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CAPÍTULO 4
A EMPRESA:
PRODUÇÃO, CUSTOS E LUCROS
58 - PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
testes dos quais a empresa depende: obtenção de benefícios o que facilita a concentração de grandes capitais. Cada
suficiente para reembolsar o capital, tendo em conta o o sócio acionista tem responsabilidade limitada,
demanda do cliente, cumprindo compromissos com especificamente ele só é responsável pelo capital que possui
fornecedores e executando uma tarefa aceita contribuiu e não é responsável por dívidas
pela sociedade. sociais da empresa. Ao limitar a responsabilidade dos
proprietários, há menos protecção jurídica para os
credores a quem o
4.1.2 Tipos de sociedades segundo sua natureza jurídica
A sociedade deve dinheiro.
De acordo com a sua natureza jurídica, as sociedades podem ser divididas • Se os sócios contribuem com capital e trabalho, falamos de
em (ver Esquema 4.1): Sociedade Limitada do Trabalho. Quando é criado
• A sociedade unipessoal é a forma para atender às necessidades dos parceiros são
mais simples estabelecer um negócio. Esse tipo de Cooperativas, compartilhando riscos e benefícios.
As empresas pertencem e são dirigidas por um indivíduo.
O proprietário será responsável pela empresa com todos
As sociedades comerciais são aquelas que têm
os seus bens pessoais.
adotou uma das formas previstas no Código
• Social: a empresa pertence a uma pessoa jurídica ou do Comércio ou por leis especiais e, portanto,
grupo de pessoas ou parceiros. Essas empresas estão inscritos na Conservatória do Registo Comercial. Eles também são
pode ser coletivo regular, quando os sócios empresas comerciais que, não tendo
Fornecem trabalho e capital e têm responsabilidade inscrito na Conservatória do Registo Comercial exercer
limitada; coletivo irregular, quando alguns sócios apenas Atividade comercial.
contribuem com trabalho, e limitados,
onde existem sócios comanditados e sócios comanditários
que contribuem com capital e sua responsabilidade é
limitado ao capital aportado. Se eles contribuírem com capital
4.1.3 A atividade produtiva da empresa:
por meio de ações, é uma sociedade anônima
por ações. decisões-chave
• Coletivo regular
• Coletivo irregular
• Limitado
maximizar os lucros. No que diz respeito a como etc. Se quiséssemos aumentar a produção no curto prazo
devem ser produzidos, ou seja, quais métodos devem ser seguidos na prazo, alguns desses fatores (os fatores fixos) não
produção e em que proporções poderia ser aumentado no curto prazo e só seria possível
fatores diferentes, assumimos que os técnicos determinam aumentar a produção com maiores quantidades de
a tecnologia mais eficiente e que esta é a utilizada pelo aqueles outros (os fatores variáveis), como o fator
homem de negocios. Logicamente, a diferente forma de organizar o obra, cuja aquisição em maiores quantidades é viável em curto
atividade produtiva se refletirá nos resultados da espaço de tempo.
empresas, que por sua vez serão condicionadas pela
natureza do negócio. O curto prazo é um período de tempo superior
a partir do qual as empresas podem ajustar a produção
A atividade fundamental desenvolvida por toda empresa alterando fatores variáveis, como
é a produção que consiste na utilização do trabalho e materiais. No curto prazo o
fatores produtivos e insumos intermediários para Fatores fixos, como edifícios e equipamentos, não
obter bens e serviços. podem ser totalmente ajustados.
Os fatores produtivos serão os recursos naturais, Para facilitar a análise, consideremos que estamos
os trabalhadores e as dotações de capital físico utilizadas estudando a produção de mercado pela fábrica antes
(edifícios, equipamentos, instalações, etc.). mencionado e que variações só podem ocorrer nas quantidades
de mão-de-obra utilizadas, permanecendo constantes os demais
Em economia, o termo capital significa capital fatores produtivos.
físico, isto é, máquinas e edifícios, e não capital Na Tabela 4.1, na primeira coluna, aparece a quantidade
financeiro.
de mão de obra utilizada na produção do sorvete.
