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CONTROLADORIA E

SISTEMA DE INFORMAÇÕES

GERENCIAIS

MATERIAL DE APOIO

PROFESSOR ALEXANDRE RODRIGUES


2º. SEMESTRE DE 2018
INFORMAÇÕES GERAIS
HORÁRIO DAS AULAS
Manhã: Noite:
07:50 – 09:30 19:15 – 20:55
INTERVALO INTERVALO
09:50 – 11:30 21:20 – 23:00

CALENDÁRIO DAS ATIVIDADES E AVALIAÇÕES:

AV1 – Avaliação dos Professores – De ____/____ a ____/____/2018.


AV2 – Avaliação integrada em ____/____/2018.

FORMATO DE AVALIAÇÃO

A Avaliação de Aprendizagem das disciplinas curriculares é composta por 02


(duas) notas representadas numericamente, em escala de 0 (zero) a 10 (dez), oriundas de
instrumentos que atendam aos critérios pedagógicos de continuidade, cumulatividade,
recuperação implícita de conteúdos e interdisciplinaridade ao longo do currículo pleno
do curso, identificadas como AV1 e AV2.
A avaliação AV1, corresponde aos conteúdos programáticos individuais de cada
disciplina (a ser definida a critério do professor) e a AV2 corresponde à avaliação
integrada dos conteúdos das disciplinas curriculares cursadas.
Considerar-se-á aprovado na disciplina curricular dos cursos ministrados na
modalidade presencial, o aluno que obtiver média final maior ou igual a 6,0 (seis), pelo
conceito obtido por meio da média simples resultante da soma da nota AV1 e da nota
AV2, como na equação: (AV1 + AV2) / 2.
Todas as provas serão sem consulta e individuais, envolvendo compreensão,
aplicação e avaliação do conteúdo ministrado. O aluno que faltar nas avaliações
receberá 4 faltas e só poderá fazer a prova na semana subsequente ou em outra data
marcada pelo professor mediante deferimento da Secretaria em relação a sua
justificativa.

REGIME DOMICILIAR

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O aluno terá direito as tarefas substitutivas idênticas às aplicadas em classe
(prova ou trabalho) referente ao período de suas faltas abonadas (mediante a concessão
do regime domiciliar deferido e expedido pela secretaria). Sendo possível, é importante
que o aluno mantenha contato com os professores através do e-mail.

PRESENÇAS / FALTAS

A aprovação na disciplina está condicionada, além do aproveitamento de notas


com média 6,0 (seis), também a presença de 75% nas aulas, portanto o limite de faltas
corresponde a 25%, ou seja:
Carga horária de 80 horas – limite de faltas = 20 faltas

JUSTIFICATIVA DAS FALTAS

Em caso de faltas por motivo justificável (como por exemplo, licença


maternidade, doenças infecto contagiosas ou crônicas e regime domiciliar, previstos por
Lei), os atestados deverão ser entregues diretamente à Secretaria respeitando os prazos
estabelecidos pela Universidade.

APROVEITAMENTO DAS AULAS

A fim de que as aulas sejam bem aproveitadas, é importante a assiduidade e


educação (principalmennte mantendo o celular no modo silencioso) de todos os
participantes, interagindo em todas as aulas de forma ativa e produtiva. Não tenha medo
ou vergonha de perguntar aquilo que não entendeu, a sala de aula é um fórum de
discussão e aprendizado constante.
Traga sempre às aulas seu material de estudo, caderno e calculadora e organize
sua agenda de modo a dispor de tempo fora da sala de aula para seus estudos e consultas
ao sistema USE AVA, participando incluisive dos fóruns entre os colegas.

COMPOSIÇÃO DO MATERIAL

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O material de apoio apresentado foi organizado com base na bibliografia
apresentada e elaborado com participação de professores da disciplina e poderá ser
usado em complementação ao material disponibilizado pela Universidade pelo
Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA. Este material deverá ser utilizado
unicamente para auxiliar a compreensão dos assuntos abordados em sala de aula, não
podendo em hipótese alguma ser utilizado para fins comerciais.

INFORMAÇÕES DO PROFESSOR

 Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Nove de Julho;


 Especialista em Administração Financeira / M.B.A. em Finanças e Banking
pelo Centro de Pós Graduação da Universidade Nove de Julho;
 Diversos cursos na área financeira e bancária;
 Experiência profissional de 20 anos em Mercado Financeiro e Bancário e 10
anos na área acadêmica, como docente.

E-mail: rodrigues@uni9.pro.br

ÓTIMO

SEMESTRE !!!

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

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A disciplina apresenta os princípios da Controladoria, o papel do líder da área de
Controller, sua responsabilidade na preparação das informações, seu perfil de apoio à
Administração superior da empresa e como órgão competente dentro da estrutura de
controles internos para assegurar a transparência das informações divulgadas interna e
externamente, caracterizada pela exatidão e pela legitimidade das operações realizadas e
registradas, diante da missão e dos objetivos da empresa.

OBJETIVO

 Compreensão: Compreender o papel da controladoria no processo de gestão


empresarial.

 Aplicação: Aplicar os conceitos de informação e controle para fins de


diagnóstico e Controle do desempenho da empresa.

 Análise: Analisar os fatores que afetam o desempenho da empresa, a fim de


proporcionar condições para a análise orientada para o processo decisório

METODOLOGIA

A disciplina será apresentada na forma de aulas/debate, com a utilização de


metodologias ativas que promovem a discussão e aplicação de conceitos e
contextualização das temáticas. Serão utilizados estudos de casos aplicados, dinâmicas
em grupos, exercícios práticos, seminários, pesquisas "on line" na internet,
aprendizagem baseada em problemas, entre outros. A interação entre alunos em
discussões e debates, permitirá avaliar a aprendizagem do conteúdo ministrado e
simular sua aplicabilidade nas organizações desenvolvendo conhecimentos, habilidades
e atitudes necessários para a prática profissional.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

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OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de informações gerenciais:
estratégicas, táticas, operacionais. 13. ed. São Paulo : Atlas, 2009.
OLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ JUNIOR, José Hernandez; SILVA, Carlos
Alberto dos Santos. Controladoria estratégica. 11. ed. São Paulo : Atlas, 2015.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria básica. 6. ed. rev. e atual. São Paulo :
Cengage Learning, 2016.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo Cesar. Controladoria: teoria e


prática. 5ª. ed. São Paulo : Atlas, 2017.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não
contadores: para as áreas de Administração, Economia, Direito, Engenharia. 7ª. ed. São
Paulo : Atlas, 2010.
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas de informação
gerenciais. 11ª. ed. São Paulo : Pearson, 2014.
MARION, J.C. Análise das Demonstrações Contábeis: contabilidade
empresarial 6ª. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MATARAZZO, D.C. Análise financeira de balanços 7ª. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
NASCIMENTO, Auster Moreira; REGINATO, Luciane. Controladoria:
instrumento de apoio ao processo decisório. 2ª. ed., rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2015.
REIS, Arnaldo. Demonstrações contábeis: estrutura e análise. São Paulo:
Saraiva, 2009.

AULA 1:

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1. SISTEMA EMPRESA E A CONTROLADORIA

1.1. A EMPRESA

A empresa é um sistema em que há recursos introduzidos. Esses recursos são


processados e consequentemente retirados da empresa em forma de produtos e serviços.
As empresas são consideradas um sistema aberto, elas utilizam recursos materiais,
humanos e tecnológicos. Segundo Oliveira (2008, p.07) o sistema “é um conjunto de
partes integrantes e interdependentes que, conjuntamente, forma um todo unitário, com
determinado objetivo e efetua determinada função”. Já Oliveira, Biancolino e Borges
(2010, p. 8) definem sistema como “um conjunto de partes diferenciadas em inter-
relação umas com as outras, formando um todo organizado que possui uma finalidade,
um objetivo”.
Basicamente um sistema configura-se como um processamento de recursos
(entrada do sistema) de onde se obtém o produto do sistema (saída).

Entradas: Relacionada ao ambiente exterior, como exemplo, dados,


informações, energia, material, etc. A captura de dados também pode ser realizada
dentro da organização.
Processamento: Está relacionado a transformação.
Saídas: Destino Final

O sistema de informações nas organizações, assemelha-se a organismos vivos,


ela pulsa, ela atua, ou seja, ela faz acontecer. Esse sistema é composto por sistema
especialista ou funcional, ou seja, para cada função ou para cada atividade dessa
organização, RH, departamento financeiro, comercial (entre outros), será encontrado as
diversas aplicações do sistema de informação. Por isto que é chamado de sistema
especialista. Exemplo de como esse sistema especialista se comporta nas principais
áreas da organização:

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 Departamento Comercial: Planejamento, acompanhamento de vendas,
divisão de vendas, produção comercial, equipe de vendas, avaliação de desempenho,
marketing e até mesmo, publicidade.
 Produção ou Operação: Local da transformação do produto.
 Recursos Humanos: Ela é responsável por toda a administração das
pessoas e todos os processos pelos quais essa organização gerencia essas pessoas. Outro
sistema importante é o de treinamento e desenvolvimento, ou seja, capacitar as pessoas
a trabalharem de acordo com a necessidade da empresa. O controle e avaliação de
recursos humanos também é outro sistema, ou seja, acompanhar periodicamente o
funcionário, por meio de uma ficha ou questionário específico, onde ele consegue
perceber os seus pontos fortes e os pontos fracos. A convivência dentro da organização
precisa ser saudável e harmoniosa.
 Finanças: Fazer toda a gestão do capital da organização. No primeiro
momento é preciso saber a estrutura de capital (se é próprio ou de terceiros, ou ambos),
ou seja, suas origens e compreender como será feito a alocação desses recursos.
“O SIG auxilia os executivos das empresas a consolidar o tripé básico de
sustentação da empresa: qualidade, produtividade e participação”. (OLIVEIRA, p. 32,
2012).
Basicamente os sistemas de informações gerenciais são conjuntos de dados que
são transformados em informações organizadas e estruturadas de forma que possam ser
utilizadas para dar suporte ao processo decisório da empresa, proporcionando,
sustentação administrativa para aprimorar os resultados esperados. Diferença entre
dados e informações:
Dados: Não há uma compreensão em si só. É algo inserido no computador
que tem pouco significado. Ele pode passar a ter um significado junto a outros dados,
gerando com isto, informações úteis. Exemplo: quantidade de produção, custo de
matéria prima, número de empregados, cadastro de nome de clientes.
Informações: É o conjunto de dados quaisquer interpretados, que neste
caso, terá algum significado. Nisto, informação é o dado trabalhado. Exemplo: relação
de clientes em ordem alfabética, relação de clientes por faixa etária, relação de clientes
por profissão, relação de clientes por salário.

Para que esses sistemas especialistas interajam entre si, se faz necessário a
integração interna entre as funções. As funções empresariais, que formam o sistema

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empresa, estão conectadas por uma interação total nos processos, nos fluxos de
informações e nos encaminhamentos dos recursos necessários a materialização dos
produtos e serviços que a organização entrega aos seus clientes. Veja o exemplo do
Hipermercado.
No primeiro momento a operadora de caixa passa todos os produtos, por meio
do leitor de código de barras. Os produtos são lidos, identificados e informa ao cliente o
que está acontecendo. Ao término de todas as compras é emitida uma nota fiscal
constando a identificação sobre o produto e seu preço unitário e ao final vem o valor
gasto pela compra. Neste momento, a operadora de caixa lhe faz a pergunta, conforme
imagem abaixo:

Os meios de pagamento são diversos (dinheiro, no débito, no crédito, vale


refeição ou alimentação), mas conforme a figura acima, a cliente revolveu pagar no
crédito. A operadora faz o registro e a partir deste momento inicia-se um novo processo
interno que o cliente não vê, mas está ocorrendo no Hipermercado. O departamento
financeiro recebe a informação que o pagamento foi efetuado a crédito e nisto já irá
prever quando o dinheiro entrará no caixa tendo como base a data do cartão de crédito
da cliente. Do outro lado informa automaticamente o departamento de estoque do
hipermercado quantas mercadorias foram consumidas daquele caixa e o hipermercado
informa ao Centro de Distribuição quantas unidades ao todo foram retiradas do estoque,
para repor essas quantidades ao seu estoque. Como pode perceber um único registro
realizado no caixa, envolveu vários setores, trazendo para o hipermercado, agilidade nas
informações.
Mas essas informações não param por ai não. Como o hipermercado necessita de
produtos, para repor nos estoques e nas gondolas será necessário adquirir mercadorias
com os fornecedores. O pessoal do Centro de Distribuição com essas informações em
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mãos fará um processo direto de compra ou por meio da ferramenta chamada RFID:
Radio Frequency Identification. São conjunto de antenas que passa um pequeno TAG e
por meio deste TAG é possível fazer uma leitura completa do que está armazenado em
uma caixa, ou até em um container. São registros de informações de tudo que está
ocorrendo ou tudo que está entrando na empresa. Desta forma, a empresa compra de
seus fornecedores as unidades necessárias para compor o seu estoque.

1.1.1. COMPONENTES DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Componentes são as partes responsáveis pelo funcionamento do sistema.


Segundo Padoveze (2009), os principais componentes são:
 Objetivos do sistema;
 Entradas do sistema;
 Processo de transformação;
 Saídas do sistema;
 Controles e avaliação do sistema;
 Retroalimentação, realimentação ou feedback do sistema.

Para que as informações gerenciais cumpram seu papel dentro das empresas,
faz-se necessário:
 Visão Sistêmica
 Classificação dos sistemas de informações: Interação com o ambiente.
 Ambiente do sistema
 Fluxo de Informação e a gestão de negócios
 Eficácia e eficiência do Sistema Empresa
 Efetividade e produtividade do sistema empresa
 Subsistemas

1.2. CONTROLADORIA

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Controladoria é o órgão ou departamento oficial de monitoramento de uma
empresa, responsável por trazer eficiência à gestão ao exercer controle rígido sobre a
corporação. Uma área muitas vezes relegada a segundo plano, mas altamente relevante
para a organização. Essa é a controladoria, aspecto que traz eficiência à gestão ao
exercer controle rígido sobre a corporação.
Surgida no começo do século XX, essa área foi implementada nas grandes
companhias norte-americanas que precisavam aprimorar sua administração. Devido aos
resultados positivos, a prática permanece até hoje como forma de organizar a gestão e
auxiliar os gestores a tomarem decisões precisas.
A definição desse termo pelo dicionário Michaelis Online é de “órgão ou
departamento oficial de controle”. Essa abordagem é bastante oportuna, mas precisa
ser complementada com um detalhe: sua prática está embasada em uma metodologia de
controle. Na prática, isso significa que são adotados padrões de qualidade alinhados ao
planejamento e ao orçamento empresarial. Por isso, é imprescindível a participação de
todos os colaboradores, independentemente de sua hierarquia ou cargo que ocupam.
Segundo Oliveira (2011), “a controladoria é um conjunto de conhecimentos que
se constituem em bases teóricas e conceituais de ordem operacional, econômica,
financeira e patrimonial, relativas ao controle do processo de gestão organizacional”.

1.2.1. IMPORTÂNCIA DA CONTROLADORIA NAS EMPRESAS

O monitoramento contínuo é fundamental para que a empresa alcance o sucesso.


Afinal, em um mercado em constante desenvolvimento, novas demandas surgem e é
preciso estar atualizado para garantir a competitividade e o esclarecimento do público
consumidor. Nesse cenário, é essencial contar com um planejamento estratégico, que
preveja demandas diversas de clientes, fornecedores e outros stakeholders. É
exatamente nesse ponto que a função do controller se fazer necessária, pois esse
profissional faz o monitoramento exigido para que os objetivos desejados sejam
alcançados.
Isso acontece por meio da integração de áreas e agrupamento de informações,
que permitem elaborar relatórios financeiros e gerenciais, gerando como resultado uma
precisão maior na gestão, que permite optar pelo melhor caminho e encontrar as
soluções mais adequadas. Entre os benefícios obtidos, podemos citar:
 Redução de riscos estratégicos em curto, médio e longo prazo;

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 Visualização do cenário geral da organização, que possibilita fazer previsões
para o futuro, diminuir a chance de erros e facilitar os processos decisórios;
 Aumento da produtividade, já que o retrabalho é evitado;
 Diminuição de custos desnecessários.

A figura abaixo traz uma síntese ilustrativa da importância da controladoria e


suas funções:

A controladoria nas empresas também é crucial para assegurar a conformidade,


alcançada através de compliance, que são práticas empresariais que garantem que todas
as leis e normas estão sendo cumpridas. Essa prática facilita a implementação do
chamado due diligence, que consiste em uma investigação de riscos e oportunidades do
negócio, que abrange finanças, compliance, imagem organizacional perante o mercado e
expectativas de crescimento.
A controladoria tem por finalidade, buscar apoiar as tomadas de decisões que
servem de base para o planejamento e controle das tarefas. As principais atividades e
responsabilidade da controladoria são:
 Planejamento: Determinar um plano de ação que forneça uma base de
estimativa.

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 Organização: Estrutura que defina o tipo de organização requerido.
 Direção: Coordenar divisões de tarefas com autoridade, poder,
responsabilidade e lealdade;
 Controle;
 Outras funções.

Além das atividades mencionadas, a controladoria tem suas funções estratégicas


em diversas áreas: contábil, custos, tributária, proteção e controle dos Ativos, gestão
operacional, gestão da informação, entre outras. Podemos citar como atividades dessas
funções:
 Contábil: Preparar as demonstrações contábeis e financeiras, registrando as
entradas e saídas dos recursos, de forma clara e de fácil entendimento, sempre
atendendo as normas contábeis vigentes, para que ao analisa-la, os gestores possam
tomar decisões importantes quanto à empresa;
 Custos: Controlar, avaliar, mensurar e registrar valores e custos de uma
empresa.
 Tributária: A apuração de impostos conforme as normas contábeis e a
legislação tributária, bem como o planejamento tributário, visando diminuir os impactos
dos tributos nas empresas.
 Proteção e Controle dos Ativos: Registro de todos os bens e controle na
dinâmica de movimentação desses itens, como novas aquisições, transferências e
baixas.
 Gestão Operacional: Monitorar e avaliar o processo das tarefas ou
operações dentro de uma determinada empresa em curto prazo, diminuir os desperdícios
ou até mesmo roubos ocorridos no interior da empresa, auxiliar a formação dos preços
de venda, buscar as melhores estratégias de captação de recursos, avaliar a
produtividade e performance.
 Gestão da Informação: Fazer com que as informações cheguem a tempo
hábil para tomar a melhor decisão.
1.2.2. ESTRUTURA

Esse setor tem como propósito garantir a saúde financeira da organização e a


continuidade dos negócios e por isso, coleta informações diversas e relevantes para
auxiliar o processo decisório e alcançar o máximo de resultados. É nesse momento que

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se pode implementar o equilíbrio dos riscos pela política GRC, sigla que significa
Governança, Riscos e Conformidade, e une esses princípios para que seja seguida
a ética na empresa, seguindo leis e padrões de ações que diminuam o surgimento de
problemas.
Essa estrutura depende da empresa, de forma que as companhias com uma
disposição gerencial mais simplificada podem implementar esse setor de maneira mais
fácil, de modo menos detalhado. Por sua vez, se a organização empresarial for mais
desenvolvida, é preciso delimitar o posicionamento hierárquico, que prevê o nível de
autoridade do responsável pela área, o controller (variando conforme as características
do especialista e do próprio negócio).

1.2.3. O CONTROLLER

É um profissional altamente qualificado (podendo ser interno ou terceirizado),


que define e controla todo o fluxo de informações da empresa, garantindo que as
informações corretas cheguem aos interessados em seus prazos adequados. Ele é
considerado um dos estrategistas da organização, pois seu objetivo deve ser o de
alavancar a área financeira. Nesse sentido, é essencial que esse profissional tenha
domínio em Contabilidade (principalmente para desenvolver planejamento tributário),
Economia (para compreender os conceitos do setor), Administração (ferramentas,
técnicas e conceitos relativos à gestão), Estatística (que facilita a análise de dados),
Direito (para conhecer a legislação e garantir o compliance) e Matemática, que viabiliza
a relação de cálculos diversos, inclusive de metas e dados empresariais. Seguem alguns
princípios intrínsecos do controller:

Iniciativa; Cooperação;
Visão Econômica; Consciência das Limitações;
Comunicação Racional; Imparcialidade;
Síntese; Persuasão;
Visão para o futuro; Cultura Geral;
Oportunidade; Liderança;
Persistência; Ética;

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Para exercer essa função, é fundamental que o controller conheça os
processos organizacionais de maneira aprofundada, pois a partir dos dados
coletados, ele conseguirá aprimorar a performance empresarial e traçar
estratégias específicas, que ajudarão a melhorar os aspectos financeiros e
econômicos. Outra atividade relevante em sua rotina de trabalho é a elaboração
de relatórios gerenciais de controladoria, que auxiliam nos processos decisórios
e permitem ao gestor selecionar novas estratégias, com o propósito de melhorar
o rendimento do negócio.
Vale a pena frisar que esse aprimoramento da performance passa por
produtividade, aumento da satisfação de colaboradores e clientes, qualidade de
produtos e mais. Portanto, é crucial que o controller consiga analisar
constantemente a movimentação da economia e do mercado para identificar
tendências.
Normalmente, o controller é graduado em Ciências Contábeis,
Administração de Empresas ou Economia, sendo recomendado que ele faça
especialização em controladoria, pós-graduação ou MBA na área, além de
cursos voltados a essa atividade. Isso é essencial porque possa desenvolver
competências específicas, como habilidades gerenciais e técnicas de negociação,
assim como o inglês (especialmente se a empresa em que o profissional trabalha
atua com processos de exportação e importação). Dentre as características
necessárias a esse profissional estão:
 Bom relacionamento interpessoal;
 Capacidade analítica;
 Pensamento sistêmico;
 Facilidade de planejamento em curto, médio e longo prazo;
 Confidencialidade no trato com os dados coletados;
 Percepção multidisciplinar;
 Visão estratégica.

A partir disso, o controller conseguirá compreender a cultura


organizacional, bem como entender, observar e manipular os desafios
encontrados para eliminá-los e ultrapassá-los pois a principal responsabilidade
desse profissional é a parte estratégica. Afinal, sua função vai além das rotinas
contábil e financeira e tem um foco muito grande em apoio às decisões

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organizacionais. Ele tem um papel bastante diversificado, pois mais do que lidar
com relatórios contábeis e processos de gestão financeira, ele deve cuidar de
impostos, finanças, aumento de parcerias comerciais e elaboração de
planejamento estratégico. Algumas das principais atividades exercidas são:
 Assessoria financeira e executiva: O controller tem um papel como
conselheiro do setor financeiro e para toda a liderança empresarial, com o intuito de
auxiliar no crescimento econômico organizacional e tendo como responsabilidade:
 Realizar indicações de negócios e financeiras;
 Repassar feedbacks sobre o orçamento;
 Apoiar a liderança em decisões financeiras.
 Elaboração de relatórios financeiros gerenciais e auditoria : Esse profissional
atua junto com auditores externos para assegurar os padrões corretos para os relatórios
empresariais, fortalecendo, definindo e monitorando o controle interno desses
documentos.
 Aconselhamento sobre a elaboração do orçamento: O controller tem como
função usar análises financeiras e projeções para elaborar e monitorar o orçamento
empresarial, utilizado os processos da contabilidade gerencial para assegurar uma
gestão correta e que segue as diretrizes legais e repassando feedbacks sobre os gastos.
 Elaboração de análises financeiras: O papel desse profissional é elaborar
avaliações regulares do capital da empresa para identificar e gerenciar os riscos,
embasando-se na previsão econômica e de vendas, além de pesquisa financeira.
 Reporte de resultados financeiros: O relato das conclusões sobre as análises
financeiras é essencial para trabalhar junto à equipe e aos gestores a fim de tomar
decisões financeiras precisas.
 Regulação das taxações fiscais: O controller tem ainda como papel relevante
o acompanhamento de legislações futuras que podem influenciar a tributação e
operações da empresa. Também está incluído o monitoramento de riscos e a garantia do
compliance. É claro que tudo isso passa pelo reconhecimento e adaptação às mudanças
organizacionais e econômicas.
A decisão de adotar essa prática e implementar um setor específico na
organização depende de uma análise organizacional. Essa abordagem trabalha
com a elaboração de métodos de processos sistêmicos e por isso, é necessário
que o ambiente seja bastante dinâmico.
Dentro desse contexto, o ideal é avaliar três pontos relevantes:

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Objetivos empresariais
A implantação desse setor na sua empresa depende de um planejamento
bem executado, sendo imprescindível saber aonde se quer chegar para que seja
possível alcançar o máximo de eficiência. Esses objetivos podem ser mais
facilmente definidos respondendo-se aos questionamentos “o quê?”, “quando?”,
“onde?”, como? e “o quanto” produzimos.
Processo de transformação
O controller tem o desafio de acompanhar as mudanças constantes que
ocorrem no mercado e na economia, modificações que exigem muita agilidade e
controle dos processos gerenciais, já que essas informações são relevantes e
precisam ser monitoradas.
Controle
A controladoria tem essa responsabilidade principal e para isso, é
essencial administrar todas as informações produzidas interna e externamente,
além de estruturar os dados e fornecê-los para os tomadores de decisão.

Com a análise desses 3 pontos, chega o momento de considerar os 2


princípios dessa prática:
 Controle futuro: O objetivo, aqui, é prever situações antes mesmo de elas
ocorrerem. Desse modo, é preciso estruturar um processo informacional eficiente, que
considere o cenário mais amplo e permita trabalhar com as projeções.
 Agregação de subsistemas: É imprescindível incluir todos os gestores da
organização, para que seja possível avaliar o negócio de uma forma macro, garantindo
que todos os setores se relacionem.

Perceba que todos esses aspectos ajudam a compreender quando a sua


empresa precisa de um plano de controladoria. De modo geral, essa é uma forma
eficiente de assegurar o compliance, realizar o due diligence e permitir o
crescimento sustentável do seu negócio, já que os dados embasam os relatórios
gerenciais e trazem precisão aos processos decisórios.

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1.2.4. COMO FAZER RELATÓRIOS GERENCIAIS DE
CONTROLADORIA

Além de o contoller elaborar o planejamento estratégico e o orçamento


anual, ele também precisa acompanhar os resultados mensais e apresentá-los de
forma clara, o que é possível por meio dos relatórios gerenciais, que para se
tornarem eficientes, recomenda-se seguir cinco etapas:
1ª. Definir o que deve ser planejado e acompanhado
Os relatórios gerenciais devem conter informações relevantes e que
demonstrem o impacto do trabalho realizado pela controladoria. É necessário
evidenciar o auxílio à visualização de novas oportunidades de vendas, como
influencia os custos e despesas e o retorno dos investimentos realizados (ROI),
lembrando-se de que os dados também devem estar acessíveis para utilização
sempre que necessário.
2ª. Analisar o macro e seguir para análises detalhadas
O ideal é começar analisando as informações relevantes da empresa e
depois verificar a performance mensal. Essa avaliação possibilita compreender
se o que foi planejado efetivamente foi atingido. A análise pode ser aprofundada
explorando vários níveis de detalhes nas informações, conseguindo compreender
o que proporcionou cada um dos resultados.
3ª. Identificar os resultados positivos e negativos
A ideia, nesse caso, é encontrar os principais gargalos e oportunidades e
com isso, consegue-se verificar quais são os itens que mais contribuem para o
crescimento.
4ª. Priorizar os pontos de alavancagem
Nesse momento vale a pena procurar o que gera mais resultados com o
menor esforço, pois os elementos com piores resultados têm uma chance maior
de melhorarem. Por sua vez, os desempenhos positivos servem como exemplo e
até podem receber um investimento mais elevado para alavancar ainda mais o
retorno.
5ª. Elaborar os relatórios gerenciais completos
Esse documento deve contemplar os indicadores empresariais e também
a análise deles. Além disso, deve apresentar oportunidades de melhoria e as

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atividades que devem ser priorizadas. É dessa maneira que você tem acesso aos
resultados reais da organização e define os próximos passos a serem seguidos.

1.2.5. FERRAMENTAS

As funções dessa área só podem ser praticadas com eficiência quando o


controller conta com ferramentas adequadas e a tecnologia oferece um grande
auxílio, tanto na questão da agilidade quanto na da mobilidade. As mais
recomendadas são:
Balanced Scorecard (BSC)
A tradução dessa expressão é Indicadores Balanceados de Desempenho.
Essa metodologia é estratégica e ajuda a utilizar informações que vão além dos
dados financeiros e econômicos, analisando também a performance de mercado
junto aos clientes, o desempenho de pessoas e processos internos, a tecnologia e
as inovações.
O resultado é uma visão integrada, que descreve a organização e seus
objetivos estratégicos a partir de 4 perspectivas: financeira, mercadológica,
aprendizado e inovação, e processos internos.
A partir dessas variáveis, o BSC consegue alinhar os objetivos
estratégicos aos indicadores de desempenho, planos de ação e metas. Na
controladoria, o principal benefício é fornecer aos gestores a mensuração de
resultados a longo prazo. Com isso, é possível fazer ajustes e revisar as
estratégias implementadas.
Business Intelligence (BI)
Essa ferramenta facilita a coleta de dados estruturados e não estruturados,
que posteriormente podem ser analisados e interpretados para tomar decisões
acertadas, pois, dessa forma é possível embasar os resultados e decidir o melhor
caminho a seguir de forma fundamentada. De forma ampla, o BI serve como
uma solução para criar um ambiente de análises, sejam atuais, sejam projeções
para o futuro. Desse modo, é mais fácil atingir as metas e os objetivos dos
stakeholders.
Gestão estratégica

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Esse tipo de administração visa à colaboração para que o negócio atinja o
contexto desejado, especialmente em relação ao uso dos recursos, realidade
ambiental e maximização das relações interpessoais. Essa gestão está interligada
ao planejamento estratégico, ferramenta de gerenciamento que ajuda a melhorar
a comunicação, a motivação, as prioridades do negócio e mais.

A controladoria está sempre na busca da continuidade das operações


empresariais, sempre na tentativa de assegurar a otimização dos resultados
globais operacionais das empresas.
Considerando os conceitos já mencionados, veja a figura a seguir, que
ilustra de forma simplificada o processo funcional da controladoria:

Neste contexto, é de suma importância as organizações atentarem-se para


a elaboração e implementação de um planejamento estratégico, devidamente
ajustado para o porte, a atividade e a localização da mesma.

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AULA 2:

2. RELATÓRIOS ECONÔMICOS – FINANCEIROS

Quem tem ou trabalha como gestor de um negócio, sabe que o dia a dia é
composto por diversas tomadas de decisão, que podem ser mais facilmente acertadas
quando você usa como base os demonstrativos financeiros. Esses documentos contábeis
ajudam a assegurar maior eficiência na gestão financeira, facilidade operacional,
redução de custos e de perdas de recursos e ainda fornecer uma visão mais ampla do
negócio, tudo o que qualquer empreendedor precisa.
Vale a pena destacar que essas demonstrações não se limitam ao resultado de
indicadores financeiros. Eles estão direcionados para dentro e fora da organização e, por
isso, assinalam os pontos fortes e fracos da performance financeira e operacional.
A norma contábil que trata sobre as demonstrações contábeis é a NBC
TG 26, esta norma tem como objetivo:
“Definir a base para a apresentação das demonstrações contábeis, para
assegurar a comparabilidade tanto com as demonstrações contábeis de
períodos anteriores da mesma entidade quanto com as demonstrações
contábeis de outras entidades. Nesse cenário, esta Norma estabelece
requisitos gerais para a apresentação das demonstrações contábeis,
diretrizes para a sua estrutura e os requisitos mínimos para seu conteúdo”.

O objetivo das demonstrações contábeis para uma organização é o de:


Proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do
desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande
número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As
demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados da

21
atuação da administração, em face de seus deveres e responsabilidades na
gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados (NBC TG 26.)

Além das demonstrações contábeis, se faz necessário complementá-las


com as notas explicativas. Segundo NBC TG 26, notas explicativas:
Contêm informação adicional em relação à apresentada nas demonstrações
contábeis. As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou
segregações e aberturas de itens divulgados nessas demonstrações e
informação acerca de itens que não se enquadram nos critérios de
reconhecimento nas demonstrações contábeis.

De acordo com esta norma, o conjunto completo de demonstrações


contábeis inclui:
I. Balanço Patrimonial (BP)
II. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
III. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
IV. Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
V. Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)

Para garantir a transparência, a uniformidade e a harmonia dessas


demonstrações, é necessária a participação dos seguintes órgãos: CFC (Conselho
Federal de Contabilidade), CVM (Comissão de Valores Mobiliários), BACEN
(Banco Central do Brasil) e também deve seguir o disposto na legislação
tributária Federal, Estadual e Municipal, de modo que essas demonstrações
possam ser elaboradas e publicadas. Por este fato que essas demonstrações são
chamadas de Demonstrações Societárias, pois obedecem às normas
internacionais da contabilidade que estão descritas na Lei 6.404/1976 (Lei das
Sociedades Anônimas) que foi atualizada pela Lei 11.638/07.
A seguir, serão analisadas algumas contas dessas Demonstrações
Contábeis:

2.1. BALANÇO PATRIMONIAL e DRE

Os cálculos mais importantes na análise do comportamento das contas do


Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício são a análise

22
vertical e a análise horizontal. É através delas que reconhecemos o risco da
empresa, ou seja, a flutuação excessiva das contas desses relatórios, mas antes
de entrar no assunto, é necessário recordarmos essas duas demonstrações
contábeis, o BP e a DRE.

BALANÇO PATRIMONIAL

É a demonstração Contábil destinada a evidenciar a posição patrimonial e


financeira de uma empresa em uma determinada data, de forma qualitativa e
quantitativa. De forma mais detalhada, vamos relembrar alguns grupos e subgrupos de
contas do balanço:

 ATIVO

No Ativo, as contas que representam os bens e os direitos são organizadas em


ordem decrescente do grau de liquidez.
Grau de liquidez: “é a possibilidade de componentes se transformarem
ou se realizarem em dinheiro. Os estoques de mercadorias, por exemplo, serão
transformados em dinheiro quando vendidos à vista; as duplicatas a receber,
quando forem recebidas, e assim por diante. (RIBEIRO, 2004)”
As contas do ativo são classificadas em dois grandes grupos: Ativo
Circulante e Ativo Não Circulante.

ATIVO CIRCULANTE: São classificadas neste grupo as contas que


devem circular (girar) no máximo até o próximo exercício social. Ou seja, tem
uma rotação rápida e devem se transformar em dinheiro até o final do exercício
subsequente.
Apesar de existirem outras, as principais contas do Ativo Circulante são:
 Disponibilidades – Neste subgrupo são classificadas as contas que possuem
o maior grau de liquidez dentre as demais contas do Ativo. Elas representam as
disponibilidades imediatas e quase imediatas. As disponibilidades imediatas
correspondem ao dinheiro que a entidade tem no caixa ou depositado em conta corrente
bancária, pois pode lançar mão desses valores imediatamente. Disponibilidades quase
imediatas são os valores que, embora disponíveis, necessitam de alguns dias para serem

23
resgatados ou para serem liberados, como ocorre com as aplicações de curtíssimo prazo
e com os valores em trânsito (exemplo: depósitos efetuados a favor da empresa por
meio de ordens de pagamentos que ainda não foram liberados). Exemplos: Caixa,
Bancos Conta Movimento, Aplicações financeiras de liquidez imediata. (RIBEIRO,
2004)
 Contas a Receber ou a Recuperar – A expressão “a receber” ou “a
recuperar” deixa claro que se trata de um direito, e será classificada no ativo circulante
se o recebimento ocorrer em curto prazo. As contas a receber representam,
normalmente, um dos mais importantes ativos das empresas em geral. São valores a
receber decorrentes de vendas a prazo de mercadorias e serviços a clientes, ou oriundos
de outras transações. Essas outras transações não representam o objeto principal da
empresa, mas são normais e inerentes às suas atividades. Por esse motivo, é importante
a segregação dos valores a receber, relativos ao seu objeto principal (CLIENTES), das
demais contas, que podemos denominar de Outros Créditos.
 Estoques – A composição dos estoques será uma consequência do tipo da
atividade da empresa. A empresa comercial terá um estoque composto de mercadorias,
enquanto a indústria terá estoques de matéria prima, produtos em elaboração, produto
acabado, material de consumo e embalagens. Por exemplo: uma construtora terá estoque
de imóveis em construção ou acabados, além de material de construção.

ATIVO NÃO CIRCULANTE: São classificadas neste grupo as contas


que não estão programadas para circular (girar) até o final do próximo exercício.
Ou seja, tem uma rotação lenta e não fazem parte da programação financeira de
recebimento para o próximo exercício.
As principais contas do Ativo Não Circulante são:
 Ativo Realizável a Longo Prazo – São classificadas aqui as contas que
devem entrar em liquidez somente após o encerramento do próximo exercício. O
realizável a longo prazo compreende teoricamente as mesmas contas do Ativo
Circulante (com exceção das disponibilidades), cujo prazo de realização seja superior a
um ano ou ao ciclo operacional se esta for superior a um ano.
Exemplos: Duplicatas a Receber, Clientes, Estoques, Aplicações
Financeiras, Cauções, (-) Provisão para Perdas com Clientes, Adiantamento ou
Empréstimo a Clientes e Funcionários, enfim todos os direitos a receber após o
encerramento do próximo exercício. (MATARAZZO, 1993)
24
 Investimentos – Não são destinados à manutenção da atividade operacional
da empresa; são ativos que a empresa não tem intenção de se desfazer deles. É chamada
por alguns profissionais de imobilização financeira. A lei das Sociedades Anônimas
(S.A.) estabelece que devam ser classificadas em investimentos as participações
permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza que não se
destinem à manutenção da atividade da empresa, e não se classifiquem no Ativo
Circulante ou realizável a longo prazo. (MATARAZZO, 1993)
Exemplos: Participação permanente em outras sociedades, obras de arte,
imóveis não para uso (fruição de renda, aluguel).
 Imobilizado – São bens e direitos utilizados na atividade operacional da
empresa. A venda de qualquer desses elementos sem a devida reposição, prejudicará (ou
pode até paralisar) a atividade normal da empresa. Exemplos: Podem ser tangíveis como
terrenos, construções, obras em andamento, móveis e utensílios, máquinas, aparelhos e
equipamentos, ferramentas, peças e conjunto de reposição, instalações e veículos, entre
outros.
 Intangível – São os bens que não possuem matéria (corpo), portanto não
podem ser tocados fisicamente. Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos
de definição de um ativo intangível, quando:
o For separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido,
transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato,
ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou
o Resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente
de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e
obrigações.
Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se, primeiro, for
provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo
sejam gerados em favor da entidade; e em segundo, se o custo do ativo possa ser
mensurado com segurança. Exemplos: direito de uso de software, patente,
direitos autorais, concessão de exploração de negócio, marca, fundo de
comércio, entre outros.

 PASSIVO

25
No passivo, são registradas as obrigações da empresa com terceiros,
tecnicamente chamada de exigibilidades e também o patrimônio líquido, que é a
obrigação da empresa com os seus sócios. Assim, no jargão técnico Exigível
Total ou Exigibilidades é a soma das obrigações da empresa, incluindo aqui as
dívidas de curto e de longo prazo. Recomenda-se que a classificação siga a
ordem decrescente do grau de exigibilidade.
Grau de exigibilidade – diz respeito à prioridade de pagamento por
exigência de terceiros que tem direito ao recebimento.
As contas do passivo são classificadas como: Passivo Circulante, Passivo
Não Circulante e Patrimônio Líquido.

PASSIVO CIRCULANTE: São classificadas neste grupo as obrigações


que devem ser pagas ou recolhidas até o término do próximo exercício.
Geralmente aparecem acompanhadas da expressão “a pagar” ou “a recolher”, e
muitas vezes sendo esta a única distinção da despesa que possui o mesmo nome
de conta. É de grande importância na análise das demonstrações contábeis, pois
se trata de valores com grande influência no fluxo de caixa da empresa. Falta de
controle nas obrigações de curto prazo podem levar a empresa à falência. Aqui,
as principais contas são referentes a obrigações com fornecedores, funcionários,
fiscais e trabalhistas, provisões, entre outras. Exemplo: Fornecedores, duplicatas
a pagar, impostos a recolher, encargos trabalhistas a recolher, salários a pagar,
empréstimos e financiamentos a pagar, adiantamento de clientes, dividendos a
pagar, títulos a pagar, energia elétrica a pagar, aluguel a pagar, provisão para 13º
salário, provisão para férias, provisão para Imposto de Renda, juros a pagar,
dividendos a pagar, entre outras.

PASSIVO NÃO CIRCULANTE: São contas de obrigações e só


diferem do Passivo Circulante pelo prazo de pagamento. Com o passar do tempo
as contas do exigível a longo prazo passam para o passivo circulante. Isto porque
estas obrigações passam a ser exigíveis até o final do próximo exercício. Tal
transição não acontecerá somente se o pagamento for feito enquanto a dívida for
de longo prazo, antecipando o pagamento. Exemplo: Financiamentos,
Empréstimos, Adiantamentos, Contas a Pagar, Fornecedores, Imóveis a Pagar,
Títulos a Pagar, enfim todas as obrigações de longo prazo.

