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PROBLEMAS RELATIVOS

AO CONHECIMENTOFILOSOFIA_11ºANO Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

Que instância priorizar?


Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano
CONHECIMENTO – 3 PROBLEMAS Maria Luísa Valente \

Filosofia_11ºano

◼ Razão ou experiência?
✓ Será que todo o conhecimento procede apenas da experiência?
✓ Será que alguns dos nossos conhecimentos têm a sua origem na razão?
✓ Será que todo o conhecimento resulta de uma elaboração racional a partir dos dados da experiência?
✓ O que conseguimos conhecer? Fenómeno? númeno? ◼ Será (que é) possível conhecer?
✓ Podemos alguma vez ter um conhecimento verdadeiro, objetivo e absoluto das coisas em geral ou apenas um conhecimento
aproximado?
✓ Será que podemos conhecer umas coisas e outras não? ✓ Será que o conhecimento nem sequer é possível?
dogmatismo
RESPOSTAS –
SÍNTESE racionalismo

Natureza do
Problema da origem do conhecimento
conhecimento Problema da
possibilidade do
conhecimento

realismo

ceticismo

empirismo
idealismo
experiência razão Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

Não é
possível conhecer
É possível conhecer
É possível
conhecer os objetos em si mesmos
É possível
conhecer uma imagem ou representação mental
CRENÇA VERDADEIRA JUSTIFICADA

◼ Para haver conhecimento são necessárias 3 condições: crença, verdade e


justificação ◼ Mas…surgem dificuldades, designadamente em relação à noção de
justificação: - não é clara, p. ex., que tipo de razões permitem justificar adequadamente
as nossas crenças:

a) os nossos sentidos são uma fonte fiável de


justificação? b) a razão, poderá, por si só,
Estas são questões
justificar crenças acerca do mundo? acerca do papel da
experiência e da razão na justificação das nossas
RESPOSTAS: crenças acerca do mundo

◼ Céticos – pensam que nenhuma fonte de justificação é satisfatória quer seja a razão (a priori)
quer seja a experiência (a posteriori).
◼ Racionalistas defendem que é a razão quem representa o papel fundamental.
◼ Empiristas defendem que só a experiência é capaz de justificar essas crenças.
Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

Problema da origem do
conhecimento Qual (ais) é (são) a(s) fonte(s) do
nosso conhecimento?

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

Razão?
Fontes do conhecimento – relembrando…. p.42 - 44

Experiência?
Maria Luísa Valente | Filosofia_11ºano

Indicia-se um novo
problema…
Racionalismo Empirismo

Qual é a origem do
Problema
conhecimento?
A razão é a principal fonte/origem de
Tese 1
conhecimento. Racionalismo

A experiência é a principal fonte/origem de


Tese 2
conhecimento.Empirismo
8
Ágora, PE

Fundacionalismo (p. 44)

ProblemaQual é a principal fonte de justificação das


nossas crenças?
Racionalismo Empirismo
Racionalismo:
Empirismo:

Ágora, PE

Fundacionalismo (p. 44-45)


Exercícios p.46_TPC
Ágora, PE
ANÁLISE COMPARATIVA DE TEORIAS
EXPLICATIVAS DO CONHECIMENTO
❑ PROBLEMA DA POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO – O desafio cético Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

O PROBLEMA DA JUSTIFICAÇÃO OU POSSIBILIDADE


DO CONHECIMENTO

«Umas pessoas dizem que só o que vem dos sentidos é verdadeiro, outras dizem que só é verdadeiro o
que é inteligível, outras dizem que alguns objetos dos sentidos e alguns objetos inteligíveis são
verdadeiros. Poderão eles afirmar, então, que a controvérsia pode ser decidida ?»
Sexto Empírico
◼ Será que sabemos o que julgamos saber?
◼ Sem justificação não há conhecimento…mas, se assim é, será possível conhecer algo?

p.49-5

Leitura complementar: texto 6 e 7


dos textos de apoio_ Classroom
Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

O PROBLEMA DA JUSTIFICAÇÃO OU POSSIBILIDADE


DO CONHECIMENTO – A resposta cética p.49 - 50
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◼ CETICISMO
◼ posição epistemológica segundo a qual o conhecimento não é possível, ou seja, nunca podemos
ter a certeza de nada, há sempre razões para duvidar (mesmo das crenças fundamentais sobre o
mundo);
◼ Nenhuma fonte de justificação (razão/experiência) é satisfatória (não negam que conhecemos
alguma coisa, mas considerando que as nossas crenças não são/estão devidamente justificadas),
pelo que… (razões: ver diapositivo seguinte)
◼ o sujeito não pode apreender de um modo efetivo o objeto;
◼ Representantes: Pirro de Élis, Sexto Empírico, Montaigne, etc.