A segunda coluna mostra o produto ou produtividade
total (PT), ou seja, a quantidade de sorvete obtida para
4.2 A função de produção: o curto diferentes níveis de trabalho. Da mesma forma, a terceira coluna
coleta os valores do produto ou produtividade marginal do
e o longo prazo trabalho (PML). A quarta coluna contém o
produto médio ou produtividade média (PMeL).
Dada uma quantidade fixa de fatores, a quantidade de produto
ou produção que pode ser obtida depende do estado do O produto marginal (MLP) mede a variação que
tecnologia. Podemos descrever a tecnologia, ou seja, o produz no produto total (PT) ao usar um
estado do conhecimento técnico da sociedade, em um unidade a mais do fator variável (PML = PT/ L). O produto médio
determinado momento, através do conceito de função de (PMeL) é definido como a razão entre o
produção. produto total e o número de unidades físicas do fator
produção variável (PMeL = PT/ L).
A função de produção especifica o relacionamento
entre o número de fatores usados para produzir O produto marginal (MLP) do trabalho é o
um bem e a quantidade produzida desse bem. produto extra obtido quando a quantidade
de trabalho utilizado é aumentado em uma unidade.
Para analisar a produção, tomemos como referência PT
PML = ––––––
o caso de uma empresa que utiliza dois fatores produtivos; eu
trabalho e capital, especificados nas instalações e nos
equipamentos necessários para a fabricação do sorvete, que é o
produto ou saída. O empresário tentará preparar o
quantidade máxima de sorvete, com uma determinada quantidade de A representação gráfica da quantidade total de gelados (PT)
fatores produtivos. Esta informação é fornecida por produzidos pela empresa que estamos a analisar,
a função de produção. da quantidade adicional produzida por cada trabalhador
adicional (PML) e da quantidade média de litros de sorvete
preparados por cada trabalhador (PMeL) são coletados no
4.2.1 A função de produção e o curto prazo: Figura 4.1.
fatores fixos e variáveis Como pode ser visto na Figura 4.1a), o produto de trabalho
Muitos dos fatores usados na produção total começa na origem das coordenadas, pois se forem
São bens de capital, como máquinas, edifícios, utilizadas 0 unidades de trabalho, obtemos
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60 - PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
00 0 0
1 55 55 – 0 = 55 55
2 142 142 – 55 = 87 71
3 250 250 – 142 = 108 83
4 381 381 – 250 = 131 95
5 500 500 – 381 = 119 100
6 580 580 – 500 = 80 97
7 653 653 – 580 = 73 93
8 695 695 – 653 = 42 87
9 720 720 – 695 = 25 80
10 720 720 – 720 = 0 72
para) b)
O máximo é alcançado
quando a quantidade de
750 trabalho é 10
M 150
500
eh
Produção
)roda
100
()PT Máximo
erP
voro
edm
oãaeçntua ds
p
nto
aoh
lo roa
giddb
ulia orm
éa P
rd
et
250 cinquenta
produtos
marginal
()PML
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Quantidade de trabalho Quantidade de trabalho
(trabalhadores por semana) (trabalhadores por semana)
0 unidades de produto e é uma função crescente. serão 55 litros de sorvete por semana, correspondendo ao
Aumenta continuamente à medida que o primeiro trabalhador, para 131 litros, para o quarto trabalhador.
quantidade de mão de obra empregada, fazendo-o a uma A partir deste trabalhador a quantidade total de sorvete
taxa crescente até que o quarto trabalhador seja contratado. Neste continua a aumentar, mas a uma taxa decrescente até
momento em que a curva do produto total tem um ponto de atingir um máximo, o máximo, M, quando usado
inflexão e vai de aumentar a uma taxa crescente para fazê-lo 10 trabalhadores e depois diminui.
a uma taxa decrescente. Neste mesmo intervalo, o produto Como consequência da forma da curva do produto total,
marginal está aumentando (Figura 4.1b), passando de a curva do produto marginal inicialmente
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cresce até atingir o máximo, ao nível do ponto de A produtividade está associada à relação entre o produto
inflexão da curva do produto total e depois diminui. Assim, o total e número de trabalhadores. Justamente o curto prazo se
produto marginal do quinto trabalhador é 119 caracteriza pelo estudo da produtividade de um fator
litros de sorvete e continua diminuindo até atingir variável, ou seja, a evolução da quantidade produzida
um valor nulo, no caso do décimo trabalhador. Os valores do quando um dos fatores permanece fixo e o outro varia.
