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COLEÇÃO DE LIVROS DIDÃTfCOS 'F. T. D.

DOUTRINA

CATÓLICA
MANUAL DE INSTRUÇÃO RELIGIOSA

CURSO SUPERIOR

TBRCBIRA PARTE
MEIOS DE SANTIFICAÇÃO-LITURGIA

L
--
::,;:~_1;-'v::: ~;c;;:OO~;J,1.s
t PAlJl,Q, B!oPo A.11>iUo,
86.Q """10, H·'Y/-IUO,

COLEÇÃO PEDAGÓGICA

LIVROS DIDATICOS
Por uma reunião de Profe11sore11
F. T. D.

Obedeee h &eguinte& normaa1


l.• Respeitar sempre a moral malll rigorosa pelo
eulto a Deus, à Pátria, à Familia.
2! Suavizar o ensino, pelo emprego dos melhores
métodos.
3! Torná-lo prático quanto possível pela multipli-
eidade dos excrcfoios de aplicação.
4." Adaptar-se, no que diz respeito à e:rtenaíio dos
programas, a tôdas as e:z:igêneias das Escolas Superiores.

Versam sabre toam as ramos do ensiM primário e


sactmdário. Para os respeotivos preços e mais amplas
fflfo~es, oonsuUcw o ·BIBLióGRAFO, periódico da
OoUção.
TERCEIRA PARTE

MEIOS DE SANTIFICACÂO

. 313. - Objeto da terceira parte,


0Df16'114, isto tas '1erdaduquedevemoscrer, ea
Moral, isto é, os preceitos que devem nortear o I10SSO
comportamento - foram até aqui o objeto do l10SBO
estudo nos dois tomos precedentes. Na ten:eira pade,
contemplamos.os meio., que Deus nos oferece para nossa
santificaçlo, e que nos permitem alcançar o füo que
Me nos destinou: a g(,lria do cfu.t a graça, realmente,
o meio ánico. Porém, visto que, na organização atual.
a graça se obUm. especialmente pela ~ o e pelos
~ . ent"eode-.e que raja aplicada a mesma
deaignaçio a êstes Ws, meios; de santificaçlo. Esta
parte abrange as seçlSel seguintes :

1.•Se;io: A graça (l.•Lição).


2.• s.,.., A o,_ (2." Liça,,).
3.• Se;Bo: Chi Sacramentos (3.a.15.• Lição).
PRIMEIRA SEÇÃO

!.• LIÇÃO
A Graça

'""°li.

b..t:::r,

~-.. .
..- .....!~-
·-~--
_.rfl'ttHl. D-~

... _
··-
11.do .......
• A GRAÇA

814. - Vocãbulos.

=~•Grq,o, a.) Nn linauogmn co-


~
Vida m1lurnl, Vida aobnl·
1t.Grmo • fnll"I • dcai- oat;;':,l~u.::.~·• o¾5~m nolu•
ru.1. O fim supremo do homem,
como criatura raei<mal, 6 Deus.
f.ü:d~~io~~~t;
6De\lS-6.Porom,doadequaé
vindo aer íwito pOr natlll'eu, Dlo 6
u.pudeconheceraDeus,qWI
6 um 1111r Infinito, do modo i,u.
l«ll'A. Paraentenderbemn dilllo. Sdopodedemodo-
~ • llçio, 6 i!ldiepend.vcl difllo: 6 ktc o RU fim Ml1lrol
aalieatara diíenmça. que existe e o t1nfflR. natural d11B coisas.
~ 11al11ral e aol,nn,zl...-,d DIIS Fim llllbren11tur11I. Ordem
expnBIIII& &eglll]ltes: •ida M· llllbrenatur.,_J. Conl.crnplar a
tltralel'idaaobr.nalurol,/imDcua!aceoro.ce,dBSOObcrto,e
11Gt11rale[illl~ral,or-olop0rmeiodascriaturns,6
dtfrl!Wllnzleoni'n.'°"1ellG:tllrGI. um fim que iraasoonde 11,11 exi-
g&ici• da oatureu. hUI11Aoa: 6
NatuNlelillbrenat.ural.Re- um{im~comtituindo
lor,p,raooçlooffidad&it,,avo- DOYllordemdecoisall: aonlrm
Clibulos,ou..•&I. ulimicrlPtGI.

DESENVOLVIMENTO
315. - 1. Vida sobrenatural, A Graça.

~~~==l
1.• Vida sobrenatural. - Na acepçlo rulrii4,
oéu a.;;f~JueÉes~ ~mu:ii~q~ue~
upa.ode no Pai, no Filho e no Espirita Santo. Mas
ht.: vi.ver divino, p01' que nlo poderia Deus comunicá.Jo
a n6a., ·pelo menos em determinado grau ?
No sentido lalo da ezpresdo, e com referência ao
homem, a ~ .roln-uwural é essa participação da vida
divina que Deus tinha comUnicado ao primeiro homem
(~). iJ::. &te perileu com o pecado original (68), mas
Je°~ (1wi por bem devolver-nos pela Redençlo ·
· A GRAÇA

Ora, sendo 4 1Jida .m/Jnnalu.ral participaçio da vida


Intima de Deus, constitui um /1'm .ro6rua/u.ral que se
alcançará l:inicamente por meios sobrenaturais, pois o
meio sempre deve ser adequado ao fun. Exatamente,
o meio de que Deus se vale para infundir, em nós, algo
da sua pr6pria vida, para enxertar en:a nossa vida natura1
a vida divina, para tornar-nos aptos à gl6ria do céu,
kte meio é chamado graça.
2" A Graça. - A. - DEFINIÇÃO. - A l"'f" é
um dom sobrenatural que Deus nos outorga por causa
dos méritos de Jesus Cristo, como meio que nos leve à
eterna bem-aventurança.
A graça é: - a) um dom. Dom, ou d&d.iva, quu
:C~rq;re:tagr=t~~e n:a!J:idd>~r:trat''i::da:
exigências da nossa natureza; neste caso, nlo .podia
deizar de ser um dom; - 6) .rol,n11«tlll"4l. A graça est:á
em corrdaçi[o com a glória· do para!so ; a graça é o

:e:;~~"ia:
Jim
E, se o
de~~,!:; :r::::ti4nt=~
excede os direitos da nossa natureza, como
n.lo os excederia o meio ordenado para hse fim? l Por
onde se vê que, além de ser um dom., a graça é também
e) que Deu., /10,I outmya, Se a graça ,
1Ql,r,natlll"4l ,· -

:deparado, U18:: ~!'59C0:i;,-


nossos primeiros pais, esta
~==
uma participaçlo da vida divina, é claro que d Dca,

~C:,a~~~º pj"4 ~ ;

:es~ d:e:;;:;.j~co;:;:_:t:Sd!;:
Cristo, o qual se ofereceu, na Crui, mesmo com kte
prop6sito, como Redentor e restauradOl' da primitiva
jU1tiça : - e) como mt,jo q,u. nN lc11t1 a duna ~ u -
:;r-mei!,.:=,i~;b=~~ee!:,c:'funhá q:
A GRAÇA

visa, é a graça. Faltando a graça, é muito possfvel


que ainda pratiquemos atos bons e dignos de louvor,
nenhum, entretanto, que sirva na ordem da salvação.
· B. - BSP'AcJES. - QU(lnto à nalurem e efeilo.r,
distinguem-se duas espécies de §r"f'U: - a) graça
túual, e - b) graça liaf,itual. Aquela é qe caráter transi-
t6rio, enquanto esta é permanente e reside em nossa
a1n;ia. Nisto, ~m justificação as duas designações diver-
sas, as duas expressats e atual • e • /u,l,ilual •. Pois a
primeira indica urna graça pu.mgelra (• aclual1J' • atual,
e,,;;::,~ ~r ~ ==s~co~~e:~r:: J:~:r-:
(c. ludmu.r • estado), um estado peculiar, proprio da alma.
Di-risão de Lição. - Explanar-se-lo estas duas
qualidades de graças. E mais um terceiro ponto teremos
que frisar. Desde que a graça. tanto atual como habi-
tual, é o meio único de granjearmos as recompensas
celestes, examinal'tn:llos que modo temos de adquiri-Ia.
Logo, ao todo,. alo tr& artigos: 1.0 Da Graça atual;_
2, 0 Da G,:aça habitual; 3.0 Do Mérito.

Artigo 1. - Da Graça atual.


316. - li, A Graça atual. Definição. Esp6ç.ies.
Ú Defini"°, - Gl'Qf4 atual é um socorro transi-
!6:.?:e•°=~be~/!:ª~rS8C: tud.:i~a aevitar
A Graça atual é: - a),,_,.,.,, tran,,iMrio. t':xmo
da hora, prestado numa ocasião cert., e

u= :- r:!.
nJlopropriedade
~ t e à alma; - b) qué Dau CfHICtllÚ a alma, ou,

2z~q~ :W.';l:!': ~
8 de i:
r .:s:t:~.:-,m=: :.,m~::Sjci:
s i~

~~
A GRA(,',\

:i;u~ad~ ltn:S:::Jsa~ d:::i!'~:Te


todos. - 2. Pode ser impuúo, t:i:cilaçiio da '1()11/tuÚ.
Esta recebe, da graça atual, orientação firme nos rumos
da salvação. t impelida a trilhar a estrada real, e, se
lar d6cil, haure alentos sobrenatW"ais que a amparam
e animam. - e) Para ajudá-la a wilar o mal II a prtlÚclu'
o km, ,ia ordem da ~ - Quer nos alumie a mente,
quer nos mova o cotação, sempre a graça atual se propGe
desviar-nos do mal, isto ,t do pecado, e promover o
nosso bem, isto é, obras de sa1vaçlo.
2.• Esplele1. A Gnipi. oJoutl tem noma diferenla, oepDdo
oaspeloqw,eDC1ram<111.
A. - Considerando .... o NODO, • sraca - : -•> ltduior,
q...,,,do De.oi influi d~11ú 110. inteli&<lncia e na vontade: pema•
1111mto•bcm,,.santo1dcsejoa,re,,oluçi5espiedo.:.,1:-i)uiui,,r,
qua11do&i11tlintohteinlluzodeDemparaa110SS1111111tific:açlo,

=illll!~::. ~~"t°!,~"°.:.-:!~~~ t ~1o. ~re 11


a,,dio,nça e eoperanp., ou UIO.(IQI. OIIUIIOIOS, despaça.1 • m11lra•
tempos,q111no1lr.aampcrturbi,çioe1usto, pn,vocal>do~
,._juiaada1,arn:=pencliincntoeconveralo.
B. - Coneiclerando-,c • HORA em qm a
graça alualli:-a) ,,,...,.,.iuth,

317. - Ili, Necessidade da Graça atual •


. l.•Erroa.-A~emduasealqoriasoaadvenúioa
~~~":9n:et4~tZ ~:i'ta.!1:" :.r.e.w.: ,:_ ~= :
·-·
,.....,...onminimian1,0111«JU,i,/J,ú,ainDuhc:iada,rat:aJont&-ol..
aoUN2trúio,fo.•mnu,,{J.g,a,uka11011&debilidadeawral,e11popd
10 A OUAÇA

A. - Na PRlilJIJ/Rd CATEGORIA. c,L~IIIUimm-111 01 Pda-


g;_,, ,S.,.ipffllliamu e RnCUIIUl/istas. - •l O. Pdqü,110, tir•m. do
•u c,hefe Pel&gio, o nome. Em um nwnp do s6culo V. Rejeitam
a tnu11miaslo do pecado oriainal, port.o.nto, a necessidada do Ba-
tisl'llll e da. gm;a. Julpm que o homem, gozando ele plena libor-
dada, pode muito bem, ,.,;sinhu, .-enccr u tcntaç&,1 e obsernr oa
mandamenlos.. - i) 0a &,,.ifHlagi ,..., (1) admitem que a gm;a ,
indiop,nd.v,I p,om no1 alvannos; por6m, afinnam que pode"""
mvtd-/,,. E doull'Ulll enainada pelo monge Caaiano, fu"""'1ar de
um mo$telro nn cidad.. francesa de Mara:lha. Foi o:mdenada no
Ccinc:Hio de Oranga, em 629. - e) Ruionali.tlu nio q..erem 111bcr
de lim. 911l,.,enatur11,l do bomam, nem ele pecado orij;inal; nem,
port.anto, da necessidade do graca,, lllmllo que o homem, com. as
pnSpriu íarÇa,1, preencher& c:.o.balr11ente eeua destinos.
· B. - ·Na SEGUNDA C.d.TEGORIA entram Proicdo,,,.,.,
B,,UU,im,, • J■nNnu/Ju. - a) A opinilo das Prote1to.ntes {Lutero,
C.\vino) (: 4"" • m.lllftU. humana, viciada peo pec:ndo oriP,al e
nbulbada do livre arbUrio, vai praticando, n-Nrio.11Knfr, o m11I,
da memna ionu. que o hol'llelll justilieado wi pr,,.t.ic:ando, pelo
i.mp&iodagraca,11-.r.....,mClllc,ob.m.-i)Para.,.baianlstas
(dl!S.io,lesitedeEacrituras.,r.d&naFacukladedeLovainn,
.,.,..i., XVI), nlo hlqw, didinguir ordem natural e onlem sobte-
natu.ral: snç,aogl6ria., tu.dopa.rle intca:ronla da nalute:on hu,na.n.~,
assim CO!QO olho, e ouvido1 o lilo do eorpo, e a maio o 6 da alma.
Dai raulta que o homem, essencialmente prejudic:ado n.~ sua nalu•
reu pala pecado original, , inqpaa, dorava1:1tv. de rea.liaar obra
J:-ro";,~,::. ~:~~ .;e~1deL.:'; e1ê."f!~~a~
dlle,niolópo.rticipadaaraça.alguma,anlesd11graçadiaU. De,,te
mmlo,uai;&sdoinfiele,em..,.l,dequemnlo f&r j,_tif,eado,
do poderik, •• moralme,ite bou.
2.• Dou.trina Cat61ica. - A doutrina da Igreja,
firmada pelo Concilio de Trento. estabelece a verdade
~tra hles doie grupos de antagonistas.
CONTRll d PR/A/EIRA CdTEl.,ºORJtl, dclermina
o que é que o homem 11ão pode ,u/izar .rtm a cooperaç&)
da·graça.
I.• Proposição, - S.-m a gtWf'l, o homem decaido, •
ainda 11ãoju.rli}icado, nada potkjaW-na: ortkm da .rafv.rao
(Concílio de Trento, '".,..,.. VI, c,tn. 3). É necesú.ria a
graça, para o início como para o crescimento da JI,
para o in(cio. e remate das l,oa., ol,r,,.,., numa palavra,
para o prindpio e fon da nossa .ralvaçio.
Esta propoeição é dejl e baseia-se: - A. - Nd
SdGRdD.d ESCRITURll. - a) Tukn{unlro tú Nwn,
Senhor. e Ninguém pode vir a mim, se meu Pai que
me enviou o nio atrair • (João, VI, 44). r.o.o, é indispen-
sável a griu;a para o inicio da fé. Assim é também com
as bo.u obras. e Como o sarmento, dia Nosso Senhor,
nenhum fruto dará, p<X' si mesmo, se nio permanecer
unido à ,1inha, também v6s o nlo dareis, se nio permane-
cerdes em mim. Eu sou a vinha, e v6s os sarmentos,
Os que permanecem em mim, e nos quais eu permaneço.
êstcs dio muito fruto ; pQis, separad011 de: mim, """4
pode,-_,. fazer • (Joiio, XV, 4, 6). - 6) Tukmu.nlro de S.
Pau.lo. • Que tendes v6s, sem o haverdes recebido? •
(I Cor., IV, 7). e Nio liOinOII aptos a conceber, por
nossas únicllll f&rças, um bom. pensamento procedente
de n6s mesmos J mas I DtlU flW" nw torna CQfNUU
dW,10 • (II Cor., III, 5). • É por ~ tú Dc,u que
sou o que sou, nlo foi utb.-C em mim eaa graça • (1

=io~
?'"n:,!,V~n:e~:°.;;:~ {Fj//;, i0!). e~o~
justific:adoa gro.tu.i/Junenlc pelà sraça por meio da Re-
es:.;:itsu~~.toq~~~I;..!>~~
coa4i"""flo tk Dt:JU, quer dizer, da graça, para ~ obraa
que respeitam_à II08SB sal~ e que a graça 6 um
12 A GH.'.ÇA

dom ini:eirllmenfc gratuito, não merecido por nossos


obras, pois do contrá,·io a grnça deixaria de ser Uma
graça (Rom., XI, 6).
B. - Nd RAZdO. - Os meios hão-de ser sempre
adequados ao fim. Ora, a salvação é de ordem sobre-
natural: excede as faculdades do nosso ser. Logo,
aquilo que a ela nos conduzir terá de pertencer à mesma
ordem ; terá de ser sobrenatural, e isto só pode suceder
por influência da graça.
2.i Proposição. - Sem o au:dlio da grafa, não
pode o homem decaido cumprir, por muito itmpo, t6da
a lei nolura{, nem debelar i6da.r a.r lenlaçõe.r grtWu. É
evidente que ~te ou aquele preceito da lei natural, mais
H:cil,' ou até algum. outro difícil, isolado, observar-se-á
sem a graça. Diversas tentaçõee graves também serão
repelidas. A impossibilidade diz respeito à fidelidade
completa à lei ·natural, e à vitória inteira contra as
tentações, durante longo espaço de tempo.
Esta proposição, que•é certa, firma-se: - A. - N.d
ESCRITURA SdGRAD.d. • Vigiai e orai, aconselha
Nosso Senhor, para não entrardes em tentação > (Alai.,
XXVI, 41). • Pois eu sei, diz S. Paulo, que o bem não
habita em.mim, isto é, na minha carne; querer o bem,
é comigo ; mas não o poder de reaüzá-lo. Porque não
faço o bem que quero, e faço o mal que não quero ..
Desgraçado de mim 1 Quem·me há-de livrar d~te corpo
de morte? A graça de Deus por Nosso Senhor> (Rom.,
l&.24). Em tõdas estas palavras se divisa claramente
'ciue, sém a graça, o homem decaklo não pode artedar
todos os estorvos que o· apoquentam.
A GRAÇA 13

B. - NO TESTEMUNHO DA CONSCJh/CJd
E DA HISTÓRIA. - Aqui está a voz da con#Ílncia
para nos asseverai- que a natureza, como a temos, é
impotente paro. o esíôrço continuo e muito demorado,
e a lii.ri6ri4 mostro. que foi postergada a lei naturril pelos
varaes mais conspi'cuos, mais úbios e afamados da
antiguidade, como Sócrates,. Platão, Aristóteles ..•
3.• Proposição. - Oj.uto pr«isa dapaça alu41 para
pu-4tllerarmuito lempq no ultuio tÚl}t"IIÇ4 .14nli/~nlt. Esta
-~=~~~r~/':::~~ :sm~r:°5~':!~ ~:
~çl.;u:r=~~·;.-;;~ w:.e~a:;;;tt/do =
4.• Propoaiçio. - Sem prillill§io e;dr4ordinário, o
j1Uto não pode evitar, durank a vida i11leira., todlN 1N
~«::~':~;ªd:i,.S~~iss~~:•
é definida como
siçlo
vt;.;!:~
Conálio
segue pelo
~~ ;!~ nd
t_ridentino :
e Se alguém disser que o homem, quando justi.iieado,
pode, a vida inteira, evitar todos os pecados, ioclusive
os veniais (1), sem que seja por privilégio extraordinário,
como a Igreja erê que foi o caso de Maria Santlssima.
contra ele seja o anátema• (Sú.r. VI, cAn. 23).
GMi~Tüt;J_ª ~N::'°~~tosq: ~
cometa pecados• (II Pandip., VI. 36}. cO justo cair{
sete vezes por dia, e levantar-se-á• (Pl"OI}., XXIV, 16).
•Todos nós pecamos em dive~s coisas.• (Tiago, III, 2)s
6.• Proposição. - d pU'leVel"aflP Jin4.l I um dom
parlicu.W de Deiu. A pcr.reverança Jüuú consiste na
14 A GRAÇA

/
coincidência da morte com o estàdo de graça. S~m
dúvida, quem já está justificado. pode, com as graças
comuns, observar a lei e evitar o peçado mortal. Mas,
havendo sempre perigo de recaída, é preciso reconhecer
que, se Deus o chama na hora ei,n que possui o estado
de graça, isto é favor imenso. E graça uptcialluir,uz,
CONTRd d SEGUNDd CdTEGORJd de adver-
sários que exagera o papel da graça, a doutrina ca{ólica
determina o que é que o homem pode Jazer um_ a graça.
I.• Proposição. - O liomem d«aldo pode, a,ile• da
jUJl.i}icação, conJ,ecer ~rdadu de ordem natural e pralicar
tZflJu moralmente f>mu. - drt. dejl, definido pelo Concílio
de Trento, .ru.r. VI, cân. 7, contra Luteranos e Calvinistas.
Esta proposição é fundamentada : A. - N ,1 SA-
GRdDd ESCRITURA. - a) Assim admoesta Deus
ao pecador : e Filho meu, porventura pe<:aste? Não
peques mais, porém reza por tuas faltas passadas>
(Ecluiá.!'lico, XXJ, 1). •Volvei para mim os olhos, diz
o Senhor ao povo judaico, que eu me volverei para vós•
(Zac., I, 3). - h) Falando dos pagãos, S. Paulo declara
que • não têm desculpa. porque, havendo êles chegado
ao conhecimento de Deus (pela razão), não o glorificaram
como Deup (Rom., I, 21). Ora, nem os convites de
Deus ao pecador, nem as censuras de S. Paulo contra
os pagãos se entenderiam, se não houvesse possibilidade
de praticar obras moralmente boas, fora da graça.
B.-Nd RdZJO. -Paraumaaçãosermoralmente
boa, basta que seja honesta quanto ao objeto, quanto ao
fim e quanto às cir<,unstâncias (161). Ora, quem se afou-
ta.ria a sustentar que os infiéis são incapazes de praticar
açéSes destas, por exemplo, dar esmola por bondade pura? l
2.• Proposif,ão. - Não .!'ão pecado.r fodo.t" o.r afo.r do.,
injilú, nem vlcio.r- a.!" vi.rúuk.rdtNJil6.rojo.r-, como pretendia
Baio. Pode-se ir além. E afirmamos que a infideú""d4(ú
A GRAÇA !S

negalÍWl, isto é, a dos que não tiveram, nem puderam ter,


o beneficio do conhecimento da revelaçio, essa infideli-
dade não é culposa, porque oriunda de ignor&ncia invo-
lunU.ria. S. Paulo exclama: cComo houveram ales de
invocar o Senhor, se nlo acreditam na!e? 1 E como
houveram de crer, se dêle nem ouviram fa1ar? h (Rom.,
X. 14).
318. - IV. Distribuição da graça.
Ficando assente que nio se reali1111 a .,.lwrçio .ftlll a
IJN'fll, e que esta é um úm aúo/J,,.lamenk gralu.ilo, será
útil sabeffl101 como Deus no-la coocede. Os pontos
principais da doutrina ca.t61ica poslem resllllUr.se nas
proposições a seguir.
Proposição geral. - e Deu..r qu.u a .ralwrç,JD de lodo.r
o.r hornen.r• (1 Tim., II, 4). D4, porlanlo, a lodo.r, IJNIÇIII
1u.Jicluilu.
Quando Deus impi5e Mandamentc. aos homens, se
nlo proporcionasse ao mesmo tempo os necessários 1neio1
·r:: ~hl~= ; T·.=ia c;tb:t~7~ 1

~=~~':a~e~:=::~~~~!:~=
façamos o que podemos fazer, e peçamos o que n!o

~=
pudermos fazer•. Todavi., se é verdade que Deus

:r!~º\fa~:csa:_u~=-•dánr: ::~d=~
riquezas, e os contemp]ados, os obsequiados, seriam

==
desatinados e maus, se protestassem e praguej-.

;es":~=~i:c:iada~:~de!ir:
como Deus procede com quatro classes de indivl'dU('s:
ju..rto.r, peau/Dru, injiJU, "°'ffflf'U•
16 A GRAÇA

l.• Proposição. - do.r ju.rúu (') DeUJ envia pro.ça.r


11uáadeiramen(e .rujicienlc.r, para cumprirem lado.r o,r
preceilo.r e rui.riirtm à.r fenlaçõc.r. Defl, Concílio de Trento,
.te.u. VI c,in.. 18, contra Lutero, Calvino e Jansênio.
Para apoiar esta proposição, temos, entre outros,
o seguinte texto de S. Pauto : ~ Deus é fiel, e não há-de
permitir que sejais tentados QCÍma ,úu 110.r.ra.r Jôrço..r,
mas fará que aufirais da tentação proveitos para pu.re•
11erarde.r (1 Cor., X, 13).
2.• Pi:oposiç~o. - /[ Wdo.ro.r p«adort.r, Deu.r propor-
ciona graça.r .rujicüntt.r para que po,uam pen'itenci.ar-.re.
Esta proposição é cuia, e vem abonada por nume-
rosos textos da SAGR/JDd ESCRITURd. - a) dntigo
Tulamenio. •Não quero a morte do ímpio, diz o Senhor
ao ·povo judaico. Quero que êle se converta das sendas
erradas, e tenha vida. Convertei-vos, convertei-vos,
largai essas vias corruptns ... Em qualquer dia que o
Ímpio se queira converter, não o prejudicará a sua
impiedade• (Euquid, XXXIII, 11, 12). - b) Novo
Te.rfamer,io. •O Senhor, diz S. Pedro, tem paci.'.:ncia
convosco, pois não quer que nenhum pereça, senão
que loCW,1 se arrependam e penitenciem• (li Pedro, III, 9).
São múltiplos os passos do Antigo e do Novo Testa-
mento em que Deus exorta e incita urgentemente os
pecadores, para que se convertam. Ora, tais recomen-
dações seriam irrisórias, se Deus não apresentasse tambbu
os recursos para a conversão. É natural que não se
laça essa distribuição de graças, a esmo, a tiXla hora e
sem critériQJ mas sim na ocasião azada. Em tempo
oportuno. Basta·prestar atenção, e perceber-se-á, de vez
em quando, o ap.'.:lo divino : e Fico à porta, e estou

o... ~':."'!~~"t:i.:'':!:::-~~~ ~1!"~~::.


vemoo<>S...ho,l,,..,,do,:,oo1 .. do•1nfldolldadoodelmiol(IMl&•.V,4),0?o,
,:,,,é-Uvodoq,.,olxobo....,10,eo..,oDo.aqoodo•oopr&ee!lonloU..-lo<,ol,
tado,.eloopon1-,..~•lo?I
~------A GRAÇA \7

batendo~ (dpoc., III, 20). f'.stc ensejo propício ser~


alguma lei(urn comovente, um, conselho ae<Jrtado, uma
boa inspiração. Ou será um desastre grande, um pro•
fundo dcsgôsto que deixe a alma acabrunhada, desnor-
teada, como se deu com o fi ho pródigo, regressado ao
lar paterno por causa da miséria e do abandono. Não
importam as mil formas que escondem a graça a transitar.
O que soberanamente importa, é vê-la passar e aproveitá-
la. t curvar-lhe a vontade, humilde e fiel.
3.• Proposição. - do.r in}ilü, pagão.r e hen.g&!,
De,w conade a.r graça., .ru.Jicimtu para a .ralvação. E
proposição arfa. • Deus quer que todos os homens sejam
salvos•· Foi objeto da precedente demonstração. • Se
alguém, explana Santo Tomá.s, fôsse criado no seio das
matas, entre os brutos, e observasse o que sabe da lei
natural, procurando o bem e fugindo do mal, devemos
ter como coisa certlssima que Deus lhe comunicaria,
pela rtvdação interior, as coisas necessárias para crer,
ou lhe enviaria um prtffeldor da JI:, cómo a Cornélio
mandou Pedro~.
4.• Proposição. - dtl: para a., criança.r 1ue morrem.
ante.r do batúmo, Deu.r prtparo11 "lodo., o., meio.r de .,-alwt•
ção. Se não forem aproveitados êsses meios, é porque
intervieram fatores estranhos e naturais, e Deus não
tinha obrigação de remov~los, a poder de milagres.
Há teólogos que ensinam que a salvação das crianças
depende da vigilância e piedade dos progenitores,. sendo
então culpados êstes, quando não se salvem os menores,
e ficando. assim com tôda a responsabilidade. Nestes
t~rmos e concebida de modo rigoroso esta tese não se
apoia em nenhum argumento, se bem que seja aplicável
e exata em certos casos. Aliás, a opinião comum é que
as almas das criancinhas mortas sem batismo se recolhem
a um lugar chamado limbo, onde não desfrutam a visão
18 A CRAÇA

de Deus. ponim nada padecem, e pam de klicidade


natural (S. Tomáa).

