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INSTITUTO AMAZÔNICO DE ENSINO SUPERIOR

CONSTITUCIONALIDADE DA LEI MARIA DA PENHA, JULGADO


CONJUNTO STF: ADI 4.424 E ADC 19

ANA LUZIA AMARO DOS SANTOS


DILANI DA CRUZ MC COMB
GABRIEL NASCIMENTO DE CARVALHO
MARLON SEABRA
RICARDO FONSECA DA SILVA
SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN

MANAUS – AM
2023
ANA LUZIA AMARO DOS SANTOS
DILANI DA CRUZ MC COMB
GABRIEL NASCIMENTO DE CARVALHO
MARLON SEABRA
RICARDO FONSECA DA SILVA
SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN

CONSTITUCIONALIDADE DA LEI MARIA DA PENHA, JULGADO


CONJUNTO STF: ADI 4.424 E ADC 19

Trabalho apresentado a disciplina de Jurisdição


Constitucional e Controle de Constitucionalidade
do Curso de Direito do Instituto Amazônico de
Ensino Superior – IAMES para obtenção de nota
para G2 no 1º Semestre de 2023.

Orientadora: MsC Nayara Trajano

MANAUS – AM
2023
CONSTITUCIONALIDADE DA LEI MARIA DA PENHA, JULGADO
CONJUNTO STF: ADI 4.424 E ADC 19

RESUMO

A Lei Maria da Penha é uma legislação brasileira que foi criada com o objetivo de combater a
violência doméstica e familiar contra as mulheres. Ela foi sancionada em 2006 e recebeu esse nome em
homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, uma mulher que ficou paraplégica em decorrência das
agressões do seu ex-marido e lutou por justiça. No contexto do Supremo Tribunal Federal (STF), as
siglas mencionadas ADI 4.424 e ADC 19 se referem a ações judiciais específicas relacionadas à
constitucionalidade da Lei Maria da Penha. A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) nº 4.424 foi
ajuizada no STF pela Procuradoria-Geral da República em 2011. Essa ação questionou a
constitucionalidade de alguns dispositivos da Lei Maria da Penha, argumentando que eles violavam o
princípio da igualdade, entre outros pontos. Em 2012, o STF julgou a ADI 4.424 e decidiu por
unanimidade pela constitucionalidade da Lei Maria da Penha, afirmando que ela estava de acordo com
a Constituição Federal. Já a ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade) nº 19 foi ajuizada no
STF pela Presidência da República em 2010. Essa ação tinha o objetivo de confirmar a
constitucionalidade da Lei Maria da Penha. Em 2011, o STF julgou a ADC 19 e também decidiu por
unanimidade pela constitucionalidade da Lei Maria da Penha, reafirmando a importância da legislação
no combate à violência contra as mulheres. Portanto, tanto a ADI 4.424 quanto a ADC 19 resultaram
em decisões favoráveis à constitucionalidade da Lei Maria da Penha por parte do STF, confirmando a
validade e importância dessa legislação no Brasil.

Palavras-chave: Constitucionalidade da Lei Maria da Penha. ADI 4.424. ADC 19.

1. INTRODUÇÃO
O artigo busca relatar as ações políticas e jurídicas que envolvem a análise de dispositivos da
Lei Maria da Penha − Ação Direta de Constitucionalidade (ADC 19) e Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI 4424) − no Supremo Tribunal Federal (STF). Em relação à parte jurídica, o
voto do relator foi pela procedência da ADC 19, a fim de declarar a constitucionalidade dos artigos 1º,
33º e 41º da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha. Essa norma, elaborada
inicialmente pelo movimento feminista para proteção às mulheres, criou mecanismos para coibir a
violência doméstica e familiar contra a mulher, entretanto, proporciona tratamento desigual (ou
diferenciado) aos iguais perante a Constituição Federal. (BRASIL, 2006).
Os ministros e ministras endossaram o princípio do tratamento desigual às mulheres, em face
de sua histórica desigualdade perante os homens dentro do lar.
É importante citar os artigos analisados na ADC 19 pelo STF:

Art. 1º − Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar
contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais
ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e
proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

Art. 33º. − Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar
as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, observadas
as previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação processual pertinente.Parágrafo
único − Será garantido o direito de preferência, nas varas criminais, para o processo e o
julgamento das causas referidas no caput.

