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Arremessar e receber
Chutar e prender
Arremessar e volear
Driblar e rolar a bola
Arremessar e Receber: são dois movimentos que se complementam bem.
Arremessar: envolve imprimir força a um objeto pelo uso dos membros
superiores, mais especificamente o uso das mãos. Pode ser: com a mão levantada,
com a mão abaixada, ou de lado, com uma ou ambas as mãos. O padrão com a
mão levantada é o de uso mais freqüente entre as crianças e os adultos.
Uma criança provavelmente usará um padrão maduro quando o arremesso
for à distância. Arremessar com o objetivo de exatidão deve ser enfatizado apenas
depois que o gesto no padrão maduro já tenha sido desenvolvido.
Abaixo, ilustração dos estágios de desenvolvimento da habilidade de
arremessar.
Receber é uma tarefa visual, assim como uma tarefa motora. Ela requer o
sofisticado uso coordenado de ambos os processos, e a ação de receber
desenvolve-se um pouco mais tarde do que outras habilidades motoras
fundamentais nas crianças. A ação de receber envolve fazer finos ajustes
visuais e motores requeridos para localizar, antecipar, iniciar e interceptar um
objeto em movimento. Parece fácil para nós, mas é uma trabalhosa tarefa de
movimento para muitas crianças.
Quicar a Bola: essa é uma habilidade aonde a criança vai com as mãos em
direção à bola, após a mesma voltar do seu contato com o solo. (Go Tani, et al,
1988). É muito importante a relação entre o tamanho da mão com o tamanho da
bola para o desenvolvimento do padrão fundamental de quicar.
Ainda segundo Tani et al (1988) no estágio maduro os pés neste movimento
estão numa passada estreita, com o pé da frente opondo-se à mão que toca a bola,
com o tronco inclinado à frente. A bola vem até a altura do quadril quando é
empurrada ao chão com extensão do braço, pulso e dedos.
Ao discutir a habilidade motora de quicar a bola, Gallahue (2008) p. 522,
indica que:
Para muitas pessoas, quicar a bola é uma tarefa difícil. Afinal, envolve
imprimir força direcionada para baixo a um objeto e receber força
direcionada para cima do mesmo objeto, geralmente uma bola de borracha,
que frequentemente parece ter vida própria. A exigência em termos de
acuidade visual, assim como a percepção de figura-solo e profundidade
desta tarefa é complexa. Pense nisso: após empurrar uma bola de borracha
vigorosamente para baixo, você tem apenas uma fração de segundo para
instantaneamente reagir à sua ação inicial, fazendo contato com o objeto
em movimento ascendente e mandando-o de volta para baixo, de uma
maneira que o processo se repetirá de novo e de novo. Esta é uma tarefa
perceptomotora surpreendentemente sofisticada que, com prática, logo se
torna “automática”.
Você pode rolar uma bola estando sentado ou em pé. Estando sentado, o
rolamento de bola envolve simplesmente imprimir força a um objeto que
está naquele momento posicionado sobre uma superfície de apoio. Estando
de pé, no entanto, as exigências da tarefa se tornam um pouco diferentes.
Agora, a tarefa envolve elementos específicos de estabilidade, a saber:
contorcer-se, inclinar-se e alongar-se, empregados de forma coordenada
com as habilidades locomotoras de dar passo à frente (caminhar) para
imprimir força controlada a um objeto, geralmente para à frente. O
rolamento de bola é, obviamente, utilizado em atividades esportivas
estáticas complexas como boliche e jogo de disco sobre o gelo, e como um
meio de coordenar imagens e respostas motoras. Em outras palavras, é um
meio de sincronizar os elementos perceptivos e motores, tão essencial para
todos os eventos visuais e motores.
O voleio para muitas crianças é uma tarefa assustadora. Afinal, ele envolve
interceptar um objeto que está se movendo para baixo com as mãos e
imprimir força àquele objeto, de maneira que ele se mova para diante na
direção desejada. Se feito de maneira imprópria, o voleio resulta em dedos
machucados e um real medo da bola. Mas, se aprendido de maneira
apropriada, com base em fatores desenvolvimentistas, utilizando-se o que
sabemos sobre o desenvolvimento perceptivo e motor das crianças, o voleio
é algo que até a mais jovem das crianças em fase escolar consegue fazer.
