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1. Preliminarmente
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de Estado da Saúde- SESAU, executado pela FUNRIO, de acordo com os termos
do Processo n° 01-1712.00477-0000/2015, regido pelo Edital n°
013/GCP/SEGEP , de 20 de janeiro de 2017, publicado no Diário Oficial do
Estado de Rondônia – DOE n° 019, de 30 de janeiro de 2017,homologado pelo
Edital n° 116/GCP/SEGEP , de 3 de julho de 2017,divulgado no DOE n° 122, de
3 de julho de 2017, em concordância com os quantitativos de vagas previstos na
Lei n° 3.503, de 30 de janeiro de 2015, propalado no DOE n° 2632, de 30 de
janeiro de 2015, considerando os termos dos documentos contidos nos Autos do
Processo SEI n° 0036.022389/2019-55.
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‚RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. LEGITIMIDADE. AUTORIDADE. I – A
autoridade q ue deve figurar como coatora na impetração é aquela que
praticou a ação ou omissão lesiva ao direito dos impetrantes, bem como
detém poderes para corrigir a ilegalidade.II – A tabela que impôs os
valores tidos como ilegais pelos impetrantes foi editada pelo próprio
Prefeito Municipal e não pelo Sr. Diretor do Departamento de Recursos
Humanos, autoridade que apenas adequou os valores dos vencimentos dos
servidores aos níveis impostos pelo Chefe do Executivo que, portanto, é o
legitimado para integrar o feito.Recurso provido.‛ (RMS 14.475⁄SP, de minha
relatoria, DJU de 01⁄07⁄2002).
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X. Inúmeras são as decisões daquela corte no sentido do que vem sendo defendido,
que para não alongar demais o arrazoado se deixa de transcrever;
XI. E para que não reste qualquer sombra de dúvida, com relação à legitimidade do
SENHOR GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDONIA para figurar no polo
passivo deste mandamus o Impetrante, apela mais uma vez a lição do insigne
mestre Hely Lopes Meireles que “Considera autoridade coatora a pessoa que
ordena ou omite a prática do ato impugnado(...)”;
c) Da Tempestividade Da Impetração
XIII. In casu, o ato coator (Decreto nº 24.890 – última página, foi publicado no
Diário Oficial do Estado de Rondônia – Edição Suplementar nº 54.1 de 23-03-
2020) – Doc. 02;
XIV. Referido Decreto Revogou o nº 24.889/2020_DOE Suplementar nº 53.1 de
20-03-2020-páginas 5 e seguintes) – Doc. 01;
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2. No Mérito
d) Súmula Fática
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de 20-03-2020, tratando-se, pois, de complementação das ações de governo
para conter a referida pandemia mundial no âmbito do Estado de Rondônia. No
caso específico, o Governador do Estado buscou prover as unidades de saúde
do Estado de mais profissionais de saúde;
XX. Ocorre que, 3 (três) dias após a nomeação dos aprovados, o Governador
do Estado edita o ATO COATOR - Decreto nº 24.890/2020 – última página do
Diário Oficial do Estado de Rondônia – Edição Suplementar nº 54.1 de 23-03-
2020) – Doc. 02, simplesmente REVOGANDO O DECRETO DE NOMEAÇÃO
DOS APROVADOS, verbis:
Art. 2°Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a
contar de 20 de março de 2020.
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XXI. Observe Vossa Excelência e Egrégia Corte Estadual que o Decreto que
revogou as nomeações é totalmente desprovido de motivação, desobedecendo
comezinha regra de Direito Administrativo (Requisitos do Ato Administrativo);
‚EDITAL Nº 53/2020/SEGEP-GCP
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Considerando o Decreto n. 24.887, de 20 de março de 2020, que versa sobre
o Estado de Calamidade Pública em todo o território do Estado de Rondônia,
para fins de prevenção e enfrentamento à pandemia causada pelo novo
Coronavírus - COVID-19, e ainda Considerando os term os do Oficio id
(0010793236) constante nos aut os do Processo Administravo n.
0036.128466/2020-13, torna público as normas para a realização de Processo
Selevo Simplificado de Avaliação de Títulos, para atender, no âmbito da
Secretaria de Estado da Saúde – SESAU/RO, as Unidades de Saúde Pública
Estadual dos municípios de Buris, Cacoal, Extrema, Porto Velho e São
Francisco do Guaporé, para atendimento de necessidade temporária de
excepcional interesse público para AMPLIAÇÃO IMEDIATA das equipes de saúde,
de forma a atuar de maneira rápida e célere no enfrentamento da emergência
de saúde pública decorrente do COVID-19 (Novo Coronavírus) mediante as
condições especiais estabelecidas neste Edital e seus Anexos.