Art. 41º. − Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher,
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei 9.099, de 26 de setembro de 1995.
(BRASIL, 2006)

E, trazendo dados sobre o julgamento da ADI 4424, o Supremo Tribunal Federal reconheceu
que nos crimes de lesões corporais leves a ação penal é pública incondicionada, quando aplicável a Lei
Maria da Penha (violência doméstica) (AMARAL, 2012), o que significa que o Ministério Público
poderá dar início à ação penal pública mesmo sem representação da vítima. (ADI sobre a
representação da vítima em caso de lesão corporal não poder ser retirada e ser denunciada pelo
Ministério Público (ADI, 2012) A ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4424) ajuizada pelo
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sobre a aplicação de dispositivos da Lei Maria da
Penha questionava a aplicação de dispositivos da Lei n. 9.099/95 após a edição da Lei Maria da Penha
de 2006.
Em decorrência desses posicionamentos do STF, o Superior Tribunal de Justiça veio a editar
enunciados de súmula corroborando a posição tomada nas ações acima.
Após analisar dezenas de decisões do STF e do STJ, fizemos um apanhado dos principais
entendimentos destes tribunais acerca da Lei Maria da Penha. Seguem as 10 (dez) primeiras decisões.
1) Para incidência da Lei Maria da Penha, é necessário que a violência doméstica e familiar
contra a mulher decorra de: (a) ação ou omissão baseada no gênero; (b) no âmbito da unidade
doméstica, familiar ou relação de afeto; decorrendo daí (c) morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou
psicológico e dano moral ou patrimonial. A norma se destina às hipóteses em que a “violência
doméstica e familiar contra a mulher” é praticada, obrigatoriamente, seja no âmbito da unidade
doméstica, seja familiar ou seja em qualquer relação íntima de afeto (art. 5º, I, II e III, da Lei n.
11.340/2006) – HC 500.627/DF, DJe 13/08/2019;
2) Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei n.
11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima – Súmula 600 do
STJ;
3) É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados
contra a mulher no âmbito das relações domésticas – Súmula 589 do STJ;
4) A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça
no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos – Súmula 588 do STJ;
5) A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a
mulher é pública incondicionada – Súmula 542 do STJ;
6) A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de
delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha – Súmula 536 do STJ;
7) A Lei Maria da Penha pode incidir na agressão perpetrada pelo irmão contra a irmã na
hipótese de violência praticada no âmbito familiar (AgRg no AREsp 1437852/MG, DJe 28/02/2020);
8) A Lei 11.340/06 buscou proteger não só a vítima que coabita com o agressor, mas também
aquela que, no passado, já tenha convivido no mesmo domicílio, contanto que haja nexo entre a
agressão e a relação íntima de afeto que já existiu entre os dois. É irrelevante o lapso temporal da
dissolução do vínculo conjugal para se firmar a competência do Juizado Especializado nos casos em
que a conduta imputada como criminosa está vinculada à relação íntima de afeto que tiveram as partes
(HC 542.828/AP, DJe 28/02/2020);
9) É inaplicável a Lei n. 9.099/1995 às condutas delituosas praticadas em âmbito doméstico
ou familiar, inclusive as contravenções (AgRg no REsp 1795888/DF, DJe 12/12/2019); e
10) A aplicação da agravante prevista no art. 61, II, “f”, do Código Penal [f) com abuso de
autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com
violência contra a mulher na forma da lei específica], de modo conjunto com outras disposições da Lei
n. 11.340/2006 não acarreta bis in idem (AgRg no AREsp 1363157/SP, DJe 17/12/2019).
Semelhantemente: não há ilegalidade na incidência da aludida agravante, aplicada em relação ao crime
de ameaça, ainda que em conjunto com outras disposições da Lei n. 11.340/2006 (HC 525.597/SC,
julgado em 17/10/2019. Ao julgar o HC 520.681/RJ, em 22/10/2019, a Turma considerou, todavia, que
há bis in idem se houver cumulação da agravante do art. 61, II, “f” com a qualificadora do art. 121, §
2º, VI c/c § 2º-A, praticado no contexto da violência doméstica.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.424