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano


Pirro_sobre a suspensão do juízo (texto complementar_Classroom)

«O que é que fazemos quando ambos os lados mostram um bom ponto de vista? Como decidimos quando não há uma resposta óbvia à pergunta? És o tipo
de pessoa que se compromete obstinadamente com uma ideia, uma crença ou uma resposta, mesmo que não tenhas a certeza absoluta? Ou ficas feliz por
encolher os ombros e dizeres “Bem, honestamente, não sei?”
Pirro, fundador do ceticismo, foi um grego clássico defensor deste último.
Na vida, as coisas raras vezes têm uma resposta direta ou fácil. Muitas vezes, parece que dois lados contraditórios podem apresentar argumentos igualmente
persuasivos. Quando vemos as pessoas a debater, é tão fácil concordar com quem quer que esteja a falar. Pode até ser que as filosofias opostas neste livro
sejam igualmente convincentes quando as lemos.
Para esta confusão, Pirro deixa uma mensagem simples: não te comprometas com nada.
Se não houver uma verdade óbvia ou comprovada, devemos sempre “suspender o juízo”. Isto não é o mesmo que aceitar que não há respostas, mas sim que
devemos ser intelectualmente honestos e dizer apenas “não sei” quando as respostas não estão (ainda) à disposição.
A obra Protágoras, de Platão, tinha salientado que um vento podia ser quente para uma pessoa, mas frio para outra; da mesma forma, o ceticismo de Pirro
defendia que a verdadeira natureza das coisas é impossível de conhecer. A nossa perceção e as nossas experiências apenas nos dão juízos, não a verdade. O
ceticismo sustenta que o esforço em vão e sem esperança de encontrar a verdade onde não existe leva à tristeza, à frustração e à ansiedade. O ceticismo é
uma escola “eudemónica”, o que significa que está preocupada com uma vida plena e próspera. Para Pirro, só podemos alcançar a eudemonia (bem-estar)
quando não nos comprometemos com nada que não possamos saber. O sábio ideal é aquele que suspende o juízo onde quer que este não seja claro. Este juízo
suspenso é conhecido como epoché em grego antigo.
Presume-se que Pirro nunca estava angustiado ou perturbado. Perguntava: porque é que o prazer é melhor do que a dor? A riqueza é melhor do que a
pobreza? A saúde é melhor que a doença? Se adotarmos o epoché, podemos viver sem a tristeza da desilusão, das expectativas frustradas. Podemos viver uma
vida de tranquilidade sem perturbações, ou ataraxia.
Hoje em dia, não precisamos de ser tão radicais como Pirro (cujos estudantes tinham de o impedir de cair de penhascos), mas há aqui qualquer coisa. Estar
errado, ou procurar eternamente respostas, é difícil. É muito menos stressante – e mais honesto – dizer simplesmente: “Não sei, vou continuar a procurar.”
Experimenta e repara como as coisas ficam mais leves.»
Jonny Thomson, Mini Filosofia, O Pequeno Livro das Grandes Ideias, Coimbra,Minotauro, 2021, pp. 287-288.

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

Razões para a suspender o juízo – argumentos (p.52)

1. Argumento da divergência de opiniões – há opiniões divergentes sobre os mais variados assuntos impossibilita a
decisão sobre uma perspetiva ou a sua contrária.
Ex: Em relação a Deus, uns afirmam que existe, outros negam a sua existência, não havendo
consenso. Ora…
divergências de opinião. Há divergências de opinião.
Se fosse possível justificar as nossas crenças, não haveria lugar para
Logo, é impossível justificar as nossas crenças.
Copiar – nome argumentos + exs

2. Argumento da ilusão – a existência, relativamente ao mesmo objeto de sensações e perceções diferentes, e até
incompatíveis, para diferentes pessoas ou em circunstâncias diversas, não havendo assim a possibilidade de distinguir o
que é V do que é F.
Ex: um barco parece pequeno e imóvel quando visto ao longe, mas parece grande e em movimento quando visto de
perto.
enganam-nos.
Ora…
Tudo o que é uma fonte de justificação segura do Logo, os sentidos não são uma fonte de
justificação segura do conhecimento.
conhecimento não nos engana. Os sentidos

