PEQUENO MANUAL DE

ESCRITA DE
REDAÇÃO

PROF.ª ALINE LARISSE FERREIRA

2024
OBJETIVO
Neste pequeno artigo quero deixar
registrado para consulta os principais
movimentos que se presumem necessários
para a construção de uma redação
dissertativa-argumentativa.

Importante dizer que este modelo não é o

único possível para se seguir. O elenco de
pormenores sublinhados nestes tópicos foi
retirado da leitura das melhores redações
do ENEM de diferentes edições (2018,
2019, 2020 e 2021) – essas redações forem
retiradas de sites de notícia e de educação
de grande veiculação (G1, Guia do
Estudante).

A nota divulgada das produções estudantis

dessas avaliações foi de 1000 pontos nos
respectivos anos.
A

INTRODUÇÃO

Na introdução o que se espera do

estudante é que saiba
contextualizar o tema proposto,
mencionando que entendeu o que
a avaliação pede. Na primeira
linha, em geral, os alunos avaliados
mencionam sempre alguma obra
literária ou cinematográfica, de
forma ilustrativa. Na linha
seguinte do parágrafo, costumam
apresentar uma analogia do
repertório antes citado com
alguma realidade problemática
ocasionada pelo tema em
discussão. Apresentem, junto à
explanação, ou em outra linha,
dois problemas gerados pela
problemática trazida no tema.
Reforçam, então, por conseguinte,
a urgência em abordar o assunto
para amenizar ou combater o que
está em pauta.
01
O
DESENVOLVIMENTO
Nesse momento é muito importante ter em vista a organização do texto. O
desenvolvimento, em geral, é dividido em dois parágrafos. Em ambos a
organização dos períodos é a mesma, o que muda é o problema apresentado.
Em geral, o primeiro fator negativo ou positivo é tratado no primeiro
parágrafo de desenvolvimento. Já o segundo fator fica para o parágrafo
seguinte.

A ordem de explicação de um fator e como ele contribui para que o problema

discutido na redação aconteça é bem simples. De início se costuma fazer
alguma afirmação, seguindo a estrutura: “Fator X, é notório, é extremamente
prejudicial para realidade Y”. Em seguida, na linha seguinte, se apresenta a
justificativa para a afirmação anterior.

Nesse momento podemos acrescentar dados ou informações com fontes a

respeito do fator que estamos destacando: pesquisas, porcentagens, números,
falas de pesquisadores, pensadores – sempre, é claro, comentando como essa
fonte se relaciona com nosso pensamento. Após essa explanação, costuma-se
mencionar a importância de combater a causa em questão. Aqui, entretanto,
não é o momento de fazermos a proposta de intervenção. Depois de reforçamos
a importância de combatermos a adversidade em questão, coloca-se uma
possível consequência positiva dessa ação.

Esse movimento deve ocorrer nos dois parágrafos de desenvolvimento. Nesse

momento é importante escolher as fontes que iremos usar para embasar nosso
posicionamento e também discernir que fonte se adequa melhor a cada
problema apresentado – os dois mencionados no primeiro parágrafo.

03
A

CONCLUSÃO
A conclusão, apesar de ser o horizonte mais desejado para os alunos
desesperados com o tempo de duração da prova, é nada mais que
consumação dos movimentos feitos anteriormente. Digo isso porque o
núcleo da conclusão - e o que a difere dos demais parágrafos - é que seu
núcleo é a famigerada proposta de intervenção.

Saber disso é importante porque para pontuar bem nas competências é

importante elaborar uma proposta que dialogue diretamente com os fatores 1
e 2 apresentados na conclusão e desenvolvimento. A melhor proposta de
intervenção, nesse tipo de texto, tentará responder às problemáticas levantadas
por você na sua redação. Isso ocorre em função da coesão do texto e que
também demonstra uma organização das ideias e da própria argumentação.

Além de dialogar com os assuntos apresentados por você, a proposta deverá

preencher alguns requisitos. Primeiramente, ela precisa ser uma ação. É
necessário que não seja algo teórico, mas uma atitude possível de ser
executada. Assim, ficará fácil preencher os demais critérios, são eles: quem fará
(podendo ser uma parceria entre duas entidades, por exemplo), como fará (que
se trata de uma descrição bem objetiva do passo a passo dessa ação, incluindo,
quando necessário, até uma previsão de duração da ação) e, por fim, o
detalhamento.

O detalhamento é o que essa ação pode gerar, de positivo, para a amenização

do(s) problema(s). Ela pode também funcionar como uma ferramenta
anafórica, que retoma alguma referência feita no início do texto, como a obra
cinematográfica ou literária feita no primeiro parágrafo.

04
Aline Larisse Ferreira
QUEM EU SOU?
Sou professora de Língua
Portuguesa desde 2016. Atuo e
atuei em escolar públicas e
particulares com ensino de
gramática, literatura e produção
textual. Tive alunos de todas as
idades, de crianças pequenas até
idosos e com eles fui colecionando
experiências que só confirmaram
minha vontade de dedicar minha
vida à educação.

Acredito que a formação

pessoal é a nossa primeira
contribuição para o mundo.
 MUITO

MUITO
OBRIGADA!