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4424), julgada em 9 de fevereiro de 2012 pelo


Supremo Tribunal Federal (STF), foi requerida pelo Procurador-Geral da República, legitimado,
conforme art. 103, inciso VI da CF, impugnando alguns dispositivos da Lei Maria da Penha
(11.340/2006). Pretendeu que fosse atribuída:
Interpretação conforme à Constituição aos artigos 12, inciso I, 16 e 41 da Lei nº 11.340/2006 –
“Lei Maria da Penha” –, para declarar a inaplicabilidade da Lei nº 9.099/95 aos crimes
versados naquele diploma, assentar, como consequência, que o crime de lesão corporal leve
praticado contra a mulher em ambiente doméstico é processado mediante ação penal pública
incondicionada e restringir a aplicação dos artigos 12, inciso I, e 16 da norma em comento às
ações penais cujos crimes estejam previstos em leis diversas da Lei nº 9.099, de 1995 (STF,
2012).

Aduziu ainda a inobservância do princípio da dignidade da pessoa humana, princípio da


proibição de proteção deficiente, evoca a primazia da norma mais favorável ao ser humano, vigente no
âmbito do direito internacional, bem como transgressão às disposições dos artigos 5º, inciso XLI, e
226, §8º, da Constituição Federal.
Alega que exigir a iniciativa da mulher agredida contraria princípios constitucionais, como o
da dignidade da pessoa humana e o da igualdade, além de não respeitar o dever do Estado de coibir e
prevenir a violência nas relações familiares.
Os artigos impugnados foram: 12, I, 16 e 41 da Lei 11.340/2006.

Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro
da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos,
sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:

I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se


apresentada; (...).

Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta
Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente
designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público
(STF, 1848-1850).

Segundo a Procuradoria Geral da República, a redação da Lei 11.340/06, para crimes de lesão
corporal leve contra a mulher permite duas interpretações.

Sob o ângulo do risco, alude à extinção da punibilidade de agressores em razão da ausência de


representação, resultando na perpetuação do quadro de violência doméstica contra a mulher.
Busca a concessão de medida acauteladora para afastar interpretação que: (i) permita a
aplicação da Lei nº 9.099/95 aos crimes praticados com violência doméstica ou familiar contra
a mulher e (ii) sujeite a persecução penal à representação da vítima em tais delitos (STF, 2014).

Em regra, tanto no controle difuso como no concentrado, toda e qualquer decisão de


declaração de inconstitucionalidade retroage até a data em que a lei foi publicada. Portanto, possuem
efeito ex tunc.
A palavra ex tunc, conforme aduz Olavo Ferreira (p. 154), “indica retroação, e é própria das
decisões declaratórias, que reconhecem atos nulos (FERREIRA, 2015)”. Bem como, acrescenta que
tendo em vista que são nulos os atos inconstitucionais, “esta declaração, por ação direta de
inconstitucionalidade ou declaratória de constitucionalidade, terá efeito retroativo ou “ex tunc” , já que
estes atos não possuem aptidão para produzir efeitos jurídicos válidos (Ferreira, 2015, p. 160).
Entretanto, há alguns casos que as decisões poderão não retroagir, podem acontecer de se ter a
modulação dos efeitos da decisão.
Segundo Olavo Ferreira (p. 129/130), a “modulação temporal da declaração de
inconstitucionalidade decorre da aplicação dos princípios constitucionais da boa-fé e da segurança
jurídica, procedendo a ponderação de valores constitucionais”.
Primeiramente, cumpre esclarecer do que se trata a modulação dos efeitos. Nada mais é do
que o trabalhar no tempo os efeitos da retroatividade de uma decisão em controle de
constitucionalidade.
A modulação envolve um artigo específico da Lei 9.868/99, qual seja, art. 27 que dispõe:

Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de
segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que
ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser
fixado.

