela. E
eu vou continuar de onde paramos quando retornar do café da manhã.
- Somente mandarei uma mensagem e lhe direi que
comece sem mim. Eu estarei de volta em um par de horas.
Maeve vai em seus chinelos até a sua bolsa.
- Tudo bem, tudo bem por mim. Aqui. Você pode levar o S-10 menor
lá. Verde.
Pego as chaves e lhe dou um abraço, tentando expressar o fato de que
quero dizer a sua família que não vou causar qualquer dano sem palavras.
- Obrigada, Maeve. Posso arranjar-lhe qualquer coisa enquanto estou
na cidade?
-Não, está tudo bem, querida. Tenho que ir mais tarde por várias coisas
eu mesma, então eu vou esperar.
-Okee Dokee. Diga Andie quando acordar que eu vou estar em casa a
tempo para o almoço.
-O farei. Mack veio e disse que tiveram uma longa noite, por isso não
espere que levante muito antes disso.
-Bem, bem. Isso funciona perfeitamente. Nos veremos mais tarde.
Saio da casa, aliviada de não precisar parar e ver Andie ainda. Estou
ansioso para segurar Sarah novamente e me imprimir nela, mas eu tenho que
seguir com este não-encontro, e eu sinto que eu vou conseguir uma grande
quantidade de boas informações por parte de Tate. Ele sem
dúvida sabe alguma coisa. Talvez volte com tudo em que possa trabalhar e
possamos celebrar com um pouco de chá e cappuccino.
A Chevy é bastante fácil de conduzir, apesar da parte de trás as vezes
girar como a cauda de um peixe. Chego a cidade em quarenta e cinco minutos,
o que me coloca exatamente dez minutos atrasada para o café da manhã.
Ao entrar na cafeteria cheia de vapor, posso verificar o ambiente. Está
cheio, mas Tate não está em qualquer lugar que eu possa ver.
-Procurando alguém? - Pergunta uma menina à minha esquerda. Eu
reconheço sua voz imediatamente.
- Hey, Hannah Banana - digo, meu tom cheio de doçura açucarada. Eu
realmente só quero espreme-la até que sua cabeça tonta dispare, certo de que
é a raiz de muitos dos problemas de Andie.
Ela perde o sorriso.
- É apenas Hannah.
A ignoro e procuro pelo cômodo mais uma vez.
- Supõe que deveria me encontrar com Tate Montgomery aqui, mas eu
cheguei um pouco atrasada.
Ela inclina seu quadril, uma garrafa de café pendente na sua mão.
-Ele esteve aqui, mas se foi.
- Droga - Mordo o lábio, desejando ter seu número ou uma maneira de
entrar em contato com ele. Agora o que eu deveria fazer? Comprar outra
arma? Mais botas? Arranho em torno dos pontos em meu braço, tentando aliviar
a coceira lá. Tremo quando eu toco acidentalmente os pontos de sutura. Pumas
da montanha malditas, arruinando a minha pele do braço perfeitamente intactas.
-Poderia o chamar para você - diz Hannah. Ela está sorrindo muito para
que me sinta confortável.
- Ele está beeem ... - Quero perguntar qual é o truque, mas ela
rapidamente me despacha quando pega seu telefone, pressiona alguns botões
e começar a falar.
- Olá, Tate? Sim, sou eu, Hannah. Seu encontro
está aqui esperando por você. Ian sabe que você se encontra com ela aqui?
Barulhenta. Sua próxima chamada será, provavelmente, para Ian
dizendo -lhe exatamente o
que estou fazendo e com quem estou. Tive a impressão ontem à noite que ele
não é um grande fã de Tate, e quem sabe qual é a motivação de Hannah.
Faz uma pausa, em seguida, olha para mim.
- Você esperará por ele?
Assinto.
- Sim, vai esperar – me pisca um olho – Está bem, direi. Até breve -
Desliga e aponta para o outro lado do restaurante, logo à direita da janela da
cozinha. Sente-se, ele estará aqui em dois segundos.
Caminho da porta principal até o assento mais longe em todo o lugar me
fazendo lembrar de um pesadelo recorrente que eu tenho, onde todos na sala
olham para mim e não dizem nada. Deve haver cinquenta pessoas aqui e,
aparentemente, nada do que estavam falando antes de eu chegar aqui não é tão
interessante como eu.
Sim. É verdade. Eu sou um silenciador humano. Ninguém fala quando
me aproximo, mas ao contrário do meu pesadelo, estou vestindo calças, de
modo que o sentimento não é tão horrível hoje, como quando estou dormindo.
Ao me sentar no banquinho, ele começa a se inclinar para a direita e
depois para. Estou presa em um ângulo de trinta graus. Sempre que eu tento me
endireitar, ele faz um ruído horrível e volta para o outro lado.
Rangiiidooo ... Volta! Rangiiidooo... Volta!
Hannah coloca uma xicara de café vazia na minha frente.
- Normal ou descafeinado?
- Que tal um novo assento? – Me levanto para olhar debaixo do assento.
O que vejo de imediato me faz desejar não haver me preocupado. Falando sobre
ser sujo e desagradável. Seguramente ouviram falar da peste bubônica em
Baker City?
Volto a sentar e tento sorrir enquanto me movo bruscamente para a
direita, mas é um pouco difícil considerando a cola cinzenta peluda justamente
debaixo do meu traseiro. Levo as mãos para ao lado da almofada do banco para
me ajudar a me equilibrar, mas mantenho meus dedos apontando para o chão
para que não toquem acidentalmente nos germes de praga debaixo de mim.
Rangiiidooo... Volta!
Realmente espero que este assento seja coberto com vinil genuíno e
não algum outro material mais poroso.
- Não posso conseguir outro lugar para você, desculpe. A casa está
cheia, como você pode ver. - Suspira, como se estivesse incomodada por isso
- E bem? Regular ou descafeinado?
A porta se abre e os sinos tilintam. Me virando, vejo Tate em pé na porta
da entrada, tirando o chapéu. Várias pessoas o cumprimentam e ele balança a
cabeça e acena enquanto vem em minha direção, com o chapéu na frente perto
de sua cintura.
É ainda melhor à luz do dia do que era à noite, o qual estou bastante
segura de que viola algumas leis muito importantes da física óptica. Agora eu
estou começando a me perguntar se há algum cowboy feio aqui em Oregón.
- Você veio – diz, sorrindo enquanto se aproxima.
- Me desculpe, eu estava atrasada. Nunca tinha dirigido na neve antes.
Rangiiidooo... Volta!
Minha cadeira vira para o outro lado e agarro o balcão e seu braço para
não cair.
- Cadeira endemoniada. Eu acho que hoje não é meu dia.
- Não se preocupe. Não foi longe. - Olha para fora, enquanto estabilizo
meu quadril com uma grande e forte mão. - Hannah, você tem outros lugares?
- Para você, Tate? Qualquer dia. Apenas espere um segundo e vou me
livrar de alguém para você.
Me viro para encontrar Hannah piscando.
Ugh. Realmente apenas quero dar-
lhe um tapa no presente momento, mesmo sabendo que o resgate desta
cadeira carrossel torta que levou tanto prazer em me oferecer.
Dois minutos depois, Tate e eu estamos sentados em uma cabine um de
frente para o outro, e eu estou tentando agir naturalmente. É difícil sabendo que
ele gosta de mim, mas que eu estou aqui apenas para arrancar informações. Me
sinto desonesta e fico nervosa com o resultado. Sim, ele é bonito, mas o fato é
que não é Ian. Somente tenho olhos para o cara que não posso ter.
- Diga-me que você não é uma daquelas meninas que não comem
comida de verdade - diz, sorrindo de forma zombeteira.
- Não, essa não sou eu. Vou pedir waffles e um pouco de bacon.
Sorri mais amplamente e olha para o cardápio.
-É disso que estou falando. Pediremos o dobro de tudo e eu também vou
querer alguns ovos, eu acho.
Depois de Hannah anotar nossos pedidos, ele se encosta na sua cadeira
e apoia os braços sobre o respaldo de cada lado.
- Vá em frente, então. Eu sei que somente veio aqui para me interrogar.
Estremeço, completamente presa. Ele é muito mais inteligente do que
eu esperava que fosse por ser tão bonito.
- Isso soa terrível.
Acena sua mão.
- Nada, não se preocupe por isso. Sei meu lugar agora.
Ian me o mostrou bem. Somente me diga o que você quer saber, e verei o que
posso dizer ou descobrir por ti.
Ignorar o comentário Ian-me-mostrou-bem em favor do livro aberto que
está me oferecendo. Andie primeiro, Ian depois.
- Tudo bem, então quais são os rumores sobre a Andie? Por que não
tem amigos aqui?
Ele se estende e gira a faca em cima da mesa, observando-a no
processo.
- Acho que poderia ser uma combinação de coisas.
-Como por exemplo…?
- Bem, talvez as circunstâncias de sua presença aqui para começar. –
Para de girar a faca e depois começa de novo na direção oposta.
-Qual é…?
Ele dá de ombros, ainda não olhando para mim.
- Mack abandonou a despedida de solteiro para estar com ela, e logo
Ginny tirou conclusões erradas e ela e Mack ...
- Será que ela e Mack? Quer dizer que ela e ela. Mack não teria nada a
ver com isso.
Tate dá de ombros.
- Acredite no que você quiser. Alguns dizem que ele fez, alguns dizem
que não o fez. – Ele me olha.
Estou furiosa neste instante.
- Como ousam!
Quando ele não concorda comigo, aponto para a minha justa indignação.
-O que você acha? Você acha que ele pediu por isso?
Ele dá de ombros novamente.
-Provavelmente não. Não pensei muito sobre isso, para ser honesto. Me
importo muito pouco com o que os MacKenzie fazem ou não fazem.
―Porém pelo que conhece de Mack como acredito que conhece, ele é
do tipo que vai atrás da namorada do irmão?
Tate nega.
-Não. Não que eu possa ver.
-Bem. Mas eu sei que isso é história passada, assim o que isso tem a
ver com Andie agora?
Tate olha para ver onde Hannah está antes de responder.
- Eu não tenho certeza que você iria entender, vindo de uma cidade
grande como você faz, mas aqui as coisas são um pouco diferentes.
Me inclino mais perto e abaixo minha voz.
- O que é diferente? Me explique.
Ele também se inclina.
- Por exemplo, as pessoas têm ideias em sua cabeça sobre as outras
pessoas, e mesmo quando as coisas não vão de acordo com o plano, têm
dificuldades em aceitar isso.
- Me dê algo específico. - Fico com Hannah na mira usando minha visão
periférica. Se ela tentar chegar a nos interromper, vou ter que causar uma
distração ou algo assim. Talvez eu jogue alguma coisa em todo o lugar. Isso
deve funcionar. Provavelmente poderia enterrar uma dessas facas de manteiga
na parede, se precisar.
-Pegue Ginny como exemplo. É uma daquelas meninas que tinham em
mente que Ian era dela do começo ao fim, desde que eles eram crianças. Mas
ele nunca esteve realmente nisso.
-Como sabe disso? - É como se todos, exceto Ian e Ginny soubessem
que Ian não estava apaixonado por ela. Eu acho que isso não é muito
surpreendente, no entanto. Já vi isso tantas vezes com meus próprios
amigos. Foi o que aconteceu com Andie e seus namorados ridículos o tempo
todo. Ela nunca poderia ver os totais idiotas que eram, mesmo quando eu
apontava em um Inglês muito simples, como se dizendo as coisas mais óbvias,
algo como Hey, Andie, um cara que te compra certificados de cirurgia plástica
para o dia dos namorados é um completo idiota. Bradley quase foi a causa do
fim da nossa amizade. Graças a Deus que Mack veio logo em seguida, ...
-Como eu sei? - Ele dá de ombros. - Não sei. Era visível. Todo mundo
podia ver, não só eu. Toda vez que ela estava perto dele, era como se ele
desaparecesse. Quero dizer, ele estava lá, mas as vezes não. Sabe o que eu
quero dizer? Como um fantasma. O fantasma de Ian MacKenzie.
-Sim, acho que sim. - Soa muito parecido com o que Ian estava tentando
me descrever, ele estava sempre atrás com Ginny na frente.
- Mas isso a deteve? – Pergunta Tate. - Não. Apenas a
tornou mais determinada. Algo assim como Hannah com Mack.
Eu olho e a vejo nos enviando olhares nervosos.
- Diga-me – insisto – Tudo.
Ele dá de ombros.
-Tenho certeza que você sabe. Ela estava ligada com Mack desde o
princípio. Ele nunca lhe deu nem a hora do dia, realmente. Quero dizer, ele foi
educado e tudo, mas nunca encorajador. Hannah pensou que era dela, e já que
nunca saiu com ninguém na cidade, as pessoas pensaram que tinham
o direito de acreditar nisso. Ela se mudou para sua casa em algum momento
depois de seu retorno de Las Vegas e muitas pessoas simplesmente assumiram
que eles eram um casal.
-Não, eles não eram. Ele estava apenas sendo gentil.
-Isso é o que ele diz. Não é o que ela diz.
Eu olho para ele e, em seguida, para Hannah.
-Ela é uma cadela mentirosa, isso é o que é. - Se eu tivesse raios laser
nos olhos, ela seria fulminada agora mesmo.
Tate coloca as mãos para cima.
-Hey, não me olhe assim. Eu só estou contando a história.
-Não mate o mensageiro - digo, apontando para ele.
- Eu ouvi que você atirou Ian. - Tate sorri.- Muito engraçado se você me
perguntar.
- Não mude de assunto. Como isso tudo está relacionado com Andie?
Suspira.
―Segundo a forma que veem por aqui, ela é a razão de tudo. Se não
tivesse entrado em cena, Ginny teria seu homem, Hannah teria seu homem, e
todo mundo estaria feliz.
- Não Ian ou Mack - digo muito alto.
Tate olha em volta, nervosamente.
- Apenas relaxe, ok? Eu disse que você não entenderia.
- Oh, eu entendo perfeitamente. – Nego com minha cabeça. - Algumas
pessoas simplesmente não têm ideia.
-Não é fácil, na verdade, certo? - Tate olha para mim, com toda a
seriedade em sua expressão. Isso me tranquiliza muito.
Eu dou de ombros, sem entender o que está tentando dizer.
-Porque não? Parece muito fácil para mim. Alguém não te ama, vá em
frente. Fim de jogo.
―Talvez seja assim em uma cidade grande onde tem milhares de
rapazes para escolher, mas por aqui não é assim. Se tem seus olhos sobre um
cara por mais da metade da vida e logo esse cara te deixa saber que sim, você
se foca nisso. E quando não vai bem, somente segue se centrando nele. Não é
como se tivesse várias opções. Estar sozinho é... solitário.
Eu rolo meus olhos.
-Se você ainda não ouviu falar disso, Tate, há um mundo lá fora
esperando por você. - Olho ao redor da cafeteria. - Para qualquer um de
vocês. Ginny, Hannah ... se não estão felizes aqui poderiam se mudar.
-É fácil para você dizer. Mas a maioria dessas pessoas nunca saíram
daqui. Mesmo de férias. Suas famílias estão aqui há gerações, trabalhando na
terra e com gado por centenas de anos. E as nossas famílias têm grandes
expectativas para as quais é difícil sair.
Tudo soa muito deprimente, para não mencionar o século XVIII.
- Isso acontece com você? É feliz?
Ele sorri em uma maneira agradável e fácil. Ele é bonito e é quase
como se o sol tivesse saído bem no restaurante para ficar com a gente.
-Oh, estou muito feliz. E eu gosto de minha vida, embora eu admito que
pode ser solitário às vezes.
Curvo a cabeça para o lado, de repente percebendo que eu tenho feito
um trabalho muito ruim em ter uma conversa com ele.
-O que é que você faz, exatamente?
-Eu sou mecânico. Minha loja fica na rua principal.
Um cartaz com um rosto bonito destaca na minha memória.
- Primer Cambio Tate?
-Esse sou eu.
Eu sorrio de volta.
-É bom conhecê-lo, Primer Cambio.
-Apenas Tate está bem, obrigado. - Seu rosto se torna
encantadoramente rosado.
Dois pratos aparecem na nossa frente sem aviso prévio.
-Dois waffles com bacon, ovos ao lado.
Hannah está aqui e se vai antes que qualquer um de nós possa
responder.
Ele balança a cabeça em direção mim.
-Agora você fez isso.
-Fiz o que? - Olho para ele, para meu waffle, para Hannah, e depois para
ele.
-Primeiro você roubou Ian de Ginny, e agora você está me roubando de
alguém que me tem em sua mira.
Meus olhos se arregalam em tom de brincadeira.
-Ah. Devo ter medo? - Olho ao redor da cafeteria, tentando encontrar
sua perseguidora. Eu não vejo qualquer um olhando para nós, exceto Hannah.
Ele se inclina sobre a barra e me dá um rosto assustador.
-Sim. - Mover suas sobrancelhas. -Tenha medo. Tenha muito medo.
Ambos rimos e imergirmos em nossos waffles.

Capítulo 33
Tenho muito que pensar no caminho de casa. Quando chego na entrada
do rancho, meu plano está quase inteiramente concluído. Se Andie pudesse me
ver agora, provavelmente diria que o meu hamster está a ponto de morrer de
um ataque cardíaco, mas que estaria errada. Meu hamster poderia
participar das competições do Ironman 19 se tivesse desejado. Absolutamente
iria ganhar, também.

