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Disciplina: Toxicologia

Professora: Laise Nayana Sala Elpidio


Aluna: Lauanna Mott Baessa
Data da entrega: 12/09/2023
OBS: não será aceito trabalhos entregues após essa data.

Estudo de caso
Os alunos de modo individual deverão realizar a leitura do artigo intitulado “Intoxicação
exógena por carbamato: relato de caso” escrito por Medeiros et al., 2017 e responder as
questões abaixo:

1) Qual o agente responsável pela intoxicação?


O agente responsável pela intoxicação é o carbomato, mais conhecido como chumbinho, que
é utilizado principalmente como raticida.

2) Explique o mecanismo de intoxicação desse agente intoxicante no organismo do


paciente.
Ao ingerir o raticida, o paciente apresentava pupilas puntiformes, bradicardia com frequência
cardíaca de 38 bpm, sem o uso de vasopressores. Possuía roncos e sibilos inspiratórios e
expiratórios à ausculta pulmonar, secreção clara e abundante à aspiração de vias aéreas,
grandes quantidades de resíduos gástricos, boa diurese por sonda vesical de demora e febril.

3) O que é a Síndrome colinérgica e quais são seus sintomas?


É uma condição causada pelo excesso de estimulação do sistema nervoso colinérgico, que é
responsável pela transmissão de sinais entre as células nervosas. Essa estimulação excessiva
pode ocorrer pelo uso de certos medicamentos, como inibidores da colinesterase, ou
exposição a substâncias tóxicas, como pesticidas.
Os sintomas da síndrome colinérgica podem variar, mas geralmente incluem:
Salivação excessiva; Suor excessivo; Lacrimejamento excessivo; Visão turva; Dor
abdominal; Náuseas e vômitos; Diarreia; Dificuldade para respirar; Fraqueza muscular;
Tremores; Bradicardia (batimentos cardíacos lentos); Pressão arterial baixa.

4) Pesquise sobre qual a importância da dosagem da colinesterase nesse caso de


intoxicação e explique o que significa a diminuição da dosagem da colinesterase no
paciente no estudo de caso.
A dosagem da colinesterase é importante pois ajuda a confirmar o diagnóstico e monitorar a
eficácia do tratamento. Ela é uma enzima que quebra a acetilcolina, um neurotransmissor
envolvido na transmissão de sinais entre as células nervosas. Quando ocorre intoxicação por
agentes colinérgicos, essas substâncias inibem a ação da colinesterase, resultando em um
acúmulo excessivo de acetilcolina nos receptores nervosos.
A dosagem diminuída da colinesterase, indica que a enzima está sendo inibida e que há um
acúmulo de acetilcolina no organismo.Essa diminuição confirma o diagnóstico de intoxicação
colinérgica e ajuda a guiar o tratamento adequado.

5) Pesquise e explique farmacologicamente e detalhadamente o mecanismo de ação da


atropina que justifique seu emprego para tratar esse caso de intoxicação.
A atropina é um medicamento anticolinérgico que é utilizado no tratamento de intoxicações
por agentes colinérgicos, como pesticidas ou inibidores da colinesterase. Seu mecanismo de
ação vem da sua capacidade de bloquear os receptores da acetilcolina, o que reverte os efeitos
da estimulação excessiva do sistema nervoso colinérgico.
Quando ocorre intoxicação colinérgica, há um acúmulo excessivo de acetilcolina nos
receptores nervosos, o que leva a uma superestimulação do sistema nervoso colinérgico. Isso
resulta em sintomas como salivação excessiva, sudorese, lacrimejamento, visão turva, dor
abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, dificuldade para respirar, fraqueza muscular, tremores,
bradicardia e pressão arterial baixa.
A atropina age bloqueando seletivamente os receptores muscarínicos da acetilcolina,
impedindo que a acetilcolina se ligue a esses receptores e exerça seus efeitos. Isso ajuda a
reverter os sintomas da intoxicação colinérgica, já que a atropina antagoniza os efeitos da
acetilcolina.
Ao bloquear esses receptores, a atropina promove uma série de efeitos farmacológicos,
incluindo:
Redução da salivação, sudorese e lacrimejamento excessivos; Dilatação das pupilas
(midríase) e melhora da visão turva; Redução da motilidade gastrointestinal, aliviando a dor
abdominal, náuseas, vômitos e diarreia; Relaxamento dos músculos bronquiais, facilitando a
respiração; Aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e elevação da pressão arterial,
contrabalançando a bradicardia e a hipotensão.
A atropina não remove a substância tóxica do organismo, mas bloqueia os efeitos da
acetilcolina, aliviando os sintomas da intoxicação colinérgica.

6) Quais os procedimentos a serem realizados na descontaminação do paciente nessa


intoxicação?
1. Remoção das roupas contaminadas: O paciente deve ser desvestido para remover qualquer
roupa que possa estar contaminada com a substância tóxica. Isso ajuda a reduzir a exposição
contínua à substância.
2. Lavagem do corpo: O paciente deve ser imediatamente lavado com água e sabão para
remover qualquer resíduo da substância tóxica que possa estar na pele. É importante garantir
que todas as áreas do corpo sejam lavadas, incluindo as dobras da pele.
3. Enxágue dos olhos: Se houver exposição da substância tóxica aos olhos, é necessário
enxaguá-los com água limpa ou solução salina estéril. Isso ajuda a remover a substância e
reduzir a irritação ocular.
4. Descontaminação das vias respiratórias: Se houver inalação da substância tóxica, é
importante remover o paciente do local contaminado para um ambiente com ar fresco. Se
necessário, deve-se administrar oxigênio suplementar para ajudar na respiração.
5. Descarte adequado das roupas e materiais contaminados: Todas as roupas e materiais
utilizados durante a descontaminação devem ser descartados de forma segura, seguindo as
diretrizes de descarte de resíduos tóxicos.

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