Cumpre destacar, que o legislador fala em “momento”, isso significa que a modulação dos
efeitos, atinge justamente a retroatividade da declaração. Na prática, o referido artigo permite que os
ministros do Supremo Tribunal Federal, pela maioria de 2/3 de seus membros, modifique a
retroatividade da declaração de inconstitucionalidade, podendo escolher por exemplo, o ano, desde que
dentro do intervalo entre a publicação da lei e a declaração de inconstitucionalidade.
Portanto assim, que se dá a modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade.
Nesse mesmo sentido, esclarece Ferreira (p.170), “É dizer, o Supremo Tribunal Federal pode
determinar expressamente, uma vez presentes os requisitos acima, que a decisão tenha eficácia em
período fixado entre data posterior ao dia que tem início a vigência e outra data qualquer, a seu
critério”.
Prosseguindo, Gilmar Mendes afirma que “o art. 102, §2º, da CF e o art. 28, parágrafo único,
da Lei 9.868/99 preveem que as decisões declaratórias de constitucionalidade ou de
inconstitucionalidade têm eficácia erga omnes (MENDES, 2015)”.
Portanto, atinge todos os indivíduos, bem como possui efeito vinculante, e nesse sentido
acrescenta Gilmar, ao afirmar que a constituição consagra, igualmente, “o efeito vinculante das
decisões proferidas em ADI e ADC relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
Administração Pública direta e indireta, na esfera federal, estadual e municipal (CF, art. 102, § 2º).
Nesse mesmo sentido, o efeito vinculante também está reafirmado no art. 28, parágrafo único
da Lei n. 9.868/99.
Entretanto, na Ação Direta de Inconstitucionalidade 4424, o Supremo Tribunal Federal não
modulou os efeitos da decisão ao julgar a ação procedente, no sentido de que a natureza da ação penal
nos crimes de lesões corporais praticados contra a mulher no âmbito doméstico, seria de ação penal
pública incondicionada à representação.
Os efeitos são ex tunc e deveriam retroagir e atingir a todos, pois somente não iria retroagir se
houvesse a modulação dos efeitos, o que não foi discutido e determinado pelo Supremo Tribunal
Federal, o que causou conflitos e uma certa insegurança jurídica.
Entende que “Há, outrossim, um caso que o Supremo Tribunal Federal ao declarar a
inconstitucionalidade, aplicou interpretação conforme, modificando a natureza da ação penal de
pública condicionada à representação para incondicionada, mas não modulou os efeitos e aplicou
retroativamente a decisão, gerando situação desfavorável aos réus que poderiam se beneficiar pela
ausência de representação do ofendido e decadência”(FERREIRA, 2015. p.236-237).
Isso se deu pelo fato de que era necessário ocorrer a modulação dos efeitos, tendo em vista
que não houve pelo Supremo Tribunal Federal, qualquer observação quanto aos crimes cometidos
antes de seu julgamento.
O que aconteceriam com os crimes cometidos antes do referido julgamento que não houve a
representação da vítima? Poderiam ser iniciados após essa decisão?
Promotores poderiam requerer o desarquivamento de inquéritos que foram arquivados por
ausência de representação da vítima?
Afetaria a segurança jurídica, vez que como houve nova interpretação e não houve modulação
dos efeitos, esta, poderia afetar ou não os crimes cometidos anteriormente.