319. - V, Graoa eficaz e llvrearbftrio, Coro lã rios.

_..,,.
I.• Erro,. - O. adffrÚ-.ios, todo■ da oeg,mda co.terria (316),
~m~:ti!:1:. ~!:' 1rv:~J: !iti::'1:-:i:· ,~:
'ef"icas.

2.• Doutrina u.tólic:a, - Soj, fl'dl /Ir II nttlurua da l""r-


rj;o,u, ,rio.,,,,,,.,.,,,,
o li<-rr orMlrN. D, Ji, ConcHio de Trento, .u.r,.
VI, 4.

•..;;;,•>,.
__
q..,f, tambmo
todasos01ilroa
W11 enc&mioo,
graça?
B. - NA TRADIÇÃO. - O.
lnto1 de Santo Agostinho. E,,1', bem. Ma■

: ~-:ur:ta-W:ºo-=t. ~~':!:'
tem=imuita dific:uldadei,aracooeiliarolivre
1

ofirma·tamb6111.aemrocleios.nocome:athio"l
•Nlo cleizeia qim vo, ~ o maJ. (Rom., XII
""""'áqm ·
d.ques6
privatiYOS
C. - N.4 RAZÃO. - S.J;,e,no. (61) q"" • liberdade 6 premi■
:"!:~==m~"::ia::-~va~~o~
i.11vmdvelmente q• Deus qllileae a t a ~ o bc!mem
pemar
A GRAÇA 19
numn condiçllo1u1,crior porfa,..,,,Jo,lhe a natureza,ef3ue los,,
1uprimindo 01 predica.doa desta me1ma natureu.
Corolirio 1. - GR4ÇA EFICAZ B QRtlÇ4 SUFICIENTE.
- Desde que o homem, mcdiant. a 1raç. elicu. pratica i&.tlrMl•
11Ut1lc o bem, aindn que o fa.~

~~º!ic"t~"'=nr. .~:,'~.::::..:a~ ~~eil;;v::::::


1,·,,,.,,,.,11&, enqm.nto, med,ante a

- a) o~w... 2 r..Uta.
-f)o~Wlfla,,,,,Jinista.
_1601).
20
~----~
___ A GR.~ÇA ______ _

Corolãdo III. - PREDESTlNdÇÃO À GL6Rl.1. Pnd,.r-

tit;:if:rr:E;~ê !ig!::~~};1~;de!~:~~~!:~r:E:•:~:~i:~~E
anterior ou posleeior, li provisílo dos mhitos sobrenatU,ais do
homem 1 Ainda nisto div,;:,gcm tomistas e molinist.u. Por misle-

t;;o:2~Lãl !~!3~:~]l:::::~~~Ii~~:~,~~:::;~
Artigo I t - Da graça habitual
320, - VI. Graça habitual. Definição.
Definição. - Graça habitual é a que permanece cm
no.ua alma! tornando-a j1u-la e .ra11/a aos olhos ~e Deus.
Daí os outros nomes que merece, de graça j,ut,jicanfe e
graça .ran.tijicanfe.
Graça habitual é : - a) a graça que ptrman«e em
no.tJa alma. Ao passo que a graça atual é auxílio essencial-
mente transit6rio, a graça habitual é um dom que fica :
é qualidade incrente ti. alma ; - b) tornando-a j1uln. A
graça habitual faz a alma sair do cs{ado de peçado
mortal e entrar no ufado de ju.rt;ra ou ufadu de graça.
Em que çonsiste esta reabiliiação ? Que disposições são
requeridas para obtê-la ? De que natureza é ? Outras
tant11S perguntas à.s quais se responde no seguinte númel'o,
321 ; - ç) e J'anfa aw uU1uJ' de D~u.r. Além de justifkar
a alma, a graça habitual santifiça-a. De gu·e maneira
sucede isto, é o que se vê pelo número 322.

321 . .:....... VI 1. Justificação. Disposições requeridas.


Natureza.
1.0 Noçio. - O termo jú.rli}iclU", tratando-s,o de Deu,. quer
dizer lornariUllto, &.zera justiça aparecer num lugar cm que nio
eatava. J,u!,Jieaç/J1>,portanto,&oatodivinopcloqualoiloremitidos
oa pecados, original e atuais ae f8r o caso, e que tra,. os pecado..,.
doestadodcculp,,.aoestadodcgraÇttcdcjustiça. Que disposições
uige ela noa_ adultos 1 - iá s,o vê que as crianças só precisam do
tadaajus1.iça,:-J)a"""lriç/ío,a
morl•is. com o deoojo de "'""""• o sacramento o ti1mo (ou da
eenitancia); nio sendo passivei a recepçao dhte, .-cramentoe, 4
de neceaida.de o alo de, ,,.,.id,,â pujei/O. ou de ~ ,,.,Jci,..
li.• Naturesa da j•.tlficaci:o. - A. - tRRO PRO'l'ES•
~~icki.!~-:e=~;; !:!~~e:~
N;".1:J:!: ::,i:;,..!~e.;,. ~aça
i•tifiado.
~..,:_=~
::," r.:"'e':"~ q:.:..::.:=.los,
Eua justifioaçlo 'lftll
se bem que,
a••• anta, uma esp6cic de sentença,
inleriarlDl!llll!,

8. - DOUTRlN4 CATÔIJC4.
22 A CR4ÇA

322. - VIII, Efeitos da Graça santificante.


1.0 Pela graça habitual, tornamo-nos amigo., de
Deus. cSe alguém me amar, diz Nosso Senhor, meu
Pai o amará, e a êie viremos• (Jt,iio, XIV, 23).
2.0 A graça toma-nos Jill,OI adoiil'D,f e h.trtkiro.t" de
Deus. e V&cle quanto amor o Pai noa manifestou. Quis
iue noa chamassem Jilh.a., de Deus e que efetivamente o
:7e <!e:i!'Jc~!,
de Cristo.• (Rom.,
~~rd:?r:• j: O:.~C:!t::
VIII, 15, 17).

ePor 6!:.Tz t·p::,ruo::"'.! :n~=~i1:


3
iDSisne, e preciosl'ssimos que prometera para nos fazr
participanlt.r da na.illl'U4 diPina.,. (II Pdro, [, 4). Claro
que essa participação divina nio é participação nd.r-
ttu,eu,l que Q08 trandonnasse t1i1 outro. tantos deuses.
A CRAÇA .
É participação acidtnlal, quer Jizer que a semelhança
divina está impressa em nossa alma. Como o ferro
~t:t ~:atm~:,91 "'ra~naso~==d(ui;.~a O ~:SJ:n:t:
assim a alma, exomada pela graça, é a imagem de Deus.
:a~r;: ~~d=!:":: ~~h=:~osp~6~~ i =::
da gl6tia, pois encerra-a, embrion&ria, como o FnJl.e
contém a &rvote.

nm/'i-iS:!:l~Â' ~~to~: Santt ':toada


q:.rm-oram
por assim dizer, tabernáculo Ut:rado no
as t~ Peuoas divinas. No entanto, esta moradia,
embora comum da Santlssima Trindade, é atdbufda
partic;ularmeote ao Esp{rito Santo (121) porque o CODSi-
deramas como santificador das almas.
5.0 A graça habitual, com as 11irludu inju.,111,1, teolo-
t:ais e morais, com os do11.1 do E.rplrito &,elo e com as
graçu atu.ai,1 que a conservam, fortalecem e desenvolvem,
constitui em n6s uma vida nova chamada 11ida ~
11aiu.ral
6. 0 A graça habitual torna-nos aptos a praticar
açi5es meritórias para o céu.

Artigo 111. - Do m6tito


323. - IX. O Mérito. Definição. Espécies. Fun-
damento.
1.0 Defini~o. - Allrito, na acepçlo COJll.um do
vocábulo, é o direito a uma iecom.pensa, adquirido po1'
uma obra livre e moralmente boa. Aqui, trata-se de
mln"to Rlbnnalu.ral. t qualquer açlo lei.ta pelo impulso
da t:raça e que dá direi"lo a uma recompe111a Rlbnnalu.ral.
O mlrito e a pnu, ambos fonte de bens sobrenaturais,
24 A GRAÇA

sio entretanto muito diferentes. A prece alcança favores


devido à liberalidade de Deus e aos sofrimentos de
Jesus Cristo. O nosso mérito é premiado, conforme o
valor dos nossos atos.
2. 0 Espécies. - Há duas espécies de méritos: o
de justiça e o de conveniência. - a) O merecimento é
dito de ju..,liça, quando a obra tem um valor moralmente
igual à recompensa, com direito a ela, por ~quidade
uiril.a. e rigorosa. Para que exista, deve haver compro-
misso formal por 'parte de Deus. É o merecimento
pujeito, o dosju..,(o.r. - b) No mérito chamado.de co,we•
ni2ncia, o prêmio excede o valor da obra. E devido
apenas por causa de tal ou qual oportuni,fo.<le. Este
merecimento imperfeito, também o podem ter os p«a-
doru.
3,° Fundam.ento, - As definições anteriores esta-
belecem-no claramente : o merecimento de ju.,fiça tem,
por ho..u, o valor da ob,a e a promessa de Deus.
O merecimento ,Ú conw:niincia não se origina, nem
no valor da obra, nem na promessa divina, mas Unica-
mente num motivo de pura benevolência, porque qual-
quer ato sobrenatural ~ digno, perante a bondade de
Deus, de alguma consideração.

324. - X. Condições do mérito.


l.• Condições para o 111érito d" justiça. - A. - POR
PARTE DO HO.illE.ill. - Há dois requ,.ilos, - a) o ,Jiado d,
jt',., P:fc~!:; n~ ta:"ndo s6ui::'i';;:;;,_mt;!~~• ºd~u:,:~~/",1!
t:r.~1:.~~ ;.~~~ :~ ·d~E~t.~~~fld ~ t~~:;'.ªt:: r;~í:;
cst.o.do de g<aç.a que estamos unidos a O.,us.
B. - POR PAR1'E D.li OBR4. - A obra deve ser: - a)
N•re. Uma ob,a s6 & moralmente boa quando livre; - 6) mJJral•

::~~6~_:_ ~~~:,,t.:tT~do ot:m·~::r!::::.io~:Jo 'rn1l~~


0
A. GRAÇA 25

da 1raça, com •• única,.■ f6rÇIIS Ja n■tureu, poderá Takir-noa outio


bom n■ meam■ cmlc,m: co:n.tilui 11U1nocimonto naluml, e 16 d6
direito a umn re,:ompen..,, duta mesma ordem.

2.• Ccmdi'6e• pua o


~~~~,.::.,.venoitn.:::.tez.:.,.
---to-=~=:~
:!t/:t ,:~ e:~.UIT.-...:.e1i.":e,j_Senh~.
de c,oafflllbcla. -
~
325. - XI. Objeto. Medida. Perda. Restituição
do m,rlto. Conclusão prãtica,
1.• Objeto. - A. - AltRITO DB JUSTIÇ.t. - O jW
r.-~1:~•~"ji~if8~T':,_~f!..""::!: ~:i..~-
:~~~r=..i8:;!~..:·u,
B. - NJ1RITO DB CONVBNJ8NCI.t. - &t., mErito taoto
~l~d~= ~
■)O~niopodemereee•,demodoalrum,o.f"""M:U'I,.,.

=•=ueJ.."":.':".J"'.Z:W:i.t'-;:1::::.:::.tui~ ~
pel■ U.pelapanilheia,pelaoraçloe,prahaenk,,~l&da,,u
obruboas,de>-ida.1aasinflo:óosdagrapatuod.-6)0jiut,,gut1
corn11pcmda à graça atU11l, merffil: - 1. IJl'&Ça .Jku, ..,..,ii,do
~~:=:'.:~=~\'.":-~,. ~3~
pu■ N~: po-.acmplo. bom1epadopCllllllrqoeacoaverslo
de Santo Aptinho 4 iro.to d■s \&grimq de S■.ata M&aica; - 4.
N111 , _ , , _ . ; , t■mbb,, 111111 .&o.oi. 11a p~~ cm qa lbe
f.on=p,o,,eitoaosx,.ra ■ waàlvallo.

2.• Medida, - Uma obra ae1' ..q ..... rit&ria ou mmios,


confwm.o QWO'l'ou..._.-.,.u,lep..,_dotMl,:,oq119a mspita.
0ra;tae-.,..,'Ude~~diinla\WOfJllllem.Omotiw-
Conclusão prática.
I. 0 Havemos de tributar a Deus a gratidão mais
viva, por nos ter promovido à ordem sobrenatural.
2, 0 Aumentemos em· nós, por todos os meios, a
graça santificante : oração e Sacramentos. A Eucaristia
especialmente, porque ela nos dá, não só a graça, mas
o autor da graça.
3. 0 Lembremo-nos de que um s6 pecado mortal basta
para' arrebatar a formosura comunicada à nossa alma
peljl. graça.
4.• Pedir a Deus, todos os dias, com instAncia,
empenho e fervor, a graça suprema, que é o dom da
perseverança final.
LEITURAS. - !.• Con~rsi"o de S. Paulo (AIH, IX). 2.•
A Sam.o.ritana (João, IV), Santo Est&vlo, iortaleddo pala graç.a
(A!<JJ, VI).
. QUESTIONÁRIO. - I. l.• Que 6 vida sobrenatural ? 2.•
~e! ·~g;: ~~ ?t:nr t:.: t-:..cs~:Çat.tã~ l !:1!°7
5.• Como.., d,vide eeta liç.i:o?
II. l,•lQue 6 graç.a atual? 2• Quài:, alou cspici.,a?
A. CRA.ÇA. 27

i-:.i S::.. ': ~.:=.i.-m~:=-~ro


n ....:! 11 ~~
homem pode to.mre nlo pode ruor, sem•
:i:
..-oa. ..,,._IWI•
!W.. t,inac.16Ue.!

ai• ...!VJ111\;.f°s.'!°A!~..~ x:~.t; 2:-'~


quemDmlmMmbo.tism<>?

t.b.;fm~~!'°;!~~~~l~
O liatema tomista eO sistema.-1inista ! t . • I ) e - ll&.Clllllp"IV
c:om•grap.?
VJ.Qm,6gmç,,hobitual!
VII.
porparle
lantes••
ri.opioilc,
luta<Xquenosad,.....,.em.
rec:ebori__,,to!7.•Seoi
8.•~rec:uperar?
VIII. Qunis 11111 os efeitos do. gu.ça antific.nte?
IX. 1.• Que E m6rito f 2.• Quais 11111 •• esp6ciu? 3.• Qual
6 o Jundameo.to do m6nto !
2.• p.X.;_ 1~•2..~=.:':'':..~ ;=bllentodejustipa !
XI.l.•Qual&oobjetodomá-ito? 2..•AIUdidadoairito?
Pod.. pwd.r e recupefal' o m6rito!

~~~~-o:-.;"c.Qi:J1':i !.:=~
2.• dism: •S.m mim, nada. podn,•,
queria. d.... fuer nenhum bem sem• ansa T
~!:u; 4.;
Porq... 1'111
~ c:o!:":.;,: :-:.';";.;.,<!~?
SEGUNDA SEÇÃO
DA ORAÇÃO

2.• LIÇAO
Da prece e~ gerãl
Oração dominical.· Saudação. angllilica

{::: 11:=.··
f->_""_""'"
{•iotJ-doo !~::'.~
l~,.._ .. ..,...,.,.._,'lo.
.jo)-,l.8&aN,r,~,._
,_ ....... _.
lte~
- 11.'l'la<lldo,

l 61 ~

1~=-=:~). ·-·
G.•S<,J,,1t...:

7.•0~
{!=r~-·~
,~~

··= ,,_,,..pi,tu_
- - - - - ~ ~ • ~ • • c , ç l o ______ ___!2,

objf19{111s do,i n.dvereArioll refc-


re,n-1111 à oraçio no uni.ido
mlrilo(3Z8).
ORtil'.o dominlc:al., - A. -
O t.&moOl'flflo (la!Jm •o,ulio•
dOllluno., prece) C0119ervou as
d11&11ignificaçllcllda.palavra
l&tinll. QuerdiHr: -11}dia-
c""°: •Aorao(ofdnebredo
---
Pad,11-Nouo, que 114G u pala-
Yl'IIII inicio.il om l&Um. tem

Saud4flloang61!ca.-A.-
&wdac,io:atodedefelUCi&
para com uma pessoA & quem
IIOI diri1imo11

PcdrodeAld.ntara•,doMont'
=:.~i&ida,
Alverno;-b),,--oui111119-
a De1111 ou ao11

B.-Dowm&im:l(IQ. "'-i-
'""•, Seabor). Preceenaiaada.
porJe111111aoa discfpuloa. :li:
coubecid&t.amb&apDrP,.,011

DESENVOLVIMENTO

327. - 1, Oraçlo, Definição, Espécies.


l.• Definiçlo. - Ortzpfo é uma elevação da alma
a Deus, para lhe oferecer as nossas homenagens e pedit
as i::•a~': aeT.!:':~o tem doU JUU; - a)
Preenche um tkwr tk cullo. Prestar homenagens a Ileu$,
quer dizer adorá-lo. quer dizer agradecer os benel'K:ios
ti:as~ue~r=tid~ 6)u~":t: lf:t:e!:
vista as inkru.ru da no.rm alma : por meio da oraçlo.
=r::::: :e!:a' ;.~~::~ ~=e~!id~'~bjifi:
parece independente e assaz diverso do primeiro. Nlo
º!:t~de1Je~ac;t°!:, '::.r:,im;°llcit~=
trissimamente, o poder divino e a própria fraq;,ueza.
Logo. pratica um ato de humildade, de sujeiçio, submis-
slo e depcnd&icia, isto é, ato de adoraçlo.
30 ORAÇÃO

2. Espécies. - A ornção será : - a) meu/ai, quando


0

feita no fundo do coração, sem se exprimir por pnlavras


articuladas. A esta ,forma de ornção dá-se lambém o
!!Orne de mdilação. E ato da inteligência e da vontade.
E papel da inteligência ponderar as coisas de Deus, as
verdades da fé ; lembrar-se das graças de que a alma
precisa e dos meios para obtê-las. A vontade produz
aspirações piedosas, como aplicação e aproveitamento,
e forma boas e santas resoluções. - h) Vocal, quando a
voz pronuncia as palavras exprimindo os pensamentos
do espírito e as disposições interiores da alma. A oração
vocal subdivide-se em : - l. o•ação porlicufur, quando
a fazemos em nw.ro próprio nome, re;,;ando nós sOzinhos,
ou 'lfé cm comum, po, exemplo, tôda a família ; e -
2. oração públí'ca, quando fei(a em nome e pela autori-
dade da Igreja, por um seu ministro, com delegação
a:rB;~iá~io~ss~i:· p~=e~á~t~s~ª Missa, a recitação

328. - 1r. Necessidade da Oração. Objeções,


Tempo em que é obrigatório o preceito da oração.
1.0 Necessidade da oração, - Segundo a d~utrina
católica, a oração é indispensável para todos os adultos,
por necessidade de preceito, e até poL' necessidade de
meio, pelo menos conforme as leis comuns da Provid~ncia,
- a) Se considerarmos a prece no sentido lato, como aio
de adoração, fica patente a obrigação. O preceito é rigo-
roso : e Adorarás o Senhor, teu Deus>, - b) Se a consi-
derarmos como ptdido das coisas de que precisamos,
temos a fonte do preceito : -A. - no tn.tino e no txemplo
de Nosso Senhor; - 1) no seu erwino : e Pedi e rece-
bereis> (Jl/at., VII, 7). •Vigiai e orai para não entrardes
em te"ltação > (Jlfat., XXIV, 41). Êstes dizeres bem
nos m ·tram que rezar é o único meio eficaz para se
obter a graça e vencer as tentações ; - 2) no seu e:«mplo.
ORAÇÃO 3l

Nosso Senhor formulou o preceito. Não s6. Ainda fez


1;t!io~e 1~é ::~::~ a~~orc~ i,':i~~i-
lhcs, disse ê1e na cruz, olhando para os verdugos, porque
nio sabem o que estão fazcndo • ( ~ . XXIII, 34) ;
- B. - no tnn'no do, dpóm,la.r t do.r Pmlru da /ptfa.
Os Ap6stolos mandam aos fiéis que sejam cassicluos na
oração• (&m., XII, 12). Os Padru da lgnja professam
igual doutrina, e atribuem a vit6ria contra as tentaç&s
à iníluancia da oração perseverante. - C. - na raz1/D.
É coisa natural!ssinua que, em se precisando disto ou
daquilo, se vi ter com quem o pOS1ui e pode dar, e .e
peça da sua bondade, mostrando muita fé, confiança
e humildade;

!li ll-""'-•""'NOO..._,,.,_da<IIIIÇIQ.oodna.oo
-nl . . Dloo_boi.....,onte-1 dlolllllodolMll>do.Nlalto.16vl<>o•
-6,dlaaoeoopon1911W, •daM-•••1<P>'m-•Do<...nodadara!Dmq
-•...,_ll,llldade·oraglo.
Dn&tlaaOdlll,.,O.Sn»trlor-ll
32 ORAÇÃO

oraçil Ju pcd" mos ., D-··; ·J•lC se cullkme <'-•» n '" mnt,.dc.


N' l quo »os conform·,n1os' sua vonta,!e, sol'c"l,,11' a, s-caç?s
que êlc m,,ndn pedir e nos quer conce,!cr por êstc meio.

a)de queB~ -;;i,:';J°a ~!::~~~ f{!~~So~i::i~~\~: 1:~t;á~~f.t!I~~~~-;.


1
Deus. E, simplesmente, ronscguir de Deus, pelo recurso da
oração, que &lc previu dosde wmpre, os be,u upiriluafr de que Cll.re-
cemns, e até os lun.r t,mporaU, qu.,ndo sejam V4nl<ojosos para a
nosoa salvação. - h) Nlo pTOcedc, tio pouco, n incrLIDinnçlo de
inútil, lança.da à pn,«,, por Deu~ já c,,n~tctr n• "°~""rp,.,~~-
Pois re""mo1, nio p.,ra o infonru,r, mo• P"'ª nkançar, por n<)ssa
humildade e conlianç<i, ns graças que dcscjn,nos.
3.0 Tempo em que é obrigat6rio o preceito da
oração. - Nosso Senhor recomenda que se• ,-.::ze sempre,
sem se cansar» (Luca.r, XVIII, J). S. Paulo diz que
devemos ser <assíduos à ornção• (Rom., XII, 12), •que
é preciso rez.ar sem cessar• (I Tu.r., V, 17). Tantas
exortações urgentes indicam que a oração }rtqutnlt nos
é apresentada como um dever momentoso. Mas n11o é
fácil determinar quando é que se impõe com carHe,
de preceito grave. Indubit.à.velmente, é obrigntório
rez.ar nas lenlo.çõu : • Orai, diz Nosso Senhor aos discí-
pulos, para não entrardes na ·tentação• (ilfal., XXVI,
41). - b) Também, se não for obrigação estrita, é pelo
menos de grande proveito, rcz.ar lodo.r o.r dia.t, de manhã
e à noite; de manhã, a fim de implorar os auxílios que
necessitaremos no co1·rer do dia ; à noite, para agrade-
- cermos os favores l'ecebidos e manifestar o nosso àrrepen-
dimento pelas faltas cometidas. - e) Convém orar,
ainda, na ocasião da recepção de algum sacramento, e
'muito mais em perigo de morte.
NoTA - Aliás, é de import$.ncia somenos que a
prece seja mental ou vocal"; que se traduz.a em longas
fórmulas, ou em jaculatórias, isto é, invocações rápidas
a Deus, ou em contemplação silenciosa das perfeições
divinas. O essencial é que a prece brote do fundo do
coração, pois é o movimento interior, são os sentimentos
OIU.ÇÃO 33

da alma, •iue vivificam a oração vocal. Sem ales, esta


n,io pa.'!oSar:: de palavreado oco, de ruldo vio, que atroa.
e k-r.: os nres, despojado de qualquer pr&timo.

