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COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM
Caivala N. Tchipita
Jerónimo C. Tchilau
Paihama L. Ndoloma
MOÇAMEDES
2023
I
Caivala N. Tchipita
Jerónimo C. Tchilau
Paihama L. Ndoloma
MOÇÂMEDES/2023
II
FOLHA DE APROVAÇÃO
Banca Examinadora
________________________________________
(Presidente)
________________________________________
(Arguente)
______________________________________________
Prof. Edna David (Orientadora)
MOÇÂMEDES
2023
III
Sumário
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................V
1.1. Problema de Investigação........................................................................................................1
1.2. Objecto da Investigação...........................................................................................................1
1.3. Campo de acção........................................................................................................................1
1.4. Objectivos..................................................................................................................................1
1.5. Justificativa...............................................................................................................................2
2. REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................................................3
3. ABORDAGEM METODOLÓGICA...........................................................................................11
3.1. Tipo de método............................................................................................................................12
3.2. Tipo de pesquisa..........................................................................................................................12
3.2. Campo de acção..........................................................................................................................12
3.4 Amostra.........................................................................................................................................13
3.6. Procedimentos de recolha de dados...........................................................................................13
3.7. Processamento de dados.............................................................................................................14
3.8. Principais variáveis....................................................................................................................14
3.9. Princípios éticos..........................................................................................................................14
4. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES E DE CUSTOS.............................................................14
4.1. Cronograma de actividades.......................................................................................................15
4.2. Cronograma de custos ou Orçamento.......................................................................................15
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................16
IV
1. INTRODUÇÃO
O mioma uterino é a neoplasia benigna pélvica mais frequente do aparelho genital feminino,
cuja denominação mais adequada seria leiomioma, por se desenvolver nas células da
musculatura lisa do útero (FREITAS, 2011).
Segundo a biblioteca virtual em saúde (2016), o mioma também conhecido como leiomiomas
ou fibromas uterinos são tumorações benignas, formada através de um músculo, que tem
como função revestir a parede do útero, denominado miométrio. Atinge cerca de 20 a 25% da
população feminina, com maior incidência nas mulheres de pele negra, que possua
antecedentes com a patologia e que nunca tenham tido filhos. O seu aparecimento e
crescimento dar-se, por conta da quantidade de hormônios que são produzidos ao longo da
vida, desde a primeira menstruação até o seu encerramento, digo menopausa, onde as mesmas
encontram-se sucessíveis ao período fértil
V
1.1. Problema de Investigação
Variavéis de estudo
Variável Dependente: O impacto positivo na qualiade de vida das mulheres com Mioma
Uterino
O presente trabalho terá como objecto de investigação pacientes com Mioma Uterino
1.4. Objectivos
Geral:
Abordar sobre assistência de Enfermagem na qualidade de vida das pacientes com Mioma
Uterino
1
Específicos:
1.5. Justificativa
A presente pesquisa derivou das nossas curiosidades durante o estágio e no interesse pelo
conteúdo teórico aprendido na disciplina de Súde da Mulher ao longo do percurso
académico. Todavia, a pesquisa também justifíca-se pela relevância e a necessidade de
analisar a existência de elevados casos de Miomas em mulheres na fase reprodutiva , o
que permitirá uma maior correspondência entre a informação prestada e a realidade da
unidade hospitalar bem como detectar factores que levam o aparecimento de Miomas e
analisar o impacto da assistência de enfermagem na qualidade de vida dos pacientes com
Mioma.