produto total e do produto marginal da Tabela
Representação gráfica dos valores dos produtos
4.1 aparecem “suavizados” na Figura 4.1.
médio (PMeL) contido na Tabela 4.1 mostra que, quando
igual ao produto marginal (MLP), o produto médio
A curva do produto total mostra a relação entre a inicialmente aumenta quando a quantidade de
quantidade de um fator variável (mão de obra) e a trabalho, e, a partir de certo nível, no exemplo considerado o
quantidade de produto obtido. A curva de quinto trabalhador, começa a diminuir. O máximo
produto marginal de um fator variável (trabalho) do produto ou produtividade média é chamada de ótima
mostra o aumento no produto obtido usando técnico. A Figura 4.1b) também mostra que quando o
uma unidade adicional desse fator.
o produto marginal é maior que o produto médio, a curva do
produto médio está aumentando e, quando é menor, o
a curva do produto médio está diminuindo, de modo que quando
A lei dos rendimentos decrescentes a curva do produto marginal corta a curva do produto médio ela
A justificativa do comportamento observado no atinge seu máximo.
A Figura 4.1 baseia-se na chamada lei dos rendimentos
decrescentes, que se refere à quantidade de produto 4.2.2 Produção e longo prazo
adicional que é obtido ao adicionar sucessivamente
Se o produto que uma empresa lança no mercado tiver uma
unidades iguais adicionais de um fator variável para um
demanda crescente, ela desejará expandir o
quantidade fixa de um ou mais fatores. De acordo com esta lei,
Produção. A empresa pode fazer imediatamente
a partir de um determinado nível de emprego (no caso da Tabela
forçar a força de trabalho existente a fazer horas extras,
4.1, o quarto trabalhador), obtêm-se quantidades sucessivamente
podendo também aumentar o número de empregados
menores de produto (no nosso caso, sorvete)
contratados. A longo prazo, e se a pressão continuar
adicionando doses iguais de um fator variável (trabalho) a um
da demanda, os gerentes da empresa considerarão
valor fixo de um fator (por exemplo, o edifício).
a comodidade de ampliar as instalações e até mesmo
construir uma nova fábrica.
A lei dos rendimentos decrescentes afirma que
Se houver pelo menos um fator fixo na produção
No longo prazo, as empresas têm a possibilidade de
e unidades sucessivas do fator variável são adicionadas,
alterar a quantidade de qualquer um dos fatores que
Chegará um momento em que os aumentos
usado na produção, incluindo capital.
da produção será cada vez menor.
62 - PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
usado de todos os fatores, obtemos mais que o dobro do pelo valor dos fatores utilizados pela empresa
produtos. No exemplo considerado (Tabela 4.3), passamos para produzir o bem. Dependendo da remuneração do
ter uma fábrica e 16 funcionários duplos, ou seja, fatores que são usados na produção, o mesmo acontecerá com os
duas fábricas e 32 trabalhadores e a quantidade produzida de custos enfrentados pelo empresário. O nível de custos é uma
sorvete passa de 1.000 litros para 2.200 litros de sorvete. variável importante para a empresa, uma vez que
A partir do preço dos bens vendidos e, consequentemente, dos
Da mesma forma, existem retornos constantes de escala
rendimentos obtidos e do custo, o empresário decidirá qual a
quando a quantidade utilizada de todos os fatores e o
quantidade do bem que deverá produzir.
quantidade de produto obtido varia na mesma proporção. Por fim,
diremos que há retornos para O lucro da empresa é definido como a diferença entre a
escala decrescente ao variar a quantidade utilizada de todos os receita total e o custo total, de modo que
fatores em uma determinada proporção, Tentar reduzir custos ao mínimo é uma exigência para
a quantidade obtida de produto varia em proporção maximizar os lucros, que é o objetivo de todos
menor. empresa. Por outro lado, num ambiente cada vez mais competitivo,
a redução de custos é um elemento chave
Produção mostra retornos de escala
ser capaz de fixar o preço a um nível que permita a concorrência
crescente, decrescente ou constante quando
no mercado. Assim, pense no caso da fábrica
um aumento proporcional de todos os fatores causa
sorvete que está sendo considerado: a forma de competir
no produto um aumento, mais que proporcional,
com outros da mesma categoria e com qualidade semelhante
menos que proporcional ou bastante proporcional.
no serviço é pelo preço. Portanto, o custo é
uma variável estratégica para a empresa.