26
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

É o grupo de contas que embora não seja considerado exigível, está


vinculada ao Passivo por se tratar de uma dívida da empresa para com os seus
sócios. E também para estabelecer o equilíbrio dos recursos entre o Ativo
(aplicação) e o Passivo (origem).
O patrimônio líquido é composto por:
Capital Social – é o recurso aplicado pelos sócios na empresa. Pode ser a
título de investimento inicial, aumento de investimento ou até mesmo aplicação de
lucros para aumentar o investimento na empresa, deduzindo-se a parcela não
integralizada. Segundo o Art. 7º da Lei 6.404/76, o capital social poderá ser formado
com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação
em dinheiro.
Reservas de capital – São valores emitidos pela empresa, não destinados a
aumento do capital social e que não passaram pelo resultado. São exemplos: ágio na
venda de ações, prêmio recebido na emissão de debêntures, bônus de subscrição.
Reservas de lucros – São valores retidos do lucro, para uma destinação
específica. Ou seja, é a parte do lucro que neste momento não será distribuída aos sócios
como dividendos, ficando investida na empresa. São exemplos: reserva legal, reserva
para contingências, reserva de lucros a realizar, entre outras dispostas na legislação.
Ajustes de avaliação patrimonial – São os aumentos ou reduções de valores
do ativo ou passivo, em função do valor real de mercado. Há uma clara intenção de
apresentação do patrimônio pelo valor justo.
Ações em Tesouraria – Ocorre quando a empresa compra, no mercado de
ações, suas próprias ações.
Prejuízos Acumulados – É a soma dos valores negativos do resultado que
são acumulados em um ou mais exercícios.

Na figura a seguir, temos o esqueleto de um balanço:

27
Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Em relação à classificação dos recursos utilizados no processo produtivo,


temos:
Recursos de Terceiros representa todos os empréstimos a longo prazo,
incluindo títulos contraídos pela empresa.
 Recursos Próprios consiste dos recursos a longo prazo fornecidos pelos
proprietários da empresa, os acionistas. O Capital Próprio pode ser conseguido
internamente, através da Reserva de Lucros ou externamente, através da venda de ações
ordinárias ou preferenciais.

No quadro a seguir, vãos destacar algumas das diferenças entre captar


recursos de terceiros e recursos próprios:

Recursos de Terceiros Recursos Próprios


Pagamentos de principal e juros definidos Pagamento residual, após pagamentos dos
em contrato demais compromissos.

Dedutível da base de Cálculo de Impostos Não dedutível da base de Cálculo de Impostos

Alta Prioridade no caso de Falência Baixa Prioridade no caso de Falência

Prazo fixo de Maturidade Sem prazo de Maturidade

Não dá direito de intervenção na empresa Dá direito de intervenção na empresa

28
Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

As dificuldades para a captação de recursos financeiros de longo prazo,


os riscos decorrentes do mercado brasileiro e os benefícios fiscais oferecidos
pela legislação tributária na utilização de capital de terceiros, são alguns dos
aspectos a serem considerados pelos executivos financeiros nas decisões de
estrutura de capital. Entretanto, sob a perspectiva gerencial, a decisão sobre a
estrutura do capital das empresas pode não ser apenas determinada por fatores
contextuais internos e externos, mas também, por outros aspectos importantes,
como valores, objetivos, preferências e interesses dos sócios controladores, que
provocam impacto nas preocupações básicas de risco financeiro e de controle da
companhia.
CCL é o Capital Circulante Líquido ou Capital de Giro. Este capital
serve para financiar a continuidade das operações da empresa, como recursos
para financiar o cliente quando o mesmo compra a prazo, recurso para manter o
estoque e recurso para pagar os fornecedores, os impostos, salários e outros
custos operacionais.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A demonstração do resultado do exercício é um resumo ordenado das receitas e


despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresentada de forma
dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se às despesas e, em seguida, indica-
se o resultado (lucro ou prejuízo). (IUDÍCIBUS, 1998)
A elaboração da DRE deve seguir o disposto na lei 6.404/76 e deve ser realizada
periodicamente para auxiliar, principalmente, na administração gerencial da entidade
durante as tomadas de decisão.
A DRE possui algumas finalidades, como, por exemplo:
 Informar aos acionistas e aos quotistas os resultados obtidos das operações de
um determinado Período Contábil;
 Auxiliar a apuração da rentabilidade das empresas;
 Diagnosticar aos usuários internos e externos a saúde econômica da instituição;
 Medir a eficiência de acordo com as políticas adotadas pela empresa, servindo
como base para um feedback para a administração da entidade.

29
As receitas aumentam os benefícios econômicos da entidade sob a forma
de entrada de recursos e as despesas são decréscimos nos benefícios
econômicos. Além das despesas há também os custos, que são outros gastos que
devem ser computados na DRE. A diferença básica entre custos e despesas é que
o primeiro refere-se aos gastos relacionados à área operacional (Indústria,
Fábrica, Produção), já o segundo, a área Administrativa.
Este demonstrativo pode ser feito para o Comércio, Serviço e a Indústria.
Em uma empresa comercial, o termo faturamento é o mesmo utilizado pelas
vendas, ou seja, Receita de Venda é igual a Faturamento. Já na indústria
Faturamento é quando o valor da venda é acrescido de IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados). Neste caso, subtraindo o IPI, ai sim, chega ao valor
da Venda.
A seguir, as estruturas para o comércio e serviços e para a indústria:

DRE - COMÉRCIO / SERVIÇOS (=) Lucro Líquido antes das


Participações
Receita Bruta de Vendas / de Serviços
(-) Debêntures, Empregados,
(-) Abatimentos (ICMS, PIS, COFINS,
Participações a Administradores, etc
ISS, Devoluções)
(=) Resultado Líquido do Exercício
(=) Receita Líquida
(-) CMV / CSP / CPV
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
(+) Receitas Financeiras DRE - INDÚSTRIA

( - )Despesas Financeiras Faturamento Bruto

(+/-) Outras Receitas e Despesas (-) IPI Faturado

(+/-) Variações Cambiais (=) Receita de Venda / Receita de

(=) Resultado Operacional antes do Serviços

IRPJ e CSLL (-) Abatimentos (ICMS, PIS, COFINS,

(-) IRPJ Devoluções)

(-) CSLL (=) Receita Líquida

30
(-) CMV / CSP / CPV (-) IRPJ
(=) Lucro Bruto (-) CSLL
(-) Despesas Operacionais (=) Lucro Líquido antes das
(+) Receitas Financeiras Participações
( - )Despesas Financeiras (-) Debêntures, Empregados,
(+/-) Outras Receitas e Despesas Participações a Administradores, etc
(+/-) Variações Cambiais (=) Resultado Líquido do Exercício
(=) Resultado Operacional antes do
IRPJ e CSLL

No caso de prestadores de Serviços, além dos Impostos ICMS, PIS e COFINS,


há também o ISS (Imposto sobre Serviços) e na indústria, temos a necessidade de
cálculo do IPI.
Em relação à DRE, é necessário complementarmos o assunto especificando a
diferenciação entre os descontos incondicionais e condicionais, pois como é possível ver
na DRE, os descontos incondicionais encontram-se nas deduções e os condicionais não.
Vejamos a diferença:
 DESCONTOS INCONDICIONAIS

É o desconto concedido, independentemente de qualquer condição. Ele é


deduzido da Receita Bruta, pois são considerados parcelas redutoras do preço de
vendas, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e
não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos; esses descontos não
se incluem na receita bruta da pessoa jurídica vendedora e, do ponto de vista da pessoa
jurídica adquirente dos bens ou serviços, constituem redutor do custo de aquisição, não
configurando receita.
Exemplo: Mercadorias R$ 100.000,00
(-) Descontos Incondicionais R$ 20.000,00
(=) Valor de Venda/Nota Fiscal R$ 80.000,00
Os R$ 80.000,00 constituirão a receita bruta da vendedora e, para o comprador,
o custo das mercadorias (Observar que o IPI Faturado e o ICMS Substituição Tributária,
cobrados destacadamente na nota fiscal, também são parcelas redutoras da receita
bruta). Desta forma, teremos então:

31
No vendedor: Contabilização de R$ 80.000,00 de receita de vendas de
mercadorias.
No comprador: Contabilização de R$ 80.000,00 de aquisição de mercadorias.

 DESCONTOS CONDICIONAIS

Já os descontos condicionais são aqueles que dependem de evento posterior à


emissão da nota fiscal, usualmente, do pagamento da compra dentro de certo prazo, e
configuram despesa financeira para o vendedor e receita financeira para o comprador,
ou seja, como o nome já informa, o desconto vem de uma condição (Um exemplo bem
prático é o boleto da faculdade, se o aluno pagar até o 5º dia útil ele tem o desconto,
caso contrário, pagará o valor cheio).
Exemplo: Pagamento de duplicata com desconto por pagamento pontual de R$
1.000,00, oferecido pelo vendedor ao comprador.
Teremos então:
No vendedor: contabilização de R$ 1.000,00 a título de despesa financeira
(desconto concedido).
No comprador: contabilização de R$ 1.000,00 a título de receita financeira
(descontos obtidos).

2.2. DEMOSNTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO


LÍQUIDO

É destinada a evidenciar as mudanças, em natureza e valor, ocorridas no


Patrimônio Líquido da Entidade em determinado período. Ela é obrigatória para as
Companhias abertas e para as instituições financeiras, conforme determina a Instrução
Normativa nº 59/86 da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Para as demais
companhias, ela é facultativa. Antes da DMPL era feita a DLPA (Demonstração de
Lucros e Prejuízos Acumulados), mas esta segunda é mais restrita. Veja o esqueleto da
DMPL na Figura 2:

Capita Reserv Reserv Reserva Reserva Ajuste de Lucro Total


l a de a Legal de Estatutári Avaliação s
Social Capital Expansã a Patrimoni

32
o al
Saldo Inicial
Aumento de
Capital
Lucro do Período
Reserva Legal
Reserva
Estatutária
Reserva de
Expansão
Dividendos
Saldo Inicial

Por meio da DMPL é possível identificar e analisar os saldos iniciais de cada


conta que compõem o Patrimônio Líquido da empresa, bem como sua movimentação
ocorrida.
Exemplo Prático: A empresa FCE Ltda. apresentava em 31/12/X1 os seguintes
saldos nas contas de patrimônio líquido:
Capital R$ 180.000,00; Reservas de capital R$ 52.500,00; Reserva legal R$
22.500,00 e Reserva para expansão R$ 67.500,00.
No exercício de X2, a empresa efetuou dois aumentos de capital: um em
dinheiro no valor de R$ 15.000,00 e outro no valor de R$ 10.500,00, utilizando parte
das reservas de capital.
A empresa apurou nesse exercício lucro líquido no valor de R$ 75.000,00, o qual
teve a seguinte destinação: Reserva legal R$ 3.750,00; Reserva estatutária R$ 7.500,00;
Reserva para expansão R$ 26.250,00; Dividendos R$ 37.500,00.

33
E desta forma o lucro que foi apurado, precisou ser distribuído, pois na nova
regra, não poderá mais ficar Lucros Acumulados. O mesmo precisa ser distribuído para
as reservas, como também, distribuído aos dividendos.

2.3. DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Conforme estabelece o art. 176, V, da Lei 6.404/76, a Demonstração do Valor


Adicionado (DVA) é obrigatória para as companhias abertas. Além disso, o art. 188, II,
da mesma lei, estabelece que a demonstração do valor adicionado indicará, no mínimo,
o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que
contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores,
acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. Veja o
esqueleto desta demonstração:

DVA - Demonstração do Valor Adicionado


Descrição $
1. RECEITAS
2. Insumos Adquiridos de Terceiros
3. Valor Adicionado Bruto (1-2)
4. Depreciação
5. Valor Adicionado Líquido (3-4)
6. Valor Adicionado Recebido em Transferência
7. Valor Adicionado Total a Distribuir (5+6)
8. Distribuição do Valor Adicionado

34
Exemplo Prático: A partir da demonstração do resultado do exercício da
Comercial Jacutinga S.A, vamos elabore a DVA:

DRE
Receita Bruta R$ 18.000,00
(-) Devoluções de Vendas -R$ 1.000,00
(-) Descontos Incondicionais -R$ 2.000,00
(-) ICMS -R$ 1.200,00
(-) PIS e COFINS -R$ 600,00
Vendas Líquidas R$ 13.200,00
(-) CMV -R$ 5.100,00
(=) Lucro Bruto R$ 8.100,00
(-) Comissões sobre Vendas -R$ 900,00
(-) Juros Passivos (financiamento) -R$ 200,00
(-) Aluguéis -R$ 1.000,00
(-) Salários -R$ 2.700,00
(-) Depreciação -R$ 300,00
(=) Lucro Operacional R$ 3.000,00
(+) Receita de Venda de Imobilizado R$ 1.600,00
(-) Custo do Imobilizado Vendido -R$ 1.900,00
(=) Lucro antes do IRPJ e CSLL R$ 2.700,00
(-) IRPJ e CSLL -R$ 600,00
(=) Lucro Líquido R$ 2.100,00

Observação: Do lucro líquido, R$ 1.600,00 foram distribuídos aos acionistas e


o restante foi retido na empresa para reinvestimento.

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO


Empregados (Salários e Comissões) R$ 3.600,00
Governo (ICMS, PIS, COFINS, IRPJ e CSLL) R$ 2.400,00
Financiadores (juros e aluguéis) R$ 1.200,00
Acionistas (dividendos) R$ 1.600,00
Parcela do lucro retida para reinvestimento (reservas) lucro -
dividendo R$ 500,00
Total do Valor Adicionado distribuído R$ 9.300,00

Enfim, essas são as demonstrações obrigatórias pela Lei 6.404/1976 atualizada


pela Lei 11.638/2007 e 11.941/2009.
35
2.4. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

A demonstração do fluxo de caixa direto e indireto são essenciais para o setor


contábil da empresa. É através da geração do relatório que os gestores responsáveis
terão um poder de avaliação maior. Essa avaliação se refere à capacidade de uma
empresa, independentemente de seu porte, gerar lucros a partir de suas atividades
principais. Da mesma forma, é através da Demonstração do fluxo de caixa direto e
indireto que os avaliadores podem se certificar de que uma empresa terá recursos
disponíveis para cumprir com suas obrigações legais, como, por exemplo, o pagamento
de imposto, ou até mesmo pagar os dividendos para acionistas.
A Demonstração do Fluxo de Caixa, também conhecido pela sigla DFC, nada
mais é do que um relatório financeiro que se baseia nas informações referentes ao
Balanço Patrimonial e também do Demonstrativo de Resultados de Exercício, o DRE,
para mostrar tudo o que entrou e saiu em dinheiro do caixa do seu negócio, em um
determinado período de tempo.
Este demonstrativo evidencia as alterações ocorridas no exercício, no saldo de
caixa ou contas equivalentes a caixa, como banco e aplicações. Desta forma, se faz
necessário saber que existem três fluxos de atividades, que podem alterar o fluxo de
caixa na forma de saída ou entrada de recursos, que são: os Fluxos das Atividades
Operacionais, Fluxos das Atividades de Investimento e Fluxos das Atividades de
Financiamento. De acordo com o Comitê de Pronunciamento Contábil 03 (R2), “a
empresa deve divulgar os fluxos de caixa usando os seguintes métodos: Direto e
Indireto”. O método Indireto inicia-se com o Lucro do Exercício da DRE, já o método
direto inicia com a variação de recebimentos e pagamentos.
Para que uma empresa possa utilizar o método indireto de demonstração de
fluxo de caixa, ela precisará, antes de qualquer coisa, do balanço patrimonial. Deve ser
considerado o balanço que compreende apenas determinado período. A partir desses
dados, a empresa deve considerar a variação das contas do ativo.
Em outras palavras, a empresa precisa contabilizar todo o lucro que teve em um
determinado intervalo de tempo. Com o valor em mãos, ela deve ajustar esse valor. Mas
por que ajustar? Porque alguns fatores podem afetar o lucro. A amortização e a
depreciação, por exemplo, afetam diretamente o lucro líquido. No entanto, esses
mesmos itens não afetam, necessariamente, o caixa.

36
Então, calculando a diferença entre os ajustes e o lucro real que a empresa teve,
chega-se aos valores produzidos pela empresa e que tenham sido registrados na DRE
(Resultado do Exercício).
Caso você não saiba, o DRE é um relatório criado pelo contador de uma
empresa. Seu objetivo é indicar todas as operações realizadas pela empresa, com o
intuito de apontar se ela ficou no lucro ou no prejuízo, e de quanto foi esse lucro ou
prejuízo.

FLUXO DE CAIXA INDIRETO


1. Fluxo das Atividades Operacionais
Lucro Líquido do Período
Total
2. Fluxo dos Investimentos
Total
3. Fluxo dos Financiamentos
Total
4. Acréscimo/ Decréscimo de Caixa (1+2+3)
Variação nas Disponibilidades
(+-) Saldo da Disponibilidade 2013
(=) Saldo Final da Disponibilidade

O fluxo de caixa direto funciona de forma diferente. Através de relatórios, ele


aponta detalhadamente todos os valores utilizados pela empresa. Valores esses
referentes aos recebimentos ou pagamentos que uma empresa realizou em determinado
período de tempo.
Seu objetivo é destacar de forma clara os resultados brutos. Diferentemente do
fluxo de caixa indireto, que aponta os resultados líquidos.
Por isso, o fluxo de caixa direto deve conter informações como:
 Recursos recebidos dos clientes;
 Todo tipo de juros ou multa pagas;
 Todo capital utilizado como forma de pagamento, seja para funcionário,
cliente ou fornecedor;

37
 Todos os impostos que a empresa deve pagar;
 Quaisquer entradas ou saídas de capital referentes aos pagamentos e
recebimentos da empresa;
A demonstração do fluxo de caixa direto é mais custosa para a empresa. Porém,
esse método permite que os dados estejam sempre atualizados e disponíveis para o setor
contábil.

FLUXO DE CAIXA DIRETO


Atividades Operacionais (1)
Vendas a Vista
Recebimento da Duplicata
Total Atividade Operacional
Atividade de Financiamento (2)
Total de Financiamento
Atividade de Investimento (3)
Total da Atividade de Investimento
(=) Total da Variação do Fluxo de Caixa (1+2-3)
(+-) Início do Disponível
TOTAL DA DISPONIBILIDADE

EXERCÍCIOS

1.) No "Art. 176 da Leia das Sociedades Anônimas de 1976 (6.404), ao fim de cada
exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escritura mercantil da empresa, as
seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do
patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I. Balanço patrimonial;
II. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
III. Demonstração do resultado do exercício;
IV. Demonstração do fluxo de caixa;
V. Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado". (Lei 6.404/76).

38
Com relação às informações acima da Lei 6.404/76, pode-se afirmar:
1. Fim do exercício social deve ocorrer no dia 31 de dezembro de cada ano.
2. Balanço Patrimonial é dividido em ativo, passivo e patrimônio líquido.
3. DRE deverão constar somente contas de receitas e despesa.
4. Demonstração do Fluxo de Caixa deve ser elaborada com base no regime contábil da
competência.
5. Uma companhia é denominada de aberta se tiver suas ações negociadas em bolsas de
valores.
É correto o que afirma em:
a) 1, 2, somente.
b) 2, 3 e 5, somente.
c) 2, 3 e 4, somente.
d) 2, 3, 4 e 5, somente.
e) 1, 2, 3, 4 e 5.

2.) Assinale a opção que contém somente contas da DRE que não afetam o caixa da
empresa.
a) Despesas de depreciação
b) Despesas de juros
c) Receitas de vendas de intangíveis
d) Despesas de marketing

e) Receita com venda de títulos de crédito carbono ( )

3.) Assinale a opção que contém somente contas do ativo intangível.


a) Obras de arte, terrenos, ativos biológicos.
b) Commercial paper, eurobônus, ações na tesouraria.
c) Veículos, hardwares, máquinas.
d) Despesas do exercício seguinte, Impostos a recuperar, aplicações financeiras.
e) Software, marcas e patentes, franquias.

4.) Assinale a opção que contém somente contas de natureza passiva circulante.
a) Desconto de duplicata – eurobônus – fornecedor
b) Fornecedor – salários a pagar – impostos a recuperar.
c) Dividendos a pagar – impostos a pagar – Adiantamento a clientes.
39
d) Eurobônus – Reservas de capital – software.
e) Ações na tesouraria – empréstimos bancários – encargos sociais

5.) Considerando as obrigações a longo prazo das empresas em passivo não circulante e
patrimônio líquido, avalie as seguintes asserções:
I. A diferença entre as contas do passivo não circulante e as contas do patrimônio
líquido é que as primeiras devem ser liquidadas em prazo determinado, e as outras não
têm prazo para serem liquidas.
POR QUE
II. As contas de passivo não circulante pertencem aos credores privados e as contas do
patrimônio líquido pertencem aos proprietários.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As asserções I e II são proposições falsas.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, mas a II não é uma justificativa da I.
d) A asserção I não é uma proposição verdadeira, mas a II é uma justificativa da I.
e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da II.

6.) (BNDES – Contador / Fundação Cesgranrio) Observe a seguinte Demonstração do


Resultado do Exercício, com valores em reais:
Itens Valores
Receita Bruta de Venda R$ 422.400,00
(-) Devoluções e Abatimentos -R$ 17.600,00
(-) Impostos sobre Vendas -R$ 96.800,00
(=) Receita Líquida de Vendas R$ 308.000,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas -R$ 211.200,00
(=) Lucro Operacional R$ 96.800,00
(-) Despesas Administrativas -R$ 44.000,00
(-) Despesas Financeiras -R$ 8.800,00
(=) Receitas Financeiras R$ 13.200,00

40
(=) Lucro Operacional Líquido R$ 57.200,00
(-) IRPJ -R$ 7.040,00
(-) CSLL -R$ 3.520,00
(=) Lucro Líquido R$ 46.640,00

Composição das Despesas Administrativas:

Ordenados e Salários R$ 6.400,00


Serviços de Terceiros R$ 7.920,00
Materiais de Consumo R$ 5.104,00
Depreciação R$ 3.696,00
Impostos e Taxas R$ 880,00

Tendo em vista o Demonstrativo do Valor Adicionado – DVA, pode-se afirmar que


ficou para o Governo a quantia, em reais, de:
a) R$ 26.400,00
b) R$ 27.456,00
c) R$ 46.640,00
d) R$ 96.800,00
e) R$ 108.240,00

7.) Nas questões de múltipla escolha a seguir, assinale qual a alternativa correta em cada
uma delas:

I. Capitais de Terceiros são:


a) somente as obrigações de curto prazo
b) as obrigações mais o patrimônio líquido
c) somente as obrigações decorrentes de compras a prazo
d) as obrigações de curto e de longo prazo representadas pelo passivo circulante e pelo
passivo não circulante

II. Capital Próprio é:


a) Passivo Circulante mais Patrimônio Líquido

41
b) Patrimônio Líquido
c) Passivo Não Circulante menos Patrimônio Líquido
d) Ativo Circulante mais Investimento

III. As contas que representam bens destinados à manutenção das atividades da


companhia, como Móveis e Utensílios, Veículos, Instalações etc., são classificadas:
a) No ativo circulante
b) Ativo Investimento
c) Ativo Imobilizado
d) Ativo Intangível

IV. A Indústria de Produtos Alimentícios Paranaense S/A adquiriu um imóvel com o


intuito de locá-lo para terceiros. Neste caso, o imóvel será classificado:
a) Intangível
b) Investimento
c) Imobilizado
d) Realizável a Longo Prazo

V. (CESGRANRIO – SFE/2009) O balanço patrimonial de uma empresa é um


documento contábil que mostra as (os)
a) Receitas obtidas durante determinado período.
b) Despesas financeiras e de capital da empresa num certo período.
c) Resultado acumulado desde o inicio da operação da empresa.
d) Valores dos bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido numa certa data.
e) Lucros obtidos durante certo período.

VI. (MPE-SE __ FCC/2009) São classificáveis no Ativo Não Circulante:


a) As receitas antecipadas.
b) Os estoques de mercadorias.
c) As despesas de seguro.
d) Os itens dos ativos intangíveis.
e) Todas as aplicações financeiras.

42
VII. (SEA-AP__ FGV/2010) De acordo com as regras contábeis vigentes, o Ativo Não
Circulante é composto:
a) Pelo Ativo Realizável a Longo Prazo, os Investimentos, o Imobilizado e o Intangível.
b) Pelo ativo permanente, os investimentos, o imobilizado e o intangível.
c) Pelos investimentos, o imobilizado, o intangível e o diferido.
d) Pelo realizável o ativo permanente, os investimentos, o imobilizado e o intangível.
e) Pelos ajustes presentes, os investimentos, o imobilizado e o intangível.

VIII. (CMSP-VUNESP/2007) Analise o Balanço Patrimonial.


ATIVO $ PASSIVO $

Ativo circulante R$ 10.000 Passivo circulante R$ 6.800

Caixa R$ 3.000 Fornecedores R$ 3.400

Bancos com R$ 4.000 Empréstimo a pagar R$ 3.400


movimento
Duplicatas a receber R$ 3.000 Passivo Não R$ 6.600
Circulante
Ativo Não R$ 10.000 Títulos a Pagar R$ 6.600
Circulante
Veículos R$ 6.000 Patrimônio líquido R$ 6.600
Móveis e Utensílios R$ 4.000 Capital social R$ 6.600
TOTAL DO ATIVO R$ 20.000 TOTAL DO PASSIVO R$ 20.000

Os percentuais de Capital Próprio e de Terceiros (em relação ao total do passivo) são,


respectivamente, de:
a) 33% e 67%
b) 50% e 50%
c) 49,25% e 203,03%
d) 106,06% e 52,24%
e) 197% e 67%

43
IX. (TRF/2003-ESAF) A empresa Primavera Ltda., no encerramento do exercício de
2002, obteve as seguintes informações, conforme segue: Adiantamento a fornecedores $
1.000, Adiantamento de clientes $ 2.000, Ativo imobilizado $ 20.000, Capital social $
29.000, Contas a pagar $ 40.000, Depreciação acumulada $ 2.100, Aplicações
Financeiras $ 1.100, Disponibilidades $ 1.000, Duplicatas a receber $ 30.000, Estoques
$ 20.000, Realizável a longo prazo $ 2.000, Reserva legal $ 2.000. Assinale a opção
correta, que corresponde ao VALOR DO ATIVO que estará presente no balanço
patrimonial.
a) $ 71.000
b) $ 72.000
c) $ 73.000
d) $ 74.000
e) $ 75.000

X. (CFC/2004-CRICIÚMA- TÉCNICO) Uma empresa encerrou o seu balanço


patrimonial em 31/12/2003, com os saldos a seguir.
CONTAS: Adiantamento a fornecedor $25.000; Adiantamento de clientes $35.000;
Aluguéis a pagar $ 21.000; Aluguéis a receber $ 26.000; Capital social $50.000;
Veículos $44.000; Caixa $ 9.000; Banco conta movimento $16.000; Duplicadas a pagar
$45.000; Duplicadas a receber $56.000; Edifícios $50.000; Empréstimo a Curto Prazo
$ 22.000; Estoque de Mercadorias $ 45.000; Financiamento Exigível a Longo Prazo $
51.000; Imp. Renda a recolher $ 12.000; Terrenos $ 18.000; Máquinas e equipamentos
$ 32.000; Títulos a pagar $ 15.000; Reservas de lucros $ 33.000; Salários a pagar $
26.000; Impostos a recolher $ 11.000. Os totais do Ativo Circulante e do Passivo
Circulante são respectivamente:
a) R$ 177.000 e R$ 187.000
b) R$ 187.000 e R$ 177.000

44
c) R$ 238.000 e R$ 321.000
d) R$ 321.000 e R$ 238.000

8.) 1.) Monte o Balanço Patrimonial da Indústria SERRA AZUL conforme a Lei
11.638/07 e indique se o PL é positivo, nulo ou negativo: Bancos R$120.000,00;
Veículos R$40.000,00; Moveis R$5.000,00; Mercadorias R$30.000,00; Duplicatas a
Pagar R$12.000,00; Duplicatas a Receber R$15.000,00; Duplicatas a Receber Longo
Prazo R$ 5.000,00; Terrenos não destinados ao uso R$ 100.000,00; Ações em Outras
Empresas R$ 50.000,00; Depreciação do Veículo R$ 8.000,00; Marca R$ 2.000,00;
Patente R$ 3.000,00; Financiamento a Longo Prazo R$ 150.000,00; Empréstimo R$
5.000,00; IRRF a Recolher R$ 6.000,00; Fornecedores R$ 10.000,00; Salários a Pagar
R$ 25.000,00; FGTS a Recolher R$ 2.000,00; Adiantamento de Clientes R$ 7.000,00;
Adiantamento a Fornecedores R$ 8.000,00; Duplicatas a Pagar no Longo Prazo R$
140.000,00
ATIVO R$ PASSIVO R$
Ativo Circulante Passivo Circulante

Total do AC
Ativo Não Circulante
ARLP
Total do PC
Passivo Não
INVESTIMENTO
Circulante

45
IMOBILIZADO Total do PNC

INTANGÍVEL

Total do ANC Patrimônio Líquido


TOTAL TOTAL

Resposta:

9.) Monte o Balanço Patrimonial da CIA SABEDORIA, conforme contas abaixo.

Contas Valores
Caixa R$ 4.522,00
Banco Conta Movimento R$ 16.522,00
Estoque de Mercadorias R$ 178.000,00
Salários a pagar R$ 14.784,00
Capital Social R$ 1.600.000,00
Reserva de Lucros R$ 203.137,00
Obra de Arte R$ 584.993,00
Financiamento a pagar (longo prazo) R$ 336.627,00
Ações de Outras Companhias R$ 20.993,00

46
Terreno utilizado para uso da empresa R$ 150.000,00
Imóveis R$ 600.000,00
Depreciação Acumulada de Imóveis R$ 24.000,00
Dividendos a pagar R$ 15.693,00
Aplicações Financeiras R$ 248.771,00
Duplicatas a receber R$ 123.500,00
Adiantamento de Clientes R$ 2.465,00
Títulos a receber (Longo Prazo) R$ 133.971,00
Fornecedores R$ 20.566,00
Marcas e Patentes R$ 50.000,00
Veículos R$ 130.000,00
Depreciação Acumulada de Veículos R$ 24.000,00

BALANÇO PATRIMONIAL
CIA. SABEDORIA
PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE R$ CIRCULANTE R$

Total do PC
Total do AC
ATIVO NÃO PASSIVO NÃO
CIRCULANTE CIRCULANTE

Realizável a Longo Prazo

47
Investimento

Imobilizado

PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Intangível

Total do Ativo Não


Circulante Total do PL

TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

Resposta:

10.) Monte o Balanço Patrimonial da Empresa RELEMBRANDO CONCEITOS:


Dividendos a Pagar R$ 2.000,00 / Duplicatas a Pagar a Longo Prazo R$ 12.000,00 /
Estoques R$ 64.000,00 / IPI a Recuperar R$ 3.000,00 / Empréstimos a Coligadas
R$ 13.000,00 / Duplicatas a Receber a Longo Prazo R$ 12.000,00 / Duplicatas a Pagar
R$ 35.000,00 / Adiantamento de Clientes R$ 9.000,00 / Salários a Pagar R$ 5.000,00 /
Impostos a Pagar R$ 7.000,00 / ICMS a Recolher R$ 2.000,00 / Títulos a Pagar a Longo
Prazo R$ 13.000,00 / Capital Social R$ 90.000,00 / Caixa R$ 11.000,00 / Banco Conta
Movimento R$ 19.000,00 / Duplicatas a Receber R$ 41.000,00/ Matérias-primas
R$ 8.000,00 / Dividendos a Receber R$ 4.000,00

BALANÇO PATRIMONIAL
RELEMBRANDO CONCEITOS S/A
Ativo Circulante $ Passivo Circulante $

48
TOTAL DO AC
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
Realizável a Longo
Prazo

Total do PNC
Investimento Patrimônio Líquido
Imobilizado
Intangível TOTAL DO PL
Total do ANC
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

4.) Elaborar o Balanço Patrimonial da Empresa SUCESSO S/A, com os seguintes


dados:
Caixa R$ 7.000,00 / Banco Conta Movimento R$ 23.000,00 / Aplicação de Liquidez
Imediata R$ 30.000,00 / Mercadorias R$ 90.000,00 / Adiantamento a Fornecedores
R$ 12.000,00 / ICMS a Recuperar R$ 4.000,00 / Salários a Pagar R$20.000,00 /
Fornecedores R$ 29.000,00 / COFINS a Recolher R$ 1.000,00 / Duplicatas a Receber
no Longo Prazo R$ 9.000,00 / Ações em Coligadas R$ 32.000,00 / Imóveis R$
33.000,00 / Financiamento a Longo Prazo R$ 3.000,00 / Capital Social R$ 195.000,00 /
Prejuízos R$ 8.000,00.
BALANÇO PATRIMONIAL
EMPRESA SUCESSO S/A
Ativo Circulante R$ Passivo Circulante R$

49
Total do AC Total do PC
Passivo Não Circulante /
Ativo Não Circulante ELP
Realizável a Longo
Prazo
Total do PNC / ELP
Investimento Patrimônio Líquido

Intangível
Total do ATIVO NÃO
CIRCULANTE

Total do PL
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

(AULA 3)
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO

50
1. Depreciação: De acordo com a NBC TG 27 “é a alocação sistemática do valor
depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil”. Neste caso, um ativo do
Imobilizado, ou seja, um bem tangível.
A NBC TG 27 - Ativo Imobilizado determina os elementos que compõem o custo de
um item do ativo imobilizado:
a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não
recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e
abatimentos;
b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição
necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela
administração;
c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração
do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que
a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante
determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse
período.

I. A vida útil de um bem imobilizado é definida como:


a) O período que se espera para que um ativo esteja disponível para uso pela
empresa;
b) O número de produção ou unidades similares esperadas a ser obtido de um ativo
pela empresa.

II. Quanto ao período a ser depreciado:


Segundo a NBC TG 27, a Depreciação deve ser calculada e contabilizada a
partir do momento em que o bem estiver pronto para entrar em funcionamento.

III. A depreciação é encerrada quando:


a) O ativo estiver classificado para a venda de acordo com a NBC TG 31 (Ativo
Não Circulante mantido para a Venda e Operação Descontinuada).
b) A data em que o ativo é baixado.

IV. Esta baixa do ativo ocorre:

51
a) Devido a sua alienação;
b) Quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com sua
utilização.

V. Outros nomes que têm relação direta com a depreciação do bem imobilizado vejam
abaixo:
a) Valor depreciável do ativo: é o valor pelo qual este ativo foi adquirido (valor
bruto contábil) menos seu valor residual (VR).

b) Valor Residual: é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do


ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a
idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

c) Valor líquido contábil (VLC) é encontrado subtraindo a depreciação


acumulada (DA) do valor bruto contábil (VBC).

VI. Métodos de Depreciação:


O bem do Imobilizado poderá ser depreciado pelo método da linha reta (linear)
ou de quotas constantes, pelo método da soma dos dígitos dos anos ou decrescente.

 Método da Linha reta:


O método da linha reta (linear) é o mais simples, vejam os exemplos:
Exemplo 1: Pelo tempo de vida útil
Valor do Ativo Imobilizado: R$ 20.000,00
Vida útil do Ativo Imobilizado: 5 anos
Cálculo:
Depreciação: $ 20.000 / 5 = R$ 4.000,00 a.a
Depreciação: $ 20.000 / (5 anos x 12) = R$ 333,00 a.m

Exemplo 2: (Pela taxa de depreciação anual)


Valor do Ativo Imobilizado: R$ 20.000,00
Taxa do Ativo Imobilizado: 100 / 5 anos = 20% a.a
Cálculo:
20.000,00 x 0,20 = R$ 4.000,00 a.a
4.000,00 / 12 = R$ 333,33

52
 Método da Soma dos dígitos
O método de soma dos dígitos apura-se a taxa da depreciação somando-se os
algarismos do tempo de vida útil e em seguida calcula a fração de cada ano dividindo o
tempo de vida útil pelo total dos algarismos de vida útil.