2.2 Existem dois entendimentos sobre a necessidade ou não de modulação


i) Há quem entenda que a norma deveria retroagir por se tratar de decisão em Ação Direta
de Inconstitucionalidade, com efeito vinculante e “erga omnes”;
Nesse sentido, Maria Berenice Dias defende o caráter vinculante e eficácia “erga omnes” da
decisão.

Como a decisão foi proferida em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, tem caráter
vinculante e eficácia contra todos, ninguém – nem a Justiça e nem qualquer órgão da
administração pública federal, estadual ou municipal podem deixar de respeitá-la, sob pena de
sujeitar-se a procedimento de reclamação, perante o STF que poderá anular o ato
administrativo ou cassar a decisão judicial que afronte o decidido (DIAS, p.123).

ii) Outra corrente entende que é imprescindível a modulação, tendo em vista que prejudicaria
o réu e deveria ser aplicada a lei mais favorável.
André Luiz Nicoletti em seu artigo do IBCCRIM destaca “que nasce com presunção de
constitucionalidade como as leis, seja surpreendido por uma decisão do STF que venha criminalizar ou
dar tratamento mais gravoso a fato que a lei (que se presume constitucional) não fazia.” Ele se
fundamenta também no artigo 5º inciso XL da Constituição Federal, afirmando que o Supremo
Tribunal Federal também está submisso ao disposto da Constituição.
Concluímos que há muita insegurança com a ausência de modulação dos efeitos da declaração
de inconstitucionalidade, aplicando-se retroativamente decisão normativa prejudicando os réus.
É certo que por muita das vezes a vítima nos casos de violência doméstica se retrata com
medo de “perder” o marido, ou medo de não conseguir se equilibrar financeiramente, em muitas das
vezes são ameaçados pelos maridos, ou por muitos outros motivos, que acabam por deixar impune os
réus. Entretanto, não se pode retroagir decisões somente para que o réu não saia impune, pois
estaríamos violando o princípio da segurança jurídica, bem como a proibição da novatio legis in pejus.

2.3 ADC 19
A Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 19 teve um papel fundamental na
consolidação e reafirmação da importância da Lei Maria da Penha no ordenamento jurídico brasileiro.
A ADC é um instrumento jurídico previsto na Constituição Federal brasileira que visa declarar a
constitucionalidade de uma lei ou ato normativo.
No caso específico da ADC 19, ela foi ajuizada com o objetivo de confirmar a
constitucionalidade da Lei Maria da Penha. Ao julgar e decidir pela constitucionalidade da lei, o
Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou de forma clara e inequívoca a importância e a legitimidade
da Lei Maria da Penha como uma ferramenta essencial para combater a violência doméstica e familiar
contra as mulheres.
A decisão favorável na ADC 19 trouxe alguns benefícios importantes:
1. Legitimidade jurídica: Ao declarar a constitucionalidade da Lei Maria da Penha, o STF
conferiu à legislação um respaldo jurídico sólido e incontestável. Isso fortaleceu a aplicação da lei e
garantiu sua validade em todo o território nacional.
2. Proteção às mulheres: A confirmação da constitucionalidade da Lei Maria da Penha
pelo STF reforçou o compromisso do Estado brasileiro em garantir a proteção e os direitos das
mulheres em situação de violência doméstica. Essa decisão reafirmou a necessidade de combater essa
forma de violência e proporcionar amparo e assistência às vítimas.
3. Precedente jurídico: A decisão na ADC 19 estabeleceu um importante precedente
jurídico, criando uma base sólida para futuras ações e julgamentos relacionados à Lei Maria da Penha.
Ela serve como referência e respaldo para que outras instâncias judiciais reconheçam e apliquem a
legislação de forma coerente e consistente.
4. Conscientização e mobilização social: A confirmação da constitucionalidade da Lei
Maria da Penha pelo STF teve um impacto significativo na conscientização e na mobilização social em
torno da violência contra as mulheres. Essa decisão contribuiu para estimular o debate público,
aumentar a visibilidade do tema e incentivar a implementação de políticas públicas voltadas à
prevenção e ao combate à violência doméstica.
Portanto, a ADC 19 desempenhou um papel relevante ao reafirmar a importância da Lei
Maria da Penha como uma legislação eficaz na proteção dos direitos das mulheres e no enfrentamento
à violência doméstica.