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XXVII. Não é concebível, por exemplo, que um candidato aprovado em concurso
público para cargo efetivo seja deixado de lado para contratar servidor
emergencial, não há motivo para tal;
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qual foi aprovada. Mandado de segurança que se conhece e se da provimento
para que seja a impetrante, de pronto, nomeada e empossada para o cargo de
nutricionista do Município de Sã o Gonçalo, como consta da inicial.‛
(Mandado de Segurança 2006.004.00686, 16° CC, Rel. JDS. Des. Pedro Freire
Raguenet, em 18-07-06) (grifamos).
XXIX. Assim, tendo em vista que tanto a melhor doutrina quanto a jurisprudência
mais moderna de nossos Tribunais vêm caminhando no sentido da mais absoluta
ILEGALIDADE NA REVOGAÇÃO DE ATO DE NOMEAÇÃO DE SERVIDOR
APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO e, mais ainda pelo fato de que o
preenchimento das vagas ativas na SESAU é necessário e oportuno, a
impetrante ingressa com o presente mandamus a fim de restabelecer a
nomeação efetivada através do DECRETO de NOMEAÇÃO Nº 24.889 de 20 de
março de 2020, página 8 do DOE suplementar nº 53.1 – DOC. 01,
ILEGALMENTE REVOGADO pelo Decreto nº 24.890 – última página do Diário
Oficial do Estado de Rondônia – Edição Suplementar nº 54.1 de 23-03-2020) –
Doc. 02;
XXX. Como visto douto Desembargador Relator, egrégio Tribunal de Justiça,
trata-se de direito líquido e certo de a Impetrante restabelecer os efeitos de sua
nomeação e, posteriormente ser empossada no cargo em que conseguiu
aprovação e classificação de forma legal;
3. Cabimento Do "Writ".
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pelo agente público ou agente de pessoa jurídica no exercício das atribuições de
Poder Público.
XXXII. In litteris, a Constituição Federal, em seu art. 5.º, inciso LXIX preleciona:
XXXIV. Diz a melhor doutrina que é cabível o writ contra ato concreto de
autoridade, admitindo, igualmente, a concessão do remédio heroico para corrigir
ilegalidade patente na iminência de ocorrer. No caso, tem o presente, natureza
preventiva e repressiva, a primeira, para assegurar, de logo, ao Impetrante o
direito de ser nomeado para o cargo a que se candidatou e logrou aprovação, o
segundo, para lembrar, por assim dizer, a Administração que todos os seus atos
devem ser expressamente motivados;
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QUALQUER MOTIVAÇÃO, traduzindo ilegalidade e inconstitucionalidade
flagrante;
4. Do Direito
Art. 5º, XXXVI, CF/88 - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada;
(grifamos)
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XXXIX. Fala-se na segurança jurídica como instrumento autocorretor do Estado de
Direito, promovendo uma blindagem do próprio sistema (endossegurança) contra
conflitos e instabilidades geradas pelas normas dentro do ordenamento;
XL.O artigo 6º, §§ 1º, 2º da Lei de Introdução das Normas do Direito Brasileiro
(LINDB), diz que reputa-se perfeito o ato jurídico já consumado segundo a lei
vigente quando o mesmo foi praticado e define o direito adquirido como sendo
aquele direito em que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como
aqueles cujo começo de exercício tenha por termo prefixo, ou condição
preestabelecida inalterável ao arbítrio de outrem, litteris:
‚Art. 6º, LINDB - A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados
o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
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XLII. Não é qualquer assentamento legal, senão dura e inequívoca
determinação constitucional que disciplina o direito adquirido e as garantias
fundamentais, sendo, portanto, tais garantias cláusulas pétreas, não podendo ser
suprimida nem por emenda constitucional (CF/88, art. 60, § 4º);
XLVI. Por muito tempo existiu o entendimento de que aquele candidato aprovado
em concurso público tinha apenas expectativa de direito de ser nomeado, ou o
direito de ser nomeado caso fosse preterido na ordem classificatória, ou por
nomeações discricionárias (súmula 15 STF). Hoje o entendimento da mais alta
Corte deste país é no sentido de que “os candidatos aprovados dentro do número
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de vagas existentes à época do edital de abertura do concurso têm direito à
nomeação, a menos que a conveniência administrativa, devidamente
comprovada mediante os motivos do ato, recomende o contrário” (RE
192568, Min. C. Velloso) (grifou-se);
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LI. A jurisprudência do Pretório Excelso, e também do Egrégio Tribunal de Justiça do
Rio de Janeiro, bem corroboram a tese da Impetrante, verbis:
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LII. A doutrina também é neste sentido, como podemos ver a seguir em trecho da
esclarecedora matéria “O Direito à Nomeação em Virtude de Aprovação em
Concurso Público”, Comentário de Jurisprudência, Professor Mauricio Jorge P.