Tabela 4.2 – O curto prazo, o longo prazo e os retornos
Custos contábeis e custos explícitos
Evolução da Nós estudamos...
produção quando...
Em economia o conceito de custo utilizado é mais
mais amplo do que o custo usado na contabilidade, que é
Curto prazo … um dos fatores …a produtividade corresponde às despesas monetárias incorridas
produtivos permanece de um fator variável pelo uso de fatores produtivos. Em economia, o conceito de custo
fixo e o outro varia relevante é o custo de oportunidade e inclui custos explícitos ou
Longo prazo … todos os fatores …os retornos contabilísticos e
produtivos variam escala de função custos implícitos ou custos de fatores que não exigem
na mesma proporção de produção um desembolso de dinheiro. Quando a empresa contrata
os recursos no mercado o custo monetário destes
coincide com o custo de oportunidade, mas quando
Tabela 4.3 - Retornos de escala: um exemplo
obtido dentro da empresa, o custo contábil pode ser inferior ao
custo de oportunidade, uma vez que o fator produtivo em questão
Fator Fator Nível de performance poderia ser utilizado em outra atividade
capital (*) trabalho (*) produção alternativa.
1 16 1.000
Custos explícitos são custos de fator
2 32 2.000 Constantes que exigem que a empresa pague dinheiro
enquanto os custos implícitos são os custos de fatores
2 32 1.700 Diminuindo
que não exigem que a empresa gaste dinheiro.
2 32 2.200 Crescentes
Ele sabe que se trabalhasse como electricista, que era a sua período de tempo às flutuações na produção e
profissão, ganharia 2.000 euros por mês. que também requerem manutenção. Os custos que
gerados por fatores fixos e que não dependem do volume de
Para calcular os custos totais incorridos pelo produção são chamados de custos fixos. De fato,
empresa vamos começar pelos custos explícitos, ou seja, o As instalações iniciais de qualquer fábrica são realizadas
matérias-primas e os salários que você paga mensalmente com base no volume de atividade que se espera alcançar
São 10.000 euros. Portanto, estes são os custos contábeis:
nos próximos anos e é lógico que no início parte do
as instalações deste ativo fixo permanecem desocupadas; No
entanto, dão origem a certos custos: manutenção, amortização,
Custos contábeis = Custos explícitos = 10.000
etc., que não dependem do
Estes não são, no entanto, todos os custos em que volume de produção e que fazem parte dos custos
incorre. A empresa não paga pela utilização das instalações, mas fixo.
ele está desistindo dos 5.000 euros que poderia receber Por outro lado, os custos que variam com o nível de
pelo arrendamento das instalações, o que representa um custo produção e estão associados a fatores variáveis,
de oportunidade. Além disso, o empresário está abrindo mão de 2 mil São custos variáveis. Esses custos estão associados
euros por mês para trabalhar na sua própria empresa fatores variáveis, como mão de obra e materiais
para trabalhar como eletricista. Portanto, os custos implícitos primos. O custo total é a soma dos custos fixos e do
que você incorre mensalmente para se dedicar a custos variáveis.
fazer sorvete seria o seguinte:
• Custos fixos (FC) são os custos dos fatores
Custos implícitos = 5.000 + 2.000 = 7.000 ativos fixos da empresa e, portanto, no curto prazo são
independente do nível de produção.
O custo de oportunidade que o empresário incorre ao se
dedicar à produção de sorvetes, ou seja, o custo econômico • Custos variáveis (CV) dependem da quantidade
será a soma dos custos explícitos e do uso dos fatores variáveis e, portanto, do
implícito: nível de produção.
Custo econômico = Custos explícitos + + • Os custos totais (TC) são iguais aos custos fixos
Custos implícitos = 10.000 + 7.000 = 17.000 mais custos variáveis e representam a menor despesa
necessário para produzir cada nível de produção.