Exemplo: Um veículo foi adquirido por R$ 40.000,00 e sua vida útil é de 5 anos,
conforme a Legislação Fiscal. Nisto, pede-se:
1º Passo: Identifica o tempo de vida útil e efetua a soma dos algarismos.
Soma dos algarismos: 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15
2º Passo: Para calcular a quota ou o valor anual, efetua-se a seguinte operação – quotas
decrescentes.
1º Ano: 5 / 15 x R$ 40.000,00 = R$ 13.333,33
2º Ano: 4 / 15 x R$ 40.000,00 = R$ 10.666,67
3º Ano: 3 / 15 x R$ 40.000,00 = R$ 8.000,00
4º Ano: 2 / 15 x R$ 40.000,00 = R$ 5.333,33
5º Ano: 1 / 15 x R$ 40.000,00 = R$ 2.666,67
TOTAL R$ 40.000,00

VI. Valor Residual


Perceba que tanto o método das quotas constantes quanto o método da soma dos
dígitos, são de fácil resolução. O próximo passo será executar um problema de
depreciação que envolva o Valor Residual. Veja.
Exemplo: Uma entidade pública pretende adquirir um veículo e quer analisar qual o
efeito da depreciação, usando o método das cotas constantes e o método da soma dos
dígitos. O valor bruto contábil é R$52.000,00; foi determinado o valor residual de
R$12.000,00. A vida útil do bem é de 5 anos, conforme a política da entidade. A taxa de
depreciação será calculada anualmente para efeito de decisão. Assim, mantidas as
demais premissas, os valores líquidos contábeis, no uso do cálculo da depreciação pelo
método das cotas constantes e pelo método da soma dos dígitos, respectivamente, ao
final do quarto ano, são:
a) R$10.400,00 e R$3.466,67.
b) R$20.000,00 e R$14.666,67.
c) R$20.800,00 e R$10.400,00.
d) R$28.000,00 e R$20.000,00.
e) R$20.000,00 e R$ 10.400,00
a) Método Linear

53
52.000,00 – 12.000,00 = R$ 40.000,00
DA = 40.000,00 x 4 / 5 anos
DA = R$ 32.000,00
VLC = 52.000,00 – 32.000,00
VLC = R$ 20.000,00
n Depreciação Depreciação Acumulada Residual
0 0,00 0,00 52.000,00
1 8.000,00 8.000,00 44.000,00
2 8.000,00 16.000,00 36.000,00
3 8.000,00 24.000,00 28.000,00
4 8.000,00 32.000,00 20.000,00
5 8.000,00 40.000,00 12.000,00

b) Método da Soma dos Dígitos


1+2+3+4+5 = 15
52.000,00 – 12.000,00 = R$ 40.000,00
Depreciação do 1° ano = 40.000 x 5 / 15 = 13.333,33
Depreciação do 2° ano = 40.000 x 4 / 15= 10.666,67
Depreciação do 3° ano = 40.000 x 3 / 15= 8.000,00
Depreciação do 4° ano = 40.000 x 2 / 15= 5.333,33
Depreciação até o 4° = 37.333,33
VLC = VBC – DA
VLC = 52.000 – 37.333,33
VLC = 14.666,67

n Fração Depreciação Deprec. Acum. Residual


0 0 0,00 0,00 52.000,00
1 5/5 13.333,33 13.333,33 38.666,67
2 4/5 10.666,67 24.000,00 28.000,00
3 3/5 8.000,00 32.000,00 20.000,00
4 2/5 5.333,33 37.333,33 14.666,67
5 1/5 2.666,67 40.000,00 12.000,00

54
Exercícios
1. Uma empresa adquiriu o equipamento de $ 15.000,00, vida útil de 15 anos e valor
residual de $ 4.000,00. Faça o plano de depreciação pelo método da soma dos dígitos.
15.000 – 4.000 = R$ 11.000,00
15+14+13+12+11+10+9+8+7+6+5+4+3+2+1 = 120
15/120 x 11.000,00 = R$ 1.375,00
n Fração Depreciação Deprec. Acum. Residual
0 0 0,00 0,00 15.000,00
1 15/120 1.375,00 1.375,00 13.625,00
2 14/120 1.283,33 2.658,33 12.341,67
3 13/120 1.191,67 3.850,00 11.150,00
4 12/120 1.100,00 4.950,00 10.050,00
5 11/120 1.008,33 5.958,33 9.041,67
6 10/120 916,67 6.875,00 8.125,00
7 9/120 825,00 7.700,00 7.300,00
8 8/120 733,33 8.433,33 6.566,67
9 7/120 641,67 9.075,00 5.925,00
10 6/120 550,00 9.625,00 5.375,00
11 5/120 458,33 10.083,33 4.916,67
12 4/120 366,67 10.450,00 4.550,00
13 3/120 275,00 10.725,00 4.275,00
14 2/120 183,33 10.908,33 4.091,67
15 1/120 91,67 11.000,00 4.000,00

2. Uma empresa adquiriu o equipamento de $ 25.000,00, vida útil de 14 anos, valor


residual de $ 10.000,00. Faça o plano de depreciação pelo método linear.
25.000,00 – 10.000,00 = R$ 15.000,00
15.000,00 / 14 = R$ 1.071,43
n Deprec. Deprec. Acum. Residual
0 0,00 0,00 25.000,00
1 1.071,43 1.071,43 23.928,57
2 1.071,43 2.142,86 22.857,14
3 1.071,43 3.214,29 21.785,71
4 1.071,43 4.285,71 20.714,29
5 1.071,43 5.357,14 19.642,86
6 1.071,43 6.428,57 18.571,43
7 1.071,43 7.500,00 17.500,00
8 1.071,43 8.571,43 16.428,57
9 1.071,43 9.642,86 15.357,14
10 1.071,43 10.714,29 14.285,71
11 1.071,43 11.785,71 13.214,29
12 1.071,43 12.857,14 12.142,86
13 1.071,43 13.928,57 11.071,43
14 1.071,43 15.000,00 10.000,00

55
3. Uma empresa adquiriu o equipamento de $ 42.000,00, vida útil de 8 anos, valor
residual de $ 10.000,00. Faça o plano de depreciação pelo método linear.
42.000,00 – 10.000,00 = R$ 32.000,00
32.000,00 / 8 = R$ 4.000,00 a.a
n Depreciação Deprec. Acum. Residual
0 0,00 0,00 42.000,00
1 4.000,00 4.000,00 38.000,00
2 4.000,00 8.000,00 34.000,00
3 4.000,00 12.000,00 30.000,00
4 4.000,00 16.000,00 26.000,00
5 4.000,00 20.000,00 22.000,00
6 4.000,00 24.000,00 18.000,00
7 4.000,00 28.000,00 14.000,00
8 4.000,00 32.000,00 10.000,00

4. Uma empresa adquire o equipamento de $ 8.400,00, valor residual de 2.100,00, vida


útil de 9 anos. Faça o plano de depreciação pelo método da soma dos dígitos.
8.400 – 2.100 = R$ 6.300,00
1+2+3+4+5+6+7+8+9 = 45
(9 / 45) * 6.300,00 = R$ 1.260,00
n Fração Depreciação Deprec. Acum. Residual
0 0 0,00 0,00 8.400,00
1 9/45 1.260,00 1.260,00 7.140,00
2 8/45 1.120,00 2.380,00 6.020,00
3 7/45 980,00 3.360,00 5.040,00
4 6/45 840,00 4.200,00 4.200,00
5 5/45 700,00 4.900,00 3.500,00
6 4/45 560,00 5.460,00 2.940,00
7 3/45 420,00 5.880,00 2.520,00
8 2/45 280,00 6.160,00 2.240,00
9 1/45 140,00 6.300,00 2.100,00
8.400 – 1.260 = R$ 7.140,00
8.400 – 2.380 = R$ 6.020,00

56
5. Uma empresa adquiriu um equipamento de $ 40.000,00, residual $ 15.000,00, vida
útil de 6 anos. Faça o plano de depreciação pelo método da soma dos dígitos.
40.000,00 – 15.000,00 = R$ 25.000,00
6+5+4+3+2+1 = 21
6/21 x 25.000,00 = R$ 7.142,86
Depreciação
n Fação Depreciação Residual
Acumulada
0 0 0,00 0,00 40.000,00
1 6/21 7.142,86 7.142,86 32.857,14
2 5/21 5.952,38 13.095,24 26.904,76
3 4/21 4.761,90 17.857,14 22.142,86
4 3/21 3.571,43 21.428,57 18.571,43
5 2/21 2.380,95 23.809,52 16.190,48
6 1/21 1.190,48 25.000,00 15.000,00

6. Uma empresa adquiriu um equipamento de $ 40.000,00, residual $ 15.000,00, vida


útil de 8 anos. Faça o plano de depreciação pelo método linear.
40.000,00 – 15.000,00 = R$ 25.000,00
25.000,00 / 8 = R$ 3.125,00 a.a

n Depreciação Deprec. Acum. Residual


0 0,00 0,00 40.000,00
1 3.125,00 3.125,00 36.875,00
2 3.125,00 6.250,00 33.750,00
3 3.125,00 9.375,00 30.625,00
4 3.125,00 12.500,00 27.500,00
5 3.125,00 15.625,00 24.375,00
6 3.125,00 18.750,00 21.250,00
7 3.125,00 21.875,00 18.125,00
8 3.125,00 25.000,00 15.000,00

57
7. Uma empresa adquiriu um equipamento de $ 40.000,00, residual $ 15.000,00, vida
útil de 6 anos. Faça o plano de depreciação pelo método da soma dos dígitos.
n Fação Depreciação Depreciação Acumulada Residual
0 0 0,00 0,00 40.000,00
1 6/21 7.142,86 7.142,86 32.857,14
2 5/21 5.952,38 13.095,24 26.904,76
3 4/21 4.761,90 17.857,14 22.142,86
4 3/21 3.571,43 21.428,57 18.571,43
5 2/21 2.380,95 23.809,52 16.190,48
6 1/21 1.190,48 25.000,00 15.000,00

8. Um equipamento foi depreciado pelo método linear, vida útil de 12 anos, depreciação
anual de 4.000,00 e sem valor residual. Qual é o valor do equipamento?
Resposta: 4.000 x 12 = R$ 48.000,00

9. O equipamento de $ 30.000,00, vida útil de 10 anos e valor residual de $ 12.000,00


serão depreciados pelo método da soma dos dígitos. Calcule o valor da depreciação
referente ao 5º ano.
1+2+3+4+5+6+7+8+9+10 = 55
30.000,00 – 12.000,00 = R$ 18.000,00
(6/55) x 18.000,00 = R$ 1.963,64

10. Uma máquina adquirida por R$ 18.000,00, com vida útil estimada em 5 anos e com
valor residual de 10%, ao fim do terceiro ano de uso apresentará um valor contábil de
18.000,00 – 1.800,00 = R$ 16.200,00
16.200,00 / 5 = 3.240,00
3.240,00 x 3 = R$ 9.720,00
18.000,00 – 9.720,00 = R$ 8.280,00

11. O Balanço Industrial Mel S/A, entre outros valores, apresentou os seguintes:
Equipamento R$16.000,00
Depreciação AcumuladaR$(5.200,00) = Valor Contábil = R$10.800,00
Considerando que, desde sua entrada em funcionamento, o referido bem só foi utilizado
em um único turno e que a taxa de depreciação é de 10%, qual seria o tempo restante da
depreciação?

58
16.000,00 / 10 = 1.600,00 ao ano
1.600,00 x 3 = R$4.800,00 em três anos.
1.600,00 / 12 = 133,33 x 3 = R$400,00 = 3 meses
4.800,00 + 400,00 = R$5.200,00
3 anos e 3 meses já foram depreciados, faltam neste caso, mais 6 anos e 9 meses

12. Um veículo adquirido em janeiro de 1989, por R$250.000,00, foi vendido em 15 de


janeiro de 1992 por R$140.000,00. Sabendo-se que:
 A empresa adotava a taxa de depreciação de 20% ao ano sobre o valor da
aquisição;
 A depreciação era contabilizada ao final de cada mês;
 Não se devem levar em conta os efeitos da correção monetária.
Pede-se, afirmar se esta venda o dono teve lucro ou prejuízo. Montar o cálculo.
250.000 / 5 = 50.000,00 ao ano x 3 anos = R$150.000,00
250.000,00 – 150.000,00 = R$100.000,00
Se o carro hoje vale hoje R$100.000,00 e foi vendido por R$140.000,00, o dono teve
um lucro de R$40.000,00.

13. A empresa Veloz S/A, para iniciar suas atividades operacionais, adquiriu, em
01/04/2000, dois veículos no valor de R$12.000,00 cada. Qual será o saldo da conta
Depreciação Acumulada de Veículos, em 31/12/2000, sabendo que o período de
depreciação do mesmo é de 5 anos?
24.000 / 5 = R$4.800,00
4.800 / 12 = R$400,00
9 meses x 400,00 = R$3.600,00

14. Possuindo há três anos e meio, uma máquina comprada por R$120.000,00 e
depreciada com base linear em vida útil de 5 anos e valor residual de 20%, informe o
Valor Contábil da empresa Mercedes S/A.
Depreciação: (120.000,00 – 24.000,00) / 5 anos = R$19.200,00 / 12 = R$1.600,00 ao
mês.
Passara-se 3,5 anos ou 42 meses
Valor Contábil = 120.000,00 – (1.600,00 x 42) = 120.000,00 – 67.200,00
Valor Contábil = R$52.800,00.

15. A empresa Juquinha S/A adquiriu por R$67.500,00 um equipamento industrial que,
em Junho de 2002, incorporou a seu Ativo Imobilizado, estimando sua vida útil em dez
anos, desde que sobrasse um valor residual de 20% do custo de aquisição. Se a empresa
utiliza o método da linha reta para depreciar tal equipamento, em 31 de dezembro de
2005, ele deverá apresentar valor contábil de quantos?
06/2002=67.500Vida útil=10 anosValor Residual=13.500(67.500*0,2)

59
67500-13500=54.00054.000/10=5.400 ao ano5.400/12=450 ao mês
de 06/2002 até 31/12/2005em 2002=7 meses(06/02 a 12/06)=450*7=3.150
2003=12 meses=5.400
2004=12 meses=5.400
2005=12 meses=5.400
total depreciado=3150+(3*5400)=19.350
Valor Contábil = 67.500,00 – 19.350,00 R$48.150,00

16. A empresa Anaconda S/A possuía uma máquina, adquirida por R$7.680,00, instalada para
utilização em 12 anos. Após nove anos de uso desse equipamento, tendo a depreciação
adequada sido oportunamente contabilizada, foi vendido, ocasionando perda de R$720,00.
Para que as afirmações acima sejam corretas, podemos dizer que o valor obtido na venda foi de
quanto?
7.680,00 / 12 = R$640,00
9 x 640,00 = R$5.760,00
7.680,00 – 5.760,00 = R$1.920,00
1.920,00 – 720,00 = R$1.200,00

17.A Cia. das Máquinas S/A faz seus balanços considerando um exercício coincidente
com o ano calendário. Nesse exercício, a conta Máquinas e Equipamentos apresenta um
saldo devedor de R$ 900.000,00. A empresa utiliza contabilização mensal dos encargos
de depreciação e uma taxa anual de 12%, para os cálculos. Entre os equipamentos, R$
400.000,00 foram comprados em abril de 2008; R$ 300.000,00 foram comprados em
abril de 2009 e o restante, em agosto de 2009. Ao encerrar o ano de 2009, na
Demonstração do Resultado do Exercício, os encargos de depreciação com esses
equipamentos terão qual valor?
400000 x 12% = 48000 / 12 = R$4.000,00 x 9 meses = R$36.000,00 = total de
R$84.000,00
300000 x 12% x 9/12 = 27000 (equipamento comprado em 04/2009, deprecia 9 meses)
200000 x 12% x 5/12 = 10000 (equipamento comprado em 08/2009, deprecia 5 meses)
84.000 + 27.000 + 10.000 = R$121.000,00.

18. Determinada empresa adquiriu um veículo em janeiro de 2011, que foi posto em
funcionamento no mesmo mês, sabendo-se que: a taxa de depreciação adotada foi de
20% ao ano; o valor de aquisição do veículo foi de R$220.000,00 e a depreciação é
contabilizada no fim de cada mês. Pede-se, informar qual o valor contábil do veículo em
31/12/2013.
220.000 x 20% = R$44.000,00 x 3 anos = R$132.000,00
220.000,00 – 132.000,00 = R$88.000,00

60
19. A Companhia Comercial Ltda, adquiriu um veículo no valor de R$85.000,00 em
01/05/2011 e nesta mesma data o bem entrou em funcionamento trabalhando 8 horas
por dia. Considerando que o bem é utilizado por um período e a respectiva taxa de
depreciação é de 20% ao ano, informe o valor contábil deste veículo em 31/12/2012.
85.000,00 x 20% = R$17.000,00
17.000,00 / 12 = R$1.416,67
8meses (05 até 12) = 8 x 1.416,67 = R$11.333,33
05/2011 a 05/2012 = R$17.000,00
17.000,00 + 11.333,33 = R$28.333,33
85.000,00 – 28.333,33 = R$56.666,67

20. Uma empresa adquiriu um ativo em 1º de Janeiro de 2009, o qual foi registrado
contabilmente por R$15.000,00. A vida útil foi estimada em cinco anos. Utilizando-se o
método linear para cálculo da depreciação e supondo-se que não houve modificação na
vida útil estimada e nem no valor residual, ao final do ano de 2010, o valor contábil do
ativo liquido será de quantos.
15.000,00 /5 anos = R$3.000,00 por ano
3.000,00 x 2 = R$6.000,00
Valor Contábil = 15.000,00 – 6.000,00
Valor Contábil = R$9.000,00

61
(AULAS 4 E 5)
REGIME DE TRIBUTAÇÃO: LUCRO REAL E PRESUMIDO
1.1 Contabilização dos Impostos IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica)
O Imposto de Renda obriga cada pessoa ou empresa a destinar determinado percentual
de sua renda ao governo. A finalidade é a manutenção do Estado, que se dá na sua
grande maioria por meio da arrecadação dos impostos. Como já mencionado, são três
modalidades para o cálculo de tributos e contribuição social devidos pelas pessoas
jurídicas sobre os lucros obtidos em determinado período:
 Lucro Real – que será o foco do nosso estudo;
 Lucro Presumido;
 Lucro Arbitrado;
Há também o IRPJ incluído numa forma de recolhimento simplificado, que é o Simples
Nacional.

1.1.1 Lucro Real


De acordo com a Lei nº9.718/1998, artigo 14 e artigo RIR/1999:
I. – Cuja Receita Bruta Total seja superior a R$78.000.000,00 (Setenta e Oito
Milhões de Reais), ou a R$6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais)
multiplicado pelo número de meses de atividade do ano calendário anterior;
II. Cujas atividades sejam de instituições financeiras, de seguros privados e de
capitalização;
III. Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior;
IV. Usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
V. Que explorem as atividades de factoring;
VI. Que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros
e do agronegócio.
As empresas que não se enquadrarem nas situações citadas, exceto as que gozam de
regime de tributação diferenciado, poderão optar pela tributação do Imposto de Renda
com base no Lucro Presumido.
A apuração da tributação por meio do Lucro Real poderá ser trimestral ou anual. Os
períodos encerrados pelo método trimestral são: 31 de Março, 30 de Junho, 30 de
Setembro e 31 de Dezembro. Já na apuração anual, as pessoas jurídicas devem efetuar
os recolhimentos mensalmente, com base em estimativas, apurando-se o lucro real

62
anualmente. A base de cálculo do IRPJ pelo Lucro Real apresenta também suas adições,
exclusões e compensações definidas em lei, no entanto, este assunto não será abordado.
1.1.2 Alíquotas e Adicional do IRPJ
A alíquota do IRPJ é de 15% sobre o lucro real, presumido ou arbitrado apurado pelas
pessoas jurídicas em geral, seja comercial ou civil o seu objeto.
Segundo a Receita Federal a parcela do Lucro Real que exceder ao resultado da
multiplicação de R$20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração,
se sujeita à incidência do adicional a alíquota de 10%.
 Se o recolhimento for mensal, o valor base será R$20.000,00;
 Se o recolhimento for trimestral, o valor base será R$60.000,00;
 Se o recolhimento for anual, o valor base será de R$240.000,00;

Exemplo 1:
Fazer a apuração (mensal e trimestral) do IRPJ do respectivo lucro antes da tributação:
R$90.888,70. Além da alíquota de 15% considerar também o adicional de 10%;
MENSAL
90.888,70 x 15% = R$13.633,31
90.888,70 – 20.000,00 = R$70.888,70 x 10% = R$7.088,87
Total de Recolhimento Mensal: 13.633,31 + 7.088,87 = R$20.722,18

TRIMESTRAL
90.888,70 x 15% = 13.633,31
90.888,70 – 60.000 = R$30.888,70 x 10% = R$3.088,87
Total do Recolhimento Trimestral: 13.633,31 + 3.088,87 = R$16.722,18

Exemplo 2:
Determinada empresa tributada com base no Lucro Real apurou no ano base de 2013,
antes da compensação de prejuízos fiscais, lucro de R$1.100.000,00. Considerando que
apresentou no período anterior prejuízo fiscal no valor de R$310.000,00, pede-se o
lucro tributável e o valor do IRPJ mais o adicional.
ANUAL
1.100.000,00 – 310.000,00 = R$790.000,00
790.000,00 x 15% = R$118.500,00
790.000,00 – 240.000,00 = R$550.000,00
550.000,00 x 10% = R$55.000,00
Valor anual do IRPJ + Adicional = 118.500,00 + 55.000,00 = R$173.500,00

63
1.2 Contabilização da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)
Criada pela Lei nº7.689 de 15/12/1988, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL) é destinada ao financiamento da seguridade social e devida ao governo federal.
Estão sujeitas ao recolhimento da CSLL empresas e pessoas jurídicas tributadas com
base no Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro Arbitrado. Há também CSLL incluída em
uma forma de tributação simplificada, o Simples Nacional. A CSLL é apurada
trimestralmente ou anualmente, com recolhimento mensais, sistemática esta, também
adotada no recolhimento do IRPJ.

1.2.1 Alíquotas
A alíquota da CSLL é de 9% para as pessoas jurídicas em geral, com exceção das
entidades mencionadas a seguir: Instituições Financeiras, de Seguros Privados, de
Capitalização, Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários e empresas de
Arrendamento Mercantil. Essas empresas são tributadas pela alíquota de 15%.

Exemplo 1
A empresa Marisco S/A obteve resultado trimestral antes do IRPJ e da CSLL de
R$400.000,00. No resultado está incluso um prejuízo fiscal no valor de R$100.000,00.
Resultado antes da Compensação do Prejuízo R$ 400.000,00
(-) Compensação de prejuízo Fiscal -R$ 100.000,00
(=) Lucro Real ou Tributável R$ 300.000,00
(-) CLSS de 9% R$ 27.000,00

Exemplo 2 –Apuração do IRPJ + Adicional + CSLL


A empresa Marisco S/A obteve resultado trimestral antes do IRPJ e da CSLL de
R$400.000,00. No resultado está incluso um prejuízo fiscal no valor de R$100.000,00 e
distribuição de Lucro no valor de R$50.000,00.
Resultado antes da Compensação do Prejuízo R$ 400.000,00
(-) Compensação de prejuízo Fiscal -R$ 100.000,00
(=) Lucro Real ou Tributável R$ 300.000,00
(-) IRPJ (15%) -R$ 45.000,00
(-) IRPJ adicional (10%) 300.000 - 60.000 = R$240.000 x 10% -R$ 24.000,00
(-) CSLL (9%) de 300.000,00 -R$ 27.000,00
Lucro do Período R$ 204.000,00
(-) Prejuízo -R$ 100.000,00
(-) Distribuição de Lucros -R$ 50.000,00

64
(=) Reserva de Lucro R$ 54.000,00
2. Lucro Presumido
O Lucro Presumido trata-se da forma mais simples de tributação para determinação da
base de cálculo do Imposto de Renda e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no calendário, à apuração pelo Lucro
Real.

2.1 Alterações na legislação


Como era em 2013
Até 31/12/2013, quanto a sua receita, o limite para as empresas participarem do Lucro
Presumido era de R$ 48.000.000,00, (quarenta e oito milhões de reais) anual ou, R$
4.000.000,00, (quatro milhões de reais), mensal, isto determinado pelos artigos 516 a
528 do Regulamento do Imposto de Renda, Decreto 3.000/1999.
Como será para 2014
A partir de 01/01/2014, através da lei 12.814/2013, o limite de receita bruta total será de
R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou de R$ 6.500.000,00 (seis milhões
e quinhentos mil reais), multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-
calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de
tributação com base no lucro presumido.

2.1.1 Empresas que não podem aderir ao Regime de Tributação Lucro Presumido
Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores
mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização e entidades de previdência privada aberta;
 Que tiveram lucros, rendimento ou ganhos de capital, oriundo do exterior;
 Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais
relativos à isenção ou redução do imposto;
 Que, explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários,
financeiros e do agronegócio.
 Etc.

65
2.1.2 Cálculo dos tributos
Os tributos são calculados com base em percentual estabelecido sobre o valor das
vendas realizadas, independentemente da apuração do lucro.
Segue a Tabela das atividades e os seus respectivos percentuais:
Atividades Percentuais
Atividades em geral 8
Revenda de Combustível 1,6
Serviço de transporte, exceto carga 16
Serviço de transporte de carga 8
Serviços em Geral (excetos os serviços hospitalares) 32
Serviços hospitalares 8
Intermediação de Negócios 32
Administração, locação ou cessão de bens e direitos de qualquer 32
2.1.3 Alíquotas e Adicional do IRPJ
A alíquota do IRPJ é de 15% sobre o lucro real, presumido ou arbitrado apurado pelas
pessoas jurídicas em geral, seja comercial ou civil o seu objeto.
Segundo a Receita Federal a parcela do Presumido que exceder ao resultado da
multiplicação de R$20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração,
se sujeita à incidência do adicional a alíquota de 10%.
 Se o recolhimento for mensal, o valor base será R$20.000,00;
 Se o recolhimento for trimestral, o valor base será R$60.000,00;
 Se o recolhimento for anual, o valor base será de R$240.000,00;

Exemplos:
1.Receita Trimestral de Serviços em Geral: R$150.000,00
Lucro Presumido: R$150.000,00 x 32% = R$48.000,00
IRPJ = 48.000,00 x 15% = R$7.200,00
CSLL = 48.000,00 x 9% = R$4.320,00
Total dos Encargos = R$11.520,00

2. Receita Trimestral de Serviços em Geral: R$200.000,00


Lucro Presumido: R$200.000,00 x 32% = R$64.000,00
IRPJ = 64.000,00 x 15% = R$9.600,00
IRPJ adicional = 64.000,00 – 60.000,00 = R$4.000,00 x 10% = R$400,00
CSLL = 64.000,00 X 9% = R$5.760,00

66
Total dos Encargos = R$15.760,00
Exercícios Práticos
1. Determinada empresa tributada com base no Lucro Real apurou no ano de 2013,
antes do IRPJ, CSLL e compensação de prejuízos fiscais, o lucro de R$1.044.000,00.
Considerando que apresentou no período anterior, prejuízo fiscal no valor de
R$313.200,00, pede-se, executar o lucro tributável, o valor do IRPJ e o adicional do
Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
Lucro Tributável =1.044.000,00 – 313.200,00 = R$730.800,00
730.800,00 x 15% = 109.620,00
730.800,00 – 240.000,00 = R$490.800,00
490.800,00 x 10% = R$49.080,00
IRPJ + Adicional = 109.620,00 + 49.080,00 = R$158.700,00
CSLL = 730.800,00 x 9% = R$65.772,00

2. Determinada empresa tributada com base no Lucro Real, apurou no ano base de
2013, antes da compensação de prejuízos fiscais, o lucro de R$522.000,00.
Considerando que apresentou no período anterior prejuízo fiscal no valor de
R$313.200,00, pede-se, executar respectivamente: o Lucro Tributável, o Valor do IRPJ
e Adicional do IRPJ e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL):
Lucro Tributável = 522.000,00 – 313.200,00 = R$208.800,00
IRPJ (15%) = 208.800,00 x 15% = R$31.320,00
Neste caso não teremos adicional de 10%, pois o valor foi inferior a R$240.000,00
CLSS = 208.800,00 x 9% = R$18.792,00

3. Determinada empresa teve um Lucro Real no primeiro trimestre de 2013 no valor de


R$90.000,00. Pede-se: Fazer o Cálculo do IRPJ, adicional, se tiver, a CSLL e o valor da
Reserva de Lucros após o recolhimento dos Impostos.
IRPJ: 90.000,00 x 15% = R$13.500,00
Adicional: 90.000,00 – 60.000,00 = R$30.000,00 x 10% = R$3.000,00
CSLL: 90.000,00 x 9% = R$8.100,00
Reserva de Lucros: 90.000,00 – 13.500,00 – 3.000,00 – 8.100,00 = R$65.400,00

67
4. Determinada empresa auferiu um Lucro no ano de 2013, antes dos Impostos e
compensações o valor de R$1.000.000,00. Neste ano a empresa terá que distribuir
dividendos aos seus Acionistas, no valor de R$88.000,00, mas precisará primeiro, fazer
a compensação do prejuízo de R$235.000,00 do ano anterior (2012). Com base nesses
dados, pede-se. Fazer a compensação do prejuízo, ilustrar o lucro tributável, fazer o
recolhimento dos Impostos (IRPJ, adicional, se tiver e a CSLL), como também fazer a
distribuição dos dividendos. No final, apure a Reserva de Lucros da Empresa em
questão.
Lucro Tributável:1.000.000,00 – 235.000,00 = R$765.000,00
IRPJ:765.000,00 x 15% = R$114.750,00
Adicional:765.000,00 – 240.000,00 = R$525.000,00 x 10% = R$52.500,00
CSLL:765.000,00 x 9% = R$68.850,00
Reserva de Lucros:765.000,00 – 114.750,00 – 52.500,00 – 68.850,00 – 235.000,00 –
88.000,00 = R$205.900,00

5. Seguem os dados: Lucro antes dos Impostos R$550.000,00; Não teve nenhum
prejuízo para ser compensado. Pede-se:
 Fazer o recolhimento dos impostos, Mensal;
 Fazer o recolhimento dos impostos, Trimestral;
 Fazer o recolhimento dos Impostos, Anual;
 De todos os recolhimentos, ilustrar a Reserva de Lucro.

MENSAL
IRPJ: 550.000,00 x 15% = R$82.500,00
Adicional: 550.000,00 – 20.000,00 = R$530.000,00 x 10% = R$53.000,00
CSLL: 550.000,00 x 9% = R$49.500,00
Reserva de Lucros: 550.000,00 – 82.500,00 – 53.000,00 – 49.500,00 = R$365.000,00
TRIMESTRAL
IRPJ: 550.000,00 x 15% = R$82.500,00
Adicional: 550.000,00 – 60.000,00 = R$490.000,00 x 10% = R$49.000,00
CSLL: 550.000,00 x 9% = R$49.500,00
Reserva de Lucros: 550.000,00 – 82.500,00 – 49.000,00 – 49.500,00 = R$369.000,00
ANUAL
IRPJ: 550.000,00 x 15% = R$82.500,00
Adicional: 550.000,00 – 240.000,00 = R$310.000,00 x 10% = R$31.000,00
CSLL: 550.000,00 x 9% = R$49.500,00
Reserva de Lucros: 550.000,00 – 82.500,00 – 31.000,00 – 49.500,00 = R$387.000,00

68
(AULA 6)
DFC – DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Todo mundo tem seu fluxo de Caixa. Por mais simples que uma pessoa seja, ela tem de
memória quanto entrou de dinheiro no mês e quanto saiu quanto foi gasto. Até uma
criança que ganha mesada sabe do seu fluxo financeiro.
Algumas pessoas mais organizadas têm seu fluxo de caixa através do extrato recebido
do banco, ou do cartão de crédito, ou ainda fazem anotações em sua agenda, e, em
alguns casos, montam uma planilha em seu laptop.
Uma dona de casa, além de ter, nem que seja na memória, seu fluxo de caixa, vai mais
longe: projeta seu fluxo de caixa (orçamento financeiro) para saber quanto ela pode
gastar até o final do mês.Entre as três principais razões de falências ou insucessos de
uma empresa, uma dela é a falta de planejamentofinanceiro ou a ausência total de
fluxo de caixa e a previsão de fluxo de caixa (projetar as receitas e as despesas da
empresa).
Sem um fluxo de caixa projetado, a empresa não sabe antecipadamente quando
precisará de um financiamento (e normalmente sai desesperada, quando seu caixa
estoura, fazendo as piores operações que existem: cheque especial, descontos de
duplicatas...) ou quando terá, ainda que temporariamente, sobra de recursos para aplicar
no mercado financeiro (ganhando juros, reduzindo o custo do capital de terceiros
emprestado). Daí os insucessos financeiros.
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) é um relatório contábil que tem por fim
evidenciar as transações ocorridas em um determinado período e que provocaram
modificações no saldo da conta caixa. Trata-se de uma demonstração sintetizada dos
fatos administrativos que envolvem os fluxos de dinheiro ocorridos durante um
determinado período, devidamente registrados a débitos (entrada) e a crédito (saída) da
conta caixa. Fluxo de Caixa, portanto, compreendem o movimento de entradas e saídas
de dinheiro na empresa.

Por que a Contabilidade do Brasil dava pouco Valor a DFC?


Ainda que nos EUA seja o relatório preferido, mais utilizado, no Brasil é uma
demonstração quase desprezada. A maioria dos Escritórios de Contabilidade que
presta serviços à micro e pequenas empresas (em torno de 90% das empresas
brasileiras) não faz a DFC, comprometendo o sucesso gerencial de seus clientes.

69
Uma das razões é a cultura do empresário brasileiro que não gosta de revelar a origem
e uso de seu dinheiro, entendendo que é uma informação de foro intimo. Outra razão é
que a DFC não era um relatório obrigatório por lei no Brasil (ao contrário dos EUA),
não se exigindo da classe contábil sua elaboração. A partir de 2008 passou a ser
exigida pela Lei 11.638/07. Uma terceira razão é o índice de sonegação por parte de
nossos empresários, que trabalham com o famosos “caixa 2” pelo qual movimentam o
dinheiro sonegado, ilícito. Assim, esses dados não são trazidos à luz para a
contabilidade registrar.
Obs. Sem o fluxo de Caixa fica quase impossível projetar e se planejar
financeiramente. Sem orçamento, (planejamento financeiro) é impossível ter uma
administração sadia.

1.1 Quais as Contas que fazem parte da Disponibilidade de uma Empresa?


 Caixa
 Banco Conta Movimento (BCM)
 Aplicações de Liquidez Imediata (chamadas de equivalente-caixa, ou seja,
aplicações que se transformarão em dinheiro com prazo de resgate não superior
a três meses).

1.1.1 Equivalente-caixa (Aplicações de Liquidez Imediata)

Em regra geral, as aplicações em títulos públicos ou privados, de renda fixa resgatáveis


num prazo máximo de 3 meses da data da aquisição do título, tais como CDB
(Certificado de Depósito Bancário) e RDB prefixados, poupança, fundo de investimento
etc, são considerados equivalente-caixa.

 RDB = É um recibo o qual é inegociável e intransferível. São Emitidos pelos


bancos comerciais e representativos de depósitos a prazo feitos pelo cliente. É
emitido pelo banco na forma escritural.
 CDB = É um título de crédito que pode ser negociado por meio de transferência.
São Emitidos pelos bancos comerciais e representativos de depósitos a prazo
feitos pelo cliente. Os CDBs podem ser pré-fixados ou pós-fixados.
 POUPANÇA = São valores depositados que deverão ser remunerados com base
na taxa referencial (TR), acrescida de juros de 0,5% mês.
 FUNDO DE INVESTIMENTO = É um tipo de aplicação financeira em que o
aplicador adquire cotas do patrimônio de um fundo administrado por uma

70
instituição financeira. O valor da cota é recalculado diariamente. Não há garantia
que o valor resgatado será superior ao valor aplicado.

1.2 Obrigatoriedade das Demonstrações do Fluxo de Caixa (DFC)


Com base no art. 176 da Lei nº6.404/1976, a partir das alterações impostas pela Lei
nº11.638/2007, a DFC é obrigatória às sociedades por ações.

1.3 Classificação do Fluxo de Caixa

De forma geral, numa entidade podemos destacar três tipos de atividades, as quais
definirão três tipos de fluxos de caixa:

 Fluxo das atividades operacionais;


 Fluxo das atividades de Investimento;
 Fluxo das atividades de financiamento;

1.3.1 Fluxo das Atividades Operacionais (FAO)

São aquelas normalmente referentes às atividades principais da entidade. No caso de


uma empresa comercial, por exemplo, são as atividades ligadas à compra e revenda de
mercadorias, incluindo os gastos com despesas comerciais e administrativas. Tais fluxos
são identificados pelas entradas (recebimentos) e pelas saídas (pagamentos) da seguinte
forma:
Entradas
 Recebimento de clientes;
 Recebimento de dividendos;
 Recebimento de juros;
 Recebimentos diversos.

Saídas
 Pagamentos a fornecedores;
 Pagamentos de salários;
 Pagamento de tributos e multas;
 Pagamento de juros de empréstimos obtidos etc.

71
1.3.2 Fluxo das Atividades de Investimento (FAI)

De forma geral, os fluxos das atividades de investimento são aqueles relacionados aos
aumentos ou reduções dos ativos de lenta realização. Tais fluxos incluem também os
desembolsos e recebimentos de empréstimos e financiamentos concedidos. Desta forma,
podemos exemplificar as entradas e saídas nesses fluxos da seguinte forma:
Entradas
 Recebimentos referentes a vendas de ativos imobilizados;
 Recebimentos referentes a vendas de participações societárias temporárias ou
permanentes;
 Recebimento do principal de empréstimos ou financiamentos concedidos etc.

Saídas
 Pagamentos referentes a compras à vista de bens do ativo não circulante;
 Pagamentos referentes à aquisição de participações temporárias ou permanentes
no capital de outras sociedades;
 Pagamentos referentes a compras de valores mobiliários;
 Desembolso de empréstimos concedidos etc.

1.3.3 Fluxos das Atividades de Financiamento (FAF)


Estão relacionados a empréstimos, financiamento e à capacitação de recursos junto a
sócios e investidores na companhia em geral.
Entradas
 Recebimentos referentes a empréstimos e financiamentos obtidos;
 Recebimentos de acionistas por vendas de ações ou integralização do capital;
 Recebimento por emissão de debêntures;
 Recebimentos referentes a subvenções para investimentos etc.
Saídas
 Pagamentos de participações de investidores sobre os lucros da empresa;
 Pagamentos de dividendos;
 Pagamentos referentes a resgate ou reembolso de ações etc.

1.5Transações que não afetam o caixa

72
Existem transações que não afetam o caixa, pois não há desembolso e nem entrada de
recursos. Assim não devem integrar a demonstração, uma vez que o objetivo da DFC é
apresentar as transações que representam, efetivamente, a entrada e saída de recursos.
São exemplos:
-Depreciação, Amortização ou Exaustão;
-Previsão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD);
-Equivalência de Patrimonial;
-Aumento de Capital com aproveitamento de Reserva de Lucros;
-Aumento de Capital com integralização em bens do ativo imobilizado;
-Compensações de valores passivos com valores ativos, desde que não envolvam
dinheiro.

1.6 Métodos de Elaboração da DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa)


- Direto: No modelo direto, destacam-se objetivamente as entradas e saídas de dinheiro,
informando-se a origem (fonte) e o uso (aplicação). É um modelo mais revelador e
facilmente analisado pelo leigo em contabilidade.
- Indireto: No Modelo Indireto, as variações no caixa decorrente da atividade
operacional são identificadas pelas mudanças no capital de giro da empresa
(circulantes). Por exemplo, um aumento na conta estoque pressupõe redução do caixa,
pois provocará um desembolso adicional. Uma redução da conta fornecedores
pressupõe também uma redução do caixa, pois saiu dinheiro para pagamento da dívida
com fornecedores. Nesse modelo, parte-se do lucro do período.
Essencialmente, o que irá fazer a diferença entre um e o outro método é a forma de
evidenciação dos fluxos das atividades operacionais, pois a forma de apresentar os
fluxos das atividades de investimentos e os fluxos das atividades de financiamentos nos
dois métodos são exatamente as mesmas.

73
Como Funciona o Fluxo de Caixa?
Suponhamos que no balanço de 31/12/x8 uma empresa tenha a seguinte situação de
disponibilidade:

Caixa R$ 12.700,00

BCM (Banco Conta Movimento) R$ 37.500,00

Aplicações de Liquidez Imediata R$ 11.200,00

TOTAL DAS DISPONIBILIDADES R$ 61.400,00

Suponhamos agora que a mesma empresa no balanço de 31/12/x9 apresente o seguinte:

Caixa R$ 10.100,00

BCM R$ 49.600,00

Aplicações de Liquidez Imediata R$ 15.300,00

TOTAL DAS DISPONIBILIDADES R$ 75.000,00

Logo, a variação das disponibilidades no exercício social X8 foi de R$75.000,00 –


R$61.400,00, ou seja, R$ 13.600,00. Dessa forma, ao fazer a DFC de 31/12/x9 a
empresa irá evidenciar de forma sistemática as entradas e saídas de dinheiro que
levaram as disponibilidades a aumentarem desse valor. Neste caso a empresa teve uma
evolução de 22,15% de um ano para o outro.
Exemplo
A empresa Josafá S/A apresenta inicialmente os seguintes saldos contábeis:
Banco – 100.000,00
Duplicatas a Receber: 80.000,00
Financiamentos: 80.000,00
Capital Social: 100.000,00
No decorrer do mês realizou as seguintes operações:
1) Comprou 100.000,00 em mercadorias com ICMS de R$20.000,00, sendo
R$50.000,00 a vista;

74
2) Comprou um veículo a vista por R$40.000,00 a prazo por meio de
Financiamento a CP;
3) Obteve um empréstimo de R$60.000,00;
4) Recebeu R$60.000,00 das duplicatas com juros de R$10%;
5) Apropriou o aluguel do mês de R$10.000,00;
6) Pagou os juros do financiamento de R$8.000,00;
7) Vendeu a vista o estoque por R$200.000,00 com ICMS de R$40.000,00;
8) Emprestou R$20.000,00 para receber a longo prazo;
9) Comprou a vista um imóvel por R$100.000,00
10) Aceitou um novo sócio com R$100.000,00 em dinheiro;
11) Apropriou o salário do mês de R$10.000,00.

Por meio dos dados acima elaborar:


1º) Os razonetes (Professor);
2º) A DRE (Demonstração do Fluxo de Caixa;
3º) O BP (Balanço Patrimonial);
4º) O Fluxo de Caixa Direto;
5º) O Fluxo de Caixa Indireto;

1º Razonetes

75
2º DRE
DRE
Receita R$ 200.000,00
(-) ICMS -R$ 40.000,00
(=) Receita Líquida R$ 160.000,00
(-) CMV -R$ 80.000,00
(=) Lucro Bruto R$ 80.000,00
(-) Despesas Operacionais
Salários -R$ 10.000,00
Despesa com Juros -R$ 8.000,00
Aluguel -R$ 10.000,00
(+) Receita Financeira/Juros R$ 6.000,00
Lucro Operacional Líquido R$ 58.000,00

3º BP

76
BALANÇO PATRIMONIAL

Ativo Circulante $ Passivo Circulante $

Banco R$ 348.000,00 Financiamento R$ 120.000,00

Duplicatas a Receber R$ 20.000,00 Fornecedor R$ 50.000,00

ICMS a Recuperar R$ 20.000,00 Empréstimos R$ 60.000,00

Total AC R$388.000,00 Aluguel a Pagar R$ 10.000,00

Ativo Não Circulante Salário a Pagar R$ 10.000,00

Ativo Realizável a LP ICMS a Recolher R$ 40.000,00

Empréstimos Concedidos R$ 20.000,00 Total do PC R$290.000,00

Investimento PNC

Imobilizado Patrimônio Líquido

Veículo R$ 40.000,00 Capital R$ 200.000,00

Imóvel R$ 100.000,00 Reserva de Lucros R$ 58.000,00

Total do ANC R$160.000,00 Total do PL R$258.000,00

Ativo Total R$548.000,00 Total do Passivo R$548.000,00

4º Fluxo de Caixa Direto

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DFC - MÉTODO DIRETO
Atividades Operacionais (1)
Vendas a Vista R$ 200.000,00
Recebimento da Duplicata R$ 66.000,00
(-) Pagamento de Juros -R$ 8.000,00
(-) Compra Mercadorias -R$ 50.000,00
Total Atividade Operacional R$ 208.000,00
Atividade de Financiamento (2)
(+) Obtenção de Empréstimo R$ 60.000,00
(+) Aporte de Capital Social R$ 100.000,00
Total de Financiamento R$ 160.000,00
Atividade de Investimento (3)
(-) Empréstimos Concedidos -R$ 20.000,00
(-) Compra do Imóvel -R$ 100.000,00
Total da Atividade de Investimento -R$ 120.000,00
(=) Total da Variação do Fluxo de Caixa (1+2-3) R$ 248.000,00
(+) Início do Disponível R$ 100.000,00
TOTAL DA DISPONIBILIDADE R$ 348.000,00
5º Fluxo de Caixa Indireto – Classifique ao lado de cada conta como (O)
Operacional, (F) Financiamento ou I (Investimento)
DFC - MÉTODO INDIRETO
Variação no Ativo
Duplicatas a Receber (O) R$ 80.000,00 R$ 20.000,00 R$ 60.000,00
ICMS a Recuperar (O) R$ - R$ 20.000,00 -R$ 20.000,00
Empréstimos Concedidos (I) R$ - R$ 20.000,00 -R$ 20.000,00
Veículos (I) R$ - R$ 40.000,00 -R$ 40.000,00
Imóvel (I) R$ - R$100.000,00 -R$ 100.000,00
Total da Variação no Ativo -R$ 120.000,00
Variação no Passivo
Financiamento (F) R$ 80.000,00 R$120.000,00 R$ 40.000,00
Fornecedor (O) R$ - R$ 50.000,00 R$ 50.000,00
Empréstimos (F) R$ - R$ 60.000,00 R$ 60.000,00
Aluguel a Pagar (O) R$ - R$ 10.000,00 R$ 10.000,00
Salários a Pagar (O) R$ - R$ 10.000,00 R$ 10.000,00
ICMS a Recolher (O) R$ - R$ 40.000,00 R$ 40.000,00
Capital R$100.000,00 R$200.000,00 R$ 100.000,00
Total da Variação no Passivo R$ 310.000,00
(=) Variação do Ativo com a Variação do Passivo R$ 190.000,00
(+) Lucro do Período (DRE) R$ 58.000,00
(=) Total do Fluxo de Caixa Indireto R$ 248.000,00
(+) O valor Inicial do Disponível R$ 100.000,00
(=) TOTAL DA DISPONIBILIDADE DA EMPRESA R$ 348.000,00
Exercícios:
1. Executar o Fluxo de Caixa Indireto da Cia. Cascavel S/A para saber o motivo de a
Disponibilidade variar de um ano para o outro apenas R$1.000,00.