Mota, in: www.uerj.br, verbis:
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tomado em linha de conta é que a administração pública sempre age com base
em motivos sérios, para a realização do interesse público.” (grifou-se);
‚Isto por que, quando um agente público pratica um ato administrativo, ele
tem de dizer porque o faz, tem que motivar o ato‛ (RE 192568, Min. C.
Velloso) até mesmo para que esse ato possa ser submetido ao controle
judicial em caso de alegação de ofensa a direito, dado que a Constituição
consagra o princípio da inafastabilidade do controle judicial de lesão ou
ameaça a direito (C.F., art. 5°, XXXV).
LVII. Não podendo ser esquecido que de acordo com o Eminente Ministro
Marco Aurélio, nos autos do RE 192568, as hipóteses como a dos autos, violam
frontalmente os princípios insculpidos no art. 37 CF, já que nessas hipóteses “o
da legalidade foi menosprezado, já que olvidados os parâmetros do edital de
concurso e o resultado deste último; o da impessoalidade, no que, conhecidos os
aprovados e classificados para as vagas, resolveu-se partir para a nomeação
parcial colocando-se em plano secundário, até mesmo, as necessidades
existentes; o da moralidade, no que, espezinhado o primeiro, deixou-se de
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proceder, até mesmo, à prorrogação do concurso, abrindo-se margem à
convocação de outro tão logo esgotado o prazo de dois anos; por último, o da
publicidade, no que as regras insculpidas no edital serviram de estimulo à
inscrição de candidatos, restando ignoradas”.
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LX. Outro aspecto que envolve a questão é que a nomeação é ato vinculado e a
discricionariedade não se confunde com arbítrio;
LXIII. Mas a jurisprudência mais moderna apoiada na melhor doutrina, hoje, vem
entendendo que no caso de concurso público, a divulgação do edital por si só já
significa que foi realizado um juízo de oportunidade e conveniência, ainda mais
quando da nomeação parcial dos candidatos aprovados, sendo que aí deixaria o
campo da discricionariedade passando a ser ato vinculado.
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inequívoco que as nomeações foram iniciadas, deixa-se o campo da
discricionariedade para o do ato agora vinculado”;
LXVII. Apenas por amor ao debate, e caso esse Eminente Magistrado não esteja,
ainda, filiado a esta corrente que vem se formando e se tornando bem forte;
passaremos agora a demonstrar que mesmo que a hipótese dos autos se
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tratasse de ato discricionário ainda assim seria possível a sindicabilidade do
judiciário, pois, "Partindo-se da premissa de que nenhuma lesão ou ameaça de
lesão a direito (individual, coletivo, difuso, público ou privado) não seja passível
de apreciação pelo Poder Judiciário, resta concluir que também a
discricionariedade administrativa está sujeita ao controle jurisdicional", como
afirma ANA MARIA MOREIRA MARCHESAN, in "Princípio da Prioridade
Absoluta aos Direitos da Criança e do Adolescente, publicado na Revista
Igualdade, Vol. 6., n. 21, out/dez/1998;
g) Da Inconstitucionalidade – Ausência de
Discricionariedade para edição do Ato Impugnado
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Coatora, in casu, o Governador do Estado, vacile, não tenha a mínima convicção
acerca das necessidades da saúde, para, apenas 3 (três) dias após, no meio de
sinistra pandemia mundial do COROVID-19, volte atrás, repise-se,
imotivadamente, revogando um ato jurídico perfeito. Neste caso, não há que se
falar em discricionariedade do ato administrativo. Ora, o ato de nomeação indica
a necessidade de profissionais para atuar na SESAU, todavia, o Ato Coator
impugnado NÃO PODE SER DEFENDIDO SOBRE O PRISMA DA
DISCRICIONARIEDADE.