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2. REVISÃO DE LITERATURA
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moleculares mostram que além de apresentarem níveis aumentados tanto de estrogénios como
de progesterona, quando comparados com o miométrio normal, os miomas são capazes de
produzir estradiol. Este último estimula a proliferação celular do tumor enquanto a
progesterona parece atrasar ou inibir a apoptose destas células. O crescimento do tumor é
caracterizado por aumento da camada inferior da matriz extracelular, alteração da
vascularização e proliferação do músculo liso
Ainda o TAVARES (2011), no seu estudo avaliou a associação entre obesidade associada à
inflamação crônica e a progressão de miomas uterinos, utilizando um modelo in vitro com
linhagens celulares de adipócitos e células humanas de leiomiomas. Essa cocultura resultou na
proliferação das células do leiomioma e os dados sugerem que a citocina pró-inflamatória
Fator de Necrose Tumoral (TNF), secretada pelos adipócitos, é uma das responsáveis por essa
proliferação. No que diz respeito à alimentação, mulheres com miomas uterinos relataram
consumo mais frequente de carne bovina, outras carnes vermelhas e presunto e consumo
menos frequente de vegetais verdes, frutas e peixes. Mulheres fumantes são menos propensas
a desenvolver miomas. A fim de confirmar tal afirmação, um estudo do tipo caso-controle
apontou que, em comparação com pacientes não fumantes, o risco relativo ajustado para
outras variáveis foi de 0,5 (intervalo de confiança de 95%) em fumantes. Tal fato ocorre por
que dois componentes de baixo peso molecular da fumaça do cigarro, nicotina e anabasina
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(alcaloide semelhante à nicotina), inibem a conversão de androstenediona (delta 4A) em
estrona e estradiol nas células da granulosa, ou seja, inibem uma importante via
esteroidogênica, de tal forma que mulheres fumantes apresentam níveis endógenos mais
baixos de estrogênio do que aquelas não fumantes.
Em outros casos, o mioma pode causar também dor pélvica, sangramento uterino anormal e,
quando ele se instala na entrada dos tubos uterinos e impede a passagem do espermatozoide,
pode causar também dificuldade para engravidar. Porém, a miomectomia aparece de forma
silenciosa, o mioma é alimentado pelo hormônio estrogênio, isso interfere nos grupos de
risco, a probabilidade de ter um problema maior em mulheres com mais de 35 anos, aquelas
que não tomam pílula anticoncepcional e que nunca tiveram filhos, justifica porque as que já
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tiveram filhos menstruam menos e assim produzem menos estrogênio para alimentar o tumor
( FARIA et al, 2008).
Segundo MUNRO MG et al., Vilos G (2015) OS miomas são classificados no sistema FIGO
em dois tipos de considerações distintas: quanto ao seu número (se são únicos ou múltiplos) e
quanto à sua localização anatómica em relação à camada muscular uterina (subserosos,
intramurais ou submucosos são as principais categorias). Submucosos situam-se por baixo do
endométrio, podendo em alguns casos crescer para o lúmen uterino. Os intramurais estão
situados na espessura do miométrio enquanto que os subserosos se localizam, como o nome
indica, por baixo da membrana serosa. Estes últimos podem tornar-se pediculados,
confundindo-se com um tumor do ovário, sendo que quando adquirem a irrigação de outros
órgãos intra-abdominais e perdem a irrigação sanguínea proveniente do útero, ocorre atrofia
com reabsorção do pedículo passando esta massa a chamar-se de mioma parasita
O diagnóstico exacto do tamanho, número e localização dos miomas é fundamental para que
as doentes tenham acesso ao tratamento e acompanhamento mais adequado para cada caso.
6
(histerossonografia), histeroscopia ou uma ressonância magnética para um diagnóstico
definitivo.
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A histeroscopia é um procedimento endoscópico que avalia a cavidade uterina por recurso a
um sistema óptico. O histeroscópio é introduzido através da vagina até ao canal cervical e à
cavidade uterina e, ao mesmo tempo, é feita uma distenção local usando um meio líquido.
Sendo uma técnica invasiva, apresenta a melhor sensibilidade no diagnóstico diferencial entre
pólipo e mioma submucoso, permitindo no mesmo acto o tratamento. Esta técnica está contra-
indicada na gravidez, nos casos de infecção aguda e não deve ser realizada perante uma
hemorragia activa
Segundo Picon, et al, 2013, o tratamento para mioma uterino consiste na sua localização, no
seu tamanho e nas suas manifestações clinicas. Dessa forma, é preciso que haja atendimento
individualizado para que a mulher acometida seja avaliada holisticamente numa consulta, para
saber seus planos obstétricos, ver a probabilidade de progressão e regressão da patologia e
descobrir a extensão através das suas queixas e também por exames que irão evidenciar o grau
do mioma.