329. - Ili. Eflcãcia da oração. Condiçeles reque-


ridas.
A oração ·produ111 frutos de três espécies. É - a:)
meritória, porque o1cança a graça santificante e o aumento
da mesma, desde que siio preenchidas as condições do
merecimento (324) ; - 6) .rali,}alória. Por ser, antes
de tudo, ato de bumildade, a prece serve de ezpiaçlo
das nossas culpas; - e) impdralóru,, po.is é capaz de
obter-nos as graças atuais que sup]icamos. Neste dltimo
ponto, todavia, entende-se perfeitamente que a oraçlo,

!=
considerada em si mesma, nio terá ejidcia tdMolula,
visto que Deus fica sempre dono dos seus favores. O

J:tate4;!;!e:á~~
estudar.
éc:nt::.\=.\ ~~~!
1.• Eflmcia da~àraçio. - A eficácia: da oração vem
abonada : A. - PELA SAGRLLDA ESCRITURA.
~seQ:ai ~:~:asvte J!:T:!~d:a ~ed~' ;
solicita um pedaço de pio 7 Ou lhe dará uma serpente,
3:-:i~s6 u:u:e larSea"::stn,s~~ªC::
quanto mais vosso Pai, que está no céu, há-de dar o
que é bom a quem o roga.ri• (iHat., VII, 7, 11). Promete,
em outro passo, atender a t&c:las as preces que forem
feitas em seu nome; cTudo quanto solicitardes do
~r:euDOm::•~•f(j,!âO~ ~iv~el:r Dep:;j:
com estas proioessas, Nosso Senhor apresenta-UOI, i:ua

;:h!~f:'é~.ºxvi~. jt~JJ:,::
,. _____._._._..~•~'~•-----
sc volve para ~le. cheio de fé e esperança, abre as portas
do paraíso (Luciu, XXIII, 43).
B. - PEL,t TRdDIÇ::ÍO. - Os Padres da Igreja
.-elembram, fartas vezes, o efeito precioso da oraçlo.
Vários dUes até, como Tertu1iano e S. Gregócio de Nissa,
escreveram obras inteiras s&bre hte assunto, • A oraçio,
diz Santo Ago,stinho, é a farça do homem•• S. Bernardo
assevera que nada existe mais poderoso do que o homem
que ora. · •
2.• Condipa requeridas. - Para ter eficácia
plena, a oraçio requer : o ulada tk graça, o.knçaa, /1umil-
datk, coll}ia11ça e perllf1t!ro.nça. ·

ooisaAde~1:.S!df~~~~ddehJt:~rb::~1Õ'::
SÓ é amigo de Deus quem se acha no ula.do de graça.
Nlo quer dizer que nlo podem ser atendidas as súplicas
dos pecadores. Podem. J'. o vimos, no caso do publi-
cano e do bom ladrll'.o. Mas é pura miseric6n:lia de
Deus. Move-a a interceuio de outras almas, snnttssimas
e amiclssimas, orando, continua e fervorosamente, pela
conversão dos pecadores.
B. - ATENÇÃO. - É altamente irris6tio, ridículo,
querer que Deus dê ouvidos ao que dizemos sem n6s
:mesmos prestarmos atençlo. Bem f&ra, então, que nos
~ a censura que lhe mereceram os fariseus : e :Este

;;:t!•= ~!:~!·a.tui.or,
c:ooservar: - a.)
~d~=°\
Qknçlo que afasta tada a
ºp=
povo honra-me com os lábios, mas esh1 longe de mim o

ocupação incom.paivel com a elova9'o da alma a Deus,


Nlo convÚl, allUJI:. mesmo, tuú de irreverente o que
resa em meio d9 seu h-abalho, e tem da sofrer numer01ás

~~o~~'t°eZ~~~
ORAÇÃO 85

aceitas sem motivo plausível, são pecados veninis. até


~:::;~~nid:r nt~dosclª:ial: fa":!~o, ~r:1~• q,:
rendo, não deixará de atender. Quanto às dU/rapu
involunlári,u, seja qual lôr o seu número, nuDCn serio
pecado.
C. - HUAIILDADE. - A humildade é uma das
condiç6es fundamentais da oração, pois e Deus resiste
aos soberbos, e dá graçns.aos humildes• (Tiizp, IV, 6).
Ministra-nos êstc mesmo ensino a parábola de Jesus

=•=
9ue refere a prece humilde do pubJicano. Teve despacho
favorávet enquanto loi rejeitada a do fariseu ensober-

!':!~ l e : C : ª / ~ : ' ; ~ : n:-


quando declaramos nosso Criador que
ao lhe devemos
tudo, que tudo reo::bemos da sua misericórdia, SCill
nenhum merecimento nosso.
D. - CONFIANÇd. - Quem não tivesse con.jiQ11Ç4
em DeÚs insultava-O. Ofenderia a sua bondade. duvi-
dando das suas promessas. for isso, amiudadas vezes,
Nosso Senhor nos record0; a necessidade desta disposição.
e Filho. diz êle ao ~ralítieo, tem conjiança. que teus
pecados te sio remi tidos• (illat., IX, 2). É preciso que
e nos cheguemos cot0 tôda a confiança ao trono da
graça• (Húr., IV,. 16), Deve~ pedir com fé, nm /,ui_·
lação; pois o que hesita é parecido com Q ondas do
mar que o vento agita e atropela (Tiago, I, 6).
E. - PERSEYERANÇd. - Para que nos eeja

r.:: :e:~~t~J::: 2~J1:!°0:i:1~


impotentes, Deus deixa-nos esperar ; nlo atende logo.
Por isso, cumpre nunca desanimarmos, mas continual"IDOI
rezando com pernr,efYUIÇtz, Imitaremos o pedinte impor-
tuno, a bater de noite à poria do amigo, alcançuulo
36 OUAÇÃO

afinal, depois de várias negações, os três pães que solici-


tava (Luca.r, XI, 5-8). Vemos a fé da Cananeia que
suplica, de Nosso Senhor, a cura da !ilha. Suplica e
insta. Só é atendida depois dessas instâncias, dêsses
rogos perseveranlesX(A/alJ. XV, 21-28).

330. - IV. Objeto e Sujeito da Oração.


1.0 Objeto. - Que coi.rtU podtmaJ' pedir em no.r.ra.r
oraçõu 1 - a) Todw tu lmi.r upirit114i.., que intei:essam
à salvação da nossa alma. Entretanto, também nisto
convém respeitar os deslgnios conhecidos da Provi-
dência, a economia divina. Fôra despropositado pedir
graças que nos IL,·rassen• de tôdn a dificuldade e tentação.
Tais prow1s são, exatamente, ITlanifestnções do amo~ e
da bondade de Deus, querendo que, assim, ganhemos o
céu e granjeemos méritos. Nem é bom, tio pouco,
pelo menos de modo absoluto, impetrar do1U upeciaiJ',
como Iôsse o dos milagres ou profccins, porque favores
tão insignes são muito perigosos : podem encher-nos de
vaidade, ensoberbecer e perder a almn.
b) Ben.r temporo.i.r hão de solicitar-se sempre condi-
cionalmente, quer dizer, tanto quanto Deus os julgar
de J1anfagem para a no.ua J'afvação. Sem dúvida, temos
todo o direito de pedir a saúde, a fortuna, o bom êxito
dos nossos projetos, a remoção d&:te ou daquele esfi:>rvo,
d&te ou daqu_ele perigo próximo. Porém, t' é mister
nunca olvidarmos que tudo isso são apenasjhenJ' refu-
tivw, que Deus não prometeu, nem quer distribuir
exclusivamente por nosso critério, a nosso talante. Se
houvesse tal compromisso da Providência, quanta
balbúrdia I Não faltariam pedintes completamente des-
lembrados da outra vida. Seria prejudicial à nossa sorte
eterna. Quanta coisa das que solicitamos, julgando-as
muito boas, havia de ser nociva, fatal aos nossos verda-
deiros inter&ses-: Deus o sabe e a nega. Faz muito
oa.i.çio

bem, O homem humilde ruio deixa de orar. Nlo se


"
queixa.. Nio se impacienta. NRo pl'otesla. Abençoa o
govêrno da Providl\ncia que escreve direito
tortas.
por linhas
Nio é lícito pedir coisas lndijerenlu a .ralw,ção, coroo
.tOIW no i"r• E, muito menos ainda, coisas más, como
infortúnios ~ra o pr6ximo que I109 desforrem de alpma
ofensa, pois 11to é querer que Deus nos awcilie no mal.
2.G Sujeito,-Por-qU11mnluidt1rutU ?-Devemos
resar: - e) por nú mumo.r. Isto é intuitivo : • Caridade
bem entendida começa em casa>:-./,) pelo pró.riflUI: a
Igreja, nosso. pais, superiores, benfeitores e amigos,
Temos de orar, até, por nossos Ullmi§N; a caridade
nlo exclui ninguém : • Rogai, di,i Nosso Senhor, pelos
que vos maltratam e perseguem• (nlal., V, 44) ; - e)
~ : ~~":.WJ'do nãlr;ici~~os, nem os réprobos, mas
Que grau de eficácia terà a prece que fazemos pelos
outros ? AJgum fruto sempre produz, é cert!.ssimo.
Porbn, para que tivesse todo o valor, deveriam as pessoas
~~==d==-:S, aª~~rd:'
santas almas do Purgatório.
=.çt oa:~::

381. - V.AaduaaprlnclpaisfórmulasdeOração.

ocu~º!~:ei:Otr4:Ca:;;;~~;;;~g~r&u~;
-lka.
N~-:!~l":!.1;; ~ ~ia:a~ :t ;a': 0

a Deus, mais e6caz. Repetidas vezes, havia Nosso


Senhor verberado os modos dos fariseus quando rezavam.
Repreendia-lhes. sobretudo, dois defeitos maiores : a
o,knlafl.o e a IDquacidcde. Por isso, antes de dar aos
Ap6stolos a f6nnula incomparável, Jesus recllllUB &lea
,. ORAÇÃO

humildade e luwidade : • Quando orardes, nlo imile.is


01:1 hipócritas que gostam de se empertigar, rezando,
altaneiros, nas sinagogas, e por a! fora, nas esquinas,
para que os veja tt.da a gente, •• Quanto a ti, querendo
orar, Mi a leu quarto (o quarto, aqui, é designativo do
ccoraçio•, o qual há de perm:anecer trancado para as
futilidades externas), e, depois de haver fechado a porta.
roga a teu Pai, em segrêdo ••• Nas vossos preces. nlo
m_.Jliplü,,uü palavras, c:mno fazem os pagãos, imagi-
diJ'!° (~~iav:'8asse~dttda:;s ~:,e!,'::
Pai bem
!::;
aquilo de que
sabe, antes inesmo que o peçais,
estais precisando. Haveis de re~r assim : Pai Nosso
que estais no céu ... ek. • (Ala(., VI, 5-13).
Supera:~te, como se vê, na origem. Igual
:r!;:n~ ~o:t~rar::o:~!lnpo!ne;:rr:
deveuws pedir.
2,• Saudação angélka, - É a melhor da oraç&s
que podemos dirigir a Maria Santrssima. Consta de
tris partes : - 11) da f6rmu1a que usou o anjo Gabriel,
cumprimentando a Virgem, quando lhe veio anunciar
o mistério da Incarnação: •Ave, Maria, cheia de graça;
.o Senhor é convosco, bendita sois vós entre e.s mu1heres•
'f::í:.;; d~~~ visi:~:: ~~ rr:;~r:·::vc::
ventre• (Luea.r, I. 42); e - e) de uma invocaçlo aéres-
o:ntada pela Igreja ; e Si.ata Maria, mie de Deus• (1), etc.

~::ca:=~===~=:=
·--•-molhor--•-1
{l!)Andlaçlodaihe . . . . . . . . _ , . , , _ _ _ Aprlm9lra

rc~~~'::t.~~~=i:..2!;..:
ORAÇÃO 39

332. - VI. Anãlise da Oração dominical.


Esta oração é composta de um prdm&u.lo e Rlt.
pe(h"do.r.
l.• Ex6rdio. - Contém pouqulssimas palavras,
curtas e cheias de mislérios, pr6prias para despertar a
nossa confiança filial : • Pad~ Nu.ro qw ult,i,, na du..
~:! 1;:=:\ p:~·- o:id?:!ç~tªttªli~:; O:
deu a vida nafurol e a vida sobrenatural. - 6) Padre
nu.H, e nlo só meu., para que .nos íôsse liçlo de igualdade
e fraternidade. Esta divisa em parte alguma teria mais
cabimento. Todoa n6s 50JilOS irmãos, desde que temoa
o JncsmO Pai. O Criador é um só, e um s6 o Redentor.
Participtunos todos n6s das mesmas graças e sacra,.
t:::serSer:di~= eu!!º':s pe~~=- °f~~
nosso destino : nio deve ser ego{sta a nossa prece. -
e) •Qu.11 u/tlU 110 du~. Deus está em todo o lugar. Mas
Íu~:~_Ptªú~r;~:e~~:.~~ !~:~:ae;t:.r:
lá os olhares, para .o ~u onde nos aguarda um Pai trans-
bordante de carinhos e benevol&lcia. Isto nos ampara
as esperanças.

--
2.• 0a sete pedidos. - .Como vimos, a caridade
tem dois objetos ; Deus e o pt&cimo. Assim estio
coordenadoa os pedidos do Padre Nosso. Os ~ pri-
meifCIS dizem. respeito a 1JtlW i os" quatro últimos, ao

A. - OS TR..is PRIMEIROS PEDIDOS. - Rela~


tivamente a /k,u, pedimos: - a) que nfa .,.nlijwd#
o .,e1,1 11omt1. O nome de Deus, &9Ui, é idêntico com a
~ de Deus. Que o nome de Deus, isto é, o pr6prio

ma~•.s:{:, ;:~c:_~i~ni~ Ô: t~t':e'i.!';:


40 ORAÇÃO

de acréscimo, - mas que seja honrndo por todos os


liomens. Que todos lhe fributem o acatamento e as
homenagens devidas. Resb'1.lardem-se de profanar, pelo
juramento em vão, pela imprecação e pela blasfémia,
um nome tão grande; - b) que ~mira o ,reu nino. Que
a fé em Cristo ,-ealize, todos os dias, novas conquistas.
Que Deus seja revelado aos que mal o conhecem, como
os pagãos ; aos que o negam ou combatem, como os
ateus os ímpios. Que o reino de Deus se pcivÔe de súditos
numerosos e Fiéis ; - e) que .uja feita a ,r«a <•onlade,
tu.rim na lura como 110· céu. Se quisermos que Deus
impere em nossos corações, pr<:ci~amos ob~crvar 1IS
suas leis, submeter-nos ;. von(adc divina, não sàmcnte
na prosperidnde, o que é bas(ante fácil, mas (linda no
fcmpo da aflição. Nada de queixas amargas, nada de
,·ecriminaçBes e impaciências, quando nos visitarem os
reveses e as contrnriedades. Seja feita, na terra, a vontade
ele Deus, com tanto amol' e Iidclida<le, ~·orno a cumprem,
no céu, os Anjos e os Santos.
B. - OS QUdTRO ÚL11,HOS PEDIDOS. -
Relativamente ao pr6ximo, isto' é, aos nossos interêsses
e aos dos outros, pedimos a Deus : - a) que nos dl. o
pão n.o.t.ro de cada dia : - l. primeiro, o pão alimento do
n.o.r.ro corpo. Pedimos pão, não para a vida inteira, mas
para um dia só. Deus eomovel'-se-á, cert_amente, com
a moderação de no.r.ro.r de.rejo.. Pedimos pouco, pois o
' luxo, a profusão, que alguns desfrutassem, podel'ia ser
causa de penúria, de apuros para os outros. Aliás, é de
alta relevância que nio se apegue o nosso coraçll'.o às
riquezas, e que o nosso corpo pratique a virtude da
temperança ; - 2. o pão da n.o.r.ta alma, isto é, a graça
que nos ilumina a inteligência e fortalece a vontade, e
ca Eucari.tliiz•, • o pão vivo descido do céu• (João, VI,
41), que Jesus'.se dignou de nos conceder, para saciar os
desejos do nosso coraçll'.o. - b) Quinto pedido : • PulÍfJa1:
ORAÇÃO 41

1Uwll,fno.u4.rJl11ida.ra.r.rim CWIIOn/Mperdotunuaorno.r,IO,/
"-doru. • Deus é nosso Pai comum, e todos n6s somos
irmlôs. Ora.. entre irmãos, existe o afeto e o perdiio
reclproco das laltns. Quem nl'Co quisesse desculpar os
outros, como se atreveria a solicitar de Deus o perdão ?
A miseric6rdia de Deus repiar-se-á pela nossa miseri-
córdia para com o próximo. Íste perdão das injúrillS
é questio de vida ou morte eterna. Por isso. devemos
perdoar a todos os nossos inimif?I! : inimi;os peSSOllis..
inimigos da nossa fé, Jas nossas idéias, dos nossos senti-
mentos. - e) Stáo ptdido: •Não nu m:mu cair em
ltnlaçao.• A tentação o ~ do dem&nio ou do

::~td~~a~~u!~i!':~ ::t:eE
r:=deq:~red~!:~::'
o
: st:0::~~j~ f:m~':1mo!
amor e ganharmos os louros do triunfo. Por
llO!ISO