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LXXI. A abordagem dada à discricionariedade administrativa parte sempre da
noção de que é esta a liberdade que detém o administrador em optar, dentre as
várias possibilidades de acordo com a oportunidade e a conveniência da
Administração, pela melhor solução para o caso concreto. Quando, porém,
enfoca-se a discricionariedade à luz da finalidade administrativa e dos princípios
constitucionais evocados acima, o campo de liberdade do administrador reduz-
se;
LXXIII. Se há muito se vem construindo uma idéia/tese (já consolidada, até) que
limita a discricionariedade da ação administrativa aos ditames legais, de maneira
que não haja afronta aos direitos dos particulares, e que orienta a busca, pelo
Administrador, do ótimo para atingir o interesse social, no caso concreto, a
omissão administrativa que, por via oblíqua, inviabiliza o exercício dos direitos e a
concretização da implementação das políticas ainda não é percebida com
facilidade;
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LXXV. É por isso que Autores do Quilate da Douta MARIA SYLVIA ZANELLA DI
PIETRO, in Direito Administrativo, 8a ed., Atlas, pg. 176, fazem o alerta:
LXXVIII. É neste contesto que se afirma: Uma vez divulgado o edital de concurso
público pela Administração Pública, ou por seus entes competentes, não há
discricionariedade em nomear ou não os candidatos aprovados dentro do número
de vagas, como também não há discricionariedade em nomear primeiro todos os
candidatos da primeira chamada, mesmo sabendo que se nomearão candidatos
fora da ordem de classificação no certame em detrimento da estrita ordem de
aprovação. Se cabe à Administração Pública escolher o momento de divulgar um
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edital de concurso público, não é certo que possua a discricionariedade de
realizar nomeações parciais ou fora da ordem de classificação;
"O mérito do ato administrativo não pode ser mais que o círculo de
liberdade indispensável para avaliar, no caso concreto, o que é conveniente
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e oportuno à luz do escopo da lei. Nunca será liberdade para decidir em
dissonância com este escopo‛.
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LXXXIV. De outro lado, os poderes administrativos funcionam como a "contraface"
de deveres e não estão deferidos ao administrador para que atue
desarrazoadamente, ilogicamente, ou em descompasso com a finalidade em
vista da qual lhe estão outorgados, como vem fazendo ao não nomear os
candidatos aprovados dentro do número de vagas de edital publicado após
extensa pesquisa sobre as necessidades de suprir o quadro funcional do
Município, o que torna o ato discricionário falacioso;
LXXXV. Ainda que assim não fosse, o princípio da moralidade administrativa não
pode ser luz que não alumia, fogo que não queima, sino que não toca;
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retirado daquele que empreendeu eficaz e vitoriosa luta, assim como Vossa
Excelência que certamente passou por tais expectativas quando prestou o
concurso da magistratura;
LXXXVIII. Todo aquele que passou por um concurso público sabe a dor que cada um
dele traz para aqueles que são responsáveis. E qualquer sentença será data
maxima venia, mais do que a aplicação de regras e de doutrinas pré-
estabelecidas. Será a estipulação da ética e refletirá a norma de cada ente a ela
subordinado;
LXXXIX. É preciso se afastar das meras repetições, quase acadêmicas e sem vida,
tornando concreta a máxima de Mauro Capelletti, dando conta de que “o
processo jurisdicional deve assumir a sua função social (in problemas de reforma
do processo civil nas sociedades, revista do processo 65, p130) deve ser um
processo de seres humanos, e o desrespeito a esses deve ser veementemente
repudiado, agindo o juízo com os instrumentos para recobrar, na sua mais
extensa e exata medida, a ética possível.”
i) Da Classificação da Impetrante
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delas poderá requerer o mandado de segurança, e tem-se que o julgamento
procedente ao pedido abrirá precedentes para que outras pessoas que se
sentirem prejudicadas busquem os seus direitos, inclusive através de
litisconsórcio nesta ação (Art. 3º, caput, LMS);
‚Diga-se que embora haja candidatos aprovados que não fazem parte da
relação de impetrantes, este fato não deve prejudicar o direito dos que
ingressaram com o mandado de segurança, assegurando-se a estes últimos, a
nomeação e posse pleiteadas, tendo-se em linha de conta o principio da
razoabilidade, em que os fins devem guardar relação de proporcionalidade
com o fim colimado, aplicando-se ainda a ponderação de interesses, em que o
direito dos impetrantes últimos colocados na ordem de classificação, não
pode e não deve ser obstado, pelo fato de haver aprovados não impetrantes
que se encontram em colocação anterior na ordem de classificação. A solução