19
O Ironman é a prova de triatlo mais exigente. Consiste em 3,86 km
de natação, 180 km de ciclismo e 42,2 km de corrida (maratona). A
prova tem um limite de tempo de 17 horas, um tempo médio de 12
horas, e o tempo recorde atual é 07:41:33 de Andreas Raelert.
-De volta tão cedo? - Maeve pergunta enquanto eu removo a neve das
botas na frente no vestíbulo.
- Sim. Hannah me deu um assento de imediato, e devorei meu incrível
waffle em tempo recorde.
Maeve parece um pouco desconfortável quando seu olhar vai de mim
para o chão.
-Eu pensei que você estava tomando café da manhã com Tate
Montgomery.
-Oh, eu fiz. E eu queria falar com você sobre isso, se você tiver um
minuto.
Ela volta a me olhar.
―Bem. Diga..
-Que tal um café?
Ela sorri.
-Boa ideia. Acabei de voltar do galinheiro com os ovos e os meus dedos
poderiam usa-los para ter um bom descongelamento.
Ela coloca a máquina de café na cozinha para funcionar enquanto eu
sento e faço um par de exercícios na perna para parar de pensar no fato de que
seus dedos acabam de estar em lugares que os meus não irão.
Rabo de frango. Eu tremo.
Sou distraída dessa ideia de mau gosto pelo estado dos meus
músculos. Nem sequer tenho certeza se
poderia dar um chute alto nesse momento pela forma que sinto minhas
pernas. Todo esse frio está reduzindo o meu corpo, o tornando um caos
reprimido.
-Então você gosta dos waffles da cidade, hein?
-Deliciosos. Voltaria aqui apenas por eles, mesmo se Andie não vivesse
aqui.
Ela ri.
-Bem, eu acho que vou ter de experimentá-los, então, se são tão bons.
- Você ne sequer entrou lá? Estou começando a me perguntar se isso é
uma espécie de epidemia da cidade, estas evasões da Hannah.
-Não muito e nunca por causa
dos waffles. Temos uma reunião trimestral de senhoras rancheiras no
restaurante que participo, mas geralmente fico no café.
-
Definitivamente tente os waffles da próxima vez. Totalmente vale a pena a
viagem, mesmo nesta neve.
-Então, como você conheceu Tate? - Ela está de volta para mim,
pegando as xicaras e o açúcar.
-Ontem à noite, na festa do Boog. Ele e eu tínhamos um acordo, e minha
parte do acordo era ter uma refeição de minha escolha com ele. Eu
escolhi o café da manhã.
-Hmmmm ... - diz Maeve.
Eu sinto que a sua resposta realmente significa algo, mas é tudo o que
ela me dá.
-Tive esta ideia de que talvez ele poderia ser capaz de me dizer algumas
coisas... me dar alguma luz sobre um mistério em particular que encontrei – tento
fazer soar interessante. Ir lá era uma parte fundamental do meu plano, então eu
preciso de sua aceitação.
-Um mistério, hein? Isso soa muito ... misterioso. - ri, virando-se com as
xicaras e o açúcar em suas mãos.
-Andie esta por aqui? - Pergunto. Ela não está onde possa vê-la, e não
é há qualquer som do bebê para me indicar a sua presença, mas quero
ter certeza de que não estamos ao alcance de ser ouvidas.
-Não, mas deve estar aqui em uma hora ou algo assim. Ela está tomando
um pouco de tempo para se acostumar com o ritmo das coisas.
- Talvez devêssemos ir lá.
-O faremos. Pretendo ir limpar um pouco, lavar e cozinhar. Você está
convidada a se juntar a mim. Ouvi dizer que você é uma cozinheira
surpreendente.
Meu rosto fica um pouco vermelho.
-Sério? De quem?
-Ian. Angus e eu sentimos muito ter perdido seu espaguete. Talvez você
possa voltar a preparar antes de ir.
-Claro. Em qualquer momento. - Eeeeee aqui chega o pânico ...
A cafeteira está pingando, enchendo o silêncio. O que não faz nada para
me acalmar agora que sei que a minha capacidade inexistente para cozinhar
está prestes a ser testada, mais uma vez, só que agora pela família inteira. Andie
realmente fará xixi se descobrir o que eu tenho dito a essas pessoas sobre as
minhas habilidades. Será melhor que a avise com antecedência. Nota mental:
Pagar Andie e dizer que eu sou uma chef especialista.
Maeve interrompe meus pensamentos.
-Então eu posso saber qual é o grande mistério, ou é um segredo?
-Na verdade, estou feliz que você perguntou, porque precisa saber do
mistério com o fim de ajudar a corrigir as coisas.
Ela envolve suas mãos em torno de seu café e sorri.
-Oooh, isso soa bem.
Ela levanta o olhar até minha testa. Tento não olhar para cima para ver
o que atrai sua atenção, mas não posso evitar. É possível que cruze meus
olhos enquanto começo a dizer-lhe o meu plano.
-É bom. Eu acho. De qualquer forma, eu percebi desde que cheguei aqui
que Andie não tem exatamente muitos amigos.
Maeve perde seu sorriso.
-Sim, temo que esse parece ser o caso. Eu nunca a vi sair com ninguém,
além de nós.
- Há uma razão para isso.
As sobrancelhas de Maeve sobem.
-Há?
-Sim. Aparentemente, há rumores na cidade de que
Andie é a razão para Ian perder Ginny e Hannah perder Mack. Supõe-se
que Andie é a prostituta da cidade ou a ladra de maridos, algo assim.
-Isso é completamente ridículo! - Maeve está irritada. - Nenhuma dessas
mulheres tinham direito sobre meus filhos. Andie não teve nada a ver com
qualquer uma delas perder tudo o que achavam que tinham direito.
-Você deve ter ouvido isso antes, certo? - Pergunto, pressionando-
a. Quero dizer, você vive aqui. Pertence a esse clube de senhoras-rancheiras ou
o que seja. Isto não é novo para você, aposto.
Ela se levanta para pegar a xicara da cafeteira, muito menos relaxada e
tranquila do que estava há dois minutos. Inclusive posso ter a abalado um pouco.
Nunca a vi assim. Ela sempre é tão dona de si mesma.
- Eu odeio dizer isso, mas eu estou quase sem amigos, como Andie
neste momento. – Pega a jarra e enche nossas xícaras, deixando escapar um
longo suspiro. - Perdi minhas duas
melhores amigas para o câncer. Outra muito boa amiga se foi e se
mudou para Seattle com seu novo marido. Quanto ao resto ... - Ela dá de ombros
enquanto adiciona dois torrões de açúcar em seu copo - ... Eu acho que não
falamos sobre coisas relacionadas a Andie. Provavelmente porque se importam
com o que eu pensaria.
-Você não é muito fofoqueira, eu acho.
-Não, em absoluto. - Ela ri, mas não parece tão feliz. Pelo menos já não
está trêmula - Eu não tenho tempo para isso. E tudo é um monte de besteiras de
qualquer maneira. Eu tenho coisas melhores para fazer com meu tempo.
-Bem, não precisa se preocupar. Eu sou uma especialista fofoqueira -
pisco para garantir que ela está em boas mãos. - Meu
palpite é que Hannah A Grande Chefe de Chouriço Banana tem espalhado
mentiras por aí, seja porque simplesmente está amargurada ou se iludiu com o
pensamento de que Mack, eventualmente, romperia com Andie e seria livre
novamente. De qualquer forma, vamos colocar um fim a isso e Andie encontrará
algumas amigas.
-Vamos? – Não soa muito entusiasmada, o que é decepcionante porque
ela ia ser uma jogadora importante no meu esquema. Eu vou ter que ser um
pouco agressiva.
-Sim. Nós definitivamente vamos. Não posso deixar Baker sabendo que
minha melhor amiga vai ficar sozinha aqui na vila-coiote-puma-serpente, sem
alguém para conversar ou falar sobre coisas de bebês também. Não estou
sempre disponível por telefone, você sabe?
Maeve sorri.
-Ouvi dizer que você é muito ocupada em seu salão. Você gosta de ter
seu próprio negócio?
Em qualquer outro dia do ano antes de vir aqui, a minha resposta seria
entusiasmada. Agora, está calorosa sensação se apodera de mim e se
infiltra na minha resposta.
-Sííííím. Quer dizer, eu adoro isso. É só que ... toma muito o meu tempo
para qualquer outra coisa.
-Outras coisas? Como que? Hobbies?
-Bom, não. Quero dizer, cabelo e moda são os meus hobbies.
Simplesmente... - Olho para o chão enquanto tento colocar em palavras o que
está acontecendo no meu coração. - Acho que desde que eu estou aqui eu
realmente nunca tinha pensado sobre o que mais gostaria de ter na minha vida,
mas agora eu estou começando a pensar sobre essas coisas.
-Que tipo de coisa? Vacas?
Eu rio, mas, em
seguida, as imagens de minha vaca bebê, Candy vem a minha mente com Ian e
eu lutando em torno de seu berço, e não parece tão bobo.
-Algo assim. Talvez mais a forma de vida que tem por aqui. Com maridos
e bebês e galinhas e outras coisas. - Meu marido pode tocar suas bundas. Eu
só farei a tortas. Eu tenho certeza que existem receitas online que eu possa
seguir.
Ela ri.
-Praticamente você acabou de resumir a minha vida em uma frase.
Minha mão se atira para descansar em seu antebraço.
-Não! Eu não quis dizer isso. Eu não quero soar como se estivesse
denegrindo ou qualquer coisa.
Ela dá um tapinha na mão.
-Não se preocupe. Eu não estou ofendida. Eu amo minha vida, vacas,
galinhas, bebês e tudo.
-Não se esqueça da parte do marido - eu digo baixinho.
- Você está querendo se casar? - Pergunta, tomando um gole de
café enquanto espera minha resposta. Ela está me olhando por
cima da borda de sua xícara.
-Sim. Claro. Eu não tinha certeza antes, mas agora eu tenho.
-Antes de que?
-Antes de que? - Pergunto, fazendo-me estúpida. Minha frequência
cardíaca acelera. Maldita seja! Minha boca falou antes de pensar.
-Bem, você disse que antes não tinha certeza de que queria se casar,
mas agora sim. Eu só estava me perguntando qual evento ou ... pessoa ...
poderia ter feito você mudar de ideia.
Arruinada! Obviamente, o meu hamster está muito mais cansado do que
eu pensava no início. Fui direto para uma armadilha que eu mesma criei. Rápido!
Pense em uma resposta que não envolva Ian!
-Andie ter um bebê, eu acho. Nunca pensei que poderia ser eu, mas
agora eu faço. E vendo o nascimento da Candy e ajudá-la a sobreviver com Ian,
isso foi incrível. – Maldição! Ian apareceu na minha resposta depois de
tudo. Meu hamster precisa de uma soneca a sério.
-Você está namorando alguém na sua casa?
-Não. Não neste momento. - Só a ideia de deixar todos esses magníficos
vaqueiros para trás é um pouco deprimente. Não que West Palm não tenha seu
quinhão de caras sensuais; é que somente não são... Ian.
Maldito seja, hamster! Pare de me fazer pensar sobre ele! Vá dormir!
-Talvez se apaixone por alguém daqui e então não queira partir – pisca
para mim e toma mais um gole de seu café.
A absoluta impossibilidade disso me deixa triste.
-Não. Eu não posso mudar meu negócio. Quero dizer, eu poderia vende-
lo, mas eu não gostaria. Passei anos construindo a minha clientela. E eu
tenho um sócio. Seu nome é Jorge e ele me mataria se eu o deixasse.
-Você já saiu com Jorge?
Dou risada do quão ridículo seria. Ele em suas apertadas calças de brim
vermelhas e eu na minha Diesel. Nós com certeza viraríamos as cabeças, se
começássemos a nos beijar. Eu acho que seria mais confuso do que qualquer
outra coisa.
-Não, nunca. Ele não está realmente interessado em garotas. Mais para
jogadores de rugby.
-Oh. - O rosto de Maeve se torna um pouco rosa - Isso deve ser difícil
para ele.
-Na verdade, é. Não há muitos jogadores de rugby que são gays. Pelo
menos não tantos que admitam - suspiro pensando no pobre Jorge. Ele é muito
pior com os encontros que eu. O lado bom é que ele nos dá muito o que lamentar
ao longo dos anos, e nos deu bastante tempo livre para aproveitar
o nosso negócio. Agora nenhum de nós tem de trabalhar um dia inteiro se
não quiser, mas o fazemos porque não há nada mais para fazer. Nos
sacrificaram muito para estar onde estamos agora. Eu costumava ser orgulhosa
disso. Agora eu não tenho tanta certeza de que não foi um erro.
-Então de volta para o seu plano - Maeve diz, relaxando em sua
cadeira. - Sou todo ouvidos.
Meus sentimentos conflitantes sobre Ian voam pela janela enquanto meu
plano surge para o ouvido apreciativo de Maeve.
―Vamos fazer uma festa do bebê.
- Uma festa de bebê?
-Sim. Uma festa de bebê. Vamos convidar todas da cidade que você
acha que poderiam estar no círculo de amigas de Andie, mas não Hannah.
Maeve parece como se estivesse se encolhendo.
― Hannah não?
-Não. Não para Hannah. Quero que todos vejam Andie como ela mesma
e as deixe decidir quem ela é sem escutar os disparates da Banana.
-Mas isso não vai fazer Hannah se sentir excluída? Ela não é uma das
pessoas mais agradável quando sente que está sendo deixada de fora das
coisas. Pode perguntar para Mack sobre isso.
-Não que eu me importe com que ela sinta sobre
isso. O que é importante é que Andie forme alguns vínculos com algumas
garotas por aqui. Talvez até mesmo algumas que já tenham filhos, que possam
ajudá-la quando ela tiver perguntas.
Maeve franze a testa.
Estendo a mão e a coloco em seu antebraço.
-Não é que não seja suficiente para o conselho e outras coisas, mas às
vezes é bom ouvir de mais de uma fonte. E Andie não é dada a pesquisar no
Google.
Maeve sorri.
-Oh, não vejo como ofensa. Eu estava apenas tentando pensar em quem
poderíamos convidar. Há um par de meninas, filhas de algumas das mulheres
do clube das senhoras-rancheiras em que estou ...
-Isso seria ótimo! - Eu me
sinto muito orgulhosa de mim nesses momentos. - Quantas você acha que
poderia convidar para vir aqui?
-Cinco? Talvez seis?
Sorrio de orelha a orelha.
-Perfeito. Isso vai fazer a bola rolar. Nós podemos fazer um almoço aqui
na sua casa.
Maeve sorri de volta, mas algo está faltando em seu sorriso de costume.
- Se você acha que é melhor.
- Claro que é – afago sua mão. - Apenas faça os telefonemas e
eu planejarei todo o resto.
Terminamos nosso café conversando sobre as possibilidades de
comida, e porque eu sou quase uma chef profissional neste ponto, eu vou
preparar toda a comida. Almôndegas suecas não podem ser tão difíceis de fazer,
certo? Quer dizer, eu fiz o molho de espaguete e isso tinha carne.
Maeve se levanta e leva nossas xícaras vazias para a pia.
- Por que você não vai para alimentar sua prole enquanto eu faço
algumas chamadas?
-Boa ideia. – Me levanto pronta para enfrentar o dia, armada com o
conhecimento de que quando for embora, apesar de estar com o coração
partido por deixar para trás Ian, a vida de Andie estará de volta para o bom
caminho. Nada, mais que o melhor para a minha melhor amiga e meu ídolo bebê.
Capítulo 34
Estou olhando para a porta da baia da minha bebê vaca quando tenho a
sensação de que eu não estou mais sozinha no celeiro. Não é muito difícil de
perceber, vendo quando essa pessoa deixa uma enorme rajada de ar frio entrar
com ele que faz os meus mamilos virarem pedra.
Me envolvo em meus braços para tentar me manter quente. Minha
respiração sai em como vapor branco, fazendo com que pareça que eu
estou fumando.
-Já a alimentei - diz Ian. Soando esquisito.
Viro-me para responder, mas sou muito surpreendida com o seu rosto
para dizer qualquer coisa.
-Meu Deus. Isso dói? - Estendo a mão e toco a mancha azul debaixo do
olho. Ele salta para trás.
-Sim, isso dói! Jesus, não toque.
Estendo a mão novamente, mas paro com o dedo a um par de
centímetros de distância.
Ele não vacilou neste momento.
-Será melhor que não.
Meu dedo avança um pouco mais. Não tenho controle sobre isso. Estou
sendo possuída agora por uma mulher que quer ficar sob a pele de Ian. Ele é
tão malditamente provocante que nem sequer é engraçado.
-Eu não estou brincando, Candice. Não me toque.
Franzo a testa. Você não quer que eu toque seu olho ou em geral? Meu
dedo se move para baixo. Agora, ele vai para a garganta.
- Você vai se arrepender - adverte.
- Eu duvido muito - eu digo, o movendo ainda mais perto.
Nós dois estamos olhando para o dedo que se encontra em seu peito.
- Confie em mim - diz. - Você vai lamentar
muito se esse dedo entrar em contato com qualquer parte de mim.
Sem aviso prévio, movo rapidamente minha mão para cima dando um
tapinha nos seus lábios e nariz.
- Olha já o fiz!
Sem aviso, ele me agarra e me levanta, me jogando por cima do ombro.
- Ooow! – Um grito deixa meus pulmões, juntamente com o resto do meu
ar.
Ele me dá um tapa na bunda.
- Eu avisei, mulher!
- Ian – grito – Me coloque no chão agora mesmo!
- Oh, te colocarei, muito bem!
Nos segundos seguintes tudo o que posso sentir é seu ombro sólido
cavando em meu intestino. Então eu estou voando pelo ar.
- Aaaaaa! - Grito, imediatamente antes de aterrissar de costas com um
grande puf em algo crocante.
Um punhado de poeira e pedaços de feno voam sobre mim enquanto
Ian está de pé, com as pernas estendidas para aos meus pés.
-Que diabos…? – Levo uns segundos para descobrir onde estou. Meus
braços se esticam para provar a minha teoria. - Você acabou de
me jogar em um monte de feno?
- Não. Acabo de te jogar em um monte de palha, Citadine.
-É a mesma coisa. Agora me ajude a sair da aqui. Meu cabelo deve
estar arruinado. – Levanto as duas mãos para ele pegar.
Franze o cenho.
- Preocupada que seu novo namorado não vai gostar?
Paro a minha luta e deixo meus braços caírem para o lado.
- Meu novo namorado?
- Tate. Ouvi dizer que você foi tomar café da manhã com ele hoje.
Um lento sorriso invade meu rosto. Se isso não é um ataque de ciúmes
pela sua expressão e tom, então eu sou uma cabelereira sem talento no
departamento de beleza. A pergunta é, brinco com Ian por isso ou acalmo seus
sentimentos feridos? Hmmm ... o que fazer? O que fazer…?
-Não tente negar. Todos na cidade os viram.
Levanto uma sobrancelha.
-Você não viu.
-Não, mas outros fizeram.
- Como você sabe sobre isso?
-Não importa. O ponto é que eu soube. E você deve ter cuidado em
torno desse cara. Ele tem uma má reputação na cidade.
-Aaah, não é doce? Você realmente se importa comigo, não é, Ian?
Franze a testa um pouco mais.
-Você é amiga da minha cunhada. Eu acho que me sinto obrigado a me
certificar de que não falem mal de você enquanto você está os visitando.
-Então, é isso? Preocupação de amigos? Uma obrigação? - Agora eu
estou com raiva. Por que não pode simplesmente crescer e admitir seus
sentimentos? Obviamente, ele quer entrar na minha Diesel. Teria que ser cega
para não ver.
-Sim. Exatamente. E agora eu tenho que cumprir minhas obrigações. -
Se vira e começa a sair.
Bufo.
- Então você só vai me deixar aqui neste feno?
Sua voz soa abafada quando ele se afasta.
-Eu lhe disse que não é feno. É palha.
Estou furiosa em dois níveis. Primeiro, realmente está me deixando aqui,
e segundo, está usando essa palavra que eu sei com certeza que usa somente
para perturbar sua mãe.
- Isso não é uma palavra! - Grito, mas ele me ignora.
Saio do feno ou palha, ou qualquer que seja o inferno, com dois
punhados de coisa. Corro atrás dele espero até que estou quase em cima dele
antes de deixa-lo cair.
Jogo toda a coisa de feno tão duro quanto eu posso na parte de trás de
sua cabeça. Quando o envolve como uma nuvem de cogumelo gigantesca na
cor amarela, paro, admirando a vista.
Tinha em minhas mãos muito mais do que eu percebi.
Ele dá a volta lentamente, e retrocedo. Sua cabeça e ombros estão
cobertos com sujeira e parece muito confuso.
- Você acabou de jogar palha em mim? - Ele pergunta, incrédulo.
Cruzo os braços.
-Tenho certeza que é feno.
Da um passo em minha direção.
-Isso foi um mal movimento, mulher.
Dou outro passo para trás para manter alguma distância entre nós. Meu
coração está acelerado agora, e não é pelo esforço. É mais pelo perigo que
vejo em seus olhos. Mas eu não posso deixar ele saber que me intimida.
-Não, do meu ponto de vista, não foi.
Ele abaixa os ombros como se estivesse prestes a atacar alguém. Me
dou conta muito tarde que esse alguém sou eu.
Gritando, dou a volta para correr, mas isso somente faz com que seja
mais fácil para ele me derrubar. Dois segundos mais tarde, nós dois estamos
enterrados na palha.
-Saia de cima de mim, seu idiota! - Grito, tentando jogar alguma coisa no
rosto dele.
Ele se esquiva e enterra o rosto no meu pescoço.
-Pare de jogar essa merda por todas as partes! Isso pinica!
Faço uma pausa para recuperar o fôlego e para ver se
está dizendo a verdade. Não sei se é um fato ou apenas a sua sugestão
trabalhando sua mágica em mim, mas me sinto um pouco incomodada.
- Você é o idiota que nos jogou aqui.
- Você que quis. - Ele levanta a cabeça e olha para mim.
Nossos corpos estão pressionados do estômago até o tórax. Eu posso
sentir seu coração batendo rápido através do meu casaco, o meu ritmo no seu
ritmo.
-Você que queria - digo, minha voz baixa. Eu posso ouvir o farfalhar de
palha em outra parte do celeiro que eu acho
que é Candy, a vaca bebê. Estamos sozinhos, mas não realmente sozinhos. É
estranhamente sexy.
- Talvez a desejasse - diz
Meu coração da uma dupla batida.
Ele muda seu peso ficando mais dele sobre mim. Eu posso sentir sua
cintura lá contra a minha, e seu pênis está tão duro como uma rocha.
Oh meu Deus, oh meu Deus, oh meu Deus ... O que está
acontecendo?! Meu cérebro está fora de controle. Eu não posso pensar com
clareza. Será que estamos prestes a fazer isso no feno?
- Eu não o entendo – digo finalmente. Em caso de dúvida, basta dizer o
que está em sua mente, é a meu lema - O que está acontecendo aqui, quero
dizer.
-Eu tampouco entendo. - Ele não está sorrindo.
- Você está com raiva por isso? - Parece um pouco bobo estar
irritado com seus próprios sentimentos, então sorri.
Isso parece levar um pouco da raiva dele. Sua expressão relaxa.
-Talvez. Não estou seguro.
Me movo um pouco, tentando conseguir que alguma coisa nas minhas
costas deixe de pinicar.
-É melhor você parar de se mover assim - adverte. O diabo em mim
ganha vida.
-Por quê? - Me movo um pouco mais perto. - O que acontecerá se eu
não parar?
Ele empurra seus quadris para mim e descansa sua dura longitude na
minha suavidade.
- Lamentara porque eu não serei capaz de me controlar.
- Quem disse que você tem que se controlar em torno de mim? - Movo
meus quadris em um ritmo mais lento, mas de forma que ele não confunda com
irritação pela pequena palha.
Olhamos nos olhos um do outro pelo que parece ser uma eternidade.
Então movo meu quadril um pouco mais e ele cerra as pálpebras, empurrando
para mim em resposta.
-Você está em muitos problemas - sussurra.
-Você é o único que está em apuros, não eu - sussurro de volta, abrindo
as pernas para lhe dar um melhor acesso.
Seus olhos se abrem muito lentamente e, em seguida, seu sorriso
preguiçoso está de volta.
- Eu não tenho certeza se ouvi corretamente. Você está dizendo que
quer um “rolar” pelo feno? Comigo?
Eu rio.
- Tenho certeza de que já estamos fazendo isso. – Movo meus olhos ao
redor para enfatizar o fato de que não há nada mais que feno ao nosso redor.
Pega minha mão esquerda e a coloca encima da minha cabeça,
prendendo-a ali sob um fardo pesado da coisa amarela.
- Eu te disse, Candice ... – abaixa mais seu rosto até que nossos lábios
estão a um fio de cabelo de distância - ...não é feno. É palha.
E então ele me beija.