=:: q!°:O~:ª~°:e~i~ J1&ft=~J!et~X~;;


~~~'::: J:;~u::am~~=s:"'pd~
:a~ =i,J:en':1:ueao n:7efe~~o :nt:s8:~
:t:,~°q~d~!!'::::ar:v:~n:~;!~
~ t&das
desejo de ver ateadi.das as potiç&s,
333. - ·vu. Anãllse da Saudação ang61ica.
l, - •4ve, Afarul.•. ·tste cumprimento, que inicia
a nossa prece, tradug o· respeito que temos para com
Maria Santl'ssiina e o júbilo que experimentamos, falando

:;:~:::~=
a uma Mie tio estremosa e tio solícita.
2. - e ClitÜI. dt: graça•· Os prátimos do homem
::eg::!asd:~~di~
., oaAçio

:ti~~°o-:tS::l~~e$:1
~=d:~:i;i~:trÊ 0

na sua alma derramou-se, a torrentes, o caudal dos


favorq celestes e dos dons do Esp[rito Santo.

ampl~ ;-~fantd':\lmC:,néM=~•~:.:~:me:~:.
tem.pio da divindade. A Trindade adorável mantém
com a Santíssima Virgem o conVivio m.ais intimo.
4. - cB,:ndlfa ,;,;., vl.r, en.ln u mu.ll,eru•. "As
mulheres afamadas do A~tigo Testamento, Judit, Ester,
etc., nilo podem ser comparadas com Maria. A grandeza
de Nossa Senhora excede a de tadas os criaturas do
passado e do porvir,
5. - •E 6mdilo I o }ru.fo do "'1.f.tO fMllln, Ju,u~.
Jesus.; abençoado por todos os séculos. E Maria é a
mie de Jesus. Por isso, ela tem todo o direito 110 nosso
culto. Por isso, a ela recorremos, oom a maior confiança.
6. - •Santa .llari'a, ntiit de Dttu•. Com esta invo-
caçio, principia a segunda parte da saudaçio angélica.
Relembra as prerrogativas de Maria : a sua santidade

~~ºé s~:t/é =~c:t Eª~!r~ºa;t~1!en':s :e;~ 1


propfoia e dê ao nosso requerimento despacho favorável,
e b;mbém pera afervorar a nossa devoção.
cl&gal por mf.r, p«adoru>. Pedimos a Maria
riu:.
7. -

tt:S::ú:ji~~ d::ae~q:n::•.:ve:1:
que Dia acuda. ao apl,ki do filho suplicante e desampa-
rado, ainda mesmo quando &te se tresmalhou e caiu
em culpas vergonhosas ?
8. - • ÂIJ!lnH. Certo , que necenit,mos aempre
do auxilio, naà pupas deatc mU:ndo. A t&da a hora.
ORAÇÃO 43

Porém, muito mais •na Rara. da. no.,lt! nu,rk>, pois a


· hora temerosa, a l10ra suprema, é, para n6s, iocontestà-
velmente, a derradeira, a que fu:ar-' os nossos destinos
f~;::ãnct!::i;~o :~~;
de Nossa Senhora 1
!':.~l°:m:Ovi:tntve~:
Conclusão prãtlca.

p ~ · i : t c : : ~ ~ ~ ~ n:, '::O~~• !Jª~~=


a alma, diz o P. Faber, o que a respiração é po.raoc:orpo-.
Isto é, condição indispens-'vel da vida, única salvaparda
da inoc&icia e da virtude.
2. 0 Rezemos muito, mas, sóhretudo, rezemos bem.
• J?edis e não recebeis. t porque pedis mal, no intuito
de afagar e satisfazer vosslls poixlles> _(Tl41", IV, 3).
Não somos atendidos, opina Santo Agostinho, ou porque
queremos coisas nocivas, ou porque não pedimos bem,
ou porque não sl(o boas as nossas disposições. e Petimus
mala, petimus mak, petimus mali'>.
3.0 Multipliquemos o cPadre Nosso>. Quando bem
, feita, esta oração é melhor do que as mais eztensas
fórmulas.
4.0 O Têrço e o Roú.rio, que consta de três Terços,
alo eEdentes pr-'ticas de piedade, pais nêJes entram
~ oraçfles de qualidade superior : o Credo, o ~adre
Nosso e a Ave Maria.
LEITURAS. - !.• E)incú, ,/,, ~ - 0. Ap6.toloa DO
~J;:'7. ·,:,::.~•~:. ií~.' S.~':...fuado~~=
,11n anjo, depoil das oraclla da Ip-eja (dW, XII, 5, 9). Paulo a
Sil,,s n=um a slo socorridos {d.lo,, XVI, 25).

ª®::J:1..o~= ft~~.h.":!'b~~l.-~
. ORAÇÃO

tarilo (,11..t•• VIU, 5, 13). A Ui do lepl'DIO (41..t., VIU, 2). A 16


do cago da Jeric:6 (,lfanu, X, 46, 52).
3.•Aora"'°clcN-Scnhorpor .. minimigo,,(L,,,:,a,,,:XXVIII,
U). De S...to Eat&vlo por ""' ais-- (4.tH, VII, 60) •
• QUESTIONÁRIO. - 1•. 1.• Q..e ~ a oraclO f 2.• Quaiii 1iD
.. div«US espécia de oraçaa7

~=,;tl!-:
II. 1.•Enoccul,riaao~Y 2,•Q111USdo.,.e1TOSneat.
&:!iicular? 3.• ~.argumento. seaduNmamtra aomc,loT 4.0

~ ...:i~".':"!.i~: i ~:: ~~
III. l.• ~ .ao os tdaefoiloada ora"'°? 2.• Quaiii do
:rl:°;::.":..:~~:.:~,:: !c,~;,B:~'?..ªSe~':.~..: ;
a &.vot do1 pee.,,dol"CII 7
IV. 1.0 Qual 6 o objeto da. omçlo? 2.0 Serio oa ~s espiri-
tuais o d.nico objeto ? 3,• Como podemos pedir 01 bom hmpo·
raia? 4.0 Q... l6oaujeito d■ omç;!o? •

l'9~=,
V. 1.•Quo.i.sloud....sprin,;ipl,isf&rmulasdeoraç&,? 2.•
f..i:.)""s~:eou t:1'..:,,.":"'s.f::".t .:.crr:J'f "°" Após-
º ffl~;;, 11° ~ ~=~i:~~ d:::'ein;'J';Jo.2:," i:c~':
uplica:cnda um dtles ? 5, Como• e.atendam H pnlavru d. Sauda•
0

·""'••li=?
T.RABALHOS ESCRITOS, - l.• Por quê ecii qw, nlo
alca'"OI,,- tudo o 4"" paclimw em DQllal ora~? 2.• NIio 6
~11leonlo,d...reas,conforme ■sfaNm01dejoelhcq,em.

S:. º;..=~~.!º o°;:°t':.!";!!:1;.l::te:;~':


D.ui a tambim o6i.
para Qual 6 o pedido do Pdn NtuH
4.• qw,
os miaiodriol querem 1Uliar iado a.,. infi6is T 6.• Em
povo11

=~~i'1:'.t~~ N-S~•••-Pai.
\ TERCEIRA SEÇAO
DOS SACRAMENTOS

3.• LIÇÃO
Noçaes gerais actrca doa sacramentos

~-·:.:-="'s.-1··-
- - n.~:,:•
!!:~~~=
-- la.;:,: d•
•>D<liiurhdoo-ru.â.,._.
c..;.c..--"'·"".... -·
"'~:.:i.1 {t::=-

··-
-
46 DOS SACRAMENTOS

334, - Vocábulos.
Sncramento (latim •1otra- dade,ocmvirtudedeunrn.dcle-
menlt1m•, coisa. rmgrnda, coisa ga~ão cspccfol.
ocult.n, misteriosa). NIL Eeeri-
tura e nas obras dos Padres dlL Sujeito. Aqu/ile que receba
lgreja,êstcU!rmoéusadoeape- um sacrnmento ou 6 apto a
cÍl\lll\ente 11!1..'1 dull..'I acepções de recebê-lo.
wi1W1aogradas1ocullas,edo Validado. Um snern.rncnto 6
mw,t,io. Sõmente a partir do trdlido, quando s!o preenchidoa
~ulo XIl, com....,.w:, a deilignar todoaosre9-uisitosnccessários
com êlo 0:!I eete sacra.meutos da parncxist.ênc,adêsteeacramento,
Lei nova. por parte do sinal oonslvel, do
ministro e·do sujeito.
Sinal eagrado. Muitas vezes
ee define o so.crnmento: afool Liccidndc. Um sncrnmento
aagrad.o, isto é, um s!mbolo, éndministradocn,eel,ido!kilo-
indicandocoiSD.santa,quenão manl•, quando o sitiai sens(vcl
se v~. · Por exemplo, no B~- cslá conforme ns prescrições da>.
tismo, a dgua é símbolo, indi- Igreja, e o ministro~ o sujeito
cando 11,ue a a!mn da. cria_nço. npresentnm ns disposições dcvi-
íoi purificada do pecndo origina! dns, aquêlo para conferir diqn(l-
erecebeungraça.santilicante. menle, êste pnra receb,Ho com
Jruto. Um sacramento µode ser
MUlistro. Quom dá um 1111- conferido ou reecbido vd/idl)-
crameilto. - l. 11: ministro ordi- mente, aem que o ecja Rcitl)-
min"o, quando pode dnr o so._cra- menlo: nssim o sncerdotc em
meuto, em qualquer ocnsido; eGtad.Ode pccndomorto.ldáos
-·2. alraordi1ulrz"o, quando o as.cramontoa vlllidamente, niio
confere só em cnso·de nccessi- por<,m llcitnmente.

DESENVOLVIMENTO

335. - !. Sacramentos. Definição. Condições


requeridas.
1. • Definição. - Sacramento é um sinal S(:ns!vd,
instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para produzir
a. graça nas almas.
2. 0 Condições requeridas. - Resulta desta defi•
nição que há três Coisas exigidas para coustituir um
tiacramento ; - A. - Si.na{ «n.tlYel - a) ;-inal; mas
DOS SACRAMENTOS 4,7

f~:~ :=~~ l.~~:


nlo qualquer. Que seja npruenlalivo da natureza da

;;ai~•~ :b).l:i:daº
e a limpa da n6doa do pecado ; -
~ rf_:: ~i:!i=::~u}j:;:rN=:J:J;_ j~m
0
=::;
11'nal .rrn.dvJ:
tz::
Evidente, com efeito, que só Deus pode lipr a um
sinal sensível a faculdade de produ:cir a graça. Por isso,
nenhum sinal há de ser sacramento, senão quando
Deus, isto é, Jesus Cristo, na Lei nova, assim o deter-
minar. - C. - Sinal que protk,.z II gra;a NU aim&r. Os
protestantes ensinam que os sacramentos slo meraa
cerim&iias exteriores, testemunhando que a graça esti1
na alma, sem o poder de infundi-la. É &ro. AUm de
sinais, slo CflU,ftlJ'. que, por sua pr6pria virtude, pro-
du- a graça, u opere opuabJ, como se es:prime o
Concllio de Trento, isto é, em virtude da coisa feita.
Por isso, diferem : - l. da Ot'tlçia, das 6atu- abra., e dos
.mcrantt:nfai.r que atuam u o,un o,uranlU, quer dizer,
tiram a eficácia Wlicamente das disposiçBes religioaas
~!t!:i~~~•~'!z°:n:/e;:'~mt;~ !sei:
2
últimos, a Circuncisão (') em particu1ar, nio produzem
~aça, nem renovação interior, mas sômente uma justiça.
exteriw e legal : eram, antes, o penhor da aliança que

~~:-~ ~ 1!.:~~
Nova Lei.
s: 1s~:e:::~
338, - 11, Exlatlnda dos Sacramentos.. Conve-
niencia dó número sete.
I.• Erro1, - a) No °'c:ulo XVI, os Pr,Jut,,111/u re;ieitan.a1 a
eN~nda de sete socn.mento:I. On,, adm;ti,aa1 doi1, Batõsmo a
2.• Doutrina ut61ica. - 0a Sacramentos da Lei
Nova foram institui.doa por Nosso Senhor (1) em núaiero
de sete. O dogma tem ap6io na tradição e na dffiifo
Ú Cont:flio <k Tnnlo :·

=~~~ i~~fl~~~d1=:~~t:~.ªJ::i~~~
Confirm~~ Pcnitêni:ia, Eua,.ristia Ordem (5) l - ,) nos urr,"/u
• · considerarmos
nloa.ludiam

IIIA..-,..,.tdlloon1o-W....co'°90n'U-00S--. N-
r~-lllom.todoo1o,wo,,....qum1oll.._..,..-_.io

taJl~•----...-•-s.n11or--
---. i.11o.-..,..... c1oo _ _

~~s~;bo~='E$r~
~~Lii;~~-e~a:~~
_____ ._.obr9•~•-o.dlnm.uh
141 .... Jivao!lmlle, ...... flil..do-·tlftGlo•doNalrlm6ak>
DOS SACRAM'ENTOI 49

B. - NA DECISÃO DO CONCÍLIO DE TRENTO


que condenou a tese protestante, e definiu, como segue,

:i==~~ci:~:
Criato, ou que
instit1~;r t~ ~nh°!r 8j:":
mais de sete ou menos, ª· saber:
alo
&tismo, Crisma, Eucaristia, Penitancia, Extrema-Uoçio,
Ordem e Matrim&nio, contra Be $eja o aoáteina (1) •
IUI- VII. c,1,i. 1.
3.0 Con'felllência do nfunero ,ete. - A rdorçar
as provas anteriores, é poss{vel U'azel' um motivo de
50 00S SACRAMENTOS

conveni&ncia. O número sete, que a Providência adotou,


corresponde admiràvelmente às precisões da alma,
diversificadas com a idade, a situação e as circunstS.ncias.
Nqta-se uma tal ou qual analogia entre as instituições
sobrenaturais e as leis que regem a vida natural. - L
O nascimento dá a vida natural. A esta fase inicial,
corresponde o Batismo que comunica a . vida sobre-
natural. - 2. Segunda fase natural : o crescimento.
A ConjirmQf® fortalece o cristão e·torna-o soldado de
Nosso Senhor. - 3. Nascer e crescer não bastam: é
preciso tómar alimento que conserve a vida : a Euca-
ri.rlia é o alimento eoipiritual da alma. - 4. Sobrevenha
alguma doença da alma, como sucede ao corpo, a Pc11i-
l2ncia é remédio infalível. - 5. Contudo, chega o dia
em que o caso é -mais grave, pode se,· mortal; temos
então a Extrema-Unção que é sempre alívio e às vezes
cura. - 6: O homem não vive insulado ; forma socic-
1:lades. Ora qualquer sociedade, para se manter e viver,
precisa de d,cju que •a dirijam : a Ordem é que os faz.
- 7. Também precis.1. de .rúdilw que a perpetuem: é
o fim do .ilalrimônio.

337. - Ili. Sinal sensfvel. Matéria e Forma.


O sinal senslvel é uma das condições essenciais do
sacramento. Consta de duas coisas : matéria e forma.
l.• Matéria. - JlfaUria são as coisos ou os alw
exteriores e sensíveis ('), que se aproveitam para fazer
um sacramento. A matéria pode ser consider.ida em
si mesma : chama-se então maliria nmola ; ou no
uso que dela fa~ o sacramento : é mallria pró.tima.
Matéria remota, por exempJo, no Batismo, é a água, e.
DOS SACRAl!ENTOS 51

matéria próxima é a ablução, feita por imersão, aspersão


ou infusão.
2.° Forin.a. - F"rma são as palavraJ" que o ministro
pronuncia, enquanto faz uso da matéria. A forma tem,
como fim, <lcterminar a significação da matéria. Assim,
o ato de derramar ág,rn na cabeça de uma criança podia
ser, da mesma maneira, para limpeza ou banho: jun-
tando-se a fórmula. indica que é a fim de livrá-la e puri-
ficá-la da mácula do pecado original.
CONCLUSÕES. - Desde que a m•ih~, e a forma constituen,
;u~"t.:.::...d~"~:r~::'uer~;~a-;,g~·nd'!.u~l~;%.:h~i:.°:~~~6:":::~
ta'l"ia invalidade, i,to ~. a incxistêncUI do sacr.,mento. Pelo con-
trário, "" a <t//c,-,,çao í6ssc nponas ,uidcnf<tl. p<>< outra ... a matêrio.
ou a ' ia .,•o f"cnssc mu"to mudada. o s.,anmento ..,• v'l"~
Por e,cn,plo, ,\gun, na qu,,l"" ti,-c...,m deitado umas gotas de
v"nho,,,-.,J-" ·,,dcscr'guan,,turalepoder"a,• no&t"smo,
2. Enecessi\rioparna vnli,bdedeumso.cramcnlohoverunião.
,u/o "'"'ºr marnl, enl"' a ma/l,ia c n Jorn,a ; assim nlfo ,.,iav&lido
o Bat"omo, quando,. derramasse 'gun M cabc<;n de uma cr" nça,
só pmnunciando algum ten,po depois a fórmnlo. No sacramento
da Penitênc~,. se bouv,:r intervalo entre n confissão e a absolviçio,
o i-,enitente lem de ren<>vnr a acu... çilo e n c<>ntriçio, imediatamente
antes de reco,bera absolvição. Do mesmo modo, na Edrema-Unçi[o,
~:lu~r..t•i: ~;;~,,:• J:ª;r;~"=;i~:.•º mcsruo tempo que
3. Não se conlund~m m<ttlri<t e Jorm<t de um sacramento «>m
ao ~crim8n,"aJ que ncompnnhõm. Enquanto estas slo acessóriao,
servindo princ;J)IIJmentc de realçar a dii,nido.de do sacramento e
cdifie.>r os liêis, • mat&rio. e a forma $lo a 0$S&ncia do sacramento (l).

338. - IV. Efeitos dos Sacramentos.


'rodos os sacramentos produ:i:em duas espécies de
graças: graça .ra.ntificanle e graça .s-acra11umta.f. Três
52 DOS SACRAMENTOS

t:!:i. imprimem na . alma, além disso, car4ler inde-

1,• Graça aantifiam.te. - a) Nos demgnios de


Nouo Senhor Jesus Cristo, dois sacramentos são desti-
nados a conferir a primeira. sraça santificante : &di.rmo
e Pmillncia. Por isso denominam-se SacrammW do.r
IMl'IIN, quer diser, aacrám.entos que dlo vida às almas,
mortaspelopccado. Entreta.nto,acontecerá,c:aaualmente,
que outorguem. s6 a graça segunda. É o que se d! c:om
oa catec-6.menos e penitentes que estejam justifica.dos
pela ca.ridade perfeita, antes da recepçio dos sacra-

~.o:z;t~ ;Ãl~~~:t~ ~-:=t :~~mr,


mentos do Batismo ou da Panif&icia. - li) Oi Outros

possui a vida sobrenatural. Dlo ordinArimn,:nle apenas


a graça ~nda. São chamados &t:rtlmenlo.r de 11ivo.r.
Em c&IIOS e.zcepcionais, poderiam dar a primeira graça
santificante: quem, por exemplo, tivesse pecados mortais
e, julgando-se em estado de graça, fôsse receber um
Sllct'amento de vivos, s6 com a contriçio imperfeita,
alcançaria a graça pr6pria do sacramento e mais ·a-
: : : : : : ~ - pelo menos é a opinião

2.• Ora~ aacramental. - Todos os Sacramentos


produaem também. uma graça especial ou graça n,cra.-
. nun/id, própria de cada Sacramento, Visto que as
DOSSBS precls8e. variam com a idade e as cin::unstlnciu,
08 sacramentos, instiMdoa de prop6sito pa:ra amparar
a nossa ftaquea, deveria trazer a graça que corres-
r:::~t~to ddt:r8tô!'::;:~ba~~
r
tando-nos a CODSeguir o fim intentado pelo ~ramento
recebemos, e a cumprir as obrigações impostas por
DOS SACRAMENTOS 53

3. 0 Caráter.· - Além <la graça que comunicam,


há bis sacramentos que imprimem na alma um siDa1
particular chamado L·aráler. O Batismo imprime o
caráte,· de cri.tlão : por outra, é a marca, o distintivo,
que separa o cristão do infiel , o Crisma foz do cristão
um .roldado de Nosso Senhor, alista-o na sua milícia e
incute-lhe ânimo de lutar para defender a fé ; a Ordem
diferencia o padre do simples fie!, e torna-o apto a desem-
penhar as funções sagrn<lns
Êste efeito, exdusi,·nmentc dos lrês sacramentos
enunciados, é «mprc produ::ido. Nisto difere da graça
o caráter.· Aquela é conferida pelos Sacramentos na
medida. das disposições de quem os reccbc. Este não
depende das disposições: ficará impresso seja como
fôr, pela administrnção ,·álida dos três sacramentos.
O cartiter é indeli<-d: nada o pode apagar ; por
isso, não se podem receber mais de uma vez êsses sacra-
mentos. Segundo o parecer geral dos teólogos, o caráter
s\lbsiste, até na outra vida, para maior glória dos bons
e vergonha dos precitos.

339. - V. Ministro dos Sacramentos. Condiçi5es


requeridas.
l.• O Ministro, - É ponto a ser explanado para
cada sacramento em particular. Aqui, determinamos,
de modo geral, que condi"çõt.t deve êle apresentar, para
a administração válida e lícita dos sacramentos.
2.• Condições requerldas. - A. - PARA ,d
V ALID.dDE. - a) O ministro precisa ter a }llCU.ldmk
de conferir o sacramento que pretende dar. Assim é
que a Ordem 1>0de ser administrada Unicamente pelo
Bispo; a Eucnristia, a Penitência, a Extrema-Unção
não podem ser administradas por um leigo, etc. - h)
Em segundo lugar, o ministro deve ter a intenção, pelo
meno.r implú:ita, de Jazer o que a lgf'l:ja jaz.
54, DOS IACRAMl!!lfTOS

~n!i:1:~~:r.~~z~:f:ji2:~~~~dF.~iI~z:r.=~=
.,,,.,u4,aintençio
doatoi-2)Mru1f
· ··
lomv.da.,nllo{oir-e
emconl 'r" ,e,
-:::-=:i:~3~ua
2. S. atentamm ""' relaça., qw, mn.n1'm com o fim abne•
}lldo,aintençlo6: u.teriorouintwioi-1-l)CJ<hrior,q1111nd<>·o
Jllinistr-o pratic:a o rito como açlo ,implesfflll!lte material, e niio
comollUla\..,srado;-2) inkri,,r,qu.ondoo mini,trocumpr-e o.
al~afu.

o ~i~:1:~!;?-.T>;,1:~1;ta:::::;rnf!f! 1
:C ,lg11.m accmtec:ime11to, q""r pnaado, quer piescnle, q""r íuturo1
PRINC/P/OS. - Lemlmdo.1 estas di,t~ podem-se tra;o.r
H ......,....,-l)A intcmçlo•/,,.,{, porp;,.rta do nunislm, K 6
ffluitfuiino claej,vel, nlo 6 necemrill para validada dos sacra•
menlol.-2)S.staaintcnçKollirlwr1.-:S)Aintei,çioMhif,.,,/
::r.,~!,:,: d:.:-m:i':'~:1",~c~m:)'t~ ':i'/:i~~•=~:.
Toda.,;., 6 suficiente
devldo. .

.~ ...
elaaro
adeptode
•• rilido
DOS SACRAMENTOS 55

B. - PARA A LICEIDADE. - a) O ministro que


quer administrar um sacramento deve ter o u/Jzdo tk
grap, : é prec:iso que se tratem santamente as coisas
..santas, - ó) O ministro tem de observar as normu do
Ritu.al romano. - e) Deve ter juridiçio sôbre a pessoa
a quem confere o SllCramento. Até a validade, para o
sacramento da Penitencia, não existiria, faltando esta
condição (395). - d) O ministro nio pode esta: inc:ur.10
em cer1,1u.nu ou irrqu.laridadu : logo, os fiéis nio ~m
direito de reconer a um padre notõriamente indigno,
suspenso ou excomungado, exceptuando-ae o <:aso de
necessidade (1). Também os ministros Um obripçlo
de negar os sacramentos aos que não estio preparados.
por eumplo, aos pecadores públicos que nio derem
sinal de arrependimento, ou 11011 quais nio é poss[vel
pre.swnil" êstc arrepcm:limento.

340. - VI. Sujeito dos Sacramentos. Condiç!Sea


requeridas.
1,0 Sujeito. - S6 o homem cm uúulo tk vida é
sujeito dos sac:ram.entos. Mas, para que os receba Mlida-
nu:nlc e com jru.lo (licitamente), são requeridas certas
condições. Seguem as condiçõu atrcir, necessárias para
todoa os sacramentos. Ascondiçõu uptci4,i estudar-se-lo
quando se tratar de cada sacramento,
2. 0 CondiçiSea requel'idas, - A. - PAR.4 ,ti
VALIDADE. - a) Para as criança, e para os adultos
que Dio têm uso~·da razio, nenhum requisito se uige
na recepçlo do Bafisrqo, da Confirmação, da Eucaristia
56 DOS SACRAMENTOS

e da Ordem. - b) .Para os adutt:U gozando da razão, a


iutençio, pelo menos habitual, implícita, de receber
um sacramento, é sempre necessária. - e) O Batismo é
condiçio indispensável para· se receber os demais sacra-
mentos.
B. - P dM d LICEIDdDE. - a) Os .racro.1mnto.r
d~ morfo.r (Batismo dos· adultos, Penitência) exigem, pelo
menos, a atrição. - b) Para os =am~nto.r tÚ vi110.r,
requer-se o u/adq tÚ graça. Além disso, sendo a graça
proporcional às di.rpo.ri'çffu do sujeito, ~te sempre deve
fazer alguma preparação, quando se vai aproximar de
qualquer sacramento.

341. - VI f, Sacramentais,
}.• Noção, - lcólosos, os S<>Ccamcntais
designa.vamos ·••=·Entret· J"Oc<'
anlÍgM
<>s
· J"( .: • ,• moseunçíles

i1!I~::t1' ~1:!o:,,;.~ª ;;,":,!:::~,,;:~:is~-~; ~~bj:'~tr:~::í


ouas oçõu (exoKÍamos, bênçãos, consag,açõcs), que a Igreja apro-
veita para produzir efeitos mõ,mcnte copiri!uais• (C<in. U44)
2. 0 Relações com os &(J.crarnentos. - O nome Mcr-am,nfaiJ
& por lerem muifa analogia com os sacramentos. De falo, sil:o tam
b&n alllllis e;de,iores e vis[vcis da gr~i;a divina. Separam-se por
Cll.usa.,- 1. doau(o,-,.Queminslitu!u todo,,ossncramcntos, foi
NossoSenhorJcsusCristo; oss.,cramcnlaistodos,ouqunsc!odos,
foi n lgr,,ja, •n qual sempre pode institui, outros• (Cdn. 1145).
Q,uan l.od,u, porque o ft,11apü e " or-,,ção dominical, que se incluem
às vetes ent<e os sac,amenlais, sio de Jesus Cristo; - 2. dos ,j,ifM
(3.0); - 3. da respetiva imporMncia. Os sncramentos, algun• d&lu,
s!o ncccssárkls P""' a salvação. Poftm, nenhum S11c-ramento.l.

3.• Efeitos. - Enqw,nto os aacramcntos produum a gr-aça


:';2~ata:.•mv;:..u;e af:!r,"~•~::~:i:";:1 ~;,~~i:CJ:~:::;
da Igreja e das d;.,.p<Uiç6..,. do .ru/úfo, e.: o,un opm1.nliJ". Podem apaga<
culpu v,:nia.Ü, quando ae tem nlgum arrependimento, e a ;un4
,ú.,i,I,,. por ;ueado.r jtI ;urdMtUIJ". Tambêm re;ulir o dem8nio, merecer
6en, fempor4i~, como f~e esca>pa, de nlguo, desastre.
DOS SACltAlllENTOS 57

Conclusão prãtica,
1.• Agradecermos a Nosso Senhor par se "tu compa-
decido da nossa fraqueza, instituindo sinais tangíveis
qw, nos reparlem a":;graça de modo!'mfaUvd..
2.•;Recebermos ~pre os Sacramentos com o
máximo respeito, iato é, com as disposiç&a adequadas.
3.• Au.ferinnos proveito dos MCramentais, como
de meios que coopenun · na uoua santific:açlo.
· ligum doa ucni.a>entos: por uemp\o,
D,('?fxvt• ::i~w:::r-ct::
çiDdoaLevitu(L,t,.,VIlli NWMIW,
Tambim.H aete 1tm-pad.q n o ~ de
lie;u.-adoaseteSàmamentos.
QUESTIONÁRIO. - I. 1.0 Que & Sacramento 1 2.• Quais
.SO ■-tdacondi"5eln,queridaapa.-ahner&c:n.mento?
58 DOS SACRAMENTOS

II. 1.• Quail s!o oa erros, quanto à ezist&ncia e ao nú,,..ro


=,:;"7.!*J. ;rfi.': ~J:.cat!!!i;°• 1~i:' dci""o~=
lll.1.• Quaiallo udua1misa.111ue constituem 01ina.l.,...
;1icli!:!':-:::14.~tri,,..: d;=!t~ :,tJ:;:;.,
_... ,
IV, 1.• Quais do oaeâilolldo■ SDCramantoa? 2.•Serlo ipail
para todoa 1 !.• Que vem • •• o caúter impreuo pelol S■cra•

~w:~·;2':!Je°~=:
1
Sacn.menloll
!:":n.!:'r..t2:~=-=:
3.• Pu■. 01 COZ1lerir
llci.ta111eDte l
VI, 1.• Qual 6 o 1ujeito doa Sacrame,,toa? 2.• Quais si'o
t--i.:.~::-r;_r~e: ..•ti~': t;=~~ ?à]jd,,,_,te 01

J)ea :!1·,!·º2:;.;!:t!.'tr ;~cí:'ri,'f:•J...2;:.~c:::.011~


'-ºCOJllloee..,...,.ml
TRABALHOS ESCRITOS. - I.• C..o l>ll'o bouvesae N -
Senhor lipdo a a111ça a co;.., eenslveis ("1,,1, 61eo, et<,,), ainda
ariamsi:áais.euqcoisa1?2..•Porq""omlllue•l..,e.ianlop>d,,
criar"""°" Sacran1entoa 1 3.•Nlo podia N.,..o Senhõr Je■ us Cri1to
comunica,.......• graça por out- ..._ que olo f&seffl oa Sac:ra-
_ '-º Por 9:ue ••' que a administram ■launs S■c:runentOI
_l ,&?
,roenloll
4.• LIÇÃO
Do Batismo.
l.•o.rtmsh,,

I.•~··
l.•l'Jaa-

9.•s..,.IID, • {•--·-
·•~{~:::=tt.
d . . . . . . , • ....._

to.o-
1 { ..... ··•1->r..1o.-i...,.
_......~J..iop,llilln.
a,._
11,•o.-•{!~
342. - Vocãbuloa.
60

~titt;
n~ 2!~~\o
lümo• tem sempre
aentido.
portuguêii
e.te
NOMES DO BATISMO NO
NOVO TESTAMENTO.
•b~\
,mimo

·o Da-
1
B~~""B:tia~~ \l.fe'a.d.:ri(j~~íd:
\;'at,amo de sangue (347).
B. - Uma coisa é neoessdria
pormce3sidtuiedepreccilo, quan-
do é e,igida por um mnnda-
menl.o :w qunl <'! preeiso obe-
::ºd;~º::~~•~f:mc;h~ deecr, sonii.o hou,·cr irr.pcdi-
mado: - 1. BltMO d6 r,g.,,,- mento insuperável
~ (Til., III, 5); - 2. mu,,
porque imprime cm nó& o cti.- Padrinho {ba.i,:o hi.tim •pr>-
ráter de filhos de Deus (Apoc., lrinu~•, de •paJ.er•, pai). Aquêt,,
IX, 4); - 8. /lwninaf&,, por- que represente o criança. no
q1111 Q9 batiz;adoa receberam 11 seu batismo, que fa.lae assume
luz da graça. divina (Hob., VI,
4;X,32). :;ttésfeiss;:os:· :e~· :r!;i
riluGI.

DESENVOLVIMENTO

343. - 1. Batismo. Definição. Espécies. Figuras.


l.• Definição. - Balirmo é um sacramento que
. apa1a o pecado original e nos toma cristãos, filhos de
Deus e da Igreja.
61

2, 0 Espécies, - Distinguem-se três espécies de


Batismo : - a) Balitmo de tlgiui, que csU, definido acima.
Só kte é que é sacramento e imprime caráter; - ó) o
&úum.o de d~J"o ou de /0§0, que consiste no ato de
contrição perfci(a, O)ID a vontade, ao menos impllclta,

!:enr:~!,=,~~ut l:::0~ 0 0

últimos batismos nio sio sacramentos. Sio Batismos


~~

i.Inpl'Opriamente ditos. Um kte nome, porque purilic.m


de todos os pecados a alma, e sup-em· o sacramento,
quando nio há possibilidade de receber o Batismo de água.
3,• Figuraa. - A1ém da circuncislo, as principais
Jig,,uvu do Batismo alo : - a) a drca tú. Nol. Assim como
a uca pteSetvou Noé e a fam!lia d9e, da rufna universal.
assim o Batismo salva do pecado odginal o homem, E
Asse pecado bem pode ser comparado ao dilúvio, pelas
conscqu!ocias nefastas, funestíssimas, que teve; - ó) a
possa.gera do mar JlernuUw. O Batismo liberia-nos do
cativeiro e da tirania do dem&nio, da mesma forma que
a passagem do mar Vermelho baldou as iras do Faraó
conka os hebl'ellS, - e) NIUUIII curado da lepra depois
de b.ver mergulhado, sete vezes, no Jordão, segundo
aa oniens de Eliseu (IV &u.r, V, 14) ; - d) a pisr:ina.
de &lmlú., na qual os doentes recobravam a saúde,
quando e o Anjo do SenhOI' baixava e lhe agitava as
'suas> (Joãt,, V, 2), também eram liguras do Batismo•

. 344. - li. Instituição divina do Batismo.


1,0 Erroa, - A ex:ismicia do Batismo foi negada:
Tri~": f~'t;·';ci~ue&lcf::i::.r~~~~~=
o pecado original. ·
2. 0 DÓUtrina cat6lim.. - O Balirmo l wn ,erdtz.
~ ,laÍ;t"tUMnlo ~ úi ~-· t.te arl.igo dt. /l, delinido
62

~lo Cono.1io de Trento, JU.t. VII, cdn. l, é baseado na


&crilura SIZfP'IUÍ4 e na Trtld1'çãa.
A. - Sil.GRADd. ESCRITURA. - a) Palavru ú
Nam, Senl,ar. Muitos passos da Sagrada Esc:ritw,a nos
certificaDJ. (1) que o Batismo foi i,utituEdo por Nosso
Senhor. Desde o princlpio do seu ministério público,
Jesus. Cristo expõe. em conversa com Nicodemos, a
~dade de uma ~ espiritual: cSó quem
:ro~ f>:s~,,,:, ftt 5~8~:~Títe.e:~~
6at,•-
diz aos Apóstolos : dele, ensinai tadas as naç<les,
mndo-u em nome do Pai, do Filho, e do Espírito S."1.nlo
(A/41,, XXVIII, 19). e Será salvo o que li ver a fé e fôr
ba/ht,ú• (Alal'CfN, XVI, 16). Isto de Jesus Cristo in1por
o Batismo, c:omo meio de entrar no reino de Deus, quer
diset', naturalmente, que o Batismo já existe. Ora, tal
Batismo deve Hr administrado em nome da Santíssima
Trindade. Logo, nio se trata do Batismo de S. Joio
Batista. É outro, que ~ pr6pl'io institwu.
b) Prdtit:ti tbN ,dphu,/M. Perlustranc:lo os Atos dos
Ap6stolos, veremos que se dá o Batismo a todos os que
desejam alistar-se na religiio nova : aos gentios, aos
judeus já cil'Cllllcisos e até aos batiados pol' Joio. Tr&
mil pessoas recebem o Batismo de S. Pedro, no dia de
.
Pentecostes {dclu, II, 38, 41). S. Paulo fala a-mii1do,
nas Epb.tolu, dos irmãos (cristiEos) que foram batizados
e santificados, em nome do Senhor Jesus Cristo (/(om.,
VI, 3; I Cor., I, 13; 1 Ct1r., VI, 11).
B. - TR.4DIÇ30. -É u:plícita a lradiçlo primitiva,
tu~~te~=:~~• J:ti;,,B;.:art!t~: :i1;s~
e no Ili), quanto A exist!ocia do Batismo. Todos os
Padrt.t da Jireja admitem. a instituiçio do Batismo
por Nosso Senhor. O 1lm6o/.o t4 NictÜt. mePCiona-a
como artigo de fé; cCteio DIIP1 s6 batismo para rcllÜssio
dos pecados•. ·

345, - 111, Sin81 aenefvel, Matfrla e Forma


l.• Matéria, - a.) A nul/Jria rtMOia do Batismó é
qualquer espkie de água natural, água do mar, de
rio, de poço, de charco, de fonte, eofü:n água que nio
seja substanciahnente alterada,_ nlo importando nada
outra qualidade que possa te!': pot&vel ou. ruim, quente
ou fria, água mineral, água de neve ou da fuslo do ,SO.

ÕJ°: ~~~ra~~./t~~~=~
Em
matéria válida (1), caso de necessidade, quem tivesse
a seu dispor sõmente ma/Jrüt. dw,ü/Wfl, por exemplo.
água misturada com elementos estranhos (caldo, llir.:lvia),
deveria aproveitá-la, ficando de renovar, condidonal-
mente, o Batismo, se f&se posslvel.
Ttat:ando«= de &li.,mo ,o/ui,, usa- água benzida
especialmente pe.ra &.te fim na véspet"a da Páscoa ou
de Pentecoates.

•-.Jl~~=u::i:•.;;.->ri.--:°"..:.::--~hotU..
tlo'alrl""Oal611oa-0.hpnlor-l
M

b) ilfaUria próxima é $1, ablução ou ato de lavar


com a água.
TRfS DIODOS DE ABLUÇ:iO. - A ablução do
Batismo pode-se efetuar de tr&. maneiras : por infusão,
imersão ou aspersão. - a) in}u.r-õ.o, quando se derrama
água no corpo; - b) imuJiio, quando se mergulha o
corpo na água ; - e) a.rpu.rõ.o, quando se asperge a
água na pessoa do batizando.
Por muito teÍnpo, empregou-se e:;,;dusivamente, ou

i:~v:m i;!!°°U:e~_im~~d~s,~os~~;l~is !&ii):


da Igreja. Entretanto não se infira daí que ·•s outrns
maneiras lassem totalmente desusa<las ou ilegítimas.
Hajam vista as referências. de vários batismos,
encontradas nos .dto.r dru· dpó.tlo!o.t. Dificilmente se
entenderiam com o sistema de iniersão. Por exemplo,