Mulheres que são diagnosticadas com miomas assintomáticos, não requerem tratamento, seja
ele cirúrgico ou terapêutico e sim de exames ginecológicos com periodicidade. É de suma
importância a realização desse acompanhamento para que haja o controle do tamanho do
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mioma, pois caso venha a crescer, possa ser que surjam sintomas que necessitem de
tratamento, pois quando o seu volume é ultrapassado o mioma comprime a região da
uretra,dando início as dores pélvicas e hemorragias (CHAVES, et al, 2007).
Durante a gravidez, a prevalência estimada dos miomas situa-se entre 2,7 e 12,6%. No que diz
respeito ao seu padrão evolutivo, evidências demonstram que não existe claramente um
padrão de evolução linear destas formações durante a gravidez, mas sim variabilidade de
mulher para mulher. Estudos têm demonstrado que o crescimento miomatoso na gravidez, a
decorrer, ocorre sobretudo nos primeiros três meses da mesma. Uma fração considerável das
grávidas com leiomiomas tem uma gestação sem complicações, existindo um bom
prognóstico para esta condição na maioria dos casos verificados. Contudo, várias
complicações podem ocorrer, tais como aborto (precoce ou tardio), parto pré-termo, má
apresentação fetal, descolamento de placenta, hemorragia pós-parto e risco superior de parto
por cesariana. Convencionalmente e de acordo com os conhecimentos médicos transmitidos
ao longo dos tempos, a miomectomia durante a gravidez é uma técnica que tem sido evitada,
dados os riscos inerentes a esta intervenção. Contudo, um número cada vez maior de estudos
de caso parece indicar que este procedimento, aplicado em circunstâncias muito específicas,
durante a gestação ou per-cesariana, pode ser uma opção viável para casos nos quais os
miomas uterinos acarretam risco significativo de complicações. A miomectomia durante a
gestação é, de um modo geral, apresentada como uma prática excecional para terapêutica de
algumas destas situações, nas quais a intervenção cirúrgica parece ser a única solução
adequada, (Gupta J.2014)
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2.9. Impacto da assistência de enfermagem na qualidade de vida das mulheres com
Mioma Uterino
Frente ao cenário da leiomioma a enfermagem torna-se peça de fundamental, pois pode actuar
de maneiras diferentes sobre essa temática, ou seja, essa categoria pode fornecer orientações
quanto ao diagnóstico, tratamento e orientações referente ao tumor, não deixando de citar
sobre assuntos referentes aos cuidados pré e pós-operatórios, reposição de líquido em resposta
a consequentes perdas sanguíneas e também esclarecer as dúvidas das mulheres e seus
acompanhantes. Vale ressaltar que a assistência de enfermagem eficaz e qualificada
proporciona às mulheres que possuem miomas uterinos, resultados benéficos em seu aspecto
emocional e físico (FREITAS, 2011).
Através de sua consulta de enfermagem, tem papel importante para actuar desde o começo da
doença, a qual pode ajudar a diagnosticar precocemente a partir dos relatos dos sinais e
sintomas durante a consulta, proporcionando maiores chances de cura. Sendo assim, a
enfermagem após confirmação e análise de outros profissionais, pode intervir nas formas de
tratamento dando orientações a paciente em relação à forma de tratamento mais indicada para
seu quadro clínico (NASCIMENTO, 2016). Na atenção primária, sendo a unidade básica
porta de entrada para o atendimento, o enfermeiro com embasamento técnico e científico fará
a consulta de enfermagem, abordando a paciente e dando orientações quanto a necessidade de
realizar exame ginecológico como rotina e com isso possibilita o rastreamento de
enfermidades em sua fase inicial, o que possibilita o melhor tratamento (NASCIMENTO,
2016).
Segundo Almeida( 2015), as pacientes que possuem esclarecimentos sobre a doença, as que
são orientadas quanto a redução dos sintomas e as que são informadas em relação aos diversos
tipos de tratamento que existem, possibilita a minimizar a ansiedade e os medos da paciente,
trazendo em paralelo sua capacidade de discutir com seu médico e escolher o tratamento.
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lhe for imposto. O enfermeiro pode, portanto, aliviar sofrimentos e aumentar a autonomia da
mulher diante de um quadro de leiomiomatose (ALMEIDA, 2015).