2.4 Considerações históricas concernentes à origem da Lei Maria da Penha e aos


fundamentos para sua criação
Para bem introduzir este estudo, faz-se necessária uma análise – ainda que breve – do caso
concreto que deu ensejo à criação da lei, bem como dos fundamentos fáticos, erigidos do cenário das
relações domésticas na sociedade brasileira.
Conforme amplamente divulgado pelos meios de comunicação à época da inovação
legislativa, a Lei nº 11.340/2006 foi batizada de “Lei Maria da Penha” devido ao emblemático caso de
Maria da Penha Fernandes Maia. A biofarmacêutica encontra-se hoje paraplégica em razão de um tiro
desferido por seu marido, na primeira grave tentativa contra sua vida, no ano de 1983, de acordo com o
Observatório Lei Maria da Penha.
Informa-se ainda que Maria da Penha sofreu novo ataque, quando o marido, Marco Antônio
Heredia Viveiros, professor universitário, tentou eletrocutá-la no chuveiro elétrico.
De acordo com informações do Observatório, apesar de terem sido iniciadas investigações no
mesmo ano em que ocorreram os referidos fatos, o primeiro julgamento só veio a ocorrer oito anos
mais tarde. Tal julgamento, no entanto, veio a ser anulado e, em 1996 o agressor foi considerado
culpado e condenado a dez anos de reclusão.
Houve recurso e, em razão da demora da justiça brasileira em dar um desfecho ao caso, este
foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos em 2001, conforme relata o
Desembargador Walter Pinto da Rocha, nos autos da Apelação Em seu voto, o Desembargador relata
que a Comissão encaminhou ao Brasil um documento contendo recomendações e soluções, entre elas a
intensificação dos esforços no sentido de se evitar “a tolerância estatal e o tratamento discriminatório
com respeito à violência doméstica contra mulheres no Brasil”.
Recomendou-se, também, a capacitação e sensibilização dos funcionários judiciais e policiais
e a simplificação dos procedimentos judiciais, evitando-se, assim, que o tempo processual seja
demasiadamente longo, sem, contudo, afetar os direitos e garantias do devido processo legal.
Piovesan, ao abordar a evolução histórica da Lei nº 11.340/2006, ressalta que o diploma
legislativo
criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, estabelecendo
medidas para a prevenção, assistência e proteção às mulheres em situação de violência e que a
mencionada lei objetiva conferir cumprimento às obrigações contraídas pelo Brasil quando da
ratificação da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e
Erradicar a Violência contra a Mulher), em 1995, em especial no que se refere ao dever de
adotar normas necessárias para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher.
(PIOVESAN apud MAMELUQUE, 2008).
Fosse o caso de Maria da Penha isolado, os detratores da lei teriam motivos para questionar
sua necessidade. Porém, uma observação superficial de dados estatísticos do período imediatamente
anterior à promulgação da lei em comento revela um cenário no mínimo alarmante.
A organização não-governamental Anistia Internacional conduziu uma pesquisa publicada
pela Folha de São Paulo em 2004, segundo a qual uma em cada cinco mulheres será vítima ou sofrerá
tentativa de estupro até o fim de sua vida. O estudo ainda mostrou que uma em cada três mulheres no
mundo já foram espancadas, forçadas a terem relações sexuais ou submetidas a algum tipo de abuso.
Na maior parte destes casos, a violência era oriunda das relações domésticas.
No ano de 2005, uma pesquisa do Senado Federal demonstrou de forma contundente a larga
ocorrência de violência doméstica no país. Foi revelado que quatro em cada dez mulheres entrevistadas
já presenciaram algum tipo de violência contra outras mulheres, e que em 80% dos casos a violência
foi física. Relevante pontuar que, entre aquelas que admitiram já terem sido vítimas de violência
doméstica, 66% afirmaram terem sido o marido ou o companheiro os autores da agressão.
(MAMELUQUE, 2007).
Entretanto, comparando-se com os dados que a Fundação obteve em 2001, percebe-se uma
