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MARIETA DA SILVA DE SOUSA, brasileira, estado civil, profissã o, inscrita no CPF sob o
Nº:_______, e RG:________, e-mail, residente e domiciliada _____________________, vem,
respeitosamente, perante à vossa excelência, ajuizar
AÇÃO DE DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Em face da CLARO S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº:
40.432.554/0001-47, estabelecida com sede na Rua Henri Dunant, 780, Torres A e B, Santo
Amaro, Sã o Paulo-SP e em face da TIM CELULAR S.A, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ sob o nº: 04.206.050/001-80, estabelecida com sede na Avenida Giovanni
Gronchi, nº 7.143, na cidade de Sã o Paulo-SP
1. DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
Inicialmente, é mister fazer mençã o a definiçã o do que venha a ser consumidor, e sobre isso
a Lei Nº 8.078/90 ( Có digo de defesa do consumidor), em seu Art. 2º preceitua:
“Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final.”
E quanto a caracterizaçã o do fornecedor, o Art. 3º do mesmo diploma legal nos diz que:
“Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços.”
Portanto, resta-se comprovada a relaçã o de consumo no caso em tela.
3.2 DA RELAÇÃO PRINCIPIOLÓGICA ESTABELECIDA NO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR
Vislumbra-se no Art. 4º, incisos I, III e IV, do aludido có digo, os princípios que regem as
relaçõ es de consumo e que tratam de proteçã o do consumidor, quais sejam:
“Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das
necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de
seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e
harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:
I - Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;
III - Harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e
compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento
econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem
econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas
relações entre consumidores e fornecedores;
IV - Educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e
deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo;
Conforme o relato dos fatos configura-se no caso em tela, clara violaçã o aos princípios
basilares expostos e bem como a caracterizaçã o da situaçã o de dispêndio com a autora.
3.3 DO CONTRATO ABUSIVO
Como bem foi narrada, a autora recebeu uma ligaçã o da empresa de telecomunicaçã o clara,
na qual lhe oferecia a portabilidade de seu numero de telefone mais a adesã o do plano
controle da operadora, de inicio foi negado pela autora o interesse em tal oferta, mas com
bastante insistência do vendedor acabou cedendo, dando assim inicio ao processo de
portabilidade, ao final da ligaçã o a consumidora relatou que desistiu e pediu o
cancelamento da portabilidade, mas foi informado que nã o seria mais possível o
cancelamento e que ela teria que aguardar três dias para entrar em contato e realizar o
cancelamento.
Nã o resta duvida que a abordagem da empresa foi abusiva tanto na forma que o vendedor
pressionou a autora para que realizasse a portabilidade quando ao se negar fazer o
cancelamento no final da ligaçã o, obrigando assim que a consumidora a prosseguir com a
adesã o do contrato contra sua vontade, dessa forma fere diretamente o que defende o
có digo de defesa do consumidor no seu art. 6º, IV, que aponta como direito do consumidor
a proteçã o contra praticas abusivas.
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou
desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de
produtos e serviços;”
No caso em tela, fica claro que a cobrança efetuada por parte da empresa de telefonia TIM
referente ao mês de maio de 220 é indevida, tendo em vista que no referido mês a autora
nã o era mais consumidora da mesma decorrente da portabilidade, na qual
automaticamente extingue o contrato com a referida ré.
Ainda referente à cobrança indevida quando ao valor que foi cobrado, segundo a autora o
valor que normalmente era cobrado no seu plano era de R$ 40 (quarenta reais) por mês,
mas na fatura que supostamente está em atraso foi cobrado o valor de R$ 70 (setenta
reais). Que segundo a empresa seria o valor total do plano sem desconto, por tanto também
nota-se pratica abusiva quanto a isso, pois a empresa está de certa forma punindo a
consumidora por ter cancelado seu vinculo com a mesma.
3.5 DA RESPONSSABILIDADE SOLIDÁRIA
Nota-se que a problemá tica se deu com a ligaçã o da requerente CLARO para a autora, na
qual foi coagida a celebrar contrato, posteriormente nã o sendo transparente com a
consumidora quando solicitado protocolo de atendimento referente ao cancelamento da
portabilidade alegando nã o está encontrando, e ainda tendo a cliente insatisfeita com o
serviço ofertado.
Por outro lado temos a requerida TIM, que apesar de nã o ter dado início ao problema,
também teve comportamentos abusivos em relaçã o a autora, primeiramente ao cobrar por
um serviço que nã o estava sendo usufruído mais, segundamente cobrar um valor a mais
como se fosse uma multa ou penalidade pela autora ter cancelado o contrato com a mesma.
Nesse sentido o có digo de defesa do consumidor aponta no art. 6º, VI.
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
“VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e
difusos;”
Sob a responsabilidade solidá ria do fornecedor de serviços para com o consumidor, o CDC
em seu art. 7º, pará grafo ú nico, diz que:
“Art. 7º Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou
convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de
regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que
derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e equidade.
Parágrafo único. “Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela
reparação dos danos previstos nas normas de consumo.”
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ESTAGIÁ RIO (A): CAIO ÍTALO ARAÚJO NASCIMENTO
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ESTAGIÁ RIO (A): EMANUELLY
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ESTAGIÁ RIO (A): MARIA PALOMA LEITE DO NASCIMENTO SÁ