o Batismo que S. Paulo recebe das mãos de Annnias
(,dto,,., IX, 18 ; :XXII, 16) certamente era por infusão
ou aspersio ; e o Batismo das três mil pessoas conver-
tidas ap6s o discun;o de S. Pedro no dia de Pentecostes, •
s6 foi impossível por meio de aspersão (dto.r, II, -41).
Além disso, vê-se, pelos escritos dos Padres e pelos
decretos dos Concílios, que se dava o Batismo por infusão
aos enfermos que ja:úam no leito.
Sem embargo do modo de ablução que vigorava
na primitiva Igreja e na Ida.de-Média, hoje tôda a
Igreja latina, com raríssima exceção (Igreja de Milão),
pratica o batismo . por infusão. Segundo a disciplina
antiga, é preciso deitar t.-ês vezes água na cabeça da
criança, formando de cada vez o sinal da- cruz e pronun-
ciando ao mesmo tempo as paiavras do rito. Contudo,
não deixaria de ser válido o Sacramento, se se derra-

:'ooi:gos~s::e ut~b= s:ia !mt~!~é. dder;~tt~:


água, em o_utra qualquer parte do corpo, desde que na
65

cabeça não fôsse possivel ; mas, neste caso, é preciso


renovar condicionalmente o Batismo. Quem deita a
água, deve ser sempre a mesma pessoa que pronuncia
a f6,muln.
2.• Forma, - A forma do Batismo, na Igreja
latina, é a seguinte : • Ego Ü batizo ili nominc Polri.r, d
Fifii, d Spirilu.r .ra11t:li• ou, em português: • Eu te
batizo, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo•.
Consta, como vemos, de três elementos : - a) o ato do
mini.r(rr, que está batizando; - b) a pe.r.r04 que está
sendo batizada, e - e) a in,10Cação expressa e distin{a
da Santíssima Trindade. É fórmula composta e pres-
crita pelo próprio Jesus Cristo, quando disse aos Ap6s-
tolos : • Ide, ensinai tôdas as nações, batizando-as em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo•. (Alai.,
XXVIII, 19). Logo, é necessário usá-la, exatamente,
nos mesmos thmos, sem modificações que lhe alterem
a substância.

346. - IV. Efeitos do Batismo.


1.0 O Batismo apago lodo.r º" ~ca,ÍJJ.,.: pecado
original, paia as crianças ; pecado original e pecados
atuais, nos adultos: • Fazei penitência, dizia S. Pedro
aos judeus no dia de Pentecostes, e receba cada um
de vós o batismo, em nome de Jesus Cristo, paro nmi.rJ'ãO
do.r pecado.• (líto.t, II, 38).
2..° Com os pecados, o Batismo perdoa também
lôdaJ' o.r peruu devidas pelos pecados. Por isso é que
nio se impõe satisfação alguma aos adultos, para peni-
tência das culpas cometidas antes do Batismo (1). Mas
66

nlo destr6i a conc:upidncia, Nem tão pouco isenta


das misérias da vida, nem da morte. E isto, por dois
P10tivos: - a) primeiro, porque Jesus, nosso moclêlo
e mestre, nio se lurtou a essas leis providenciais, e
n6s, seus disdpu]os, nlo podemos ser mais privilegiados
::::~1:~~ ~.~l6ria~•n:1ic~~;: ~i:r::
senlo carrep.rmos os ombros com a nossa cruz e trilhar-
mos animosamente o caminho das dores, como êlc mesmo

"'· 3.0 A quem o recebe dignamente, o Batismo confere


mais : - a) a grtlÇ4 ,14nJijica.11k, com as virtudes infusas
e os dol19 do Espírito Santo, e - ó) a {Jf'(lÇ4 ,ltlCf'amc11lal,
que nos dá o direito de obter tadas as graças atuais
precisas, para cumprirmos as nossas obrigações de
católlCOS.
4.• Finalmente, o Batismo imprime na alma caráter
indelével : é por isso que se administra uma s6 vez.
Ainda condicionalmente, é r:rmitido tornar a batizar,
:~':.ii]:~dohá~t::s êfª" a respeito da existência
347. - V. Necessidade do Batismo,
l.• Etto1, -A necessidade do Bafumo foi negada:
~~.~!:/do~\~~~ l)~p;;:_
r.re:t:, ~ 8~6=.º!~n:.d:e~
'4n/u Calvinistas, luteranos, angl~nos). Pretendem,
0
de
basta s6 a fé para noa fazer justos.
.,
2. 0 Doutrina cat&lica. - Pode ser c:ompendiada
em duas proposições:
l. • Proposição, - O Batw,l.o de Lgua é neccssúio

:1ria~~o~:e;.:~ul= Í&~~:!Ji, ãeli':ut


pelo Condlio de Trento, a.r,1. VII, c,ln, 5, est! funda-
mentado na &grada E«riúua e na Tradiç1JJJ.
A. - SdGRdDd ESCRITURA. - A declaraçio
de Nosso Senhor importa insolismàvolmente a obrig~
toriedade do Batismo de água. : e Ninpém que nlo
renascer da água e do Esp!rito Santo poderá entrar no
reino de Deus• (Joio, III, 5). O mandamento é claro
e terminante. Nlo exetua da regra geral pessoa «lsuma,
nem as crianças. ·
B. - TRdDIÇÂO. - a) Os Padru da Igreja pn,cla-
mam, muitas vezes, nos seus escritos, a necessidade do
Batismo de qllA.. conforme a ordem· preoeitgada p01'

~uso ~:i~7·t~t!> !~t"nç':s1::· ;~r;::J:


houvesse perigo de morte. Além disso, a Igreja sempre
condeoou o proceder dos que retardavam o Batismo,
ora com o intuito de melhor se prepararem, ora para
nlo ficarem sujeitos às obngaç&s que im~ ora a fim
de terem maior certeza de salvaçio eterna pela recepçlo;
no derradeiro instante da vida. - e) Dqiniçiu, "'1 Condlio
tritún.llno. Segundo bte ·Concílio, o Batismo de água.
é neceiisário desde a promulgaçlo do Evangelho.
CONCLUSÕES. - 1. Na pr41il:a, é preciao conferir
o Batismo às criança. qt1an.to an.tea. Esporar, sem
moti.vo grave, um mh ou doi.s, c:onsoaate o parecer de
alguns te6logos, ou até sàmCl!te dez ou onze di.as, con-
fom;ie S. Lig&io, é pecado mortal. Havendo perigo ck
morte, nlo se tolera pf8SO nenhum.
68

2. Para os adultos que conhecem o preceito, o


Batismo é necessário,. a wn tempo, por necessidade de
meio e por necessidade de prtteilo.

2.• Prqposição. - O Batismo de água. sendo


necessúio por nect.r.rübuk de meio relD.tiW1. (342), pode
ser suprido •pelo Bali.rmo de tiueJO e pelo &lumo dz

A. - BATISAIO DE DESEJO. - A caridade


perfeita é incomp&tivd com o pecado mortal : logo,
apaga todos os pecados, tanto o pecado original como
os pecados atuais, Todavia, a caridade perleita deve.
incluir o P«o, pelo menos impl!cito, do Batismo de água,
isto é, o desejo de IW$erVar tudo o que é, oy que julgamos
w, da vontade de ~WJ-
B. - B4TISAIO DE SANGUE. - O Batismo de
.;:: ~-:i~:e:a;:J:!º."'Z~/=
(AlaL,X. 59), Enhmclo-sc por
~:.i~~t
naartírio morte. a ou
tormentos mortais auportados com paciência pda ff
ou moral de Cristo. - 11) O martfrio inclui a morle ou.
lorttte,tlo, morlai,r; uma doJ, moral imonsa, como a de
Maria S1111tíraima ao pé da crus. n1o basta; porém,
.,
quando as torturos sio modais por natureza, é nui.rtlrio,
11).Uito embora niio se verifique a morte : é o caso de
S. João, metido numa caldeira de azeite a ferver e saindo
ileso. - 6) É preciso sofrer com paci2nci4. Se houvesse
inconsci!ncia, como acontece no sono ; ou se a vontade
se rebelasse, não consentindo na morte, já nlo era mar-
tírio. - e) Deve ser morte pela JI ou moral de Cristo.
~es::~Ji:t.,d! fnt:t~~:::~: vFtf!:•J:d::it
8

caçlo ao próximo, nlo sio mártires. Pelo contrário,


Santo Tomú de Cantuária, assassinado porque pugnava
~los direitos da Ipj-. S. Joio Nepomuceno supli-
::i 1:e~':i:!'a ~rt'ir:.lar os sepdos da confisslo,

06/t/WlfÕu. - l. O Batismo de desejo s6 é possível


para adultos, mas o Batismo de sangue é para crianças
e adultos, - 2. Nem o Batismo de desejo nem o Batismo
de aangue imprimem caráter, pois nlo sio sacramentos:
por isso nio dispensam de receber o Batismo de água,·
havendo oportunidade, por ezetn.plo, no cuo de o mártir
nio morrer nos tormentos.

848, - VI. Ministro do Batismo.


Importa distinguir entre Batismo .roknt e Batisino
priwulo,paraa·d~dominist~ cBatismosolenc
é o que se-administra com todos os ritos e cerim&nias
do Ritual. Do contrário, é Batismo privado• (l'.ln. 737).
A. - Batianio aolene. - a) •Ministro ordinário
do b.tismo solene é o i,.dre; mas a administração é
reservada ao Viprio.. ou a outro qualquer sacerdote,

:::r;~:=~o::OZ=:
dade • (Cd,i. 738). .....:. 6) •Miniatro ulraordwlri;, do
batismo solene é o diác:ono, o ~uai, contudo, Dlo pode
70 DO BATISMO
- -- --- ---· -- . ---

valer-se do seu direito, sem licença do Ordinário ou


do Pároco do lugar ... licença legitimamente presumida
em caso de necessidade• (CJn. 741).
B. - Batismo privado. - ~Em perigo de morte, é
\leito conferir o batismo privado• (Cán. 759), ,eja quando
/ôr e .reja onde }ôr (Ctfn. 771).
cO batismo não solene pode ser administrado por
qualquer pessoa, contanto que se observem a matéria,
a forma e a intença:o. Sendo possível, é bom arranjar
duas testemunhas, ou uma, pelo menos, para haver
quem certifique o ato•·
e Dentre as pessoas preoontes, o padre scrÍI preferido
ao diácono; o diácono ao suhdiácono; o seminarista
ao leigo; o homem à mulher, a não ser que esta entenda
melhor o modo de proceder• (Cdn. 742).
cFora do perigo de morlt, o Ordinário não pode
autorizar o batismo privado, salvo o caso de hereges
que o recebem, condicionalmente, já adultos•· Logo, é
proibido dora em. diante o batismo privado.
e Cerimônias que foram omitidas, por . qualquer
motivo, na administração do batismo, têm de set feitas,
na igreja, quanto antes• (Cdn. 759).

349. - VI 1, Sujeito do Batismo. Condições exiw


gidas para os adultos, Padrinhos e n:_,adrínhas.
e Todo o ente humano, viw, e ainda túio balizado,

~:1!:fdt:r ab;.;~:;~ •e(~:ju7:o~• €tlio ~~:~~rtr:;


0

quem não completou os sete anos e quem é idiota de


nascença, passando dos sete. Adulto é o que tem uso
da razão (C8n. 745, § 2).
l. 0 Batismo das crianças. - Dissemos que era
v.reciso bafuar as crial'Íças no prazo niais breve possível.
E certo e claro quando pertencem a familias cristãs.
- - - - - -~-------------·-·----"
Mas, em se tratando de injiii.,, será lícito batizar erianços
contra a vontade dos pais, a prcte.:do de que o Batismo
é imprescindlvel à salvação ? Como ngra. geral, não ó
permitido, porque ofenderia o direito naturaJ dos pais,
que se responsabiliZRm pela prole, e esta ficaria exposta
a renegar a fé católica, vivendo num ambiente hostil.
Dizemos : regra geral, porque há casos em que se
lhes conferirá licitamente o batismo: - a:) tns puigo
tk morte, quando se pre~ que bão-de falecer antes da
idade de ragiio ; - 6) /ora. tb, peri'go tk nrl1rh, mas só
quando lôr garantida a sua educação cristl : l) se os
pais ou tutores, ~ pelo meno,s um dêles, consentirem
nisso ; 2) se perderam todo o direito de autoridade, ou
não podem exeid-la de forma alguma (Gtn, 750),
2. 0 Batiamodosadultoa. Concliçõearequeridaa.
- Para receberem o Batismo Mlida6"nk e com Jruto,
os adultos têm de preencher certas e411difiu: - a) A
VdLIDdDE só exige um requisito: a inknç&,. ao
menos luú,ilual, de ,ll!r IHl.lizada.r; donde resulta que
nlo temos direito de batizar um adulto C011tra a sua
vontade, nem o adulto sem o uso dos seus seutidoa,
exceto se, anteriormente, tiver manifestado o desejo
de receber o sacramento, Pode-ae bafuar um doido
que nunca gozou da razio. - "b) Para receber COAI

:!~~:~!~~~N~-~t
XVI, 16) ; - 2..
(Afarco1,
1!ri~~
a o.lriçio, ou arrependimento
dos pecados p,mctidos pelo sujeito pessoalmente: e Fazei
penittncia, cfui $. Pedro, e seja 1,atimdo cada um de
v6s para obter o perdio dos seus pecados'" (.dlo,, II,
38), Tamb&m a atriçlo, com um principio de amor de
Deus, basta, e o adulto oito tem de se confessar, pois
os pecados cometidos antes do Batismo alo perdoados
pelo Batismo, e nlo pela Penitlncia: - 3. Ademais, o
72

adulto h'--de conhecer 01 principais mistérios da religião


~tólica(').
3.0 Padrinho, e madrinhas. - A. - • Um cos•
tume muito antigo na Igreja manda que a ninguém seja
dado o batismo solene, sem ter, quanto po,isí,•cl, um
padrinho•.

pac1/~~ : ~=ºr!!iid9!~. Q::i: is7o


é 11~~
. praticou, faça-se, ao completar as cerimônias ; m:sle
u:
c:uo, .não há parentesco espiritual• (C4n. 762).
-.r>ev- tomar apenas 111n padrinho, - do mesmo
sexo que o batiundo ou de sexo diferente, - ou, quando
muito, padrinho e madrinha• (Cân, 764). O que d,í o
batismo e o padrinho contraem parentesco espiritu(l(
com o batizando sõmente• (C.tn. 768),
B. - Prineipa.Wcondiçllu n11uuidu. - a) Condições
de P«lidade. t preciso : - l, ter sido batizado, go~r
do uso da razio e fazer tençio de cumprir este papel ; -
2, nlo ser herege. nem excomungado nomeadamente; -
3. não ser pai do batizando, nem mie do mesmo, nem

~!°~~~ ;!i:fo:rri:::;;~: =:ro ~Jtlsr'~


pronuncia a f6rm.ula do Batismo (C4n. 765).
73

h) Condições de liceidade. - l. Idade de 14 anos


para cima, ou dispensa ; - 2. Honorabilidade ; - 3.
Conhecimento das noções da fé ; - 4. Licença do Ordi-
nário ou do Superior, se a pessoa U,r de estado eclesiástico,
ou membro de Congregação religiosa (C8n. 766).

350. - VI 11. Votos do Batismo. Objeção.


1. Votos do Batismo. - Todo o indivíduo que se·
0

alista numa sociedade, participando das vantagens da


mesma, deve igualmente a.r.rumir o., compromir.ro.r. Logo,

Ji':~is::c::~mz:ca:ª~:~b~ :~::~: ohr;a:;~


0 1~1
çõcs estns que são eJCatamente os deveres do cristão,
~br;g:~
nem mais nem menos, e se chamam impl'Opriamente
,,o/M. Nome melhor adequado é promu.tu.
As promessas que fazemos no Batismo apresentam
duplo cnrfiter : têm um lado negativo e Outro pru-itivo.
- a) Lado negativo. Renunciamos a Satanás, às suas
obras e às suas pompas. Sat.o.ná.r é o artífice e o insu-
flador do mal. Sua obro; é o pecado, é tudo o que se
Nbela contra Deus: pensamentos, desejos, 'palavras,
ações, contrárias .aos mandamentos, Suas pompu vêi;n
a ser êsse luxo insolente, êsse aparato falaz (ad&rno,
moda .. :) com que nos quer engodar J êsses diverti-
mentos e prazeres espalhafatosos, isca que o mundo
fantasia de mil modos (bailes, cinemas, teatros) ; essas
máximas err6neas que entleusam a volúpia, que põem
·a meta da vida e maior ventura no gbzo infrene, acarre-
tando fatalmente a perda das almas. Aliás, para se
identificar e desmascarar o csp,rito infernal de men.tira,
é s6 ver que ensina precisamente o contrário do Evan-
gelho. Quando Jesus Cristo pregou pobreu, renúncia,
sacrifício e humildade, aí vem Satanás ualtando · a

;i!i:i:: t !°;:m~rd:~r.: 1!~~dn-:d!)Nr:


74

Senhor, de nos unir a Êk, de tomá-lo por mod2W e mu-lre;


é darmos à sua palavra adesão plena, e pautarmos pela
sua lei o nosso comportamento:
. 2. 0 Objeção. - Consoante os fil6sofos raciona.li.rla.r,
que. rej_eitam. os dogmas do pecado original e a graçn,
não têm valor nenl11un os w,fw do Batismo. Porque,
argumentam ~ racionalistas, um homem não pode
ser ligado pelas obrigações que formulou .um quuu.
O menino que está sendo batizado níl:o tem o uso da
razio, nlo goza do livre arbítrio ; logo, não pode ser
acorrentado a-uma doutrina e aos deveres que ela impõe,
porque assim o quis a vontade alheia, por mais santa e
respeitável que fôsse, como a dos pais.
Resposta~ - O arrazoado dos tais filósofos é bonito.
Impressiona os incautos. Entretanto, está carcomido
e cai pela base, por causa de uma falhazinha , é falsa a
premissa maior. Esta diz que o homem nasce no estado
de i,uúpuidlncia e não sujeito a obrigação alguma,
senão tanto quanto ele a tiver ú"vre=nfe aceitado. Ora,
isso é completamente errado. frro fantástico, em qual-
quer ordem de coisas. Queiram ou não queiram os
senhores filósofos, a essência da criatura é sér depe11•
denk e corwlrangida. :!bes próprios, aliás, ·concordam
todos perfeitamente nisso, quando se trata da Pida
natural. Acaso algum de riÓs riasceu porque quis, quando
quis, ou colilo quis 1 Contudo, tivemos de aceitar a
existancia exatamente na hora e nas conti~ncias que
o Criador escolheu, à nossa revelia. E decorrentes desta
aceitação forçada, coata, quantas obrigações temos,
nem mais livres, nem menos rigorosas, e plenamente
aceitas· por todos l Deveres para com nossos pai.t, -
a quem, no entanto,. nenhum de nós elegeu 1 'Deveres
75

para com a ,roc,'r:dadt:, - na quol ingressa.mos absoluta-


mente nm nr ,:01141,1.{úu/N I E isto, inconteste na pu/4
n.aturai, como é que houvera de 6car invertido na ,,;4
.robnnatlU'ill, sendo esta aperfeiçoamento e remate da-
'quela, ambas presentca do mesmo Doador ? 1 Por que
nlo seria obrigada tamWm /1- criança a receber a graça
do Batismo, e a responder pelu oJ;irisaçees inerentes ?
Digamos. com Mnr. Pio, que eDeus d1 a vida,
tanto a vida natural como a vida sobrenatural, aos
que quiser•, sem que possamos declinar nem as honras,.
nem 08 encargos ; nem os luaos, nem os 6nwi. ligado■
a essa& duas vidas.

351. - IX. CerlmOnlaa do Jlat:IÍmo,


Sio 'WenemBda1 n c,ri,.,ô,1iu do &tismo, qU1r em at.nclo
lr. tu1li.,uul,,tk, pois remontam aoo alvorei da l1rcjo., quer cm ate~
Nlverdadeslránecendent:1.i1q..euprinteR1,ocultassobov!uclos
úmbcdos. O mled111no do Concilio de Trento qrupm..,., am h,81
eia-: l.•a1q...,pneec1em0Batiamoaarealizamantadec:bcpr
à p .. bati.mal; 2.• as q"" • ehtua.m junto da piai 3.• M que dm
depois da ..dminialraelo do Sacramento.
l.• CedmOnlaa prel.b:nlnare._ - a) Par,o. 1ianificar que as
porta da Ia:.-.ia. como a■ do Cw, ae abrcm.1\nicamente pelo Balitmo,
opaclrede~mac:ria10Çaroofulldoda.ipeiaedirige-U... .. persunta1
eea:uinte.1 Q.uedescjais ... &ida.larej&deDeusl-AFi.-Q.ue
bemY01p,oporcio,ia.aU7-A•idaetcma.-i)Opadre_,,,..
no rodo da ctiani;a, indicando ido q"" o dem6nio tem da_. upulso
da alma. Depoi,, t ~ o ,;,,,.1 ú. u,a, 1111 testa• n o ~
paralemb..rque&aCr ... deJesusCristoq11111101.....,ta.e111l-:
utendas6bteacr ... np.aD\lodireita,que,:endodizerq1111aI,.;.
toma poae. em nome de Ja• Cri.to. -,:)Deposita-O.. na b6ca
11mpoucodealN11to: .Salmbolodasabedoriaedapurcu.-
4)Raaentiodiveraup,ecucbo.rnad..~,ordtmandoao
dam&aioq.. • retinl e dein o lugar p&N. Noao Senhor Jesus Criato.
Terminadoiaotudo,opadrecolomem.cim.adobatiumioautNmi•
dadedaestola,inafp... daeutondadeacardbtaLeleva-opera
76 bo BATISMÓ

dentro da lgeejn ou p;1ra n cnpoln da l'LO. batismal. - e) O [>Rdrc,


entio, voi n,citando, junto com o padrinho e a n,adcinha, o S/mbo/o
dOJ' Âpktolor e a O"1çiio domin,.CIJI. Enlim, [):lél\ evoca~ a ccnn de
Je,u, ':' ",\o curando, certa oca>ão, um surdo-mudo, por mc"o da.
imposiçio de um pouco de saliva no,, ouvidos, o p.~drc traça, com

~ •À}Jela•, ist~ ~: abri-v~~ "!<"'rda~doaa~m ~u:"os .:'ntid:


ducm oer frangu.,..dos àa irnp<esoõea celestes.
2.• Cerim6nias con,;omitantes do Batismo. - a) Rondncia

=,:n:.~:t:.';'~~=:~,:,';;,."~l~~~::::•;:;u~ 'i:!:i::
4 Saklnlil.· O padrc inlem>ga a cria~n , R,,nundai. v&, a Satan&. 1

- 'l Unçl.o uim o 6kt, do.r aücúm,nar. O SC1ccrdotc fraca, no pclto


e enl"' os ombros da c,iança, uma c,u~. com óleo p.ua tal fim prepa·
rado e ben~ido pelo bispo M Quinta-rei,a sant.,, p,ua moslr,u que
o futuro cat61ico se há de ,-cycslir de mansid~o e !Qrça, a fim de
arrostar as dificuldades da e~ist&ncia. - e) /1',m,. projiuão d~ JI.
OpadrejádeiIOuacstolaro,c.,eenve,gounestolaalva; interroga,
outra vez, o batizando que iá tinha feito, en!rofonto, proíi,são de
fê: N ... credes cm De"" Padre Todo Poderoso, C,iado, do céu
e da terra? - Çn,io. - E cm Je,us Cristo. seu Filho único, No,oo
Senhor, qw, IUlSl:<'OU e sofn,u 7 - Creio . ....:. Credes no Espírito Santo,
na Santa Igreja católica, na comunhlo dos Santos, na remissJo
dospecados,na ressurreiçiodacarneena vido.e!erna?-Creio.
- N ... quereis ser batizado ? - Quero, Depois dcst., resposta, o
padre administra o Batismo, derramando, três vezeo, ácua nn c.,bcça.
da criança e pronunciando, ao mesmo tempo, a fórmula : • Eu te
balã:oo, em nome do Padre, e do Filho, e do Esp/rito Santo•·
3. 0 C.rim6nlas depoh do Batlsm.o. - à) Unr/fo com o
&nfo Cri.tmt1.. O padre faz uma unção cm forma de ceuz por cima
da cabeça da c,iança, _com o Santo C,isma, misto de óleo de oliveira
e bálsamo, benzido pelo bispo na Quinta-Feira santa. Quer dizer

;::;;,.a;,t:~:~t:'.~11;):; ~~o~;:;•..J:t,n°:...""f~;'";s~
,:ência <lo vestido branco que os catecúmco<>a tinham de trajar.
Sünbollg!l a inocinci& e pun,:t11. da alma do recêm-ba.tizado. - e)
OdrWaccso, que o padrinho e a madrinha sesuramcm vez da c,iança,
co11cretizaagraçaeafé,afulgurar-lhen.aalma,comofochoardente.
Fmd.a-se, desta forma, o ato. O vig&rio deV<!, então, .n,gis\.&-lo no•
livros paroquiais, manda_ndo o padrinho e a madrinha aS3inar.
77

Conclu-.:o pr.ãtica.
l. 0 Darmos sraças a Deus, muitas vezes, por nos
ter feito cat6licos, pelo Batismo.
2. 0 Ufanarmo-nos dêste nouo tfüdo de nobreza e
procedermos de modo a dar-lhe o maior lustre. lmit&nnoe
os primeiros cristi'.os : l!les, com o vestido alvo do seu
batismo, procuravam conservar impoluta ·a formosura
da sua alma, assim reconciliada com Deus.
3.• "Escolhei. em vez de nomes exóticos ou insigni•
ficantes, os de santos vertel'ados pela vossa famllia ou
pela vossa terra, ou ainda o santo do dia mais festejado a.
I.EITURAS. - Fipr,u Q &.ti,,..,,. - I.• Pusapm do
mar Vermelho (&.d,,, XIII, 17, 22 e XIV).
2.• NHml curado da lapn (4.• Lffl dH ll#i.,, V).
3.• Batismo de Nosso Senhor (,IJai,, III). Palutm do N -
Senho.. _,.. Nicodc!mas (J.6, Ili). Batiimo do um cucereifo de
S.Pedro.
QUl!STIONÃRIO, - I. 1.• Qne 6 o Baliamo ? 2.• Qunia
doasup6cia? 3.•S111,11ficuraanoAntia<>Te1tammtoono Novo T
li. I.• Pw qnem foi negada II nisllncia do Batismo ? 2.•
Q1111issro .. p-•cleq""o Batismoi sacm,ne,,.toda lei.....,.?
III. !.• Qual 6·a maUTin mAOta do Batismo ? 2.• A mat&i&
pcózima.? 3.•Quo.iadoost.a.modoldeabluçlo? 4.0 QW116a
fwma do Bati,mo? 6.•Qual foi o ,nodo ....,do-primciroas&:ub
dalafe,ia? 6.•Eoqw:N .....,at... bnente,Da.lgnjalntúoaT
.V.!.• Quai,, do os efeitoe do &ti.mo? 2.• Por q ..·n1o
,!,lfcitoadmiaistR-loduuvaes1
V. 1.•Ser&oBatismonec:e-'1-io àalvllÇlo l 2.•Quem.M&Ou
aMCCUidadcdoBat;,,mo13.•Ser.lnocesú.rioparatocloaosbomeus,
eriancu a adulto., li6ia e infi6i,, 1 '-º Será o Batiarao o ó"ico 11111io
de1&lus,loT 6.•Qua.lprecisoparahaver,...rUrio1
78

VI. !.• Pua a validade, quem 1, ministro do &tismo? 2.•


E p,i•a ,., Hcito, em caso de neccssidndo, quem é ? 3.• E qunndo
se trata de Batismo solene, quem t?
VII. I.• Quem ê suieito do Batismo ? 2.• Devem-se batizar
as c,ianças dos infi~is? 3.• Quais sl[o u·condições exigidas p,>rn
adultos ? 4.• Que vem n ser cat'!Cllmcn,,to ? 5.• Quantos-padrinhos
podemos arranjar? 6.• Ent"' quem cxi.ste pan,ntese<, espiritual 1
7.• Quais ,.;(o as condiçi!cs pnra.ser p,td,inho vàlidamenle? 8.• Para
ser padrinho lkit&.riiente?
VIII. l.• Que v!m a .;,, votos do Batismo ? 2.0 Serio ,nesmo
V<>los 1 .3.• Que objeção •presentam os racioruilistos, conka as
promessas do &tismo ? 4.• Se,, verdade que tnis profflCSSBS não
têm vak,r, nil'o obrigam ? 5. 0 Só seri<> deY<!N!S do homem, os que
êle aceitou livr<>rnen\e?
IX. J.• Como se podem dnssifioar ns c:erimanias do Batismo ?
2.• Quais .:il"o as ce,im8nias preliminares ? 3.0 As que vêem juntos
com o Batismo ? 4.0 As que vêem <lepois ?

TRABALHOS ESCRITOS. - L• Ser& v&li<lo o Batismo


cot>le,i.Jopo,umhereg,:? Se lll,v"i<lo,·porquc,queoebatizan,
.Jcnovoos protestantes que oe convertem à 1.1 católt<:a? 2.• Que-
rendo lmtizor uma cr"'-nç.o de boa SIIÚdc, forte, como havcrleis de
proceder 1 3.• Derraman<lo•sc a .l:goa na roup,t da criança, nll"o no
corpo, que valor teria o Batismo ? ♦.• Além <la g<aça S11ntificante,
comunicar.i o Bati1mo A criança graças atu.ai1 ? Acaso precisa
delas a criança?
5.• LIÇÃO

Do Crisma ou Confirmação,

r•-·---- {la.~
1.•N••·--· roJ-·~o.druda

~.•&,lot_,,, B,::::.-.,._ 1
-,~)Tmdlçlo.
{--~9acla
,...;. . . . .

.. ª·~""
ÍA.M.-la. {t1ee1o-o ....1oCdau.
,.-:•r:.'.tº ... 1_à.~ {~---poloBIQo.

==::.::ao•..,.:::. -
{ :lc>1:i...o....-<io,olda,dodol.C. -
CI, 8.•N-..i~.
{111-•-
t):..r.----·•oi,lailolMia-
oJ_,,.,io,...,._
{
61 C""._, @liaploo ~ doleaa4t Polo

rolChoola-rr--.n1o......aoauoo1a.

j•- {
cl-•·-
{!~=o,i-
-"'-- l.•Puo.a-.lldado.
l.•Puo.allaadldo.

352. - VocãbulOL
80 DO ClllSMA OU CONl'DtM.t.çÃO

-ottrmo~Cba-CrialaouMNSiu,vo,:f,buJoa
• ê1te llllel'Paento : •in,,.,.
dai 1'1ioa• (&nto(S~
quem
pa~~:~ :~
que ligniricam amboll : Unplo
cal4lica,
não 6 menor a imponlnci& ~
eJnlfflllOU primeiro o vwbo con- ullÇilel. Entmm nu corimeniu
Jinnar,,doqual•derivao doBatiamo,doCr1$na,do.
111bataot.i.vo ~ - Extzoma..Vnçlo a da Ordem.
U11c1a. Ccrim&li& litmgica cr1_. (gr. t::1iivma, unguen-
q1111 ooualate em dcitv 6leo to,unçlo)Mistodtóleoo
-~limbollandoabGlsamo.O&atoCritma6
gnÇll,(IUGNlhe-ferli,ou mntEria. dOB IIIICl'&IDODMJII da
OOJIM&l'&ndo-a. Conjinntlpio o Onlam. &rvu
tambénl.,n0Ba#,m1>,J>11raum:i.
das uriç!lcs, na conBllgrnçio de
umdlico novo, de uma pedra.
de altar, de uma lgrajL - Na
b&n9'0 da. Pia ooi.i..,,1, no
ean. • pusou ~ Sf.bado de Aleluia e n& Vigllia
PR'\IJl9iO.an'-,queoeOlllri- de P e n ~ o celebrante
Wftlll lllllplradoll nenhum tftulo derrama alpfflGII aotu 111ia~u-
melhot acharam para doaiplU' JalÚlll com o cSleo dos cat.ecd-
a Nouo $eQhor do q11C o de

DESENVOLVIMENTO

358. - 1. A Confirmação. Definição. Natu~.


1.0 Definição. - Omjir111o,ç&, ~ um sacramento
quê rios dá o Esp{rito Santo; com !'- abundlncia das
l1WI graças, e nos toma pcrj,WM cri.rlão.r.

2." Natunma.-Emborasejamlntiinamenteligado.
i, Batismo e o Crisma, ao ponto de, por muito tempo,
terem sido administrados conjuntamente, nlo tb a mes-
ma natureza., nem proporcionam as mesJDas graças, O
&m',rm.o dá a pr,'IIWl'4 paça que QOS faz cristios J o
Cri.mui dá a n,,uu/«; que transforma os cnstlo$ em
Kdclados de Cristo, capazes de fotar e DlOffllr pela sua
cé. Lop,, o C.-isma completa a obra do Batismq.
bO CIIJSMA OU CONFIRMAÇÃO 81

354. - li. Instituição dl~ina da Confirmação,


l. 0 Erro•. - A existência da Confirmação foi rejei-
tada : - a) pelos A.l61'pn1u, e - /,) por L1,1/tr0 e Ca.lwno,
sustentando que o Crisma fôsse rito meramente eclesiás-
tico e nlío de instituição divina. Assim opinam, ainda
hoje, os Protestante&, menos os Ritualistas. Aquilo
fb_: ~:~a:;i::~~á:í:: com nome de Crisma.
2. 0 Doutrina cat6llca. - ConjirmaçiJo I Hrtl.-
,d
tkiro .nu:rtu11t1nlo ~ Lei nOVd. Artigo de JI, baseado na
E,ICl"i/W'tl e na Tf'tldifão.
A. - SA.GRADd. ESCRITURA.. - Práiica. da.r
.ilpddolo,. Temos nela prova evidentíssima da exist!neia
do Sacramento. Narra-se, com efeito, nos· .1/W d;u,
.ilp6.rlokll, que •Pedro e Joio impuseram as mãos aos
Samaritanós>, ~rl:viamen.te batizados pelo diácono Filipe.
V1lr.t.81;).ªr:;:°:s:,:«!l~S. t::~.1oi~dc,1o:f.1::;,
~~zo; ~;~~e~':,' l~:â:S~n!:ºJ~·ãf!:
(.1/to.r, XIX. 1, 6). lu. muito claro, segundo &tea dois

~~: Kí:s6=.-
SÊnjt';: :~~= :~=
textos, que Pedro e Joio de um lado, e Paulo do outro,

::~~Ir:~~
~i~rm::vro~~:n:S
~~;~:
Senhor tinha, êle próprio, institWdo o Sacramento da
Confirmação, numll ocasião que a Sastada E&criturà
não refere.
B. - TRADIÇÃO. - a) Padru d4 ~ - Nlo irnporta qu

!;~~~!É~~r:.-reE.r~ut~~~~=
Junto cio Balisrno e da E..ce.rislia. eomo •ndo um. dm trll •toa
da. iaiçiaclo"Cftlt.l. •Dois•e........to.U, di.S. Cipriaao ao '6i:utc,
&. - Ili. Sinal aensfvel. M&Ürla e Forma.
l.• MaU:ria. - Alaffria remota é o Santo Cri.rma,
composto de 61eo de oliveira e de bálsamo oriental (1),
consagrado pelo Bispo na Quinta.Feira santa. A mallria
pr6:.ri:im4 consiste na unçao do Santo Crisma e na impo•
siçio da lnio que acompanha naturalmente.
· Nio 6 sem motivo que se escolheu o Santo Crisma
ra:ia m::: :~=en:u:e ;;.~m=lid~°!:
eleitos produzidos por hte sacramento•. De fato, como
outrora o atleta, antes de descer à liça, untava com
6leo o corpo inteiro, para tornar mais ágeis e vigorosos
os seus membros, assim o 6leo do Santo. Crisma repre-
senta. a fa:rça, o Animo v:iril de que o c,at6Iico precisa
ser arma.dó, para os comh,t.tes da v:ida. Por outro lado,
o bálsamo, a espalhar perfume, lembra a influência
benéfica dos exemplos de virtudJ que o cristão há de
dar.
2. 0 Forma. - A j"'"""' do Sacramento da Confu..
maçio consiste, na Igreja Latina, nas palavras seguin.~
pronunciadas pelo Bispo, ao ~esmo tempo que vai
DO CIUWA OU COll'FlftMAÇlo 83

fazendo a unção com o Santo Crisma = e Eu te man:o


com o sinal da cruz, e te confirmo com o Crisma da
salvação, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo (1) •• Logo, - 11.) está marcado o crismando com
o sinal da Cruz, que é sinal do soldado de CtisfQ;-
6) está confirmado com •O Crisma da salvaçio,. quer
dizer, armado e fortaleeido para u lutas que o aguar-
dam; - e) está confirmado, como foi batizado, en:1
nome do Pai, e do F'tlho, e do Espírito Santo = é da
~~~P:~:-:e, ~Jaro:;:aDe~~i!!1:: :
nalllrUII. do Sacr~ento.