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

O quarto de Ames,
Philipp Zimbardo

Exercício 1. p. 53
https://www.youtube.com/watch?v=hCV2Ba5wrcs
Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

Razões para a suspender o juízo – argumentos (p.53)

Copiar nome
argumento

3. Argumento da regressão infinita – o facto de nada poder ser compreendido por si (não existindo nenhum
critério que não seja objeto de desacordo) associado ao facto de nado poder ser verdadeiramente compreendido
com base noutra coisa: para justificar uma crença tem de se recorrer a outra e assim sucessivamente até ao
infinito.
Ex: Justifico a crença de que uma bomba explodiu com outra: li no jornal. Justifico esta ao pensar que o jornal não
mente. Justifico esta com a crença de que os jornalistas são pessoas sérias….

Ora… A justificação de qualquer crença é inferida de outras crenças.


Se a justificação de qualquer crença é inferida de outras crenças, então dá-se uma regressão infinita.
Se há uma regressão infinita, as nossas crenças não estão justificadas.
Logo, as nossas crenças não estão justificadas.

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

CETICISMO: ARGUMENTO DA REGRESSÃO INFINITA

◼ é um processo que não tem fim. Uma explicação dá origem a uma regressão infinita se explicarmos A em termos
de B, mas B exige uma explicação em termos de C, e C outra explicação em termos de D, e assim por diante, sem
que se chegue a compreender A.
Ex. Crença 1 – Estou em França;
Crença 2 – Estou em Paris;
Crença 3 – Estou a ver a Torre Eiffel;
Crença 4 – Estou a ver o rio Sena e é exatamente como vi nas fotografias …

◼ A crença 1 só está justificada quando se justificar a crença 4, na medida em que a crença 4 suporta a crença
3, a crença 3 suporta a crença 2 e a crença 2 suporta, por sua vez, a crença 1. O problema em vez de ficar
resolvido, vai recuando ininterruptamente

◼ Regressão infinita - sempre que se inicia um processo de recuo que não tem fim.

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

RELEMBRANDO…

◼ 2º a definição tradicional de conhecimento – uma crença está justificada se


tivermos boas razões para pensar que ela é V.
Justificação é inferencial: da crença D infiro a C, da
◼ Mas…
C infiro a B, da B infiro a A…
Tais razões traduzem outras crenças. Por exemplo:
Risco da regressão infinita da justificação mas nós
a) tenho a crença de que não vou encontrar o Tiago na
somos seres finitos = regressão torna se
escola (crença A); b) esta crença é justificada por problemática…
outra: o facto de a escola estar fechada (crença B) c)
Os fundacionalistas encontram uma solução alternativa
Esta crença justifica-se porque sei que hoje é domingo para este problema..
(crença C) d) Esta justifica-se porque o calendário me
mostra isso (crença D), etc…

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

FUNDACIONALISTAS – SOLUÇÃO ALTERNATIVA


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Crenças básicas

Crenças não-básicas
infinita

• Justificam-se a si
mesmas porque são
evidentes
• Suportam o sistema de • Justificadas por outras crenças
saber • Evitam a regressão

Servem de fundamento às..

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano


TIPOS DE CETICISMO

Copiar informação em baixo

◼ radical (absoluto/ global) –


impossível conhecer toda e qualquer
realidade

◼ moderado (mitigado/local) –
limitam o ceticismo a alguns
domínios do
conhecimento (ex: em relação ao
conhecimento moral, relação entre
mente e corpo, Deus, etc);
impossível um saber rigoroso (V/F)
Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano
Sintetizando…

E… será o
ceticismo uma
teoria
autorrefutante?
CETICISMO

Importante porque:

❑ Quando se assume postura cética perante um


problema procede-se com prudência e procura-se
uma resolução

❑ Quando faz parte do espírito crítico e autónomo


adquire caráter metódico (meio para alcançar a
verdade – ver Descartes)

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano


Novos contextos, PE
Por vezes
fala-se na

importância do ceticismo
quando…

Irá ser utilizado


por Descartes
________________________________________ OBJEÇÕES AO CETICISMO _______________________________________
ENTÃO…OBJEÇÕES AO CETICISMO