da presente “quaestio”, pois esta a merecer julgamento por critério de
equidade, nada mais do que justiça no caso concreto”. (GRIFOS NOSSOS)
XCII. E neste mesmo sentido é de se lembrar que não há qualquer razão para o
impetrante aguardarem a posse de candidatos que foram aprovados em
melhores condições. “O direito não socorre a quem dorme” já dizia o velho
brocardo. Se os candidatos com melhores condições não buscam o direito, isto
não pode inviabilizar o presente pleito, vez que o edital previa o número de vagas
a contemplar a pretensão do impetrante;
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j)O entendimento do Supremo Tribunal Federal
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"Conforme consignado, o Colegiado de origem concluiu pela legalidade da
contratação, a título precário, mediante a adoção da ordem da lista de
classificação em concurso público. Reconheceu estar no âmbito da
discricionariedade administrativa a escolha da forma de admissão do
prestador do serviço em caso, mesmo após a aprovação do agravado em
concurso público para o respectivo cargo. Assim, o acórdão recorrido
revelou dissonância com a jurisprudência do Supremo. Ambas as Turmas já se
manifestaram sobre o tema. Entendeu o Tribunal que a contratação demonstra
a necessidade do serviço, implicando, portanto, a preterição do candidato
aprovado." (ARE 947736 AgR, Relator Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma,
julgamento em 7.3.2017, DJe de 11.4.2017);
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preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e
imotivada por parte da administração nos termos acima." (RE 837311, Relator
Ministro Lui z Fux, Tribunal Pleno, julgamento em 9.12.2015, DJe de
18.4.2016, com repercussão geral - tema 784)
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Ministro Dias Toffoli, Segunda Turma, julgamento em 12.5.2015, DJe de
9.6.2015);
k) Da Inconstitucionalidade da Revogação –
Preterição de Aprovados em Concurso para
Seleção de Servidores Temporários Emergenciais –
Afronta a Súmula nº 15 do STF
Súmula 15
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5. Do "Fumus Boni Iuris" e do "Periculum In Mora"
XCVI. Diz-se isto pelo motivo de que o Estado já se movimenta para prover os
cargos da SESAU através de contratos temporários conforme amplamente
divulgado na mídia local IRÁ NOMEAR SERVIDORES TEMPORÁRIOS EM
AFRONTA AO DIREITO DA IMPETRANTE, BEM COMO, NENHUM PREJUÍZO
OCORRERÁ PARA A MUNICIPALIDADE POIS O IMPETRANTE ESTARÁ
PRESTANDO SERVIÇOS COMO MÉDICO NA REDE ESTADUAL DE SAÚDE;
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nomeação, SENDO PRETERIDO POR SERVIDORES TEMPORÁRIOS
CONFORME QUER FAZER O EXECUTIVO ESTADUAL, situação comprovada
pela publicação do Edital 053/2020.
6. Dos Requerimentos
1) A concessão imediata de liminar, in initio litis e inaudita altera pars, nos termos
da Nova Lei do Mandado de Segurança, com efeito cautelar, para determinar que
a autoridade coatora (GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA) torne sem
efeito o Decreto 24.890/2020 – Ato Coator Impugnado, para nomeação e
posterior posse, determinando à Autoridade Coatora que restabeleça,
imediatamente a nomeação da impetrante no cargo de CARGO DE TÉCNICO
DE ENFERMAGEM 40h, da rede Estadual de saúde, restabelecendo, em
relação à Impetrante os efeitos do Decreto 24.889/2020;
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2) A notificação da autoridade apontada como coatora (GOVERNADOR DO
ESTADO DE RONDONIA) para, querendo, prestar informações no prazo legal,
bem assim do representante da Pessoa Jurídica a qual o mesmo pertence
(PROCURADORIA GERAL DO ESTADO);
3) Seja notificado o Ilustre Representante do Ministério Público para ofertar parecer
nos autos;
4) Ao final julgar PROCEDENTE a ordem mandamental, em caráter definitivo,
ratificando a pretensão principal ora requerida, assegurando imediata nomeação
e posse do Impetrante para cargo NOMEANDO A IMPETRANTE PARA O
CARGO DE TÉCNICO DE ENFERMAGEM 40h, da rede Estadual de saúde,
além da condenação do impetrado a todos os encargos do processo, inclusive
em honorários advocatícios;
5) Requer a concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, uma vez que
a IMPETRANTE se encontra desempregada, é hipossuficiente e não pode arcar
com as custas da ação sem prejuízo do próprio sustento e de sua família – vide
Declaração em Anexo, ou, alternativamente seja deferido o recolhimento das
custas ao final da presente demanda;
6) Seja, ao final, concedida a segurança vindicada para o fim específico de
determinar a NOMEAÇÃO DA IMPETRANTE PARA O CARGO DE TÉCNICA EM
ENFERMAGEM 40 h, convocando-a para posse no aludido cargo;
7) Ausente previsão específica a Impetrante fixa o valor da causa (provisoriamente e
aproximadamente) em R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
Respeitosamente, pede deferimento.
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