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NA ESCOLA TEM CIRCO? TEM SIM SENHOR!

SANTOS, Priscila de Fátima Portela dos;


CHAVES JUNIOR, Sergio Roberto (Orientador)
Escola Municipal Paulo Freire/ NRE BN
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RESUMO
O texto apresenta relatos das experiências desenvolvidas na Escola Municipal Paulo Freire, por meio do Projeto Pesquisa-Ação na Escola (PAE), com estudantes de 1º ao 5°ano do ensino
fundamental. Nosso objetivo nesse trabalho foi apresentar e ampliar o conhecimento dos alunos sobre o circo, assim como suas relações com a cultura corporal nas aulas de Educação
Física. Através dos pressupostos da pesquisa-ação, foram utilizadas aulas teóricas com vídeos e imagens, construção de material e aulas práticas, que proporcionaram vivências e
experiências com malabarismo, equilibrismo, acrobacias e encenações, assim construindo experiências criativas com o corpo. Culminando em um espetáculo final, que longe de ser o fim,
engrandeceu e abrilhantou o caminho de aprendizagem de cada estudante.

Palavras-chave: Circo, Educação Física, Ensino Fundamental.

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CONTEXTO RELATO CONSIDERAÇÕES

O objetivo nesse trabalho foi apresentar e ampliar o Foi elaborado um planejamento prático e explorativo de
A partir dessa experiência, tendo o circo como tema
conhecimento dos alunos sobre o circo, assim como suas atividades e jogos circenses, que se construiu ao longo do
central, nos parece evidente que essas atividades
relações com a cultura corporal nas aulas de Educação processo de aprendizagem, sendo revisado e ampliado no
diferenciadas e significativas são necessárias para as
Física. Desenvolvemos a pesquisa com duas turmas de decorrer das ações com inspirações nos ciclos da pesquisa-
práticas corporais no Ensino Fundamental. Pois valorizam
primeiro ano, uma turma de segundo ano e duas turmas de ação. Antes de começarmos cada atividade, tínhamos nossa
o estudante, suas histórias vividas e suas relações com o
educação integral (4º e 5º Anos) do Ensino Fundamental. roda de conversa, sobre o respeito com o próximo, o
mundo. Possibilitando novas relações, um reconhecimento
Essa experiência foi realizada na Escola Municipal Paulo auxílio/cooperação entre os estudantes, o respeito com o
corporal individual e coletivo, além de conhecimentos
Freire, situada na cidade de Curitiba-PR. Foram vivenciadas corpo do meu colega. As atividades práticas foram:
sobre o universo circense.
experiências com malabarismo, atividades de equilíbrio malabares (bolinhas, tulê, argola, fly stick, swing), equilíbrios
dinâmico, equilíbrios corporais, acrobacias de solo e (pé de lata, perna de pau, carretel, rola rola, tecido Para as turmas iniciais de 1º ano e 2º anos, ficam uma
equilíbrio acrobático, encenações e coreografias, e palhaços. acrobático, slack line), acrobacias (pirâmides humanas, experiência de aulas diferenciadas e propostas interativas,
Esses encontros proporcionaram experiências criativas com movimentos ginásticos) encenações, jogos clownescos e e a expectativa das aulas para os próximos anos. Para as
o corpo e ampliaram os saberes dessas crianças sobre o palhaços. turmas que estão deixando a instituição foram criadas
universo circense. possibilidades criticas para uma nova caminhada nas aulas
de Educação Física. Então, futuramente serão estudantes
Além disso, não podemos esquecer que a ginástica circense críticos capazes de argumentar e questionar suas
é tratada pela Educação Física como um conteúdo, de vivências motoras, e quem sabe modificar suas realidades
acordo com o Plano Curricular do Município de Curitiba. Sem para uma vida mais ativa e saudável.
desconsiderar os infinitos e possíveis aprendizados que o
circo pode proporcionar para as crianças no processo
pedagógico, o circo tem se mostrado uma importante
estratégia de ensino na Educação Básica (Tengan; Bortoleto,
2021). Assim, sua potencialidade foi utilizada para
desenvolver atividades com as turmas, devido a sua
abrangência de possibilidade de práticas corporais e de sua
aceitação por crianças dessa faixa etária. Do mesmo modo,
além das habilidades motoras, vários autores que abordam a
temática do Circo, apontam que ele se configura como uma
ferramenta que proporciona um conhecimento, Figura 2 – Prática com carretel de madeira

aprofundamento e exploração do mundo lúdico, dotado de


uma cultura própria (Bortoleto, Pinheiro e Prodócimo, 2011). Longe de ser o final, mas um encerramento plausível, que
Figura 4: “Circo Paulo Freire”
além de avaliar nossas evoluções gerou um movimento de
prazer e satisfação. Nosso espetáculo “Circo Paulo Freire”,
apresentado para os colegas e familiares. A ansiedade e
posterior alegria dos estudantes finalizaram essa etapa com
“chave de ouro”.
REFERÊNCIAS

BORTOLETO, M. A. C.; PINHEIRO, P. H. G. G.; PRODÓCIMO,


E. Jogando com o circo. São Paulo: Fontoura, 2011.

CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Diretrizes


Curriculares para a Educação Municipal de Curitiba.
Curitiba: SME, 2006.

TENGAN, E. Y. M.; BORTOLETO, M. A. C. Vamos brincar de


circo: corpo “em arte” na Educação Infantil. Rev. Pemo,
Fortaleza, v. 3, n. 2, e324656, 2021. Disponível em:
https://www.academia.edu/71386733/Vamos_brincar_de_circo.
Acesso em: 02 set. 2023.
Figura 1 – Aulas práticas de circo
Figura 3 – Espetáculo “Circo Paulo Freire”

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