Passar uma bola de um para o outro com um dos pés. Primeiro com o
dominante, depois com o outro;
O exercício anterior em círculo;
Música dos Escravos de Jó com materiais;
Bola ao túnel;
Entre cones, quicar a bola;
Entre cones, andando, ir rolando a bola com um dos pés e depois com
o outro, sem pressa;
Com a rede de voleibol entre duas equipes de alunos, jogar a bola de
um para o outro aleatoriamente;
O mesmo exercício anterior, variando a altura e força com que a bola é
jogada;
Utilizando uma bola grande, atirar com os pés separados e depois
juntos, contra a parede, utilizando a mão direita ou esquerda para
atirar;
Utilizando uma bola pequena, ou um saco de areia, jogar para o outro
companheiro, com diferentes posições corporais;
Desenvolver o atirar com o braço levantado (a mão acima dos ombros)
com força, suave, rápido, no alvo, etc;
Agarrar, chutar e quicar bolas pequenas e grandes, em diversas
posições com o lado direito e esquerdo do corpo;
Quando o movimento destas atividades já estiver incorporado pelos alunos,
você poderá incluir nestes mesmos exercícios, movimento como um passo à frente,
uma corridinha, mais força, exatidão, etc.
São exercícios simples que deixaram em muitos momentos de serem
trabalhados e os alunos adoram, pois possibilita o corpo aprender.
Cada aluno estará com uma bola de futebol, ficando todos espalhados pela
grande área. O caçador ficará sem bola. Ao sinal dado pelo professor, os alunos
terão de fugir conduzindo a sua bola, não deixando que o caçador as pegue. O
aluno que perder a sua bola passará a ser o caçador, sendo que não poderá tirar a
bola daquele que antes a tinha pego. Variação: como nem sempre temos muitas
bolas à nossa disposição, fazer esta atividade aos poucos, por estágios de alunos.
Coordenação e domínio
Touch down
Os bobinhos gêmeos
Ritmo e domínio
Entre cones
Futvôlei
Bola ao balde
Serão colocados quatro baldes sobre uma das linhas laterais da quadra. Três
alunos deverão proteger os baldes. Os demais alunos, de posse de duas bolas de
meia, trocarão passes com as mãos tentando encestar as bolas nos baldes. Os
alunos que encestarem as bolas deverão trocar de lugar com o marcador.
Basqueteliche
Duas colunas lado a lado, a uma distância de cinco metros da outra. Na frente
de cada coluna serão colocados dez cones. Os jogadores de cada equipe farão
arremessos com bola de borracha alternadamente com o intuito de derrubar os
cones. Será vencedora a equipe que primeiro derrubar os cones. Variar utilizando
outros tipos de material.
Bola e bastão
Alunos ficam dispostos livremente pela quadra, de posse de uma bola (de
handebol ou de borracha) e com um bastão de jornal em uma das mãos. Ao sinal do
professor, os alunos se deslocarão pelos espaços disponíveis, quicando a bola com
uma das mãos e com a outra segurando o bastão. O professor, através do comando,
solicita que se altere a posição dos objetos nas mãos.
Sobe-e-desce
Bola ao ar
Alunos espalhados pela quadra, cada um com uma bola de meia. O professor
(ou um dos alunos) lançará uma bola de handebol verticalmente para o alto. A tarefa
solicitada é a de acertar a bola que foi projetada ao alto.
Toma-lá-dá-cá
Divide-se o total de alunos em duas equipes. Cada equipe dará origem a duas
filas, frente a frente, com os alunos em duplas. A uma distância de oito metros da
linha de partida, marca-se a linha de chegada. O primeiro jogador de cada fila tem
uma bola e, ao sinal dado, sai dando “toques” na bola até a linha de chegada,
voltando de “manchete” até a linha de partida, entregando a bola para o próximo
jogador e posicionando-se atrás da fila, vencerá o jogo a equipe cujo último jogador
for o primeiro da fila novamente.
Teste TPMF
Ela contém dados pessoais da criança e divisões para cada uma das tarefas
e suas respectivas quadrículas para anotação das pontuações.
À criança é dado um (1) ponto para acerto e zero (0) para um movimento
falho. Não há marcas parciais.
Explicações e repetições
Quicar a bola parado: é solicitado à criança para quicar a bola com uma das
mãos sem sair do lugar, fazendo antes uma demonstração, devendo a criança, em
qualquer das repetições, alcançar pelo menos dez quiques, onde serão observados
os seguintes critérios de performance: contato com a bola na altura do quadril;
empurrar a bola com a ponta dos dedos; contato com a bola na frente ou lateral do
corpo com total controle, totalizando três pontos.
Habilidades Motoras
Habilidades Motoras Manipulativas
Coordenação Motora
Processo de Aprendizagem
ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES
AWAD, Hani. Brinque, Jogue, Cante e Encante com a Recreação. 2ª Ed. Editora
Fontoura, outubro de 2006.
KROGER, Christian., ROTH, Klaus. Escola de bola: um ABC para iniciantes nos
jogos esportivos. 2ª edição. Ed. Phorte, 2006.