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◼ É autorrefutante = demonstra a sua falsidade - é contraditório afirmar (que se sabe) que o


conhecimento não é possível (significa que, efetivamente, se sabe algo)
◼ Cético pode, aparentemente, eliminar este aspeto contraditório limita-se a suspender o juízo

Pirro afirmava: dado que a nossa pretensão de conhecer algo pode ser injustificada, o
melhor é suspender o juízo = abster-se de considerar que se sabe que algo é
absolutamente V ou F

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano


CRÍTICAS AO CETICISMO

◼ Ceticismo é insustentável. Há autores que afirmam que é autorrefutante (refuta-se a si mesmo) é


contraditório afirmar que sabemos que o conhecimento não é possível pois, se assim fosse, nem
isso poderíamos saber
◼ B Russell - ceticismo é racionalmente insustentável é implausível que tenhamos
boas razões (justificação) para suspender todas as nossas crenças
◼ David Hume (empirista) – impossível viver o dia a dia; seríamos incapazes de tomar qualquer
decisão Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

OBJEÇÃO FUNDACIONALISTA AO CETICISMO


◼ FUNDACIONALISMO = perspetiva 2º a qual o conhecimento deve ser concebido como uma estrutura
que se ergue e se desenvolve a partir de fundamentos certos, seguros e indubitáveis

◼ Fundamentos podem encontrar-se:


1) na experiência (empirismo)
2) na razão (racionalismo)
3) na combinação daquelas 2 fontes (criticismo kantiano – “todo o nosso conhecimento começa
com a experiência, mas nem todo deriva dela”)
Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano
__________________________________________________ Exercícios _________________________________________________

Realizar os seguintes exercícios:

1. p. 55
2. P.56
3. P.57
4. Ex. 3.1. da p. 59
5. P.59 - Provocação filosófica: debate – mais à
frente 6. TPC p. 58
O ARGUMENTO CÉTICO DA REGRESSÃO INFINITA – relembrando validade
de argumentos… Exercícios – resolver no caderno diário

◼ Se a justificação das nossas crenças é inferida sempre a partir de outras crenças, então nunca nos podemos
dar por satisfeitos.

◼ As justificações que damos precisam elas mesmas de ser justificadas e, assim, o processo de justificação
continua infinitamente.
a) O argumento é válido? Qual o argumento
Se há conhecimento, as nossas crenças estão usado? b) Será sólido? = premissas V?
justificadas. As nossas crenças não estão
Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano
justificadas.
P→Q¬Q
Logo, não há conhecimento.
∴¬P

Exercícios:
ARGUMENTO CENTRAL DOS CÉTICOS – RESPOSTA 1

a) É dedutivamente válido; modus tollens


b) 1ª premissa – difícil discordar…e 2ª ?

c) 1ª possibilidade: se os céticos tiverem boas razões para afirmar que nenhuma crença é justificada,
então sim, mas podemos encontrar uma objeção?
Pensem um pouco…e encontrem uma objeção…
Logo, não há conhecimento
Ou como está no manual… (p. 54
ligeiramente diferente) Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

P→QP
Se as nossas crenças não estão ∴Q
justificadas, então não há conhecimento As
nossas crenças não estão justificadas
ARGUMENTO CENTRAL DOS CÉTICOS – RESPOSTA À ALÍNEA C)
◼ C) se perguntarmos ao cético se aquela afirmação é justificada e ele disser que sim, então estará a
refutar-se a si próprio pois estará a admitir que há, afinal, crenças justificadas, (nomeadamente a de
que nenhuma crença é justificada). Mas se disser que não, então estará a admitir que também não
temos boas razões para aceitar essa premissa…

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

O ARGUMENTO CÉTICO DA REGRESSÃO INFINITA: relembrando a validade dos


argumentos…
Toda a justificação se infere de outras crenças.
Se toda a justificação se infere de outras crenças, então dá-se uma regressão
infinita. Se há uma regressão infinita, então as nossas crenças não estão justificadas.
Logo, as nossas crenças não estão justificadas.

◼ Vamos verificar a validade do argumento?