64 - PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
preparação de mais um litro de sorvete. Assim, o custo marginal têm que trabalhar e sua produtividade é reduzida, o que leva a
do primeiro litro de gelado é de 22,5 euros, o que que os custos marginais aumentem.
é a diferença entre o custo total incorrido na produção
A forma em “U” da curva de custo marginal
uma unidade e o custo total quando nada é produzido,
curto prazo, com seção decrescente, com certo nível de produção
o que equivale a dizer que os custos são incorridos
em que atinge o mínimo, já que
fixo 45 euros. O CM prepara o segundo litro de
A partir deste nível, com secção crescente, assenta sobre o
o gelado é de 12,5 euros e o CM continua a diminuir até
lei dos rendimentos decrescentes e está incluída na
atingir um valor de 7,5 euros e deste valor o
Figura 4.2.
aumentos de custos marginais (Tabela 4.4.)
Custos médios ou unitários
Esta evolução do custo marginal é explicada pela existência
de rendimentos crescentes numa primeira fase, que Custos médios ou unitários são os custos por unidade
Fazem com que o custo marginal diminua, uma vez que os novos de produção. O conceito de custo médio pode ser aplicado às
categorias de custos acima mencionadas, ou seja, ao
trabalhadores contratados acrescentam mais à produção do que ao
custos fixos, variáveis e totais.
custo. Numa segunda fase, como já foi observado ao estudar o
produto marginal, os retornos marginais estão diminuindo, o que O custo fixo médio (CFMe) é a razão entre o custo fixo (CF) e
justifica o aumento dos custos marginais o nível de produção; o custo variável
a partir de um determinado nível, uma vez que os novos média (CVMe) é o custo variável (CV) dividido pelo
trabalhadores têm menos capital (edifícios, instalações, etc.) com os quais
nível de produção, e o custo total médio (CTMe) é o
0 Quatro cinco
0,0 45,0 indefinido
1 Quatro cinco
22,5 67,5 22,5 45,0 22,5 67,5
2 Quatro cinco
35,0 80,0 12,5 22,5 17,5 40,0
3 Quatro cinco
45,0 90,0 10,0 15,0 15,0 30,0
4 Quatro cinco
52,5 97,5 7,5 11.2 13.1 24.3
5 Quatro cinco
62,5 107,5 10,0 9,0 12,5 21,5
6 Quatro cinco
77,5 122,5 15,0 7,5 12,9 20.4
7 Quatro cinco
93,7 138,7 16.2 6.4 13.3 19,8
8 Quatro cinco
115,0 160,0 21.2 5.6 14.3 20,0
9 Quatro cinco
143,7 188,7 28,7 5,0 15,9 20,9
10 Quatro cinco
177,5 222,5 33,7 4,5 17,7 22.2
custo total (CT = CF + CV) dividido pelo nível de produção ou produção que minimiza o custo total médio
produção (q).
A relação entre custos médios e custos
Analiticamente, podemos expressar essas definições da
seguinte forma:
marginal
A relação entre custos médios e custos marginais é mostrada na
Figura 4.2 e na Tabela 4.5. Se o
C.F.
CFMe = a produção de uma unidade adicional diminui o
q custo médio, o custo marginal deve ser inferior ao custo
metade. Por outro lado, se a produção de uma unidade adicional
fizer com que os custos médios aumentem, o custo de
A curva de custo fixo médio (CFMe) mostra
essa unidade (custo marginal) deve ser maior que o custo
Como os custos fixos médios diminuem à medida que metade.
aumenta a produção.
Sempre que o custo marginal é inferior ao custo
médio, este último está diminuindo.
cv Sempre que é superior ao custo médio, este
CVMe =
q último está a aumentar.