Dessa forma diante do aumento preocupante dos casos e da escassez de publicações sobre o
tema, torna-se imprescindível aprofundar o conhecimento sobre o mioma uterino e suas
possíveis consequências que interferem na qualidade de vida das pacientes. Com isso, será
possível delinear ações de educação e saúde, bem como avaliar a qualidade da assistência,
reunindo condições favoráveis para a promoção da saúde da mulher de forma holística. A
presente pesquisa expandiu a compreensão, sobre mioma uterino e a participação da
enfermagem na assistência e na abordagem da temática, promovendo e contribuindo para o
cuidado a saúde, tendo em vista favorecer uma melhor qualidade do atendimento oferecido a
população feminina.
Fica claro que, além da limitada produção científica, esta não expressa o conhecimento da
enfermagem, mas sim da área médica. Sinaliza-se para a necessidade de sensibilizar os
profissionais de enfermagem, bem como outros profissionais da equipe multiprofissional, para
o desenvolvimento de estudos sobre implicações pós-cirúrgicas da histerectomia, de modo
que possamos ampliar a produção desse saber nas mais diversas áreas. Dessa forma, espera-se
que os profissionais sejam capacitados, para perceber, detectar e resolver os imprevistos, bem
como aprimorar a qualidade da assistência reunindo condições favoráveis para a promoção da
saúde e assim desenvolver os cuidados necessários para a mulher vulnerável ao acometimento
do mioma uterino.
3. ABORDAGEM METODOLÓGICA
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investigação que descreve os métodos e as técnicas utilizadas no quadro dessa investigação
(Fortin, 1999). Neste capítulo são aflorados os seguintes pontos:
3.3. População
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3.4 Amostra
Segundo Fortin (1999), a amostra, ou população amostral, é uma parte do universo escolhido
seleccionada a partir de um critério de representatividade.Utilizará-se amostragem não
probabilística intencional, no entanto utilizará-se como amostra da investigação 9
profissionais e 11 pacientes internadas com Miomas Uterino no Hospital Materno-Infantil
LIEPEY.
Para a realização de recolha de dados inicialmente deve-se a aprovação feita pelo comité de
ética do Instituto Técnico de saúde do Namibe. Desta feita solicitaremos uma credencial que
nos permitirá fazer a recolha de dados no hospital Materno-Infantil, onde a nossa petição
diante da direcção geral foi respondida com êxito.
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trabalho Os dados serão recolhidos mediante a aplicação de uma entrevista e inquérito ou
questionário semí-estruturado, constituído maioritariamente por perguntas fechadas.
As variáveis ou atributos são as características dos sujeitos num estudo. Esta informação serve
para traçar um perfil das características dos sujeitos da amostra (Fortin, 1999). No presente
trabalho as variáveis estudadas limitam-se às sócio-demográficas: idade, moradia, nível
acadêmico, económico e social.
De acordo com Fortin (1999), a ética é o conjunto de regras que regem o carácter moral do
processo de investigação. Assim sendo, nesta investigação foram respeitados os seguintes
princípios: O direito à autodeterminação, definido como, respeito pelas pessoas, em que elas
decidem livremente sobre a sua participação na investigação.
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O Cronograma de actividade permite dimensionar as etapas do desenvolvimento da pesquisa,
no tempo disponível para sua execução, normalmente são divididos em meses. Quanto
Cronograma de custos, distribuí todos os gastos previstos com a pesquisa, tanto em relação ao
pessoal quanto ao material. Vide a seguir os exemplos:
6 Revisão do texto X
7 Entrega do trabalho X
4.2. Cronograma de custos ou Orçamento
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIL, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa (4ª ed.). São Paulo: Atlas.
NASCIMENTO, Mirelly Naiara Batista. et al. Revisão literária: aspectos clínicos do mioma
uterino. Anais 2016: 18ª Semana de Pesquisa da Universidade Tiradentes. “A prática
interdisciplinar alimentado a Ciência”. 24 a 28 de outubro de 2016. ISSN: 1807-2518
BARROS, Renato Dias de. mioma do útero. In: BASTOS, Álvaro da Cunha. Ginecologia. 11.
ed. São Paulo: Atheneu, 2006. Cap. 28. p. 250-259
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6. ANEXOS
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Site: https://images.app.goo.gl/zMHPqkFTtJtPcu3X8
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