Capítulo 35
Ele abaixa sua mão e desabotoa minha calça.
- Poderia te ajudar se soltar meus braços – lhe digo.
- Simplesmente mantenha suas mãos onde eu possa vê-las – diz, há
uma advertência em seu tom. Pega meu braço com sutura mais suavemente e
o coloca acima da minha cabeça, ao lado do outro. – Os deixe ali.
Se levanta sobre os seus joelhos e tira minha calça.
- Oh, meu Deus, é tão frio aqui - eu digo com um grito.
- Não se preocupe, querida, eu vou te esquentar muito rápido.
Abro minha boca para perguntar como, mas paro quando ele começa a
mostrar. Abaixa até minha calcinha e me beija através do fino material.
- Oh Deus - sussurro. Já estou molhada, e tudo o que ele fez foi
isso. Estou em grandes problemas.
Lambe em torno das bordas do algodão e, em seguida, desliza um dedo
para baixo da borda perto da parte interna da minha coxa. Ainda beijando,
empurrando o ar quente através do material enquanto desliza o dedo dentro da
minha calcinha.
Minha respiração sai em suspiros e meus quadris se movem um pouco,
primeira à esquerda, depois à direita. Seu toque suave está me matando.
- Acalme-se, - ele diz, esfregando minhas coxas para cima e depois para
baixo, enquanto empurra o rosto nas minhas partes suaves.
Suas mãos sobem e tiram minha calcinha lentamente. Me olha com uma
expressão escura antes de colocar a boca em minhas dobras.
Quando sua língua quente sai e vai para dentro de mim, quase grito de
alegria. Minhas pernas estão tremendo de necessidade. Eu tenho que morder o
lábio com força para não dizer a todos dentro de meio quilômetro o que estamos
fazendo.
- Você está tão molhada - diz, olhando para mim. - Não vou durar
muito. Já faz algum tempo. - Está se desculpando por estar muito ligado. Neste
ponto, Ginny é a mulher mais idiota do planeta que eu conheço.
- Vamos devagar - digo, estendendo os braços. - Faça sexo comigo
agora.
-Mas você é deliciosa - diz, pondo a boca em mim novamente.
Gemo, dividida entre querer mais disto e precisar senti-lo dentro de mim,
mais dele, a parte que trará prazer a ambos.
- Ian, por favor ... eu não vou durar muito tempo se você continuar
fazendo isso.
- Você já está reclamando? - Pergunta, um baixo riso vem do fundo do
seu peito.
-Não. Eu só quero ir com você.
Ele enfia a mão no bolso de trás e puxa um preservativo de sua carteira.
- Você não tem que me dizer duas vezes.
Abaixa suas calças e eu posso finalmente dar uma olhada em seu pacote
que tenho admirado durante dias. Vê-lo sair correndo do
chuveiro não lhe fez justiça. Quando está duro, há uma espécie de milagre da
natureza acontecendo ali em baixo.
- Você está pronta para mim? – Pergunta, novamente de joelhos e
preparado entre as minhas pernas, com sua mão em seu pênis.
- A questão é, se você está pronto para mim. - Abro minhas pernas mais
amplas e movo meus quadris um pouco, fazendo caso omisso da palha
cravando por todas as partes da minha cintura pra baixo. Devo parecer ridícula
vestida com meu casaco e nua na parte de baixo, mas não estou disposta a
congelar meus peitos para parecer um pouco mais sexy.
Ian se move mais próximo e guia a cabeça de seu pênis para as minhas
dobras. Ele está concentrado em ser cuidadoso, mas eu posso ver o momento
em que encontra meu calor. Seu rosto relaxa e o prazer assume.
- Oh, querida - diz - você é tão boa.
Mantenho meus braços abertos.
- Vem para dentro onde está quente.
- Não me importaria de ir - diz ele, baixando seu peso sobre mim e
empurrando o resto do seu comprimento para dentro.
Gemo de felicidade. Esse é o céu, aqui mesmo neste monte de palha.
Ele geme também e começa a se mover dentro e fora. Encontra cada
suave estocada com uma das minhas. É gentil, mas exigente. Intoxicante. Estou
tão perto do orgasmo, que não faz nenhum sentido, porque nós apenas
acabamos de começamos, mas isso é um fato. É porque é ele. Ian está sobre
mim, o homem que me deixa louca, que quero golpear com bolas de neve e de
feno. Ele está sobre mim e dentro de mim e quer me fazer gozar. Ele
diz que o deixo louco, mas me deseja. Quer me possuir, fazer sexo comigo. Isso
volta para minha mente, me fazendo questionar tudo. O que isso quer
dizer? Será que estamos namorando agora ou é apenas um jogo? Eu espero
que não seja um jogo para ele, porque não é para mim.
Seu ritmo aumenta e cada músculo do seu corpo está tenso.
- Querida... Sinto muito ... Eu vou gozar...
-Eu também! - Grito, de repente consciente de que perdi o controle de
tudo ... dos meus pensamentos, meu corpo, meus desejos. Estou pendurada
nele para salvar a minha vida, prestes a chorar de necessidade. - Eu também! -
Eu estou tentando recuperar o fôlego. O que está acontecendo?! - Meu Deus!
Ondas de prazer veem para mim. Eu posso senti-las. Aproximando-se,
construindo ...
- Candice! - Ele grita. - Droga! - E, em seguida, uma série de grunhidos
e rugidos vem de sua garganta enquanto ele bombeia contra mim novamente e
novamente.
Me perco quando ele está na metade. Os sons que saem de mim não
fazem nenhum sentido. Soam como se devessem ser palavras, mas não
são. Me agarro a sua jaqueta com tudo o que tenho, montando neste carrossel
louco até que finalmente ele deixa de girar.
Ele para, joga seu peso sobre mim, e nós dois afundamos mais profundo
na palha.
Quando sinto que minha pulsação vai baixando da corrida de sexo,
começo a notar pedaços de palha que picam em partes que são realmente
desconfortáveis. E, muito, muito desconfortáveis.
- Você está bem? - Ele pergunta.
-Esmagada, na verdade. – Tento rir mas sai uma risada ofegante.
Rola de lado, saindo de mim no processo.
- Melhor? - Ele pergunta. Concordo.
Fecha os olhos e cai para trás novamente sobre mim. Eu não posso
deixar de sorrir.
-Ian?
- Sim - geme no meu pescoço.
- Você disse que eu ia me arrepender. - Praticamente estou sem
respiração o que faz ser difícil falar.
-Sim, disse.
-Adivinha o que? - Pergunto.
-O quê?
-Não o faço. Eu não me arrependo nem um pouco.
Levanta a cabeça e me olha nos olhos.
-Eu tampouco.
Nós dois estamos rindo como bobos. Me sinto como se pudesse sair
desse celeiro e voar de volta para casa. Agora eu sei o que a expressão amor
dá-lhe asas significa.
-Você quer fazer isso de novo? - Ele pergunta, com o diabo em sua
expressão.
Abro minha boca para responder, mas o som de uma bebê vaca muito
infeliz me interrompe.
Ian coloca seus olhos em branco.
-Segure esse pensamento. - Me beija forte e, em seguida, se levanta
sobre os joelhos. – Tenho que alimentar o bezerro. – Tira o
preservativo e que coloca em um lenço que pega de seu bolso. Ele fica em
pé, sobe a calça e a abotoa. Tem pedaços de palha em todas as partes.
- Pensei que você tivesse dito que já tinha feito.
-Menti.
―Bobo.
- Sim, o que eu posso dizer? - Me dá seu sorriso mais encantador. - Eu
sou um tolo às vezes.
-Eu quero fazer! - Digo, lutando para conseguir sair da confusão. Minha
bunda está perdendo rapidamente o calor coletado de nosso exercício
- Santa mãe, que frio é este.
O som de uma porta se abrindo interrompe meu próximo pensamento e
logo a voz de Maeve vem da esquina.
- Candice você está aqui?
Meus olhos saltam e eu congelo. Ian também.
-Ela vai em um segundo, mãe! - Ele grita. Pegando e me entregando
minha calça, sacode seu cabelo, tentando remover toda a palha dele. Tem um
sucesso apenas parcial.
- Está bem. – diz Maeve - Diga-lhe para voltar para casa. Eu tenho
algumas respostas para ela que nós precisamos discutir.
- Respostas? - Ian olha para mim. - De que está falando?
Finalmente estou de pé e principalmente vestida, empurrando-o para
fora do caminho.
- Nada que você precise se preocupar. – Abotoo e subo o zíper da minha
calça enquanto tento sair da pilha.
Me agarra antes que eu possa passar.
Estou pronta para reclamar, mas depois se inclina e me beija
calorosamente nos lábios. Isso de alguma forma coloca um feitiço em mim e eu
esqueço que Maeve me queria para alguma coisa.
- Diga-me todos os seus segredos - diz, brincando.
Suspiro derrotada. Isso é tudo o que ele precisa fazer, me dar esse olhar
e estou pronta para me render.
-Está bem. - Pisco algumas vezes tentando lembrar qual é o segredo. -
Oh sim. Estou montando um chá de bebê para Andie.
―Para que?
-Para tentar ajudá-la a conseguir alguns amigos.
Ian se separa de mim.
- O que você está dizendo? Agora?
Suspirou pesadamente, isso me incomoda ter que me explicar quando
Maeve precisa de mim.
-Ela não tem amigos na cidade, se você não notou. E isso é porque
Hannah tem espalhado rumores em torno da cidade. Estou indo corrigir tudo
isso.
- Como você vai fazer isso? E como você sabe toda essa merda de
qualquer maneira?
-Tate me disse tudo o que eu precisava saber. E eu decidi que tudo o
que Andie precisa é uma oportunidade de se reunir com essas meninas em seu
próprio terreno e todas vão ver a grande pessoa que ela é e queiram ser
suas amigas.
Ian bufa.
- Você acha, hein?
Cruzo meus braços enquanto a febre do nosso sexy momento se dissipa
rapidamente no ar gelado.
- Sim, de fato, eu faço.
Levanta uma sobrancelha.
- Você está tendo esse olhar no seu rosto novamente.
-Que olhar?
-O que me pede para te levar para a palha novamente ... e te acalmar.
Eu estendo a mão para bater nele, mas ele pega meu pulso.
-Me acalmar ... quem você pensa que é?
Ele me puxa até que nossos peitos estão se tocando novamente.
-Eu sou seu homem, esse é quem eu sou.
-Meu homem? - Acho que é um pouco bobo, mas me deixa toda quente
por dentro ao ouvi-lo dizer isso. Já não sinto o frio. Mesmo meus cabelos das
fossas nasais descongelaram.
- Sim. Se você quiser que seja - Olha para o meu queixo, como se
tivesse medo de me olhar nos olhos.
Suspiro com uma mistura de alegria e dor.
- Eu adoraria que fosse meu homem - admito finalmente - O único
problema é que vivemos há muitos de quilômetros de distância. -
Nem mesmo tenho certeza se eu estou falando sobre a distância real ou o fato
de que viemos de mundos diferentes.
-E? Agora você está aqui, certo?
Eu sei que suas palavras foram feitas para ser acalentadoras, mas tudo
o que fazem é me lembrar que eu não vou estar aqui por muito tempo. Me afasto
dele e sorrio.
-Sim. Estou aqui agora. Mas eu tenho que ir falar com Maeve.
Faz um gesto em direção às portas do celeiro, sua voz soa resignada.
―Ok. Vou alimentar Candy por você.
-Obrigada, Ian. - Vou embora e o deixo lá para cuidar das minhas
funções, mais uma vez, porque estar perto dele agora vai fazer com que meu
coração doa.

Capítulo 36
- O que quer dizer que nenhuma delas pode vir? - Pergunto, com as
mãos nos quadris.
Maeve tenta sorrir, mas parece mais como se ela tivesse uma cãibra no
estômago.
-Não importa a data mencionada, todas disseram que estavam
ocupadas. Eu tenho a impressão de que realmente não estão, no entanto.
-Como? Como você sabe?
Maeve suspira pesadamente e afunda em uma cadeira na mesa da
cozinha.
- Eu falei primeiro com Janet, uma de suas mães. Ela me garantiu que
sua filha estava desocupada, mas, em seguida, quando falei com sua filha, ela
me disse que iria ficar com Janet durante todo o dia. Retornei a ligação para
Janet e me disse que estava descobrindo isso naquele momento.
Eu fecho meus olhos e balanço a cabeça enquanto me dou conta até
que ponto o veneno de Hanna se espalhou na cidade.
―Ela vai lamentar tanto…
- Quem?
-Não importa. - Agarro minha jaqueta do encosto da cadeira e a coloco
enquanto me dirijo pelo corredor.
- Onde você vai? – Pergunta Maeve, gritando da cozinha.
-À cidade. Estarei de volta em uma hora mais ou menos – Saindo como
uma fera da casa, me dirijo para o celeiro. Ian está saindo pela porta quando eu
chego lá.
Me olha e fica na defensiva.
- Seja o que for, eu não sou responsável por isso.
- Eu preciso que você me leve para a cidade e me apoie, se necessário.
- Que te apoie? - Ele ri. - Você quer que eu leve meu rifle?
- Sim, se você acha que vai ajudar.
Ian agarra a minha mão enquanto eu tento passá-lo.
―Aguarde ali um segundo.
Paro, mas apenas porque é impossível obter qualquer tração na neve.
- O que, Ian? Estou um pouco apressada.
- Isso é o que me preocupa. Isso e a expressão Exterminadora em seu
rosto. - me puxa para ele e olha para mim. - O que está acontecendo? O que
posso fazer para ajudar?
Um pouco da minha ira desaparece, substituída por esses brandos
sentimentos que Ian segue ocasionando no meu interior. Tento segurar as
lagrimas que saltam para os meus olhos por alguma razão. Estou tão confusa.
-Está bem? - Ele pergunta.
- Sim - eu digo, me afastando dele. - Estou bem. - Usa a ponta da minha
luva para limpar embaixo dos meus cílios. Não posso ter uma mancha de rímel
em todo lugar quando estou a ponto de lutar o estilo country - Só tenho de ir ter
uma conversa com Hannah.
- Hannah? Por quê? O que aconteceu?
- Eu vou te dizer quando chegarmos lá. Você pode me levar?
Ian olha para trás nos pastos e depois para as caminhonetes.
- Claro, se não demorar muito.
Me viro para ir para a caminhonete.
-Não demorara muito tempo em absoluto. Basta me levar para a
cafeteria e teremos nosso pequeno bate-papo e, em seguida, você pode me
trazer para casa.
Olha para o relógio enquanto ele caminha ao meu lado.
-Vai ser a hora do almoço. Eles fecham as portas todos os dias ao meio-
dia. Provavelmente você não será capaz de falar com ela até depois das duas
horas.
- Oh, não se preocupe, ela realmente somente tem que escutar, assim
vai ficar bem.
Chego na caminhonete e subo sem pensar nisso. Estou muito focada
em ensinar a Hannah uma coisa ou duas sobre as garotas da cidade para me
preocupar com quedas ou parecer elegante.
Segundos depois, Ian e eu estamos sentados lado a lado na
caminhonete. Estou olhando pela janela esperando que se mova, mas não se
mexe, então eu olho para ele e pergunto:
- Por que a demora?
- Você fica linda montada na minha caminhonete - diz, sorrindo.
Mais da minha ira da Hannah se dissipa com sua estupidez.
- Deixe de tentar me manipular para que eu faça o que você quiser.
Ele ri.
- Isso é mesmo possível?
- Não. Então pare de tentar.
Ele ri entre dentes até a metade do caminho que conduz a estrada,
enquanto trabalho em tirar toda a palha do meu cabelo.

Capítulo 37
O restaurante está cheio. Várias pessoas estão esperando por mesas
no momento em que entramos as 12:30. No entanto, não me importo em estar
de pé atrás deles. Desta vez, não estou aqui pelos waffles.
Exploro o espaço e encontro Hannah atrás do balcão, servindo a alguém
um pouco de café. É descafeinado, e isso me incomoda, provavelmente muito
mais do deveria. Sabia que estava mentindo antes, quando disse que não
tinham. Essa cadela.
Eu ando a passos largos, não me importo com
os olhares de interesse em meu caminho, que vem para mim de todo
mundo. Paro quando estou na frente de Hannah, atrás das largas costas de um
homem muito grande com um abundante cabelo escuro.
- Hannah, eu preciso falar com você.
Ela olha para mim com surpresa e logo franze o cenho.
-Estou ocupada.
-E? Preciso falar com você de qualquer maneira.
Sinto alguém nas minhas costas e dou a volta. Ian está ali, parecendo
muito preocupado. Sua presença me tranquiliza e me faz me sentir mais ousada.
- Hey, Hannah - diz em saudação, antes de voltar sua atenção para
mim. Me falando apenas em um sussurro: - Talvez possamos fazer isso mais
tarde, em outro lugar?
- Não, podemos fazer isso agora. - Cruzo os braços sobre o peito e me
viro para olhar para Hannah.
Várias pessoas param de comer para nos assistir. O homem na minha
frente se vira, e eu percebo pela primeira vez que é Boog.
- Olá -diz.
Estremeço diante dos estilhaços de alimentos em sua barba. Pode ser
que seja ovo.
- Hey, Boog - eu digo antes de voltar minha atenção para Hannah. - Você
e eu precisamos conversar.
Ela inclina seu quadril e bate a cafeteira de tampa laranja sobre o balcão.
É um milagre que não quebra.
-Eu disse, que estou ocupada - O café quente cai para fora sobre o prato
de Boog.
Ele olha para a cor marrom no seu prato junto com Ian, mas sua violência
com a cafeteira não me impede de minha missão nem um pouco.
- Eu ouvi que você tem estado ocupada, espalhando por toda a cidade
rumores maliciosos sobre minha amiga Andie durante o ano passado.
-Quem disse isso? – Pergunta Hannah, com o rosto todo tenso. Olha
para Boog - Você disse isso?
A boca de Boog cai aberta, mas antes que possa dizer uma palavra,
continuou:
- Não importa quem disse isso, o importante é que você pare. Hoje. -
Dou o meu olhar mais perigoso.
- Eu sei que você não está falando de mim - diz, deixando a alça da
cafeteira e cruzando os braços sobre o peito. Empurrando seus seios quase
completamente para fora de sua parte superior.
- Sem dúvida, eu estou falando com você, Hannah Banana.
Ela começa a desatar o avental da cintura.
- Eu te disse antes, meu nome é Hannah. Apenas Hannah! -
Finalmente se livra de todas as alças de seu avental. Depois de fazer uma bola,
o joga no balcão, cobrindo a metade do prato do Boog.
Sua atenção está de volta em mim.
-Me diga mais uma palavra sobre aquela garota e nós vamos ter um
grande problema - adverte.
Se afasta do seu avental, então sim, isso
está acontecendo totalmente. Estou muito disposta a ensinar essa caipira, uma
lição de como as meninas da cidade fazem.
- Essa garota simplesmente é a minha melhor amiga, e nunca fez nada
para você, de modo que é melhor que pare de falar sobre ela ou de
qualquer outra.
Todos no restaurante quase param de falar ou comer. Todos os olhos
estão sobre nós, e totalmente não me importo. Estou totalmente brava ao ver
que Hannah acredita que de alguma forma que tem o direito de arruinar a vida
da minha melhor amiga.
- Você tem muita coragem de vir aqui e falar comigo dessa maneira -
Hannah diz, olhando para mim. Sua cabeça sacode um pouco.
Me inclino sobre o balcão um pouco e falo
suficientemente alto para todo o lugar me ouvir:
- Você tem um monte de valor contando mentiras sobre as pessoas, das
quais você não sabe nada.
- Eu não digo mentiras – cospe de volta - Eu só digo as coisas como as
ouvi.
- Então você ouviu errado.
-Quem disse?
Estamos quase cara a cara agora.
-Eu digo. Assim você pode parar de dizer às pessoas que Andie rompeu
seu relacionamento com Mack, porque todo mundo sabe que nunca estiveram
juntos. E você pode parar de dizer a todos que ela acabou com a relação entre
Ian e Ginny, porque Ginny fez isso sozinha. Mack não tinha nada a ver com isso,
e Andie muito menos. -Sustento e deixo minhas palavras penetrarem.
- Bem, adivinhe só, a senhorita sabe tudo? - Hannah diz, com a boca
toda torcida – não sou eu quem disse todas essas coisas, então você pose ir se
sentar na caixa de câmbios de Ian e gire para longe de mim.
Minha boca se abre enquanto minha cara queima vermelha como uma
chama. É tão óbvio que eu estava sentada na caixa de câmbio de Ian?
Antes que eu possa responder, Ian coloca sua mão em meu ombro e me
tira de perto do balcão.
-Hannah, se você não está dizendo essas coisas, nos diga quem.
Hannah perde sua expressão de raiva e começa a fazer beicinho.
- Por que eu deveria?
-Porque se você não fizer isso, eu vou dizer a todos o que sei sobre uma
determinada confissão de bêbada que ouvi em 4 de julho do ano passado.
Dá uma olhada rápida em Boog e, em seguida, para Ian.
- Não faria.
Ian sorri.
-Oh, você sabe que eu faria.
Suas narinas se abrem.
- Ian você é cruel, sabia?
-Não há discussão aqui. Você vai confessar ou eu vou começar a falar? -
Ele olha fixamente para Boog.
O rosto de Hannah fica em branco.
- Não! Não, eu vou falar, vou falar. - Ela agarra seu avental do balcão e
se vira para o cozinheiro. - Eu estou fazendo uma pausa.
-Uma pausa? Você não pode fazer uma pausa! - Ele está falando as
suas costas, no entanto, porque ela já está na metade do seu caminho para a
porta da frente.
Apenas faz uma pausa para pegar uma jaqueta vermelha de um gancho
na porta e, em seguida, está fora.
Boog me dá uma levantada de sobrancelha antes de retomar seu
almoço.
- Vamos lá. Vamos ouvir o que ela tem a dizer – diz Ian no meu ouvido.
Ignoro os sussurros e olhares dos clientes que nos seguem à medida
que caminhamos em direção à saída.
―Ela não vai se livrar tão fácil ―murmuro enquanto caminhamos pela
porta.
- Deixe-a falar apenas - diz Ian. Junta os seus dedos com os meus
através da minha luva e empurra ambas as mãos no bolso de seu casaco.
Tento manter o sorriso fora do meu rosto, mas é impossível. Ele está
declarando para o mundo que estamos juntos e não poderia estar mais feliz por
isso. Apesar de que isso é somente uma aventura, com certeza é um muito
agradável. Não me lembro de alguma vez ter ficado tão animada apenas por
segurar a mão de alguém. Nem mesmo foi tão emocionante quando Jimmy
Cunningham agarrou minha mão com a sua úmida, entre o quarto e o quinto
período da escola secundaria. Talvez eu seja doente. Vou olhar no Google os
sintomas mais tarde. Falta de ar? Sim. Provavelmente quente? Sim. Mudanças
de humor? Sim e o dobro disso. Em um minuto quero rir e no próximo eu quero
bater as cabeças juntas como se fossem dois cocos. Eu definitivamente estou
doente, provavelmente com algo sério.
Hannah para a poucos passos na calçada fora do restaurante e solta
uma lufada de ar, causando fumaça branca em volta do seu rosto.
-É muito descaramento entrar no meu trabalho e falar comigo assim – se
manifesta.
Não posso dizer se está falando comigo ou com Ian, mas respondo de
qualquer maneira.
-Deixe de espalhar mentiras sobre as pessoas e não precisa se
preocupar mais com isso.
- Como vou saber quem está mentindo?
-Porque é estúpida, e você sabe a verdade.
-Não me chame de estupida - diz, me olhando feio.
- Não atue como uma estúpida, eu não direi. - Devolvo o olhar.
Ian dá uns passos para o lado assim está quase entre nós duas.
- Vamos acabar com isso. - Ele se vira para Hannah. - Diga-nos quem
inventou as mentiras, Hannah.
- Não fui eu.
- Então nos diga quem. – Ian a olha.
- Não é o suficiente para você, Ian? - Ela coloca a cara de mal
novamente, e devo admitir que é muito boa nele - Nós costumávamos ser
amigos, você sabe.
- Não, Hannah, nunca fomos amigos. Você sempre foi um pé no saco.
- Bem, isso é apenas rude. - Tenta agir toda ofendida.
-O que seja! - Digo, cortando seu drama de escola secundaria - Quem
está falando mal de Andie as suas costas?
Ela se vira para mim, parecendo pronta para cuspir.
- É Ginny, ok? - Volta seu olhar para Ian, sua expressão mais suave. -
Sinto muito. Eu sei que você não quer ouvir isso, mas é verdade.
Ian permanece muito quieto.
- Então, Ginny estava dizendo a todos que Andie fez com que você e
Mack, ela e Ian terminassem?
- Sim. - Hannah suspira e coloca as mãos nos bolsos de seu casaco. –
Estava com o coração partido quando Ian a deixou. Ela pode ter embelezado os
fatos um pouco, eu admito, mas não era eu quem fez, de acordo? Eu
tentei dizer-lhe para deixá-lo ir, mas ela não o fez. Está muito amargurada. Como
com limites extremos de amargor.
Ian olha para o céu e balança a cabeça por alguns segundos.
Em seguida, grunhe e olha diretamente para a rua.
- Essa merda é incrível ... deixa-la? Ela deve estar louca.
- Não a deixou? - Pergunto, com uma sensação de ardor no peito que
faz meu coração doer. Significa que nunca quis romper com ela em primeiro
lugar? Ainda a ama? E se ainda o faz, porque isso faz com que me sinta tão foda
triste? Eu sou a outra aqui!
- Claro que terminei com ela! – Diz, voltando sua ira contra mim – Mas
não era minha escolha! Foi a dela! – Deixa escapar um longo suspiro e fala em
uma voz calma - Decidiu se atirar no meu irmão. Isso é culpa dela, não minha.
-Mas ela diz que praticamente a levou a fazer isso - Hannah diz
suavemente. - Só estava tentando chamar sua atenção. Não tinha que terminar
com ela por isso.
Ian olha para Hannah.
- Você realmente acredita nessa merda?
Hannah dá de ombros.
-Um pouco?
-Bem, pare porque não está certo. - Ian está em pé com os ombros
curvados, soprando fumaça branca a cada respiração, balançando a cabeça.
- Não é uma palavra - digo, tentando aliviar o clima. Eu não posso ajudar,
mas me sinto triste por isso, talvez Mack esteja errado sobre tudo o que acredita
saber sobre o seu irmão. Mas isso não significa que eu quero que Ian fique
triste. Talvez ele ainda queira ficar com Ginny, e se é isso que quer, então eu
vou ter que fazer o suficiente para ajudar a alcançar este objetivo. Isso é o que
as pessoas fazem para as pessoas com quem ... você se preocupa.
Ian me olha.
―Tenho uma palavra para você.
Meu queixo vai um pouco para um lado.
- Vamos ouvi-la então.
Ian não diz nada. Apenas olhamos um para o outro. Estou usando cada
pedacinho de força de vontade que tenho para não sorrir. Ele é tão malditamente
bonito quando está com raiva.
-Então vocês estão namorando agora, hein? - Hannah pergunta. Dou
risada um pouco.
- É um pouco difícil fazer isso quando na verdade nunca tivemos um
encontro.
Ian franze o cenho de brincadeira.
- O que você quer dizer com que nunca tivemos um encontro? Fomos
ao campo de tiro juntos, onde por certo, atirou em
mim, fomos verificar as vacas, alimentar o bezerro...
-Não me levou para o campo, bobo, eu fui por mim mesma. E eu não
atirei.
Ele olha para Hannah.
-Você viu a minha cicatriz? Ela atirou em mim. Eu tenho testemunhas.
Hannah ri.
- Já era hora que alguém atirasse em você, idiota – ela começa a se
afastar - Eu tenho que voltar ao trabalho.
Eu falo para suas costas.
-Obrigada por nos informar sobre Ginny. Mas é melhor que não continue
falando de Andie assim. Falo a sério, Hannah!
Ela acena sua mão em cima de sua cabeça, mostrando suas unas de
cor vermelho brilhante contra o pano de fundo de neve branco.
-Sim, sim.
Ian envolve seus braços ao meu redor por trás, prendendo meus braços
em seus lados.
- Você é minha prisioneira.
- Tenho certeza que é você quem é meu prisioneiro - eu digo,
sorrindo. As pessoas do restaurante estão provavelmente nos olhando, mas não
me importa. Que o mundo veja que este homem me deixa completamente tonta.
- Você sempre discute sobre tudo? - Me pergunta.
-Não. Você sim?
-Não. Nunca. Só com você. Mas eu tenho certeza que não sou
realmente eu quem discute. Você é a única que faz isso. - Beija meu pescoço e,
em seguida, assopra lá, como um cervo selvagem ou algo assim, e eu fico
arrepiada em todas as partes.
Me viro e jogo meus braços em volta do seu pescoço, o abraçando com
força.
- Pare de fazer isso, Cervinho.
-Não posso evitar. – Enterra seu rosto no meu pescoço novamente. -
Você cheira tão bem. E você sabe o que muito bem também. – Empurra seus
quadris para mim um pouco, me deixando saber que ele está pronto ir brincar no
feno ou palha ou qualquer outra coisa de cor amarela, novamente.
- Você é tão mau - digo, sorrindo como um pássaro louco. Eu
definitivamente voltaria aqui para encontra-lo. O faria.
Um carro passa e buzina várias vezes. Então, alguém grita pela janela.
- Consigam um quarto!
Ian levanta a cabeça em então levanta o dedo do médio. Eles tocam a
buzina um pouco mais.
-Venha. Vamos para casa. - Ian coloca nossas mãos no bolso do casaco
novamente.
Sua escolha de palavras me deixa triste. Casa. O lugar onde o coração
está, mas eu moro na Flórida. Eu poderia viver em um lugar diferente do meu
coração? Falando sobre as mudanças de humor. Estou de volta lutando contra
as lágrimas. Tenho que estar próxima de ter o meu período ou algo assim. Talvez
o jet lag tenha mudado meu calendário ou algo assim. Não deveria estar de mal
humor até a próxima semana.
- O que há de errado? – Me pergunta quando nos aproximamos da
caminhonete.
- Nada. - Entro com a sua ajuda e o espero fechar a porta, mas em vez
disso fica ali parado, me observando. - O quê? - Pergunto, evitando olhar para
ele nos olhos. Me concentro em seu cabelo no lugar.
- Você está triste, com raiva ou algo assim.
-Não, não estou.
- Você está discutindo novamente.
- É você, não eu.
Coloca um pé no estribo da caminhonete e me dá um beijo rápido nos
lábios antes que eu me dê conta do que está tentando fazer.
- Mentirosa - diz, antes de saltar para baixo e dar a volta pela parte de
trás da caminhonete.
Tomo quatro respirações profundas, tentando me acalmar. Ir toda
chorosa sobre Ian neste momento é a última coisa que quero fazer. Tenho uma
vida me esperando na Flórida.
Não posso deixar que está pequena aventura fique fora de controle.
Continuamos o resto do caminho de volta para o rancho em silêncio.