CT
CTMe = = CFMe + CVMe
q Tabela 4.5 - Relação entre custo marginal e custo médio
66 - PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
A relação entre custo médio e custo marginal diz-nos que uma tes, decrescente e constante) dependendo da evolução do
empresa que pretende atingir o custo médio mínimo deve CMeL.
estar naquele nível de produção para o qual o custo marginal
• A empresa a) apresenta uma curva de custos médios
é igual ao custo médio.
decrescentes, de modo que uma expansão da produção
está associada a uma redução no custo unitário. Se os
4.3.2 Custos médios de longo preços dos factores forem assumidos constantes, uma
prazo: retornos de escala diminuição no custo unitário será uma consequência do
produto crescer mais rapidamente do que as quantidades
Ao analisar a produção, falámos em retornos ou economias necessárias de factores produtivos.
de escala (ver Secção 4.2.2) em relação à possibilidade de a Frequentemente, quando se refere a este tipo de
empresa alterar as quantidades utilizadas de todos os
empresa, diz-se que esta goza de retornos de escala
factores produtivos. Este conceito também pode ser crescentes ou de economias de escala.
aproximado a partir da análise da curva de custo médio de
longo prazo. A Figura 4.3 apresenta os três tipos possíveis • No caso da empresa b) observa-se que à medida que a
de retornos (crescimento- produção aumenta, aumenta a
q q q
q = f (escala) q = f (escala) q = f (escala)
CMEL
CMEL
CMEL
q q q
Produção Produção Produção
para) b) c)
Retornos crescentes de escala ou Retornos decrescentes de escala ou Retornos constantes de escala.
economias de escala. deseconomias de escala.
Quando há retornos crescentes, o CMeL diminui (gráfico a); Se os retornos forem decrescentes, os CMeL aumentam (gráfico b) e
se houver retornos constantes, os CMeL são constantes (gráfico c). O parâmetro escala é o número pelo qual se multiplica a
quantidade de todos os fatores de produção com base em uma determinada escala de sua aplicação.
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CM
CMeC CMeC CMeC
com fábrica com fábrica com fábrica CMEL
pequeno mediana grande
0 Produção
A existência de custos médios constantes pode ser explicada Lucro (B) = Renda Total (TI)
– Custos totais (TC) [4.1]
a partir da hipótese de reaplicação ou replicação,
no sentido de que, se todos os fatores produtivos podem variar
livremente, é sempre possível aumentar o produto por um múltiplo
O lucro económico é a receita total menos o
inteiro, aumentando a quantidade de cada um deles.
custo total, incluindo custos explícitos e
um dos fatores usados nesse mesmo múltiplo.
implícitos. O lucro contábil
O formato em “U” da longa curva de custo médio é igual à receita total menos o custo total explícito.
O termo da Figura 4.4 deve-se ao facto de se assumir que a
empresa experimenta, para diferentes níveis ou parcelas de
produção , economias de escala, retornos constantes de escala e
deseconomias de escala, respectivamente. A renda total (IT) é calculada multiplicando o preço do
venda do produto ou serviço (P) pelo número de unidades
A forma da curva CMeL é descrita em termos de
vendido (q).
economias e deseconomias de escala. Quando há
retornos de escala Esta seção analisa os princípios gerais que
aumentando, o CMeL diminui à medida que o nível de Eles orientam todas as empresas na sua tentativa de maximizar
produção aumenta; quando há rendimentos decrescentes os lucros. Como veremos no Capítulo 6, estes são particularizados
de escala, o CMeL é crescente; quando há retornos de diferentes maneiras dependendo do tipo de mercado em que a empresa atua.
constantes de escala, o CMeL é estável. empresa, ou seja, concorrência perfeita, monopólio, oligopólio ou
concorrência monopolística.
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68 - PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
Custos (9.000€)
Rendimento
implícito
Beneficiar
(7.000€) Custo
total de
chance
Custos Custos q
Perdas
explícito explícito
(10.000€) (10.000€)
A receita marginal é definida como a variação que a empresa obtenha lucros normais ou contábeis, uma vez
renda total produzida quando a quantidade produzida é alterada que os custos totais incluem todos os custos de produção,
em uma unidade. incluindo o custo de oportunidade do
capital e gestão fornecidos pelos proprietários do
Variação na receita total ITEM
empresa.