78
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO CIRCULANTE 31/12/2013 31/12/2014
Disponível R$ 5.000,00 R$ 6.000,00
Duplicatas a Receber R$ 15.000,00 R$ 25.000,00
Estoque R$ 55.000,00 R$ 80.000,00
Total do AC R$ 75.000,00 R$ 111.000,00
Ativo Não Circulante
Investimento R$ 5.000,00 R$ 6.000,00
Imobilizado R$ 60.000,00 R$ 85.000,00
Total do ANC R$ 65.000,00 R$ 91.000,00
TOTAL DO ATIVO R$ 140.000,00 R$ 202.000,00
PASSIVO CIRCULANTE 31/12/2013 31/12/2014
Fornecedores R$ 15.000,00 R$ 25.000,00
Salários e Tributos R$ 10.000,00 R$ 10.000,00
Empréstimo Bancário R$ 30.000,00
Financiamento R$ 7.000,00
Total do PC R$ 25.000,00 R$ 72.000,00
Passivo Não Circulante
Empréstimos R$ 30.000,00 R$ 25.000,00
Patrimônio Líquido
Capital Social R$ 35.000,00 R$ 45.000,00
Reserva de Lucros R$ 50.000,00 R$ 60.000,00
Total do PL R$ 85.000,00 R$ 105.000,00
Total do Passivo R$ 140.000,00 R$ 202.000,00

DRE
DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
31/12/2013 31/12/2014
Receita Líquida R$ 200.000,00 R$ 205.000,00
(-) CMV -R$ 145.000,00 -R$125.000,00
(=) Lucro Operacional Bruto R$ 55.000,00 R$ 80.000,00
(-) Despesas Operacionais
Despesas Comerciais -R$ 10.000,00 -R$ 10.000,00
Despesas Administrativas -R$ 10.000,00 -R$ 5.000,00
Despesa Financeira -R$ 15.000,00 -R$ 35.000,00
Lucro antes do IR R$ 20.000,00 R$ 30.000,00
(-) IR -R$ 5.000,00 -R$ 5.000,00
Lucro Líquido R$ 15.000,00 R$ 25.000,00

O dono da empresa está super revoltado, pois no período de 2014 o lucro foi de
R$25.000,00, e a disponibilidade variou apenas R$1.000,00. Ele quer que você como
administrador resolva esta questão, mas para que isto ocorra, ele deixou uma
informação adicional:

79
 A empresa distribuiu R$15.000,00 de dividendos;

1º Passo: Você terá que fazer a variação dos dois períodos, tanto das contas do ativo,
como das contas do passivo.
BALANÇO PATRIMONIAL
VARIAÇÕES
ATIVO CIRCULANTE 31/12/2013 31/12/2014
Disponível R$ 5.000,00 R$ 6.000,00
Duplicatas a Receber R$ 15.000,00 R$ 25.000,00 -R$ 10.000,00
Estoque R$ 55.000,00 R$ 80.000,00 -R$ 25.000,00
Total do AC R$ 75.000,00 R$ 111.000,00
Ativo Não Circulante
Investimento R$ 5.000,00 R$ 6.000,00 -R$ 1.000,00
Imobilizado R$ 60.000,00 R$ 85.000,00 -R$ 25.000,00
Total do ANC R$ 65.000,00 R$ 91.000,00
TOTAL DO ATIVO R$ 140.000,00 R$ 202.000,00
PASSIVO
CIRCULANTE 31/12/2013 31/12/2014
Fornecedores R$ 15.000,00 R$ 25.000,00 R$ 10.000,00
Salários e Tributos R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ -
Empréstimo Bancário R$ 30.000,00 R$ 30.000,00
Financiamento R$ 7.000,00 R$ 7.000,00
Total do PC R$ 25.000,00 R$ 72.000,00
Passivo Não Circulante
Empréstimos R$ 30.000,00 R$ 25.000,00 -R$ 5.000,00
Patrimônio Líquido
Capital Social R$ 35.000,00 R$ 45.000,00 R$ 10.000,00
Reserva de Lucros R$ 50.000,00 R$ 60.000,00
Total do PL R$ 85.000,00 R$ 105.000,00
Total do Passivo R$ 140.000,00 R$ 202.000,00

2º Passo: Executar o Fluxo de Caixa Indireto e classifique: Operacional; Investimento;


Financiam.

FLUXO DE CAIXA INDIRETO VALORES CLASSIFICAÇÃO

80
R$25.000,00
Lucro Líquido

R$10.000,00 Operacional
Fornecedores (O)

R$ 7.000,00 Financiamento
Financiamento (F)

-R$10.000,00 Operacional
Duplicatas a Receber (O)

-R$25.000,00 Operacional
Estoque (O)

R$30.000,00 Financiamento
Empréstimo de CP (F)

R$10.000,00 Financiamento
Capital (F)

-R$25.000,00 Investimento
Imobilizado (I)

-R$ 1.000,00 Investimento


Investimentos (I)

-R$15.000,00 Financiamento
Dividendos Distribuídos (F)

-R$ 5.000,00 Financiamento


Liquidação de Empréstimo de LP (F)

R$ 1.000,00
(=) Saldo Final

R$ 5.000,00
(+) Disponibilidade de 2013

R$ 6.000,00
(=) Total da Disponibilidade 2014

2. A Cia. Cascavel S/A apresentou os seguintes dados para fazer a DFC pelo Método
Indireto:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO VARIAÇÕES
CIRCULANTE 31/12/2013 31/12/2014

81
R$ R$
Caixa 288,00 363,00
Aplicações R$ R$ R$
Financeiras 51,00 68,00 17,00
Duplicatas a R$ R$ -R$
Receber 365,00 503,00 138,00
R$ R$ R$
Estoque 300,00 289,00 11,00
R$ R$ -R$
Total do AC 1.004,00 1.223,00 219,00
Ativo Não
Circulante
R$ R$ -R$
Imobilizado 4.322,00 4.669,00 347,00
-R$ -R$ -R$
Depreciação 2.056,00 2.295,00 239,00
R$ R$
Total do ANC 2.266,00 2.374,00
TOTAL DO R$ R$
ATIVO 3.270,00 3.597,00
PASSIVO
CIRCULANTE 31/12/2013 31/12/2014
R$ R$ R$
Duplicatas a Pagar 270,00 382,00 112,00
Outras Contas a R$ R$ R$
Pagar 114,00 159,00 45,00
Empréstimos a R$ R$ -R$
Pagar 99,00 79,00 20,00
R$ R$
Total do PC 483,00 620,00
Passivo Não
Circulante
R$ R$ R$
Financiamento 967,00 1.023,00 56,00
Patrimônio
Líquido
R$ R$ R$
Capital Social 808,00 819,00 11,00
R$ R$
Reserva de Lucros 1.012,00 1.135,00
R$ R$
Total do PL 1.820,00 1.954,00
R$ R$
Total do Passivo 3.270,00 3.597,00
DRE
DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
31/12/2014
Receita de Vendas R$ 3.074,00
(-) CMV -R$ 2.088,00

82
(=) Lucro Operacional Bruto R$ 986,00
(-) Despesas Operacionais
Despesas com Vendas -R$ 203,00
Despesas Administrativas -R$ 323,00
Despesas de Depreciação -R$ 239,00
Lucro Líquido R$ 221,00

DLPA
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
Saldo em 31/12/2013 R$ 1.012,00
(+) Lucro Líquido do Exercício R$ 221,00
(-) Dividendos -R$ 98,00
Saldo em 31/12/2014 R$ 1.135,00

DFC – INDIRETO
Demonstração do Fluxo de Caixa Indireto
1 Fluxo das Atividades Operacionais
Lucro Líquido R$ 221,00
Depreciação R$ 239,00
Duplicatas a Receber -R$ 138,00
Estoque R$ 11,00
Duplicatas a Pagar R$ 112,00
Outras Contas a Pagar R$ 45,00
Total das Atividades Operacionais R$ 490,00
2 Fluxo dos Investimentos
Imobilizado -R$ 347,00
Total do Fluxo de Investimento -R$ 347,00
3 Fluxo dos Financiamentos
Variações dos Empréstimos CP -R$ 20,00
Financiamento R$ 56,00
Capital Social R$ 11,00
Dividendos Pagos -R$ 98,00
Total do Fluxo de Financiamento -R$ 51,00
4 Acréscimo/Decréscimo de caixa (1+2+3) R$ 92,00
(+-) Saldo Inicial da Disponibilidade 2013 R$ 339,00
(=) Saldo Final da Disponibilidade 2014 R$ 431,00

3. Executar o Fluxo de Caixa Indireto da Cia. Naja S/A.


BP

BALANÇO PATRIMONIAL
VARIAÇÕES
ATIVO
CIRCULANTE 31/12/2013 31/12/2014

83
Disponível R$ 8.000,00 R$ 250,00
-R$
Duplicatas a Receber R$ 120.000,00 R$ 125.000,00 5.000,00
-R$
Estoque R$ 60.000,00 R$ 190.000,00 130.000,00

Total do AC R$ 188.000,00 R$ 315.250,00

Ativo Não Circulante


R$
Imobilizado R$ 20.000,00 R$ 20.000,00 -
-R$
Depreciação -R$ 5.000,00 -R$ 7.000,00 2.000,00

Total do ANC R$ 15.000,00 R$ 13.000,00

TOTAL DO ATIVO R$ 203.000,00 R$ 328.250,00


PASSIVO
CIRCULANTE 31/12/2013 31/12/2014
R$
Fornecedores R$ 90.000,00 R$ 154.000,00 64.000,00
-R$
Impostos a Recolher R$ 29.000,00 R$ 28.725,00 275,00
-R$
Financiamentos R$ 15.000,00 R$ 3.500,00 11.500,00
-R$
Contas a Pagar R$ 8.000,00 8.000,00

Total do PC R$ 142.000,00 R$ 186.225,00

Passivo Não Circulante


R$
Financiamento R$ - R$ 4.000,00 4.000,00

Patrimônio Líquido
R$
Capital Social R$ 21.000,00 R$ 61.000,00 40.000,00

Reserva de Lucros R$ 40.000,00 R$ 77.025,00

Total do PL R$ 61.000,00 R$ 138.025,00

Total do Passivo R$ 203.000,00 R$ 328.250,00


FC – Indireto

FLUXO DE CAIXA INDIRETO

1. Fluxo das Atividades Operacionais

Lucro Líquido do Período R$ 67.025,00

84
Depreciação R$ 2.000,00

Duplicatas a Receber -R$ 5.000,00

Estoque -R$ 130.000,00

Fornecedores R$ 64.000,00

Impostos -R$ 275,00

Contas a Pagar -R$ 8.000,00

Total -R$ 10.250,00

2. Fluxo dos Investimentos

Ativo Imobilizado R$ -

Realizável a Longo Prazo R$ -

Total R$ -

3. Fluxo dos Financiamentos

Variações nos Empréstimos CP -R$ 11.500,00

Variações no Financiamento R$ 4.000,00

Variação no Capital Social R$ 40.000,00

Dividendos Pagos -R$ 30.000,00

Total R$ 2.500,00

4. Acréscimo/ Decréscimo de Caixa (1+2+3)

Variação nas Disponibilidades -R$ 7.750,00

(+-) Saldo da Disponibilidade 2013 R$ 8.000,00

(=) Saldo Final da Disponibilidade R$ 250,00

4. Utilizando os dados da Empresa Sucuri S/A, elabore o Fluxo de Caixa.


BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO VARIAÇÕES
CIRCULANTE 31/12/2013 31/12/2014
R$ R$
Caixa 300,00 375,00
R$ R$ -R$
Duplicatas a Receber 675,00 825,00 150,00

85
R$ R$
Total do AC 975,00 1.200,00
Ativo Não Circulante
Realizável a Longo
Prazo
Empréstimos R$ R$ -R$
Concedidos 120,00 150,00 30,00
Imobilizado
Máquinas e R$ R$ -R$
Equipamentos 9.000,00 9.900,00 900,00
(-) Depreciação -R$ -R$ -R$
Acumulada 1.800,00 3.600,00 1.800,00
R$ R$
Total do ANC 7.320,00 6.450,00
R$ R$
TOTAL DO ATIVO 8.295,00 7.650,00
PASSIVO
CIRCULANTE 31/12/2013 31/12/2014
R$ R$ -R$
Fornecedores 120,00 100,00 20,00
R$ R$ -R$
Empréstimos a Pagar 750,00 450,00 300,00
R$ R$
Total do PC 870,00 550,00
Passivo Não
Circulante
R$ R$ R$
Financiamento 4.500,00 4.550,00 50,00
Patrimônio Líquido
R$ R$ R$
Capital Social 1.500,00 1.500,00 -
R$ R$
Reserva de Lucros 1.425,00 1.050,00
R$ R$
Total do PL 2.925,00 2.550,00
R$ R$
Total do Passivo 8.295,00 7.650,00

DRE
DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIOS
Receita de Vendas R$ 8.475,00
(-) CMV -R$ 5.400,00
(=) Lucro Bruto R$ 3.075,00
(-) Despesa de Depreciação -R$ 1.800,00

86
(-) Despesa Operacional -R$ 1.350,00
(=) Lucro / Prejuízo -R$ 75,00
DLPA
DLPA - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados
Saldo em 31/12/13 R$ 1.425,00
(-) Prejuízo do Exercício -R$ 75,00
(-) Dividendos -R$ 300,00
(=) Saldo em 31/12/14 R$ 1.050,00
FC – Indireto
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - MÉTODO INDIRETO
Fluxo das Atividades Operacionais
Lucro ou Prejuízo do Período -R$ 75,00
Depreciação R$ 1.800,00
Duplicatas a Receber -R$ 150,00
Fornecedores -R$ 20,00
Total R$ 1.555,00
Fluxo dos Investimentos
Máquinas e Equipamentos -R$ 900,00
Empréstimos Concedidos -R$ 30,00
Total -R$ 930,00
Fluxo dos Financiamentos
Empréstimos de CP -R$ 300,00
Financiamento LP R$ 50,00
Capital Social R$ -
Dividendos Pagos -R$ 300,00
Total -R$ 550,00
Acréscimos/ Decréscimos de Caixa
Variação da Disponibilidade (1+2+3) R$ 75,00
(+-) Saldo da Disponibilidade 2013 R$ 300,00
(=) Saldo Final da Disponibilidade R$ 375,00
5.Assinale a alternativa verdadeira quanto a Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC:
a) A Demonstração dos Fluxos de Caixa é obrigatória para as companhias fechadas com
patrimônio líquido inferior a R$ 2.000.000,00;
b) Opcional para as companhias abertas com patrimônio líquido inferior a R$
2.000.000,00;
c) Obrigatória para todas as companhias abertas;
87
d) Obrigatória para todas as companhias fechadas.
e) Opcional para todas as companhias abertas.

6.Relacione as atividades descritas de uma empresa comercial na primeira coluna com


exemplos de fluxos de caixa que decorrem dessas atividades na segunda coluna e, em
seguida assinale a opção correta:(0,5)
(1) Atividades Operacionais ( 3 ) Pagamentos em caixa pelo arrendatário
para redução de passivo relativo a arrendamento
mercantil financeiro;
(2) Atividades de Investimentos ( 2 ) Recebimentos em caixa resultantes da
venda de intangíveis;
(3) Atividades de Financiamento ( 1 ) Pagamentos de caixa a empregados;
( 3) Caixa recebido pela emissão de debêntures.
A sequência correta é:
a) 2,3,2,1
b) 3,1,2,2
c) 3,2,1,3
d) 2,2,1,3
e) 3,3,1,1

7.Suponhamos o seguinte:
-Em 31 de dezembro de X9, o saldo da conta CAIXA era igual a R$100,00; e
-Em 31 de dezembro de X10, igual a R$220,00.
-Suponhamos, ainda, que durante o exercício de X10 tenham ocorrido as
seguintes operações de entradas e saídas de Caixa:
-Recebimento de clientes decorrente de vendas de mercadorias à vista, no valor
de R$300,00;
-Pagamento em dinheiro a fornecedores em decorrência de compras de
mercadorias no valor de R$ 150,00;
-Pagamento em dinheiro de despesas diversas no valor de R$30,00.

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

ENTRADAS

Recebimento de Clientes R$ 300,00

88
(a) TOTAL DAS ENTRADAS (a) R$ 300,00

SAIDAS

Pagamento a Fornecedores -R$ 150,00

Pagamento de Despesas -R$ 30,00

(b) TOTAL DAS SAIDAS -R$ 180,00

VARIAÇÃO DO PERÍODO (a – b) R$ 120,00

(+) SALDO DO INICIO DO PERÍODO R$ 100,00

(=) SALDO DO FINAL DO PERÍODO R$ 220,00

Quais os motivos que levaram o CAIXA em aumentar o seu saldo em R$120,00?


Dos R$300,00 que ingressaram no Caixa, apenas R$30,00 deixaram de integrar o
patrimônio, uma vez que foram utilizados para o pagamento de despesas, e R$150,00
foram ativados pela compra de Estoques, já que houve um pagamento aos fornecedores
nesse valor.
8. Executar o Fluxo de Caixa Direto da Empresa Piton S/A, conforme os dados abaixo:
1. Compra de Mercadorias à Vista R$1.680,00
2. Compra de Mercadorias a Prazo R$2.090,00
3. Venda de Mercadorias a Vista por R$3.700,00
4. Venda de Mercadorias a Prazo por R$2.100,00
5. Recebimento de Clientes R$1.400,00
6. Pagamento a Fornecedores R$1.700,00
7. Pagamento de Salários R$1.440,00
8. Depreciação de Imóveis R$380,00

FLUXO DE CAIXA DIRETO


PITON S/A
Recebimento de clientes (3.700+1.400) R$ 5.100,00

Pagamento a fornecedores (1.680+1.700) -R$ 3.380,00

Pagamento de salários -R$ 1.440,00


Total R$280,00

89
9. Os Fluxos dos Caixas podem ser elaborados pelos métodos:
a) Descontado e direto
b) De geração liquida e descontado
c) Indireto e descontado
d) Corrente e de geração liquida
e) Direto e indireto

10. A empresa vendeu R$20.000,00, mas recebeu R$5.000,00. Teve como despesa
R$12.000,00 e pagou apenas R$2.000,00. Neste caso, quanto ficou o caixa da empresa?
5.000 – 2.000 = R$3.000,00

11. Indique a alternativa que não afeta o caixa da empresa:


a) Venda a prazo
b) Compra a vista
c) Pagamento aos fornecedores
d) recebimento de clientes
e) Venda a Vista de Mercadorias

12. A Demonstração do Fluxo de Caixa explica as variações ocorridas:


a) no disponível
b) em duplicatas a receber
c) no patrimônio líquido
d) no estoque
e) no imobilizado

13. Das alternativas abaixo indique a conta que não afeta o Caixa da empresa:
a) juros
b) depreciação
c) encargos financeiros
d) pagamento de variação cambial
e) compra de mercadorias a vista

(AULA 7)
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO (CGL) / NECESSIDADE LÍQUIDA DE
CAPITAL DE GIRO (NLCG) / EFEITO TESOURA e OVERTRADE
1.Capital Circulante Líquido ou Capital de Giro Líquido
A partir da estrutura do Balanço Patrimonial, podemos visualizar as principais contas do
ativo circulante e do passivo circulante, que compõem os investimentos e
financiamentos de curto prazo de uma empresa. O ativo é representado pelo Disponível,

90
que são os recursos financeiros à disposição da empresa, pelas Duplicatas a Receber,
que são os direitos a serem recebidos provenientes das vendas de produtos a prazo e
pelos Estoques, que são os insumos utilizados pela empresa no processo produtivo e
serão realizados dentro do próximo exercício ou 12 meses.
No passivo circulante temos: as Duplicatas a Pagar, oriundas de compras de insumos a
prazo, Outros Valores a Pagar, originárias de serviços recebidos e ainda não pagos, e os
Empréstimos Bancários efetuados pela empresa. A característica básica do ativo
circulante e do passivo circulante é que são contas de curto prazo (realização em até um
ano do encerramento do exercício social).
O CCL Pode ser:

 Positivo: Quando o ativo circulante for maior que o passivo circulante, nesse
caso, o CCL será a parcela do investimento de curto prazo, financiadas por
passivos de longo prazo (exigível a longo prazo e patrimônio líquido).
 Negativo: Quando o ativo circulante for menor que o passivo circulante,
situação em que o CCL representa a parcela de ativos de longo prazo, financiada
através de passivos de curto prazo.
 Nulo: Quando o ativo circulante for igual ao passivo circulante e então, estará
sendo financiado totalmente por recursos de curto prazo.
Assim o Ativo circulante menos Passivo Circulante evidencia o Capital Circulante
Líquido (CCL), ou seja, à parte do Ativo Circulante que não está comprometida com o
Passivo Circulante.
Obs.: O CCL mede a capacidade financeira da empresa em Curto Prazo, ou seja,
mede a Capacidade que a empresa possui para pagar suas dívidas em Curto Prazo.
FÓRMULA:
CCL = AC – PC
Ou
CGL = AC – PC

O capital de giro é influenciado por três áreas principais dentro de uma empresa:

91
2.Necessidade Líquida de Capital de Giro (NLCG)
Nas entidades entram recursos financeiros de terceiros e dos próprios sócios, em
contrapartida são efetuados pagamentos de suas obrigações.
A Necessidade Líquida de Capital de Giro é a diferença entre o Ativo Circulante
Operacional (ACO) e o Passivo Circulante Operacional (PCO), onde o ACO é a
parte do ativo circulante diretamente relacionada à compra de insumos, fabricação
de produtos, clientes e estocagem. Em regra, podemos também obter ACO
excluindo-se do Ativo Circulante todas as Disponibilidades e as Aplicações
Financeiras resgatáveis até o fim do exercício seguinte. O PCO é composto por
todas as obrigações decorrentes das operações da empresa (Salários a pagar, ICMS
a Recolher, Duplicatas a pagar, Encargos Sociais a Recolher, ou seja, todo o
Passivo Circulante exceto empréstimos e financiamentos.
Fórmula: NLCG = ACO – PCO
O Ativo Circulante pode ser dividido em Ativo Circulante Financeiro e Ativo
Circulante Operacional.
ATIVO CIRCULANTE FINANCEIRO (ACF):
 Caixa
 Bancos
 Aplicações financeiras de Liquidez Imediata (até 3 meses)
 Aplicações financeiras (resgate superior a 3 meses e não superior a 12 meses)

ATIVO CIRCULANTE OPERACIONAL (ACO):


 Clientes
 Estoques
 ICMS a Recuperar
 Adiantamento a Fornecedores
 Outras contas a receber, etc.

O Passivo Circulante também pode ser divido em Passivo Circulante Operacional e


Passivo Circulante Financeiro.
PASSIVO CIRCULANTE OPERACIONAL (PCO):

92
 Salários a pagar
 ICMS a Recolher
 INSS a Recolher
 FGTS a Recolher
 IRRF a Recolher
 Duplicatas a pagar
 Provisão para IR e CSLL
 Fornecedores, etc.

PASSIVO CIRCULANTE FINANCEIRO (PCF):


 Empréstimos a Pagar (Curto Prazo)
 Financiamento a Pagar (Curto Prazo)
 Duplicatas Descontadas (na reclassificação do balanço, para efeito de análise,
deixam de ser retificadoras do ativo circulante e passam a ser passivo circulante)
 Debêntures
 Leasing
 Juros
 Impostos e Taxas (Não incidentes sobre o Faturamento)
 Dividendos
 Outras contas etc.

As possíveis fontes de financiamento são:


 Passivo Circulante Financeiro (PC) – Capital de 3º a curto prazo.
 Empréstimos e Financiamentos de Longo Prazo (PNC) – Capital de 3º a Longo
Prazo.
 Capita Próprio (PL)

3. Efeito Tesoura
O Efeito Tesoura é um indicador que evidencia o descontrole no crescimento da
dependência de fontes onerosas de recursos a curto prazo. Portanto, ele ocorre quando o
Saldo de Tesouraria apresenta-se crescentemente negativo.
3.1 Saldo de Tesouraria (ST)
O saldo de tesouraria – ST é dado pela diferença entre as contas de Ativo Circulante
Financeiro e de Passivo Circulante Financeiro que não guardam relação com a atividade
operacional da empresa:
É revelado pela fórmula:
ST = ACF – PCF ou
ST = CGL - NLCG

93
Quando o saldo de tesouraria – ST for positivo, significa que a empresa tem
disponibilidade de recursos, que poderão ser utilizado para financiamento do Ativo Não
Circulante ou simplesmente ficarem aplicados no mercado financeiro.
Se negativo, demonstra dependência de fontes onerosas de recursos de curto prazo.
Quando o Saldo de Tesouraria, período após período, se revelar crescentemente
negativo é forte sinal de Efeito Tesoura, demonstrando que a empresa caminha para a
insolvência “overtrade” ( assumir compromissos superiores a sua capacidade ). É
importante observar que o fato isolado de o ST ser negativo é preocupante. Grave é a
tendência de Insolvência.
Exemplo Prático:
X0 X1 X2

NLCG 250 600 1200

CGL 200 300 400

ST - 50 -300 -800

NCG CDG

1200
1000
800
600
400
200
0
x0 x1 x2

Podem determinar o Efeito Tesoura:


- Crescimento real das vendas a prazo a percentuais muito elevados;
- Imobilizações com recursos onerosos de curto prazo;
- Prejuízos;
- Distribuição excessiva de lucros;
- Dependência sistemática de empréstimos de curto prazo, com pagamento de
altas taxas de juros;

94
- Ciclo financeiro crescente.

A dependência de recursos de terceiros a curto prazo torna a empresa altamente


vulnerável. Qualquer corte de crédito pode levá-la à insolvência.

4. “Overtrade”
Uma empresa é um sistema aberto e, como tal, está sujeita às forças que atuam no
cenário econômico, financeiro e social.Pode-se dizer que, assim como as pessoas, as
empresas também nascem e morrem. A morte empresarial se dá pelo desequilíbrio
econômico-financeiro. Este desequilíbrio ocorre quando o capital de giro da empresa
se revela cronicamente insuficiente para bancar seu nível de atividade.
a) Fontes de investigação do “overtrade”:
Indícios de desequilíbrio econômico-financeiro podem ser verificados através da análise
do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício, notadamente
quando se observa o comportamento histórico dos indicadores financeiros e
econômicos.
b) Principais sintomas do “Overtrade”
Os eventos provocadores de desequilíbrio financeiro são de ordem interna e externa à
empresa. Todavia devem ser observados não isoladamente, mas sim, de acordo com o
setor que a empresa se encontra inserida.
 Fatores internos:
- Sistemática queda dos índices de liquidez;
- Estado crônico de escassez de disponibilidade;
- Crescimento da NLCG em níveis superiores ao do CGL (efeito tesoura)
- Excesso não justificado de Ativo Fixo, causando atrofiamento do Ativo
Circulante;
- Lucro líquido muito baixo em relação ao movimento dos negócios;
- Declínio acentuado de vendas reais;
- Excesso de produção ou de estocagem não absorvido pelo mercado;
- Produto Obsoleto;
- Ciclo financeiro decrescente;
- Elevado nível de participação das despesas financeiras em relação às vendas;
- Distribuição excessiva de lucros;

95
- Alto grau de centralização decisória combinado com o espírito de ambição
do dirigente, que resulte em crescimento desordenado e não planejado da
empresa;
- Ausência de preocupações com o processo sucessório;
- Conflito familiar e/ou de sócios, com reflexos no ambiente organizacional;
- Envolvimento extraconjugais, de forma comprometedora;
- Dificuldade em pagar débitos de funcionamento;
- Máquinas e equipamentos obsoletos, com reflexo negativo na competição
junto ao mercado;
- Greve de funcionários e/ou problemas na força de trabalho;
- Capacidade ociosa interferindo negativamente no desempenho global da
empresa;
- Despreparo para atingir o estágio seguinte (de pequeno para médio e de
médio para grande);
- Localização inadequada, por decisão empresarial;
- Constante devolução de vendas;
- Envolvimento excessivo em atividades político-partidárias.
 Fatores externos:
- Globalização da economia;
- Novas tecnologias;
- Taxas alfandegárias;
- Custo país;
- Aquisição de insumos/produtos em quantidade superiores à necessidade, por
imposição de fornecedores;
- Carga tributária abusiva;
- Dificuldades na contratação de mão-de-obra;
- Greve de funcionários de fornecedores e de clientes, de sorte a interromper a
fluidez dos negócios;
- Recessão/estagflação/inflação;
- Sazonalidade do produto;
- Localização inadequada da empresa, por disposição legal;
- Intervenção governamental via política econômica;
- Gastos forçados de adaptação para atender a exigências de entidades de
controle do meio ambiente;

96
- Perda de fornecedor essencial, mercado, franquia, etc.
- Aumento da concorrência;
- Barreiras alfandegárias;
- Taxa de câmbio.

Exemplo 1: Calcular a necessidade líquida de capital de giro, o capital de giro líquido e


o efeito tesoura com base no balanço patrimonial da empresa hipotética abaixo.

ATIVO R$ PASSIVO R$

Caixa 100,00 Fornecedores 1.000,00

Bancos 900,00 Salários a Pagar 2.000,00

Aplicações Financeiras 2.000,00 Encargos a Pagar 1.000,00

Contas a Receber 3.000,00 Impostos e Taxas 1.000,00

Estoques 3.900,00 Empréstimos 2.000,00

97
Outros Valores a Rec. 100,00 Financiamento a LP 4.000,00

Realizável a Longo Prazo 2.000,00 Capital 7.500,00

Investimentos 2.000,00 Reservas de Capital 1.000,00

Imobilizado 5.500,00 Reserva de Lucros 500,00

Intangível 500,00

TOTAL DO ATIVO 20.000,00 TOTAL DO PASSIVO 20.000,00

Reclassificando-se o balanço, tem-se:


ATIVO R$ PASSIVO R$

Caixa 100,00 Fornecedores 1.000,00

Bancos 900,00 Salários a Pagar 2.000,00

Aplicações Financeiras 2.000,00 Encargos a Pagar 1.000,00

Ativo Circulante Financeiro 3.000,00 Impostos e Taxas 1.000,00

Contas a Receber 3.000,00 Passivo Circulante Operacional 5.000,00

Estoques 3.900,00 Empréstimos 2.000,00

Outros Valores a Rec. 100,00 Passivo Circulante Financeiro 2.000,00

Ativo Circulante 7.000,00 Financiamento a LP 4.000,00


Operacional

Realizável a Longo Prazo 2.000,00 Passivo Não Circulante

Investimentos 2.000,00 Capital 7.500,00

Imobilizado 5.500,00 Reservas de Capital 1.000,00

98
Intangível 500,00 Reserva de Lucros 500,00

Ativo Não Circulante 10.000,00 Capital Próprio 9.000,00

TOTAL DO ATIVO 20.000,00 TOTAL DO PASSIVO 20.000,00

a) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG)


NLCG= ACO – PCO
NCLG= 7.000 – 5.000
NLCG = R$ 2.000,00

b) Cálculo do capital de giro líquido (CGL)


CGL = AC– PC
CGL =10.000 – 7.000
CGL = R$ 3.000,00

c) Cálculo do efeito tesoura (ET)


ST = CGL – NLCG
ST = 3.000 – 2.000
ST = R$ 1.000,00
OU
ST = AF – PF
ST = 3.000 – 2.000
ST = R$ 1.000,00 – Positivo

Exercícios:
1. Classificar as Lacunas em branco em ACF (Ativo Circulante Financeiro), ACO
(Ativo Circulante Operacional), PCF (Passivo Circulante Financeiro e PCO
(Passivo Circulante Operacional) da Cia. “Prazer Eterno”.
ATIVO 2014 2013 CLASSIFICAÇÃ
O
CIRCULANTE R$ 900,00 R$ 700,00
ACF
Disponibilidade R$ 70,00 R$ 100,00
ACO
Clientes R$ 330,00 R$ 300,00
ACO
Estoques R$ 500,00 R$ 300,00
ATIVO NÃO CIRCULANTE R$ 1.100,00 R$ 800,00
Empréstimosa Coligadas R$ 400,00 R$ 200,00
Investimento R$ 500,00 R$ 400,00
Imobilizado R$ 200,00 R$ 200,00
TOTAL DO ATIVO R$ 2.000,00 R$ 1.500,00
PASSIVO 2014 2013
CIRCULANTE R$ 915,00 R$ 600,00
PCO
Fornecedores R$ 350,00 R$ 200,00
PCF
Empréstimos Bancários R$ 400,00 R$ 100,00

99
PCO
Salários a Pagar R$ 80,00 R$ 200,00
PCO
Impostos a Recolher R$ 85,00 R$ 100,00
Passivo Não Circulante R$ 200,00 R$ 200,00
Empréstimos a LP R$ 200,00 R$ 200,00
PATRIMÔNIO LIQUIDO R$ 885,00 R$ 700,00
Capital Social R$ 700,00 R$ 630,00
Reserva de Lucro R$ 185,00 R$ 70,00
TOTAL DO PASSIVO R$ 2.000,00 R$ 1.500,00

Pede-se:
a) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG) - 2014
NLCG= ACO – PCO
NCLG= 830,00 – 515,00
NLCG = R$ 315,00

b) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) - 2014


CGL = AC– PC
CGL =900,00 – 915,00
CGL = R$ (15,00)
c) Cálculo do efeito tesoura (ET)- 2014
ST = CGL – NLCG
ST = -15,00 – (+315,00)
ST = (R$ 330,00)

d) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG) - 2013


NLCG= ACO – PCO
NLCG= 600,00 – 500,00
NLCG = R$ 100

e) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) - 2013


CGL = AC– PC
CGL =700,00 – 600,00
CGL = R$ 100

f) Cálculo do efeito tesoura (ET)- 2013


ST = CGL – NLCG
ST = 100 – 100
ST = 0

g) Comparando o ano de 2013 para 2014, ocorreu o Efeito Tesoura?


Resposta: Sim.

100
2. Classificar as Lacunas em branco em ACF (Ativo Circulante Financeiro), ACO
(Ativo Circulante Operacional), PCF (Passivo Circulante Financeiro e PCO (Passivo
Circulante Operacional) da Cia. “Prazer Eterno”.
ATIVO 2014 2013 2012 Classificação

CIRCULANTE R$1.250,00 R$ 520,00 R$ 700,00

Disponibilidade R$ 55,00 R$ 80,00 R$ 60,00 ACF

Clientes R$ 874,00 R$ 320,00 R$ 500,00 ACO

Estoques R$ 321,00 R$ 120,00 R$ 140,00 ACO

Ativo Não Circulante R$1.020,00 R$ 970,00 R$1.100,00


Empréstimos a
Coligadas R$ 120,00 R$ 100,00 R$ 130,00

Investimento R$ 534,00 R$ 450,00 R$ 550,00

Imobilizado R$ 280,00 R$ 310,00 R$ 300,00

Intangível R$ 86,00 R$ 110,00 R$ 120,00

TOTAL DO ATIVO R$2.270,00 R$1.490,00 R$1.800,00


PASSIVO 2014 2013 2012

CIRCULANTE R$ 970,00 R$ 520,00 R$ 610,00

Fornecedores R$ 400,00 R$ 100,00 R$ 210,00 ACO


Empréstimos
ACF
Bancários R$ 300,00 R$ 200,00 R$ 220,00

Salários a Pagar R$ 108,00 R$ 120,00 R$ 100,00 ACO

Impostos a Recolher R$ 162,00 R$ 100,00 R$ 80,00 ACO


Passivo Não
Circulante R$ 200,00 R$ 100,00 R$ 130,00

Empréstimos a LP R$ 200,00 R$ 100,00 R$ 130,00

Patrimônio Líquido R$1.100,00 R$ 870,00 R$1.060,00

Capital Social R$1.000,00 R$ 800,00 R$1.000,00

Reserva de Lucro R$ 100,00 R$ 70,00 R$ 60,00


TOTAL DO
PASSIVO R$2.270,00 R$1.490,00 R$1.800,00

Pede-se:

a) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG) - 2014


NLCG= ACO – PCO

101
NCLG= 1.195,00 – 670,00
NLCG = R$ 525,00

b) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) - 2014


CGL = AC– PC
CGL =1.250,00 – 970,00
CGL = R$ 280,00
c) Cálculo do efeito tesoura (ET)- 2014
ST = CGL – NLCG
ST = 280,00 – 525,00
ST = (R$ 245,00)

d) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG) - 2013


NLCG= ACO – PCO
NLCG= 440,00 – 320,00
NLCG = R$ 120,00

e) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) - 2013


CGL = AC– PC
CGL =520,00 – 520,00
CGL = R$ 0

f) Cálculo do efeito tesoura (ST)- 2013


ST = CGL – NLCG
ST = -0 – 120,00
ST = R$ (120,00)

g) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG) - 2012


NLCG= ACO – PCO
NLCG= 640,00 – 390,00
NLCG = R$ 250,00

h) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) - 2012


CGL = AC– PC
CGL =700,00 – 610,00
CGL = R$ 90,00

i) Cálculo do efeito tesoura (ET)- 2012


ST = CGL – NLCG
ST = 90 – 250,00
ST = R$ (160,00)

102
3. Classificar as Lacunas em branco em ACF (Ativo Circulante Financeiro), ACO
(Ativo Circulante Operacional), PCF (Passivo Circulante Financeiro e PCO
(Passivo Circulante Operacional) da Cia. “Coração Gelado”.
ATIVO 2014 2013 2012 Classificação

CIRCULANTE R$ 1.250,00 R$ 520,00 R$ 700,00


Disponibilidade R$ - -R$ 10,00 R$ 100,00 ACF

Clientes R$ 929,00 R$ 410,00 R$ 500,00 ACO

Estoques R$ 321,00 R$ 120,00 R$ 100,00 ACO


Ativo Não
Circulante R$ 1.040,00 R$ 1.020,00 R$ 900,00
Empréstimos a
Coligadas R$ 120,00 R$ 100,00 R$ 130,00
Investimento R$ 534,00 R$ 500,00 R$ 550,00
Imobilizado R$ 300,00 R$ 310,00 R$ 100,00
Intangível R$ 86,00 R$ 110,00 R$ 120,00
TOTAL DO ATIVO R$ 2.290,00 R$ 1.540,00 R$ 1.600,00
PASSIVO 2014 2013 2012

CIRCULANTE R$ 1.090,00 R$ 670,00 R$ 410,00


Fornecedores R$ 400,00 R$ 150,00 R$ 10,00 PCO

Empréstimos R$ 400,00 R$ 300,00 R$ 220,00 PCF

103
Bancários
Salários a Pagar R$ 108,00 R$ 120,00 R$ 100,00 PCO

Impostos a Recolher R$ 182,00 R$ 100,00 R$ 80,00 PCO


Passivo Não
Circulante R$ 100,00 R$ - R$ 130,00
Empréstimos a LP R$ 100,00 R$ - R$ 130,00
Patrimônio Líquido R$ 1.100,00 R$ 870,00 R$ 1.060,00
Capital Social R$ 1.000,00 R$ 800,00 R$ 1.000,00
Reserva de Lucro R$ 100,00 R$ 70,00 R$ 60,00
TOTAL DO
PASSIVO R$ 2.290,00 R$ 1.540,00 R$ 1.600,00
Pede-se:

a) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG) - 2014


NLCG= ACO – PCO
NCLG= 1.250,00 – 690,00
NLCG = R$ 560,00
b) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) - 2014
CGL = AC– PC
CGL =1.250,00 – 1.090,00
CGL = R$ 160,00

c) Cálculo do efeito tesoura (ET)- 2014


ST = CGL – NLCG
ST = 160,00 – 560,00
ST = (R$ 400,00)

d) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG) - 2013


NLCG= ACO – PCO
NLCG= 530,00 – 370,00
NLCG = R$ 160,00

e) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) - 2013


CGL = AC– PC
CGL =520,00 – 670,00
CGL = R$ (150,00)

f) Cálculo do efeito tesoura (ET)- 2013


ST = CGL – NLCG
ST = -150,00 – 160,00
ST = R$ (310,00)

g) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG) - 2012


NLCG= ACO – PCO

104
NLCG= 600,00 – 190,00
NLCG = R$ 410,00

h) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) - 2012


CGL = AC– PC
CGL =700,00 – 410,00
CGL = R$ 290,00

i) Cálculo do efeito tesoura (ET)- 2012


ST = CGL – NLCG
ST = 290,00 – 410,00
ST = R$ (120,00)

4. Classificar as Lacunas em branco em ACF (Ativo Circulante Financeiro), ACO


(Ativo Circulante Operacional), PCF (Passivo Circulante Financeiro e PCO (Passivo
Circulante Operacional) da Cia. “Amor Perfeito”.
ATIVO 2014 2013 Classificação
CIRCULANTE R$ 3.800,00 R$ 4.230,00
Banco R$ 70,00 R$ 80,00 ACF
Clientes R$ 2.200,00 R$ 2.400,00 ACO
Estoques R$ 1.530,00 R$ 1.750,00 ACO
Ativo Não Circulante R$ 4.878,00 R$ 5.116,00
Empréstimos a Coligadas R$ 2.300,00 R$ 300,00
Investimentos R$ 580,00 R$ 930,00
Imobilizado R$ 1.198,00 R$ 3.086,00
Intangível R$ 800,00 R$ 800,00
Total do ATIVO R$ 8.678,00 R$ 9.346,00
PASSIVO 2014 2013 Classificação
CIRCULANTE R$ 2.580,00 R$ 4.484,00
Fornecedores R$ 140,00 R$ 150,00 ACO
Empréstimos Bancários R$ 2.050,00 R$ 3.914,00 ACF
Salários a Pagar R$ 90,00 R$ 100,00 ACO
Impostos a Recolher R$ 300,00 R$ 320,00 ACO
Passivo Não Circulante R$ 1.200,00 R$ 1.000,00
105
Empréstimos a LP R$ 1.200,00 R$ 1.000,00
Patrimônio Líquido R$ 4.898,00 R$ 3.862,00
Capital Social R$ 4.000,00 R$ 3.000,00
Reservas de Lucros R$ 898,00 -R$ 862,00
TOTAL R$ 8.678,00 R$ 9.346,00
Pede-se:

a) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG) - 2014


NLCG= ACO – PCO
NCLG= 3.730,00 – 530,00
NLCG = R$ 3.200,00

b) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) - 2014


CGL = AC– PC
CGL =3.800,00 – 2.580,00
CGL = R$ 1.220,00

c) Cálculo do efeito tesoura (ET)- 2014


ST = CGL – NLCG
ST = 1.220,00 – 3.200,00
ST = (R$ 1.980,00)

d) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG) - 2013


NLCG= ACO – PCO
NLCG= 4.150,00 – 570,00
NLCG = R$ 3.580,00

e) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) - 2013


CGL = AC– PC
CGL =4.230,00 – 4.484,00
CGL = R$ (254,00)

f) Cálculo do efeito tesoura (ET)- 2013


ST = CGL – NLCG
ST = - 254,00 – 3.580,00
ST = (R$ 3.834,00)

106
4. Classificar as Lacunas em branco em ACF (Ativo Circulante Financeiro), ACO
(Ativo Circulante Operacional), PCF (Passivo Circulante Financeiro e PCO (Passivo
Circulante Operacional) da Cia. “Amor Perfeito”.
ATIVO 2010 2009 Classificação
CIRCULANTE R$ 3.800,00 R$ 4.230,00
Banco R$ 70,00 R$ 80,00 ACF
Clientes R$ 2.200,00 R$ 2.400,00 ACO
Estoques R$ 1.530,00 R$ 1.750,00 ACO
Ativo Não Circulante R$ 4.878,00 R$ 5.116,00
Empréstimos a Coligadas R$ 2.300,00 R$ 300,00
Investimentos R$ 580,00 R$ 930,00
Imobilizado R$ 1.198,00 R$ 3.086,00
Intangível R$ 800,00 R$ 800,00
Total do ATIVO R$ 8.678,00 R$ 9.346,00
PASSIVO 2010 2009 Classificação
CIRCULANTE R$ 2.580,00 R$ 4.484,00
Fornecedores R$ 140,00 R$ 150,00 ACO
Empréstimos Bancários R$ 2.050,00 R$ 3.914,00 ACF
Salários a Pagar R$ 90,00 R$ 100,00 ACO
Impostos a Recolher R$ 300,00 R$ 320,00 ACO
Passivo Não Circulante R$ 1.200,00 R$ 1.000,00
Empréstimos a LP R$ 1.200,00 R$ 1.000,00
Patrimônio Líquido R$ 4.898,00 R$ 3.862,00

107
Capital Social R$ 4.000,00 R$ 3.000,00
Reservas de Lucros R$ 898,00 -R$ 862,00
TOTAL R$ 8.678,00 R$ 9.346,00
Pede-se:

a) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG) - 2014


NLCG= ACO – PCO
NCLG= 3.730,00 – 530,00
NLCG = R$ 3.200,00

b) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) - 2014


CGL = AC– PC
CGL =3.800,00 – 2.580,00
CGL = R$ 1.220,00

c) Cálculo do efeito tesoura (ET)- 2014


ST = CGL – NLCG
ST = 1.220,00 – 3.200,00
ST = (R$ 1.980,00)

d) Cálculo da necessidade líquida de capital de giro (NLCG) - 2013


NLCG= ACO – PCO
NLCG= 4.150,00 – 570,00
NLCG = R$ 3.580,00

e) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) - 2013


CGL = AC– PC
CGL =4.230,00 – 4.484,00
CGL = R$ (254,00)

f) Cálculo do efeito tesoura (ET)- 2013


ST = CGL – NLCG
ST = - 254,00 – 3.580,00
ST = (R$ 3.834,00)

108
AULA 8
ANÁLISE DOS INDICADORES DE PRODUTIVIDADE, CICLO
OPERACIONAL E CICLO FINANCEIRO CAPITAL DE GIRO
O Ativo Circulante, comumente chamado de Capital de Giro, representa a porção de
investimento que circula, de uma forma para a outra, na condução normal dos negócios.
Esse conceito abrange a transição recorrente de caixa para estoques, destes para os
recebíveis e de volta para o caixa. Na qualidade de equivalentes de caixa, os títulos
negociáveis também são considerados parte do capital de giro.
Já o Passivo Circulante representa o financiamento de curto prazo de uma empresa, uma
vez que inclui todas as dívidas vincendas (isto é, a pagar) em um ano ou menos. Essa
dividas normalmente abrangem valores devidos a fornecedores (contas a pagar),
funcionários e governo (despesas a pagar), além dos bancos ( empréstimos bancários),
entre outros.
O capital de giro é definido como a diferença entre o ativo circulante e o passivo
circulante de uma empresa. Quando o ativo circulante supera o passivo circulante, a
empresa tem capital de giro liquido positivo. Quando o passivo circulante superar o
ativo circulante, o capital de giro será negativo.