356. - IV. Efeitos da Confirmação.


I.• A Confirmação é .rru:ranu:nto do.r- l'ÍPW; poi
isso, não dá a primeira graça santificante, porém au1Mnla
e 11.puj11içoa a graça recebida no Batismo ou recuperada
na penitência.
2. 0 Quanto à gtYlf4 .rautlfflfflial própria do aacra--
mento da Confirmaçlo, consiste, mais especialmente.
no dom d11 Fôrpll. que habilita o católico crismado a
enfrentar, cotajosa e vitoriosamente,. os inimigos da fé.
A Confirmaçã'o lança, efetivamente, na alma do cris-
mando, uma injiuão 1114j,, 11.bundtuiú do, don.r do Esprito
Sa.nto. Por esta palavra •dons•, devem entendel,.se
aqui hábitos sobrenaturais que nos impelem a seguir
6elmente as inspirac;iies e os movimeotos do &pbito
Santo, a bem da nossa alma. 2stes dons, em número
de sete, slo ; - 11.) SaJndorU,,. Fa:c apreciar o valor
e o g&to das coisas divinas. - 6) lntelig2ncia. Norteia-
-nos •na aceitaçlo dos mistérios da Religilo e, sem nos
desvendat" os se111 arcanos, facilita a compreensão dos
B4 DO CRJSMA OU CONFIRMAÇÃO

desígnios da Providência no govêrno do mundo. - e)


Con.relho. Aponta-nos o que mais útil e proveitoso Uir
para a nossa felicidade. eterna. - á) F6rça. Incute-nos
a: energia precisa para sobrepujar quantos obstáculos
se oponham à consecução do nosso fim. - e) Ciência.
Não de conhecimentos profanos, mas ciência de Deus,
isto é, conhecimento dos caminhos que levam à santi-
dade. - /) Piedade. Faz que consideremos Deus como
J:'ai extremoso a quem nos podemos dirigir com tôda a
confiança. - 9) Temor (Ú Detu. Oriundo, não da sua
justiça inflexível e do espantoso rigor dos seus castigos,
mas de entranhado amor e profundo respeito que nos
afastam, como que instintivamente,· de tudo o que
lbe pudesse desagradar.
3.0 Enfim, a Confirmação imprime na alma o caráter
indelével de soldado de Cristo.

.
Sio outros os tempos. Mas, ainda que menos aparentes, menos
.
vistosos, os efeitos da Confirmaçi'.o sio reais da mesma forma e
preciosfssimoo,poiselanostornae11pazesdepelejarev,,ncerviv,mdo
e morrendo, firmes na f~.

357. - V. Será a Confirmação necessãria para


nos salvarmos?
1. 0 O Crisma "não é necessário por ,ucu-tid.ade de
,ruio, desde que o Batismo perdoa todos os pecados e .
dá a vida sobrenatural.
2. 0 •Embora êste sacramento não seja necess1l.rio
por necessidade de meio, não se deve descuidar de recebê-
-lo, quando possível~ (C4n. 787). Quem a isso se negasse
formalmente, ou até não fizesse caso, cometeria falta
DO. CR?SKA OU CONFIRllAÇÂO 85

!;ª;,e de~~ã~;:/:~dorJ:'t':•rci:
a fé. É f&cil ver : seria privar-se, vJuntária e ~posa-
mente, de socorros ~tren:iamente momentosos, de
numerosas graças valiosfssimaa de salvaçi(o, e con-
trariar abertamente a vontade de NOSSO Senhor e da
Igreja.
858, - VI. Ministro da Confirmação.

:=:"~i. ':t,,_~=·J!!:• q;:~~i°c,/~T:i::


1.• Miniatro ordinirio. - É SÓ o Bispo o minulro

dois cuos relatados nos ~tos. S4 w dpi.m,lo,, a quem


1ucederam· os Bispos. adminisftar&ID o Crisma aos que
tinham sido bati:sados por ministros inferiores (dlo.t,
VIII; XIX).
2.• Minlatto extraordinirio. - Um simp]es padre,
por delegaçio especial do Sumo Pontilice, poder,,1 ser
min.Wlro e«/raordin;/rlo da Confumaçlo. Precisa desta
t:f~:m:~e~; t:n::e ~ j:;
Cristo todo o poder, isto é. o rapa ( u .. muito desta
1).

:ir!;~ os mis.ion-'nos em palses ainda nJo


cAo Bispo, E. licito crismar na pr6prÜt. dt"-.,,, até
os estrangeiros; a nlo ser que o Ordin&rio d!stes o prolba

~t~.:J~io7!3.; :rnlioº q:ihe r:v::


sido determinado (Cdn. 784). Em diocut: all,eia, o Bispo
precisa da autorização do Ordinário, explldta, ou raaoàvel-
mcnte presumida ; nio pttdsa para seus próprios dioce-
sanos que pode crismar ali, em particular, sem b&culo
nem mitra (C4n. 783, § 2).
86 DU CRISMA OU CONFIRMAÇÃO

359.; - VII. Sujeito. Condlçi5ei. Padrinhos e


madrinha.
1.• Sujei~. - Quj1uer pessoa batizada, e ainda
:::io~=·a:j;J:ª!ec:be: aS::=~::i:a C:t!
mação. Uma criancinha será crismaCU. lm.lids.menk,
porque os sacramentos atuam p0J' virtude própria, e
~:fa. o Crisma nenhuma coopençio especial do

p11,aaprR1qVC etranrcontraoaitiimia<,sda
nloaoouparatu.■ --ahoradaluta.Deac:&rdoc.omonovo
C6diio,con~dif.criraad111inistraçlodoCr.iamaat!aidadede
razio, ezc:eto no c:uc, d■ pvip da morte (C<ln. 188),
2. 0 Condições requeridas: - A. - Quanto à
YALIDADE. ·- a) Todo o crismando deve ter sido
batizado ; - /,) Alffll diSIO, o adulto precisa ter lnknçio,
pelo nHIIW ha6iiwJ i'mpltclta, de receber o Crisma.
B. - Quanto à LICEIDADE, para que o Sacra-
mento prod-/ru.twabundantes, o adulto :-a) possuirá
o ut«do tú. grtlf4, A quem tivesse pecado mOl'tal, o
Crisma. sempre imprimia o e&n.ter llllCl'Billental, por~m
nenhuma vantagem mais trazia e constituía grave

--~!i~~~v:c:s~.:T~~:
e o que dic respeito aos sacramentos do Criama e da
Penitl!ncia." ~io é preciso estar em jejum, pois, muitas
vezes, é adminiatrado kte Sacramento de t.rde.

3.0 Padrlnhoa e ~ • • -Todo o crismando


deve, _ter padrinho ou madrinha, e Rio maia do que um
DO CRISMA OU OONFIRMA~~-----·7

(Cd,i. 793 e 794). - A. - Candiçlu de 11alidad11. Com


as do Batismo (349), o padrinho ou a madrinha do cris--
mando precisam a de terem sido crismados (C4n. 795).
- B. - Condiçõu de liceidad11. O padrinho ni'o pode
ser o mesmo que o do Batismo. Será do SC%O do cris-
map.do. Havendo razões que a Je,itimem, dá-ae dispensa
d&tes dois requisitos.

mado8:&:~;k), :!;~='c::!fitu:,~:h;! o~ 0

ti!mO, impedimento do M':trim&nio.

380. - Cerim6nias da Confirmavto.

Concluelo prãtica.
1.0 Agradecermos a Deus, porque houve po1' bem
::ot: i."'Ni: ! <;:::;:eu~:~~
féein ~ algum. Um soldado preza a bandeira nacional ;
desíralda-a impávido; e, anta que o inimigo a profane,
. DO CRISMA OU CONFIRMAÇÂO

prefere morrer pas dobras do glorioso pendão. Também


o cristão é soldado que jurou bandeiras. Deve guardar,
sem mácula, o seu nobilíssimo estandarte, extremecê-lo
entranhadamente e dar a vida por êle,
LEITURAS. - !.• Narcaçio da descida do Esp!rito Santo
..abre o• Ap6stolos (Âlu, II). Coragem dalea. depois do Pente-
rl1:1~,<t;:;.,'.';lill).2';_~'s:t:~\!ºlf!~ ::,.;:r:! ;;~.~b:.;
0

do.., disclpuloo (Alar, XIX, 1, 6).


QUESTIONÃRIO. - l. !.• Que •Crisma? - 2.• Qual•
a-di!erença entre o Crisma e o Batismo?
li. !.• Quem negou a cxistlncia do Crisma ? 2.• Como se
prova que o Cri,ma é verdnd.,i,o sacramento institu!do por Nosso
Senhor?
III. !,•Qual(; a matéria do Crisma? 2.• A forma?
IV. 1.0 Quais são os efeitos do Crisma 1 2.• Que~ um dom
do &p!rito Saoto ? 3, 0 Quais si[o os .. l<! dons que se recebem no
Crisma.?
V.l.•Ser,oCrLSmaneccssári<>àsalvaçikl?-2.•Te,iaculpa
qU<:m ni:o o N!cebcsse, p,ilendo ?
VI, I.0 Qual é o mlllistro on:lin.irio do Crisma ? 2.• Qual é
o minish<> ulraon:lin,rio ?
VII. l.• Qual & o oujeito do C,iom•? 2. 0 Quaisslo as con-
dii;i'Sea N!que,ida, pua a validade do Sacramento ? 3. 0 Pua a licei•

:~=º1i \\t:~ ~~'J1'l~t:::~ie: ,kª:=~t.:°;':..":ªd~S,::


penhar desta fun~o, vàlidamenle ? licitamente ?
VIII. Quaio são as cerimGoiao do C,isma ?
TRABALHOS ESCRITOS. - I.• Explicar.quo.ndo foi insti-
tuída a Confirma~. 2.0 C..oo ti""os,eis "'°"bido a Confümaçlo
ante. do Batismo, que vo1 cumpria fazer ? Nlo teri'eis de criomar•
d~ :~::ve;Jd:,-"!:,~. ~;.e.;:!~rade:0":t:~ ~:~•~~:~~;
a6bre oa Ap&,toloo, .110 dia de Pentecostes ? Por que .li.lo ?
6.• LIÇÃO
Da presença real,

~
;
j:::-· {~- {·--
-• 11.&,o.;J(cio, IIOmuoalolo.

-< l.oOl,,lolo
........... " " ' {:a." ·...........
" ' - " " ' - . _...
· C:.8-iflrioioAl'õo-.
90 DA PRESENÇA RF.il

361. - ·vocábulos.
PN!aen~ real. Exi6\.ênci11. Subeta\ncia (38). t o que
real,cnilosimbólica, d11.pessoa consfüuioíundo,ae~cin
~êuci::do
grados.
;:::do~~h:\o~':: do ser, o que subsiste inalte-
rado, apesar dn multip!ieidado
dos fen<'lmenOII que sofro. Assim,
o menino passa. a homem, de-
NOTA. Desdo que & Euca- pOUI a ancião, muito diversos
ristia é sacr&mento que encerra os três. No euUlnto, Oll três
11pe8$08.deCriato,aprimeirn têm consciência, tém certeza
coisa que se dew provar, oo
tocante a &ste ISIUlramento, é a absoluta, do ser o mesmo indi•
realidocl. ou o Joio do tal pre- vlduo, a mesma pel'!IOnnlidade,
BeDQ&. Depois, convém indagar apesardasmudançns. &tapnrte
do modo desta Presença real do ser que pcr1D11ncc,,u id~ntien,
ou, por outn,, C<ml<> é que se ~,';t.:;!"ci:~tndos, ~ q,ac se chnmn
realiza.
Traneuh•tondaçlo (de duas Addc:utc. f: nquilo que tem
pala.vma latinas •lr11na• al~m, exisl.W,ia, 116 na suhst!lnda e
e•n~•,subltAncia). Con- por oln, como a clir, o gõsto,
forme a etimologia., é têrmo cte .. Pelosscntidos,temosconhe-
que signifiça. mudança da eubs- cimcnto, apen!lll, dosaddontes:
tAncin·do pilo e do vinho na naubstAncinrovela-sc-nos,Unica-
8UhstA11cia.docorpocdosnng1.1c mcote, pelos fonõmcnos que a.
de Jesua Cristo. mAoifestam.
t preciso diferençar bem
Eap6efos (do la.tiro ;pe,:W, o
•frcn.n,b,1anciação•e-l.con-
•ubdancit.ição (do latim •c11m• qne &.J)llm(:e). Sinônimo, squi,
oom, e ,....,b,tanlia• aubata.nci&) deaeide11~eilp<1rlncias. Espé-
ou cxistkucia de duas subs- cies do pio e do vinho .. a.pa.-
ttnciasjuntas; ou-2.impa- rências do pll.o e do vinho.
naç&, (la.tim •in• em, •panp Ao:.preesio•Sa.ntaaEa~ies•
pio), ou fuslo da subatlncia. de usa-se, li! veie11, para designar
Cristo com 11.aubi:itAnciadoplo. a. Sa.ntfssima Eucarietia.

DESENVOLVIMENTO

362. - 1. A Eucaristia.
1.~ Sua ezcd.llncia. - A Eucaristia ocupa o ter•
coiro lugar lla enumeração dos Sacramentos feita pelo
Concílio de T~nto. O motivo, certamente, será po.rque
DA PRESENÇA llUL 91

dcve antecedê-lo a iniclaçio cristi, e s6 o pode rec::eber


quem já foi ba.tiu.do e vive a vida da craça. Mas a
verdade manda dizer quci a Eucaristia deixa muito
atrú os outros sacramentos todos. Tem preexceiancia
e supenirninência incomparáveis, pois encerra, nlo
apenas a graça, mas o próprio tu1.lor 11, ptlÇ(t,
2.• Dola aapetoa da Eucaristia. - A Eucaristia
apresenta-se a n~ sob dois aspetos. É .racramtnlo e é
.nu:rijkio.
A. - Como SdCRdAJENTO, a Eucaristia é : -
11) a prtnnça re«l de Jesus Cristo, debaixo de um sinal
ez.terior: e - 6) a ,uu"io de Jesus Cristo, assim oculto
deba.ixo de humildes apa.r&icias. com ·a alma cristl :
unilo Intima qw:, cbamantos eo,nunl,io.
B. - Como SACRIFICIO, a Eucaristia é o holo-
causto ~nico e sublime do culto cat61ico. Jesus Cristo
;:'il~. f: s=~i~:.nciarad:m~~r ª:!S::i
ficio de valor in6nito e I " ª ~ ideal : criou o sacriffcio
da Missa.
3.0 Divisio do assunto. - Compreende, por-
!::U'i; /t ~r~ ;::;.'°,:r::-t ~o!~~~
considerada como e da com,m/,ao. - C.
.n11;nUnMlo,
- Da E1u:ari.dü,. considerada como ,_;ri/ki4, ou do
,,_,Jkio da Missa.