diminuição, ainda que pequena, na taxa de mulheres que já sofreram algum tipo de agressão: o número
foi de 43% para 34%.
Observando-se tais dados, que traduzem a situação fática à época da elaboração da lei,
forçoso é concluir por sua necessidade. Nas palavras de Maria Berenice Dias (2012), “cada vez mais se
reconhece a indispensabilidade da criação de leis que atendam a segmentos alvos da vulnerabilidade
social. A construção de microssistemas é a moderna forma de assegurar direitos a quem merece
proteção diferenciada.”
Foi preciso que o caso de Maria da Penha fosse levado a uma instância internacional para que
o Estado brasileiro tomasse uma providência de cunho legislativo com o escopo de prevenir e punir a
violência doméstica e familiar praticada contra a mulher.
A depender do tratamento hermenêutico emprestado ao princípio da isonomia, assistiu-se à
formação de duas correntes na doutrina: a primeira, que afirmava haver uma inconstitucionalidade
nesta proteção conferida às mulheres, e a segunda, que, partindo de uma diferenciação entre isonomia
formal e material, entendia as disposições da lei como legítimas e necessárias à tutela da integridade
física e moral da mulher.
Não se pode negar o grande significado que as decisões do Supremo Tribunal Federal na
Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 19 e na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4424
tiveram na busca pela segurança jurídica, que se pode traduzir – singelamente e para efeito de
adequação aos fins deste estudo – como a certeza do indivíduo de que, ao se socorrer ao Poder
Judiciário, será dada solução semelhante a casos semelhantes.
A respeito da isonomia, citemos as seguintes palavras, por oportuno: Ao ser conclamada toda
a sociedade para fazer um pacto social com o objetivo de reverter a insustentável situação que está
vivendo o povo brasileiro, é imperioso que se atente na realidade das mulheres. Afinal, não se pode
falar em liberdade sem igualdade; e não há igualdade quando mais da metade da população está
submetida à força, à vontade e ao desejo da outra metade.
Quanto às discussões doutrinárias pós-STF, é de se notar que ainda são as mais variadas.
Dentre os motivos, pode-se citar o fato de ser a Lei Maria da Penha “interdisciplinar”: tratam-se, no
bojo do mesmo diploma legislativo, questões de natureza penal e cível. Enfim, não se pode conceber o
Direito sem o debate, sendo certo que a contraposição de ideias é indissociável do aperfeiçoamento da
ciência jurídica e, também e mais especificamente, de uma efetiva aplicação da lei.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Lei Maria da Penha foi criada com o objetivo de combater a violência doméstica e familiar
contra as mulheres no Brasil. Desde a sua promulgação, em 2006, a constitucionalidade da Lei Maria
da Penha tem sido amplamente reconhecida e confirmada pelo Poder Judiciário brasileiro, incluindo o
Supremo Tribunal Federal (STF).
A constitucionalidade da Lei Maria da Penha é fundamentada em diversos princípios e
dispositivos constitucionais, que garantem a igualdade de gênero, a proteção à dignidade da pessoa
humana e o direito das mulheres a uma vida livre de violência. Além disso, a lei se baseia em tratados
internacionais dos quais o Brasil é signatário, como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW) e a Convenção Interamericana para Prevenir,
Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará).
O STF já se pronunciou em diversas ocasiões sobre a constitucionalidade da Lei Maria da
Penha, tanto em ações específicas quanto em julgamentos relacionados a casos concretos. A Corte
Suprema brasileira tem reafirmado consistentemente a importância da lei como um mecanismo
essencial para a proteção das mulheres contra a violência doméstica, garantindo seus direitos
fundamentais.
A jurisprudência do STF tem consolidado a constitucionalidade da Lei Maria da Penha,
assegurando sua aplicação e efetividade em todo o território nacional. A lei tem sido reconhecida como