1.2 CÁLCULO DO CICLO DE CONVERSÃO DE CAIXA


O Ciclo Operacional de uma empresa é o período de tempo que vai do começo do
processo de produção até o recebimento de caixa resultante da venda do produto
acabado. O Ciclo Operacional abrange duas principais categorias de ativo de curto
prazo: o estoque e contas a receber.
CO = PMRE + PMRC

109
PMRE = Prazo Médio de Rotação de Estoque
PMRC = Prazo Médio de Rotação de Clientes

Entretanto, o processo de produção e venda de um produto também inclui a compra a


prazo de insumos de produção (matérias primas), resultando em contas a pagar a
fornecedores. Estas reduzem o número de dias de recursos de uma empresa
comprometidos com o ciclo operacional. O tempo até a quitação das contas a pagar a
fornecedores, medido em dias, é o Prazo Médio de Rotação de Fornecedores. O Ciclo
Operacional menos o prazo médio de pagamento é chamado de Ciclo de Conversão de
Caixa (CCC) e representa o prazo pelo qual os recursos da empresa ficam aplicados.
Também pode ser chamado de Ciclo Financeiro (CF). A fórmula do ciclo de conversão
de caixa é:
CF = CO – PMRF
Segue abaixo na figura 1, o Ciclo de Conversão de Caixa ou Ciclo Financeiro
Figura 1: Ciclo Financeiro

Fonte: Gitman, 2010, pag. 549


Ciclo Econômico
É o tempo em que a mercadoria permanece em estoque. Vai desde a aquisição dos
produtos até o ato da venda, não levando em consideração o recebimento das mesmas.

Ciclo Operacional

110
Compreende o período entre a data da compra até o recebimento de cliente. Caso a
empresa trabalhe somente com vendas a vista, o ciclo operacional tem o mesmo valor
do ciclo econômico.

Ciclo Financeiro ou Ciclo de Conversão de Caixa


É o tempo entre o pagamento a fornecedores e o recebimento das vendas. Quanto maior
o poder de negociação da empresa com fornecedores, menor o ciclo financeiro.

Exemplo Prático dos Fluxos Operacionais e Financeiros:


O Prazo Médio de Rotação de Estoque é de 60 dias, o Prazo Médio de Rotação de
Recebimentos é de 40 dias e o Prazo Médio de Rotação de Fornecedores, de 35 dias.
Logo, o Ciclo de Conversão de Caixa será de quantos dias?
CO = PMRE + PMRC
CO = 60 + 40
CO = 100 dias
CF = CO - PMRF
CF = 100 – 35
CF = 65 dias
Ou
CF = PMRF – (PMRE + PMRC)
CF = 35 – ( 60 + 40)
CF = 35 – 100
CF = (65 dias desfavorável)

Veja como ficam os dados na Figura:

111
1.3 Estratégias de Gestão do Ciclo de Conversão de Caixa
Em termos simples, o objetivo é minimizar a duração do ciclo de conversão de caixa, o
que minimiza os passivos negociados. Esse objetivo pode ser realizado por meio das
seguintes estratégias:
 Girar os estoques o mais rapidamente possível, sem faltas que resultem em
vendas perdidas;
 Cobrar as contas a receber o mais rapidamente possível sem perder vendas por
conta de técnicas de cobrança muito agressivas.
 Gerir os prazos de postagem, processamento e compensação para reduzi-los ao
cobrar dos clientes e prolongá-los ao pagar fornecedores;
 Quitar as contas a pagar aos fornecedores o mais lentamente possível, ou seja,
por meio de negociação.
1.4 PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DE ESTOQUE
O prazo médio de rotação de estoque (PMRE) indica quantos dias, em média, os
produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos. As duas questões
básicas da administração dos estoques resumem-se “em quanto comprar” e “quando
comprar”. Os estoques, como qualquer outro ativo, representam sempre a aplicação de

112
recursos. Ao mesmo tempo, manter estoques elevados acarreta uma série de gastos,
como armazenagem, transportes e seguros, por exemplo.
As fórmulas utilizadas seriam:

GIRO DO ESTOQUE (GE) = CMV.


Estoques

Dividindo-se os números de dias do ano pelo giro dos estoques obtêm o número de dias
médios de estocagem;

PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM (PME) 360


G.E.
Há também a fórmula com o cálculo direto.

CÁLCULO DIRETO = Estoques x 360


CMV

1.5 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS


O prazo médio de recebimento de vendas indica quantos dias, em média, a empresa leva
para receber suas vendas a prazo. Pode-se avaliar a eficiência na gestão dos recursos
aplicados nas duplicatas a receber através do cálculo do seu giro ou rotação.
Na realidade o plano de vendas pode ser considerado o alicerce do planejamento
periódico numa empresa, pois praticamente todo o restante do planejamento da empresa
baseia-se nas atividades de vendas. A finalidade do orçamento de vendas é: “determinar
a quantidade e o valor total dos produtos a vender, bem como calcular os impostos, a
partir das projeções de vendas elaboradas pelas unidades de vendas e/ou executivos e
especialistas em marketing” (HOJI, 2001).

GIRO DA DUPLICATAS A RECEBER(GDR) Vendas a Prazo

Duplicatas Receber

Dividindo-se o número de dias do ano pelo giro dos estoques obtém-se o número de
dias médios de estocagem.

113
PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO (PMRC) 360
GDR
Há também o cálculo direto para resolver os prazos médios de recebimento.
CÁLCULO DIRETO Duplicatas Receber x 360

Vendas a Prazo

1.6 PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS


De maneira analógica, baseados nas fórmulas para calcular o PMRE e PMRC, podemos
adotar a fórmula abaixo para calcularmos o Prazo Médio de Pagamentos.

GIRO DAS DUPLICATAS A PAGAR (GDP) = Compras brutas a prazo

Fornecedores

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO (PMPF) 360

GDP

CÁLCULO DIRETO Fornecedores x 360


Compras Brutas a prazo

Exemplos práticos:
1. Calcule o Ciclo de Caixa da empresa Sucuri S/A, considerando os seguintes dados
das demonstrações financeiras:
Receita Líquida de Vendas: R$ 1.900.000,00
Duplicatas a Receber: R$ 82.000,00
Fornecedores a Pagar: R$ 9.200,00
Compras do período: R$ 701.707,32
Custo da Mercadoria Vendida do Período: R$ 1.450.000,00
Estoques: R$ 19.500,00
Vamos trabalhar com ano exato, ou seja, 365 dias. Agora se pede:
Vamos trabalhar com ano exato, ou seja, 365 dias. Agora se pede:
a) O Prazo Médio de Rotação de Cliente
PMRC = (Duplicatas a Receber/Vendas) x 365
PMRC = (82.000,00 / 1.900.000,00) x 365
PMRC = 15,75 dias ou 16 dias

b) Determine o Prazo Médio de Rotação de Fornecedores ou Pagamentos

114
PMRF = ( Fornecedores / Compras) X 365
PMRF = ( 9.200,00 / 731.707,32) x 365
PMRF = 4,59 dias ou 5 dias

c) Determine o Prazo Médio de Rotação de Estoque:


PMRE = (Estoques / CMV) x 365
PMRE = (19.500,00 / 1.450.000,00) x 365
PMRE = 4,91 dias ou 5 dias

d) Cálculo do Ciclo Operacional:


CO = PMRC + PMRE
CO = 16 + 5
CO = 21 dias

e) Cálculo do Ciclo de Conversão de Caixa / Financeiro:


CF = CO + PMRF
CF = 21 – 5
CF = 16 dias

2. Calcule o Ciclo de Caixa da Cia. Cavalo Marinho, considerando os seguintes dados:


Receita Líquida de Vendas: R$ 2.259.912,00
Duplicatas a Receber: R$ 81.253,00
Fornecedores a Pagar: R$ 9.125,00
Compras no período: R$ 840.000,00
Frete sobre a compra: R$ 5.400,00
Custo da Mercadoria Vendida no período: R$ 1.425.932,00
Estoques: R$ 19.520,00
Diante desses dados, pede-se por meio do ano comercial, ou seja, 360 dias:
a) O Prazo Médio de Rotação de Cliente
2.350.232,00 – 47.500,00 – 42.820,00 = 2.259.912,00
PMRC = (Duplicatas a Receber/Vendas) x 360
PMRC = (81.253,00 / 2.259.912,00) x 360
PMRC = 12,94 ou 13 dias
b) Determine o Prazo Médio de Rotação de Fornecedores ou Pagamentos
PMRP = ( Fornecedores / Compras) X 360
PMRP = ( 9.125,00 / 840.000,00 + 5.400,00) x 360

115
PMRP = 3,89 ou 4 dias

c) Determine o Prazo Médio de Rotação de Estoque:


PMRE = (Estoques / CMV) x 360
PMRE = (19.520,00 / 1.425.932,00) x 360
PMRE = 4,93 ou 5 dias

d) Cálculo do Ciclo Operacional:


CO = PMRC + PMRE
CO = 13 + 4
CO = 17 dias

e) Cálculo do Ciclo de Conversão de Caixa / Financeiro:


CF = CO + PMRP
CF = 17 – 5
CF = 12 dias

Exercícios:
1. Prazos de estocagem e de cobrança afetam significativamente necessidades de
recursos para financiar giros de operações. Prazos para pagamento concedidos pelos
fornecedores suprem parte dessas necessidades. A parcela remanescente deverá ser
coberta por outras fontes de recursos, durante um período correspondente ao ciclo
financeiro (CF). Esses recursos sempre implicarão custos para uma empresa, pois:
sendo originados de empréstimos e financiamentos, provocarão despesas financeiras, e
se forem constituídos por recursos próprios ou fontes não onerosas, apresentarão um
custo de oportunidade que corresponde ao retorno que a empresa obteria se aplicasse
esses fundos em outra operação de igual risco.
Deste modo, ao reduzir o CF a empresa estará otimizando o uso desses recursos e
reduzindo os custos correspondentes. Para tanto, a(s) estratégia(s) que pode(m) ser
utilizada(s) para reduzir o ciclo financeiro pode(m) ser:
I - Retardar os pagamentos aos fornecedores, sem comprometer o conceito creditício
que uma empresa possui junto aos mesmos;

116
II - Acelerar recebimento das duplicatas, sem afastar clientes por excesso de rigor na
cobrança. Desde que sejam economicamente justificáveis, descontos financeiros
oferecidos para estimular antecipação de pagamento facilitarão alcançar os objetivos
desta estratégia;

III - Elevar giro dos estoques até um ponto a partir do qual não haveria riscos de
paralisação do processo produtivo por falta de materiais e de perda de vendas por falta
de mercadorias.

As estratégias possíveis são:


a) I, II e III
b) Apenas I e II
c) Apenas I
d) Apenas II
e) Apenas III

2. Uma determinada empresa está planejando os seus períodos médios, tanto de estoque,
pagamento e recebimento. De acordo com os dados, responda qual o PMRP?
Dados: PMRE = 50 dias, PMRC = 40 dias e CF = 55 dias.
CO = 50 + 40
CO = 90 dias
CF = CO – PMRF
55 = 90 – PMRP
PMRP = 90 - 55
PMRP = 35 dias

3. A Cia. Ipiranga é uma pequena empresa e vende todos os seus produtos a prazo. Os
prazos médios, são os seguintes:
PMRE = 60 dias
PMRC = 30 dias
PMPF = 25 dias
O ciclo Operacional e Financeiro será respectivamente de quanto?
CO = PMRE + PMRC
CO = 60 + 30

117
CO = 90
CF = CO – PMRF
CF = 90 – 25
CF = 65 dias

4.Seguem abaixo os valores da Cia. Alegria em 31/12/2013:


Receita de Venda: R$ 150.000,00
Custo dos Produtos Vendidos (CPV):R$ 64.000,00
Compras de Mercadorias: R$ 60.000,00
Clientes: R$ 15.000,00
Fornecedores R$ 5.000,00
Estoques: R$ 16.000,00

Pede-se:
a) O Prazo Médio de Rotação de Clientes
Dupls/Clientesx 360=15.000 x 360 = 36 dias
VENDAS 150.000

b) O Prazo Médio de Rotação de Estoque


Estoques_______x 360 = 16.000 x 360 = 90 dias
CPV 64.000

c) O Prazo Médio de Rotação de Fornecedores


Fornecedores___x 360 =5.000x 360 = 30 dias
Compras do Ano 60.000

d) O Ciclo Operacional
CO = PMRC + PMRE
CO = 36 + 90
CO = 126 dias

e) Ciclo Financeiro
CF = CO – PMRF
CF = 126 – 30
CF = 96 dias

118
5. A Cia. Luz do Amanhecer possuía os seguintes saldos em 31/12/2014.
- Clientes R$ 710.000,00
- Estoques R$ 915.000,00
- Fornecedores R$ 480.000,00
- Vendas R$ 3.100.000,00
- CMV R$ 1.740.000,00
- Compras R$ 2.615.853,66

Pede-se:
a) Calcule o Prazo Médio de Rotação de Clientes
PMRC = ( Clientes / Vendas) x 360
PMRC = ( 710.000,00/ 3.100.000,00) x 360
PMRC = 82,45

b) Calcule o Prazo Médio de Rotação de Estoque


PMRE = (Estoque / CMV) x 360
PMRE = (915.000,00 / 1.740.000,00) x 360
PMRE =189,31

c) Calcule o Prazo Médio de Rotação de Fornecedor


CMV = EI + C - EF
1.740.000,00 = 510.000,00 + C – 915.000,00
C = 2.145.000,00
CB = CL/0.82
CB = 2.145.000 / 0,82 =2.615.853,66
PMRF = (Fornecedor / Compras) x 360
PMRF = (480.000,00 / 2.615.853,66) x 360
PMRF = 66,06

d) Calcule o Ciclo Operacional.


CO = PMRE+PMRC
CO = 189,31 + 82,45 =271,76 dias

e) Calcule o Ciclo Financeiro.


CF = CO-PMP
CF = 271,76 – 66,06=205,70 dias

6. O Balanço Patrimonial e a DRE da Cia. Maloka apresentou os seguintes dados:

119
Ativo Circulante Passivo Circulante
Contas 31/12/2011 Contas 31/12/2011
Caixa e Bancos R$ 26.000,00 Fornecedores R$ 100.000,00
Aplicações
R$ 81.000,00 Salários a pagar R$ 394.000,00
Financeiras
Clientes R$ 100.000,00 Impostos a recolher R$ 290.000,00
Empréstimos
Estoques R$ 50.000,00 R$ 83.000,00
Bancários
Total do AC R$ 257.000,00 Dividendos a pagar R$ 35.000,00
Total do PC R$ 942.908,00
DRE 31/12/2011
Receita Bruta de
R$ 7.932.392,37
Vendas
Tributos sobre
-R$ 1.427.830,63
Vendas
Receita Líquida de
R$ 6.504.561,74
Vendas
(-) CMV -R$ 2.273.000,00
Lucro Bruto R$ 4.231.561,74
Compras: R$2.323.000,00

a) Demonstrar os cálculos do PME, PMRV, PMPF, CICLO Operacional e Financeiro


I) Demonstre o Prazo Médio de Rotação de Estoque
PMRE= (ESTOQUE/CMV) x 360
PMRE = ($50.000,00/$ 2273.000,00) x 360
PMRE = 7,92 DIAS

II) Demonstre o Prazo Médio de Rotação de Clientes


PMRC = (CLIENTES/ RL) x 360
($100.000,00 / $6.504.561,74) x 360
PMRV = 5,54 DIAS

III) Demonstre o Prazo Médio de Rotação de Fornecedores


CMV = EI + COMPRAS - EF
2.273.000,00 = 0 + Compras – 50.000
COMPRAS = $2.323.000,000
120
PMPF = (FORNECEDORES/COMPRAS) X 360
PMPF= ($100.000,00/ $2.323.000,00) x 360
PMPF = 15,50 DIAS

IV) Demonstre o Ciclo Operacional

CICLO OPERACIONAL
CO = PMRE + PMRC
CO = 13,46 DIAS

V) Demonstre o Ciclo Financeiro


CICLO FINANCEIRO
CF = 13,46 – 15,50
CF = (2,04)

7. Seguem os dados das Demonstrações Contábeis e Financeira da Cia. Dinossauro:

DRE 2012 2011

Receita Operacional Liquida R$ 65.921,00 R$ 46.250,00

(-) Custo de Prod. Vendidos -R$ 57.041,00 -R$ 40.058,00

Lucro Bruto R$ 8.880,00 R$ 6.192,00

Desp. Administrativas e Gerais -R$ 2.650,00 -R$ 1.560,00

Desp. com Vendas -R$ 2.568,00 -R$ 2.602,00

Despesas não recorrentes -R$ 538,00 R$ -

Ganho em compra vantajosa -R$ 85,00 R$ 398,00

121
Outras receitas Operacionais R$ 185,00 R$ 85,00

Resultado antes das Receitas e

Despesas financeiras R$ 3.224,00 R$ 2.513,00

Result. Financeiro Liquido -R$ 1.859,00 -R$ 678,00

Lucro Antes IR / CSL R$ 1.365,00 R$ 1.835,00

IR / Contribuição Social do exercício -R$ 765,00 -R$ 896,00

IR / Contribuição Social diferidos -R$ 201,00 -R$ 250,00

Lucro Liquido do Exercício R$ 399,00 R$ 689,00


Xx

ATIVO 2012 2011 PASSIVO 2012 2011


Circulante Circulante
R$ R$ R$
Caixa e Equivalentes 7.050,00 8.326,00 Fornecedores R$3.956,00 3.258,00
Contas a receber de R$ R$ R$
clientes 4.525,00 3.261,00 Empréstimos e Financiamentos R$5.595,00 6.253,00
R$ R$ Obrigações fiscais, trab. e R$
Estoques 5.248,00 3.891,00 sociais R$1.341,00 825,00
R$ R$ R$ R$
Impostos a recuperar 1.617,00 1.266,00 Dividendos declarados - 256,00
Despesas R$ R$ R$ R$
antecipadas 159,00 189,00 Debito com Terceiros 96,00 525,00
Outros ativos R$ R$ R$ R$
circulantes 635,00 888,00 Outros Passivos Circulantes 587,00 489,00
R$ R$ R$ R$
Total do AC 19.234,00 17.821,00 Total do PC 11.575,00 11.606,00
Não Circulante Não Circulante
Realizável a Longo R$ R$ R$ R$
Prazo 1.691,00 1.620,00 Empréstimos e Financiamentos 11.573,00 9.995,00
R$ R$
Imobilizado 16.865,00 R$15.815,00 Debêntures Conversíveis R$3.887,00 3.852,00
R$ R$
Intangível 13.152,00 R$14.005,00 IR / CSL Diferidos R$1.338,00 1.345,00
Outros R$ R$ R$ R$
Investimentos 525,00 301,00 Prov. para Contingências 389,00 468,00

122
R$ R$ R$ R$
Total do ANC 32.233,00 31.741,00 Debito com Terceiros 189,00 217,00
TOTAL DO R$ R$ R$
ATIVO 51.467,00 49.562,00 Outros Passivos não Circulantes R$1.095,00 1.055,00
R$ R$
Total do PNC 18.471,00 16.932,00
Patrimônio Liquido
R$ R$
Capital Social 19.584,00 17.689,00
R$ R$
Reserva de capital 650,00 850,00
R$ R$
Reserva de reavaliação 158,00 175,00
R$ R$
Reserva de lucros 703,00 901,00
- -R$
Ajustes acumuladode conversão R$1.059,00 450,00
Participação dos Acionistas ñ R$
controladas R$1.385,00 1.859,00
R$ R$
Total do PL 21.421,00 21.024,00
R$ R$
TOTAL DO PASSIVO 51.467,00 49.562,00
Compras 2011: R$ 43.949,00
Compras 20112: R$ 58.398,00

Pede-se:
a) Prazo Médio de Rotação de Clientes 2011:
PMRC = (3.261,00/46.250,00) x 360
PMRC = 25,38 dias

b) Prazo Médio de Rotação de Estoque 2011:


PMRE = (3.891,00 / 40.058,00) x 360
PMRE = 34,97 dias

c) Prazo Médio de Rotação de Fornecedores 2011


CMV = EI + C – EF
40.058 = 0 + C – 3.891,00
C = 40.058,00 + 3.891,00
C = R$ 43.949,00
PMRF = (3.258,00 / 43.949,00) x 360

123
PMRF = 26,69 dias

d) Demonstre o Ciclo Operacional 2011


CO = PMRC + PMRE
CO = 25,38 + 34,97
CO = 60,35

e) Demonstre o Ciclo Financeiro 2011


CF = CO – PMRF
CF = 60,35 – 26,69
CF = 33,66 dias

f) Prazo Médio de Rotação de Clientes 2012:


PMRC = (4.525,00/65.921,00) x 360
PMRC = 24,71 dias

g) Prazo Médio de Rotação de Estoque 2012:


PMRE = (5.248,00 / 57.041,00) x 360
PMRE = 33,12 dias
h) Prazo Médio de Rotação de Fornecedores 2012
CMV = EI + C – EF
57.041,00 = 3.891,00 + C – 5.248,00
C = 58.398,00
PMRF = (3.956,00 / 58.398,00) x 360
PMRF = 24,39 dias

i) Demonstre o Ciclo Operacional 2012


CO = PMRC + PMRE
CO = 24,71 + 33,12
CO = 57,83

j) Demonstre o Ciclo Financeiro 2012


CF = CO – PMRF
CF = 57,83 – 24,39

124
CF = 33,44 dias

8. Seguem os demonstrativos da Cia. Alvorada:

DRE 2011 2010


Receita Operacional Liquida R$ 20.052,00 R$17.205,00
(-) Custo de Prod. Vendidos -R$15.268,00 -R$13.216,00
(=) Lucro Bruto R$ 4.784,00 R$ 3.989,00
Desp. Com Vendas -R$3.176,00 -R$ 2.510,00
Remuneração de Diretoria -R$ 76,00 -R$ 161,00
Desp. Gerais e Administrativa -R$ 516,00 -R$ 400,00
Depreciações -R$ 312,00 -R$ 217,00
Outras receitas Operacionais R$ 421,00 R$ 270,00
(=) Lucro Antes do Resultado Financeiro R$ 1.125,00 R$ 971,00
Receitas Financeiras R$ 141,00 R$ 132,00
Despesas Financeiras -R$ 55,00 -R$ 48,00
(=) Lucro Antes IR / CSL R$ 1.211,00 R$ 1.055,00
IR / Contribuição Social -R$ 318,00 -R$ 306,00
(=) Lucro Líquido R$ 893,00 R$ 749,00
X

Ativo Circulante 2011 2010 Passivo Circulante 2011 2010


R$
Caixa e Bancos 1.808,00 R$1.276,00 Fornecedores R$1.927,00 R$1.960,00
R$ R$ R$ R$
Aplicações 153,00 145,00 Financiamentos 203,00 170,00
R$ R$ R$
Clientes 1.142,00 R$1.012,00 Salários e Encargos 282,00 315,00
R$ R$ R$
Estoques 2.959,00 R$2.609,00 Impostos a Recolher 142,00 146,00
R$ R$ R$ R$
Demais Ctas. A Rec 564,00 434,00 Demais Ctas a pagar 319,00 327,00
Despesas R$ R$
Antecipadas 36,00 22,00 Total do PC R$2.873,00 R$2.918,00
R$ Passivo Não
Total do AC 6.662,00 R$5.498,00 Circulante
Ativo Não R$ R$
Circulante Financiamentos 282,00 202,00
Realizável a Longo R$ R$ Outros Contas a R$ R$
Prazo 352,00 258,00 pagar 76,00 70,00
R$ R$ R$
Imobilizado 2.203,00 R$1.549,00 Total do PNC 358,00 272,00

125
R$ Patrimônio
Total do ANC 2.555,00 R$1.807,00 Líquido
Capital Social R$2.854,00 R$2.854,00
Reservas R$3.122,00 R$1.658,00
R$ -R$
Lucro (Prej.) Acum. 10,00 397,00
Total do PL R$5.986,00 R$4.115,00
R$
Total do ATIVO 9.217,00 R$7.305,00 Total do PASSIVO R$9.217,00 R$7.305,00
Compras 2010: R$ 15.825,00
Compras 2011: R$ 15.618,00
Pede-se:
a) Prazo Médio de Rotação de Clientes 2010:
PMRC = (1.012,00/17.205,00) x 360
PMRC = 21,18 dias

b) Prazo Médio de Rotação de Estoque 2010:


PMRE = (2.609,00 / 13.216,00) x 360
PMRE = 71,07 dias

c) Prazo Médio de Rotação de Fornecedores 2010:


CMV = EI + C – EF
13.216,00 = 0 + C – 2.609,00
C = 13.216,00 + 2.609,00
C = R$ 15.825,00
PMRF = (1.960,00 / 15.825,00) x 360
PMRF = 44,59 dias

d) Demonstre o Ciclo Operacional 2010:


CO = PMRC + PMRE
CO = 21,18 + 71,07
CO = 92,25

e) Demonstre o Ciclo Financeiro 2010:


CF = CO – PMRF

126
CF = 92,25 – 44,59
CF = 47,66 dias

f) Prazo Médio de Rotação de Clientes 2011:


PMRC = (1.142,00/20.052,00) x 360
PMRC = 20,50 dias

g) Prazo Médio de Rotação de Estoque 2011:


PMRE = (2.959,00 / 15.268,00) x 360
PMRE = 69,77 dias

h) Prazo Médio de Rotação de Fornecedores 2011


CMV = EI + C – EF
15.268,00 = 2.609,00 + C – 2.959,00
C = R$ 15.618,00
PMRF = (1.927,00 / 15.618,00) x 360
PMRF = 44,42 dias

i) Demonstre o Ciclo Operacional 2012


CO = PMRC + PMRE
CO = 20,50 + 69,77
CO = 90,27

j) Demonstre o Ciclo Financeiro 2012


CF = CO – PMRF
CF = 90,27 – 44,42
CF = 45,85

9. A Zebra é uma companhia brasileira com ações negociadas na Bolsa de Valores de


São Paulo. É líder no setor de Navios. A seguir estão o Balanço Patrimonial e
ATIVO PASSIVO
Circulante $ Circulante $
Caixa R$ 1.144,40 Empréstimos R$ 999,50

127
Adiantamento a
Fornecedores R$ 498,70 Fornecedores R$ 649,90
Clientes R$ 651,40 Salários R$ 211,80
Estoques R$ 700,70 Impostos a Recolher R$ 553,50
Impostos a Recuperar R$ 383,20 Total do PC R$ 2.414,70
Total do AC R$ 3.378,40 Passivo Não Circulante
Ativo Não Circulante Financiamento R$ 1.654,60
Equipamento R$ 1.997,10 Patrimônio Líquido R$ 1.306,10
Total do ATIVO R$ 5.375,50 Total do PASSIVO R$ 5.375,40

A Demonstração do Resultado do Exercício de 31/12/2013, em milhões de reais - R$.

DRE
Receita Líquida R$ 1.608,30
(-) CPV -R$ 471,30
(=) Lucro Bruto R$ 1.137,00
(-) Despesas Operacionais -R$ 780,10
(-) Despesa Financeira -R$ 39,70
(=) Lucro antes do IR R$ 317,20
(-) IR e CSLL -R$ 102,20
(=) Lucro Líquido R$ 215,00

Diante dessas demonstrações e trabalhando com base no ano comercial, pede-se:

a) O Prazo Médio de Rotação de Clientes


PMRC = (Duplicatas a Receber/Vendas) x 360
PMRC = (651,40 / 1.608,30) x 360
PMRC = 145,81 ou 146 dias

b) Prazo Médio de Rotação de Estoque


PMRE = (Estoques / CMV) x 360
PMRE = (700,70 / 471,30) x 360
PMRE = 535,23 ou 535 dias

c) Prazo Médio de Rotação de Fornecedor


CMV = EI + C – EF
471,30 = 0 + C – 700,70
C = R$ 1.172,00

128
PMRF = (Fornecedor / Compras) x 360
PMRF = (649,90 / 1.172,00) X 360
PMRF = 199,63

d) Ciclo Operacional
CO = PMRC + PMRE
CO = 145,81 + 535,23
CO = 681,04

e) Ciclo Financeiro ou Ciclo de Conversão de Caixa


CF = CO – PMRF
CF = 681,04 – 199,63
CF = 481,41

10.A Cia Maria do Bairro gira seu estoque 6 vezes no ano comercial e tem um prazo
médio de recebimento de 45 dias e um prazo médio de pagamento de 30 dias. Com base
nestes dados qual o ciclo operacional (CO) e o ciclo financeiro (Ciclo de Conversão de
Caixa – CCC)?
360 / 6 = 60 dias
CO = PMRC + PMRE
CO = 45 + 60
CO = 105 dias
CF = CO – PMRP
CF = 105 – 30
CF = 75 dias

11.Em uma política de administração do capital de giro, temos como uma das principais
medidas a manutenção dos indicadores do giro e da liquidez de uma empresa dentro dos
limites previstos pelo administrador financeiro, de modo a produzir determinados
resultados que satisfaçam as expectativas de retorno de suas várias fontes de
financiamento. Portanto, é necessário conhecermos o ciclo operacional (CO) que se
inicia na aquisição de matéria-prima e é finalizado no recebimento pelas vendas de
produto final.

129
Uma empresa que efetua o seguinte levantamento de prazos médios: estoque de 15 dias,
recebimento de 45 dias e, finalmente, pagamento de 20 dias, podemos concluir que a
quantidade de ciclos operacionais em um ano comercial será de quantas vezes:
CO = 15 + 35
CO = 60 dias
360 / 60 = 6 dias

12. A Indústria Anaconda, efetuando um estudo com relação ao seu Ciclo Financeiro,
verificou que o prazo médio de estocagem de suas matérias primas é de 45 dias, sendo
que os fornecedores dão um prazo de 30 dias para pagamento de duplicatas. A produção
demanda, normalmente, um prazo de 30 dias, permanecendo os produtos fabricados
estocados durante 15 dias à espera de ser vendidos. A política de vendas da empresa é a
de adotar um prazo de recebimento de 60 dias. Com base nesses dados, de quantos dias
é o giro de caixa da empresa?
CO = 45 + 30 + 15 + 60 = 150 DIAS
CF = CO – PMRF = 150 DIAS – 30 DIAS = 120 DIAS
GC = 360 / CF
GC = 360 / 120 DIAS = 3 vezes

13. A empresa Giro Alto Ltda. pretende aumentar suas vendas a prazo para manter suas
vendas totais de 2005, iguais às de 2004. Em 2004, o valor total das vendas foi de R$
1.800.000,00, considerando um ano comercial de 360 dias e que a empresa operou com
um prazo médio de recebimento de vendas de 30 dias. Para alcançar esse objetivo, a
empresa terá que ampliar para 32 dias o prazo médio de recebimento de vendas. Desse
modo, o valor das Duplicatas a Receber, em 30 de dezembro de 2.005, deve ser de
quanto?
PMRC = (Clientes / Vendas) x 360
32 = ( Clientes / 1.800.000,00) x 360
Clientes x 360 = 1.800.000,00 x 32
Clientes x 360 = 57.600.000,00
Clientes = 57.600.000,00 / 360
Clientes = R$ 160.000,00

14. A empresa Jujuba (comercial atacadista) apresenta os demonstrativos contábeis


descritos abaixo:

130
ATIVO PASSIVO
Circulante 2012 2011 Circulante 2012 2011
R$ R$ Salários a
Caixa 10.000,00 5.000,00 Pagar R$18.000,00 R$12.200,00
Duplicatas a R$ R$
Receber 32.000,00 27.000,00 Fornecedores R$32.000,00 R$17.880,00
R$ R$ Tributos a
Estoques 25.000,00 15.000,00 Pagar R$17.000,00 R$22.600,00
R$ R$
Total do AC 67.000,00 47.000,00 Total do PC R$67.000,00 R$52.680,00
Ativo Não Passivo Não
Circulante Circulante
Empréstimos R$ R$ Tributos R$
a Coligadas 8.500,00 10.000,00 Parcelados R$20.662,00 -
R$ R$ Patrimônio
Investimentos 45.000,00 32.000,00 Líquido
R$ R$137.838,0
Imobilizado R$105.000,00 50.000,00 Capital 0 R$86.320,00
R$ R$137.838,0
Total do ANC R$158.500,00 92.000,00
Total do PL 0 R$86.320,00
TOTAL DO TOTAL DO R$225.500,0
ATIVO R$225.500,00 R$139.000,00 PASSIVO 0 R$139.000,00
X

DRE 2012 2011


Receita Líquida R$ 85.070,00 R$ 59.535,00
(-) CPV -R$ 62.000,00 -R$ 30.000,00
(=) Lucro Bruto R$ 23.070,00 R$ 29.535,00
(-) Despesas Operacionais -R$ 31.770,00 -R$ 37.535,00
(=) Lucro antes do IR -R$ 8.700,00 -R$ 8.000,00
(+) Receita Financeira R$ 13.000,00 R$ 10.000,00
(=) Lucro antes do IR R$ 4.300,00 R$ 2.000,00
(-) IR e CSLL -R$ 1.462,00 -R$ 680,00
(=) Lucro Líquido R$ 2.838,00 R$ 1.320,00

a) Calcule o Ciclo Financeiro da empresa em 2012, considere como compras de


mercadorias o valor de R$ 41.000,00.
I) PMRC = (Duplicatas a Receber/Vendas) x 360

131
PMRC = (32.000,00 / 85.070,00) x 360
PMRC = 135,42

II) PMRE = (Estoque / CMV) x 360


PRME = (25.000,00 / 62.000) x 360
PMRE = 145,16

III) PMRF = (Fornecedores / Compras) x 360


PMRF = ( 32.000,00 / 41.000,00) x 360
PMRF = 280,97

IV) CO = PMRC + PMRE


CO = 135,42 + 145,16
CO = 280,58

V) CF = CO – PMRP
CF = 280,58 – 280,97
CF = 0

(AULA 9)
INDICADORES DE ATIVIDADES UTILIZANDO A MÉDIA DOS DOIS ANOS
1. Indicadores de Atividades Utilizando a Média dos dois Anos
Esses indicadores têm por objetivo evidenciar a duração dos aspectos contemplados no
Ciclo Operacional das empresas, que compreende desde a aquisição de mercadorias até
o efetivo recebimento das vendas realizadas. A diferença neste caso está relacionada
apenas ao método do cálculo, mas o raciocínio é o mesmo do anterior.