Capítulo 38
Entro pela porta e ouço vozes na cozinha. Vou na direção dos sons, e
encontro Andie ali sentada na mesa e segurando a bebe. Maeve pairando sobre
elas.
-Oh, Sarah está aqui! – Digo, deixando cair minha bolsa cair no chão da
entrada da cozinha.
- Sua mãe está aqui também - diz Andie em um tom irônico.
Eu aceno minha mão com desdém.
- Sim, sim, mas é a bebê a quem todo mundo quer ver, você sabe. Ela é
nova, você é velha. Se acostume com isso.
Andie tenta se afastar quando me aproximo, mas eu sou muito ágil para
sua bunda pós-gravidez. Pulo de lado e continuo avançando até que eu sou
capaz de me agachar e ver minha afilhada.
Sarah está completamente enrolada em um cobertor acolchoado. A
única coisa que se mostra é o seu rostinho rosado. Seus olhos estão fechados
e está fazendo movimentos de sucção.
-Awww ... olha ... está sonhando om o aleitamento materno. Como é
linda?
Andie sorri.
-Ela é muito bonita, isso é certo. Eu não consigo parar de olhar para
ela. É um milagre.
Levanto o olhar diante do seu estranho tom de voz para ver Andie
chorando.
- Por que você está triste com isso?
-Não estou triste - diz, toda chorosa. - Estou tão feliz, que não posso
aguentar. Nunca soube que ser mãe é se sentir assim.
Assinto.
- Eu sei exatamente o que você quer dizer.
-Sério? – Pergunta Maeve. - Tem filhos?
- Sim.
Andie arregala os olhos.
- Não, você não tem. - Ela está franzindo a testa em confusão.
-Sim, eu tenho. O nome dela é Candy e ela está no celeiro. - Ergo o
queixo um pouco. - Ian e eu somos os pais adotivos.
Andie nega.
―Você está louca.
-Louca como uma raposa. - Olho para cima e dou uma piscada para
Maeve.
-O que foi isso? - Andie pergunta, apontando para o meu rosto.
- O que foi o quê? – Sou a inocência personificada. Não há nenhuma
maneira de que ela consiga tirar algo de mim. Tudo o que tenho que fazer é me
fazer de tonta por uns minutos e tudo isso vai explodir novamente.
- Essa piscada - Ela ainda está apontando para o meu rosto. - Você
piscou para Maeve e não atue como se não tivesse feito.
Pisco várias vezes.
-Tinha um floco de neve no olho.
Andie estreita os olhos para mim.
-Flocos de neve, minha bunda. Está muito quente aqui dentro para um
floco de neve.
-Eram resíduos de um floco de neve, boba. De toda a contaminação.
-Você está tão cheia de mentiras. - Andie volta sua atenção para
Maeve. - Diga-me sobre o que ela está maquinando. Eu sei que ela teve que te
envolver.
Os olhos de Maeve estão abertas e Andie olha para mim.
Eu faço gesto cortando minha garganta, mas Andie é muito rápida e me
pega.
Ela bate a palma da sua mão sobre a mesa, assustando a bebê.
―Diga-me ― insiste.
-Uooolll – digo, me levantando e retrocedendo um pouco. - Olá,
hormônios.
Ela olha para mim enquanto balança a bebê, tentando que a pequenina
feche os olhos novamente. Pelo que posso ver aqui, está muito aterrorizada para
baixar a guarda, e não a culpo. Andie age como uma louca.
-Não são os hormônios. Estou irritada por estar no escuro.
Acaricio a bebê na sua mão.
- Jamais se preocupe. Tia Candice tem tudo sob controle.
- Tia Candice vai conseguir perder um pedaço de seu cabelo da sua
cabeça enquanto dorme, se não começar a falar - Andie diz com a voz
mortalmente calma.
Coloco minhas mãos sobre minha cabeça, num gesto de proteção.
-Santa crueldade. O que fez Baker City para a minha amiga, afinal? –
Me sinto como se tivesse sido abordada por um terrorista. Qual será o
próximo? Meus dedos? Vai cortá-los também?
- Fiz de mim uma pessoa sem sentido, isso fiz. Diga-me o
que você anda fazendo enquanto eu estive acordada a noite toda alimentando
esta pequena monstrinha.
Me aproximo de Andie lentamente, penetrando.
- Me dê a bebéééé ... vamooooos ... todo o mundo está felizz... Andie
me dá um golpe me afastando.
-Você pode segurá-la depois de confessar.
Minhas mãos vão para os meus quadris, com raiva de que
não somente está me ameaçada, mas querendo me aleijar.
-Você está negando meus direitos como madrinha?
- Eu estarei negando um conjunto de muito mais coisas, se você não
começar a falar.
Estou completamente chocada. Apenas chego em uma cadeira antes
que esteja completamente murcha. Mal posso levantar a cabeça para olhar a
concha da minha ex-melhor amiga. Ela se
parece como uma Andie gordinha no lado de fora, mas por dentro...? É
pura maldade.
- Você não acha que está sendo um pouco ... dura? – Pergunta Maeve,
agindo como se estivesse pronta para que Andie exploda. Andie é uma granada,
isso é certeza.
-Você está brincando? - Andie olha para mim e, em seguida, Maeve. -
Esta é a menina que há dois anos, sozinha, fez com que toda uma cidade
deixasse de servir carne de búfalo,
porque convenceu as pessoas de que o animal estava na lista de espécies
ameaçadas de extinção.
Franzo o cenho, relembrando essa pequena coisinha do meu passado.
Não sei porque sempre tem que mencionar isso quando as coisas não saem à
sua maneira. Meu coração estava no lugar certo.
- Não foi minha culpa, Google mentiu - digo em minha defesa. Andie olha
para mim como se eu fosse louca.
-Google não é uma pessoa, certo? Eu não sei quantas vezes eu tenho
que lhe dizer isso.
Olho para a porta, pensando que um cochilo pode ser um bom plano
para mim no presente momento. Um cochilo por
trás de uma porta fechada com chave. Eu não estou certa de que poderia lidar
com as mudanças de humor de Andie com a graça que provavelmente seria
necessária nesta situação.
Maeve diz para me salvar:
-Bem, o búfalo não está em perigo exatamente, mas certamente não são
tão comuns hoje em dia como costumavam ser. E o gado é muito mais
abundante, assim talvez não seja algo ruim se as pessoas derem as manadas
de búfalos a oportunidade de crescer mais.
Aceno para Maeve.
-Sim, você vê? Eu estava fazendo um favor. Sabe a quantidade de
negócio que vocês perderiam se todo mundo começasse
a comer búfalo? Uma grande quantidade, que é como muito.
E então, como vão pagar a faculdade da Sarah? - Aceno para meu ponto
de origem.
Andie me olha fixamente, apenas piscando algumas vezes. Isso me
assusta mais do que qualquer estado de ânimo em que poderia ter estado
antes. Esta é a cara de advogada, e ela é uma advogada muito boa.
Andie abaixa a cabeça uma fração, nunca quebrando o contato visual.
- Diga-me o que quero saber.
Poderia lutar com ela, mas eu dou conta de que não teria sentido. Ela é
como um cachorro com um osso saboroso. Um dos que têm o tutano.
-Está bem. Já que você quer saber tanto? Vou te dizer. Maeve e eu ...
Maeve segura sua mão.
-Para que conste, eu não era exatamente parte do comitê de
planejamento.
-Hey!
Andie segura sua mão para nos impedir de ter um segundo argumento
que estava planejando usar para distrair Andie. Maldita seja.
- Eu sei, Maeve - diz ela. - Ela enreda as pessoas em seus planos o
tempo todo.
Andie olha para mim, esperando silenciosamente exigindo minha
explicação.
Estou tão pronta para deixar este lugar. Algum tipo de uma cadela
assumiu o corpo da minha melhor amiga e a converteu em alguém com quem
nunca mais voltaria a sair.
Paro, então a cadeira esfrega no chão.
-Sabe o que? Eu preciso de um cochilo.
Andie agarra meu pulso.
- Sente-se. Acalme-se. Tome um pouco de café. - Sua voz é um pouco
menos malvada, mas ainda não é boa o suficiente para me fazer falar.
- Não, obrigada. Eu tive café suficiente por um dia. - Me viro para sair,
mas ainda está me segurando. Poderia sair, mas eu estou com medo de
que Sarah possa acabar no chão.
-Por favor? Por mim?
Cerro os dentes e a olho.
- Sua montanha-russa emocional está me dando chicotadas, Andie.
Ela começa a chorar.
- Eu sei - diz chorando enquanto as palavras saem - Eu também.
- Oh, coitadinha! - Maeve exclama, correndo e se pondo de joelhos e
dando tapinhas nas costas dela. - Ok, querida, tudo vai ficar bem!
Andie olha para Sarah, ainda me segurando em seu aperto da morte de
kung fu.
-A amo tanto! Por que eu continuo chorando sobre isso?
- Depressão pós parto - Maeve diz, alisando o seu cabelo - É totalmente
normal. Não são mais do que os hormônios. Vai desaparecer por conta própria
ou podemos conseguir alguma medicação. Não é nada para se envergonhar.
Me sento de frente para ela, me sentindo mal por ter tirado a
conclusão de que minha amiga estava sendo conscientemente horrível
para mim. Ela finalmente me solta, deixando marcas vermelhas na minha pele.
- Sinto muito, Andie – digo, deixando todos os meus planos para futuras
discussões - Não fique zangada comigo.
Andie nega.
- Eu não estou brava com você. Eu te amo. Eu nunca poderia ficar com
raiva de você.
Eu tento sorrir.
- Apesar de ter tentado planejar um chá de bebê para você que não
funcionou?
- Você fez isso por mim? - Seu choro continua.
-Não, acabo de te dizer. Eu tentei fazer isso, mas não funcionou. - Dou
a Maeve um olhar de cumplicidade -- Mas eu tenho certeza de que eu sei o
porquê agora, no entanto. E eu estou nisso, acredite.
Maeve levanta uma sobrancelha.
-Eu quero saber o que você está falando? - Andie pede, fungando pelo
nariz enquanto se limpa com a manga. Parece esgotada.
-Não, não precisa – assinto uma vez para dar ênfase – Ian está me
ajudando, assim não se preocupe – Olho para a sogra de Andie - Maeve, você
está fora do gancho.
- Oh. Bem. Eu acho.
- Então, eu posso segurar a bebê ou o quê? - Pergunto, soprando um
pouco de ar pelo aborrecimento. É hora de mudar de assunto.
Andie me dá um sorriso aguado.
- É claro que você pode. Você é sua madrinha. - Me entrega o pacote e
se assegura de que a seguro com firmeza antes de a deixar.
- Bem. Finalmente. - Olho para Sarah que caiu milagrosamente no sono,
mesmo em meio a todo o drama. Ela é dura como uma rocha, ao que parece
- Abra os olhos, pequena bebê. Você precisa memorizar meu rosto antes de eu
ir.
Andie ri e, em seguida, o riso se transforma em lágrimas.
Balanço a cabeça com pena da minha melhor amiga.
- Não se preocupe, querida. Assim que Sarah tiver uma impressão de
mim, eu vou para o Google para ver essa coisa de depressão pós-
parto e conseguir uma solução para você.
Andie ri através de sua crise de choro.
- Obrigada, Dra. Candice, especialista em medicina de Internet.
Sorrio para ela, feliz que agora está reconhecendo minhas habilidades.
-Você é muito amável.
Capítulo 39
Estou no meu quarto depois do meu cochilo olhando as escassas ofertas
que tem na minha mala quando Ian entra e fecha a porta quase completamente.
- O que você está fazendo aqui? - Pergunto, me virando para encará-
lo. Estou ligada imediatamente, mas de jeito nenhum vou tocá-lo na casa de seus
pais. Me agarro a parte posterior de uma cadeira atrás de mim com força.
Ele limpa a garganta.
- Eu vim para ver se você quer sair comigo esta noite.
Pisco várias vezes, deixando que a informação seja absorvida.
- Em um encontro - esclarece.
Fico com um friozinho na barriga e de repente eu me sinto um pouco
tímida.
- Claro. Eu gostaria muito.
-Em dez minutos.
Franze a testa, já não sofrendo do pequeno problema de timidez.
- Você está brincando?
- Não, estou falando totalmente a sério.
Dobro meus braços sobre o peito.
- Você tem alguma ideia de quão rude é isso? Você simplesmente
assumiu que vou largar tudo e sair com você ... como se já não tivesse planos?
- Você estava dormindo antes.
- E?
―E pensei que quisesse enfrentar Ginny, mas se não quiser... – Se volta
para sair pela porta.
Corro pelo quarto e agarro seu braço.
- Não! Espere.
Ele sorri.
- Isso é o que eu pensava. - Inclina a cabeça para baixo e rouba um beijo
antes que eu esperasse – Se prepare para ir a um bar.
- Ir a um bar? Não é nem mesmo a hora do jantar ainda.
- Torneio de dardos. Ginny entrou para jogar. Devemos chegar antes que
eliminem muitas pessoas. Ela não é tão boa.
- Como você sabia que ia fazer isso? – Me aproximo da mala e puxo
minha camisa de cachemira negra que estava guardada para uma ocasião
especial, me perguntando se um torneio de dardos o qualifica como tal.
- Recebi uma mensagem de texto da Hannah, de todas as pessoas.
Bufo.
-Ela está te adulando. Provavelmente quer sentar na sua caixa de
câmbio e girar ou o que quer que seja.
Ian vem atrás de mim e pressiona todo o seu corpo contra o meu, para
que eu possa o senti praticamente dos pés à cabeça.
- Como esperava poder te convencer a fazer isso.
Metade de mim quer que ele saia do quarto por ser tão grosseiro e a
outra metade quer ir em frente e empurrá-lo para a cama, para poder montá-lo
como um potro selvagem.
Em vez disso, eu não faço nada. Ignorar seu convite óbvio e levanto a
camisa preta.
- Você acha que isso vai funcionar? - Pergunto.
- Claro. - Acaricia meu pescoço.
- Que tal isso? - Pergunto, segurando uma camisola.
- Claro. Perfeito.
Suspiro.
―Ian, é um pijama.
-O que seja. Você fica sexy vestindo nada. - Ele está muito ocupado
chupando meu pescoço para fazer qualquer sentido.
Belisca meu mamilo e pulo. Girando, me afasto do seu aperto, falando
em um alto sussurro.
-Você é terrível! Esta é a casa de seus pais!
-E? - Ele vem para mim com as mãos abertas, como se fosse me agarrar
pela cintura. - Eles são adultos. Eles sabem o que fazem os outros adultos.
― Não em sua casa!
- Oh, você prefere no celeiro? – Ele está cada
vez mais perto e eu estou ficando sem espaço para escapar.
Minhas pernas batem na cama.
- Não, na verdade não. No entanto, eu
estou pescando pedaços de feno no meu cabelo. – O calor está se acumulando
dentro de mim e minha calcinha está molhada. A vida é tão injusta. Tudo o
que tem que fazer é olhar para mim com esses loucos e intensos olhos verdes e
fico louca por dentro.
Ele para em frente a mim e gentilmente descansa suas mãos em meus
quadris.
- Beije-me.
- Apenas uma vez - digo com meu melhor tom mandão -
Então chega. Você tem que deixar o meu quarto.
- Tudo bem, mas tem de ser um bom - diz sorrindo.
- Todos os meus beijos são bons. – Minhas mãos deslizam por seu peito
para ir ao redor do seu pescoço. Nos encaixamos tão perfeitamente juntos, como
se ele tivesse sido feito para mim e eu feita para ele.
Ele abaixa a cabeça e diz:
- Eu serei o juiz disso. - Pouco antes de pressionar seus lábios contra os
meus. Sua boca é tão suave, sem pedir nada, mas me fazendo querer lhe dar
de qualquer maneira.
Nos afastamos depois de apenas um par de segundos.
- Pronto – lhe digo, completamente insatisfeita, mas agindo como se tudo
estivesse exatamente como eu queria. - Agora você tem que ir.
Ele balança a cabeça.
- Não. Sinto muito. O acordo foi um bom beijo.
-Perdoe-me, mas isso foi um bom beijo.
Ele põe a mão no rosto e o esfrega, balançando a cabeça ligeiramente.
-Nããão, não muito.
- O quê? Como se atreve…? - Bufo. - Está bem. Você quer um bom
beijo? Aqui está um bom beijo. - Agarro sua cabeça e o puxo para mim, disposta
a beijá-lo muito bem.
Ele se afasta e levantar um dedo.
―Um segundo.
-O quê? - Primero me pede um bom beijo e então quando eu estou
finalmente disposta a ceder, ele vai embora? Que tipo de psicologia reversa
demente é essa?
Atravessando o quarto, ele vai até a porta e a fecha, a trancando antes
de retornar.
Olho de lado, feliz de que não estou sendo abandonada, mas
preocupada novamente de que vai tentar me convencer a algo travesso.
Infelizmente, tudo o que tem a ver com Ian me faz sentir que não
pode estar errado, mesmo quando é óbvio.
- Ian. Eu lhe disse ... nada de nos envolvermos na casa de seus pais.
Ele levanta seus braços.
- É apenas um bom beijo. Isso é tudo o que eu preciso.
Ele está lá com uma grande protuberância em suas calças e tudo que
eu posso pensar é em vê-lo nu. Olho para a porta e então para suas calças
novamente. Toda a regra de não fazer coisas de garotas
más na casa de seus pais está parecendo mais e mais estúpida a
cada segundo.
-Você está me matando, bebê - diz, sorrindo.
A expressão de dor em seu rosto é o que me convence. Eu jogo todas
as minhas ideias sobre decoro pela janela e espontaneamente reformulo minhas
ideias de certo e errado. Boom. Feito.
-Tire a roupa – digo, presa em algum demônio de raposa que não pode
controlar sua libido. Tudo o que posso pensar é que tenho que por minhas mãos
em seu pênis.
Ele não me questiona. Sua camisa sai voando juntamente com as meias
e, em seguida, seu jeans. Fica parado vestindo uma boxer com uma tenda
gigante na frente em menos de um minuto.
- Sua vez - diz, me olhando de cima a baixo.
Decido que um ataque surpresa é a melhor maneira de lidar com esta
situação. Isso vai ensiná-lo a ficar comigo no comando.
Me aproximo mais e atuo como se fosse tirar a camisa, mas em vez disso
fico de joelhos, puxando a parte superior da boxer para baixo comigo. Seu pênis
sai para fora e salta para cima e para baixo na frente do meu rosto, totalmente
ereto.
-O que você está fazendo? - Ele pergunta, confuso.
-Te dando um bom beijo para que deixe meu quarto.
Capítulo 40
Pego o membro de Ian em uma mão e descanso a outra em sua
coxa. Minha boca vai para a ponta do seu pênis e lambo com a língua, uma,
duas e logo três vezes, deslizando meus lábios ao redor e acentuando a
sensação para ele.
Sua inalação brusca de ar me diz que fiz a escolha certa.
-Fooodaaa - diz com um longo suspiro.
- Não, não – digo e o lambo novamente - apenas um beijo.
Ele lamenta. Suas mãos se movem para os
meus ombros enquanto começo a deslizar meus lábios sobre a ponta do seu
pênis e para abaixo em seu eixo. Minha língua gira em
torno, enquanto meus lábios se movem para frente e para
a trás. Uso minha mão
para acariciar seu comprimento, e seus quadris se movem ligeiramente com o
ritmo que defini.
- Eu não tinha ideia ... - ele diz.
- Mmmm ... - Eu não posso responder, estou muito ocupada lendo seus
sinais, tomando-o profundamente, me certificando de trabalhar todo o
comprimento de seu pênis.
Ele está ficando mais largo, mais grosso, de modo que sei que
estou fazendo o que ele gosta. Estou tentando permanecer concentrada em seu
prazer, mas o mesmo tempo ... desejei que eu tivesse tomado um tempo para
tirar minhas roupas fora também, assim poderia puxá-lo para a cama e subir
antes do fim. Estou ficando seriamente excitada de vê-lo começar a se perder.
O suor desliza para baixo do seu rosto e peito. Ele
está respirando pesadamente e seu controle sobre o meu ombro endureceu.
-Oh, meu Deus, baby ... oh merda ... sim, isso é ...
Minha outra mão se aproxima para segurar suas bolas.
Geme e se afasta para longe de mim.
-Eu fiz alguma coisa errada? - Pergunto, olhando para ele do chão.
―Sim ―grunhe, me agarrando pelas axilas e me levantando em meus
pés.
Estou tentando decidir se fico com raiva ou com vergonha quando ele
agarra a parte inferior da minha camisa e a tira sobre a minha cabeça.
- O que você está…?
- Eu preciso estar dentro de você - diz, ainda grunhindo.
De nenhuma maneira eu vou discutir essa afirmação,
já que estou de acordo cem por cento de que é a melhor ideia para ambos.
Ajudo a tirar minha calça e meias, seguido rapidamente por meu sutiã e
calcinha.
Quando me movo para beijá-lo, ele me pega pela cintura e me vira.
Minhas costas contra seu peito e seu pênis está pressionando na minha
bunda. Ele empurra seu pênis para um lado para que possa estar mais
perto. Suas mãos deslizam em direção à minha frente e para baixo, deslizando
o dedo na minha fenda.
- Mmm, você já está molhada – diz no meu ouvido.
- Você me excita muito - eu sussurro de volta.
Em seguida, o seu dedo está tocando meu clitóris e esfregando
de um lado para o outro, as vezes desliza dentro de mim e, em seguida, sai e
esfrega novamente.
O formigamento começa imediatamente e abro minhas pernas, tentando
responder a necessidade que está sendo construída, mas não me leva para
onde eu quero que estar.
Empurra minhas costas para baixo com a outra mão me fazendo inclinar
em resposta.
Então seu pênis grande está empurrando contra a minha abertura por
trás e ofego com a facilidade com que entra em mim.
- Oh, baby ... – diz, com voz rouca.
-Ssshhhhi - o advirto, temendo que as pessoas vão nos ouvir, e então
eu gemo também. Demais para ser discreta.
Me segura pelo quadril e empurra até o fim em mim, golpeando um par
de vezes até o final se esfregando de um lado para outro totalmente enterrado.
Me empurro contra ele, pedindo mais. Minhas mãos se abrem e fecham
sobre os lençóis, retorcendo e girando em pilhas amassadas.
Ele constrói um ritmo, dentro e fora, a fricção crescendo junto com o meu
desejo.
-Mais forte - digo, sabendo que tenho que sentir mais dele.
Me fode com tanta força que meus pés perdem a aderência com a chão
e caio para a frente sobre a cama.
Ele rasteja atrás de mim e me empurra para cima, rapidamente, como
se não pudesse esperar.
Me deixo cair sobre a cama com rosto para baixo, mas ele não para. Ele
vai cada vez mais rápido e mais rápido, empurrando, exigente, e eu tenho que
levantar minha bunda para fora da cama tão alto quanto eu posso para mantê-lo
na melhor posição para se aprofundar.
É uma loucura a maneira em que nós continuamos em frente, sem nos
importarmos se alguém pudesse ouvir. Nós apenas temos essa necessidade de
nos satisfazer e nenhum de nós está disposto a se afastar dela. Eu nunca estive
tão desesperada por alguém.
Suas mãos estão debaixo de mim e puxa meus quadris ainda mais
alto. Eu nem sabia que era capaz desse tipo de manobra, mas estou feliz como
o inferno que seja. Ele me bate exatamente no lugar certo, a pressão aperta meu
núcleo, fazendo que um formigamento venha de algum lugar dentro de mim, seu
longo pênis duro preenchendo cada parte de mim.
Ele se contorce, bombeando tão rápido que não posso seguir seu
ritmo. Não preciso embora, mas meu corpo parece
ter entrado em uma espécie de estado auto erótico. Eu nem mesmo sei onde
estou, em uma espécie de poço escuro do sexo, talvez. Eu não poderia me
importar menos se toda a casa nos ouvisse neste momento. Eu só quero que ele
me leve por todo o caminho até o final desta viagem louca. É tão bom, eu só
espero que não termine muito perto.
-Aaaargh! - Ele grita, parando de repente. Ele está respirando tão forte
que soa como um trem de carga.
-Está passando mal? - Pergunto, também sem fôlego.
- Vire-se.
- O quê?
Antes que ele responda, sai de mim, me agarra pela cintura e vira até
metade do caminho.
- Assim está bom, bem assim.
Eu fico de lado e ele está empurrando uma das minhas pernas. Levanta
a outra perna para colocá-la sobre o seu ombro.
-O que você está fazendo? - Pergunto, assustada e excitada ao mesmo
tempo. Eu estou pulsando de desejo. Eu só quero voltar para lá, onde ele me faz
sentir como se eu estivesse pegando fogo novamente.
-Te fodendo. - Ele fica de joelhos e orienta seu pênis dentro de mim
novamente. Ele segura minha perna com ambas as mãos e a apoia contra seu
peito, levando a parte de trás do meu joelho por cima do seu ombro.
Eu nunca tive ninguém me fodendo de lado antes, mas não demorou
muito para me dar conta que eu gosto. Sim, por favor, Ian. Foda-me de lado.
- Oh, meu Deus - digo quando ele faz uma pausa para esfregar alguns
círculos ao redor do meu osso púbico. Estou recebendo uma massagem no
exterior e no interior no mesmo tempo. Passa pela minha mente que isto é o que
se assemelha ao céu. Exatamente assim, apenas com waffles ilimitados que não
fazem você ganhar peso.
-Você gosta disso? - Pergunta, colocando o polegar na minha barriga,
enquanto esfrega suavemente, se retira e afunda novamente.
Assinto, incapaz de falar.
Segue me esfregando assim, fazendo uma pausa, começando de novo,
entrando e saindo, e eu estou cada vez mais perto de um orgasmo indescritível
que parece estar brincando de esconde-esconde comigo hoje. Não apenas
caindo sobre a borda, mas tento não ficar frustrada por isso. Isso é bom em todas
as suas formas, para me preocupar com pequenos detalhes como esse. Sei que
Ian nunca me deixará esperando.
Ele para e sai de mim.
- Aconteceu algo errado? - Pergunto, preocupada que já estamos
prontos.
- Eu tenho que ir mais fundo. Eu quero ver seu rosto quando você gozar
e eu sei que está perto.
Me empurra suavemente sobre minhas costas.
Abro minhas pernas e braços.
-Venha, então – digo, sorrindo. - Me dê. Me dê.
Ele sorri.
- Oh, esse é o meu plano, acredite.
E então está dentro de mim novamente. Nos olhamos, o calor
acumulando dentro de mim novamente. Ele afunda em mim lentamente, com
cuidado, estou felizmente consciente de cada centímetro do seu corpo.
O deslizamento que sinto é impermeável. Mais fácil, cheio de calor. Eu
sinto parte do meu corpo inchando lá em baixo, e o formigamento vem de dentro
novamente. Desta vez é mais rápido e mais forte. Eu acho que eu estou caindo.
Seu rosto escurece e suas narinas se expandem. Os músculos da sua
mandíbula começam a enrijecer e relaxar, uma e outra vez.
Eu começo a fechar os olhos.
-Não – diz - Abra os olhos. Quero te ver.
Eu faço o que ele me diz e olho para os olhos incrivelmente verdes. É
intenso, o sentir dentro de mim, enquanto me observava tão atentamente. É
como se estivéssemos de alguma forma fundidos, já não somos dois indivíduos,
mas um todo. Dá medo, mas não posso negar que me sinto bem. Quero
ver quando gozar também.
Eu posso sentir o orgasmo vir para ambos ao mesmo tempo. Manter seu
olhar já não é uma opção. Eu tenho que manter os olhos sobre ele ou me
afogar. Ele é o único que pode me salvar de certo esquecimento. Eu nunca senti
como se estivesse prestes a perder-me completamente como eu faço agora. É
incrível, mas desconcertante, ao mesmo tempo.
- Ian ... - Estou desesperada, me agarrando a ele com punho de ferro.
―Goze ― diz.
Assinto, meu rosto contorcido de prazer e antecipação.
- Sim.
- Eu também - diz, sua voz toda grunhida.
E então vem para mim. Basta saber que ele está à beira é o suficiente
para me empurrar. O orgasmo final de todos os orgasmos vem me esmagando.
As mãos de Ian estão em ambos
os lados de meu rosto agora, segurando minha cabeça, seu
nariz a um par de centímetros do meu. Parece que está
a ponto de chorar, pela maneira em que suas sobrancelhas se unem e baixam,
a forma em que pressiona sua boca em uma linha enquanto grunhe, o suor
escorrendo pelo seu rosto aterrissando no meu.
Grito em uma doce libertação.
- Ian! – Soando como se estivesse chorando - IAN! IAN!
Ele bombeia em mim, rosnando e grunhindo enquanto falo seu nome e
várias sílabas que não fazem sentido.
Olhamos um para o outro o tempo todo, enquanto cavalgamos as
ondas. Nenhum de nós pode respirar muito bem, pressionando nossos pulmões
até que eles estão prestes a explodir e despertar uma asfixia uma ou duas
vezes. Arrastados pelas emoções e sentimentos, nos olhamos e olhamos e
olhamos fixamente. No presente momento, nada mais em todo o mundo
importa nem nunca será tão bom novamente. É agridoce como nenhum outro.
-Te amo - suspira, ainda se empurrando dentro de mim, usando o que
parece ser sua força remanescente.
-Também te amo - eu digo de volta. Esmagada pela emoção, começo a
chorar. E eu não estou falando de um delicado, doce, atraente choro
tampouco. Eu começo a chorar como um bebê grande e velho.
Ele deixa pequenos beijos por todo o meu rosto, deixando de empurrar
sobre mim.
- Não chore, baby.
- Não estou triste – murmuro, através das minhas lágrimas. - Eu não
estou triste em tudo, prometo. - É um pouco de uma mentira, mas merece que
mentir está bem. Eu não quero quebrar seu coração tão mal quanto o meu será,
quando eu partir.
-Promete - diz, ainda me beijando, retardando seus golpes.
―Prometo.
- Você quer que eu pare? - Ele pergunta, fazendo uma pausa em seus
beijos.
-Não. – Nego com a cabaça - Nunca faça.
Ele sorri.
- Temo que o meu pénis tenha outras ideias.
Eu sinto ele deslizar para fora de mim logo depois de dizer isso. Me faz
rir.
-Pobre rapaz. - Ian olha para sua virilha. - Você o deixou fora de
combate.
- Ele me deixou fora de combate, não o contrário. - De repente, eu me
sinto muito tímida, agora que me dou conta, uma vez mais, que estamos na casa
dos pais de Ian e tivemos sexo louco. Incluindo que o fizemos de lado, pelo amor
de Deus.
Ian se inclina para o lado e olha para mim, usando um dedo para traçar
o contorno do meu mamilo.
- Você tem seios fabulosos, sabia?
-Os comprei e paguei por eles eu mesma- digo, não me envergonha nem
um pouco ter melhorado o que Deus me deu.
- Aposto que devem ser incríveis em um traje de banho.
Sorrio.
- Eu gosto de pensar que são.
- Eu gostaria de ver isso. - Soa melancólico.
- Não, com este clima não o verá - Não me importa que tipo de palavras
doces use, eu não vou usar um maiô em Baker City durante o inverno.
- É quente na Flórida, neste momento? – Ele pergunta.
- Sim, bastante quente. Nunca fica tão frio. Mas eu não diria que há
clima para trajes de banho durante todo o ano. Só a maior parte dele.
-Procurei no Google fazendas na Flórida - diz, como se estivesse falando
com meu coração. - Você sabia que é um dos maiores estados de gado nos
EUA?
Franzo a testa para ele, me perguntando se está brincando comigo
agora.
-Fala sério?
-Sim. - Ele se apoia mais elevado e descansa a mão na minha barriga. -
Não muito longe de onde você mora, na verdade.
- Realmente? - Franzo o cenho ao pensar nisso -. Eu acho que eu
já vi algumas vacas ao lado da estrada. Mas é principalmente no meu caminho
para o norte.
-Para onde? Nova York?
Eu rio.
―Não. Orlando. Para ir a Universal Studios ou o que seja.
- Eu nunca estive lá. É divertido?
-Muito. Vou levá-lo em algum momento.
-E agora? - Ele pergunta, com uma expressão muito séria. Olho de perto,
tentando detectar a armadilha.
- Agora?
- Sim. Vamos. - Cutuca meu braço. - Vamos para a Universal. Me estico
e corro meus dedos por seus cabelos emaranhados.
-Você é um tolo.
Pega minha mão de seu cabelo e beija meus dedos.
―Não. Estou falando sério ― Coloca cuidadosamente minha mão sobre
meu estomago, a mantendo com a sua.
- Por que você não está rindo? - Eu pergunto.
- Porque eu estou sendo sério. Se eu rir estraga o efeito.
Eu rastejo sob ele e eu me sento.
- Realmente você quer vir para a Flórida e ir para a Universal comigo?
- Sim.
- E você estava pesquisando fazendas por lá?
- Sim.
- Porque? – Meu coração está batendo a mil quilômetros por hora. Não
posso respirar muito bem, mas estou tentando fingir que posso. A ideia de que
ele possa querer ficar comigo sobre uma base mais permanente me envia em
um ataque de apoplético.
Ele não me responde por um longo tempo. Logo se vira de costas e olha
para o teto.
―Te amo, Candice.
Minhas entranhas estão todas reviradas ao ouvir isso. Esperava que ele
não tivesse escutando minha grande declaração durante o nosso momento
fazendo amor, na verdade. Uma coisa é ser toda apaixonada por
um cara, mas uma coisa completamente diferente é ele saber que você está
apaixonada por ele.
Andie disse que não tenho aventuras amorosas. Pela primeira vez, eu
concordo com ela nisso, pelo menos no que se refere a Ian.
Ian definitivamente não é material para um caso, e agora eu caí de amor
por ele. Como, totalmente caída. Realmente nos declaramos um para o outro
quando nós gozamos? Como porcaria é essa? Suspiro. Não que ela seja uma
merda quando no meio disso, ao que aparece.
O empurro com o pé.
-Também te amo, mas...
Vira a cabeça para olhar para mim. Ele parece tão triste.
-Mas que?
Dou de ombros.
- Mas ... todo mundo vai dizer que estamos loucos.
Ele dá de ombros também.
― Quem se importa com o que todo o mundo vai dizer? Não são eles
que decidem se somos felizes ou não.
Eu não consigo parar de sorrir.
- Isso não pode estar acontecendo.
Ele se senta e, em seguida, se coloca ao lado da cama, apoiando as
mãos.
- Asseguro que está acontecendo.

