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AULA
Governança corporativa
Meta da aula
Apresentar as práticas de governança
corporativa em uso pelas empresas.
objetivos
Pré-requisito
Para melhor compreensão desta aula, releia a
Introdução da Aula 2 ("O relacionamento da
empresa com os seus diversos públicos-alvo").
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OS NOVOS CAPITALISTAS
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mas sim os acionistas, isto é, os principais detentores de suas ações,
aqueles que investem suas economias na compra de ações dessas
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empresas. Esses são os novos capitalistas do mundo empresarial.
Um outro autor que destaca esse fenômeno é William Greider,
em seu novo livro The Soul of Capitalism (A alma do capitalismo).
O autor visualiza o início de um processo de reinvenção do capitalismo e
destaca os acionistas como os principais donos da América corporativa:
“Quanto aos acionistas, algo que aconteceu nos EUA recentemente é
que as grandes instituições fiduciárias (os fundos de pensão, mútuos
e outros) agora são os principais donos da América corporativa. Eles
acumularam trilhões de dólares em poupança e agora detêm 60% do
mercado de ações dos EUA.”
São os fundos de investimento e de pensão, cujas cotas pertencem
a milhões de investidores, os novos proprietários de empresas. Essa nova
propriedade é um fenômeno marcante da nova economia globalizada.
Estes são os novos capitalistas: os investidores proprietários de ações.
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O QUE SÃO AÇÕES?
“As empresas são
propriedades dos acionistas.
Seus interesses são os interesses dos
acionistas” (Milton Friedman).
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O QUE É GOVERNANÇA CORPORATIVA (GC)?
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O primeiro código de governança corporativa é de 1992, surgido
na Inglaterra. Os acionistas elegeram os conselhos que nomeavam os
presidentes das corporações. Era o início da prática de governança
corporativa. No Brasil, o primeiro código foi lançado em 1995.
Do inglês corporate governance, governança corporativa é o
sistema pelo qual os acionistas de uma empresa governam a mesma.
É, portanto, um sistema que se aplica somente às empresas de capital
aberto. São as práticas e os arranjos institucionais que regem as relações
entre os acionistas e as administrações das empresas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC),
governança corporativa é um sistema pelo qual as sociedades são diri-
gidas e monitoradas envolvendo os acionistas e cotistas, o conselho de
administração, a diretoria, a auditoria independente e o conselho fiscal.
Também pode ser definida como um conjunto de procedimentos
de gestão que visa regular os interesses dos investidores-acionistas da
empresa.
O interesse pela governança corporativa aumentou a partir dos
escândalos financeiros corporativos que ocorreram nos EUA, nos anos
de 2001 e 2002. Tais escândalos atingiram grandes corporações, como
Enron, Worldcom e Tyco, que abalaram a confiança dos investidores.
Como resultado, os investidores passaram a não mais investir em ações
das grandes empresas nas Bolsas de Valores.
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• possui apenas ações com direito a voto, ordinárias, e oferece Tag
Along de 100% a todos os acionistas (direito de inclusão em
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eventual oferta pública de alienação de controle ao preço igual
pago para as ações ordinárias integrantes do bloco de controle);
• possui um Conselho de Administração composto de oito integran-
tes e cujo funcionamento está adaptado ao regulamento do novo
mercado da Bovespa que será visto nesta aula posteriormente;
• adota os seguintes sistemas de controle interno e externo:
auditoria interna e externa;
• implantou o Conselho Fiscal em 2008, composto por seis
membros;
• na qualidade de empresa de capital aberto, criou a Diretoria de
Relações com os Investidores, órgão responsável pelo contato
com o mercado de capitais, pela divulgação de informações aos
acionistas e investidores;
• tem um website − http://www.csu.com.br/index.asp − para a divul-
gação dos resultados da empresa (press releases, códigos,
políticas etc.);
• presta atendimentos presenciais para os acionistas na sede da
empresa e promove visitas a seus escritórios;
• de acordo com a Lei das Sociedades por Ações e com o Estatuto
Social da Companhia, realiza assembléia geral ordinária de
acionistas até 30 de abril de cada ano, quando os acionistas
devem decidir sobre a distribuição dos dividendos anuais (que
é sempre, no mínimo, 25% do lucro líquido ajustado).
(Texto extraído do Relatório de Administração 2008, publicado
na Gazeta Mercantil de 10.3.03, p. A 11.)