uma importante ferramenta jurídica para prevenir, punir e erradicar a violência doméstica, promovendo
a igualdade de gênero e a proteção das mulheres.
É importante ressaltar que, embora a constitucionalidade da Lei Maria da Penha seja
amplamente reconhecida, é necessário um esforço contínuo da sociedade, do Estado e de todas as
instituições para garantir sua implementação efetiva, o acesso à justiça e a proteção das vítimas de
violência doméstica.
Em 09 de fevereiro de 2012, o Supremo Tribunal Federal julgou a Ação Declaratória de
Constitucionalidade (ADC) nº 19 e a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4424.
A ADC 19 foi ajuizada pela Presidência da República e pedia que fosse confirmada a
legalidade de alguns dispositivos da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006). Por unanimidade, os
ministros acompanharam o voto do relator e concluíram pela procedência do pedido a fim de declarar
constitucionais os artigos 1º, 33 e 41 da Lei.
Já a ADI 4424 foi ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) questionando a
constitucionalidade dos artigos 12, inciso I; 16; e 41 da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006). Por
maioria de votos, vencido o presidente, ministro Cezar Peluso, a ação foi julgada procedente. Em
resumo, decidiu-se que não se aplica a Lei nº 9.099/1995, dos Juizados Especiais, aos crimes da Lei
Maria da Penha e que nos crimes de lesão corporal praticados contra a mulher no ambiente doméstico,
mesmo de caráter leve, atua-se mediante ação penal pública incondicionada.
No julgamento da ADI 4424, o relator ministro Marco Aurélio Mello defendeu esta posição
como a mais coerente com os princípios constitucionais e com as convenções internacionais sobre o
tema, como a Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher
(CEDAW, 1979) e a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a
Mulher (Convenção de Belém do Pará, 1994).
Os dois julgamentos trataram de três aspectos muito relevantes na aplicação da Lei Maria da
Penha pelos tribunais brasileiros:
(i) Ação penal incondicionada ao crime de lesão corporal leve: até o julgamento destas ações,
juízes e tribunais divergiam quanto à necessidade de representação da mulher quando houvesse crime
de lesão corporal leve praticado no ambiente doméstico e familiar. Na ADI nº 4424, o STF entendeu
que não se aplica a Lei nº 9.099/1995, dos Juizados Especiais, aos crimes da Lei Maria da Penha e nos
crimes de lesão corporal praticados contra a mulher no ambiente doméstico, mesmo de caráter leve,
atua-se mediante ação penal pública incondicionada.
(ii) Competência cumulativa de varas: o STF também decidiu na ADC 19 que é constitucional
o artigo 33 da Lei Maria da Penha, que permite às varas criminais processar e julgar causas cíveis e
criminais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, enquanto não
estiverem estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (JVDFM).
(iii) Não aplicação da Lei nº 9.099/1995: para o STF, é constitucional o afastamento, pelo
artigo 41 da Lei Maria da Penha, da competência dos Juizados Especiais Criminais quando se tratar de
crime de violência doméstica e familiar contra a mulher.
A principal consequência desta interpretação é que, além de os processos não serem mais
julgados pelo Jecrim, também não é possível a aplicação ao acusado da suspensão condicional do
processo, da transação penal e à composição civil dos danos, quando houver violência doméstica e
familiar contra a mulher.

REFERÊNCIAS

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[2012]. Disponível em: <http://stf.jusbrasil.com.br/noticias/3016738/adc-19-stf-declara-a-
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4424>. Acesso em 03 de maio de 2023.

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<http://mpf.jusbrasil.com.br/noticias/3018354/adi-sobre-leimaria-da-penha-e-julgada-procedente-pelo-
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