Capítulo 41
Estou parada junto a um Ian pelado na borda na cama.. Que me olha
nos olhos, e me segura bem de perto.
- Por que simplesmente não vamos ser espontâneos? – Ele pergunta,
como se fosse a coisa mais fácil no mundo, fugir com alguém que você mal
conhece, a partir do canto superior esquerdo de um estado para o canto inferior
direito do outro.
- Não sei. Porque é irresponsável?
Meu argumento soa fraco para meus próprios ouvidos.
- Dane-se ser responsável. Fui responsável por toda a minha vida e veja
onde isso me levou.
- A uma grande vida com uma família grande?
-Solitária. Desejando estar em outro lugar, e viver uma vida com alguém
com quem eu não sou relacionado pelo nascimento.
- Mas ... você é do campo e eu da cidade. – Quero acreditar que esta
coisa entre nós poderia funcionar, mas sinto como se tivesse que tentar
convencer nós dois disso. Isso é o que Andie queria que eu fizesse. Ela vai ficar
tão irritada. Faz com que me sinta mal por dentro.
- Eu não sou completamente do campo e você tampouco completamente
da cidade. Nem tente me dizer que você é.
Dou de ombros. Poderia ter argumentado este ponto com ele há alguns
dias quando estava escorregando e deslizando por todo o gelo, mas hoje não
posso. Está totalmente certo. Sou a mãe de uma vaca depois de tudo. E comprei
uma arma e atirei em um puma com ela. Nada disso iria acontecer na Flórida.
Apontando para meu rosto.
- Você está tentando inventar argumentos e não pode.
- Não, eu só estou pensando que eu gostei da coisa das vacas e as botas
aqui são muito lindas. - Não menciono a arma porque então me dirá merdas
sobre atirar nele novamente.
-Viu só? E você gosta de galinhas.
Enrugo o rosto.
- Eu não tenho certeza sobre os cuzinhos de frango, no entanto.
Franze o cenho.
- Os cús dos frangos? Quem disse algo sobre os traseiros de frango?
-A coisa dos ovos ... - digo, esperando que ele capite.
- Escute, se você não gosta do rabo de frango, nós não temos que tê-
los. Eu apenas pensei que você gostaria de ovos frescos.
- Nós? O que quer dizer com nós?
Ele me dá um sorriso torto.
- Não pensou que eu estava falando apenas em tirar umas férias em
Orlando, certo?
De repente, estou tendo dificuldade para respirar. Tenho que ficar longe
dele para encontrar o oxigênio que preciso para sobreviver.
- O que aconteceu? - Ele pergunta, com os braços estendidos quando
eu coloco alguma distância entre nós.
- Eu só ... só ... Eu só preciso respirar. - Meu rosto está repentinamente
frio e com suor enquanto minhas orelhas estão em chamas – Acredito que estou
a ponto de entrar em combustão espontânea.
Ele ri.
- Isso são apenas os nervos.
Meu olhar dispara por todo o quarto, buscando minhas desaparecidas
roupas. Eu tenho que me vestir. Eu tenho que sair daqui. Preciso pensar, e eu
não posso fazer isso com Ian tão perto, tão adorável, tão desejoso de mim.
Eu tenho certeza que é isso. Desejo. Ele sente luxúria e se iludiu
acreditando que me ama. Esse pensamento faz o meu peito doer terrivelmente.
Eu tenho que segurar meu coração para fazê-lo parar. Talvez realmente seja
amor.
Mas, caramba! Caras não fazem esse tipo de coisa. Isto é minha coisa,
apaixonar-se por alguém completamente inapropriado. Menti totalmente
antes. Eu não sou uma aventureira. Não tenho aventuras
em absoluto. Simplesmente me apaixono. Essa sou eu. Isso é o que eu
sou. Mas eu nunca tive alguém que me retribuísse. Não é de estranhar que todos
esses caras tenham ido para longe de mim correndo. E falando de pressão.
Falando de merda assustadora!
-Vou te dizer que – diz Ian, colocando a calça e logo a camisa, como se
não tivesse uma só preocupação no mundo – Te deixarei pensar nisso, e
enquanto isso, podemos ir para o bar e falar com Ginny.
-Sim - digo, apontando para ele. - Essa é uma excelente ideia. Vamos
corrigir a vida de Andie. - Antes de me destruir sozinha, preciso me certificar de
sua vida é sólida. Isso é o mínimo que posso fazer antes de retornar para
casa completamente.
Percebo então que isso somente vai acabar mal para MacKenzie.
Ou levo Ian comigo e nos apaixonamos loucamente mais ainda e nunca mais o
veriam novamente, ou o deixo aqui com o coração partido e mais amargurado
do que nunca.
Merda. O que fiz?
Capítulo 42
Consigo consertar meu cabelo, maquiagem e parecer vagamente
apresentável ande de subir na caminhonete com Ian e Mack. Por alguma razão
conseguimos arrastar Mack em nossa missão, mas fiz Ian prometer que não diria
uma palavra a seu irmão sobre quais são os nossos planos. Vou ter que falar
com Ginny no banheiro ou algo assim. A última coisa que eu preciso é Mack
contando para Andie todas as minhas aventuras. O que você não sabe não lhe
fara dano e tenho a intenção de que siga sendo assim.
- Então, como tem sido a paternidade? - Pergunta Ian a Mack enquanto
nos dirigimos pelo largo caminho até à estrada.
- Estou encantado - Mack diz sem hesitação. - Poderia ser melhor sem
a privação do sono, fora isso, é perfeito. Andie é uma ótima mãe. Sarah é uma
menina de muita sorte de tê-la.
―Mamãe disse que Andie está tendo depressão pós-parto.
-Sim, um pouco, mas ela conseguirá. Você sabe como é isso.
Eu me viro para olhar para Mack.
-Como ele sabe como é isso? - Mack dá de ombros.
-Também acontece no mundo animal, às vezes.
Assinto. Isso faz muito sentido para mim. Passei um pouco de tempo
antes do meu cochilo com meu primeiro amor, Google, e aprendi bastante sobre
o tornado hormonal que está causando estragos no corpo de Andie.
Eu queria arrasta-la para um banho quente, mas quando liguei para lhe dizer
recusou minha oferta.
-Se vocês dois quiserem sair uma noite, Candice e eu poderíamos
manter um olho em Sarah para vocês - diz Ian.
Meu coração se contrai no meu peito. Quão bonito seria isso? Ian e eu
fingindo ser pais por um tempo.
Meu rosto fica em branco novamente. Pais? Ian e eu? Oh meu Deus,
oh meu Deus, oh meu Deus.
-O que aconteceu? - Ian pergunta.
-Você está se sentindo bem? Você parece um pouco pálida.
-Eu? - Meus olhos sobressaem. Também está lendo mentes agora? –
Nada em absoluto. Nenhuma só coisa.
Ele ri, balançando a cabeça.
―Mentirosa.
-Como vai a viagem até agora, Candice? - Me pergunta Mack. - Andie
se sente mal por não ter mais tempo para estar com você.
- Oh, tem sido ótima. Ian tem me mantido ocupada. - Eu quero morrer
quando as palavras saem da minha boca. Mais como seu pênis tem me mantido
ocupada. Merda. Realmente fizemos na casa dos seus pais e no seu celeiro.
Ian olha para mim, mas mantém a boca fechada, felizmente.
- Isso ouvi – diz Mack.
Estou sem palavras. Graças a Deus que Ian não está sofrendo do
mesmo problema.
-O que isso quer dizer? - Pergunta, olhando no espelho para Mack.
- Nada. Eu só ouvi dizer que foram à cidade um par de vezes juntos. -
Ele ri. – Ouvi que atirou em você em um campo de tiro também.
-Fez isso - Ian concorda. – A sangue frio, eu poderia acrescentar.
Suspirando, cansado dessa conversa.
-Eu não atirei nele, o Karma o fez. E nunca me chamaram de sangue-
frio em toda a minha vida, por isso não comece agora.
Ele me dá um tapinha na perna e, em seguida, passa a mão pela minha
coxa apertando muito perto de lugares que não devem ser tocados em público.
-Sinto muito, querida. Tem razão. Você não é a sangue-frio.
Tiro sua mão de cima de mim e olho para ele.
- Mantenha suas mãos fora da mercadoria – a última coisa que preciso
é Mack contando para Andie sobre Ian e eu tateando um ao outro. Nunca
escutaria o final disso, com certeza.
Ian me olha, confuso, mas, em seguida, retorna o foco
para sua condução. Não estamos longe da estrada e esta é a parte que tem a
maioria dos buracos, então você precisa se concentrar. Eu tenho uma missão
esta noite a cumprir e eu não posso fazer isso em uma vala ao lado da estrada.
- E qual é o plano para esta noite? - Mack pergunta.
- Plano? - Eu sou toda inocência. - Que plano?
-Apenas três pessoas com bebidas, isso é tudo - diz Ian.
- Você pode parar com as mentiras - diz Mack, - mamãe me contou tudo.
Eu rolo meus olhos e bufo em desgosto.
- Ninguém pode guardar um segredo nesta família?
Ian ri muito alto e forte.
- Não. Ouça Mack ... Candice te contou que ela e eu vamos fugir para
Orlando?
Mack se apoia no banco da frente e olha para mim.
-Não, ela não disse, de fato. - Ele me dá um empurrão no ombro. – Conte
Candice.
Meu queixo fica aberto. Os únicos sons que estão saindo são de
frustração e surpresa.
- Sim. Propus a ideia mais cedo hoje e ela concordou completamente -
Diz Ian.
As palavras saem abruptamente antes que eu possa responder ,
-Não concordei.
-Não? - Ian me olha com preocupação em seus olhos. - Fala sério?
-Não. Sim. Não. – Respiro fundo e solto o ar. - Eu não sei se estou.
Confusa é provavelmente a melhor palavra. - Eu olho pela janela lateral, assim
não tenho que ver seu incrivelmente atraente rosto.
Mack ri.
-Bem, eu acho que é uma boa ideia se alguém se preocupa com minha
opinião. – Ele se reclina em seu assento.
Estou surpresa. Eu tenho que virar e olhar para trás para ver se ele está
apenas brincando comigo.
-Você está falando sério? – Sim ele está fazendo uma boa imitação de
alguém, com esse chapéu de cowboy e esses seus frios olhos azuis. Ele
definitivamente não está sorrindo.
-Porque não? - Ele dá de ombros. - Eu me casei com minha esposa
depois de conhece-la há apenas algumas horas. Eu definitivamente acredito em
dar esse passo. Quando você sabe, simplesmente sabe.
Ian dá um tapinha na minha perna.
- Viu só? Eu te disse.
Eu me viro e eu afundo em meu lugar um pouco. Tudo isso está se
movendo muito rápido para mim. Eu não posso acreditar que os MacKenzies
deixariam Ian ir assim, sem dizer uma palavra contra. Seus pais ficaram furiosos
com certeza. Um irmão mais velho pode se dar ao luxo de ser casual,
mas sua mãe ficará zangada. Provavelmente irá querer me atropelar com sua
pequena caminhonete.
Mack está falando novamente, me tirando dos meus pensamentos.
-Mamãe estava dizendo ontem como ela queria que você encontrasse
alguém para ir em uma aventura. Disse que é disso que você precisa. Você está
apenas murchando em Baker.
― Disse isso? ―Ian nega com a cabeça – Maldita seja. Até mesmo
minha própria família está disposta a me mandar embora.
- Você tem que admitir - Mack diz - praticamente você tem sido um pé
no saco nos últimos anos.
- Sim, bem ... Já terminei com isso. - Ian franze o cenho. - Só vou
remediar um pequeno mal-entendido esta noite e, em seguida, seguirei em
frente. - Olha para mim. - Em frente sem olhar para trás.
Tento sorrir, mas por dentro eu estou morrendo. O que acontece se
acabo sendo uma grande decepção para ele? E se entra no meu salão e ri do
meu trabalho, minha vida, dos meus amigos? É tão diferente do que está
acostumado. É realmente possível uma citadina e um camponês viverem juntos
em harmonia?
-Sim, eu estou ansioso para conhecer o mundo de Candice - diz.
Oooph . Eu acho que vamos descobrir. Tento não deixar que esse
pensamento me envie para um pânico cego.
Capítulo 43
O bar é pouco convincente. Está escuro, cheira a cerveja velha e está
cheia de gordos com flanelas. Alguém arrota quando caminho e pego uma
porção de salame.
- Oh, vamos lá, Dave - diz Ian, intervindo entre o ofensor e eu. Acenando
com a mão na frente de seu rosto enquanto faz uma careta.
- Hey, Ian, o que há, cara? - Ele levanta a mão, mas não pode mantê-la
parada. Por fim, ele se dá por vencido de pegar a mão de Ian e a deixa cair em
sua perna com um tapa.
-Já está bêbado às seis? Cara, você está frito. - Ian se aproxima e lhe
dá um tapinha nas costas. – Que tal uma xícara de café, meu amigo? Você está
pronto para isso?
- Sim, é uma boa ideia, eu acho. - O menino acena, com os olhos
vidrados.
Eu vou embora antes de acidentalmente ver mais. Se esse cara vomitar,
vou perdê-lo totalmente, e nem entrei três metros ainda.
-Então, estamos aqui para ver Ginny, não é? - Pergunta Mack.
Eu olho por cima do meu ombro para Ian. Segura seu amigo Dave
enquanto o garçom serve um café. Eu acho que Mack é meu novo parceiro.
- Sim. Eu preciso falar com ela apenas um segundo e então nós
podemos ir.
Mack aponta.
-A encontrará lá na curva desse cômodo. Que é onde estão todos os
dardos. No entanto, tenha cuidado com as placas. Verifique se você não está no
extremo oposto delas na sala.
Pisca para mim quando me pega a ponto de me jogar sobre ele, então
ao invés de gritar com ele por insultar a minha inteligência, eu digo:
- Obrigada. - E o deixo pedindo cervejas no bar.
Vejo Tate Montgomery e o saudou. Ele olha para mim como se fosse
levantar e vir ao meu encontro, mas eu quebro o contato visual e me afasto. Eu
não quero que Ian consiga outro olho roxo por minha causa. Vai parecer um
coletor de merda no momento que aparecer na Florida com o olho roxo.
Isso é quando me dou conta que estou pensando seriamente em sua
oferta de voltar para casa comigo. Eu devo estar louca. Balanço a cabeça para
sair dessa linha de pensamento. Eu preciso me concentrar na missão. Andie
agora, Ian depois.
Passo por um arco e vejo Ginny no outro extremo do ambiente. Está
entre um par de garotas, uma delas é Hannah. Meus olhos se estreitam com a
cena. Hannah queria que Ian e eu acreditássemos que era inocente, mas vê-la
aqui esta noite me faz duvidar disso.
Me aproximo, ignorando todos os olhos que estão em mim. Quando
estou no meio do caminho para o meu destino, Hannah me nota e bate no braço
de Ginny. Todas as pessoas em seu pequeno grupo se voltam para me ver
chegar.
Meu coração começa a martelar no meu peito. Agora, Candice. Você
tem uma arma. Você é fantástica. Os pumas a temem. Não deixe que te
intimidem. Levanto um pouco o queixo e meus seios. Ninguém, e eu quero
dizer ninguém vai falar merdas sobre minha melhor amiga depois desta
noite. Meus superpoderes estão em alerta máximo. Apenas deixe Ginny
tentar alguma coisa.
- Olá -eu digo quando estou na frente dela. Eu odeio admitir isso, mas
seu cabelo está incrível, e as botas são adoráveis. No entanto, não tenho ideia
como ela anda na neve com elas. As solas são da cor preta e não tem os
centímetros de espessura como as minhas.
- Olá. Candice, certo? - Olha por cima do ombro. - Onde está Ian?
- Não importa onde está Ian. Estou aqui para falar sobre Andie.
Sorri, franzindo os lábios um pouco antes de responder:
-É assim?
-Sim é assim. Ouça ... – Faço um gesto para Hannah. - Eu ouvi fofocas
que você tem estado difundindo rumores sobre minha amiga Andie MacKenzie.
-Não o faço. - É tão pretensiosa que quero dar uma bofetada nela, mas
eu resisto.
- Hannah disse que você anda dizendo às pessoas que Andie rompeu
seu relacionamento com Ian.
- É verdade, Hannah? - Pergunta, sem sequer olhar para a amiga.
-Não. - Hannah toma um gole de sua cerveja. - Eu não disse isso.
- Você é uma mentirosa - digo, apontando por cima do ombro de
Ginny. – Me ocuparei com você mais tarde. - Dirijo minha atenção para Ginny. -
Por agora, eu estou aqui por você.
- Oh, eu estou lisonjeada. – Diz Ginny colocando a mão sobre o coração
e batendo seus cílios.
Eu estreito meus olhos para ela.
- Então, quando você foi amigável no hospital, somente mentiu para mim,
hein?
- Você é tão inteligente. – Inclina a cabeça e fala em um tom doce: - Será
que você foi para a faculdade?
- Na verdade, eu fui. Universidade da Florida. Formada summa cum
laude20. E você?
- Sim. - Ela levanta o queixo. – Em La Grande.
-Universidade da Comunidade - Hannah diz, inclinando-se para
esclarecer.
Ginny perde sua expressão arrogante por um momento.
- Cale a boca, Hannah.
- Cale a boca, Ginny. – Hannah olha sua amiga e toma outro gole de
sua cerveja. O sorriso de Ginny está franzido.
-De todos os modos, nós não temos nada a dizer sobre sua amiga
Andie, para que possamos continuar. - Ela faz um gesto para os objetivos do
outro lado da sala, três dardos com penas saem da parte superior de seus
dedos. – Estamos no meio de um torneio aqui.
Arranco os dardos da sua mão e lanço os três juntos no alvo. Um atinge
a borda o resto bate na parede ao lado e cai no chão.
- Hey!
- Essa foi a sua vez, - diz um cara da outra equipe – Tem... – olha o alvo
– Ao todo um nada – Toda a sua equipe solta risadas.
Me empurra pelo ombro.
- Você mexeu com a minha pontuação!
A empurro para trás.