1. dicionário
2. formalização
3. inspetor de circunstâncias

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

DICIONÁRIO + FORMALIZAÇÃO - CORREÇÃO


Formalização:

Dicionário: P; (P → Q) ; (Q → ¬ R); ∴ ¬ R Ou…

P - Toda a justificação se infere de outras 1. P


crenças. Q – dá-se uma regressão infinita 2. (P→Q)
R – as nossas crenças estão justificadas
3. (Q → ¬R)
4. ∴¬R

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

INSPETOR DE CORREÇÃO
CIRCUNSTÂNCIAS -
VFVVFFVVFFFVVFVFFVVFFVVV
QR FFVFVFVFFFVVVVVFVFFFVFFVF
P P( P → Q ) ( Q → ¬ R ) ¬ R V V V V V V V V
FVFVFVFFFFFVFFVVFVF
FFVFV

https://domingosfaria.net/tabelas
circunstância em que as premissas sejam V e as
conclusão F
Argumento é válido, pois não há nenhuma

VVFVVVVVVVFVF⇦VFVVVFFFVF

Evstory _ Ágora Esc.


virtual
EXERCÍCIOS:
Maria Luísa Valente \

Filosofia_11ºano

CORREÇÃO
Maria Luísa

Valente \ Filosofia_11ºano

É possível conhecer?
PROBLEMA DA POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO - DOGMATISMO Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

copiar
Racionalismo empirismo Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano
Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

EXERCÍCIOS:
Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

CORREÇÃO

◼ 1.1. O ceticismo absoluto ou radical defende que é impossível ao sujeito apreender o objeto – tal ceticismo «não vê o
objeto» –, não sendo, por conseguinte, possível qualquer conhecimento. O cético pirrónico nega que haja justificações
suficientes para as nossas crenças. O ceticismo mitigado é um tipo de ceticismo mais moderado que o ceticismo
pirrónico: não estabelece a impossibilidade do conhecimento, mas sim a impossibilidade de um saber rigoroso: não
podemos afirmar se este ou aquele juízo é ou não verdadeiro, se corresponde ou não à realidade, apenas podemos dizer
se é ou não provável ou verosímil.
◼ 1.2. São quatro esses argumentos: a) a existência, relativamente ao mesmo objeto, de sensações e perceções diferentes, e
até incompatíveis; b) o facto de os sentidos nos enganarem, visto que os objetos, pelas diversas formas como se nos
apresentam, desencadeiam ilusões e aparências; c) a existência de opiniões divergentes a respeito dos mais variados
assuntos; d) o facto de nada se compreender por si e o facto de nada poder ser verdadeiramente compreendido com base
noutra coisa, o que remete para a regressão infinita da justificação.
◼ 1.3. Segundo J. Hessen, o ceticismo absoluto anula-se a si próprio, caindo numa contradição, pois afirma que o
conhecimento é impossível, mas exprime (nessa afirmação) um conhecimento. O ceticismo mitigado também se anula a si
próprio, ao admitir que não há verdade nem certeza, mas unicamente probabilidade. Uma vez que o conceito de
«probabilidade» pressupõe o de «verdade», já que o provável é o que se aproxima do verdadeiro, então se não há verdade,
também não se pode dizer que haja probabilidade.
◼ 2. O ceticismo adquire um papel importante no nosso desenvolvimento intelectual, visto que, ao se adotar uma postura
cética perante determinado problema, se procede com maior prudência na resolução de tal problema. Desse modo,
torna-se possível o inconformismo perante as soluções apresentadas, o que nos move a buscar novas soluções. Quando
faz parte do espírito crítico e autónomo, o ceticismo adquire um carácter metódico, tornando-se um meio para alcançar a
verdade (ceticismo metódico) e não uma confissão explícita de que a não podemos encontrar (ceticismo sistemático).
Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

O PROBLEMA DA JUSTIFICAÇÃO OU POSSIBILIDADE


DO CONHECIMENTO
◼ Por mais fortes que sejam as nossas crenças e por melhores que nos pareçam as suas justificações,
estas serão sempre insuficientes.
◼ Como crenças insuficientemente justificadas não são conhecimento, nunca chegamos
verdadeiramente a conhecer o que quer que seja.
◼ O modo mais comum de justificar as nossas crenças consiste em apelar a outras crenças, em inferir
umas crenças de outras mas, se não estão devidamente justificadas, elas serão sempre insuficientes.
◼ É, precisamente, por isso que a justificação não funciona.

Maria Luísa Valente \ Filosofia_11ºano

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