363. - Ili. Dogma da Preaença real•

.,~~PIWx~.#= ~~ ~ ::-.::.,"q~
8'culo). .,...., Dlo N<"Onheciam em Cristo • -turua humana o
ncpvaDI; por iuo mamo, a Pill&nda da,,.. mrH - Euc:arit,tlo. J
;:)~~':,.r~l~ni:~~•!'ii!
•• IM. PRESENÇA REAL

Ih ietr.taç«o do ICl:I lrro; - d oa ""'iF"""• • muito pm•ib,el-


mmte WWJ.
B, - OS SACIUAIENTÁRJOS. - to"°"'' p&110 poloa
tc6lop01t&l.icooatodo.01prolC1toute.daRelorma,quc,..,t..,111U1•
~':;~\'.."t..,ea~\i:, t=;-:!~-;..il.,~~"": f~!"~io~
meu corp0 • pOr atas outra~ : • Ido a

.m....,
N

.._1.
. ..,,,...
einfun
-e)O.
ritual do C:...to por maio da f,S (2).
2, 0 Dogma att6lico, - O Condlio de Trento
definiu qµe •no sacramento da Eucaristia estio contidos,
~~ira, ntJ. e n.JN1tuu:1'o.lminú, o corpo, o sangue, a
alma e a diviodac:le de Nosso Senhor Jesus Cristo, e,
portanto, o Cristo todo inteiro•. &r.r. XIL azp. I, cdn. l.
Nesta difiniçfo, firmam-se dois pontos,: - a) a
ru.lidatk ú. PfUfflfd tú NONO Senlwr. Com eleito, está
na Eucaristia «Pitv/Julei,vunenú•, não por figura ou
efmbolo; •na.lnunte•, e não por causa da 1101111a fé e
imaginaçlo ; • ,111./,,,Jmu:jaimmk •, na sua própria subs-.
tlncia, e nio com presénçll- meramente virtual, isto é,
pelos efeitos .que ai. produz; - I,) a prucnça Ú t4da
a pu- •tÚ Crida. A. Eucaris6a coothn Cristo inteiro,
o seu corpo e o seu 88.llgue, • êste mesmo (.'Orp0 que
nasceu· da Virpm Mana e está sentado à mão direita
do P~•• assim como a aua alma e diviodade.
DA PRESENÇA. REAL

O dogma, definido desta maneira, tem seu funda-


.
mento nos testemunhos da Escritura Sagrada e da
Tradição.
A. - ESCRITURd SdG/ulDd.. - a) Promu•
da Eucari.rlia. - S. Joio (VI, 26-70) menciona um
~=te~ 1 aÍ:fitu~oqd~ f:aa!:io~: Ei!':~I~tia~L~
discur.!lo merece ser integralmente lido por quem quiser
fazer idéia aata do assunto. Pode-se dividir em três
partes principais. - 1.0 ponto. Nosso Senhor, em Cafar-
naúm, no dia imediato ao milasre da n:aultiplicação doe
~t,Íad i = t:i~~v'te ~~:: ;!°~C::
!:o~~ T!!tcie1::ajr:!:,::a~rpe~
mas alimento que subsiste na vida eterna> (VI. 27).
f':e~;:!t; ~:°d~:í; ~~~:'";!!~ ~!:.1:o!~a: !
naturalmente, dos lábios dos ouvintes.·E Jesus responde,.
aeni demora, que I lk pr6prü, e o pio tú vida ducido
do"""·
2.0 ponto. Ora, todos sabem quem é Jesus e donde
é. Origem galiléia e propnitores
conhecidos. Eind~-
:/ f~tesi!:1s e C : : : . t N : : : : :n~enJ:
Insiste. Faz uma comparação entre o maná e &te pio
celeste que assinala, E depois identifica &te pio t"OM
a ,1114 CIU'll# e o ,eu. .rfUl#U.e ; cSou o pão vivo que baixou
do céu J se alguém comer dl:ste pio, viver, eternamente,
e o pio que darei para a vida do mundo, é nu•nlu&CIU'nc>.
Novo e maior espanto doe Judeus. Maia protestos.
Consultam um aos outros, a fim de saber como poderá
l:ste homem e dar para comer a própria came> (VI, 52).
Jesua reforçà. o ensino : e Na verdade, na verdade, eu
vo-lo digo, se Dia comertW a canu do F'.Jho do homem
.
e nio beberdes o &eu snngue, não te1-eis a vidfl. em vós-
(VI, 53).
3,0 ponto. Jesus desenvolve o seu ·pensamento.
Depois de asseverar que é !le o pio de vida, e que liste
pio de vida é a sua carne, continua : e Minha carne é
vvdaáeira comida, e meu sangue vvdad,lira /nl,ida •
(VI, 55). - Palavras tio lúcidas nlo comportam o
sentido inetaf6rico que lhes atribuem os _protestantes.
Critério infallvel é ver como as entendeu o auditório.
Se as tivesse interpretado no nn.lidD Ji.guradó, ninguém
protestava, nlo haveria porquê, e nJo se feriam retirado
· tantos di11dpulo,s que acharam muito dura esta linguasem,
muito esb-anha esta pi-omeasa. E caso se equivocassem,
Nosso Senhor; se houvesse falado por . figuras, logo
teria desfeito o equivoco. Nlo o Eh. Muito pelo con-
trário. Vai i:epetinclo até cinco vezes cque é p~iso
comu 1111 ,1114 ,:ame II l,e6u o nu .ra.nguc, querendo possuir
a vida• (João, VI, 53, 58). É certo que a expressão
•com,r a canu•, nos idiomas semlticos, também signi-
lica, além da acepção natural : injuriar alp&n, acusá-la,
caluniá-lo. Mas quem se atreverá a pensar que Jesus

õªqn::::: ; :~m~~:d:.::~:.é fU: :ir::


IUtia que êle já desvenda a seus disdpulos.
.. $) 1Nlilaiçã4 da Ew:,ui.rlia. - Na véspera da sua
:mOrte~ cwnpre o que tinha anunciado quando fAra do
milagre da :mul6.plicaçio dos pies. Na ocasilo da última
Ceia. na Quinta-Feira Santa, Jesus e to:mou pio, benzeu-o,
e, partindo-o, distribuiu-o a seus disclpulos. diaendo :
To:mai e comei: •Isto é o.meu corpo que Bem entrepe
por VÓS•. Depois, tomou o cüice, deu graças\ a. pauou a
ela, dizendo : e Bebei todos, pois isto é o meu sangue,
DA PRESENÇA. RE,ll. 95

da aliança, que será derramado por v6s e por muito.,


para remissão dos pecados (') •·
Foram estas as palavras da instituiçio, relatadas,
com varillÇOOS insignificantes, por três evangelistas e
por S. Paulo. Nada, absolutamente, que justifique.
nem de longe, uma interpretação em sentido figurado :
nem o tex~. nem as circunstlncias do discuno.
1. O wdo. Jesus diz: <rlsto é o meu corpo, isto é
o meu sangue •• e nio : " Isto .t1"ml1olú:a o meu corpo.
.tignijica o meu san,ue •• O pio e o vinho, aliás, nlo
slo .rinai.r tuieqlltldo.r para representar o corpo e o sangue;
:::e~d~!am;~: ~~ªZ ;;:~.:i:
minha pessoa, o meu corpo e o meu sangue; tmnai--<.
para vos recorda1-des de mim. Tamanha convicçio tinha
Lulero a .Ste respeito, que nlo p&de dei:ur de escrever:
e Muito me esforcei, repetidas VQeS, para provar que
na Eucaristia só há pio e vinho. Não o consegui. O
texto do Evangelho é muito llinpido. Nlo b.i ilw:lí.Jo •·
2. A.r drr:,uul.d.,u:ia.r de pessoas e de teJDpo. - l) t4
pt.r,/0/U. Os Ap6stolos, a quem Jesus falava, eral!l gente
rude, singela, sem cultivo nem p1'Cp8l'O para apreender
as subtilezas da linguagem metaí6tica. Quem peDSB
x:eJesussevaleudetomeioserodeiosliterl.rios,Eora
que1:::idib':r':'1'~~ém= je!~ fu~
em qualquer ocorrência destas, sempre tinha o cuidado
de explicar aos Ap6stolos paribolas que nlo enten.
dessem ou entendessem mal (Ver : Joio, IV, 32, 34 ;
VIII, 21, 23; illaL, XVI, 11 ; XIX, 24, 26). - 2)
Cin:iulllAnl:Ul t4 kmpo. Jesus está na véspera da sua

~t=!tff:!=t!i!:t~:::1!!
•-1lllo.Wudolulllul;llt.
:Dcn,.bula0.1611ea•0.8-,.dn-4
96 DA PRESENÇA REAL

morte. Snbe-o. Até prediz que um dêles há dé ser


traidor. E quer deixar aos seus o lt.rl4m~nlo, A Euca-
ristia é a herança mais preciosa que tenciona legar.

=
Quem, de sangue frio e julzo sio, se afoitará a supor que
Jesus, entlõ, vai tradultir o seu pensamento supremo e
i:~~!e:are:ir:~=~?b'r::msu;i• z!ºjei:
da agonia disser ao filho : « F.sta é a C11$1L que te deixo ••
alguém, ~entura, se lembrará de pretender que o
pai, o que;queda legar, era a figura da casa 7 É escusado
iusistir. Slo clarluimas, como a luz meridiana, as
palavras de Nosso Senhor : indicam a presença rea1
do aeu corpo, do seu san3ue e da sua pessoa tôda na
Eucaristia, e nada mais.
e) Tuknwnlw de S. Paulo. - Rememora S. Paulo,
aos fiéis de Corinfo, como Jesus Cristo institulu a Euca-
ristia. Depois, com o fim de emendar e endireitar abus011
que se hav:iam introduzido nas assembléias ccistis, não
trepida!"em afirmar-lhes que « Quem come o pão ou
bebe o c11.ice do Senhor indignamente, comete uma
falta contra o carpa e o -lafll/U do Senhor• (1 Cor, XI,
27). Que sentido ter.i1 aquilo ? S6 se o pio e o vinho
eucarísticos se tornaram o corpo e o sangue de Cristo,
e nlo um slmbolo longlnquo, vago, inu:pressivo, que
evoca saudades.

lvaclor>.
uatino(tl65)ucreve,naprimeiraApolqia.
dir' · nto..ioo: •Nlotomamo.eaaacois&acomo
• fiOClOII\Wl\ebebidavalpr; mail,cla-l'ormaque
~~en.~..r:-=..~~.:/i!::=::~..r:
DA Pft&SENÇA REAL 97

no,.,. carne" no·, aangue, ~ a t:arn•" o,.. ~ dksc Jum ·ncor-


nndo, depois de •e ler tornado Eucaristia, por m"io da prece que
"ncctram as suu palavras (as palavras de Jeous)•. S. Justino era
diretor d.a •=la de _calequeoe de Roma, alto e~pocnte, portanto,

t:"mi a.
No rk:ulo IV, S. Cirilo de JeM>S11lém (f 386) fala com igual
clareza: •Debaixo d.a aparancia do p/1,o, ~le nos d.l: o seu .M.ngiu,
d.lste modo, tomamo•noo • Poria-Cristo •• isto ê. levamos cm
n6$.; Crist~ desde que agasalhamos, nos n = membros, o seu
No lreculo V, S. Joio Crisóstomo (f 407) fala ao povo de Antio-
quia : • Encontra-se quem diga : • Eu quisera w,, Jesus Criolo,
contemplar-lhe"" leiç&,, do rosto, tocar-lhe as vestes ... , Tendes
:iu~:••m:!~;rt:=•~~c T~r ~l·~ ;~;:.t:w:l~n~~mpe;t ~
N6s. que participamos dêsso corpo e bebemos~- sangue, nilo olvi-

::::~E~~6i~~;::h;:FE,F:~~;:~{;~~;:d1;~E
sençureal.

~::a1~1~~~~!t~i~r:J?1:;f:7d;~le;u!E:tdJ?:!~~

\g•~&t:~g~:::~r.i~i-~d:1~~
2. A obrigaçio dos liéio era adorar a Eucaristia, ante• de
tem,.],., conforme vcmoa nesta p,,lavra de Santo Agostinho : • Nin•
guém coma esta carne, sem a ter pr!~Ulmente adorado•• Prestavam-
lhe 0/l primeiroo <:ristíios ao maiores honras. Tarclsio preferiu morrer
" dciú-la cair cm mies pr-ofanao. TalS lates nlo se ccmprc,:ndem
feno da fi; na Presença real (l).
IÍ) p,.,,.,,,_ tinida da crença t;trl!! < conJ/anl, da /gn}Q. - Argu-
ménto de prucrição. - Ant .. da l,c,-.,sia protestante, era universR!
a fé na Igreja no dogma da Presença rc,nl. Embora descambassem

~:~:!~~~~~l;~tif~~;:~~0º1i~ff~~:;~t;º~~!,!L~~
rosos,aucelenleop0rtunidndeparalhelançarapechadeinova-
dora, inventora e falsüicadora. Esta comunidade na f6 6 vrova
inconcussa dn orige111 apost61ico. do dogma sempre respeitado.
364. - 111, Modo da Presença real.
Assente a yerdade da Presença real, é conveniente
e,::aminarmos o nwdo por que se produz. Consideremos
tras pontos: l.• Que processo usa Nosso Senhor, para
se tornar presente na Eucaristia ? 2.• De que maneira
está presente ? 3.• Quanto tempo fica êle presente ?
Será permanente a presença real ? As respostas desen-
volvem-se nos tras parágrafos a seguir.
365. - IV. Processo da Presença real.
O Concílio tridentino definiu que a Presença real
se efetua por tran.rub.rlancia;ão, quer dizer que Jesus
DA PRESENÇA REAL .
~=mS: :;:m~~:= ~:ªd!!~a.;u:is~:
"da substlncia fâda do vinho no seu sangue, conYel'Slo
esta que s6 dei.za su:.sistir as aparfn.ci&I" "'1 pão , ü
11in.lio (nu. XIII, cln.. 2).
Oc,is a.rfilf.:>S encerra a defini,;io; 1.0 e
lato da
traDSUbstanciaçio, e 2. 0 o como da transubstanciaçlo.
1.° Fato da tranaubatanclação. - O c:oncllio
afirma que houve c.c:ooverslo da substlncia tada do
fº :u..,~t:~•
1 substância t&la do vinho no_ sangue

-
com
2-~ O como da transubstendecio. -

nem vi.lho; Í<a>m t=: ~m":ú':"'.i.. =t iutnJJ., pela


con,agr•çlo. a 111b1tân~i,, do pio e do vinho; nlo fie,,, ma.UI nem
~ 'suhs:Í=
ou11niloh_if!0',1J.ticadoc,orpadaCr.to
Luteroeseu,,apani-
: nisto.-'eplo,
.ind,:':!;.inmí'":
11oq11e011:
'•nlohidile-
daco .... lJUClo.
OmurQOpbo,
alDQfflBc6reomarQO ~aeolo

t~=.-:::i=-~'°::f..~~t::/1'...~.:r::.:m"":i
aeufinciadascoisas,equeaobael-wçlonloapreend..acedauo
~Ollo!ra...:~-=-~ .-;:: :i:;~inho,º~':.~'!~':
100 DA PRESENÇA BE.&L

366. - V. De que maneira esUi Nosso Senhor


na Eucaristia?
O Concilio de Trento definiu que Jesti:s Cristo está
~: ';:relt.lt~,,:::~:tkp:S ,z:c::.
taçio(.ru1.XIII,atn..3).
ef::aa:.

Esta definiçio propunha-se rebater o !rrode Lutero(')


e dos idraqu.1ifM em geral, partidários da necessidade
da comunhio debaixo das duas es~ies.
Estabelece dois fatos : l.• a presença de Cristo todo
inteiro debaixo de cada espécie ; 2. 0 a aua Presença
debaixo de cada parcela das espécies, quando fragmen~
tadas.
l. • A preaença de Criato todo inteiro debaixo
de cada eapkie. -'- a) As palavras da cousagraçlo
ttanslormam o pio no corpo e o vinho no sangue de
Jesus Cristo. Mas, j! que o Cristo reMW1Citado lica,
dora em diante, vivo e imortal, nlo pode maia o seu
sangue separar-se do corpo, e em todo o lugar onde
estiver o corpo também estará a alma. - b) Por outro
lado, desde que a sua natareza divina e a sua natureza
humana estio inseparàvelmente juntas pela uniio
hipostática, a p::ã: do corpo como a do sangue
:r:r:-~.pi:= e O::, ~~e:!e ~~ ºdc'í::
~ cada eapfuie.
DA PltESENÇA, R&\L 101

2.• A pn111enr.a de Cristo todo inteiro debaixo


de cada parcela das eapéclea. - Não esf& presente
ali, já se vê, à maneira das substancias materiais, consfi-
tuldas de partes juxtapostas, exigindo porçã:o distinta
de etp(IÇO, supondo, portanto, determinada extensão :
o modo de ser do corpo eucarlstico podc-ae comparar,
apesar das diferenças que os caracterizam, ao modo
~\:r{;r::t:c:'!':~~o ei:n~-":m~rA:
partes.

pois, ~
porque
0
at~~!t
somente
=.!~~ºJ: ~ :'~~:~
os acidentes!é ci_ue do observáveis, - e
nlo ao l)roJ)rio corpo de Cristo, Portanto, se f6r fragmen-
tada a ii6sfia, nio o será o cwpo de Cristo ; permanecerá
todo inteiro em cada fração. Não o toca,. abaolutameu.te,
nenhuma das alteraçl5es que podem sofrer as esp&:ics
sacramentais. Por exemplo, atirando à lama uma h6stiá,
consp~-a com ultrajes indignos e hediondos, os
crimillOSla cometeriam atentados abomináveis. sacti-
légios ezecrandos; porém, o corpo de Cristo nada teria
com isso, nem a menor lesio, nem a menor mancha.
Ol,.,trvaçio. - · Ainda anfu da Jrag,,unfa;ao, cada
pal'Cela já encerra todo o corpo e todo o sangue de Jcsus
Cristo. Não obstante, o concilio, para sõmente pisar
te1TeI10 prátko, de(iniu apenas que, d~poi.r da Jragnum-
f.afíio, ca.~ pa«ela contém o corpo de Cristo todo inteiro.

367. - VI. Permanlncla da Presença real.

cns!"':ü tfin.!:'~toc;:í:.~~tf::::, Jdu!:


o u.,o, quando se comunga, mas anlu e tkpoi.r do uso, e
tanto lelnpo quanto subsisfuem as próprias espécies
(.ru.r. XIII, Clln. 4).
102 DA PRESENÇA REAL

Esta definição condenava os desvarios d.os lute-


ranos, uns dêles a dizer que Cristo só estava presente
durante o uso {Bucer); outros, admitindo a sua pre-
sença desde a consagração até à comunhão, mas não
depois (Chemn.itz).
A definição do concílio estabelecia duas coisas : l.•
a permanência da Presença real, 2.• as condições desta
permanência.
l.• Permanência de Cristo debaixo das espécies,
- Quando Nosso Senhor pronunciou estas palavras :
< Tomai e comei, isto é o meu corpo•, o pão ficou instan-
tAneamente mudado no seu corpo, e a presença real
permaneceu debaixo das ~écies até à comunhão dos
Apóstolos. Se nio, acontecia o seguinte : o pão tornava-
se corpo de Cristo na hora das palavras da consagração,
depois voltava a ser pão, e outra vez corpo de Cristo
no momento da manducação. Hipótese absurda.
A permanência da Presença real, aliás, sempre se
integrou na lé cristã. Já nos primeiros séculos, conser-
vavam a Eucaristia nas igrejas e levavam-na aos enfer-
mos. Em tempo de perseguições, os fiéis recolhiam-na
em suas respectivas casas, para se darem a comunhão
a si próprios.
2. 0 Condições da Permanência, - A Presença real
continua tanto tempo quanto subsistirem as upiciu do
pão e do 1Jinho. Portanto, alterando-se ou decompondo-
-se as espécies, já não fica mais presente Jesus Cristo.
É porque, para a Eucaristia, como Para os out~s sacra-
mentos, o sinal sensível é condição necessária. Daí
resulta que, se o sinal não lôr o que a própria instituição
determinou, não existe mais a devida matéria para
constituir o sacramento.
DA PRESENÇA REAL 103

368. - VII, Consequ8ncias da permanlncla da


Presença real,
A permanl!ncia da Prese!iça rea1 envolve trh coro-
lários : l.• dever de culto ; 2. 0 dever da visita ao SanUs-
simo Sacramento ; 3.0 distribuiçto da ~ucaristia aoa
enler111os.
1. 0 D.ner de culto. - Segundo o Cona1io de
Trento, • é preciso, na Santissima Eucaristia, IUWVU'' o
Cristo, 6lbo único de Deus, com cullo IÚ faJria; bonri-lo
por uma solenidade exteriOf' ; lev!-lo em proci,,""1 e
up8-lo pi'.ibJicamente b adorações do povo• (Su.,,
XIII,cân.6),
Com esta sentença, o concllio fixou dois arfiaos = -
a) o direito IÚ Critlo, na Hóstia, ao culto de latria. Tem

~::ttu:;~ :t:· ,::.,!;:;:~re:~~


· honrar II Cristo com solenidades exteriores; por isso
,S que a Igreja "!ltabeleceu : - I. a/ufa tú Corp,u Clvi.rli,
ou festa do Corpo de Deus, ou festa do Santíssimo
Sac:nunento ; - 2. as prot:Wdu ena sua honra ; - 3. a
~fW/1 do &utll.r-1imo SGCIWMMlo; - 4. a .tldotwrJio
pvp,ltua, associa(lo que tem pot fim tn'butar, a t«los
os instantes do dia e da noite, ao Deus oculto na Euca-
ristia, os devidos p-eitos de adorai;lo e de de:Sagravo
pela desconsideraçlo que outfOS lhe votam ('),
2.0 Dever da visita ao Santíssimo Sacnnnento,
- Com 11$ manifestaç&:s solenes e públicas gue acabamos
de lembrar, as conveniências e a piedade exipm que
~temos ao Santlssimo Sacramento culto parikMW
aos m~Of' j:t°:1~t!e~fu, 1:~0-theco: t1:'m=
Ii1iais dos nossos coraçtles ; que nos cheguemo, a lle,

o1~'.!.=;t'doo"":'l:".·;.:::~....::.."'r:-~-:""'...:..-
104, DA PRESENÇA REAL

como a um amigo saudoso, de braços abertos, anelando


-~~fa:~~ie ~~:•~:n:U:::1..her e
3.0 Distribuição da Eucaristia aos enfermos. -
Se Jesus tinha a peito ficar entre n6s para receber as
nossas acloraç&s e ser- o aUvio e conf8rto das nossas
almas, mais empenho há de fazer ainda em ir conso1a:r,
8le proprio, oa que não podem visití-lo e curtem em
a.sa dores amargas, afliçiles sem remédio. Por isso, o
Concllio de N'dia já Ol'denava que se desse a comunhão
~~~~ ri::~ ã: °!'lt=m
~pre perseverou nesta prática e flacilitou-a com nume-
rt=.
rosaa prescrições.

369, - VIII,. O Mlnlst6"rlo da Presença real


perante a razão.
· da p,_.,r;a "real como
lhafamm,aamin.rcmoa
1imultbuadocorpo
c-6)da.Mllf6u

. l.• Objecl'o. - t ablurdo, sen~nceiam êles, l)l'elendcr que

~111=~:If:E~~':,".:ov!:i°:~du~~"'S:;
co:rpomalerial,eii:lenso,eircuns-
seriaabsurdo. Niropode ..ta.r
sac:rame11taldeJUU1
l muito difen,nte do modo
terin~l~=c:
~=do
r, transu.blhlllCl!'elrodoplo
edo,rinho daaublt!nc:ia,semoo:upar
=:, ~":.!,ia:.i~;. c1e~~l:,~u ~
.Mu ela lllo teni o dueito de afinnar q1111 a cou.tlocia do
de Cri.to nooh edebam> dasap6c:iaouc:arfaticu eeja uma
D.I. PRESENÇA REAL 105

temeatapn,pried-.dede•r ?
É intaraante notar que•• a ~ W anlet favo_. a..,.,

:S'8;iE~íit~t;aE.,.! :=-
punhamo•.. corpo-
temccmacilnc:ia, •mp..., de

Conclusão pritlca.
1.0 Seja o l10S90 pri,meiro ato, diante da Eucaristia,_
um rdtNk jl, Nenhum misthio há que mais usombre
a nossa fraca intelig&cia, Um Deus. a ocultal'-se debaizo
de um pedacinho de pio : que portento I Mas tembán
nio há pl'OCllgios que ettedam a sabedoria e· o poder
106 DA PRESENÇA. REAL

de Deus : a sua sabedoria para os conceber, o seu poder


1'ara os executa~.
2.• Depois do ato de M, ato dt conji"ança. < Tudo
podemos naquele que nos fortifica> (Filip., IV, 13).
3.~ Caridadt. A Eucaristia é, na verdade, o grande
mistério do amor. Ficar sempre junto dos entes queridos,
sacrificar-se por êles e unir-se a êles, é o tríplice anelo do
amor. Para o homem, êste anelo é sonho estéril. Deus
,...
podia realiwr o sonho, satisfazer êsses anelos, e assim

4.• Hu.mi"úúuk. Nosso Senhor dá-nos na Eucaristia


exemplo de humildade sem limites. Aniquila-se e rebaixa-
-se neste sacramento, mais do que na Incarnação e na
Cruz, porque, debaixo das aparências do pão e do vinho,
esconde não sômente a sua divindade, m"as ainda a
sua humanidade.
<ln.~lo.lthal.rolo.Deifa.r
Sed l,.ic la.ht .,-imul el Au.manif=• (S. Tomás).
5.° Fazer visitas frequentes ao Santíssimo Sacra-
mento, acompanhar as procissões, etc.
LEITURAS. - !.• Milagre da multiplicaçll'.o dos pies e pro-
messa da Eucaristia {Jclli,. VI). 2.• In,tiluição dn EucaristUI (,//ai.,
XXVI, 26-3(); ,IJ,ur;,,.,-, XIV, 22, 24: L=u, XXII, 19, 20: l C,,r.,
Xl,z:5,25).
QUESTIONÁRIO. - J. V Qual l a ucel~ncia da Euca-
ristia 1 2.• Quais slo os .. us dois aspeto. 7 3.• Como podemo•
dividiroassuntp?
II. !.• Quais fon.m os adwrsários da Presença real 7 2.• Que
vêcma,,or•$ac111.=ntários•? 3.•Quaissioasprovasdaprcscnça
real 7 4.• Conheceis o discuno no qual Nosso Scnhorpromelcu
a instituiç.l:o da Eucaristia? 5.• Quais si'o as palavras d~ insti-
_,,
tuiçio1 ·6.• E.tar, de ac&rdo com a Tradição a fé Da Presença

III..Quais slo oo ponto, a estudar a res~ito do modo da


P,...nça real?
l>A PIWBNÇI. REAL 107

IV, 1.• Como se ..,..1;.. a PN1anca nal? 2.• Qw, ....... a aer
tra ..... bstanciaelo ? S.• Nlo podec Mvcr tam.b&m. Ç0111111bstr,m:iaelo
011imp11~?

nstiii lHEs~l~:"i!;~c;!'bal:: ~~:~t6....t"r:


Q~i. Q::
2.• l~ ~==
t ~J~.1c!:to ~=!i C:~:. ~:,.~ -;.,~;
i:..:-.Z:..t
nd

~ c a rui?
VII. l.• Quaia do a conaequ8nc:iaa da per,no.nêacia da pce-
.,.,ca real 1 2.• Q"" culto devoDIOI tributar• Ja111 Cri■ to na Euc,a.
rislio. ? :s.•
Qu:,.i,, do as forn,11 dbte culto ? 4.• Dé qw, mauaml
U..pre■tafflOIC.,Wtoparlic:ular1 6.•Podeleva,..., aE11C1ristia
aosenfm-1D0111

.~~~l~=i,,o
podcisdarT
~à;:-,=,:~tj~'b':e:.:
TRABALHOS ESCRITOS. - I.•
Deu■ E1púito Santo, juntos com De111 Filho, DII
EstarloEw:aristia
Deus Pai, "
? 2.•
Cn!lto numa parllcula que. f&sse vialvel ■6 .
•• E,ta~a J=~~~ i: =i:~ "::
~
ta mama ma""ira , _ àive...,. lugara 1
uislcentre a,, imapDa à■ Noao Senbore a E"?·
7.• LIÇÃO
A Eucaristia Sacramento. A Comunhão. 1
/

f ,____ { '-"~-•... ·
1n. ~•-.;,. {::;;:O; :-~os nlrno<-
A EUCARISTIA SACRAME.'ITO 109.

370. - Vocãbuloa.
EuC11.rlatlll (do dueapalavrq
ll'C&M •pi> hem, e •ella,,",•
graça.). Etimolõgico.mcnta,otar-
mo aignlnc1. nç,io do graÇ111.
:&.te IIILC?"aDlCnto e nairn chll-

tc . .rarnento