20
Summa Cum Laude (Com a Maior das Honras) representa a maior distinção e é o
reconhecimento por obter a máxima qualificação possível em uma titulação universitária,
especialmente nos níveis do mestrado ou doutorado.
-Você se meteu na vida da minha melhor amiga!
Ginny parece que está a ponto de queimar. Seu rosto está na cor
vermelha brilhante e seus olhos estão prestes a sair de sua cabeça.
- Volte a tocar em mim e vai lutar.
- Diga uma palavra a mais sobre Andie ou Ian e maldita seja vamos lutar.
- Balanço a cabeça um pouco para que saiba que eu estou falando sério.
Sua boca torce até que seja algo muito feio.
-Andie MacKenzie é uma puta que não só arruinou o meu casamento
com Ian e toda a minha vida, mas também a vida de Hannah.
Deixo minha bolsa cair no chão atrás de mim e a empurro para cima as
minhas mangas.
- Muito bem, isso é tudo. Eu te adverti.
Hannah parece preocupada, mas Ginny não. Parece estranhamente
animada com a perspectiva de eu chutando o seu traseiro.
Os meninos se afastam e começam a rir, dando cotoveladas de
antecipação. Alguns poderia pensar que estávamos a ponto de saltar em uma
pilha de geleia da marca Jell-O pela forma que estão nos olhando de
soslaio. Idiotas.
Estou tão ocupada colocando o material da minha blusa alto o suficiente
em meus cotovelos que não estou preparada para o primeiro movimento de
Ginny. Fico atordoada com um tapa na cara, que vira a minha cabeça para um
lado.
Recupero-me uma fração de segundo mais tarde e salto sobre ela sem
pensar, até seu cabelo. Sei que é a maneira mais fácil de pôr uma garota de
joelhos. Sou a porra de uma ninja quando se trata dessa merda.
Grita:
- Aiiii!! Meu cabelo, cadela!
Puxo com todas as minhas forças, a colocando de joelhos pela dor.
-Se você quiser mantê-lo, prometa deixar Andie em paz.
- Que se foda a Andie! E foda-se muito você também, louca!
Coloco mais força.
-O que você disse?
Ela tem as mãos para cima, tentando se livrar do meu aperto, mas não
há jeito algum. Eu estou usando completamente o meu aperto de aço do kung-
fu. Um terremoto não podia me afastar dela, mesmo que esteja matando os
meus pontos de sutura.
- Aiii, eu paro! – Se dá por vencida e tenta fugir e deixá-la ir, em seu lugar
me dá um soco em minhas coxas e panturrilhas repetidamente.
A multidão está selvagem, torcendo. Deus, Baker City é cheia de
completos imbecis. Eu nunca vou viver aqui. Não me importa o quão lindo é
Ian. Faz-me mais dedicada a organizar as coisas para Andie. Ela está presa
aqui, não tem opção, mas não há razão para ela sofrer com cadelas como esta.
A seguro forte, bloqueando a dor do assalto de Ginny. Vou deixar
isso até que seja obrigada a me matar ou explodir um dos meus seios, pelo
menos, e eu não quero ter que ir para uma cirurgia outra vez. Levei uma
eternidade antes de poder segurar um secador novamente depois de colocar os
implantes.
- Candice, que diabos você está fazendo? - Ian está de pé à minha
direita.
-Basta ficar para trás, Ian. Eu tenho tudo sob controle. - Estou grunhindo
com o esforço de suportar os golpes de Ginny. Ela tem algumas juntas realmente
ossudas.
- O que está acontecendo com vocês? - Mack grita, dirigindo-se a
Hannah e aos outros espectadores. Ele coloca duas cervejas na mesa mais
próxima.
- Ginny, levante-se - Ele vem por trás dela e a levanta.
Ian me pega por trás, mas não vou deixar o cabelo da garota ir por nada.
Este é o meu único meio de pressão para conseguir o que vim fazer aqui.
―Vamos, cadela! ― Chia Ginny.
-Não até que você prometa parar de dizer mentiras sobre minha amiga!
-Eu não estou dizendo nenhuma mentira sobre essa puta!
-Agora, espere um segundo - diz Mack.
Em seguida, solto o cabelo de Ginny. Isso é quase tão bom quanto uma
confissão, porque eu acho que isso é tudo que eu vou conseguir, mas é bom o
suficiente para mim. Agora Mack sabe o que está acontecendo e logo todos os
demais também vão.
Deixo que Ian me puxe para trás e coloque alguma distância entre nós
e ela. Meus pontos estão em chamas, mas eu não sinto nenhuma fuga de
sangue, o que eu considero uma vitória.
- Como você chamou minha esposa? - Mack está de pé em toda a sua
altura agora e é muito impressionante.
Ginny se levanta e tenta endireitar seu cabelo desordenado. Parece que
uma família de ratazanas fez uma festa nele, o que é praticamente inútil. Isso
me deixa feliz.
- Você me ouviu - cospe Ginny. - Puta. - E então realmente cospe,
justamente aos pés de Mack.
Movo-me para ir atrás dela novamente, mas Ian me agarra por trás.
-Calma, assassina. Deixe-a falar.
-Dizer o que? Está mentindo sobre Andie, sua cunhada.
-Apenas está ferida – diz com a voz muito calma.
Ginny volta seu olhar assassino em sua direção.
- Vá a merda, Ian. Você arruinou tudo.
- Eu? Eu estraguei tudo? - Ri, mas isso soa muito amargo.
Parece que todos que estavam no balcão do bar entraram no salão dos
dardos para testemunhar o espetáculo. Tento arrumar minhas mangas para
estar mais apresentável e me colocar ao lado de Ian em vez de na frente
dele. Ele pega a minha mão e assegura de que todos vejam levantando nossos
dedos entrelaçados e beijando meus dedos.
- Sim, você - diz Ginny. - Tínhamos um plano, certo? Uma vida a viver
juntos, e você estragou tudo. Dez anos vivendo nossas vidas juntos, Ian.
Fazendo planos para o nosso futuro.
Mack solta um silvo longo do ar.
-Seus planos, não dele.
Ela vira a cabeça para olhar o defensor Ian.
- Cale a boca, Mack, o que você sabe? Você nunca deu uma hora do dia
para seu irmãozinho. Você não fez antes e não faz agora.
- Ei, isso está fora da realidade - Ian diz, dando um passo em direção
a ela. Mack nega.
- Talvez você esteja certa, Ginny, mas isso não significa que o que você
fez esteja certo.
- Hey, não a escute - diz Ian. Ele está falando com seu irmão em primeiro
lugar, mas, em seguida, ergue o seu olhar para a sala, verifica todos os rostos
das pessoas que o ouvem e vê - Nenhum de vocês a escutem, estão me
ouvindo? Ela está cheia de raiva e ciúme. Tudo o que sai de sua boca é uma
mentira maldita.
-Não é! - Ela grita. Ela aponta para Ian. - Você iria para longe comigo!
-Você me enganou! - Grita ele de volta - Com meu irmão entre todos os
homens!
Zomba.
- Ele procurou. Basicamente me implorou por ele.
Mack a olha com uma expressão de surpresa.
-Fala sério? - Olha para Ian. - Você não pode acreditar nisso.
- É claro que eu não acredito - Ian diz com desgosto. - Deus, quão
ridícula você pode ser, Ginny? Jesus, por que eu não vi isso antes? - Ian vai para
trás, como se não pudesse suportar estar muito perto dela. Puxando-me com
ele, sacudindo a cabeça.
Ela está chorando, furiosa.
- Você me amava, Ian. Ainda ama. Sei disso! É por isso que você está
sempre bebendo e fodendo. Sente saudade de mim. Não me esqueceu. - Da um
passo em direção a ele com a mão estendida.
- Não me toque! - Ele grita, estendendo um braço na frente dele em um
gesto defensivo. - Nem sequer chegue perto de mim.
- Ian!
- Não! – Solta minha mão e estende ambas as mãos para ela. - Fique
longe. Sério, Ginny. Você está perturbada ou algo assim. Não há nada entre
nós. Realmente nunca teve para começar.
O mundo fica mais lento naquele ponto. Os sons da multidão, a música
tocando no fundo, a batida do meu coração ... tudo sozinho e combinado torna-
se um grande bloco de ruído em branco. Assisto em câmera lenta quando Ginny
faz seu próximo movimento.
Seus olhos vão para a esquerda e para a direita, olhando para as
expressões de zombaria, incredibilidade o riso que vem de fora da multidão. E
então, em um lampejo de movimento, pega vários dardos de um homem em pé
perto dela e começa a atirar em nós, soltando um grito primitivo que sei que
ouvirei em meus pesadelos nos próximos dez anos, pelo menos.

Capítulo 44
- Você está se tornar uma paciente regular neste lugar - diz a enfermeira
Ratched número dois, a mesma que estava ao redor para meus pontos de
sutura.
Estremeço quando puxa a agulha da vacina antitetânica do meu braço.
- Sim. Fico encantada em vir aqui. A gelatina é incrível.
Ela ri.
- Se acredita que a gelatina é boa, deveria provar o pudim.
- Sério? – Pergunto, realmente prestando atenção agora.
Pisca um olho para mim.
- Não, não é sério. É horrível. Mantenha distância do pudim.
Estou muito surpreendida por sua amabilidade para responder, e ela se
vai antes que me recupere.
Ian vem andando em torno do canto da cortina, segurando seu braço.
- Como você está? - pergunta, parando na minha frente.
Estou sentado em uma das macas rolantes na sala de emergência do
hospital, de modo que eu tenho que levantar o olhar para ver seus olhos. Estão
injetados de sangue, e seu olho roxo cortesia de Tate Montgomery se destaca
em um acentuado relevo contra a sua pele pálida. Me sinto mal que ele se
pareça tão horrível. Tudo isso é minha culpa.
- Eu estou bem - eu digo. - Como você está é a questão.
Ian se abaixa até que nossas testas estejam se tocando.
- Se você me disser que eu posso ir para a Flórida contigo, eu vou me
sentir muito bem. Perfeito.
Estendo e envolvo o meu braço bom em torno de seu pescoço.
- Você pode ir para a Flórida comigo sempre que quiser.
Ele me beija por alguns segundos, e absorvo esse amor tanto quanto é
possível. Depois de ser dardejada, estou seriamente grata por qualquer prazer
que possa entrar em minha vida.
Um médico caminha ao longo da borda da cortina e nos vê ali.
- Então este é o feliz casal - diz ele, olhando para o meu relatório médico
– Parece que se esquivaram de uma bala essa noite.
- Mais como um par de dardos - diz Ian - Embora eu tenha sido atingido
de raspão por uma bala no outro dia ...
Corto a conversa:
- Tudo vai ficar bem, espero? - Estou tentando mudar simultaneamente
o tema dos tiros e ignorar a dor em meu braço. Pensei que o arranhão de puma
era ruim, mas o buraco de um dardo de cinco centímetros também é muito
horrível.
- Sim. Ele não atingiu nenhuma das artérias principais, conseguimos
limpar e a vacina antitetânica deve mantê-la a salvo. Só vou prescrever alguns
antibióticos para prevenir a infecções. Quem sabe onde esteve esses dardos
antes de atingir o seu braço.
- Entendido – diz Ian, estendendo-lhe a mão – Obrigado, doutor.
- A disposição. Fiquem tranquilos – nos deixa no cubículo atrás da
cortina.
- Então, você está segura que quer que eu passe um tempo com você
na Flórida? - ele pergunta.
- Não é se eu quero você ao redor, é se você quer passar um tempo
comigo.
Ele estende a mão e remove meu cabelo dos meus olhos.
- Como você pode dizer isso? Você sabe que eu amo estar com você.
- Mas porquê?
- Porque você é inteligente, engraçada, bonita ...
- Isso é certo. Sou essas coisas. - Sorrio, muito cheia de felicidade para
fazer outra coisa.
- E você é praticamente uma Médica pela Internet.
- Estou feliz que você aprecia o meu conhecimento médico.
- Ei, você totalmente disse. Vacina antitetânica e antibióticos.
- Sim, bem essa foi fácil. Te disse, diagnostiquei um dos meus clientes
com insuficiência cardíaca congestiva pós-parto uma vez?
- Não. - Ele se inclina para me beijar ternamente. - Mas eu não posso
esperar para ouvir tudo sobre as suas intervenções médicas.
Olho para baixo, meu coração oprimido pelo medo.
- Vamos lá, baby. Diga-me o que está te preocupando. Será porque eu
estou indo rápido demais?
Nego e levanto os meus olhos para olhar para ele. Eu preciso que saiba
que eu estou dizendo a verdade.
- Na verdade estou de acordo com o quão rápido você se move. Talvez
porque eu vi acontecer com Andie ou aprendi depois, o que seja... Eu quero
a dizer, o amor à primeira vista acontece, certo?
- Nós somos a prova disso - Me beija uma vez e, em seguida, volta a me
escutar.
- Estou preocupada de que você não vai gostar da minha vida em casa.
Que não goste do meu negócio, meu sócio ou meus amigos.
- Estou certo que essas partes da sua vida, me encantaram. Como não
iriam?
Faço uma pequena careta.
- Não são como seus amigos daqui.
- Bom, eu preciso de uma mudança - diz ele. - Além disso, você sabe
que eu não fui para a faculdade daqui. Estou acostumado com a cidade grande.
- Eugene é a cidade grande? - Eu sei por Andie que ali é onde está sua
universidade, mas nunca procurei no Google o lugar para aprender qualquer
coisa sobre ele.
- Grande o suficiente. – Me toma pela mão e se ajoelha.
- O que você está fazendo? - Eu pergunto, o pânico tomando conta.
- Apenas tentando te ver melhor - diz. - Querida, eu quero que
você esteja confortável. Se isso é demais, cedo demais, eu vou tentar entender.
Passo minhas mãos por seu cabelo incrivelmente espesso e me inclino
para lhe dar um beijo na testa. Eu amo o seu cheiro, mesmo depois de ter estado
em um bar sujo, estacado com dardos e untado com limpador de hospital.
- Não, você vai ficar bem – asseguro a ele e a mim mesma o melhor que
posso – Simplesmente você pode vir para a Flórida comigo e poderá conhecer
meus amigos, ver meu salão e vamos a partir daí. Talvez você fique por algum
tempo e talvez apenas volte para casa, em Baker City e podemos ser amigos.
Meu coração quase quebra só de pensar nisso, mas eu tenho que
lhe dar essa saída, essa válvula de escape. Eu tenho que saber que ele vai se
afastar se não estiver feliz, porque a última coisa que quero é um homem que
finge que me ama quando não faz.
- Quando partimos? - Pergunta.
Eu rio.
- Depois de passar algum tempo com minha afilhada e minha bebê
vaca. Eu tenho a minha passagem para ir em uma semana.
- Bem. Uma semana. - Ele para e levanta sua mão para que me junte a
ele. – Pronta para voltar para casa?
- Sim - Casa. Eu nunca pensei que eu iria considerar Baker City minha
casa, mas esta noite, eu posso definitivamente ver isso como uma casa,
especialmente com Ian nela.
Saímos da sala de emergência para o frio, mas eu nunca me senti tão
quente na minha vida, mesmo quando os flocos de neve cobrem meu cabelo e
os ombros.