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Conselho de Administração
Diretoria Executiva
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Vale ressaltar que algumas empresas utilizam como componentes
de seus sistemas de governança corporativa outras unidades, tais
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como auditoria interna e comitês do Conselho de Administração, que
atuam como fóruns de discussão de temas estratégicos e unidades de
assessoramento do Conselho de Administração.
A estrutura baseada em comitês emerge como a mais nova
tendência organizacional das empresas de capital aberto. O Comitê de
Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado (CODIM),
órgão formado por entidades do mercado, propôs a adoção de um novo
modelo para a divulgação de fatos relevantes: a criação de um Comitê
de Divulgação.
Segundo os técnicos do CODIM, responsáveis pela proposta, “a
informação alvo de fato relevante é aquela que pode influenciar de modo
ponderável a cotação das ações e outros títulos emitidos pela empresa,
a decisão dos investidores de comprar, vender ou manter esses papéis e
ainda a decisão dos acionistas de exercer quaisquer direitos inerentes à
titularidade das ações”.
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O professor Marcos
Fernandes, em entrevista
publicada na revista Carta Capital, de
20.2.02 e autor do livro Política da corrupção no
Brasil, assim explicou o fenômeno dos escândalos:
“Sempre houve uma crença de que o mercado de
empresas de auditoria e consultoria seria eficiente no
sentido de controlar o comportamento das empresas,
principalmente de seus altos executivos.
O caso Enron provocou o contrário; mostrou haver
conluio de interesses. O órgão fiscalizador é
cooptado pelo fiscalizado.”
Atividade 1
O Bradesco tem 1,4 milhão de acionistas e investidores e com eles estabelece 1
contato permanente por meio da sua área de relações com investidores. O banco,
em seu processo de comunicação com seus acionistas, utiliza diversos veículos,
como o “Boletim trimestral acionista sempre em dia”, o RI Express (relações com os
investidores), o site Bradesco, encontros e reuniões com acionistas e a divulgação de
diversos relatórios.
Em 2006, o banco registrou um lucro de R$ 6,4 bilhões, dos quais 44,9%, cerca de R$
2,16 bilhões, foram distribuídos na forma de juros sobre o capital próprio. No primeiro
semestre de 2007, o lucro foi de R$ 4 bilhões e uma parcela significativa foi distribuída
aos acionistas.
No Brasil, suas ações estão entre as mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo
– Bovespa.
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Resposta Comentada
O Bradesco, ao manter uma constante comunicação com seus acionistas, adota
o princípio V (divulgação e transparência). Suas ações de comunicação garantem
uma divulgação precisa e oportuna de todas as questões relevantes relacionadas
com a corporação, como, por exemplo, informações sobre a situação financeira,
desempenho, composição societária e governança da empresa.
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! Warren Buffet, mago das
finanças internacionais e um bem-
sucedido investidor americano, identifica as
seguintes características para o bom desempenho de
um Conselho de Administração: entendimento de
negócios, interesse e orientação para a
defesa dos acionistas.
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Os Conselhos de Administração surgiram e se fortaleceram dentro
do movimento de crescimento das práticas de governança corporativa em
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todo o mundo. Ao representarem os acionistas de uma empresa perante
sua administração, os membros do Conselho de Administração atuam
como governantes efetivos.
Eles devem decidir questões da maior importância para a sobre-
vivência e para o futuro da empresa, como, por exemplo, para que serve
a empresa, como ela vai criar valor para a sociedade e para os seus
acionistas e manter-se lucrativa, o que ela vai produzir e comercializar
e qual será o seu portfólio de produtos e serviços.
Como o Conselho representa o mais alto nível de gestão da em-
presa, seus membros são responsáveis pela definição, implantação e
avaliação das estratégias-chave da empresa.
Dentre as principais funções do Conselho, como vimos anterior-
mente, devemos destacar as seguintes: orientar o presidente-executivo
(CEO) em seu trabalho de gerenciar a empresa e ajudá-lo na elaboração
e implementação de um plano de ação; exercer o controle e a fiscalização
de todas as atividades de gestão da empresa; escolher o presidente da
empresa; definir a estratégia e as políticas a serem implementadas; decidir
e fiscalizar os planos de stock options (opções de compra de ações – são
um direito conferido a diretores ou funcionários da empresa de adquirir,
cumpridas determinadas condições, ações da companhia para posterior
revenda), preservando o interesse dos acionistas.
É importante lembrar que as funções de presidente da empresa (CEO
– Chief Executive Officer) e de presidente do Conselho (CGO – Chief
Governance Officer) não devem ser exercidas pela mesma pessoa.
O Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa,
elaborado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC),
estabelece algumas diretrizes e procedimentos para criação, estruturação e
funcionamento dos Conselhos de Administração. O Código propõe a criação
de um Conselho, independentemente da forma societária, se companhia
aberta ou fechada – “Toda sociedade deve ter um Conselho de Administração
eleito pelos sócios” – e define a sua missão: “Proteger e valorizar o patri-
mônio, bem como maximizar o retorno do investimento.”
O Código também define as atribuições do Conselho: definir a
estratégia de negócios, decidir sobre a eleição e a destituição do principal
executivo da empresa (no caso, o presidente) e demais executivos (no
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Diversos autores analisaram a estrutura e o funcionamento dos
Conselhos de Administração, definindo tipos e arranjos estruturais
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distintos:
• o modelo de empresa governada (John Pound);
• o modelo de classificação dos Conselhos (Charan);
• a teoria dos 3 I’s (Peter Drucker).
Fonte: Autor.
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os membros do Conselho revelam-se incompetentes para exercer
sua função.
Peter Drucker, em 1991, em artigo publicado na Harvard Business
Review, criticou a grande concentração da propriedade, característica do
modelo stakeholders. Deu como exemplo, à época, a Alemanha, onde
60% das ações das maiores empresas estavam em poder de três bancos,
e o Japão, onde 20% a 30% das ações de uma empresa pertenciam a um
banco ou a uma outra empresa.
Drucker também criticou o modelo de governança norte-americano,
que, segundo ele, estava muito próximo do modelo nipo-germânico (mode-
lo stakeholders).
Em 1990, segundo ele, os fundos de pensão norte-americanos eram
os principais investidores institucionais do mercado, pois detinham 40%
das ações das maiores empresas do país.
Completando sua visão crítica do modelo, Drucker afirmou que “os
fundos de pensão não podiam mais ser considerados investidores, pois se
no total eles detinham 75% das ações, a sua participação em cada empresa
não passava de 1% ou 2% e, assim, poderiam sair de suas posições com
relativa facilidade”.
Para ele, o proprietário da maior parte de uma empresa deveria ser
o acionista proprietário, cuja função deveria ser monitorar a atuação dos
administradores, com o objetivo de assegurar a maximização do retorno
esperado do negócio.
Atividade 2
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) lançou, em junho de 2
2008, o Modelo de Regimento Interno do Conselho de Administração.
Segundo Paulo Campos Salles, do IBGC, o objetivo da publicação é propiciar às
companhias abertas ou fechadas um manual que discipline o funcionamento do seu
Conselho de Administração e oriente os conselheiros, acionistas, investidores, advogados
e demais agentes da governança.
De acordo com o disposto no modelo, o Conselho de Administração deve estabelecer
a orientação geral dos negócios da companhia, decidir sobre questões estratégicas e
definir os parâmetros de atuação dos Conselhos:
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Resposta Comentada
De acordo com o Modelo de Regimento Interno do Conselho de Administração do
IBGC, a principal competência do Conselho de Administração é definir a estratégia
de negócios e monitorar a sua implantação pelo CEO e pelos demais membros
da diretoria da empresa.
Este modelo define como competência-chave do Conselho de Administração
estabelecer a orientação geral dos negócios da companhia e decidir sobre questões
estratégicas, e, dentre os parâmetros que devem nortear a atuação do Conselho de
Administração, destaca que a ele compete zelar pela perenidade da companhia
dentro de uma perspectiva de longo prazo e de sustentabilidade.
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O CÓDIGO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E
SEUS PRINCÍPIOS
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As práticas de governança corporativa (GC) baseiam-se em
valores que devem nortear o comportamento dos executivos e gerentes
da empresa, sobretudo no seu relacionamento com os acionistas.
De acordo com o Código Brasileiro de Governança Corporativa, os
princípios básicos da governança corporativa são:
Transparência Eqüidade
Responsabilidade Prestação
corporativa de contas
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Isso é feito por meio da garantia dos direitos fundamentais: direito essen-
cial de voto, direito essencial de participação nos lucros, direito essencial
de fiscalização de gestão dos negócios, direito essencial de retirar-se da
sociedade ou vender suas ações.
• A prestação de contas diz respeito à divulgação de relatórios e
contratos.
• A responsabilidade corporativa é a ênfase da empresa às questões
socioambientais e que se traduz em programas e projetos geradores de
impacto social.
Em 1999, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
(IBGC) lançou o Código Brasileiro de Melhores Práticas de Governança
Corporativa, cujo objetivo é indicar caminhos para todos os tipos
de sociedade comercial, visando aumentar seu valor, melhorar seu
desempenho, facilitar o acesso ao capital a custos mais baixos e contribuir
para a sua sustentabilidade a longo prazo.