IM = derivado da venda de = mais 1 unidade
ITEM
de produto Apresentar a análise da maximização de
benefícios em termos unitários ou médios, como
Assim, qualquer empresa que tente maximizar o lucro lançará Fizemos o estudo de custos, vamos dividir
essa quantidade de produto no mercado para receita e custos totais multiplicados pela quantidade produzida
qual a seguinte condição é atendida: Pela empresa. Desta forma obtemos, por um lado, o
custo médio
CT
CMe = e, por outro, o rendimento médio
Receita marginal = custo marginal q
(IMe) que equivale ao preço de mercado:
70 - PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
Se tomarmos como referência a equação anterior e compararmos as fixo. Nesta situação a empresa ficará indiferente
perdas com os custos fixos, obtemos três produzir ou não, pois se você decidir fazê-lo, as perdas em
situações alternativas que devemos analisar para determinar em que serão incorridos serão em montantes iguais aos custos que
quais casos o empresário, mesmo que sofra prejuízos, estará em teria que suportar se não produzisse.
melhor situação produzindo.
• Perdas inferiores aos custos fixos. Uma empresa
• Perdas maiores que os custos fixos. Esta situação incorrerá em perdas inferiores aos custos fixos
ocorrerá quando CV > IT, ou seja, quando CVMe > P. Assim quando CV < IT, ou seja, quando CVMe < P. Se o
Portanto, quando o custo variável médio é maior que o o preço de mercado é maior que o custo variável
preço de mercado, as perdas que serão incorridas meio, significa que eles estão cobrindo parcialmente
empresa será maior que os custos fixos e a empresa deverá custos fixos, de modo que as perdas em que
fechar. Desde CVMe > P, a empresa incorridos durante a produção são inferiores aos custos
Você incorrerá em perdas maiores durante a produção do que fixo. Nesta situação, o empresário, mesmo tendo
se parasse de produzir e tivesse apenas custos fixos. perdas, decidirá produzir. Seu desejo de maximizar
• Perdas iguais aos custos fixos. Isto é o que acontecerá lucros leva você a minimizar perdas, ou seja
quando CV = IT, o que equivale a dizer que o Ou seja, para cobrir parte dos custos fixos, já que teria que
CVMe = P. Quando o preço é igual ao custo variável enfrentá-los mesmo que parasse de produzir.
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RESUMO
• A empresa é responsável por produzir e colocar a maior • A produção envolve a utilização de insumos, fatores
parte dos bens e serviços da economia nas mãos do produtivos, matérias-primas e produtos intermediários, o
público. que gera custos. Dependendo da remuneração e da
quantidade de fatores utilizados na produção, os custos
• A produção é um processo de cadeia em que, em uma
serão assim. • No curto prazo existem
ponta, são incorporados alguns fatores, ou seja, as
matérias-primas e os serviços de capital e trabalho, e na dois tipos de custos: custos fixos (aqueles que não
outra ponta aparece o produto. A função de produção é dependem do volume de produção) e custos variáveis
(aqueles que aumentam com o nível de produção). O
a relação técnica que nos diz, para um determinado estado
custo total é a soma de ambos. Os custos médios são
de conhecimento tecnológico, qual a quantidade máxima
obtidos dividindo o respectivo custo pelo número de
de produto que pode ser obtida com cada combinação de
unidades do produto obtido. O custo marginal é o custo
fatores produtivos por período de tempo.
que ocorre quando uma unidade adicional é produzida.
CONCEITOS BÁSICOS
• Empresa. • • Lei dos rendimentos decrescentes.
Homem de negocios. • Retorno à escala.
• Sociedade anônima. • Inovação tecnológica. •
• Propriedade individual. Custos económicos e custos contabilísticos.
• Propriedade coletiva. • Custos fixos, variáveis, marginais e totais. •
• Processo produtivo. Custos médios fixos, médios variáveis e médios totais. •
• Ações.
Retornos de escala crescentes, constantes e decrescentes.
• Benefícios. cientistas.
72 - PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
1. Quais são os custos que uma empresa incorre no curto prazo? 6. Defina os seguintes conceitos: receita total, receita
Defina-os.
portanto, renda média e marginal.
2. Por que não existem custos fixos de longo prazo? Que
7. O que significa que a curva de custo total de longo prazo é o
efeitos tem o facto de que, a longo prazo, todos
Os custos são variáveis? envelope das curvas de custo total de curto prazo?
EXERCÍCIOS E APLICAÇÕES
1. Em que sentido um avanço tecnológico numa empresa a) A curva de produtividade marginal destes factores
implica uma mudança em sua função de produção. desloca-se para cima.