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340123021 TP1
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Francisca Martins nº. 340123021 TP1
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Francis Bacon criou o método científico, o que evidenciou a importância da observação, da
experimentação e do recurso ao raciocínio logico para alcançar um verdadeiro pensamento critico.
BACON, F.” Novum organum”
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John Dewey desenvolveu o conceito do pensamento critico aplicado à educação, promovendo uma
aprendizagem marcada pela resolução racional de problemas.
DEWEY, J.” How We Think”
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Alec Fisher é um professor de Filosofia na Universidade East Anglia.
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Michael Scriven é um celebre autor académico australiano. Obteve o Doutoramento em Filosofia na
Universidade de Oxford em 1956. Os dois autores supramencionados criaram a definição contemporânea
de pensamento critico.
Fisher, A., & Scriven, M. (1997). Critical Thinking.
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“Uma interpretação e avaliação ativa e habilidosa de observações, comunicações, informações e
argumentação” – Critical Thinking -pág 20
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Refente à Pré-História e ao período em que o homem vivia exclusivamente em regime recolector (caça)
e se tinha que proteger de outros animais.
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Leda Cosmides é uma psicóloga estadunidense, bióloga de formação e com o Ph.D em Psicologia
Cognitva. John Tooby é um antropólogo norte-americano, formado pela Universidade de Harvard. Estes
especialistas são casados e juntos foram pioneiros no estudo da Psicologia Evolutiva.
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indivíduos possuem uma motivação intrínseca para manter a consistência das suas
crenças, ao passo que, para evitar a dissonância, recusa-se a problematização das
questões relacionadas com os indivíduos e com mundo ao qual estão circunscritos.
Ressalvar ainda, neste âmbito, o estudo sobre o Viés da Confirmação de Peter
Wason 13. O viés da confirmação é um fenómeno através do qual os indivíduos
procuram encontrar informações que venham a confirmar as suas conceções.
Trata-se de uma desconsideração de todas as ideias que se apresentem contrárias
às do agente, na tentativa de impor a veracidade das suas. Perentoriamente, existe
a correlação clara da negação do raciocínio indagador com o comportamento
dogmático de manutenção do conhecimento preexistente, sendo este justificado
pelas teorias acima apresentadas.
Embora, este argumento seja detentor de um fundamento consideravelmente
sólido, é possível contrariá-lo, defendendo a ideia de que todos nós de alguma
forma desejamos que as nossas ideologias sejam as mais verossímeis, tanto o
núcleo de indivíduos afetos à reflexão crítica como aqueles que não o são. A
pretensão do ser humano em permanecer intocável é universal e, portanto, a
recusa do pensar não se deve exclusivamente ao critério da autopreservação do
“eu”.
No entanto, considerando, adicionalmente, esta variável reconhece-se que a
problemática que envolve esta questão, prende-se com o facto de que aqueles que
prosseguem o pensamento crítico são dotadas da capacidade de discernir entre
aquelas que são as suas vontades (aconchegam o ego) e o conhecimento obediente
ao raciocino logico. Pelo contrário, aqueles indivíduos que se mantém afetos à
própria conceção e confortáveis com essa posição, não são dotados de
imparcialidade, logo, são manipulados pelos próprios interesses.
Introduzindo uma nova perspetiva, é importante notabilizar-se como fator
preponderante de confirmação da minha tese, o desinteresse e o facilitismo face ao
raciocínio critico. De facto, o ser humano encontra-se assoberbado de
informações, reflexo da transmutação da realidade tecnológica proveniente do
processo de Globalização14. Este fenómeno veio permitir a celeridade e a
acessibilidade às mais diversas fontes do saber. No entanto, ao contrário do
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Peter Wason foi um psicólogo cognitivo da Universidade College em Londres. Obteve o mestrado em
Psicologia pela Universidade de Oxford. Desenvolveu o estudo sobre o Viés da Confirmação em 1960.
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Globalização é o um dos processos de aprofundamento internacional de
integração econômica, social, cultural e política.
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das declarações foi emitida por André Ventura a Joacine Katar Moreira, deputada
do partido Livre - “devia ser devolvida ao seu país de origem”. No entanto, pese-
se que, apesar de, já ter vindo a demonstrar este seu carácter anticonstitucional e
desumano, o líder do partido de extrema-direita, continua a progredir, arrecadando
cada vez mais deputados em sede de Assembleia da República. Este é apenas um
exemplo, de como a população, em especial a portuguesa, renuncia o questionar e
refletir do mundo que a rodeia.
Em última instância, como conclusão, tecerei algumas considerações gerais
sobre todo o processo argumentativo. Evidentemente, justifiquei que o
afastamento da atitude critica por parte dos indivíduos, se deve mormente ao
medo da mudança, à autodefesa do ego e ainda numa parte final, ao desinteresse e
ao facilitismo. Estes pressupostos não são cumulativos nem têm um caracter
generalizado. Admite-se que apenas considerei todos aqueles não adotaram o
referido tipo de pensamento.