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LEGISLAÇÃO SOCIAL

AULA 2 DO CADERNO DIDÁTICO


ESCLARECIMENTOS SOBRE A REFORMA TRABALHISTA

O Trabalhador Autônomo – Pág. 35

A Reforma Trabalhista inseriu o art. 442-B na CLT, o qual dispõe que a


contratação do trabalhador autônomo, cumpridas por este, todas as formalidades
legais, de forma contínua ou não, terá o poder de afastar a qualidade de
empregado prevista no art. 3º desta Consolidação.

O art. 3º da CLT assim dispõe:

”Considera-se empregado toda pessoa física que


prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante
salário.”

Assim e de acordo com o §1º do art. 442-B da CLT (inserido pela MP 808/2017)
é proibida a celebração, nos contratos com trabalhador autônomo, de cláusula
de exclusividade no contrato previsto no caput do citado artigo.

Portanto, não havendo a referida cláusula de exclusividade na prestação de


serviços, não será caracterizada a qualidade de empregado prevista no art. 3º,
mesmo se o autônomo prestar serviços a apenas à um tomador de serviços.

O trabalhador autônomo poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros


tomadores de serviços que exerçam ou não a mesma atividade econômica, sob
qualquer modalidade de contrato de trabalho, inclusive como autônomo.

Ao Autônomo é dado a possibilidade de recusar-se em realizar atividade


demandada pelo contratante, garantida a aplicação de cláusula de penalidade
prevista em contrato, caso haja.

Desde que cumpridos os requisitos do caput do art. 442-B da CLT, não possuirão
a qualidade de empregado prevista o art. 3º da CLT as atividades compatíveis
com o contrato de autônomo, tais como:

 Motoristas;

 Representantes comerciais;

 Corretores de imóveis;

 Parceiros, e

 Trabalhadores de outras categorias profissionais reguladas por leis específicas

relacionadas a atividades compatíveis com o contrato autônomo.


OBS.: Ainda que o autônomo venha a exercer a mesma atividade econômica do
tomador de serviços (patrão), não terá a qualidade de empregado, ou seja,
continuará sendo trabalhador autônomo.
Com a Reforma Trabalhista, desde que não esteja presente a subordinação
jurídica nos termos do § 6º do art. 442-B da CLT, os trabalhadores contratados
como autônomos não poderão mais requerer na justiça do trabalho o direito ao
reconhecimento do vínculo empregatício, uma vez cumprida as formalidades
legais por parte da empresa, tais como:

 Celebração do contrato de prestação de serviços de autônomo;

 Acordo e o pagamento dos honorários mensais;

 O desconto e o recolhimento dos encargos devidos pelo serviço autônomo; e

 A prestação de informações aos órgãos competentes dos serviços prestados.

Prezados Alunos,

Desta forma, solicitamos que não deixem de acrescentar as inovações trazidas


pela Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467, 13 de julho de 2017) em seu caderno
Didático.

Tenha um excelente estudo e boa sorte.

Prof. Marcelo Martins

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