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EM BUSCA DE REGRAS MAIS RÍGIDAS DE GOVERNANÇA
CORPORATIVA: O NOVO MERCADO
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Em dezembro de 2000, foi lançado pela BM&F Bovespa o
“Novo Mercado”. O Novo Mercado é um compromisso assumido
pelas empresas que dele fazem parte, de adotar práticas de governança
corporativa adicionais em relação ao que é exigido pela legislação e
também que vão além dos níveis estipulados por ela.
A Bovespa estipulou dois níveis de governança corporativa para
as empresas:
Nível 1: empresas neste nível oferecem a seus acionistas melhorias
nas práticas de governança corporativa, como divulgação de informações,
realização de reuniões públicas, apresentação de calendário anual,
divulgação de contratos.
Nível 2: empresas neste nível cumprem o disposto no nível 1
e adotam o padrão internacional na divulgação das demonstrações
financeiras; têm um Conselho de Administração atuante com, no mínimo,
20% dos membros como conselheiros independentes e adesão à C Â M A R A CÂMARA DE
ARBITRAGEM
DE A R B I T R A G E M do Mercado para resolução dos conflitos societários.
É um foro criado
A adesão de empresas ao Novo Mercado ocorre pela assinatura de pela Bovespa para
resolver disputas
um contrato no qual elas se comprometem a seguir uma série de regras societárias e do
societárias denominadas boas práticas de governança corporativa, que mercado de capitais.
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O Novo Mercado
O Novo Mercado constitui
um selo de qualidade e o mais
alto segmento de governança
corporativa da Bolsa de Valores.
Atividade 3
A Plascar, empresa que atua no setor automobilístico, anunciou, em novembro 3
de 2008, a sua migração para o Novo Mercado.
Uma das exigências a serem cumpridas era a alteração das funções dos membros do
Conselho de Administração, de modo que o Presidente da empresa e do Conselho
de Administração não fosse exercido pela mesma pessoa.
O acionista majoritário da Plascar é a Femali do Brasil Indústria e Comércio Ltda., uma
subsidiária da multinacional americana International Automotive Components Group.
A Femali detém 99,99% do capital votante da Plascar e 56,52% do capital total.
(Texto adaptado da matéria “Plascar deve migrar para o Novo Mercado”, Gazeta
Mercantil, 11.11.08, p. B5.)
Por que uma das principais exigências para ingressar no segmento do Novo Mercado
é não permitir que o presidente da empresa acumule as funções de presidente do
Conselho de Administração?
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Resposta Comentada
A adesão de empresas ao Novo Mercado segue uma série de regras societárias,
denominadas boas práticas de governança corporativa, que vão além das regras
básicas da governança corporativa. De acordo com as regras básicas, compete ao
Conselho de Administração monitorar o desempenho do presidente da empresa,
decidir sobre sua eleição e destituição, se necessário for.
Sendo assim, ambos os cargos, presidência da empresa e presidência do
Conselho de Administração, não podem ser exercidos pela mesma pessoa
no Novo Mercado.
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CONCLUSÃO
Atividade Final 4
A Marítima Seguros S.A., empresa que atua no segmento de seguros, decidiu adotar o
modelo de governança corporativa, com o objetivo de estar adequadamente preparada
para a abertura de seu capital via mercado acionário.
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Diante de um cenário macroeconômico extremamente favorável, quando o mercado
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como um todo oferece uma grande janela de oportunidades às empresas para a
realização de ofertas públicas de ações, a Marítima passou a se preparar para novos
desafios tais como contratação de escritórios de advocacia especializados, nova
superintendência jurídica, serviços de auditoria terceirizada da KPMG, reforço dos
controles internos com a contratação de um gerente corporativo de gestão de risco,
contratação da consultoria Deloitte-Tohmatsu, criação de um comitê independente
de auditoria e a contratação de um novo diretor financeiro que também coordenará
a área de Relações com o Investidor.
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Resposta Comentada
O primeiro componente priorizado pela empresa foi a auditoria e consultoria externa.
O segundo componente foi o comitê independente de auditoria, que é uma modalidade
de comitê de gestão. O terceiro componente foi a diretoria financeira, com a contratação
de um novo executivo para o cargo. A sua resposta termina aqui; embora não conste do
texto, é bem provável que a empresa tenha constituído um Conselho de Administração
e um Conselho Fiscal, pois são ambos importantes componentes de qualquer
sistema de governança corporativa.
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