Capítulo 45
Minha última semana em Baker City passa voando. Raramente vejo Ian,
com todas as vacas tendo bebês na neve, a pequena Candy exigindo ser
alimentada todo o tempo e Andie finalmente conseguindo dormir um pouco e
querendo visitar. Sarah empenhada em observar as coisas e assim a hora se
vai. Estou um pouco estressada de pensar que não me imprimi corretamente
nela.
Também estou dez vezes mais nervosa do que estava na primeira vez
que mencionei porque Ian verá minha vida na Flórida. Agora é Andie que está
tentando me dar conselhos e conversas, uma inversão total de papéis.
- Você vai ficar bem, ele vai ficar bem. Acredite em mim, tem a mente
muito aberta - Andie observa enquanto arrumo minha mala, alimentando Sarah
como se fosse a sua segunda natureza. É tão boa em ser uma mãe. Eu não
estou com ciúmes dela, eu só desejo que chegue o dia em que eu possa tentar
imitar suas habilidades de supermãe.
- Mas, o que acontece com Jorge e Sunil e todo o meu povo? - Apenas tenho
um empregado, tecnicamente, e é Sunil. Jorge é meu sócio e todos os outros
contratados são independentes que alugam espaço no salão. Todos eles têm
estado ali durante anos e anos, tanto tempo que é como se fossem minha família.
Se Ian não gostar deles não sei como poderia funcionar entre nós.
Andie revira os olhos.
―Jorge é uma preciosidade, Sunil é um boneco, e seu povo é incrível.
Confie em mim, Ian se adaptara perfeitamente.
- É um cowboy - digo, rindo com a ideia de colocá-lo entre um grupo de
gays, imigrantes e fashionistas.
- Você verá -Andie move Sarah para sua outra mama. - O amor tudo
vence.
- Você realmente acha que ele me ama? – Sento-me na beira da cama
e olho para Andie, tentando fazer o detector de mentiras humano com ela. Suas
pupilas parecem permanecer do mesmo tamanho e seu contato visual é muito
bom. Eu acho que ela está dizendo a verdade.
- É claro que sim. Eu não estaria incentivando isso se eu não
acreditasse. – Ela faz uma careta de dor quando Sarah se prende - Não quero
ver nenhum dos dois machucados, - diz - mas você não pode arriscar nada e
ter tudo.
- Eu quero tudo. Como você. – Estendo a mão e aperto seu braço.
- Obrigada - diz, levantando uma sobrancelha.
Eu sorrio.
- Eu não fiz nada.
- Por favor – se burla - O dia depois que você se encarregou de Ginny,
tive dois convites para festas de Tupperware e uma garota com a qual falei
duas vezes organizou um chá de bebê para mim.
- Hey, essa foi Maeve. Foi ela quem começou a te introduzir.
- Mas você mostrou para todas as pessoas que Ginny é uma mentirosa.
- Ginny é uma mentirosa no cárcere – Acrescento, feliz que ela teve o
que merecia. Essa mulher estupida me deixou uma cicatriz horrível no musculo
do meu braço que provavelmente será permanente. Contudo, eu ainda não
consigo segurar uma chapinha por mais de cinco minutos sem que minha mão
fique dormente.
- Isso é o que acontece por cometer assalto e agressão - Andie diz. - Eu
conversei com o fiscal. Provavelmente lhe darão um puxão de orelhas.
- É melhor do que nada - digo - Meu objetivo era conseguir que a verdade
aparecesse e isso é o que fizemos.
- Você é minha super-herói - Andie diz calorosamente, com os
olhos umedecidos.
- Não chore - eu digo, apontando para seu rosto. - Vai escorrer a sua
máscara.
- Você realmente tem que ir hoje? - Andie pergunta melancolicamente.
- Sim, realmente tenho que ir. Jorge me ameaçou se mudar para Fiji se
eu não voltar a trabalhar amanhã.
- Disse a ele que Ian vai com você?
Faço uma careta.
- Não.
Andie nega.
- Boa sorte com isso.
Ela conhece bem Jorge, assim há muito significado em essa sua frase.
- Obrigada. Eu acho.
Ian enfia a cabeça pela porta.
- Já está pronta para irmos? Temos que ir se quisermos chegar a tempo
para esse voo.
Assinto.
- Pronta - fecho o zíper da minha mala e dou uma última olhada ao
redor do quarto para me certificar de que não esqueci de nada. O lugar está
vazio, mas cheio de memórias que eu odeio deixar para trás.
Ian entra e pega minha mala, e estou surpresa com o quão diferente tudo
é agora, apenas duas semanas depois da minha chegada. Meu primeiro dia aqui,
não queria que tocasse nas minhas coisas, se aproximasse de
mim. Ele era o cara mau que fazia a vida da minha melhor amiga
miserável. Agora quero nada mais do que seu toque, e na verdade ele nunca foi
o problema de Andie. Ele tem sido um dos seus maiores apoiadores, além de
Mack. Sinto-me como se eu não só tivesse ganho uma pequena afilhada na
minha vida, mas também toda uma família. Não posso recordar um momento em
minha vida em que fui tão feliz. Isso assusta toda a minha merda amorosa.
- Prometa-me que vai me ligar assim que chegar. Eu quero ouvir tudo -
Andie diz, abraçando-me o melhor que pode com um braço. Sarah continua
mamando como se nada estivesse acontecendo.
- Te prometo. - Beijo a cabeça do bebê. - Não se esqueça de mim
enquanto eu estiver fora. – Inalando sua fragrância celestial, sorrio quando seus
diminutos cabelos fazem cócegas no meu nariz.
- Ela não vai esquecer. Vou mostrar-lhe fotos suas todos os dias. E se
você me enviar vídeos, eu os reproduzirei todos os dias. - Andie me agarra em
outro abraço. - Eu não quero te deixar ir. - Ela está chorando de novo. Ainda faz
isso muito.
Acaricio suas costas.
- Vou ficar bem. E eu vou estar de volta em breve.
Nenhuma das duas fala da possibilidade de Ian e eu não darmos certo
na Flórida e que isso iria fazer que as visitas a Baker fossem muito
desconfortáveis. Decidimos cruzar essa ponte quando e se alguma vez
chegarmos nela.
- Estou indo! - Ian grita lá de baixo.
Andie ri, enxugando as lágrimas.
- Claro que ele está ansioso para chegar à Flórida.
- Eu sei, - eu digo, limpando um pouco da poeira em meus olhos.
Estúpidos flocos de neve contaminados. - Espero que não fique muito
decepcionado quando seus testículos começarem a suar quando sair do avião.
A risada de Andie é como um bálsamo para meu coração dolorido. Eu
odeio a deixar neste lugar. Eu tenho vivido em um mundo de fantasia onde Ian
me ama e temos sexo incrivelmente louco todas as noites que fica cada vez
melhor e melhor e nada pode ficar no caminho do nosso amor à primeira
vista. Temo que o mundo real caia sobre nossas cabeças, na Flórida, e que tudo
deixe são as recordações de Ian, como com Ginny. A louca Ginny que lançou
dardos nos nossos corpos no bar.
- Ligue-me. Não se esqueça – me lembra Andie enquanto descemos as
escadas.
- Não esqueça - digo.
Estou quase no carro quando me impressiono com minha imperiosa
necessidade de ir ao celeiro pela última vez. Tenho vivido praticamente ali toda
a semana, e Candy e eu já nos despedimos essa manhã, mas quero vê-la
somente mais uma vez.
- Vamos lá, baby, temos que ir! - Ian grita da caminhonete.
- Já volto! - Grito enquanto corro pela neve até o celeiro.
Nem mesmo escorrego, meu corpo completamente adaptado para
superfícies geladas agora.
- Olá, pequena Candy – digo para a bebê enquanto a observo pela porta
do estabulo. Está grande, ainda mais do que ontem. - Vou sentir falta de você.
Ela olha para mim e muge. Meu coração se divide em uma dezena de
peças. A companhia aérea deveria ter deixado a levar comigo. Teria pago para
colocá-la em um transporte de cachorro grande, mas disseram que não poderia
transportar bezerros. Cabeças duras.
Uma voz de homem veio das profundezas do celeiro, falando na minha
direção.
- Cuidaremos dela para você.
Eu sorrio, olhando para ele.
- Obrigada, Angus. Eu aprecio. Eu realmente sentirei falta de dela.
- Ela vai sentir a sua também, eu acho. Nenhuma vaca nessa fazenda
recebeu tanta atenção, posso dizer isso.
Eu sei que suas palavras são para me acalmar, mas agora eu estou
preocupada.
- E se ela se sentir sozinha? E se ela tiver medo de ficar sozinha?
Angus sorri e aponta para o canto onde a palha é mais profunda.
- Eu não acho que você tem que se preocupar muito com isso.
Aperto os olhos para ver melhor.
- O que é isso? - Pergunto, percebendo um movimento nas sombras.
- Uma bebê cabra. A trouxe ontem. É uma colega de Candy para que
não fique estressada.
Lanço meus braços ao redor de Angus e quase choro de alivio,
ignorando a dor no meu braço.
- Você é tão genial! Muito obrigada!
Ele me dá um tapinha nas costas sem jeito.
- De nada. Obrigado por ajudar Ian também.
Me viro para olhar para ele.
- Maeve e eu estamos muito agradecidos de que o leve para a
Flórida. Eu sei que ele tem estado à espera para ir embora por um longo tempo.
- A Flórida?
- A qualquer lugar, menos aqui. - Angus olha para o chão. - Meu menino
esteve perdido por um longo tempo. Parece como se tivesse se encontrado, mas
acho que vamos ver.
- Sim. Eu acho que veremos - digo baixinho. - Aconteça o que acontecer,
eu quero que você saiba que ele realmente me importa muito.
Acariciar meu ombro.
- Eu sei que é assim. O mesmo se aplica a Maeve. Basta que sejam
honestos um com o outro e ficarão bem.
Assinto, aceitando o seu sábio conselho.
- Nos veremos em breve, espero! - Estou tentando me manter alegre
mesmo que me dê vontade de chorar. Deixar este lugar é muito mais difícil do
que eu pensei que seria. Eu não sei o que eu faria se Ian ficasse para trás.
Agora eu acho que sei o que estava pensando Andie quando veio até
aqui para dizer adeus a Mack. Uma vez que você está com esses MacKenzies
é praticamente impossível se sentir bem sem eles novamente. Não é de
estranhar que Ginny ficou louca. Eu quase posso perdoá-la por jogar dardos em
Ian e em mim. Quase.
- Que vocês tenham um bom vôo. Tenho que ir ver as galinhas - diz
Angus.
- Eu pensei que as galinhas fossem o domínio da Maeve.
Angus franze o cenho.
- Bem, eu acho que sim. Mas eu tenho que montar um novo conjunto de
compartimentos. Parece que algumas meninas vão chegar pelo correio.
Eu não quero esclarecimentos sobre essa afirmação.
- Que bom, bom, adeus. Obrigada por sua hospitalidade.
- Você é bem-vinda. A qualquer momento. - Angus acena enquanto se
vai, e eu caminho de volta para a caminhonete. Ian tem o motor em
funcionamento e o aquecedor.
Entro e coloco o cinto de segurança, apontando a grelha de ventilação
para mim para aquecer minhas mãos para cima.
- Você está pronta para começar a festa? - Ian pergunta, seu rosto
iluminado com entusiasmo.
- Você sabe que eu estou.
- Um beijo de boa sorte - diz, inclinando-se para mim.
Inclino-me e fecho meus lábios sobre ele, tornando o beijo mais profundo
até que meus dedos dos pés formiguem.
- Mmmm - diz, sentando em linha reta e movendo a caminhonete para a
estrada.
- Foi um bom? - Pergunto.
- Claro que sim, foi bom. Todos os seus beijos são bons.
Eu sorrio por todo o caminho até o aeroporto em Boise, Idaho.

Capítulo 46
Um alerta de mensagem de texto começa a tocar assim que o avião
pousa e ligo meu telefone. Jorge me enviou quatro mensagens na última meia
hora.
VOCÊ NÃO ESTÁ AQUI AINDA?

NÓS PRECISAMOS DE VOCÊ AGORA.

DIGO A SERIO, ME LIGUE TÃO LOGO SEJA POSSIVEL!

VOCÊ ESTA ME IGNORANDO?

- Tem algo errado? - Pergunta Ian do assento à minha esquerda.


Meus peitos saltam desconfortavelmente enquanto rodamos pela
pista. Por que sempre tem esses aeroportos cheios de buracos por aqui?
Envio um texto para Jorge em resposta e lhe digo para manter suas
calças. Estamos a menos de meia hora da grande revelação. Todo o salão ficou
louco porque estou trazendo um homem comigo, um cowboy nada mais, nada
menos. Fizeram com que eu pedisse para Ian usar seu chapéu. Tenho que
admitir que me dá calafrios quando o vejo ali de pé em seus jeans justos no
traseiro com um chapéu negro.
Suspiro.
- Nunca se sabe com Jorge. Poderia ser grave ou poderia estar tendo
um momento dramático.
- Um momento dramático?
Eu tento sorrir.
- Meu parceiro é propenso ao drama. É muito ... entusiasmado.
- Parece o meu tipo de cara.
- Heh, heh ... bem, ele não é ... exatamente.
Ian franze a testa.
- Não entendo.
Decido simplesmente soltar e ver o que acontece.
―Jorge é gay.
Ian fica lá sem fazer nada. Levanto minhas sobrancelhas para ele.
- Se supõe que deveria dizer alguma coisa agora? - Pergunta.
- De certa forma eu esperava, sim.
Ele parece estar pensado muito.
- Tudo bem, o que se eu digo ... bom para ele? Será que isso funciona?
O empurro, um pouco do meu estresse deixando meu peito. Pelo menos
eu sei que não é homofóbico.
- Isso funciona. Mas o advirto ... não apenas um pouco gay, é muito gay.
- Não estava ciente de que a homossexualidade tinha níveis. Qual o nível
dele?
Sei que ele está brincando comigo, mas eu sigo o jogo de qualquer
maneira.
- É um nível onze em uma escala de dez.
Ian sorri.
- Eu não posso esperar para conhecê-lo.
- Por quê?
- Porque eu também sou gay.
Meu coração para por um segundo até que eu vejo sua expressão. Dou
risada de alívio.
- Você é ridículo.
- Não, você é ridícula. Você está tão preocupada com tudo. Eu mal
posso esperar para conhecer Jorge porque Jorge é o seu sócio. Ele tem estado
contigo por mais de dez anos, a maior parte das horas do dia. Se eu vou te
convencer a se apaixonar por mim, ele vai saber como fazer isso
acontecer. Conto com ele para salvar a minha vida amorosa.
Rodeio seu braço e descanso minha cabeça em seu ombro forte.
- Eu estou apaixonado por você, idiota.
- Talvez você me ame um pouco, mas eu preciso que me ame
completamente.
Não tenho resposta para isso. Eu sei tudo sobre ele, mas ele somente
conhece um pedaço de mim, a Candice das férias. Contudo vai querer ficar
comigo quando conhecer a verdadeira eu, a Candice das outras semanas do
ano? Isso que veremos.
Não estou fazendo isso de propósito, mas parte meu coração se está se
segurando, esperando para ver se vale a pena o risco de se deixar ir e se render
completamente para que Ian me tome. Eu fui esmagada muitas vezes para
acreditar que há realmente amor correspondido.
O avião finalmente para e nós podemos sair e encontrar a nossa
bagagem na área de desembarque. Meu carro está coberto de poeira por cauda
de uma construção local, mas sem problemas nos leva à autoestrada em um
momento.
- Eu gosto do seu carro - diz Ian. - Eu sempre quis um carro esportivo
como este. E é preto também, o meu favorito.
No ano passado gastei e comprei um carro na crise da meia idade,
apesar de estar pelo menos a quinze anos antes desse acontecimento, eu
espero.
- Você quer dirigir? - Eu pergunto.
- Mais tarde. Quando conhecer o terreno um pouco. Além disso - Ele se
aproxima e esfrega minha coxa, - de uma certa forma gosto de olhar como você
move essas engrenagens.
Um flash de Hannah Banana vem à mente e sorriu. Essa pobre menina
infeliz. Terminou sem amigos no momento em que saímos de lá. Ginny deixou
de falar com ela e assim fizeram também todas as outras garotas que agora
viraram amigas da Andie. Ela vai ter que sair da cidade para encontrar alguém
que lhe dê uma hora do seu dia.
- Ei, qual era o segredo que você tinha da Hannah? - Pergunto, quando
me recordo do confronto na cafeteria, aparecendo e dança na minha cabeça.
- O quê?
- Você se lembra quando estávamos na cafeteria e a ameaçou dizendo
que revelaria seu segredo? Algo sobre o Quatro de Julho? E sobre Boog?
- Nada. Se tratava
de Tate Montgomery. Boog é o meio irmão de Hannah e ele dá um monte de
merda, então ela não queria que ele soubesse sobre Tate. Não queria que nada
a separasse dele. Eu acho que é sua paixão supersecreta ou qualquer outra
coisa. Falou sobre isso quando estava bêbada em um piquenique.
Estou franzindo o cenho, tentando conciliar isso na minha mente.
- Eu pensei que ela tinha uma queda por Mack.
- Ela tinha, mas depois que Andie veio para à cidade, abandonou essa
fantasia. Aparentemente, uma noite Tate e ela compartilharam um beijo ou algo
besta assim.
- Ah, pobre garota. Tate parece um bom rapaz.
- Tate está bem. Porém tem que manter suas mãos longe da minha
garota.
Eu sorrio. Eu sou a garota do Ian. É oficial. Estou emocionada e
apavorada em igual medida.
Eu passo o resto da viagem indicando as saídas ou atrações, coisas que
eu quero que veja antes de ir embora. Ele comprou um bilhete de ida e volta de
modo que não houvesse nenhuma pressão sobre nós, ao menos foi o que ele
disse. Não tenho certeza de que funcione, mas é o que lhe faz feliz. Quanto mais
nos aproximamos do salão de beleza, mais nervosa eu fico.
Quando eu estaciono no meu lugar reservado, eu tenho que parar e
fazer algumas respirações profundas antes de poder sair. Ian está
de pé atrás do carro quando finalmente saio.
- Você parece como se estivesse a ponto de desmaiar - diz, me
puxando em um abraço caloroso. Beija minha cabeça enquanto envolvo meus
braços em torno dele e os mantenho apertadamente - Apenas relaxe, ok? Tudo
vai ficar bem.
- De verdade?
- Sim. Melhor do que bem. Agora vamos. – Me afasta e segura a minha
mão – Mostre-me o seu salão. Quero conhecer sua vida completamente,
começando agora.
- Está bem. – Caminho pela calçada com os saltos que coloquei uma vez
que saímos do avião, amando a sensação de terra firme que não desliza sob os
meus pés. Sou muito mais elegante na Flórida do que em Oregon - Portanto,
esta é a rua onde fica meu salão. Algumas noites a cidade tem grandes eventos
e o local fica cheio.
- Que bom. Isso é um bonde?
- Sim, mas ele não funciona. É apenas um monumento ao transporte.
- Gostei.
Até agora, tudo bem. Eu sorrio nervosamente.
- E ali está meu salão. Você vê o toldo?
- Sim. Parece ótimo daqui.
Solto Ian para poder mandar uma mensagem de texto para Jorge.

A Águia pousou.