Contas/Ano 2014 2013

Estoque R$ 66.000,00 R$54.000,00


ATIVO
Clientes ou Duplicatas a Receber R$ 53.000,00 R$48.000,00

PASSIVO Fornecedores R$ 10.000,00 R$11.000,00

DRE Receita Líquida R$ 430.000,00 xxxxxxxxx

132
DRE Custo do Produto Vendido R$ 360.000,00 xxxxxxxxx
Estoque:
I. Giro do Estoque pela Média

GE = 360.000,00/ (66.000,00 + 54.000,00) / 2


GE = 360.000,00 / 60.000,00
GE = 6 vezes

II. Cálculo do Prazo Médio do Estoque

PME = 360 Dias


GE
PME = 360 / 6 = 60 dias
Contas a Receber:
I. Cálculo do Giro de Contas a Receber

GCE = 430.000,00 / (53.000,00 + 48.000,00) / 2


GCE = 430.000,00 / 50.500,00
GCE = 8,51 Vezes

II.Prazo Médio Contas a Receber

360 Dias
PMCR =
GCR
PMCR = 360 / 8,51
PMCR = 42,28

Conta Fornecedor:
I. Cálculo do Giro de Contas a Pagar

133
GCP = 360.000,00 / ( 10.000,00 + 11.000,00) / 2
GCP = 360.000,00 / 10.500,00
GCP = 34,29 Vezes

II. Cálculo do Prazo Médio de Pagamento do Fornecedor

360 Dias
PMCP =
GCP
PMCP = 360 / 34,29
PMCP = 10,50
CICLO OPERACIONAL E CICLO FINANCEIRO
Ciclo Operacional = PMCR + PMRE
Ciclo Operacional = 42 + 60
CO = 102 Dias
Ciclo Financeiro = CO – PMCP
Ciclo Financeiro = 102 – 11
CF = 91 dias desfavorável

Exercícios:
1. A Cia. Esperança apresentava os seguintes dados em suas demonstrações:
CONTAS ANO 2013 ANO 2014
Estoques R$ 751.000,00 R$ 890.000,00
Fornecedores R$ 690.000,00 R$ 701.000,00
Clientes R$1.200.000,00 R$ 1.100.000,00
Compras R$ 1.690.000,00
CPV R$ 3.600.000,00
Vendas R$ 6.500.000,00
Pede-se:
a) Calcular o PMRE
GE = CPV/ ((Estoque 2014 + Estoque 2013)/2)
GE = 3.600.000,00 / 820.500,00
134
GE = 4,39vezes

PMRE = 360 / 4,39


PMRE = 82,05

b) Calcular o PMRC
GCR = Vendas/ ((Clientes2014 + Clientes 2013)/2)
GCR = 6.500.000,00 / 1.150.000,00
GCR = 5,65 vezes

PMRC = 360 / 5,65


PMRC = 63,69 ou 64 dias

c) Calcular o PMRF
GCP = Compras / ((Fornecedores 2014 + Fornecedores 2013)/2)
GCP = 1.690.000,00 / 695.500,00
GCP = 2,43

PMRF = 360 / 2,43


PMRF = 148,15 ou 148 dias

d) Ciclo Operacional
CO = PMRE + PMRC
CO = 82 + 64
CO = 146 dias

e) Ciclo Financeiro
CF = CO – PMRF
CF = 146 – 148
CF = (02) dias favoráveis

2. A Cia. Sorriso Amarelo apresentava os seguintes dados em suas demonstrações:


CONTAS ANO 2014 2015
Estoques R$ 890.000,00 R$ 900.000,00
Fornecedores R$ 701.000,00 R$ 680.000,00
Duplicatas Receber R$ 1.100.000,00 R$ 3.800.000,00
Compras R$ 7.800.000,00
CPV R$ 1.524.000,00
Vendas R$ 2.500.000,00
Pede-se:
a) Calcular o PMRE
GE = CPV/ ((Estoque 2014 + Estoque 2015)/2)
GE = 1.524.000,00 / 895.000,00
GE = 1,70 vezes

135
PMRE = 360 / 1,70
PMRE = 211,76 ou 212 dias

b) Calcular o PMRC
GCR = Vendas/ ((Clientes2014 + Clientes 2015)/2)
GCR = 2.500.000,00 / 2.450.000,00
GCR = 1,02 vezes

PMRC = 360 / 1,02


PMRC = 352,80 ou 353 dias

c) Calcular o PMRF
GCP = Compras / ((Fornecedores 2014 + Fornecedores 2015)/2)
GCP = 7.800.000,00 / 690.500,00
GCP = 11,30

PMRF = 360 / 11,30


PMRF = 31,87 ou 32 dias

d) Ciclo Operacional
CO = PMRE + PMRC
CO = 212 + 353
CO = 565 dias

e) Ciclo Financeiro
CF = CO – PMRF
CF = 565 – 32
CF = 533 diasdesfavoráveis

3. Seguem as Demonstrações da Cia. Doce Mel


ATIVO $ PASSIVO $
Caixa R$ 2.000,00 Empréstimos R$ 1.000,00
Impostos a Recuperar R$ 600,00 Fornecedores R$ 650,00
Clientes R$ 640,00 Salários e Encargos R$ 215,00
Estoques R$ 800,00 Obrigações Tributárias R$ 600,00
Instrumentos Financeiros R$ 300,00 Total do PC R$ 2.465,00
Total do AC R$ 4.340,00 Passivo Não Circulante R$ 1.335,00
Ativo Não Circulante R$ 660,00 Patrimônio Líquido R$ 1.200,00
TOTAL DO ATIVO R$ 5.000,00 TOTAL DO PASSIVO R$ 5.000,00
A Demonstração do Resultado do Exercício de 31/12/2014, em milhões de reais - R$.
DRE

136
Receita Líquida R$ 2.000,00
CPV R$ 500,00
Lucro Bruto R$ 2.500,00
Despesas Operacionais -R$ 780,10
Resultado Financeiro -R$ 39,70
Lucro antes do IRPJ e CSLL R$ 1.680,20
IRPJ e CSLL -R$ 102,10
Lucro Líquido R$ 1.578,10
Com base nessas demonstrações, pede-se:
a) Cálculo do Prazo Médio de Rotação de Estoque
PMRE= (ESTOQUE/CMV) x 360
PMRE = (800,00 / 500) X 360
PMRE = 576 dias
b) Calculo do Prazo Médio de Rotação de Recebimento
PMRC = (CLIENTES/ RL) x 360
PMRC = (640 / 2.000,00) x 360
PMRC = 115,20 ou 115 dias
c) Calculo do Prazo Médio de Rotação de Fornecedores (Neste caso, vocês
utilizarão no lugar das compras, o CMV ou CPV)
PMRF = (FORNECEDORES/CMV) X 360
PMRF = (650,00 / 500,00) x 360
PMRF = 468 dias
d) Ciclo Operacional
CO = PMRE + PMRC
CO = 576 + 115
CO = 691 dias
e) CicloFinanceiro
CF = CO – PMRF
CF = 691 – 468
CF = 223 diasdesfavoráveis
4. Seguem os dados da Empresa Mercúrio S.A:
Estoque 2014: R$19.777,00
Estoque 2015: R$ 25.487,00
Duplicatas a Receber: 2014: R$ 21.112,00
Duplicatas a Receber: 2015: R$ 12.249,00
Fornecedores: 2014: R$ 13.176,00
Fornecedores: 2015: R$ 16.361,00
CPV: R$ 61.043,50
Receita de Vendas Líquida: R$ 103.743,00

137
Compras: R$ 66.915,00

Pede-se:
a) Calcular o PMRE
GE = CPV/ ((Estoque 2014 + Estoque 2015)/2)
GE = 61.043,50/ 22.632,00
GE = 2,70 vezes

PMRE = 360 / 2,70


PMRE = 133,47 ou 133 dias

b) Calcular o PMRC
GCR = Vendas/ ((Clientes2014 + Clientes 2015)/2)
GCR = 103.743,00/ 16.680,50
GCR = 6,22 vezes

PMRC = 360 / 6,22


PMRC = 57,88 ou 58 dias

c) Calcular o PMRF
GCP = Compras / ((Fornecedores 2014 + Fornecedores 2015)/2)
GCP = 66.915,00/ 14.768,50
GCP = 4,53

PMRF = 360 / 4,53


PMRF = 79,45 ou 79 dias

d) Ciclo Operacional
CO = PMRE + PMRC
CO = 133 + 58
CO = 191 dias

e) Ciclo Financeiro
CF = CO – PMRF
CF = 191 – 79
CF = 112 diasdesfavoráveis
5. Considere os dados do Balanço Patrimonial:
Ativo Passivo
Circulante 2015 2014 Circulante 2015 2014
Contas a R$
Receber R$2.100,00 R$1.920,00 Fornecedores R$1.300,00 1.300,00
Salários e R$
Estoques R$1.100,00 R$1.260,00 Encargos R$ 140,00 275,00
Impostos a R$ Impostos R$
Recuperar R$ 215,00 25,00 Recolher R$ 80,00 50,00
Seguros a R$ Empréstimos a R$
vencer R$ 50,00 60,00 pagar R$1.700,00 1.570,00
Total do AC R$3.465,00 R$3.265,00 Total do PC R$3.220,00 R$

138
3.195,00
Considerando o Balanço Patrimonial e que o Custo das Mercadorias foi de R$ 4.800,00
e as Vendas Líquidas de R$ 7.800,00, pede-se:
Pede-se:
a) Calcular o PMRE
GE = CPV/ ((Estoque 2014 + Estoque 2015)/2)
GE = 4.800,00/ 1.180,00
GE = 4,07 vezes

PMRE = 360 / 4,07


PMRE = 88,50 ou 89 dias

b) Calcular o PMRC
GCR = Vendas/ ((Clientes2014 + Clientes 2015)/2)
GCR = 7.800,00/ 2.010,00
GCR = 3,88 vezes

PMRC = 360 / 3,88


PMRC = 92,77 ou 93 dias

c) Calcular o PMRF (também usaremos o CMV, no lugar das Compras)


GCP = Compras / ((Fornecedores 2014 + Fornecedores 2015)/2)
GCP = 4.800,00/ 1.300,00
GCP = 3,69

PMRF = 360 / 3,69


PMRF = 97,50 ou 98 dias

d) Ciclo Operacional
CO = PMRE + PMRC
CO = 89 + 93
CO = 182 dias

e) Ciclo Financeiro
CF = CO – PMRF
CF = 182 – 98
CF = 84 diasdesfavoráveis
6. Seguem os dados padrões da Cia. Trem da Alegria:
2013 2014 2015
PMRE 66 67 70
PMRC 75 79 77
PMRF 69 76 78
Pede-se:
a) Ciclo Operacional de 2013
CO = 66 + 75
CO = 141 dias

139
b) Ciclo Operacional de 2014
CO = 67 + 79
CO = 146 dias
c) Ciclo Operacional de 2015
CO = 70 + 77
CO = 147 dias
d) Ciclo Financeiro de 2013
CF = 141 – 69
CF = 72 dias desfavoráveis
e) Ciclo Financeiro de 2014
CF = 146 – 76
CF = 70 dias desfavoráveis
f) Ciclo Financeiro de 2015
CF = 147 – 78
CF = 69 dias desfavoráveis
g) Quantas vezes o PMRE dos anos (2013, 2014 e 2015) giram no ano comercial?
2013:360 / 66 = 5,45 vezes
2014:360/ 67 = 5,37 vezes
2015:360/70 = 5,14 vezes
h) Quantas vezes o PMRC dos anos (2013,2014 e 2015) giram no anoexato?
2013:365 / 75 = 4,87 dias
2014:365 / 79 = 4,62
2015:365 /77 = 4,74
i) Quantas vezes o PMRF dos anos (2013, 2014 e 2015) giram no ano comercial?
2013:360 / 69 = 5,22
2014:360/ 76 = 4,74
2015:360/78 = 4,62

7. Uma indústria compra matéria-prima a prazo. Após o recebimento da matéria-prima,


a indústria a armazena, em média, por 7 (sete) dias, antes de encaminhá-la para a área
de produção, onde ficará 4 (quatro) dias em processo. Após a conclusão da manufatura,
a indústria mantém o produto acabado em estoque por um tempo médio de 21 dias,
antes de vendê-lo. As vendas são efetuadas com prazo médio de recebimento de 35 dias.
O pagamento ao fornecedor se dá em 17 dias após a compra da matéria-prima.
Acerca da situação acima, o Ciclo Operacional Total é de:
a) 39 dias.

140
b) 46 dias.
c) 60 dias.
d) 67 dias.
CO = 7 + 4 + 21 + 35 = 67 dias

8. Seguem os dados para responder as questões I e II:


Empresa PRAZO MÉDIO PRAZO MÉDIO PRAZO MÉDIO
DE ESTOQUE DE RECEBIMENTO DE PAGAMENTO
ALFA 35 DIAS 30 DIAS 40 DIAS
BETA 20 DIAS 25 DIAS 45 DIAS

GAMA 30 DIAS 15 DIAS 50 DIAS


I. A respeito dos indicadores de atividades das empresas, indique a alternativa
incorreta:
a) A empresa Gama apresenta ciclo operacional de 45 dias.
b) A empresa ALFA apresenta o melhor prazo de pagamento.
c) A empresa GAMA apresenta o melhor ciclo financeiro.
d) O ciclo operacional da empresa BETA é igual ao ciclo operacional da empresa
GAMA.
e) A empresa ALFA apresenta ciclo financeiro de 25 dias.

II. Assinale a alternativa incorreta a respeito do ciclo financeiro das empresas.


a) A empresa BETA não necessita financiar suas atividades operacionais.
b) A empresa que tem maior giro de contas a pagar é ALFA.
c) A empresa GAMA não necessita financiar suas atividades de caixa, a cada ciclo
financeiro.
d) A empresa ALFA está em melhor situação de caixa, a cada ciclo financeiro.
e) As empresas BETA e GAMA apresentam ciclos financeiros diferentes.
9. (FBC – Exame de Suficiência 2012.2) Uma empresa comercial apresentou os
seguintes indicadores para os anos de 2010 e 2011:
Indicador2010 2011
Prazo Médio de Pagamento de Compras45 dias 25 dias
Prazo Médio de Renovação de Estoques30 dias 20 dias
Prazo Médio de Recebimento de Vendas60 dias 50 dias
Com base nos indicadores fornecidos, é CORRETO afirmar que:
a) a redução no prazo médio de pagamento de compras foi responsável pela redução do
ciclo operacional em 20 dias em 2011, em relação ao ano anterior.
141
b) a redução no prazo médio de pagamento de compras foi responsável pelo aumento do
ciclo financeiro em 20 dias em 2011, em relação ao ano anterior.
c) apesar de o ciclo operacional ter aumentado em 20 dias de 2010 para 2011, o ciclo
financeiro permaneceu o mesmo, em razão da redução do prazo médio de pagamento de
compras.
d) apesar de o ciclo operacional ter diminuído em 20 dias de 2010 para 2011, o ciclo
financeiro permaneceu o mesmo, em razão da redução do prazo médio de pagamento de
compras.
Solução:
Ciclo Operacional em 2010 = 30 + 60 = 90
Ciclo Operacional em 2011 = 20 + 50 = 70
Ciclo Financeiro em 2010 = 30 + 60 – 45 = 45
Ciclo Financeiro em 2011 = 20 + 50 – 25 = 45

10. (CESPE - 2009) Com base nos conceitos e aplicações da análise econômico financeira,
julgue os seguintes itens. Dispõe-se dos seguintes dados obtidos das Demonstrações contábeis
de uma empresa comercial:
Fornecedores - saldo inicial: R$ 550.000,00;
Fornecedores - saldo final: R$ 850.000,00;
CMV: R$ 3.400.000,00;
EI de mercadorias: R$ 300.000,00;
EF de mercadorias: R$ 400.000,00.
Com base nos dados acima e sabendo-se que corresponde a um período de 360 dias, qual o
prazo médio de pagamento?
Solução:
Fornecedores
3.400.000,00 = 300.000,00 + C – 400.000,00
C = 300.000,00 – 400.000,00 – 3.400.000,00
C = 3.500.000,00
GCP = 3.500.000,00 / ((550.000,00 + 850.000,00) /2)
GCP = 5 vezes
PMRF = 360 / 5
PMRF = 72 dias

142
AULA 9
CAIXA MÍNIMO OPERACIONAL
1.1 O que é Caixa?
É um ativo em forma de moeda corrente, que tem como finalidade efetuar o pagamento
das obrigações imediatas da empresa.

1.2 O que são Títulos Negociáveis ou Duplicatas a Receber?


São investimentos de curto prazo e alta liquidez, que têm como objetivo proteger
recursos temporariamente inativos.
Caixa e títulos negociáveis formam o ativo disponível, o mais líquido e o que apresenta
a menor rentabilidade para a empresa e, o objetivo básico da administração de caixa é
investir o menor montante de recursos possível nesse ativo, em função do mesmo não
proporcionar rentabilidade e nem tampouco retorno operacional à empresa. Entretanto,

143
o administrador financeiro deve estar atento ao fato de que os recursos devem estar
disponíveis toda vez que houver necessidade de desembolso de caixa, ficando assim
garantida uma liquidez que possa dar sustentação às atividades operacionais da empresa.
Para decidir a proporção mais adequada entre o investimento desses dois tipos de ativo,
o administrador financeiro deve sempre buscar aquela decisão que proporcione um
equilíbrio entre os custos de oportunidade (benefícios que a empresa deixa de obter ao
optar por investimentos em ativos menos rentáveis)e os custos de transação (custos
incorridos pela empresa quando necessita buscar recursos no mercado de crédito ou
negociar no mercado monetário sua carteira de títulos negociáveis).

1.3 Motivos da Existência de Saldos de Caixa ou Caixa Mínimo Operacional


Numa situação ideal, em que uma empresa tenha controle total sobre sua liquidez, seu
saldo de caixa seria zero. Entretanto, fatores como custo do dinheiro, inflação, incerteza
do fluxo de caixa, entre outros, fazem com que as empresas, de modo geral, precisem
manter, em magnitudes diferentes, um nível mínimo de caixa.
Devemos considerar que para manter um saldo mínimo de caixa, a empresa arca com
custos de oportunidade.
Tradicionalmente, destacam-se três motivos para que uma empresa mantenha um valor
mínimo de caixa:

a) Efetuar transações: relaciona-se a necessidade de se manter recursos


aplicados no caixa para poder honrar os compromissos assumidos. Se houvesse
sincronia perfeita entre recebimentos e pagamentos, a demanda de caixa para transação
seria desnecessária.
b) Por precaução: relaciona-se a imprevisibilidade dos fluxos de pagamentos
futuros e a aversão ao risco. Quanto mais propenso ao risco se mostrar a empresa,
menor a quantidade de dinheiro mantido no caixa pelo motivo de precaução.
c) Especulativas: a existência de recursos em caixa, nesta situação, decorre da
perspectiva de uma oportunidade futura para fazer negócios.
Tendo em vista que investimento em caixa representa perda de rentabilidade, a empresa
deve exercer controle sobre este item sem aumentar, em nível indesejado, o risco.
O caixa mínimo exigido dependerá de uma série de fatores, entre os quais destacam-se:
 Falta de sincronização entre pagamentos e recebimentos de caixa;
 Possibilidade de eventos não previstos no planejamento da empresa;
144
 Acesso a fontes de financiamento;
 Relacionamento com o sistema financeiro;
 Chance de furtos e desfalques;
 Prazos (de pagamento, recebimento e de estocagem) acima do necessário;
 Várias contas correntes;
 Produção com desperdício;
 Taxa de inflação;
 Política de crédito;
 Existência de um modelo de gestão de caixa;
 Regularidade nos recebimentos.

Em resumo, toda empresa necessita de um caixa mínimo para satisfazer a suas


necessidades financeiras. Para determinar o valor a ser mantido em caixa existem
diversos modelos de administração de caixa que podem ser utilizados.
O fluxo de caixa, por exemplo, é uma metodologia que permite à empresa determinar o
fluxo de recursos futuros da empresa e, a partir desta informação, ao administrar o caixa
busca-se minimizar a necessidade de recursos.

1.4 Modelo do Caixa Mínimo Operacional


Um forma simples de estabelecer o montante de recursos que uma empresa deverá
manter em caixa é através do Caixa Mínimo Operacional. Esta técnica, apesar de pouco
sofisticada, pode ser útil no estabelecimento de um padrão do investimento em caixa.
Para se obter o Caixa Mínimo Operacional(CMO), basta dividir os desembolsos totais
previstos por seu giro de caixa. Por sua vez, para obter o giro de caixa, divide-se 360, se
a base for em dias e o período de projeção for de um ano, pelo ciclo financeiro (ciclo de
caixa), ou seja:

GirodeCaix a  360  CicloFinan ceiro


CMO  DesembolsosOperacion ais  GirodeCaix a

ou
CMO  ( DESEMBOLSOOPERACIONAL  360)  CF

Exemplos:

145
a) Suponha que uma empresa tenha projetado, para certo exercício, desembolsos totais
líquidos de $2.700.000,00. Sabe-se que seu ciclo financeiro alcança 45 dias, ou seja,
este é o intervalo de tempo em que a empresa somente desembolsa recursos, ocorrendo
entradas de fluxos financeiros somente a partir do 46º dia. Determinar o Caixa Mínimo
Operacional desta empresa.
Giro de Caixa = 360 / 45 = 8 vezes
CMO = 2.700.000 / 8 = 337.500 ou 2.700.000/360 * 45 = 337.500

b) Qual será o Caixa Mínimo Operacional , se a empresa alterar seu ciclo financeiro
para 24 dias.
Giro de Caixa = 360 / 24 = 15 vezes

CMO = 2.700.000 / 15 = 180.000ou2.700.000/360 * 24 = 180.000

c) Qual será o Caixa Mínimo Operacional , se a empresa alterar seu ciclo financeiro
para 60 dias.
Giro de Caixa = 360 / 60 = 6 vezes
CMO = 2.700.000 / 6 = 450 .000 ou 2.700.000/360 * 60 = 450.000

Exercícios:
1.Uma empresa projetou, para certo exercício, saídas de caixa de $ 2.700.000,00, sendo
seu ciclo financeiro de 90 dias, pede-se determinar o Caixa Mínimo Operacional desta
empresa. Neste caso, utilizar como base, o ano comercial.
Giro de Caixa: 360 / 90
Giro de Caixa = 4 vezes
CMO = 2.700.000,00 / 4
CMO = R$ 675.000,00

2. A empresa Josafá S.A. pretende melhorar a eficiência da gestão de seu caixa. Seus
valores a receber são cobrados, em média, em 45 dias e a idade média dos estoques é de
60 dias. Os compromissos com seus de fornecedores são pagos no prazo de 30 dias. A
empresa tem como desembolso operacional a quantia de $ 250.000 por ano, a uma taxa

146
constante, para dar suporte ao ciclo operacional. Supondo o ano de 360 dias, calcule o
montante de financiamento necessário para sustentar o ciclo de Caixa.
Fórmula: (Desembolsos Operacionais / 360 dias) x CF
PMRC = 45 dias
PMRE = 60 dias
PMRF = 30 dias
CO = PMRC + PMRE
CO = 45 + 60
CO = 105 dias
CF = CO – PMRF
CF = 105 – 30
CF = 75 dias
Financiamento = ( 250.000,00 / 360) x 75
Financiamento = R$ 52.083,33

3.Determinada empresa apresentou os seguintes prazos médios referentes ao ano de


2011:
Prazo Médio de Renovação de Estoque – 24 dias
Prazo Médio de Recebimento de Clientes – 15 dias
Prazo Médio de Pagamento de Compras – 34 dias
É correto afirmar que esta empresa obteve em 2011, um ciclo financeiro:
a) Positivo de cinco dias;
b) Positivo de dezenove dias;
c) Negativo de cinco dias;
d) Negativo de dezenove dias;
e) Negativo de quarenta e três dias;
Solução:
CO = 24 dias + 15 dias = 39 dias
CF = 39 dias – 34 dias = 5 dias (desfavorável)

147
4.A Cia Altiva está preocupada em administrar seu caixa de maneira eficiente. Em
média, as duplicatas a receber são cobradas em sessenta dias, e os estoques têm uma
idade média de noventa dias. As duplicatas de fornecedores são pagas aproximadamente
trinta dias após a sua emissão. A empresa gasta $30 milhões ao ano, a uma taxa
constante, em investimentos no ciclo operacional. Supondo um ano de 360 dias:
a) Calcule o ciclo operacional da empresa
CO=90+60=150dias
b) Calcule o ciclo financeiro.
CF=150-30=120dias

c) Calcule o montante de financiamento negociado, necessário para sustentar o ciclo de


caixa.
CMO=30.000.000/360x120=$10.000.000

5. A Cia. Hipocrisia tem um giro de estoque de doze vezes, um período médio de


cobrança de quarenta e cinco dias, e um período médio de pagamentos de quarenta dias.
A empresa gasta $ 1 milhão por ano em investimentos no ciclo operacional. Supondo
um ano de 360 dias:
a) Calcule o ciclo operacional da empresa
PME=360/GE  PME=360/12=30dias
CO=30+45=75dias

b) Calcule o ciclo financeiro.


CF=75-40=35dias

c) Calcule o montante de financiamento negociado, necessário para sustentar o ciclo de


caixa.
CMO=1.000.000/360x35=$97.222,22

d) De que modo o ciclo financeiro e a necessidade de financiamento (CMO) negociados


seriam afetados, se o ciclo operacional da empresa fosse aumentado sem qualquer
alteração no período médio de pagamento?

148
Qualquer alteração no ciclo operacional afeta diretamente o ciclo financeiro e
consecutivamente o caixa mínimo operacional. Caso ocorra a hipótese acima, sem a
alteração do PMP, o CF e o CMO também sofrerão aumento.

6. Uma empresa cobra suas duplicatas, em média, após setenta e cinco dias. Os estoques
têm uma idade média de cento e cinco dias, e as duplicatas a pagar são quitadas, em
média, sessenta dias após sua emissão. Que modificações ocorrerão no ciclo financeiro
com cada uma das seguintes circunstâncias, supondo um ano de 360 dias?
CO=105+75=180dias
CF=180-60=120dias
a) O período médio de estoque muda para noventa dias.
CO=90+75=165dias
CF=165-60=105dias

b) O período médio de cobrança muda para sessenta dias.


CO=105+60=165dias
CF=165-60=105dias

c) O período médio de pagamento muda para cento e cinco dias.


CF=120-105=15dias

d) Todas as circunstâncias (a, b, c) ocorrem simultaneamente.


CO=90+60=150dias
CF=150-105=45dias
7. A Cia Konga gira seus estoques oito vezes por ano, tem um período médio de
pagamento de trinta e cinco dias e um período médio de cobrança de sessenta dias. As
saídas de caixa anuais relativas aos investimentos no ciclo operacional são de R$ 3,5
milhões. Supondo um ano de 360 dias:
a) Calcule o ciclo operacional de o ciclo financeiro da empresa.
PME=360/8=45dias
CO=45+60=105dias
CF=105-35=70dias

149
b) Determine os gastos diários operacionais da empresa. Qual o montante de
financiamento negociado necessário para sustentar seu ciclo financeiro?
CMO(diário)=3.500.000/360=$9.722,22x70=$680.555,56

c) Admitindo-se que a empresa pague 14% de juros ao ano sobre os empréstimos, de


quanto seria o aumento de seus lucros anuais, caso o ciclo financeiro fosse alterado
favoravelmente em vinte dias?

150
CF = 70 – 20 = 50

d) Executar o Caixa Mínimo Operacional do primeiro Ciclo Financeiro:


CMO(1)=3.500.000/360x70=$680.555,46

e) Executar o Caixa Mínimo Operacional do Segundo Ciclo Financeiro:


CMO(2)=3.500.000/360x50=$486.111,11
f) Calcular os Juros do Primeiro Ciclo Financeiro:
Juros(1)=14/360x70=2,72%$680.555,46x2,722222%=$18.526,23
$18.526,23/70x360=$95.277,75

g) Calcular os Juros do Segundo Ciclo Financeiro:


Juros(2)=14/360x50=1,94%$486.111,11x1,944444%=$9.452,16
$9.452,16/50x360=$68.055,55

h) Qual a diferença entre os Juros do Primeiro com o segundo Fluxo Financeiro?


Juros(1) – Juros(2)  $95.277,75 - $68.055,55 = $27.222,20 (lucro anual)

8.A empresa Cia. Escárnio pretende melhorar a eficiência da gestão de seu caixa. Seus
valores a receber são cobrados, em média, em 45 dias e a idade média dos estoques é de
60 dias. Os compromissos com seus de fornecedores são pagos no prazo de 30 dias. A
empresa gasta $ 250.000,00 por ano de 360 dias, a uma taxa constante, para dar suporte
ao ciclo operacional. Supondo o ano de 360 dias:

a) Calcule o Ciclo Operacional


PMR = 45 dias CO = PME + PMR
PME = 60 dias CO = 60 + 45

PMP = 30 dias CO = 105 dias

b) Calcule o Ciclo Financeiro


CF = CO – PMP = 105 – 30 = 75 dias

c) Calcule o montante de financiamento necessário para sustentar o ciclo de caixa,


também chamado de Caixa Mínimo Operacional.

151
CMO  ( DESEMBOLSOOPERACIONAL  360)  CF

(250.000 / 360) x 75 = 694,44 x 75 = 52.083,00

d) Quais as alternativas possíveis para que empresa possa reduzir o ciclo de caixa?
Reduzir o PMRE, Reduzir o PMRC e aumentar o PMRP

Calcule os resultados do ciclo operacional, ciclo financeiro e caixa mínimo operacional


seacontecerem as seguintes hipóteses independentes:
e) Os valores a receber são cobrados, em média, em 60 dias.
PMR = 60 dias CO = PME + PMR = 60 + 60 = 120 dias

PME = 60 dias CF = CO – PMP= 120 – 30 = 90 dias

PMP = 30 dias Financiamento Necessário = (250.000 / 360) x 90 =

= 694,444444 x 90 = 62.500,00

f) Os compromissos com fornecedores são pagos, em média, em 90 dias.

PMR = 45 dias CO = PME + PMR = 60 + 45 = 105 dias

PME = 60 dias CF = CO – PMP= 105 – 90 = 15 dias

PMP = 90 dias Financiamento Necessário = (250.000 / 360) x 15 =

= 694,444444 x 15 = 10.416,67

g) A idade média dos estoques passa a 45 dias


PMR = 45 dias CO = PME + PMR = 45 + 45 = 90 dias

PME = 45 dias CF= CO – PMP = 90 – 30 = 60 dias

PMP = 30 dias Financiamento Necessário = (250.000 / 360) x 60 =

= 694,444444 x 60 =41.666,67

152
(AULA 10)
CMPC (CUSTO DE CAPITAL DA EMPRESA) / EVA (Valor Econômico
Agregado) / MVA (Valor Agregado de Mercado)
1.CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL
Quando se quer avaliar o custo de capital de uma companhia, cuja estrutura de capital é
formada tanto por capital próprio quanto de terceiros, o melhor método a ser empregado
é o Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC). Ele é bastante simples, especialmente
se já conhecido o custo do capital de terceiros após o IRPJ. Neste caso multiplica-se o
custo especifico de cada modalidade de financiamento por sua proporção na estrutura de
capital da empresa e somam-se os valores ponderados.

Kj = Custo específico de cada fonte de financiamento


WJ = Participação relativa de cada fonte de capital no Financiamento Total

Exemplo 1:
Fonte de Participação estrutura de Custo de
Financiamento Valor capital (w) capital (k)

Financiamento $700.000,00 35% 18%

Capital Próprio
Capital ordinário $800.000,00 40% 25%

153
Capital preferencial $500.000,00 25% 22%

Total $2.000.000,00 100%

CMPC = [(18% x 0,35) + (25% x 0,40) + (22% x 0,25)]


= 6,3% + 10% + 5,5% = 21,8%
Conclusão: CMPC apurado, 21,8%, representa a taxa mínima de retorno desejada pela
empresa em suas decisões de investimento. Um retorno do investimento menor que o
CMPC leva a uma destruição de valor de mercado, reduzindo a riqueza de seus
acionistas.

O CMPC também poderá ser representado também pela seguinte fórmula:

CMPC = Kd.(1-IR).(D/(D+S)) + Ks.(S/(D+S))

Kd = Taxa de juros efetiva


IR = Imposto de Renda
D = Dívida
S = Capital dos Sócios
Ks = Taxa de Retorno exigido sobre a ação.
Exemplo:
Seja uma firma que levante recursos junto aos bancos comerciais pagando uma taxa de
juros real efetiva de 18% ao ano. A dívida dessa firma é de $20.000,00. O capital de
sócios investido na firma é $10.000,00. A taxa de retorno exigida da ação é de 26,20% e
a alíquota do IR é 24%. Qual é o custo médio ponderado de capital dessa firma, que
apresenta uma taxa de retorno de suas operações de 16%? É um bom negócio investir
nessa firma?

CMPC = Kd (1 – IR) x ( D/(D+S)) + Ks(S/(D+S))


CMPC = 0,18 (1 – 0,24 ) x (20.000/(20.000 + 10.000) + 0,262
(10.000/(20.000+10.000))
CMPC = 0,18 x 0,76 x (20.000 / 30.000) + 0,262 (10.000/30.000)
CMPC = 0,1368 x 0,6666667 + 0,262 x 0,333333
CMPC = 0,0912 + 0,087333
CMPC = 0,178533 x 100
CMPC = 17,85%

Resposta:A taxa de retorno da firma, em suas operações, é 16%, insuficiente para pagar
esta estrutura de capital com seus custos. O projeto não tem projeções lucrativas.
Resposta: O custo médio ponderado do capital desta firma é 17,853%. Não é bom
negócio.

154
Exercícios:
1. A empresa Alvarenga S/A tem dividas no valor de R$120.000,00 e o valor do
patrimônio dos sócios de R$180.000,00. Considere a taxa de juros que a firma paga seja
de 9% por ano e a taxa de remuneração dos sócios seja de 14%. Calcule o CMPC da
empresa Alvarenga. Desconsidere os impostos neste exercício.
120.000 / 300.000 = 0,40 180.000 / 300.000 = 0,60

CMPC = (0,09 x 0,40) + (0,14 x 0,60)


CMPC = 0,036 + 0,084
CMPC = 0,12 X 100
CMPC = 12%

2. O projeto da Antroz S/A é financiado por 50% de capital próprio, sobre o qual paga
uma taxa de retorno de 30% ao ano. O restante é financiado por capital de terceiros com
uma taxa de juros de 20% ao ano. A alíquota do Imposto de Renda é de 34%. Calcule o
CMPC do projeto.

CMPC = 0,20 (1 – 0,34) + (0,3 x 0,5)


CMPC = 0,20 x 0,50 x 0,66 + 0,15
CMPC = 0,066 + 0,15

155
CMPC = 0,2160 x 100
CMPC = 21,60%

3. Considerando as informações apresentadas resolva o exercício por meio do Custo


Médio Ponderado Móvel.
Fonte de Participação estrutura de Custo de
Financiamento Valor capital (w) capital (k)
Debêntures $800.000,00 33,54% 17%

Capital Próprio

Capital ordinário $960.000,00 40,25% 25%

Capital preferencial $625.000,00 26,21% 22%

Total $2.385.000,00 100%

CMPC = [(0,17 x 0,3354) + (0,25 x 0,4025) + (0,22 x 0,2621)]


= 5,70% + 10,06+5,77% = 21,53%
4. A empresa Fênix S/A possuía a seguinte estrutura de capital (conforme tabela
abaixo). No segundo ano a Fênix S/A demandou mais recursos no valor de
R$10.000.000,00. Esses recursos serão captados através de debêntures R$3.000.000,00
a um custo de 21% ao ano, líquido de Imposto e R$7.000.000,00 através de ações
ordinárias, a um custo de 22,50% ao ano. Sabendo-se que a sua alíquota de IR + CSLL
é de 34%, qual vai ser o custo médio ponderado da empresa, após ter adquirido esses
novos recursos do mercado?
Fonte de Financiamento R$ Participação (%) Custo depois IR
Capital de Terceiros
Debêntures R$ 3.000.000,00 30 21%
Capital Próprio
Ações Ordinárias R$ 7.000.000,00 70 22,50%
Totais R$10.000.000,00 100

CMPC = (0,30 x 0,21) + (0,70 x 0,2250)


CMPC = 0,0630 + 0,1575
CMPC = 0,2205 x 100
CMPC = 22,05%

5. A empresa Miranda S/A possui a seguinte situação de capital. Qual vai ser o custo
médio ponderado de capital da empresa (CMPC)?

156
Fontes de Financiamento R$ % Custo
Capital de Terceiros
Debêntures R$10.000,00 20% 18,80%
Capital Próprio
Ações Ordinárias R$40.000,00 80% 20,30%
Totais R$50.000,00 100%

CMPC = (0,20 x 0,1880) + (0,80 x 0,2030)


CMPC = 0,0376 + 0,1624
CMPC = 0,20 X 100
CPMC = 20%

6. A Cia Azul tem 1.000 ações emitidas no valor de $2,00 cada ação. As dívidas da
Cia. Azul montam a $3.000,00, sobre as quais paga uma taxa de juros de 12% ao ano. A
taxa de retorno exigida da ação é de 21,20%. A alíquota do IR é 22%. Qual é o CMPC
da Cia. Azul?
CMPC = 0,12 (1 – 0,22) (3.000 / 5.000) + 0,212 (2.000 / 5.000)
CMPC = 0,14096
CMPC = 14,096%

7. Calcule o CMPC para a empresa Zeta S/A:


Taxa de juros: 18%
Dívida: R$1.000.000,00
Taxa de Dividendos: 24%
Patrimônio dos Sócios: R$500.000,00
IR = 34%
Pergunta: Qual é o custo médio ponderado de capital dessa empresa, que apresenta uma
taxa de retorno de suas operações de 14%? É um bom negócio investir nesta empresa?
CMPC = Kd (1 – IR) x ( D/(D+S)) + Ks(S/(D+S))
CMPC = 0,18 ( 1 – 0,34) x ( 1.000.000,00 /(1.000.000+500.000)) + 0,24 (500.000/(1.000.000 + 500.000)
CMPC = 0,18 . 0,66 x (1.000.000 / 1.500.000) + 0,24 (500.000 / 1.500.00)
CMPC = 0,1188 x 0,6666667 + 0,24 x 0,333333
CMPC = 0,0792 + 0,08
CMPC = 0,1592 x 100
CMPC = 15,92%

157
8. Uma pequena empresa é financiada com R$100.000,00 de capital próprio, ou seja,
dinheiro dos sócios e com R$100.000,00 de capital de terceiros, ou seja, empréstimos. A
taxa de juros é de 10% ao ano. A taxa de dividendos esperada pelos sócios é de 20% ao
ano. Com base nesses dados, o CMPC desta pequena empresa. Lembrando que o IR é
de 24%.
CMPC = Kd (1 – IR) x ( D/(D+S)) + Ks(S/(D+S))
CMPC = 0,10 (1 – 0,24) x (100.000/(100.000 + 100.000)) + 0,20 (100.000/(100.000 + 100.000)
CMPC = 0,10 x 0,76 x (100.000 / 200.000) + 0,20 (100.000 / 200.000)
CMPC = 0,076 x 0,5 + 0,20 x 0,5
CMPC = 0,038 + 0,10
CMPC = 0,138 X 100
CMPC = 13,80%

9. A empresa Fácil de Aprender S/A apresenta os seguintes dados: A taxa de retorno


exigida da ação é de 30,85%. A taxa de Juros é 18% ao ano. A dívida representa 60%
do capital da empresa Fácil de Aprender S/A. A alíquota do IR neste caso será de 30%.
CMPC = Kd (1 – IR) x ( D/(D+S)) + Ks(S/(D+S))
CMPC = 0,18 (1- 0,30) x (0,60) + 0,3085 x (0,40)
CMPC = 0,18 x 0,70 x 0,60 + 0,1234
CMPC = 0, 0756 + 0,1234
CMPC = 0, 1990 x 100
CMPC = 19,90%

158
AULA 11
EVA – VALOR ECONÔMICO ADICIONADO OU AGREGADO
Por meio do Custo Médio Ponderado de Capital pode-se chegar ao valor
econômico adicionado. Segundo Assaf Neto (2.000, pág.38) o CMPC é “O custo de
capital que equivale aos retornos exigidos pelos credores de empresa (capital de
terceiros, bônus e debenturistas) e por seus proprietários.” Para Martins a definição do
Custo de capital é a seguinte:

É a reunião de todas as fontes de financiamento (exigíveis e não exigíveis)


que pode ser representada pelo termo capital. É com tal significado que se
trabalha para o cálculo do custo. Sua captação em níveis adequados exige
uma retribuição atraente, e seu dimensionamento, mesmo que aproximado, é
tido como muito importante para a gestão dos empreendimentos. (Martins,
2001, pág. 206)

Existem várias fontes de recursos de capital disponíveis para as empresas. As principais


são:
Empréstimos;
Financiamentos;
Debêntures;
Comercial Paper;
Ações Ordinárias;
Ações Preferências

159
Etc.

Essas fontes de recursos podem ter origens próprias, como também, origens de
terceiros. Quando a origem é de terceiros, é possível deduzir do Imposto de Renda a
despesa financeira oriunda da captação de recursos. Já quando é própria, não há
dedução do Imposto de Renda.

1.1 EVA – Economic Value Added (Valor Econômico Adicionado ou Agregado)


O EVA é um indicador econômico agregado que permite a executivos,
acionistas e investidores avaliar com clareza se o capital empregado está sendo bem
aplicado. Mas para calcular o EVA, se faz necessário conhecer os custos de capital que
podem ser próprios ou de terceiros. Caso a empresa utilize das duas fontes de recursos
(próprio e de terceiros), o custo de capital será medido pelo CMPC.
O EVA é uma medida de criação ou destruição de riqueza centrada em um
determinado período. Sua base de cálculo é o Lucro Operacional.
Para executar o EVA necessita da Demonstração do Resultado do Exercício.

1.3 MVA – Market Value Added (Valor Agregado de Mercado)


De acordo com Assaf (2010, p.151) “reflete a expressão monetária da riqueza
gerada aos proprietários de capital, determinada pela capacidade operacional da
empresa em produzir resultados superiores ao seu custo de oportunidade”. Na realidade,
o MVA está ligado ao futuro da empresa e não ao passado como o EVA. O MVA vê o
potencial futuro.

