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Laudo Psicológico

Identificação
Nome: João Pedro Soares Alves Viana
Idade: 05 Anos

Período de Avaliação: junho e julho de 2023

Descrição da demanda
Os responsáveis procuraram o profissional para realizar avaliação e intervenção para Altas
Habilidades e conduta de “mau comportamento” e irritabilidade.

Procedimento
No processo de Avaliação Psicológica, antes da aplicação dos instrumentos, foram feitas uma
entrevista com a mãe de J.P e em outro momento, uma intervenção semiestruturada com a
criança para entender melhor seus padrões de comportamento. Estes procedimentos são
fundamentais para complementar a obtenção de dados e para interpretação de resultados.
Os instrumentos usados além da entrevistas, foram: Escala Wescheler de Inteligência para
Crianças (WISC-III), a WISC-III fornece resultados a partir de QIs, Índices Fatoriais e
Subtestes. Teste de Pensamento Criativo Infantil de Torrance, este teste é corrigido e
emocionais relacionados com a criatividade, formando um conjunto de treze indicadores
cognitivos e emocionais.

Resultados
WISC-III
Os resultados de JP foram:
Classificação QIT QIV QIE ICV IOP IRD IVP
Muito Superior
Superior
Médio Superior 110 100 110 115 110 90 90
Médio
Médio Inferior
Limítrofe
Extrem Baixo

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JP possui um QI total igual a 110, o que reflete um nível de funcionamento global médio
superior, ou seja, o paciente é superior a média em crianças da mesma idade em lidar com
símbolos abstratos, na memória e na fluência verbal, na capacidade de integrar estímulos
percentuais e na capacidade de compreensão. O desempenho intelectual de JP foi acima da
média, alcançando uma média superior para sua faixa etária. Mesmo nos subtestes em que
teve mais dificuldade, ainda assim, demonstrou habilidades dentro da média, Neste aspecto,
é importante ressaltar que, provavelmente, a base de sua dificuldade está atrelada ao algum
grau de ansiedade e resistência a alguns comandos pedidos pelo psicólogo.

Teste de Pensamento Criativo Infantil de Torrance

Quanto à criatividade, de uma maneira geral, JP obteve resultados muito bons em tudo, um
nível acima da média e com prognóstico de resultados superiores na medida em que avançar
seu desenvolvimento. Na avaliação, demonstrou capacidade de produzir uma grande
quantidade de ideias , de diferentes tipos, sendo estas incomuns e bastante detalhadas. Além
disso, consegue também implementa-las, trazendo inovação para o ambiente onde atua.

Conclusão
Os resultados obtidos durante a avaliação apontam que JP possui Altas Habilidades. A sua
dotação abarca uma capacidade intelectual média superior quando comparada a da
população da sua faixa etária, assim como alta criatividade – contudo, apesar de possuir um
bom repertório, ainda lhe falta certas habilidades sociais para lhe caracterizar a superdotação,
que é combinação conjunto desses atributos (nível intelectual, criatividade e habilidades
sociais).
É necessário atentar para que algumas características de JP podem demandar sofrimento a
ele, como por exemplo, com relação a sua capacidade de lidar com situações de
relacionamentos que envolvem autoestima com possibilidade de reinjeção. Pessoas com
Altas Habilidades apresentam dificuldades em aceitar críticas e excesso de competitividade,
o que corrobora com a preocupação de seu desempenho. É notório também para que possa
explorar ao máximo suas capacidades, é necessário estímulo adequado.

Obs.: O mesmo possui em sua naturezas do brincar, comportamentos impositivos e

desafiadores – teimosia, falta de percepção de limites do outro, o que pode configurar falta de
limites em outros ambientes, conflitos familiares diversos – é necessário mais investigação.

Validade desta avaliação

Considerando a idade do adolescente e os fatores observados diretamente do comportamento
do avaliado pela família e terapeutas, espera-se que o fator de maturação biológica responda
pela evolução de algumas áreas levantadas nas escalas e a intervenção terapêutica por
outras áreas do desenvolvimento. Sendo assim, sugere-se que, pela idade, esta avaliação
seja novamente realizada em doze meses e avaliações funcionais dos repertórios trabalhados
em terapia sejam frequentemente realizadas, para que se possa mensurar ganhos e objetivos

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terapêuticos. Este relatório tem validade de doze meses a partir de sua data de entrega.
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Imperatriz, 27 de julho de 2023

Referências

Fleith, Denise de Souza. (2006). Criatividade e altas habilidades / superdotação. Revista do

Centro de Educação, 2006 (28).
Gardner, H. (1995). Estruturas da mente: A teoria das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre:
Artes Médicas.
Guimarães, Tânia Gonzaga & Ourofino, Vanessa Terezinha Alves Tentes de (2007)
Estratégias de Identificação do Aluno com Altas Habilidades/Superdotação. Capítulo 4 In:
FLEITH, Denise de Souza (Org.). A Construção de Práticas Educacionais para Alunos com
Altas Habilidades / Superdotação. Volume 1: Orientação a Professores. Ministério da
Educação. Secretaria de Educação Especial. Brasília.

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