Capítulo 47
Contudo estamos a três metros da porta principal quando ela se abre de
repente e Jorge vem correndo na ponta dos pés.
- Oh, meu Deus, você está aqui! Está de volta! E trazendo um pedaço
de mal caminho com ela!
Jorge convenceu alguém a raspar a lateral de seu cabelo. O resto está
oleoso, esmagado e em seu lugar, na parte superior ainda é efeminado e um
par de cachos estão presos ao longo das bordas de seu rosto para o
efeito. Parece um príncipe, mas um príncipe que apareceria no livro de Alice no
país das maravilhas. Ele também usa seu jeans apertado favorito na cor
vermelha com um top rosa quente que está enrolado na parte inferior.
Falo baixinho.
- Viu só? Nível onze.
Ian sussurra.
- Não, eu acho que é mais um nove, se você me perguntar.
Dou risada quando Jorge se aproxima, incapaz de conter minha
felicidade de ver o meu amigo e companheiro. Realmente é uma pessoa
especial.
- Venha! - Digo com uma voz cantada e deixando Ian, e abrindo os
braços para abraça-lo.
Jorge me alcança e envolve seus longos braços magros em volta de
mim, me apertando enquanto lamenta.
―Ooooooohh, gaaaroootaaa, fez tanta falta. Nunca, nunca, nunca,
nunca, nunca mais viaje por tanto tempo outra vez – se separa por uns segundos
para olhar para Ian ande de voltar a me abraçar – Ou simplesmente me leve
contigo da próxima vez – sussurra em meu ouvido – Santo cowboy sexy,
Candice!
Sei que Ian pode o ouvir, mas está fingindo que não. Ele está ali em pé
aguardando ser apresentado, usando esse chapéu de cowboy, uma camisa e
jeans. Está conseguindo olhares apreciativos de quase qualquer um que
caminha por aqui, homem ou mulher. Pela primeira vez desde que conheci Ian,
sinto ciúmes. E se ele se apaixonar por outra pessoa enquanto está aqui?
Jorge me solta e fica de pé em frente a Ian. Apoia suas mãos em sua
cintura e se inclina para um lado e para o outro, para ver melhor meu amante
cowboy.
- Então você é o homem que finalmente ela trouxe ao salão.
- Jorge, cale-se - digo, preocupada com o que Ian vai pensar. Eu não
contei para Ian que nunca trouxe um homem ao salão antes.
Este lugar sempre tem sido minha zona de segurança, a minha casa longe de
casa. Nenhum homem veio aqui antes de Ian, Jorge está certo sobre isso.
- Acho que eu sou - Ian diz, estendendo a mão para cumprimentá-lo.-
Prazer em conhece-lo. Você deve ser Jorge.
Jorge bate na mão de Ian e abre os braços.
- Abraços. Somente damos abraços por aqui.
Ian concorda.
- Se você diz - responde, e dá um abraço em Jorge, embora totalmente
espere que se torne difícil. Mas nos surpreende a mim e a Jorge o prendendo
em um abraço de urso e o levantando do chão por um segundo antes de abaixa-
lo novamente e o soltar. Jorge solta um gritinho feminino, logo que seus pés
deixam o chão. Sua expressão ou facial é um clássico, e eu odeio não ter minha
câmera pronta para isso. Está em estado de choque, e acredite quando eu digo
que precisa de muito para surpreender Jorge.
- Oh, meu ... agora, isso é o que eu chamo de um abraço. - Jorge tem
sua cara de fanático, e não é apenas um ato. Ele está suando.
- Tudo bem, hormônios, relaxe - eu digo. – Vamos para o ar
condicionado.
- Usam ar condicionado no inverno? – Pergunta Ian, seguindo Jorge para
dentro.
- Sim. Fica tão molhado que as paredes derreteriam se não o
fizermos. Além disso, temos secadores e chapinhas a todo momento. Está
quente aqui, mesmo no inverno.
Ian concorda enquanto caminha para dentro através do hall de
entrada. A fonte de granito com água borbulhando no pequeno lago de carpas
nos pisos de mármore e meus saltos fazem um pequeno som enquanto eu me
aproximo da área da recepção. Os óleos essenciais que são dispersos pelo ar
geralmente têm um efeito calmante imediato sobre mim, mas hoje não estão
funcionando. Me sinto como se estivesse andando no escuro com Ian. Ele vai
odiar estar aqui? Vai odiar meus amigos? Até agora as coisas parecem boas,
mas há um par de possíveis obstáculos no caminho.
Quando nos aproximamos da recepção, aceno minha mão para o
pequeno homem de pele morena sentado lá.
- Ian, este é Sunil. Sunil, este é Ian.
- O Cowboy. Nós ouvimos tudo sobre você. - Sunil se levanta e oferece
uma mão bem cuidada - Prazer em conhecê-lo, senhor.
- Você pode me chamar Ian se estiver tudo bem para você - diz ele,
apertando a mão de Sunil.
- Claro, Ian. E você pode me chamar de Sunil, se você quiser. Todos os
meus amigos o fazem.
Ian sorri.
Estou suando junto com Jorge. Dois a menos, vários a percorrer, mas
sinto o olhar apreciativo na cara de Jorge e o sorriso de Sunil são algum indicio,
estou quase na área livre.
Entro na sala principal, gesticulando ao redor da sala. Todas as cadeiras
estão cheias, mas todo mundo para de trabalhar para dizer olá ou acenar com a
mão. Eu sei que todos irão me abordar mais tarde para obter todos os detalhes
de mim. Por agora eles têm os clientes para atender.
- Essas são as estações que Jorge e eu alugamos a vários maquiadores
e estilistas. As estações de xampu estão lá. Na parte traseira temos salas de
massagem e depilação, manicures e outros tratamentos de spa.
- Olha só, parece que tem tudo aqui – Ian assente enquanto
seus olhos varrem o lugar. Ele sorri e acena de volta para as pessoas que o
cumprimentam.
- Nós tentamos. - Estou orgulhosa e assustada. Eu sei que
temos um lugar agradável, mas como pode apreciar um salão de spa um cowboy
que castra touros para ganhar a vida?
Jorge está em pé do outro lado de Ian.
- Tire o chapéu para mim, Ian, baby.
Ian tira o chapéu sem hesitação e permanece ali pronto para uma
inspeção, tão imperturbável como eu já vi. É como se realmente estivesse
gostando de ser o centro das atenções, o estrangeiro que aterrissou em solo
estrangeiro.
Jorge passa os dedos pelo cabelo de Ian.
- Oh, meu Deus. É espesso e saudável!
- Eu vou cortar mais tarde - digo, piscando para Ian.
- Garota sortuda – diz Jorge, olhando para algumas das pontas de Ian
mais de perto. - Você não tem pontas duplas à vista. Que tipo de produtos você
usa?
- Xampu. Da mercearia.
Jorge olha para mim por trás de Ian, as sobrancelhas formando uma letra
S em sua testa.
― Está brincando comigo?
- Não. Você poderia dizer que é uma espécie de purista, eu acho.
Jorge tem um dedo sobre os lábios e está balançando a cabeça, mais
uma vez inspecionando o cabelo de Ian.
- O que poderia fazer com um homem como você. Mm. Mm. Mmmm.
Eu rio.
― Mildred está aqui?
Jorge revira os olhos e nega, como se um pensamento muito
desagradável estivesse dentro dele e quisesse tirá-lo.
- Ela está nos fundos. Fazendo as garras.
Levanto o olhar para Ian
- Você está pronto?
Pela primeira vez na viagem, Ian parece um pouco preocupado.
- Não sei. Estou?
Pegando ele pelo braço, o levo para a parte traseira.
- Esta é a última pessoa que eu quero que você conheça. Tem vindo aqui
três vezes por semana desde que Jorge e eu abrimos as portas. Ela é a nossa
regular mais regular cliente.
- Sua regular mais regular?
- Sim. E odeia todo mundo.
- Todo mundo? Inclusive você?
- Mesmo eu. Mesmo Jorge. Mesmo Sunil. Ela não tem um único osso
bom em seu corpo.
- Assim está me dizendo que tenho que estar disposto a ser odiado.
- Em essência, sim. – Baixo minha voz e falo mais perto de seu ouvido. -
Não diga a Jorge que eu disse isso, mas no fundo ela é uma boa pessoa que
luta para seguir em frente. Mas não é tímida na hora de dizer exatamente o
que pensa, por isso estou um pouco curiosa sobre o que vai dizer quando te ver.
- É uma senhora? - Sussurra.
- Sim. Está em seus oitenta anos agora, embora não nos diga o número
real.
- Estou um pouco assustado, vou ser honesto. A vovó Lettie gritou para
mim com um cabo de vassoura uma vez e eu nunca esqueci.
- Lembro-me dela no casamento do ano passado. Confie em mim ... ela
é um anjo em comparação com Mildred.
Paramos em frente à entrada para a área de manicures.
- Você está pronto? - Pergunto, nervosa. Nunca disse isso para
ninguém, nem mesmo para Jorge, mas Mildred é como a avó que nunca tive. Ela
tem uma língua afiada e zero graça quando se trata de interagir com as pessoas,
mas já me contou algumas coisas ao longo dos anos que realmente me
ajudaram; A primeira era que eu deveria pegar Jorge como sócio. Ela
reconheceu desde o início que ele tinha um nível de energia e
conhecimento para fazer as coisas funcionarem para nós. Jorge e eu tivemos
uma compatibilidade que a maioria das pessoas teriam perdido. Ela finge odiá-
lo, mas é o oposto. Deixo Jorge ter seu caminho com ela porque isso faz com
que todos sejam felizes. Jorge ama o drama mais do que qualquer coisa.
- Eu acho que estou tão pronto quanto posso estar - Ian diz, arrumando
o chapéu em sua cabeça um pouco, na verdade, mais perto de seus olhos. O
que o faz parecer tão sexy e decido neste mesmo momento que se Mildred puder
odiar esse cara, ela não tem alma. Isso é tudo.
-Siga-me - digo, entrando na sala.
Mildred não está sozinha. Nossa manicure está ali e outra cliente está
esperando que seu esmalte segue, lendo uma revista enquanto passa o tempo,
suas pálpebras ameaçando fechar. Frequentemente tenho gente que tira um
cochilo quando sabe que não tem compromissos urgentes após sua sessão
conosco. Sempre achei um absurdo criar um ambiente relaxante e, em
seguida, apressar as pessoas para irem embora.
-Bem, bem, bem, se não é a galante Sally voltando a nos honrar com sua
presença - diz Mildred, me olhando através de seus óculos da espessura do um
fundo de garrafa.
-Olá, Mildred. Como tem passado? Tenho sentido sua falta. - Beijo a
mão e a agito. Não é tanto pelo contato físico, mas porque sofre com meus beijos
no ar.
- Assim como sempre. Não morri ainda, mas eu tenho um pé no túmulo.
- Move seu olhar para Ian. - O que, diga-me, não é isso? - Faz um gesto com o
dedo ossudo para Ian.
Coloco minha mão em seu braço e sorrio para Ian.
- Este é Ian. Eu o trouxe comigo de Oregon.
- Para que? - Mildred aperta os olhos para ele, olhando para o seu
chapéu.
- Você vai se casar com ele?
Meu queixo cai aberto e meu rosto queima.
- Uhhh ... - Ian e eu não falamos sobre casamento. Sim, nós falamos
sobre a vida aqui, mas foi isso. Estou tão envergonhada nesse momento que
nem é mesmo engraçado. Eu gostaria de pudesse voltar no tempo e trazer Ian
aqui um dia que Mildred não estivesse por perto.
Ian se aproxima e senta na cadeira ao lado de Mildred.
-Talvez. Se eu puder convencê-la de que é uma boa ideia.
Mildred bufa.
- Boa sorte com isso. - Volta sua atenção para a manicure - Hey! Olhe
aí, menina. Eu tenho cutículas sensíveis, você sabe. - Observa Ian. - É muito
difícil encontrar boa ajuda nos dias de hoje. Incompetência está em toda parte.
Ian se inclina e olha para os pés de Mildred.
- Parece muito bom para mim. - Ele aponta para o calcanhar do pé onde
ela está trabalhando - Como chama isso?
Mildred se inclina e olha para seus pés.
- Como se chama o quê?
- O que você está fazendo no seu pé. Parece ter um ralador de queijo na
mão.
Mildred dá risada.
- Isso parece, certamente? Eu nunca pensei nisso dessa forma.
Ian parece preocupado.
- Você tem certeza de que quer que seus pés sejam ralados como
queijo?
- Se sente bem. Como a pele macia do bebê. Você deveria tentar. Eu
aposto que você gostaria.
Ian nega.
- Não, senhora. Eu gosto dos meus pés onde eles devem estar. Em
minhas botas.
Mildred está apontando para Jorge, que está escondido atrás de mim na
entrada.
- Hey, dedos mágicos! Por que você não vem aqui atender seus
pés? Aposto que você poderia receber um pouco de queijo ralado.
A boca de Jorge cai aberta e olha para mim.
Eu dou de ombros, completamente perdida.
- Você acha que eu deveria? - Pergunta Ian para Mildred. - Não
sei. Parece um pouco perigoso. Tem uma coisa pontiaguda contra você
agora. Melhor somente ver.- Ian aponta para o alicate de cutícula que está
trabalhando no dedo gordo de Mildred. Ela é propensa a unhas encravadas.
- Você está dizendo que um grande e forte cowboy como você, tem medo
de que façam seus pés? Vamos lá, não seja uma gatinha.
Ian ri.
- Uma gatinha? Acabou de me chamar de gatinha?
Mildred encolhe os ombros e pega sua revista.
- O chamo como o vejo.
Ian sentado em uma cadeira retira o chapéu, descansando seus pés
calçados com botas na borda da banheira de pés.
- Não posso deixar que alguém macule meu bom nome assim e fuja
disso.
- Macular. Essa é uma palavra triste. - Mildred age como se não
estivesse prestando atenção, mas eu sei melhor. Está tão cativada por ele como
Jorge e eu estamos, a sua maneira de velha malcriada. Meu coração está
derretendo em uma poça de baba quando o vejo trabalhar para derrubar seus
muros. Ninguém chegou a ter tal tempo de conversa com esta mulher. E eu sei
o suficiente para ver que ela o acha encantador. É completamente impossível
não achar.
Ele inclina a cabeça para olhar.
- Segurará minha mão durante a parte do ralador de queijo? - Ele
pergunta.
Ela dá risada.
- Não, sua namorada poderá segurar sua mão.
Ian olha para mim.
- Você segura minha mão? - Pergunta.
Vou para o seu lado.
- Claro, querido. Eu vou segurar sua mão.
Ele olha por cima do meu ombro para Jorge e pisca um olho antes de se
concentrar em mim novamente.
- E se casar comigo. Você faria isso?
Capítulo 48
Estou ali parada segurando sua mão, confusa enquanto o observo pôr a
mão em seu bolso e remexer.
- O quê? - Tenho certeza de que não entendo o que está dizendo.
É essa outra piada sobre Mildred que não estou entendendo?
Tira uma caixinha preta do bolso e abre o topo com um dedo.
- Já me ouviu. Perguntei se segurará minha mão durante a parte de ralar
queijo e se você se casa comigo.
Um anel de diamante está piscando para mim de uma cama de veludo
preto. Meu coração para de bater.
- OH, MEU DEUS! - Jorge grita com uma voz mais adequada para um
programa de concursos. - ELE ESTÁ PROPONDO JUSTAMENTE AQUI NO
SALÃO! - Jorge começa a pular para cima e para baixo como um ser humano
pula-pula. - SUNIL! TRAGA SEUS DOCES POMPIS AQUI!
Estou atordoada demais para responder. Minha boca fica aberta, mas as
palavras não saem. O homem mais bonito do mundo, que aceita todos os meus
amigos e cliente/avó mal-humorado com os braços abertos... literalmente, com
os braços abertos ... quer estar comigo para sempre. Estou em coma, tendo um
sonho? Esse puma realmente me rasgou e tudo isso foi uma fantasia criada em
minha mente drogada? Realmente ainda estou em um hospital em Oregon
sendo picada e cortada pela enfermeira Ratched?
- E então? Você vai responder ou não? - Mildred diz, tão rabugenta como
sempre. - Nós não temos o dia todo.
Eu olho para ela com lágrimas nos meus olhos.
- Devo dizer sim?
- Você o ama?
Assinto.
- Sim. Muito.
- É bom para você?
Assinto novamente.
- O melhor.
- Te dá orgasmos?
Dou uma gargalhada.
- Sim.
Ela dá de ombros e retorna para sua revista.
- Eu diria sim, se eu fosse você, mas não é para mim que ele está
pedindo isso.
Ian aponta para Mildred com o polegar.
- Mildred diria que sim.
- Se você não dizer que sim, eu me demito - diz Jorge.
- Você não pode se demitir, você é o dono deste lugar - digo, com
lágrimas escorrendo pelo meu rosto.
- O venderei. Juro por Deus, que o farei.
Ian segura o chapéu contra o peito e me dá um sorriso nervoso.
- Baby, eu não posso prometer que sempre serei perfeito, mas farei meu
melhor esforço, e o objetivo da minha vida será me assegurar sempre de que
você está feliz. Tudo o que você tem que fazer é casar-se comigo, e eu farei o
resto.
Eu não posso pensar em uma única razão para dizer não.
- Sim. Eu vou me casar com você. – Meu coração começa a bater como
um louco correndo e meu rosto ruboriza. Eu não posso acreditar que eu acabei
de me comprometer!
Ian pega o anel da caixa e o coloca no meu dedo.
- Se encaixa perfeitamente - digo com voz de menina pequena, girando
o dedo da esquerda para a direita para pegar a luz e fazê-lo brilhar mais.
- Claro que sim. Andie me ajudou a escolher - Ele sorri, seu rosto se
ilumina com amor. Eu nunca vi nada tão incrível em toda a minha vida.
Eu não posso deixar de chorar quando todos os meus amigos me
rodeiam e me abraçam de todos os ângulos. Ian espera sua vez, mas quando
ele finalmente consegue a sua chance, seus braços fortes me envolvem e ele
enterra o rosto no meu pescoço, me levantando do chão.
―Te amo, Citadina ― diz.
- Eu também te amo, Campesino - digo de volta.
- Consigam um quarto - diz Mildred.
Quando eu espreito por cima do ombro de Ian vejo que ela está sorrindo.
Capítulo 49
A brisa vindo do oceano está tão suave e livre de humidade como nunca
vi. Meu singelo vestido branco se levanta e flutua ao redor dos meus joelhos
enquanto acomodo meu buquê na minha cintura.
- Está pronta? - Angus pergunta, estendendo seu cotovelo para mim.
- Tão pronta como nunca vou estar - digo, colocando minha mão em seu
braço.
- Sinto-me muito feliz por ser o escolhido para acompanhá-la até o altar.
– Vamos com calma já que os joelhos de Angus não estão no seu melhor
momento nesses dias.
Eu sorrio, sentindo-me muito tímida.
- Já que meu pai morreu, realmente eu não sabia o que fazer.
Ele dá palmadinhas na minha mão.
- Eu sou seu sogro agora. Você pode me chamar de papai, se quiser.
Angus, se você preferir. Estou orgulhoso de ter duas filhas agora, quando
sempre pensei que teria filhos varões.
Saímos da pequena sala de banquetes do hotel e nos dirigimos para a
pequena área da piscina para chegar no caminho de madeira que vai nos levar
para a praia onde a nossa festa de casamento está nos esperando.
- Obrigada por ajudar Ian a começar aqui - digo enquanto caminhamos
através da área da piscina.
- Sempre lhe dissemos que quando ele estivesse pronto queríamos ser
seus investidores. Ele tem uma boa cabeça sobre seus ombros e uma ética de
trabalho para se orgulhar. Vai fazer com que o rancho funcione.
- Não posso acreditar que vou ter galinhas – dou risada de toda a ideia.
Angus acaba de terminar a construção do galinheiro para nós ontem. Eu quase
chorei de tão lindos que eram os pequenos e minúsculos pintinhos colocados
nas janelas.
- Sempre pode fazer com que Ian colete os ovos - diz Angus, sabendo
da minha paranoia extrema com os traseiros de frango.
- Não, eu vou. As pessoas têm de fazer sacrifícios quando se estão
casados. Somente vou ter que gerir isso.
- Essa é minha garota - diz, sorrindo e me dando tapinhas novamente -
Vamos fazer uma rancheira de você.
Começamos a nossa caminhada ao longo do trajeto de madeira, eu
posso ver meu futuro marido esperando por mim. Ele está parado ao final, na
areia, junto ao sacerdote contratado por um par de horas, usando um smoking e
seu chapéu negro de cowboy. Andie está do outro lado do padre, parada com
um ramo de flores ao lado de Jorge. Os dois estão de cor de rosa. Kelly não pode
vir porque está prestes a dar à luz, mas me enviou uma foto dela em um vestido
rosa e a tenho presa entre minhas flores. Dou uma olhada agora para lembrar
que ela está aqui em espírito.
Mack é o padrinho de Ian e Boog está ao seu lado, parecendo
extremamente desconfortável em um smoking, barba pendurada na frente dele.
É um grupo variado que nós temos, mas não gostaria que fosse de
outra forma, e tampouco gostaria, graças a Deus. Finalmente encontrei um
homem que me quer como eu sou e me ama tanto quanto eu o amo.
Quando chego ao final do caminho de madeira, piso na areia, felizmente,
só preciso caminhar um par de metros antes de estar nos braços de Ian. Saltos
e areia não se dão muito bem juntos, mas não há nenhuma maneira no inferno
de que eu usasse chinelos no meu grande dia.
- Me pediram para manter esta cerimônia curta e doce - diz o sacerdote
sorrindo para todo mundo – e a melhor maneira que eu conheço para fazer isso
é pedir ao casal que escreva seus próprios votos. O que Candice e Ian felizmente
fizeram. Ian, gostaria de começar?
- Fico feliz em fazê-lo. - Ian pisca para mim, mas eu posso dizer que está
tão nervoso quanto eu.
Suas mãos tremem quando ele puxa o papel para ler o que escreveu. O
papel treme.
- Candice. – Me olha e sorri. Seus lábios tremem - A menina mais linda
que eu já conheci. Eu sabia que era a eleita para mim no dia em atirou na minha
perna.
Quase todo mundo ri. Alguns dos convidados que não sabiam, ofegam.
Eu tenho que morder a bochecha para não sorrir. Vai pagar por isso esta noite.
- E então, quando me jogou e encheu minha cara de neve, sabia que era
uma lutadora, e isso a deixou ainda mais o meu tipo de garota.
Nego e olho para sua mãe. Ela também está negando, mas sorrindo
entre lágrimas ao mesmo tempo.
- Quando se jogou na frente de um puma e salvou a minha vida, eu sabia
que estaria muito melhor com ela ao meu redor, que todos os perigos da vida
que pudessem surgir sobre mim a medida que envelheço. Então soube que ela
é valente e corajosa, exatamente o tipo de mulher que você quer que cuide de
suas costas quando a vida vem para você.
Vários convidados assentem. Outros estão olhando ao redor,
provavelmente tentando decidir se ele está inventando isso.
- Quando trouxe Candy, a bezerro, de volta à vida e cuidou dela da forma
mais terna, eu sabia que seria uma boa mãe para os nossos filhos. Isso é muito
importante para mim porque eu me considero um homem de família e planejo ter
dez filhos.
Estou chorando agora, imaginando ter os bebês de Ian. Eles vão ser
pessoas incríveis, eu sei disso. Eu não tenho certeza sobre ter dez embora. Nós
vamos ter que negociar esse ponto.
- E quando entrou em uma briga de bar com uma garota que falava
bobagens de sua amiga e levou um dardo no braço por mim, eu sabia que ela
era leal e uma grande companheira. Esse é o tipo de mulher que você quer ao
seu lado quando ficar velho e, finalmente, tenha incontinência.
Já não posso ouvir os convidados. Tudo o que posso ouvir são as
palavras de Ian. Estou tão apaixonada por esse homem, que deveria ser
impossível. Mas não vou mudar suas fraldas, de forma alguma.
- Por último e não menos importante, quando me levou para a sua casa
e me apresentou para a sua maravilhosa família, sabia que ela confiava em mim
com o seu coração. E quero dizer hoje na frente de todas essas testemunhas,
que vou trabalhar todos os dias de nossas vidas juntos para seguir ganhando e
merecendo essa confiança, porque eu sei o quão importante essa qualidade é
em um relacionamento.
Ele assente para mim uma vez, seca o suor da testa e boca com um
lenço, em seguida, diz:
- Sua vez, Citadine - Mete seu papel em seu bolso sem se preocupar em
dobrá-lo.
Coloco minha mão na frente do meu vestido e puxo os meus votos do
meu sutiã.
Os olhos de Ian brilham e os convidados riem quando abro o papel. Está
um pouco suado e algumas partes da tinta estão manchadas. A boa notícia é
que eu já li uma centena de vezes.
Limpo minha garganta para clarear a voz, ignorando as lágrimas que
agora estão deixando rastros de sal na minha cara.
- Se tivessem me dito há seis meses que me casaria com um cowboy,
que viveria em uma fazenda de gado, e colocaria a mão no traseiro de frango,
diria que deveriam estar falando sobre a minha amiga Andie.
Olho por cima do ombro e ela me manda um beijo enquanto ela chora.
- Mas aqui estou, casando com um cowboy e vivendo em um rancho, e
que Deus me ajude, tocando as coisas que saem dos traseiros dos frangos todas
as manhãs.
Ian ri e se aproxima.
Eu o toco com minhas flores para que mantenha sua distância.
- Algumas pessoas na minha vida me chamam de louca. Talvez inclusive
de um pouco tonta. Questionando a minha necessidade de pesquisar as coisas
e a investigação de condições médicas. Ian é a única pessoa no mundo que
aceita essas coisas como parte do que sou - Paro e olho para a multidão. -
Google é seu amigo, gente. Estou falando sério. Não é uma pessoa, é um grupo
de pessoas que querem ajudar os outros, e isso é algo bom.
Eu volto para o meu papel.
- E sobre Ian é que até que eu o conheci, eu não sabia o que eu queria
em minha vida. Pensava que minha vida era plena e perfeita. Mas quando eu o
conheci e estava de repente na minha cara, assim como, literalmente,
empurrando neve na minha cara, não sabia o que estava acontecendo.
Agora eu sei. Era esta pessoa que não estava na minha vida e precisava
estar. Alguém que eu amaria não importando o quê, mesmo quando meus
peitos esvaziem, minha bunda caia e estrias como as de Andie apareçam sobre
minha barriga.
Ian franze a testa e balança a cabeça, obrigando-me a tocá-lo com
minhas flores novamente. Andie limpa a garganta, mas eu ignoro.
- De qualquer forma, o que eu estou dizendo é, eu encontrei a verdadeira
felicidade, e eu não vou estragar. Vou honra-lo, às vezes obedecer, farei seu
cabelo e unhas, lavarei suas roupas nos dias ímpares do mês, e cozinharei
também se quiser que o faça, embora eu tenha que confessar que o espaguete
que eu fiz foi a primeira vez que cozinhei algo por isso seria bom investir em
alguns livros de receitas ou algumas lições para mim antes que aceite essa parte
da minha oferta.
- Eu acho que você deveria prometer me obedecer todo o tempo - Ian
sussurra.
- Apenas no quarto - sussurro de volta.
- Fechado para mim - diz, com um sorriso de orelha a orelha. Pigarreio
para terminar.
- E por último, mas não menos importante, eu prometo ser a melhor
esposa que um fazendeiro pode ter, já que sei que é onde está seu coração e
isso é o que você realmente quer fazer em sua vida.
Olho e aceno com a cabeça em direção ao sacerdote.
- Pronto.
O sacerdote aponta para Mack.
- As alianças?
Mack as entrega.
- Ian e Candice agora troquem os anéis, símbolos do amor eterno que
os atarão juntos para sempre.
A simples aliança de ouro desliza em meu dedo com facilidade. Dessa
vez, ajudei a escolher. Ian estava surpreso que foi tão simples, mas eu expliquei
que eu queria algo que pudesse usar quando estivesse me metendo com os
traseiros de frango e com as bebês vacas também. Meu diamante, às vezes,
quando a situação exige sairá, mas minha aliança será algo de sempre e para
sempre.
O anel de ouro de Ian fica lindo em sua pele bronzeada. Apenas seis
meses no sol e se parece como um nativo. Todas essas horas colocando
alambrados o converteu em um verdadeiro fazendeiro da Florida. Estou muito
contente que encontramos um lugar não muito longe do meu salão. Eu
posso viver com uma longa viagem para o trabalho desde que Ian esteja
me esperando no final do dia e Jorge me esteja esperando no começo do outro.
Olho para os meus amigos e vejo que todos estão secando as lágrimas.
- Você pode beijar sua noiva, Ian. - O sacerdote dá um passo para atrás,
e eu não me dou conta até que de repente sou inclinada quase até a areia.
― Beije-me, Citadina.
- Com prazer, Campesino. - Agarro seu pescoço e o beijo com tudo que
eu tenho. Quando ele finalmente me coloca de pé novamente estou sem fôlego.
O sacerdote joga os braços para cima.
- Senhoras e Senhores, lhes apresento o Senhor e a Senhora Ian e
Candice MacKenzie!
Ian pega a minha mão e a levanta acima de nós.
- Nós brilhamos não queimamos! - Ele grita para a multidão.
- Luceo non oro! - Grita toda a sua família em resposta.
Meu marido me pega e me leva pela areia até o caminho de
madeira. Quando me leva para o lugar da recepção, ele sorri para mim, e seu
chapéu de cowboy me esconde do sol quente da Flórida.
- Você está feliz, Citadine? - Pergunta, seus olhos verdes brilham.
- Mais feliz do que nunca estive em minha vida. E você?
- Não poderia possivelmente estar mais feliz. Você me faz querer ser a
melhor versão de mim – Me abaixa e tira um pouco do cabelo do meu rosto,
parado peito a peito comigo - Como estou fazendo isso agora?
- Brilhando não queimando, baby.
- Excelente. - Ele abaixa a cabeça e me beija novamente, e eu esqueço
onde estamos e o que estamos fazendo. Só posso pensar e sentir que amo
muito esse meu cowboy.

Fim
Elle Casey

Elle Casey é uma prodígio escritora estadunidense que vive no sul da


França meridional com seu marido (que as vezes usa saia escocesa), três filhos
(que nunca desejam se mudar), Hércules o cachorro maravilha (que dorme ao
seu lado com cada palavra escrita), Monie o Bouvier (que também nunca para
de se mover), e algumas outras criaturas peludas (não pergunte). Suas coisas
favoritos são vinho tinto, qualquer coisa que contenha açúcar,
e os livros sexy. Se você ver os três a sua volta ao mesmo tempo, por favor, não
perturbe ... a escritora está ocupada criando. Em seu tempo livre, escreve
romances para novos adultos e jovens adultos (você pode encontrar suas ficções
sob o pseudônimo Kat Lee.) Publicar pelo menos uma novela por mês tem lhe
dado o título de androide por sua habilidade para transformar sistematicamente
histórias cativantes com personagens que permanecem na mente dos leitores
muito tempo depois de o livro está fechado. Ela nem confirma nem nega
essa acusação.

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