Segue a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) da ALBROZ S.A.

DRE
Receita Bruta de Vendas R$ 1.681.000,00

(-) Imposto sobre Vendas (R$ 431.000,00)

(=) Receita Líquida R$ 1.250.000,00

(-) CMV (R$ 554.000,00)

(=) Resultado Bruto R$ 696.000,00

160
(-) Despesas Operacionais (R$ 280.000,00)

(=) Resultado Operacional R$ 416.000,00

(-) Despesa Financeira (R$ 125.000,00)

(=) Resultado antes IRPJ e CSLL R$ 291.000,00

(-) IRPJ (15%) (R$ 43.650,00)

(-) CSLL (9%) (R$ 26.190,00)

(=) Resultado Líquido R$ 221.160,00

Segue o Balanço Patrimonial da ALBROZ S.A:

BALANÇO PATRIMONIAL
Passivo
Ativo Circulante $ $
Circulante
Caixa R$ 193.000,00 Fornecedores R$ 590.000,00

Duplicatas a Receber R$ 323.000,00 Salários a Pagar R$ 60.000,00

Mercadorias R$ 700.000,00 Impostos a Pagar R$ 93.000,00

Seguros a Vencer R$ 16.000,00 Empréstimos R$ 174.000,00

Total do AC R$ 1.232.000,00 Total do PC R$ 917.000,00


Passivo Não
Ativo Não Circulante
Circulante
Realizável a Longo Prazo Financiamentos R$ 169.000,00

Duplicatas a Receber R$ 20.000,00 Debêntures R$ 357.000,00

Investimentos Total do PNC R$ 526.000,00

Obras de Arte R$ 28.000,00 Patrimônio Líquido


Terrenos não destinados
R$ 173.000,00 Capital Social R$ 450.000,00
ao uso
Imobilizado Reserva de Capital R$ 260.840,00

Máquinas R$ 500.000,00 Reserva de Lucros R$ 221.160,00

161
Computadores R$ 100.000,00 Total do PL R$ 932.000,00

Veículos R$ 300.000,00

Intangível

Marca R$ 22.000,00

Total do ANC R$ 1.143.000,00

Total do Ativo R$ 2.375.000,00 Total do Passivo R$ 2.375.000,00


Obs.: Ao analisar o Balanço Patrimonial da Empresa ALBROZ S.A fica claro
que ela possui tanto fonte de financiamento própria, como também de terceiros. A taxa
que será paga do empréstimo, de 15% a.a, do Financiamento de 12% a.a, as debêntures,
17% a.a e o Custo do capital próprio, de 20%. Neste exemplo não será deduzido o
Imposto de Renda das fontes de capital de terceiros.
Neste caso, pede-se:
a) Montar a Tabela do CMPC:
Participaçã
Fontes de Capital
Conta Valor o Taxa CMPC
Empréstimos R$ 174.000,00 10,66 15% 1,60
Financiamento
De terceiros
s R$ 169.000,00 10,36 12% 1,24
Debêntures R$ 357.000,00 21,88 17% 3,72
Patrimônio
Próprio
Líquido R$ 932.000,00 57,11 20% 11,42
TOTAL R$ 1.632.000,00 100,00 17,98

b) Calcular o Resultado Operacional Líquido:


(=) Resultado Operacional R$ 416.000,00
(-) IRPJ (15%) (R$ 62.400,00)
(-) CSLL (9%) (R$ 37.440,00)
(=) Resultado Operacional Líquido R$ 316.160,00

c) Calcular o EVA:
Resultado Operacional Líquido R$ 316.160,00
(-) Custo de Capital (1.632.000,00 x 0,1798) -R$ 293.433,60
(=) EVA R$ 22.726,40

d) Calcular o MVA:
(=) EVA R$ 22.726,40

162
(:) CMPC 0,1798
(=) MVA R$ 126.398,22

Exercícios
1. Monte a DRE e o Balanço Patrimonial da Empresa X S.A.
DRE
DRE (Demonstração do Resultado do Exercício)
Receita Bruta R$ 450.000,00
(-) Deduções (ICMS, PIS, COFINS) (27,25%) -R$ 122.625,00
(=) Receita Líquida R$ 327.375,00
(-) Custo da Mercadoria Vendida -R$ 110.000,00
(=) Lucro Bruto R$ 217.375,00
(-) Despesa Comercial -R$ 130.000,00
(-) Despesa Administrativa -R$ 50.000,00
(-) Depreciação -R$ 9.000,00
(=) Resultado Operacional R$ 28.375,00
(-) Despesa Financeira (5%) -R$ 1.418,75
(=) Resultado antes do IRPJ e CSLL R$ 26.956,25
(-) IRPJ + CSLL (24%) -R$ 6.469,50
(=) Lucro Líquido R$ 20.486,75
BP
BALANÇO PATRIMONIAL
Caixa R$ 5.000,00 Fornecedores R$ 65.000,00
Banco R$ 65.000,00 Duplicatas a Pagar R$ 15.000,00
Estoque R$ 45.000,00 Adiantamento de Clientes R$ 35.000,00
Duplicatas a Receber R$ 50.000,00 Imposto de Renda a Pagar R$ 70.000,00
Contribuição Social a
Seguros a vencer R$ 5.000,00
Recolher R$ 47.313,25
Total do AC R$ 170.000,00 Total do PC R$ 232.313,25

163
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
ARLP Empréstimos R$ 50.000,00
Duplicatas a Receber LP R$ 35.000,00 Financiamento R$ 40.000,00
INVESTIMENTO Total do PNC R$ 90.000,00
Obras de Arte R$ 15.000,00 Patrimônio Líquido
IMOBILIZADO Reserva de Lucros R$ 20.486,75
Veículos R$ 200.000,00 Reserva de Capital R$ 122.200,00
Depreciação de veículos -R$ 40.000,00 Total do PL R$ 142.686,75
Computadores R$ 50.000,00
Depreciação de
computadores -R$ 5.000,00
Móveis e Utensílios R$ 20.000,00
INTANTÍVEL
Patentes R$ 20.000,00
Total do ANC R$ 295.000,00
TOTAL DO ATIVO R$ 465.000,00 TOTAL DO PASSIVO R$ 465.000,00

Obs.: O custo de capital do empréstimo será de 10%, do Financiamento de 8% e do


Capital Próprio de 15%.
Pede-se:
a) O CMPC (Custo Médio Ponderado de Capital)

Participaçã
Fontes de Capital
Conta Valor o Taxa CMPC
Empréstimos R$ 50.000,00 21,49 10% 2,15
De terceiros
Financiamentos R$ 40.000,00 17,19 8% 1,38
Patrimônio
Próprio
Líquido R$ 142.686,75 61,32 15% 9,20
TOTAL R$ 232.686,75 100,00 12,72

b) Calcular o Resultado Operacional Líquido:


(=) Resultado Operacional R$ 28.375,00
(-) IRPJ (15%) (R$ 4.256,25)
(-) CSLL (9%) (R$ 2.553,75)
(=) Resultado Operacional Líquido R$ 21.565,00

c) Calcular o EVA:
Resultado Operacional Líquido R$ 21.565,00
(-) Custo de Capital (232.686,75 x 0,1272) (R$ 29.597,75)
(=) EVA (R$ 8.032,75)

164
d) Calcular o MVA:
(=) EVA (R$ 8.032,75)
(:) CMPC 0,1272
(=) MVA (R$ 63.150,59)

Resposta: Esta empresa está destruindo a riqueza dos negócios.

OBS.: Elaborar exercícios tirando os dados da DRE e do BALANÇO PATRIMONIAL,


para que o aluno monte os demonstrativos e faça o que se pede nos itens a, b, c e d
acima.

(AULAS 12 e 13)
EBIT (LAJIR) e EBITDA (LAJIDA) ALAVANCAGEM OPERACIONAL ,
ALAVANCAGEM FINANCEIRA e ALAVANCAGEM COMBINADA
1. EBIT / LAJIR
LAJIR é a sigla para Lucro antes dos Juros e Tributos (Imposto de Renda (IRPJ) e
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL)), mais conhecido
internacionalmente como EBIT que é a Sigla em Inglês Earning Before Interest and
Taxes.
Inglês Português
Earnings Lucro
Before Antes de
Interest Juros
Taxes Impostos
O LAJIR é uma medida de lucro que está mais relacionada com o Resultado de
Natureza Operacional obtido pela empresa, no qual exclui os resultados financeiros
(despesas financeiras ou receitas financeiras), dividendos ou juros sobre o capital
próprio (que são remunerações aos acionistas), e outros resultados que não estejam
relacionados com as operações da empresa. Na realidade ele pode ser considerado como
o Lucro Operacional ou Resultado Operacional da empresa, tirando do cálculo todas
as despesas e receitas financeiras.

1.1 LAJIDA

165
LAJIDA é a sigla para Lucro antes dos Juros, Impostos (Imposto de Renda (IRPJ) e
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL)), Depreciação (perda de valor de
bens tangíveis) e Amortização (perda de valor de bens intangíveis). Em inglês é
chamado de EBITDA (Earnings Before Interests Taxes Depretiation and Amortization).
Um pouco diferente do LAJIR, o LAJIDA também exclui o efeito das depreciações, e
amortizações, além da CSLL, IRPJ, Resultados Financeiros e Não Operacionais. O
Objetivo é avaliar o lucro referente apenas ao negócio.

Inglês Português
Earnings Lucro
Before Antes de
Interest Juros
Taxes Impostos
Depreciation Depreciação
Amortization Amortização
Exemplo Prático
Dados referentes a empresa MURICI S/A.
Tipos de Gastos Valor C/D
Custos Indiretos de Fabricação R$ 10.000,00 C
Seguro das Instalações da Fábrica R$ 5.000,00 C
Depreciação das Máquinas da Fábrica R$ 20.000,00 C
Depreciação dos Computadores do
Escritório R$ 7.000,00 D
Mão de Obra Direta R$ 165.000,00 C
Matéria Prima R$ 396.000,00 C
Comissão de Vendas R$ 54.000,00 D
Propagandas R$ 70.000,00 D
Salários da Administração R$ 94.000,00 D
Seguro Prédio da Administração R$ 3.000,00 D
Juros de Empréstimos R$ 4.000,00 D
Outros dados:
Impostos sobre Vendas 16,65%
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) 15%
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 9%
Preço de Venda R$ 26,03
Quantidades Vendidas 50.000 Unidades
DRE
DRE - Pelo Método de Absorção Lucro Real
Receita Bruta de Vendas R$ 1.301.500,00
(-) Imposto sobre Vendas R$ 216.699,75

166
(=) Receita Líquida R$ 1.084.800,25
(-) Custo dos Produtos Vendidos R$ 596.000,00
(=) Resultado Bruto R$ 488.800,25
(-) Despesas Operacionais
Despesas Administrativas R$ 104.000,00
Despesas de Vendas R$ 124.000,00
Despesas Financeiras R$ 4.000,00
(=) Resultado antes do IRPJ e CSLL R$ 256.800,25
(-) CSLL R$ 38.520,04
(-) IRPJ R$ 23.112,02
(=) Resultado Líquido R$ 195.168,19

Executando a DRE para descobrir o valor do LAJIR/EBIT


DRE - Pelo Método de Absorção - LAJIR Lucro Real

Receita Bruta de Vendas R$ 1.301.500,00

(-) Imposto sobre Vendas R$ 216.699,75

(=) Receita Líquida R$ 1.084.800,25

(-) Custo dos Produtos Vendidos R$ 596.000,00

(=) Resultado Bruto R$ 488.800,25

(-) Despesas Operacionais

Despesas Administrativas R$ 104.000,00

Despesas de Vendas R$ 124.000,00

(=) LAJIR ou EBIT R$ 260.800,25

(-) Despesas Financeiras R$ 4.000,00

(=) Resultado antes do IRPJ e CSLL R$ 256.800,25

(-) CSLL R$ 38.520,04

(-) IRPJ R$ 23.112,02

(=) Resultado Líquido R$ 195.168,19

167
Obs.: Este valor que deu no LAJIR/EBIT é muito importante para os administradores,
executivos, pois ele reflete quanto à empresa realmente está dando de resultado com
suas operações. No caso das empresas de capital aberto (S/A’s), suas demonstrações
contábeis recebem muitas influencias externa de moeda estrangeira. Se a empresa tem
empréstimos que são do exterior com o aumento da moeda estrangeira ela precisará
fazer a conversão e se a moeda tiver com sua cotação em alta, os valores sofrerão
também este aumento proporcionando a empresa um resultado negativo ou uma
lucratividade baixa. Por isso que o LAJIR/EBIT serve como suporte de cálculo para
saber se a empresa está operacionalmente bem.

Executando a DRE para descobrir o Valor do LAJIDA/EBITDA


DRE - Pelo Método de Absorção Lucro Real

Receita Bruta de Vendas R$ 1.301.500,00

(-) Imposto sobre Vendas R$ 216.699,75

(=) Receita Líquida R$ 1.084.800,25

(-) Custo dos Produtos Vendidos R$ 576.000,00

(=) Resultado Bruto R$ 508.800,25

(-) Despesas Operacionais

Despesas Administrativas R$ 97.000,00

Despesas de Vendas R$ 124.000,00

(=) LAJIDA ou EBITDA R$ 287.800,25

(-) Depreciação e Amortização R$ 27.000,00

(-) Despesas Financeiras R$ 4.000,00

(=) Resultado antes do IRPJ e CSLL R$ 256.800,25

(-) CSLL R$ 38.520,04

(-) IRPJ R$ 23.112,02

168
(=) Resultado Líquido R$ 195.168,19

No LAJIDA/EBITDA, o resultado é maior comparado ao LAJIR/EBIT, por que no


LAJIR estavam embutidos nos custos e nas despesas as depreciações, já no LAJIDA, os
mesmos foram eliminados. Automaticamente, o resultado dele tende a ser maior. No
LAJIDA a Depreciação e a Amortização são retiradas do cálculo, pois elas representam
a situação econômica da empresa, ambas tem o impacto econômico no resultado.
Perceba, movimentam-se valores, mas não movimenta dinheiro, pois a depreciação não
é algo que está sendo pago, ou seja, não sai dinheiro da empresa para pagar a
depreciação. A depreciação e amortização são bens tangíveis e intangíveis
respectivamente que estão perdendo o valor no decorrer do período A depreciação é
utilizada pelas empresas no intuito de diminuir o resultado e pagar menos IRPJ e CSLL.
1.1 Cálculo da Margem EBITDA
Para o empresário a Margem EBITDA pode ser vista como uma aproximação do fluxo
de caixa da empresa em cada R$ de vendas.

MgEBITDA = EBITDA
Receita Líquida de Venda

O EBITDA espelha o desempenho da empresa levando em consideração, somente os


ganhos gerados pela sua atividade principal.
Obs.: O EBITDA não contabiliza:
 Amortização de Pagamento de Empréstimos ou Dívidas;
 Pagamento de Juros de Empréstimos;
 A Depreciação
 E o IR e CSLL
Vamos utilizar o exemplo anterior do LAJIDA/EBITDA para descobrir a sua margem.
MgEBITDA = (287.800,25 / 1.084.800,25) x 100
MgEBITDA = 26,53%
Conclusão: Para cada R$1,00 vendido a operação gerou cerca de R$0,27 centavos de
EBITDA.

169
2 ALAVANCAGEM
Quando se fala em alavancagem é pensado no primeiro momento em um termo da física
que seria, empregar uma força em uma extremidade de uma Alavanca ou de uma
madeira. Entre esta extremidade e a outra deve ter um ponto de apoio conhecido como
fulcro e a resultante será o objeto que eu quero mover na outra extremidade. Partindo
para a área Operacional e Financeira da empresa, a alavancagem é conhecida como:
Operacional, Financeira e a Combinada e cada uma dessas alavancagens tem o seu
propósito. Mas afinal, o que é Alavancagem? “A alavancagem é uma expressão
empregada na mecânica para explicar os efeitos sobre um determinado objeto quando
temos um apoio e uma alavanca.” (Fonseca, 2009, p. 195). Veja a Figura.

RESULTANTE FORÇA

FULCRO

170
2.1 Alavancagem Operacional
Na alavancagem operacional deve-se conhecer três variáveis: 1º variável, a força que
será exercida na alavanca; 2º variável, quem é o ponto de apoio? 3º variável, quem será
a resultante?
Quando se trata de alavancagem operacional é preciso exercer uma força na Receita de
Vendas, essa força significa aumentar as receitas de vendas, mas para que isto ocorra se
faz necessário saber quem é o Fulcro, ou seja, quem será o apoio, a base que está no
meio das duas extremidades. Neste caso será o Custo Fixo. Quando tratar de
alavancagem operacional deve-se associar a extremidade Força (Receita de Vendas), o
ponto de apoio, ou o fulcro deverá ser os (Custos Fixos) e a Resultante será o Lucro
antes dos Juros e Imposto de Renda (LAJIR/EBIT). Veja a Figura:

LAJIR Receita de Vendas

Custos Fixos

O esforço em buscar o aumento das vendas poderá acontecer de três maneiras:


1º Posso aumentar quantidade e mantenho os preços constantes;
2º Posso aumentar preço, manter a quantidade, acreditando que a mesma será comprada;
3º Seria a combinação dos dois, aumenta o preço e aumenta as quantidades, nisto
aumento receita.
É preciso maximizar, fazer alguma coisa para que esta receita aumente então esta será a
força empregada na primeira extremidade. Para que este cálculo dê certo, os custos
fixos precisarão ficar fixos, ou seja, não poderão alterar-se no período de análise, caso
ocorra alguma alteração este método de Alavancagem Operacional não funcionará.
Quando acontece esta alteração o ponto de apoio sofre também variação, pois o mesmo
acabará se deslocando e na alavancagem operacional, este ponto de apoio deverá ser

171
fixo. Se tudo permanecer inalterado, a resultante chegará aos resultados. Para executar
estes cálculos seguem três fórmulas:

Margem de Contribuição Total


GAO = = Nº de vezes
LAJIR

Variação Percentual do LAJIR


GAO = = Nº de vezes
Variação Percentual da Receita

(RV – CDV)
GAO = = Nº de vezes
(RV – CDV – CDF)

Exemplo Prático:
Dados iniciais:
Empresa Anaconda
Produção 10.000 unidades
Despesa Financeira R$ 16.000,00
Custos Fixos R$ 32.000,00
PVu R$ 20,00
CVu R$ 14,00

Montar o Balanço:
Empresa Anaconda
Base 20%
Produção 10.000 12.000
Receita de Venda R$ 200.000,00 R$ 240.000,00
(-) Custo Variável -R$ 140.000,00 -R$ 168.000,00
(=) MCT R$ 60.000,00 R$ 72.000,00
(-) Custo Fixo -R$ 32.000,00 -R$ 32.000,00
(=) LAJIR R$ 28.000,00 R$ 40.000,00
(-) Despesa Fixa -R$ 16.000,00 -R$ 16.000,00
(=) LAIR R$ 12.000,00 R$ 24.000,00
(-) IR (35%) -R$ 4.200,00 -R$ 8.400,00
Lucro Líquido R$ 7.800,00 R$ 15.600,00
Utilizando as fórmulas:

172
Margem de Contribuição Total
GAO = = Nº de vezes
LAJIR
GAO = 60.000,00 / 28.000,00 = 2,14 vezes

Variação Percentual do LAJIR


GAO = = Nº de vezes
Variação Percentual da Receita
28.000,00 enter 40.000,00 % = 42,86%
200.000,00 enter 240.000,00 % = 20%

GAO = 42,86 / 20
GAO = 2,14
Conclusão: Qualquer aumento nas vendas mantendo os custos fixos nesta composição
de DRE terá um aumento do Lucro Antes dos Juros e Imposto de Renda de 2,14 vezes.
2.2 Alavancagem Financeira
O Grau de Alavancagem Financeira revela os efeitos provados sobre o Lucro Líquido
da empresa pelas variações ocorridas no LAJIR. Neste caso, será preciso pressionar o
LAJIR, ou seja, fazer uma força sobre ele para ter o resultado sobre o Lucro Líquido
(LL) ou Lucro por Ação (LPA). A diferença entre esses dois lucros: O lucro líquido é
realizado em empresas de capital fechado (LTDA), neste caso não existem ações
negociadas na bolsa de valores. Quando se trata de S/A, empresa de Capital Aberto,
calcula-se não mais sobre o Lucro Líquido e sim sobre o Lucro por Ação. Veja a Figura.

Lucro Líquido ou LAJIR


LPA

Despesa Financeira

173
Conforme a Figura acima, veja que a seta do LAJIR está apontada para baixo,
exercendo a força sobre o LAJIR, no meio, o fulcro não é mais o custo fixo e sim,
despesa financeira e a seta para cima que é a Resultante é o Lucro Líquido ou Lucro por
Ação. Seguem as Fórmulas para calcular o Grau de Alavancagem Financeira:

LAJIR
GAF = = Nº de vezes
LAJIR – Despesa Financeira

Variação LL
GAF = = Nº de vezes
Variação LAJIR

LAJIR
GAF = = Nº de vezes
LAIR
Exemplo:
Empresa Anaconda
Base 20%
Produção 10.000 12.000
Receita de Venda R$ 200.000,00 R$ 240.000,00
(-) Custo Variável -R$ 140.000,00 -R$ 168.000,00
(=) MCT R$ 60.000,00 R$ 72.000,00
(-) Custo Fixo -R$ 32.000,00 -R$ 32.000,00
(=) LAJIR R$ 28.000,00 R$ 40.000,00
(-) Despesa Fixa -R$ 16.000,00 -R$ 16.000,00
(=) LAIR R$ 12.000,00 R$ 24.000,00
(-) IR (35%) -R$ 4.200,00 -R$ 8.400,00
Lucro Líquido R$ 7.800,00 R$ 15.600,00
LAJIR
GAF = = Nº de vezes
LAJIR – Despesa Financeira
GAF = 28.000,00 / 28.000,00 – 16.000,00
GAF = 28.000,00 / 12.000,00
GAF = 2,33 vezes

174
Variação LL
GAF = = Nº de vezes
Variação LAJIR
7.800,00 enter 15.600,00 % = 100%
28.000,00 enter 40.000,00 % = 42,86%

GAF = 100 / 42,86 = 2,33 vezes

Conclusão: Se for aumentado o Lucro antes do Imposto de Renda e mantendo-se fixas


todas as despesas financeiras em certo intervalo de tempo, será aumentado o lucro
líquido em 2,33 vezes.

2.3 Alavancagem Combinada


Considerando que as empresas em sua maioria apresentam custos fixos e despesas
financeiras para poderem desenvolver suas atividades, é correto afirmar que
praticamente, todas as empresas apresentam também efeitos conjuntos dessas
alavancagens, conhecidos como alavancagem combinada ou total, que é a combinação
da Alavancagem Operacional com a Alavancagem Financeira.
Observação: Só pode ter alavancagem combinada, se existir o custo fixo operacional e
a despesa financeira. Veja a Figura:

Lucro Líquido ou Receita de Vendas


LPA

Despesa Financeira
e Custos Fixos

Definido a Alavancagem Combinada, veja as três maneiras de calculá-la.

175
MCT
GAC = = Nº de vezes
LAJIR – Despesa Financeira

Variação LL
GAC = = Nº de vezes
Variação da Receita
Ou

GAC = GAO x GAF

Exemplo Prático:
Empresa Anaconda
Base 20%
Produção 10.000 12.000
Receita de Venda R$ 200.000,00 R$ 240.000,00
(-) Custo Variável -R$ 140.000,00 -R$ 168.000,00
(=) MCT R$ 60.000,00 R$ 72.000,00
(-) Custo Fixo -R$ 32.000,00 -R$ 32.000,00
(=) LAJIR R$ 28.000,00 R$ 40.000,00
(-) Despesa Fixa -R$ 16.000,00 -R$ 16.000,00
(=) LAIR R$ 12.000,00 R$ 24.000,00
(-) IR (35%) -R$ 4.200,00 -R$ 8.400,00
Lucro Líquido R$ 7.800,00 R$ 15.600,00
MCT
GAC = = Nº de vezes
LAJIR – Despesa Financeira

GAC = 60.000,00 / 28.000,00 – 16.000,00


GAC = 60.000,00 / 12.000,00
GAC = 5 vezes

176
Variação LL
GAC = = Nº de vezes
Variação da Receita
7.800,00 enter 15.600,00 % = 100%
200.000,00 enter 240.000,00 % = 20%
GAC = 100 / 20
GAC = 5 vezes

Exercícios:
1. Seguem os dados da CIA. “A Feia Adormecida”. Classificar os Tipos de Gastos
como Custo ou despesa, preencher a DRE e depois descubra o valor do EBIT e da
EBITDA e em seguida demonstre o cálculo da margem EBITDA e sua conclusão.
Dados referentes a empresa MURICI S/A.
Tipos de Gastos Valor C/D
R$ 20.000,00
Custos Indiretos de Fabricação C
R$ 6.000,00
Seguro das Instalações da Fábrica C
R$ 30.000,00
Depreciação das máquinas da Fábrica C
R$ 10.000,00
Depreciação de equipamentos da fábrica C
Depreciação da máquina de Xerox do R$ 12.000,00
escritório D
Depreciação dos Computadores do R$ 8.000,00
Escritório D
R$ 200.000,00
Mão de Obra Direta C
R$ 496.000,00
Matéria Prima C
R$ 194.000,00
Comissão de Vendas D
R$ 50.000,00
Propagandas D

177
R$ 64.000,00
Salários da Administração D
R$ 5.000,00
Seguro Prédio da Administração D
R$ 6.000,00
Juros de Empréstimos D

Outros dados:
Impostos Sobre Vendas
ICMS 18%
PIS 1,65%
COFINS 7,6%

Imposto de Renda (IRPJ) 15%


Contribuição Social (CSLL) 9%
Preço de Venda R$ 30,00
Quantidades Vendidas 51.000

I. DRE
DRE - Pelo Método de Absorção Lucro Real
Receita Bruta de Vendas R$ 1.530.000,00
(-) Imposto sobre Vendas R$ 416.925,00
(=) Receita Líquida R$ 1.113.075,00
(-) Custo dos Produtos Vendidos R$ 762.000,00
(=) Resultado Bruto R$ 351.075,00
(-) Despesas Operacionais
Despesas Administrativas R$ 89.000,00
Despesas de Vendas R$ 244.000,00
Despesas Financeiras R$ 6.000,00
(=) Resultado antes do IRPJ e CSLL R$ 12.075,00
(-) CSLL R$ 1.811,25
(-) IRPJ R$ 1.086,75
(=) Resultado Líquido R$ 9.177,00

II. Executando a DRE para descobrir o valor do LAJIR/EBIT


DRE - Pelo Método de Absorção - LAJIR Lucro Real

178
Receita Bruta de Vendas R$ 1.530.000,00
(-) Imposto sobre Vendas R$ 416.925,00
(=) Receita Líquida R$ 1.113.075,00
(-) Custo dos Produtos Vendidos R$ 762.000,00
(=) Resultado Bruto R$ 351.075,00
(-) Despesas Operacionais
Despesas Administrativas R$ 89.000,00
Despesas de Vendas R$ 244.000,00
(=) LAJIR ou EBIT R$ 18.075,00
(-) Despesas Financeiras R$ 6.000,00
(=) Resultado antes do IRPJ e CSLL R$ 12.075,00
(-) CSLL R$ 1.811,25
(-) IRPJ R$ 1.086,75
(=) Resultado Líquido R$ 9.177,00

II. Executando a DRE para descobrir o valor do LAJIDA/EBITDA


DRE - Pelo Método de Absorção - LAJIDA Lucro Real
Receita Bruta de Vendas R$ 1.530.000,00
(-) Imposto sobre Vendas R$ 416.925,00
(=) Receita Líquida R$ 1.113.075,00
(-) Custo dos Produtos Vendidos R$ 722.000,00
(=) Resultado Bruto R$ 391.075,00
(-) Despesas Operacionais
Despesas Administrativas R$ 69.000,00
Despesas de Vendas R$ 244.000,00
(=) LAJIDA ou EBITDA R$ 78.075,00
(-) Depreciação e Amortização R$ 60.000,00
(-) Despesas Financeiras R$ 6.000,00
(=) Resultado antes do IRPJ e CSLL R$ 12.075,00
(-) CSLL R$ 1.811,25
(-) IRPJ R$ 1.086,75
(=) Resultado Líquido R$ 9.177,00

III. Executar a Margem EBITDA


MgEBITDA = (78.075,00 / 1.113.075,00) x 100
MgEBITDA = 7,01%

179
Conclusão: Para cada R$1,00 vendido a operação gerou cerca de R$0,07 centavos de
EBITDA.

2. Estruture a DRE da Cia. “A Magrela e a Fera” para descobrir o LAJIDA e sua


Margem. Obs.: O cálculo do CMV há R$ 30.000,00 de Depreciação de Máquinas.
DRE - 2014 $
Receita Bruta de Vendas R$ 1.800.000,00
Impostos sobre Vendas -R$ 490.500,00
(=) Receita Líquida de Venda R$ 1.309.500,00
(-) CMV -R$ 800.000,00
(=) Resultado Bruto R$ 509.500,00
(-) Despesas Operacionais -R$ 360.000,00
(-) Depreciação -R$ 75.000,00
(+) Receitas Financeiras R$ 3.000,00
(-) Despesas Financeiras -R$ 5.000,00
(=) Lucro Antes do IRPJ e CSLL R$ 72.500,00
(-) IRPJ (15%) R$ 10.875,00
(-) CSLL (9%) R$ 6.525,00
(=) Lucro R$ 55.100,00

I. Estruture a DRE para achar o LAJIDA/EBITDA


DRE - 2014 $
Receita Bruta de Vendas R$ 1.800.000,00
Impostos sobre Vendas -R$ 490.500,00
(=) Receita Líquida de Venda R$ 1.309.500,00
(-) CMV -R$ 770.000,00
(=) Resultado Bruto R$ 539.500,00
(-) Despesas Operacionais -R$ 360.000,00
(=) EBTIDA R$ 179.500,00
(-) Depreciação -R$ 105.000,00
(+) Receitas Financeiras R$ 3.000,00
(-) Despesas Financeiras -R$ 5.000,00
(=) Lucro Antes do IRPJ e CSLL R$ 72.500,00
(-) IRPJ (15%) R$ 10.875,00
(-) CSLL (9%) R$ 6.525,00
(=) Lucro R$ 55.100,00

II. Descubra a Margem do EBITDA e faça a sua conclusão:


MgEBITDA = 179.500,00 / 1.309.500,00
MgEBITDA = 13,71%
Conclusão: Para cada R$1,00 vendido a operação gerou cerca de R$0,14 centavos de
EBITDA.
3. Executar a Variação tanto positiva como negativa da Cia. “Chapeuzinho Preto.”

180
DRE Variação 10% BASE PARA Variação (10%)
COMPARAÇÃO
Receita Operacional
Líquida R$ 220.000,00 R$ 200.000,00 R$ 180.000,00
(-) Custos e Despesas
Variáveis -R$ 44.000,00 -R$ 40.000,00 -R$ 36.000,00
(=) Margem de
Contribuição R$ 176.000,00 R$ 160.000,00 R$ 144.000,00
(-) Custos e Despesas
Fixas -R$ 120.000,00 -R$ 120.000,00 -R$ 120.000,00
(=) Lucro antes dos
Juros e Tributos (LAJIR) R$ 56.000,00 R$ 40.000,00 R$ 24.000,00
I. Ao descobrir o resultado da DRE, pede-se:
a. O Grau de Alavancagem Operacional da Base para Comparação:

Margem de Contribuição Total


GAO = = Nº de vezes
LAJIR
GAO = 160.000,00 / 40.000,00 = 4 vezes
b. O Grau de Alavancagem Operacional da variação Positiva comparada com a Base
para Comparação. Utilizar a fórmula da Variação.

Variação Percentual do LAJIR


GAO = = Nº de vezes
Variação Percentual da Receita

GAO = 40 / 10 = 4 vezes

c. O Grau de Alavancagem Operacional da variação Negativa comparada com a Base


para Comparação. Utilizar a fórmula da Variação

Variação Percentual do LAJIR


GAO = = Nº de vezes
Variação Percentual da Receita
GAO = -40 / -10 = 4 vezes negativo

4. Executar a Variação tanto positiva como negativa da Cia. “Os 7 Grandões”.

DRE Variação 10% BASE PARA Variação (10%)


COMPARAÇÃO

181
Receita Operacional R$
Líquida R$ 220.000,00 R$ 200.000,00 180.000,00
(-) Custos e Despesas -R$
Variáveis -R$ 44.000,00 -R$ 40.000,00 36.000,00
(=) Margem de R$
Contribuição R$ 176.000,00 R$ 160.000,00 144.000,00
(-) Custos e Despesas
Fixos -R$ 120.000,00 -R$ 120.000,00 -R$ 120.000,00
(=) Lucro antes dos Juros R$
e Tributos (LAJIR) R$ 56.000,00 R$ 40.000,00 24.000,00
-R$
(-) Juros -R$ 8.000,00 -R$ 8.000,00 8.000,00
(=) Lucro Antes dos R$
Tributos (LAIR) R$ 48.000,00 R$ 32.000,00 16.000,00
R$
(-) Tributo (34%) R$ 16.320,00 R$ 10.880,00 5.440,00
(=) Resultado Líquido do R$
Exercício R$ 31.680,00 R$ 21.120,00 10.560,00
Lucro por ação (LPA) R$ R$
sobre 1.000 ações 31,68 R$ 21,12 10,56

I. Após descobrir o resultado da DRE, após as variações, pede-se:


a. Determine o Grau de Alavancagem Financeira:

LAJIR
GAF = = Nº de vezes
LAJIR – Despesa Financeira

GAF = 40.000 / 40.000 – 8.000


GAF = 40.000 / 32.000
GAF = 1,25 Vezes

b. Determine a Variação comparado a porcentagem positiva

Variação LL
GAF = = Nº de vezes
Variação LAJIR
GAF = 50 / 40 = 1,25 vezes

c. Determinar o Grau de Alavancagem Combinada

182
GAC = GAO x GAF
GAC = 4 x 1,25 = 5 vezes

5. Executar a Variação tanto positiva como negativa da Cia. Perpétua.


Preço de
Venda R$ 150,00 Juros R$35.000,00
CDV R$ 80,00 Imposto sobre Lucro 35%
R$
CDF 400.000,00

-10% Normal 10%


Quantidade 8100 9000 9900
R$ R$
Receita 1.215.000,00 R$ 1.350.000,00 1.485.000,00
R$ R$
(-) CV 648.000,00 R$ 720.000,00 792.000,00
(=) Margem de R$ R$
Contribuição 567.000,00 R$ 630.000,00 693.000,00
R$ R$
(-) CF 400.000,00 R$ 400.000,00 400.000,00
(=) Lucro Antes
dos Juros e
Tributos R$ R$
(LAJIR) 167.000,00 R$ 230.000,00 293.000,00
R$ R$
(-) Juros 35.000,00 R$ 35.000,00 35.000,00
(=) LAIR R$ R$ 195.000,00 R$

183
132.000,00 258.000,00
R$ R$
(-) IMPOSTO 46.200,00 R$ 68.250,00 90.300,00
LUCRO R$ R$
LÍQUIDO 85.800,00 R$ 126.750,00 167.700,00
Pede-se:
a. Executar o Grau de Alavancagem Operacional

Margem de Contribuição Total


GAO = = Nº de vezes
LAJIR
GAO = 630.000,00 / 230.000,00
GAO = 2,74 Vezes

b. Executar o Grau de Alavancagem Financeira em Variação Positiva

Variação LL
GAF = = Nº de vezes
Variação LAJIR
GAF = 32,31 / 27,39
GAF = 1,18

c. Executar do Grau de Alavancagem Combinada em Variação Positiva.

GAC = GAO x GAF


GAC = 2,74 X 1,18
GAC = 3,23

6. Uma determinada empresa apresentou os dados que seguem:


CF = R$ 300.000,00
Q = 200.000 unidades
PVu = R$ 12,00
CVu = R$ 9,00
Pede-se o Grau de Alavancagem Operacional:
12,00 x 200.000 = R$ 2.400.000,00
9,00 x 200.000 = 1.800.000,00

184
DRE
Receita de Venda R$ 2.400.000,00
Custo Variável -R$ 1.800.000,00
(=) Margem de Contribuição R$ 600.000,00
(-) Custo Fixo -R$ 300.000,00
(=) LAJIR R$ 300.000,00
(RV – CDV)
GAO = = Nº de vezes
(RV – CDV – CDF)
GAO = 2.400.000,00 – 1.800.000,00 /2.400.000,00 – 1.800.000,00 – 300.000,00
GAO = 600.000,00 / 300.000,00
GAO = 2 vezes

7. A Indústria Bebê Estranho S.A tem custos operacionais fixos de R$ 180.000,00,


custos operacionais variáveis de R$ 16,00 a unidade e o preço de venda de R$ 63,00 a
unidade, juros de R$ 12.000,00 e IR+CSLL de 34%. Com base nessas informações
calcule:
a) O LAJIR da empresa considerando a venda, respectivamente de 9.000 unidades,
10.000 unidades e 11.000 unidades.

DRE 9.000 unidades 10.000 unidades 11.000 unidades

Receita Operacional R$ R$
Líquida R$ 567.000,00 630.000,00 693.000,00
(-) Custos e Despesas -R$ -R$
Variáveis -R$ 144.000,00 160.000,00 176.000,00
(=) Margem de R$ R$
Contribuição R$ 423.000,00 470.000,00 517.000,00
(-) Custos e Despesas -R$ -R$
Fixos -R$ 180.000,00 180.000,00 180.000,00
(=) Lucro antes dos
Juros e Tributos R$ R$
(LAJIR) R$ 243.000,00 290.000,00 337.000,00
-R$ -R$
-R$ 12.000,00
(-) Juros 12.000,00 12.000,00
(=) Lucro Antes dos R$ R$
Tributos (LAIR) R$ 231.000,00 278.000,00 325.000,00

185
R$ R$
(-) Tributo (34%) R$ 78.540,00 94.520,00 110.500,00
(=) Resultado Líquido R$ R$
do Exercício R$ 152.460,00 183.480,00 214.500,00

b. Usando as 10.000 unidades como referência, mensure as variações percentuais em


unidades em relação aos outros níveis de Venda e de LAJIR.

Variação Percentual do LAJIR


GAO = = Nº de vezes
Variação Percentual da Receita

Margem de Contribuição Total


GAO = = Nº de vezes
LAJIR
GAO (10.000) = 470.000,00 / 290.000
GAO = 1,62 vezes

GAO (9.000) = -16,91 / -10 = 1,69 vezes


GAO (11.000) = 16,91 / 10 = 1,69

c. Com base nas DRE’s, elabore as Alavancagens Financeiras e Combinadas tendo


como base as 10.000 unidades

LAJIR
GAF = = Nº de vezes
LAJIR – Despesa Financeira
GAF = 290.000,00 / 278.000,00 = 1,04 Vezes

Variação LL
GAF = = Nº de vezes
Variação LAJIR
GAF (11.000) = 16,91 / 16,21 = 1,04

GAC = GAO x GAF


GAC = 1,62 X 1,04

186
GAC = 1,68 Vezes

8. A Cia. de Seguros Pirilampo tem atualmente estrutura de capital composta de


empréstimos no valor de R$ 250.000,00, pagando juros anuais de 16%. A empresa é
tributada em IRPJ+CSLL à alíquota de 34%. Pede-se:
a) Usando valores de LAJIR de R$ 80.000,00 e R$120.000,00, determine o Lucro da
empresa.
80.000,00 – 40.000,00 = 40.000,00 x 34% = 13.600,00
40.000,00 – 13.600,00 = R$ 26.400,00
120.000,00 – 40.000,00 = 80.000,00 x 34% = R$ 27.200,00
80.000,00 – 27.200,00 = R$ 52.800,00
b) Usando o LAJIR como base, calcule o Grau de Alavancagem Financeira.

LAJIR
GAF = = Nº de vezes
LAJIR – Despesa Financeira
GAF = 80.000,00 / 80.000,00 – 40.000,00
GAF = 2 Vezes

Variação LL
GAF = = Nº de vezes
Variação LAJIR
GAF = 100 / 50 = 2 Vezes
b) Recalcule e também demonstre a GAF considerando que a empresa tem R$
100.000,00 em dívidas a 16% (juros).
(=) LOP – Lucro Operacional 80.000 120.000
(-) DF - Despesas Financeiras 16.000 16.000
(=) LL - Lucro Líquido 64.000 104.000
∆LL 62,50%
∆LAJIR 50,00%
GAF 1,25

9. Dados
Margem de Contribuição Total: R$ 281.250,00
LAJIR: R$ 112.500,00

187
LAIR: 100.000,00
Qual o Grau de Alavancagem Operacional, Financeira e Combinada?
GAO = MCT / LAJIR
GAO = 281.250,00 / 112.500,00
GAO = 2,5 Vezes
GAF = LAJIR / LAIR
GAF = 112.500,00 / 100.000,00
GAF = 1,13
GAC = GAO X GAF
GAC = 2,5 X 1,13
GAC = 2,81 Vezes

10. Vamos supor que a Cia. “Traição” esteja produzindo e vendendo 200 unidades
mensais do produto X com os dados a seguir.
Preço de Venda = R$ 2.700,00 por unidade
Custos e despesas variáveis = R$ 1.700,00 por unidade
Custos e despesas fixos = R$ 150.000,00 por mês

Simular uma mudança na quantidade de 20 unidades para mais e para menos, calcular
as variações no volume da atividade e o valor da GAO.
RV =Pre ç o de Venda ×Quantidade=2.700 × 200=540.000

RV =Pre ç o de Venda × ( Quantidade+20 ) =2.700× 220=594.000

RV =Pre ç o de Venda × ( Quantidade−20 )=2.700 ×180=486.000

CDV =Custos de Depesas Vari á veis × Quantidade=1.700 ×200=340.000

CDV =Custos de Depesas Vari á veis × Quantidade+ 20=1.700 ×220=374.000

CDV =Custos de Depesas Vari á veis × Quantidad e−20=1.700 ×180=306.000

( RV −CDV ) ( 540.000−340.000 ) 200.000


GAO= = = =4 , 00 Vezes
( RV −CDV −CDF ) ( 540.000−340.000−150.000 ) 50.000

188
DRE Atual + 20 unidades - 20 unidades

(+) RV - Receita de Vendas 540.000 594.000 486.000

(-) CDV - Custos e Despesas Variáveis (340.000) (374.000) (306.000)

(=) MC – Margem de Contribuição 200.000 220.000 180.000

(-) CDF – Custos e Despesas Fixas (150.000) (150.000) (150.000)

(=) LAJIR 50.000 70.000 30.000

∆LAJIR 40% -40%

∆Variação da Receita 10% 10%

GAO 4,00 4,00

11. A Cia. “Urubu Limpo” apresentou os seguintes dados:


Quantidade vendida = 100 unidades
Preço de venda = R$ 45.000,00/unidade
Custos e despesas variáveis = R$ 31.000,00/unidade
Custos e despesas fixos = R$ 966.000,00/ano
Pede-se:
Calcule o Grau de Alavancagem Operacional dessa empresa, com os dados
apresentados e também, com o aumento de 20% da quantidade vendida, mantendo-se o
mesmo preço de venda unitário.
45.000 x 100 = 4.500.000,00
31.000 x 100 = (3.100.000,00)
MC = 1.400.000,00
CF = (966.000,00)
LAJIR = 434.000,00
GAO = MC / LAJIR
GAO = 1.400.000,00 / 434.000,00
GAO = 3,23 Vezes
45.000 x 120 = 5.400.000,00
31.000 x 120 = (3.720.000,00)
MC = 1.680.000,00
CF = (966.000,00)
LAJIR = R$ 714.000,00

189
DRE Atual + 20%
(+) RV - Receita de Vendas 4.500.000 5.400.000
(-) CDV - Custos e Despesas Variáveis (3.100.000) (3.720.000)
(=) MC – Margem de Contribuição 1.400.000 1.680.000
(-) CDF – Custos e Despesas Fixas (966.000) (966.000)
(=) LAJIR 434.000 714.000
∆LAJIR 64,52%
∆ RECEITA DE VENDAS 20,00%
GAO 3,226

12. A Cia. “A Pequena Baleia” ao aumentar sua produção e vendas em 30%, passando
para 5.200 unidades mensais do produto Alfa, teve o custo total ( fixo + variável)
aumentado de $ 470.000,00 para $ 560.000,00. Considerando que o preço de venda
unitário é de $ 200,00, determine qual foi o Grau de Alavancagem Operacional.

Vendas (+30 % )=Vendas Inicial ×1 , 3

Vendas (+30 % ) 5.200


Vendas Inicial = = =4.000 un
×1 , 3 1,3

Custo Total final−Custo Total final


CDV por unidade =
quantidade vendidafinal−quantidade vendidainicial
560.000−470.000 90.000
¿ = =75 , 00 por unidade
5.200−4000 1.200

RV =Preço de Venda ×Quantidade=200 × 4.000=800.000

RV =Preço de Venda × ( Quantidade +30 % )=200 ×5.200=1.040 .000

CDV =CDV unitario ×Quantidade=75 , 00 × 4.000=300.000

CDV =CDV unitario × ( Quantidade+30 % )=75 , 00 ×5.200=390.000

Custos Fixos =CustosTotais−Custos Variaives Total=470.000−300.000=170.000

( RV −CDV ) ( 800.000−300.000 ) 500.000


GAO= = = =1, 52
( RV −CDV −CDF ) ( 800.000−300.000−170.000 ) 330.000

190
Δ LOP 45 , 45
GAO= = =1, 52
Δ VA 30
DRE Atual 30%
(+) RV - Receita de Vendas 800.000 1.040.000
(-) CDV - Custos e Despesas Variáveis (300.000) (390.000)
(=) MC – Margem de Contribuição 500.000 650.000
(-) CDF – Custos e Despesas Fixas (170.000) (170.000)
(=) LAJIR 330.000 480.000
GAO 1,52

13. A Cia. “Alice no País da Humilhação” recentemente vendeu 100 mil unidades de
seu produto a R$ 7,50 cada. Seus custos operacionais variáveis são de R$ 3,00 por
unidade e os fixos são iguais a R$ 250.000,00. As despesas anuais de juros totalizam
120.000.

a) Usando a atual Receita de Vendas de R$ 750.000,00 como base, calcule o grau de


alavancagem operacional (GAO) da empresa.

b) Aplicando a receita de vendas de R$ 750.000,00 como base, calcule o grau de


alavancagem financeira (GAF) da empresa.

DRE 100.000 un
(+) RV - Receita de Vendas 750.000
(-) CDV 300.000
(=) MC 450.000
(-) CDF 250.000
(=) LAJIR 200.000
(-) DF - Despesas Financeiras 120.000
(=) LL - Lucro Líquido 80.000

a)
( RV −CDV ) ( 750.000−300.000 ) 450.000
GAO= = = =1,3636
( RV −CDV −CDF ) ( 750.000−300.000−120.000 ) 330.000

b)

LOP 200.000 200.000


GAF= = = =2 , 5
LOP−DF 200.000−120.000 80.000
191
14. A Cia. “Gato de Lancha” produz bolas de praia infláveis, vendendo 400.000 bolas
por ano. Cada bola produzida tem um custo operacional variável de R$ 0,84 por unidade
e é vendida por R$ 1,00. Os custos operacionais fixos são de R$ 25.000,00. A empresa
tem uma despesa com juros de R$ 8.000,00. Calcule e demonstre o GAF, GAO e GAC.
RV =Pre ç o de Venda ×Quantidade=1 , 00 × 400.000=400.000

CDV =CDV unitario ×Quantidade=0 ,84 ×400.000=336.000

( RV −CDV ) ( 400.000−336.000 ) 64.000


GAO= = = =1,6410
( RV −CDV −CDF ) ( 400.000−336.000−25.000 ) 39.000

LOP 39.000 39.000


GAF= = = =1,2581
LOP−DF 39.000−8.000 31.000
DRE 400.000 unidades
(+) RV - Receita de Vendas 400.000
(-) CDV 336.000
(=) MC 64.000
(-) CDF 25.000
(=) LAJIR 39.000
(-) DF - Despesas Financeiras 8.000
(=) LL - Lucro Líquido 31.000
GAO 1,64
GAF 1,26
GAC 2,07

15. A Cia. “Tonhão e o Pé de Feijão” têm R$ 67.500,00 em dívidas, a 20% (juros).


Calcule a GAF considerando os seguintes LAJIR’s .
a) R$ 64.500,00
LAJIR 64.500 65.500
GAF= = = =1,2647
LAJIR−DF 64.500−13.500 51.000
(=) LAJIR 64.500
(-) DF - Despesas Financeiras 13.500
(=) LL - Lucro Líquido 51.000
GAF 1,26
b) R$ 30.600,00
LAJIR 30.600 30.600
GAF= = = =1,7895
LAJIR−DF 30.600−13.500 17.100

(=) LAJIR 30.600


(-) DF - Despesas Financeiras 13.500
(=) LL - Lucro Líquido 17.100
GAF 1,79

192
c) R$ 35.000,00
LAJIR 35.000 35.000
GAF= = = =1,6279
LAJIR−DF 35.000−13.500 21.500

(=) LAJIR 35.000


(-) DF - Despesas Financeiras 13.500
(=) LL - Lucro Líquido 21.500
GAF 1,63

AULA 14
RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO
Serve para medir a capacidade econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau
de êxito econômico obtido pelo Capital investido na empresa. São calculados com base
em valores extraídos da Demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço
Patrimonial. A Rentabilidade do capital investido na empresa é conhecida por meio do
confronto entre contas ou grupo de contas da Demonstração do Resultado do Exercício
ou conjugando-as com grupo de contas do Balanço Patrimonial. A Rentabilidade em
regra geral medem os retornos de capitais por meio de lucros ou receitas.

Para melhor compreensão do assunto, a DRE e o Balanço Patrimonial da Empresa


Pitomba S.A, servirá como exemplo para os quocientes.
DRE
PITOMBA S.A
Sinal Contas $
+ Receita Bruta R$ 180.000,00
- ICMS, PIS e COFINS. -R$ 24.000,00
(=) Receita Líquida R$ 156.000,00
- CMV -R$ 82.000,00
= Lucro Bruto R$ 74.000,00
- Despesas Operacionais -R$ 51.000,00
= Lucro Operacional R$ 23.000,00
+ Receita Não Operacional R$ 12.000,00
- Despesas Não Operacionais -R$ 5.000,00
- IR e CSLL -R$ 10.800,00
= Lucro Líquido R$ 19.200,00

BALANÇO PATRIMONIAL
PITOMBA S.A
Ativo Circulante $ Passivo Circulante $
Disponibilidade R$ 35.000,00 Contas a Pagar R$ 57.000,00

193
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo R$ 16.000,00 Promissórias a Pagar R$ 15.000,00
Investimento R$ 12.000,00
Imobilizado R$ 26.000,00 Patrimônio Líquido
Intangível R$ 7.000,00 Capital R$ 24.000,00
TOTAL R$ 96.000,00 TOTAL R$ 96.000,00

1.1 GIRO DO ATIVO (GA)


Também considerado um quociente de rotatividade, mede a velocidade com que o
valor gerado da Receita de Vendas desenvolveu a empresa o investimento total no seu
Ativo. Pode ser obtido pela seguinte fórmula:

GA= RECEITA LÍQUIDA


ATIVO
Exemplo:
GA = 156.000 / 96.000
GA = 1,63 x 100 = 162,5%
Interpretação:A Receita Líquida do exercício social da Empresa Pitomba deu um
retorno de 162,5%, sobre o investimento total no ativo.

1.2 MARGEM BRUTA (MB)

MB = LUCRO BRUTO
RECEITA LÍQUIDA
Exemplo:
MB = 74.000 / 156.000
MB = 0,47 x 100 = 47,44%
Interpretação:Nas operações de vendas de mercadorias, a empresa tem uma margem
de lucro de 47,44%, isto é, o lucro nas vendas corresponde a 47,44% da Receita
Líquida de Vendas.

1.3 MARGEM LÍQUIDA (ML)

ML = LUCRO LÍQUIDO
RECEITA LÍQUIDA
Exemplo:
ML = 19.200 / 156.000
ML = 0,1231 x 100
ML = 12,31%
Interpretação:87,69% da Receita Líquida foram consumidos por custos operacionais,
despesas e tributos.

194
1.4 Retorno ou Rentabilidade do Ativo (RA)

RA = MARGEM LÍQUIDA X GIRO DO ATIVO

ML = 0,1231 GA = 1,625
RA = 0,1231 x 1,625
RA = 0,20 x 100
RA = 20%
Interpretação:O Lucro Líquido do exercício social encerrado em 31/12/12 deu um
retorno de 20% sobre o investimento total no ativo.

1.5 PAY-BACK (PB)

PB = ATIVO / LL
ou
Exemplo: PB = 1 / RA
PB = 96.000 / 19.200
PB = 5 anos
ou
PB = 1 / 0,20
PB = 5 anos
Interpretação: Concluímos que em 5 anos haverá o retorno integral à Empresa
Pitomba S.A, isto é, o retorno de 100% sobre o investimento total no ativo.

1.6 Retorno (ou Rentabilidade) do Capital Próprio (RCP)

RCP = LUCRO LÍQUIDO


PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Exemplo:
LL = 19.200,00
PL = 24.000,00
RCP = 19.200,00 / 24.000.00
RCP = 0,80 x 100
RCP = 80%
Interpretação: Devido os gastos com despesas e custos, o lucro líquido ficou abaixo do
esperado. Neste caso, seria interessante o lucro líquido ser superior ao capital próprio
da empresa.

195
FÓRMULAS DO QUOCIENTE DE RENTABILIDADE

GIRO DO ATIVO (GA)

GA= RECEITA LÍQUIDA


ATIVO

MARGEM BRUTA

MB = LUCRO BRUTO
RECEITA LÍQUIDA

MARGEM LÍQUIDA

ML = LUCRO LÍQUIDO
RECEITA LÍQUIDA

RETORNO OU RENTABILIDADE DO ATIVO (RA)

RA = MARGEM LÍQUIDA X GIRO DO ATIVO

PAY BACK

PB = ATIVO / LL
ou
PB = 1 / RA

196
RETORNO DO CAPITAL PRÓPRIO (RCP)

RCP = LUCRO LÍQUIDO


PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Exercícios:
1. Em 31/12/2016 a Cia. Mais Você apresentou as seguintes contas patrimoniais e de
Resultado:

Banco R$ 85.000,00

Caixa R$ 88.500,00

Capital Social R$ 50.000,00

Clientes R$ 160.000,00

Contribuições Sociais a Recolher R$ 10.000,00

CMV R$ 432.000,00

Depreciação Acumulado do Imobilizado R$ 25.000,00

Despesas Operacionais R$ 50.000,00

Duplicatas a Receber Longo Prazo R$ 17.000,00

Financiamento Longo Prazo R$ 55.000,00

Fornecedores R$ 157.500,00

Imóveis R$ 100.000,00

Imposto a Recolher R$ 25.000,00

Imposto a Recuperar R$ 20.000,00

Imposto sobre Vendas R$ 218.000,00

Investimento em empresas Controladas R$ 59.500,00

IRPJ a Pagar R$ 60.000,00

Máquinas e Equipamentos R$ 50.000,00

197
Mercadorias R$ 60.000,00

Reserva de Lucros R$ 257.500,00

Venda a Prazo R$ 900.000,00

Pede-se:
a) Monte o Balanço Patrimonial

BALANÇO PATRIMONIAL

AC $ PC $
Contribuições a
Caixa R$ 88.500,00 R$ 10.000,00
Recolher
Banco R$ 85.000,00 Fornecedores R$ 157.500,00

Clientes R$ 160.000,00 Imposto a Recolher R$ 25.000,00

Imposto a Recuperar R$ 20.000,00 IRPJ a Pagar R$ 60.000,00

Mercadorias R$ 60.000,00 Total do PC R$ 252.500,00


R$ Passivo Não
Total do AC
413.500,00 Circulante
Ativo Não
Financiamento LP R$ 55.000,00
Circulante
ARLP Total do PNC R$ 55.000,00
Duplicatas a Receber Patrimônio
R$ 17.000,00
LP Líquido
Investimento Capital Social R$ 50.000,00
Investimento
R$ 59.500,00 Reserva de Lucros R$ 257.500,00
Controlada
Imobilizado Total do PL R$ 307.500,00

Imóveis R$ 100.000,00
Máquinas e
R$ 50.000,00
Equipamentos
Depreciação
-R$ 25.000,00
Acumulada
Intangível
R$
Total do ANC
201.500,00
R$
TOTAL DO ATIVO TOTAL PASSIVO R$ 615.000,00
615.000,00
198
b) Monte a DRE
DRE
Receita de Venda R$ 900.000,00
(-) Imposto sobre Vendas -R$ 218.000,00
(=) Receita Líquida R$ 682.000,00
(-) CMV -R$ 432.000,00
(=) Lucro Bruto R$ 250.000,00
(-) Despesas Operacionais -R$ 50.000,00
(=) Lucro Líquido R$ 200.000,00

c) Execute os índices de Rentabilidade.


I) GA = Receita Líquida / Ativo
GA = 682.000 / 615.000
GA = 1,11

II) MB = Lucro Bruto / Receita Líquida


MB = 250.000 / 682.000
MB = 0,37

III) ML = Lucro Líquido / Receita Líquida


ML = 200.000 / 682.000
ML = 0,29
IV) RA = Margem Líquida x Giro do Ativo
RA = 0,29 x 1,11
RA = 0,32

V) PB = Ativo / Lucro Líquido


PB = 615.000 / 200.000
PB = 3,08

199
2. Segue o Balanço da CIA. Jeisa Abel:
ITENS 2014 2015 2016
Ativo Circulante R$ 10.000,00 R$ 18.000,00 R$ 24.000,00
Ativo Não Circulante R$ 50.000,00 R$ 62.000,00 R$ 76.000,00
Lucro Líquido R$ 8.000,00 R$ 6.000,00 R$ 4.000,00
Passivo Circulante R$ 16.000,00 R$ 20.000,00 R$ 30.000,00
Passivo Não Circulante R$ 24.000,00 R$ 35.000,00 R$ 44.000,00
Patrimônio Líquido R$ 20.000,00 R$ 25.000,00 R$ 26.000,00
Vendas Líquidas R$ 102.000,00 R$ 95.000,00 R$ 98.000,00
Pede-se:
a) Giro do Ativo nos três anos:
2014 – GA = RL / ATIVO
GA = 102.000 / 60.000
GA = 1,70

2015 – GA = RL / ATIVO
GA = 95.000 / 80.000
GA = 1,19

2016 GA = RL / ATIVO
GA = 98.000 / 100.000
GA = 0,98

b) Executar a Margem Líquida dos três anos:


2014 – ML = LL / RL
ML = 8.000 / 102.000
ML = 0,08

2015 – ML = LL / RL
ML = 6.000 / 95.000

200
ML = 0,06

2016 – ML = LL / RL
ML = 4.000 / 98.000
ML = 0,04
c) Executar o Retorno do Ativo nos três anos:
2014 – RA = ML x GA
RA = 0,08 x 1,70
RA = 13,60%

2015 – RA = ML x GA
RA = 0,06 x 1,19
RA = 7,14%

2016 – RA = ML x GA
RA = 0,04 x 0,98
RA = 3,92%

d) Executar o Pay Back dos três anos:


2014 PB = ATIVO / LL
PB = 60.000 / 8.000
PB = 7,5 anos

2015 PB = ATIVO / LL
PB = 80.000 / 6.000
PB = 13,33 anos

2016 PB = ATIVO / LL
PB = 100.000 / 4.000
PB = 25 anos

e) Em qual ano, o PAY Back é mais favorável em relação ao retorno do


investimento?
Resposta: No ano de 2014

201
f) Executar o índice do Retorno do Capital Próprio nos três anos:
2014 – RCP = LL / PL
RCP = 8.000 / 20.000
RCP = 40%

2015 – RCP = LL / PL
RCP = 6.000 / 25.000
RCP = 24%

2016 – RCP = LL / PL
RCP = 4.000 / 26.000
RCP = 15,38%

3. Segue o Balanço da CIA. FINAL.


BALANÇO PATRIMONIAL CIA FINAL
ATIVO $ PASSIVO $
Caixa R$ 177.000,00 Contribuição a Recolher R$ 20.000,00
Banco R$ 170.000,00 Fornecedores R$ 315.000,00
Clientes R$ 320.000,00 Impostos a Recolher R$ 50.000,00
Impostos a Recuperar R$ 40.000,00 Total do PC R$ 385.000,00
Mercadorias R$ 120.000,00 Passivo Não Circulante
Total do AC R$ 827.000,00 Financiamento Obtido R$ 110.000,00
Ativo Não Circulante Total do PC R$ 110.000,00
ARLP
Empréstimos a Sócios R$ 34.000,00
INVESTIMENTO
Investimentos em
Empresas Controladas R$ 119.000,00
IMOBILIZADO
Imóveis R$ 200.000,00 Patrimônio Líquido
Máquinas e
Equipamentos R$ 100.000,00 Capital Social R$ 455.000,00
Depreciação Acumulada -R$ 50.000,00 Reserva de Lucros R$ 280.000,00
Intangível

202
Total do ANC R$ 403.000,00 Total do PL R$ 735.000,00
Total do ATIVO R$ 1.230.000,00 Total do PASSIVO R$ 1.230.000,00

E DRE:
DRE $
Vendas Brutas R$1.800.000,00
Imposto sobre Vendas -R$ 436.000,00
(=) Receita Líquida R$1.364.000,00
CMV -R$ 864.000,00
(=) Lucro Bruto R$ 500.000,00
Despesas Operacionais -R$ 100.000,00
(=) Lucro antes do IRPJ e CSLL R$ 400.000,00
(-) IRPJ e CSLL -R$ 120.000,00
(=) LUCRO R$ 280.000,00
Pede-se:
I. Executar os índices de Rentabilidade:

Receita Líquida 1.364 .000 , 00


GA= GA= = 1,11
Ativo 1.230 .000 , 00

Lucro Bruto 500.000 , 00


MB= MB= =0 , 37 x 100=36 , 36
Receita Líquida 1.364 .000 , 00

Lucro Líquido 280.000 , 00


ML= ML= =0 ,21 x 100=20 , 53 %
Receita Líquida 1.364 .000 , 00

RA=¿Margem Líquida x Giro do Ativo RA=¿0,21 x 1,11 =23,31%

Ativo 1.230 .000 , 00


PB= PB= =4 , 39
Lucro Líquido 280.000 , 00

Lucro Líquido 280.000 , 00


RCP= RCP= =0 , 38 x 100=38 ,10 %
Patrimônio Líquido 735.000 , 00

203
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
1 . Margem de Contribuição
É a diferença entre o preço de venda e os custos variáveis e as despesas variáveis de
cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre a
receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputada sem erro.

Exemplo 1:
Para exemplificar os cálculos da Margem de Contribuição Unitária (MC/u), da Margem
de Contribuição Total (MCT) e do Índice da Margem de Contribuição (IMC),
utilizaremos as informações de custo da empresa industrial X à produção e vendas
atuais, de 1.500 unidades mensais:
Preço de Venda R$ 200,00
Tributos sobre as vendas 27,25%
Custo Variável R$ 90,00
Despesa Variável Unitária R$ 20,00
Custos Fixos Mensais R$ 9.000,00
Despesas Mensais R$ 5.000,00

MCu = PV – T – Cvu – Dvu


MCu = Margem de Contribuição Unitária
PV = Preço de Venda Unitário
T = Tributos sobre as vendas
CVu = Custo Variável Unitário
DVu = Despesa Variável Unitária
MCu = 200,00 – 54,50 – 90,00 – 20
MCu = R$ 35,50
DRE
Receita de Venda R$ 300.000,00
(-) Tributos sobre vendas -R$ 81.750,00
(=) Receita Líquida R$ 218.250,00
(-) Custo Variável -R$ 135.000,00

204
(-) Despesa Variável -R$ 30.000,00
(=) Margem de Contribuição Total R$ 53.250,00
(-) Custos Fixos -R$ 9.000,00
(-) Despesas Fixas -R$ 5.000,00
(=) Lucro ou Prejuízo R$ 39.250,00

Ou
MCtotal = MCu x Quantidade Vendida
MCtotal = 35,50 x 1.500
MCtotal = R$ 53.250,00

Índice de Margem de Contribuição


A margem de contribuição também pode ser expressa em porcentagem. Ele mede o
índice de margem de contribuição sobre o lucro operacional originado pelo aumento ou
diminuição do volume de vendas. Veja a fórmula:
IMC = (MC/t / Receita Líquida de Venda) x 100
IMC = (53.250,00 / 218.250,00) x 100
IMC = 24,40%

1.1Custos Fixos Identificados e a Taxa de Retorno da Margem de Contribuição


Distinguir os Custos fixos identificados e custos fixos comuns. Em alguns casos, alguns
custos fixos são aplicados a determinados produtos e a outros não. Exemplo, a
depreciação de uma máquina. Dependendo do molde, o mesmo não é apropriado para
determinada máquina e sim para uma especifica. Neste caso, a depreciação da máquina
especifica para este produto, será embutida no custo deste produto. Já o aluguel da
fábrica, pode ser considerado um custo fixo comum, pois o local foi apropriado para
executar a transformação dos produtos, A, B, C, etc. Nisto, teremos duas margens de
contribuição. Uma para verificar os custos de despesas variáveis para cada produto e o
outro, para visualizar os custos e despesas fixos que estão atrelados de forma direta ao
produto.

1.2 Taxa de Retorno sobre o Investimento (ROI)


Ressalta a relação entre o resultado líquido e o investimento, nisto, gera o resultado.

ROI = (Resultado Líquido do Exercício / Total do Investimento) x 100


205
1.3Taxa de Retorno da Margem de Contribuição
É utilizada quando se pretende analisar os produtos de forma individual com relação às
respectivas taxas de retorno de investimento. Neste caso, o conceito da margem de
contribuição também se mostra útil.

TRMC = (Margem de Contribuição Total /Investimento Identificado) x 100

Exemplificação:
Seguem os dados da Empresa A e da Empresa B:
Divisão A Divisão B TOTAL
Receita Bruta de Venda R$ 270.000,00 R$ 180.000,00 R$ 450.000,00
(-) Tributos sobre Vendas (12%) -R$ 32.400,00 -R$ 21.600,00 -R$ 54.000,00
(=) Receita Líquida de Vendas R$ 237.600,00 R$ 158.400,00 R$ 396.000,00
(-) Custos e Despesas Variáveis -R$ 135.000,00 -R$ 82.500,00 -R$ 217.500,00
1º Margem de Contribuição R$ 102.600,00 R$ 75.900,00 R$ 178.500,00
(-) Custos e Despesas Fixos
Identificados -R$ 75.000,00 -R$ 60.000,00 -R$ 135.000,00
2º Margem de Contribuição R$ 27.600,00 R$ 15.900,00 R$ 43.500,00
(-) Custos e Despesas Fixos Comuns -R$ 5.000,00
(=) Resultado do Exercício R$ 38.500,00
AVA UNINOVE
Dados Adicionais
Investimentos identificáveis à Divisão A: R$ 300.000,00
Investimentos Identificáveis à Divisão B: R$ 150.000,00
Investimentos Totais (Incluem ativos de uso comum): R$ 480.000,00
A taxa de retorno da margem de contribuição de cada produto e a taxa de retorno sobre
os investimentos (ROI) são:
Divisão A = (27.600 ÷ 300.000) X 100 = 9,20%
Divisão B = (15.900 ÷ 150.000) X 100 = 10,60%
ROI = (38.500 ÷ 480.000) X 100 = 8,02%

206
Exercícios:
1 - Uma empresa industrial apresenta os seguintes dados:
Produção e Vendas 4.000 unidades
Preço unitário de venda R$ 680
Custo variável unitário R$ 310
Despesa variável unitária R$ 60
Custos fixos totais R$ 350.000
Despesas fixas totais R$ 80.000
Tributos sobre vendas 27,25%
Pede-se, calcular:

a) A margem de contribuição unitária


MC/u = PV – T – Cvu – Dvu
MC/u = 680,00 – 185,30 – 310,00 – 60,00
MC/u = R$ 124,70

b) A margem de contribuição total.


MC/t = MC/u x Quantidade Vendida
MC/t = 124,70 x 4.000,00
MC/t = R$ 498.800,00

c) O índice da Margem de Contribuição


IMC = (MC/t / Receita Líquida de Venda) x 100
IMC = (498.800,00 / 742.050,00) X 100
IMC = 67,22%

2 - As vendas foram de R$ 850.000, o custo variável dos produtos vendidos foi R$


450.000, as despesas variáveis de vendas foram de R$ 95.000, os custos fixos foram de
R$ 100.000 e os tributos sobre vendas (ICMS 18%, PIS 1,65% e COFINS 7,60%) das
vendas. Calcule a margem de contribuição total.
850.000,00 – 231.625,00 – 450.000,00 – 95.000,00 = R$ 73.375,00

207
3 - Uma empresa industrial apresentou as seguintes informações:
• Vendas totais R$900.000
• Custos fixos R$150.000
• Custos variáveis R$200.000
• Despesas fixas R$120.000
• Despesas variáveis R$60.000
• Tributos sobre Vendas 27,25%

Calcule a Margem de Contribuição Total


900.000,00 – 245.250,00 – 200.000,00 – 60.000,00 = R$ 394.750,00

4- Uma empresa industrial apresenta os seguintes custos de produção e vendas de 1.000


unidades:
• Preço de venda unitário R$ 100
• Tributos sobre vendas 27,25%
• Custo variável unitário R$50
• Despesa variável unitária R$ 10
• Custos fixos totais R$ 10.000
Pede-se, calcular:
a) A margem de contribuição unitária
MC/u = 100,00 – 27,25 – 50,00 – 10,00
MC/u = R$ 12,75

b) Margem de Contribuição Total


MC/t = 12,75 x 1.000 = R$ 12.750,00

c) Índice da Margem de Contribuição (IMC)


IMC = (12.750,00 / 72.750,00) x 100
IMC = 17,53%

5 - O único produto da empresa Sempre Verde é vendido, em média a R$650,00 por


unidade; sobre esse preço incidem tributos de 18% e comissões de 3%. O imposto de
renda é de 25% sobre o lucro.
Os custos variáveis com matéria-prima, mão de obra e embalagens totalizam R$292,50
por unidade e os custos fixos totalizam R$750.000,00 por período.

208
Em determinado período em que não havia estoques iniciais a empresa iniciou a
produção de 6.000 unidades sendo 5.000 destas vendidas no mesmo período.
Todos os elementos de custos são incorridos uniformemente ao longo do processo
produtivo.
Pede-se:

a) Elaborar a Demonstração de Resultado do período, pelo Custeio por Absorção e


calcular o valor do estoque final
DRE - ABSORÇÃO
Receita Bruta R$ 3.250.000,00
(-) Tributos sobre as vendas -R$ 585.000,00
(=) Receita Líquida R$ 2.665.000,00
(-) CPV -R$ 2.087.500,00
(=) Lucro Bruto R$ 577.500,00
(-) Despesas Operacionais -R$ 97.500,00
(=) Resultado Líquido antes IRPJ/CSLL R$ 480.000,00
(-) IRPJ/ CSLL -R$ 120.000,00
(=) Resultado Líquido do Exercício R$ 360.000,00
Valor do Estoque Final R$ 417.500,00

b) Elaborar a Demonstração de Resultado do período, pelo Custeio Variável (Direto) e


calcular o valor do estoque final.
DRE - VARIÁVEL
Receita Bruta de Venda R$ 3.250.000,00
(-) Tributos sobre as vendas -R$ 585.000,00
(=) Receita Líquida R$ 2.665.000,00
(-) Custos Variáveis -R$ 1.462.500,00
(-) Despesas Variáveis -R$ 97.500,00
(=) Margem de Contribuição Total R$ 1.105.000,00
(-) Custos e Despesas Fixos -R$ 750.000,00
(=) Resultado Líquido antes do IRPJ/CSLL R$ 355.000,00
(-) IRPJ/ CSLL -R$ 88.750,00
(=) Resultado Líquido do Exercício R$ 266.250,00
Valor do Estoque Final R$ 292.500,00

c) Comparar os resultados obtidos na aplicação dos métodos de custeio por absorção e


variável.
Absorção Variável Diferença
RL antes do IRPJ e CSLL R$ 480.000,00 R$ 355.000,00 R$ 125.000,00
Valor do Estoque Final R$ 417.500,00 R$ 292.500,00 R$ 125.000,00

209
6 - Uma empresa industrial produziu 3.000 notebooks, mas conseguiu vender apenas
2.500 unidades ao preço de R$ 2.200 por unidade. Seus custos e despesas são os
seguintes:
Custos fixos R$ 1.200.000 por ano
Custos variáveis R$ 590 por unidade
Despesas administrativas (fixas) R$ 250.000 por ano
Despesas com vendas (comissões) R$ 110 por unidade
Não havia estoques iniciais e todas as unidades foram completadas no período. Sobre
esse preço incidem tributos de 12%. O imposto de renda é de 25% sobre o lucro
a) Elaborar a Demonstração de Resultado do período, pelo Custeio por Absorção e
calcular o valor do estoque final
Pede-se:
DRE - ABSORÇÃO
Receita Bruta R$ 5.500.000,00
(-) Deduções -R$ 660.000,00
(=) Receita Líquida R$ 4.840.000,00
(-) CPV -R$ 2.475.000,00
(=) Lucro Bruto R$ 2.365.000,00
(-) Despesas Operacionais -R$ 525.000,00
(=) Resultado Líquido antes IRPJ/CSLL R$ 1.840.000,00
(-) IRPJ/ CSLL -R$ 460.000,00
(=) Resultado Líquido do Exercício R$ 1.380.000,00
Valor do Estoque Final R$ 495.000,00

b) Elaborar a Demonstração de Resultado do período, pelo Custeio Variável (Direto) e


calcular o valor do estoque final.
DRE - VARIÁVEL
Receita Bruta de Venda R$ 5.500.000,00
(-) Tributos sobre as vendas -R$ 660.000,00
(=) Receita Líquida R$ 4.840.000,00
(-) Custos Variáveis -R$ 1.475.000,00
(-) Despesas Variáveis -R$ 275.000,00
(=) Margem de Contribuição Total R$ 3.090.000,00
(-) Custos e Despesas Fixos -R$ 1.450.000,00
(=) Resultado Líquido antes do IRPJ/CSLL R$ 1.640.000,00
(-) IRPJ/ CSLL -R$ 410.000,00

210
(=) Resultado Líquido do Exercício R$ 1.230.000,00
Valor do Estoque Final R$ 295.000,00

c) Comparar os resultados obtidos na aplicação dos métodos de custeio por absorção e


variável.
Absorção Variável Diferença
RL antes do IRPJ e CSLL R$ 1.840.000,00 R$ 1.640.000,00 R$ 200.000,00
Valor do Estoque Final R$ 495.000,00 R$ 295.000,00 R$ 200.000,00

7- A Cia. ABC apresenta duas grandes divisões: Divisão A e Divisão B. Há algum


tempo, seus diretores estão interessados em analisar o desempenho de cada divisão de
forma mais profunda. Os dados fornecidos pela empresa são os seguintes (em R$ mil):
Divisão A Divisão B Total
Receita Bruta de Vendas R$ 270.000,00 R$ 180.000,00 R$ 450.000,00
Custos e Despesas Variáveis R$ 135.000,00 R$ 82.500,00 R$ 217.500,00
Custos e Despesas Fixos
Identificados R$ 75.000,00 R$ 60.000,00 R$ 135.000,00
Custos e Despesas Fixos Comuns R$ 25.000,00
Investimentos (Ativos)
Identificável a Divisão R$ 250.000,00 R$ 200.000,00 R$ 450.000,00
Uso - Comum R$ 30.000,00
Total da Entidade R$ 480.000,00

Dados Adicionais: Sobre a Receita Bruta incidem 12% de tributos

Pede-se:
a) Elabore uma Demonstração de Resultados por linha de produto.
Divisão A Divisão B Total
Receita Bruta de Venda R$ 270.000,00 R$ 180.000,00 R$ 450.000,00
(-) Tributos sobre Vendas -R$ 32.400,00 -R$ 21.600,00 -R$ 54.000,00
(=) Receita Líquida R$ 237.600,00 R$ 158.400,00 R$ 396.000,00
(-) Custos e Despesas Variáveis -R$ 135.000,00 -R$ 82.500,00 -R$ 217.500,00
1º Margem de Contribuição R$ 102.600,00 R$ 75.900,00 R$ 178.500,00
(-) Custos e Despesas Fixos
-R$ 75.000,00 -R$ 60.000,00 -R$ 135.000,00
Identificados
2º Marge de Contribuição R$ 27.600,00 R$ 15.900,00 R$ 43.500,00
(-) Custos e Despesas Fixas
-R$ 25.000,00
Comuns
(=) Resultado Líquido do Exercício R$ 18.500,00

b) Calcule a taxa de retorno da margem de contribuição de cada produto e a taxa de


retorno sobre os investimentos (ROI).

211
DIVISÃO A:
TRMC = (MC/t / Investimento Identificado) x 100
TRMC = (27.600,00 / 250.000,00) x 100
TRMC = 11,04%
DIVISÃO B:
TRMC = (MC/t / Investimento Identificado) x 100
TRMC = (15.900,00 / 200.000,00) x 100

ROI = (Resultado Líquido do Exercício / Total do Investimento) x 100


ROI = (18.500,00 / 480.000,00) x 100
ROI = 3,85%

8 - Determinada escola oferece dois tipos de cursos: Enfermagem e Fisioterapia. Há


algum tempo, seus diretores estão interessados em analisar o desempenho de cada curso
de forma mais profunda. Assim, você foi contratado para elaborar um Relatório de
Mensal de Desempenho Divisional.
Os dados fornecidos pela empresa são os seguintes (em R$):
Enfermagem Fisioterapia
Valor da Mensalidade R$ 750,00 R$ 820,00
Custos e Despesas Variáveis por aluno R$ 225,00 R$ 328,00
Custos e despesas fixos identificados R$ 360.000,00 R$ 344.400,00
Custos e despesas fixos comuns R$ 655.250,00
Investimentos (Ativos)
Identificável ao curso R$ 2.200.000,00 R$ 4.300.000,00
Total da Entidade R$ 6.600.000,00
Neste ano, há 1.500 alunos matriculados no curso de Enfermagem e 2.800, em
Fisioterapia.

a) Elabore uma Demonstração de Resultados por curso oferecido


Pede-se:
Enfermagem Fisioterapia Total
Receita Líquida de Venda R$ 1.125.000,00 R$ 2.296.000,00 R$ 3.421.000,00
(-) Custos e Despesas Variáveis -R$ 337.500,00 -R$ 918.400,00 -R$ 1.255.900,00
1º Margem de Contribuição R$ 787.500,00 R$ 1.377.600,00 R$ 2.165.100,00
(-) Custos e Despesas Fixos
-R$ 360.000,00 -R$ 344.400,00 -R$ 704.400,00
Identificados
2º Marge de Contribuição R$ 427.500,00 R$ 1.033.200,00 R$ 1.460.700,00
(-) Custos e Despesas Fixas -R$ 655.250,00
Comuns

212
(=) Resultado Líquido do
R$ 805.450,00
Exercício
b) O retorno sobre o investimento (ROI) global e por curso.
Enfermagem:
TRMC = (MC/t / Investimento Identificado) x 100
TRMC = (427.500,00 / 2.200,00) x 100
TRMC = 19,43%
Fisioterapia:
TRMC = (MC/t / Investimento Identificado) x 100
TRMC = (1.033.200,00 / 4.300.000,00) x 100
TRMC = 24,03%
ROI = (Resultado Líquido do Exercício / Total do Investimento) x 100
ROI = (805.450,00 / 6.600.000,00) x 100
ROI = 12,20%
c) Você recomendaria o oferecimento do desconto? Utilize os dados acima para
justificar a sua resposta:
Resposta: Não, pois reduziria as margens de contribuição, o lucro e as taxas de retorno.

9 - A rede de postos de combustíveis Petrolina Ltda. explora em cada um de seus


postos, além de combustíveis, lanchonetes e lava - rápidos. Os relatórios de desempenho
oriundos da contabilidade vêm apontando que a lanchonete do posto da Vila Cachoeira
está operando com prejuízos. O relatório do mês de dezembro de 2016 demonstra:
Combustíveis Lanchonete Lava-Rápido Total
Receita Líquida de R$
Vendas 450.000,00 R$ 40.000,00 R$ 60.000,00 R$ 550.000,00
Custos Variáveis -R$ 330.000,00 -R$ 15.000,00 -R$ 30.000,00 -R$ 375.000,00
Custos Fixos
Identificados -R$ 40.000,00 -R$ 20.000,00 -R$ 15.000,00 -R$ 75.000,00
Custos Fixos Comuns -R$ 50.000,00 -R$ 10.000,00 -R$ 10.000,00 -R$ 70.000,00
Custo Total -R$ 420.000,00 -R$ 45.000,00 -R$ 55.000,00 -R$ 520.000,00
Resultado R$ 30.000,00 -R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 30.000,00
A direção da rede está avaliando fechar a lanchonete, pois julga que o lucro do posto
passaria de R$30.000,00 para R$35.000,00. Você concorda? Justifique a apresente os
cálculos.
Combustível Lava-Rápido Total
Receita Líquida de Venda R$ 450.000,00 R$ 60.000,00 R$ 510.000,00
(-) Custos e Despesas Variáveis -R$ 330.000,00 -R$ 30.000,00 -R$ 360.000,00
1º Margem de Contribuição R$ 120.000,00 R$ 30.000,00 R$ 150.000,00
(-) Custos e Despesas Fixos
-R$ 40.000,00 -R$ 15.000,00 -R$ 55.000,00
Identificados

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2º Marge de Contribuição R$ 80.000,00 R$ 15.000,00 R$ 95.000,00
(-) Custos e Despesas Fixas Comuns -R$ 50.000,00 -R$ 10.000,00 -R$ 60.000,00
(=) Resultado Líquido do Exercício R$ 30.000,00 R$ 5.000,00 R$ 35.000,00
Resposta: De fato, o posto passaria a ter uma lucratividade de R$ 35.000,00.

214

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