~~~rcau-.d&sua
~~d~i,_ti-=•~ ~ · (Comlllll6,._BoAfos,
DESENVOLVIMENTO
371. - 1. O Sacramento da Eucaristia. Defi-
nição. Exlstlncla. Natureza.
1.0 Definição. - A Eucaristia é um sacramento
da nova lei que omtém, verdadeira, real e substancial-

~=-:
mente, debaixo das espécies da pio e da vinha cansa-

iacr,u,u(IW.
;J:.: ~=~ =:se.t::~:!w!%:
2. 0 Edatfncia. - A Eucaristia· é um vudatúiro
ApteSenta, com efeito, os três requisito.a
essenciais de todas os sacramentos da lei nova : sinal
llflll!(vel, instituição divina e produção da graça, - ,i) O
110 A EUCARlfflA SACRAMENTO /

.rlnal nn.d..el slo RS espécies do pio e do vinho. Emlra


a matéria conste de dois.elementos, o pão e o vinbO, é,
assim mesmo, um único sacramento, porque estes dois
elementos constituem um sinal s6 e o fim deles é igual.
Servem de alimento para a nosso. alma como o comer
e o beber servem de nutriçio ao corpo ; - 6) a i,uU'-
tMição di11inA. Demonstra-se nas provas da Presença
real (262) ; - e) produç&, da l""f'l, A Eucaristia contém
o ·próprio Jesus Cristo que é autor e fonte da graça.
3.• Nature.a, - A Eucaristia é sacramento de
:e~;na"C:~~mE;:':toad:mt:: ~~u=~
e continua a ser sacramento tanto antes como depois
do uso. O Batismo, por exemplo, s6 existe no momento!
muito curio, em que o ministro pronuncia a fórmula:,

t:t:N!o
de
estado
'rnh: :~;b :=t.: ~=:°:~
sacramento, independentemente da comunhio
do, fifu (367),
372. - li. O sinal sensível.
1.0 Matéria. - Alatlrui remota da Eucaristia é
o pio de /risa e o Pinho de UNI; maliria prklma são
as espkies do pio e do vinha consagradas.
A. - O PdO. - a) Quanto à PO.b.ilml,; &o pio deve
ser de trigo pllro e bastante ~nte para afastar qualquer
perigo de corrupção• (C.tn. 815), Mas é indiferente
que seja ázimo ou nlo. Pio 4zimo é pio nio levedado :
emprep-.o a Igreja latina. A Igreja crep usa pio leve-
da:-~~t!º ~t~a't~o!~ :~~:• ~ :r;~
~da, e maior para o padre que celebra do que par~
os fiéis que comunpm, cO sacerdote tem de usar pio
ásuno ou fermentado, de ac&rdo com seu pr6prio rito,
seja qual f&- o lugar onde celebra• (Cdn. 816), cNem
A EUCARISTIA SACIL\UENTO 111

que f&se coso de necessidade,. cometeria falta grave


quem consagrasse uma espécie sem consagrar a outra,
ou consagrasse ambas fora da missa• (C.tn. 817).
B. - O JIINHO. - a) Quanto à va.lidmlt, o vinho
deve ser natural, isto é, exclusivamente fruto da vinha,
sem mescla de água, neJD de outro qualquer liquido,
nem estragado substancialmente (vinagre). Nosso Senhor,
:C!:O~ :°J::: :n~r:::.: ~':!itS~ªAJ!~~ :far:
(XXVI, 19): cDoravante não mais dêm Jriúo
beberei
da 1Jinha, até o dia em que, de novo, o beber conVO$CO
no reino de meu Pai•• - b) Quanto à lice,"dmk, nlo
serve o mosto ou vinho doce, nem o que começa a ficar
azMo.
A Igreja sempre conservou. o co,lwne de deitar no
vinho algumas gotas de 4lua. O Cona1io de Trento,
a.r.r. XXII, cap. VII, tornou-o o/,rip6rio, baseando-se
nas três raz8es seguintes : - 1. Nosso Senhor assim
ter.6. feito, conformando-se com o uso dos judeus. - 2.
Esta mistura evoi::a o sangue e a &gua que jorraram do
lado de Cristo. - 3. Significa igualmente a unilo das
duas naturezas em Jesus Cristo, ou ainda •a unilo do
povo 6el com_ seu chefe Jesus Cristo •·
2.° Forma. - A forma da Eucaristia consiste D89
palavras pronunciadas por Nosso Senhor, e que n6s
chamamos palavru da consagraçio : • Isto é o meu.
corpo; isto é o meu sangue•. Qualquer alteração que
tiraSSl)I às palavras sagradas o seu verdadeiró sentido,
tornaria nula a conB9Façlo. • O padre deve celebrar
: :n:.,tl;:."ic!~~~ºm■:aI~to~(C:;·it~/9~
ajuntar nada• (C4n. 818).
373. - 111. Efeitos da Eucaristia.
A Eucaristia produz efeitos na alma e no corpo.
112 li EUCAIUSTI/1 SACI\AMENTO

l.• Efeitos na alma, -A. - A Eucaristia aume,{fa


a graça santificante. Realiza na vida espiritual o .que
O pão e o vinho realizam na vida corporal ; sustenta e
desenvolve a vida da alma, po..ém não a gera, assim como
o comer e o beber mantêm·a vida do corpo, mas não a
geram. Concílio de Trento, .<e.1.r. XIII, cap. VII, e cân. 5.
B. - Graça .racramenfa{, própria do sacramento da
Eucaristia, é o acréscimo da caridatk e das graça.r aluai.r
que levam à prática de atos desta virtude. No comun-
gante que se aproxima da Sagrada Mesa com as dispo-
sições requeridas, manifesta-se, portanto, a Eucaristia,
por um grau mais elevado de caridad~ para com Nosso
Senhor e para com o próximo: - a) para com No.r.ro
Senhor. Isto entende-se com a maior facilidade, pois
quem come a carne e bebe o sangue do Salvador, perma-
nece em Jesus e Jesus permanece nêle (João, VI, 57);
- b) para com o prhimo. Estreita-:s.e a união íntima
entre os que participam do mesmo banquete· divino.
Tornam-se como que membros do mesmo corpo, varas
da mesma videira, ramos de um pé único, que é Cristo.
• Desde que o pão é um só, diz S. Paulo, formamos
apenas um corpo s6, embora sejamos muitos~ (1 Cor.,
X, 17). Logo, não admira se a Eucaristia é manancial
perene de tanto heroísmo, de tantos sacriHcios que
parecem exceder as U,rças humanas. As maravôlhas
múJtiplas da caridade cristã são um enigma, cuja chave
está nas comunhões frequentes que transformam os
fiéis num •único corpo llllstico, e apertam, cada vez mais,
os vínculos de 11,feto que os·prendem entre si, e todos
com seu chefe Nosso Senhor Jesus Cristo.
C. - A Euc11,ristia perdoa os puado.r ~niai.r, de
modo imediato, pela virtude pr6pria do sacramento,
segundo a opinião de aJguns, ou, na opinião de outros, de
modo indireto, incitando o comungante à prática de atos
de caridade e de contrição que apagam as faltas veniais.
A EUCARISTLI. SACltüCENTO 113

O. - Preserva-nos da pecado mortal, porque nos


:iti;a ªe l~r ;:~~'te:~~t~:a s:iu~:;:~=!
fortifica e ompara contra os e inimigos da nossa alma•·
E. - Se nlo apaga "-IIJ// Opt!n opuaio• nenhuma
~com~::::,
deatos
::~:r l:~r~u:C:ba
certa
santos, merecedores de
:f;dfu:~
diminuiçlo das
mesmas penas temporais.
2.• Efeitoa no eorpo. - A. - A Eucaristia en/'4-
fMeff II concupuclnciD.. Essa virtude. cujos eflúvios,
saldoa do cwpo de Nosso Senhor, curavam os infeliR$
atormentados pelos esplrifos impuros (Lu:a.r, VL 18,
19), desprende-se também da Eucan!ltia. POI' isso, o
comunhlo foi muito acertadamente chamada: cO vinho
que gero as virgens• (ZtU:lll'1'u, IX. 1_7),
B.. - É um pt!n/wr d. rumrniçiJo glorio.ra. dorcorptN
e d. ,ula. Ut/Nl4 : • O que come a minha came, diz Nosso
Senhor, e bebe o meu sangue, tem a vida eterna,. e eu
reuuecitá-lo-ei na último dia•. A vida eterna nlo é
senia continuação e remate da vida da graça. Ora,
nenhum sac:r.menfo é mais eficaz do que a Eucaris6a,
pau conservar e desenvolver em n6s a graça santifi.
cante. J..oao, ela é, acima de todos os outros, o penhor- •
da nossa eterna aalvaçlo.
374. - IV. Necessidade da Eucaristia. A Comu-
nhão debaixo das duas es!JKlea.
l.• Neceaaldade da Ew:aristia, - A Eucuistia
énec:essária.nSopornecessidadedemeio,maaporneces-
sidade de preceito. - 11) Nlo é necessúia. por ,,_;.
dam: tÚ nu:Í4, pata a salvaçlo. Com efeito, para ser
salvo, basta o estado de graça. Ora, o Batismo d!-DO!I
:C,tim!tit!ra~a~ 9;:e~~~J.~ni~
114, A EIICAR!fflA SACRAMENTO

~ ~ : . : ajz~i~· =.:aeo°:cit: :tTr;~~::


regulando a questio da oomunhão das crianças, ª""·
XXL cap. diz que nio é obrigat6ria, antes da idade
de discrcçao, visto que, até essa época, nio podem perder
a graça batismal que os tomou filhos de Deus (1). - b)
A Eucaristia é necessária aos adultos. por MCU,tid4de
di: p=ilo, tanto de preceito divino, como de preceito
eclesmstico (247).

";::º:: ~=
B. - N4oaàmente nl'o,de pn,ceitodi.,;noa c,omunhio dcb.,.ii<o
~~'::: ~ ~ : - ~ . , ' : ~ J:d~lod;"v=
pe•iso
=.;:n1,,,_:n:.::~=~~xx:~:.r
ID<'ODvenientea que ela ap,eteJ1.tova:
r.m 2
de derramar o pra•
Uperimea(nr CID

375. - V. Ministro da Eucaristia. Corolãrios.


1. Ministro. - Cumpre distinguirmos o mi'nMro
0

q,u no unto Sa.criffcio da Missa, e o minUlro


t:fHLrfl#Nl

o~:.:~,:::-•.ir..=•::"'...:.~.-.=....~•~•:~
·:~-::..'"":~"'ti...":...U::~:.u::::

-~_..=-~~:€T~f~
:::.:;:::-:1;::. ':'.:
A EUCARISTIA SACllillENTO 115

fU.tdidri6u.i a comu.nlúio. Do primeiro, tratar-se-a1 na


outra lição (387). Aqui s6 falaremos do que distribui a
Eucaristia..
A. - e Ministro ordintlrü, da santa comunhão é s6
o padre> (C4n. 845).. e Qualquer sacerdote pode distribuir
a Sllllfa comunhão du.ra.nie a Missa>.


quia
,-1=

:!°...,ao,i,,·;::i~
S..craniento• (C.,,.. 849).
~-=~ J',,s:::~.::
•Qunlquersacerdotepodclenr,nlo~blic.,,ment•,acoma-
q-::· .:: ~re:..=.
•A,:, viprio & que compele levar, pàblicameote ou DSo, a
comunhlo como viátic:o ao., enlermoo d. sua paróquio. • (C,,.. 830).
B. - e Ministro extraordinlrio da comunhlo é o
diácono. com licença. do Ordinário oq do vigário do
lugar, licença. esta concedida. sõmente por motivo urgente
e que se presumirá legitimamente, em ca,o de neces-
sidade > (Cdn. 84rJ ( 1),
2.•Corolário■• - H, tras
pontos a elucicl.r, no toaanlaao
ministro da Eucanlltia. -a) QuaisMOs....,obr1ppi5es 7-f)Qu,,ndo
deve êle d;■tribuir a mmunhllo 7 - ~) Onde bim da distribui-lo 7
•l OBRllJAt;UES DO .MINISTRO. - A,:, p,,dre q...e Iam
om6.nuadnaal1111L11,CUmpffadrnini1trarossacramt1nlol,aporlanto
acomltl'l~ ■osli6i1qw,;,..,\icitnm1>Hcirwnstância1ra..i.veis.
Deve lll!Cá-la aos que do pi',l,l~,.t, i,tdfpu,c<>rno oa ez,,omun•
godo,,, os interdito., os infnmn, enquanto nlo den,m provu de
emenda e Pio rel"'n"'m o escándalo público (ai,., 855, 1 1). TaN,
i,.,almente, ob,ipçlo de lnar o S..nto Vió.tico - doentes que

:."'!IJ ..,lkll~--==

lo-q--~~==-~=
-oi•-
':..'::! ::=o•:::""~U:
116 À EUCARISTIA SACRAMENTO

~i~~t:1~~~r~=:~!Êsti{i~i
b) TEJ/PO DA COJIUNHÃO. -
a Sant!ssima Eucaristia todos os din•.
•É permitido distribuir
•Na Sexta-Feirn Santa s6 & permitido levu o santo Vi.!tico
aoaenlern,os>.
•No S!bado de Aleluia, s6 se pode dar a santa comunhilo

;;~ffu~ffj~rfc:i::~c;:~!~
d~ ,17&vn~'
=r~~:a;~e:otl~:

hora tsr;;o,:~10~ 8~~-se administrar em qualquer


e) LUGAR DA CO.MUNHÃO. - •É Hcito dac a com1111hã0
emtodoolugar0ndef&rautori=daacelcbraçll'.oda.Mis.,.,atêeU1
orat6rio particular, n não ser que por justos motivos, e em casos
especiais, o Ordin,rio do lugar o pro(ba > (Cln. 869). Edesl,oticos
e chefes de &tado tomaU1 a comunhlo ao pf, do altar; oa iifü,
na mesa da comu,hll.o.
376. - VI. Sujeito da Eucaristia. Disposiçi5es
requeridas.
1. 0 S\Ueito. - A. - Quanto à V/JLID.dDE,
qualquer !Jatizado pode, por direito divino, receber a
Eucaristia. - . B. - Quanto à LICEID/JDE, a disci-
plina atual da Igreja exige mais : - a) o iuo da razão (1),
e - 6) i,wlru;ão ,11,1.}icitntt. Para comungar com Jru.fo,
é preciso ter ainda diversas di.rpo.riçõu.
(IJ0,,1n:,,.,d<, • .,...E...,.r11U..dobolooda.....,_edo>inbo.aoo'°""""•
- - NoO,.,..,.,,olndoadah,--•· No lq,,,JaloUM.dosopar-.oou
oo,nplowt>Otlt.. Nto • do"" <atr4>ffl0.r - .,.4.llço on""• do !gnlo. violo que.
0.,p<nclplo_.,..,..._,,..po<!ú,,_.,bo,.~l!d.mo,,t<,\odoooo--~.-
=-';'.;"'~~::.-•"lllq,,o,ouoodor.ulo,oomoa~llndo.•-·
Qu•~lo ooo dddoo q,.,o ,,_,., do l~tervoloo da luoldo>. pod...U.u odm!·
..i.true ooau>nbao , _ _ "'°"""'too do lulzo. O, que Unham -do ....ao ontoa

f:=::~g:,~:Zl:.':;·!S,r~Vi~:Z~~
A EUCAI\ISTIA SACRAMENTO 117

2. 0 Disposições requeridas. - Umas dizem n:s-


peito à alma ; outras, ao corpo.
A. - DISPOSIÇÕES D.d .d.LM.d. - a) A ó.nica
disposição da alma imposta por preceito grave é o utado
de gra;a. e Que o homem se experimente a si mesmo,
diz S. Paulo, pois o que come e bebe indignamente o
corpo do Senhor, come e bebe a pr6pria condenação• (l
Cor., XI, 28, 29). Segundo o Concílio de Trento, .ru.r.
XIII, cap. VII, e o novo Código (Ciin. 856), quem está
con.rcienle de ter pecado mortal, ainda que arrependido
da sua culpa, não deve receber a Eucaristia, antes de
se purificar pe1a confissão sacramental, sempre que
pode ir ter com um padre. Nestes termos, está a regra
e está a exceção.
l. A ngra.. Tem obrigação de se confessar, quem
está consciente de ter pecado mortal. Mas o l{UJ!. utá
na dáPida, que há de fazer 1 Se a dó.vida diz respeito
ÍI existência e à gravidade do pocado, não está obrigado
a confessar-se, embora seja mais prudente na prática.
Quem pensa que, talvez, não foi remitido pela Peni-
tência o pecado mortal certamente cometido e confes-
sado, tem de confessar-se, na opinião dos equiprobabilistas
(259). Na opinião dos probabilistas, pe1o contrário,
pode abster-se. Quem se lembrasse de ter omitido a
:c::~~~sealfe~o:~t:nf:vd~ :~:::::~ ;~::d:
pecado esquecido involuntàriamente foi. perdoado, se
bem que indiretamente, pela absolvição. - 2. A aceção.
O concílio ensina que a confissão é necessária, • sempre
que é p~ível ir ter com um padre•· Conclui-se, daí,
que o Concaio abre exceção quando, por um lado, h&
obrigação para o padre de celebrar, ou para os fiéis de
comungarem, e, por outro, h& /alfa de conju.ror, quer
porque não se encontra.nenhum sacerdote, quer porque
os que se encontram não taro os devidos poderes de
na A EUCARISTIA SACRAMENTO

jurisdição para absolver o penitente. Seia como fe,r,


nunca desaparece a obrigação de confessar-se, qunnto
antes.
b) As outras disposições da alma, que serão de
con.teUio, quando menos, vêm a ser : ji vi"a na Presença
real, humildade pro}unda, de.rejo ardmfe da comunhão
e entranhado amor à Eucaristia.
B. - DISPOSIÇÕES DO CORPO. - Requerem-se
duas: jejum e dedncia.
a) O jejum tucarúlico consiste em não ter tomado
nenhllJJl alimento, nem s6lido nem líquido, desde a
meia-noite. Muito embora não provenha de nenhum
preceito de Nosso Senhor ('), mas simplesmente de
uma lei eclesiástica, o jejum é de obrigação ulrita, não
admitindo matéria leve.
Para que se considere quebrado o jejum, é preciso:
- 1. que a substância venha de }ora ; assim o sangue
que corresse das gengivas, alimentos que tivessem
permanecido na bôca, engulidos, não quebrariam o
jejum ; - 2. que a substância ingerida seja digulti,e[:
cabelos, unhas, pedacinhos de metal, por exemplo, nio
o sio; - 3. que a substância se tome como alimento
ou bebida, e não por inadvertência, por exemplo uns
pingos de água que se misturassem com a saliva quando
se faz a limpesa da bôca (:); - 4. que o alimento seja
tomado depoi. da meia-noite. fste tempo é determinado

'
--~
Nbon<iuoleov•m"
-•-•doo
molo< """°'"'• ~.,
obrlqoç,10"90'°"' ..

:.i:i:i\!:,!:;:~:::~,:~G:~f::!!E~t!E~~
A EUCAlllSTIA. SACRAMICNTO 119

::r~~~~\5!;;.3:Cd~:==:
•== tflltl düpurmm dt, jt1j#ne. - Cessa a lei do

=re=: t:: ::dr:~~u: X:t1'=;:! =d==


C-..W.,.
jejum : - 1, quando há ncu.n.'diuk d, uk6ru ou de

e lestas de obrigaçlo, se pela nio-cdebraçlo houvesse


escândalo: no ·c:aso c:onhário ou se o pi1blico soubesse
que o padre nio está em jejum, deveria abster-se. Se
um sacerdote deixasse incomplefo o sacrifkio da Missa,
~!roci:~i!:r~1:rnd: ~=eis~ç!:ih,==;r:!, ti:
~~ 'ãae :a.derd::un~e;!º=~~m~tu::• t.
mungar, para evitar o esc1ndalo. - 2. Cessa a lei do
jeju:,;.,7;an;6~t,,.C,~~iaÍ:na~al~
;J~
=
pode entlo tomar &le mesIQo a hã.tia e COZDW1f&r
sem estal' em jejum. - 3. Cessa, ~ticularmente. a lei
~:!t:rn: = ; e dvezes.
~ ~ ~~•J.r:~
ser administrado várias em diudifel'entes, ~ o
o p a ~ prudente do confesscn-• (Gtn. 864). § 3).
120 A EUCARISTIA SACRAMENTO

I,) D«2ncia. - A modéstia é absolutamente indis.


pensável, por parte dos que se apro,árnarn da Santa
Mesa. As senhoras devem tirar as luvas e não ler nada
de mundano ou de indecoroso nos seus trajes; os mill-
tares vão sem armas. Pessoas disformes, ou vítimas de
. alguma doença repelente, não se apresentarão à comunhão
em público, por ·causa do respeito que todos devem ao
sacramento e para não incomodar os .vizinhos.
377. - Comunhão frequente e quotidiana. Dis-
posições requeridas. ·
Tocloocr1Slloquelemaidadederazãodevccomungar,ao
meOO$ uma vez cada ano, no tempo da Páscoa. Prcciso., isualmcntc,
das disposiç15es que foram enunciadas no arlis<> llntcrior. Deter•
minados l$tes dois pont0$, ocorrcm naturahnente, como corolários,
.ao scsuintes qucst&s: - l.• Não será bom comungar mais amiúdo
~~rtt.:•1 º"1iasf~i-m~~oScdtc21id~ ~:;,,~t,,'1?°;~Í~~~~~t
mente, os debates foram delinitivamcntc enccrradoa pelo du:r,/o
de 10 ú úumb,.,, de 1905, da S. C. do Concilio, e pelo nOPO C&iilo
(Cdn. 863).
!.• Comunhão frequente e quotidiana. - A comunhão
/requente, isto ~ que se fa,o vária, vez.. na semana, e a comunhão
de todos 0$ diao, correspondem, diz o decreto, aos desejo• de N0$0o
Scnhorcdasualgreja.
a) Ll,u denj,u de N,u~o Senhor. - 1. O Salvador declarou
que era o <Pão viYO descido do du•, e comparou êste pão com o
maná, querendo dar a entender a seus disdpulos que, < assim como
os hebreuo no deserto comiam o maná diàriamente, assim a alma
cristl pode, te.da.a as manhãs, alimentar-se com o Pio oelcstc e
d&le ha.urira Ulrç.a,, - 2. Opa,, ú~di,,que J,..11$ nos ensinou
a pedir na oraçio domõnica\ (Lucu, XI, 3) designa, no parC<,,r da
maior parte d09 Padres, tanto o pHo <U&lll"lrli&o que nutre a alma,
como o pio material que nutre o corpo.

·-~ i)Lfor
Concílio de

sacramental•.
d,u.dp6dofn oe
na doutrina do,,
·

p
'

vi&orava na Igreja primitiva. Os dftu


m-00$ que°" primeiros cristloa • perseveravam
toloa e na Comu.nlúJ.o daj,-,.çãa do pHo• (Ll/Ju,
A EUCAJttsTIA U.CltAM.ENTO 121

II, '2). A•im ■ucedeu ali, ao '6c:ulo V. De modo quase pul. 01


li&i. q .. ■a..tiam .l mi- -,ebiam nela a .....,da 0011:11,nbla.
Depoi1, ■rnfecao hrvore, a pa.dirdooEculo IX,..,.;..., tomando
bulante rara • comunhlo -na!, al6 entre ~ piedoa,,,
Mail tarde, apear d.,. ensmllmeato. de Santo Tom,■ • d■
S.Boavenl11<a.&brea1v■nta..,nad■ comunblalrequomteequoti­
di■na, • /;uuüi fananimt. achou terreno ub6rrirao, ■dmiriwlmo111■
p,eparado. &iigiu condiç&., di/idlim,u, cualollaimu: wna peni-
U.ncia condip■ e lonp depois de e.do. l■ lla mortal, • um ■ mor
d■ De111 puro, ..m lip, que üiclUU a vontade eletiva de qr■ d■ r
■ Deus em tad■s ■1coia1. A.im.ccma,guiu ■■uprealo lotal,entre
ll!us ■cleploo. d■ comunblairaquente. Olrroj■ na,nittafoiconde­
naclo pelo,, clecretoa d■ lllOC:lacio XI (1619)e~Alu.■.ndraVIII
(1690). M■■ o - - j■ Ne!Oist■ . . . ,....ida
devotu, ■ pretexlod■ honn.edo,rapeito~i.Euc■ ritüa.
•16 .... ■lmq

Nio desap■ o:eceu completamente. Travarem. . cliKUIS&I quaak


■OI requititoa ~ para a comunhlo 1nq...,.te.

-~~ :.~=~fi•■-~~~!n~D~~pa= !~
, munhlo lteq1N1Z1te e, ao ■"=ulo XVIII,• ..... ioria doo le6Josotacom•
paabavao ■n■iaod■ S.ntoAfonsodeJ.i,ôrio,s6permitinclo ■
comunblafr■q.-te ■oaque-l.111#_,,,.n......,apeau/olRIIIWI,
ou o cometem muiral'N ,,_e por fr,,gilidade, e-2.q,. ..ao U,,.
o Wilo " " ~ vc,,;.,.;, 1/di.,,.,.,.
ud..!!'3~=::~~:t-=,=:!!:;.~~~
e
rda. que contiateem
piedoee, comunpnta •nlo "'deiur ■rrutaro
peloçotÍ:11me,pelav■ idlodeo1tpormotivoth11manos•.
A,, úatt,i., di.,pHiç,lu do ■pmu de coi:,sellm. Ca,u,lm,, certa-

==i: ~:.:Ili~:~,~..:=-.~..=.-~!:'!.:
mente, que nlo tenham ~ ■o pecado ,..,..iaJ 1111 que cc,munpm

estar isento de &,ltq mortait, e d■ terminado • n.lo cc,mefl.lu 1"8i8


d■ fv.tu.,:,•, Portanto,contr.lri1unente.lteorU.deS.Lig6rio:-I.
n1lo I uigitlo que ,..,, .,. ..........., ou se cometam raduima ves,
pecado■ tut6til: ,suricieoteleroesi■dode~nomomenlo
d■ comuiihlo, com o prop6sito 1incelo de nlo mail pecar mori■ l­
auinte d■ luturo, reeoluGlo alU. _,.,...ia pa.re o ett■do d■ 1raca:
:i;:s:i.~1t·~t:iã:.::~:=:o0o;J:,~
122 A BUCARIS11A SACRAMENTO

mente, o beMpl&cilo cio coníCSSW 1 O decreto aconselha-o, ma 1


nlo Ullp15c obriptac, (1).
378. - VIII, - Comunhão das crianças.
A respeito da comunhlo dai crianças, convffll fixar
dois poi,tos : J.• a idade para a primeirc co,nu.nhi.o ; 2.•
as d1'.podçõu 11t1cu.tár1'tu.
l.• Idade. - A questão da idade ('), j6. ventilada
no decreto-•Quam ,1,'ngu.la,ú de 8 de &gasto de 1910,
foi mais aprofundada e definitivamente regulada pelo
novo Códi"go. Segundo o § 1 do C4n. 854, • nlo podem
ser admitidas à comunhio as crianças que nio tiverem
ainda, por causa- da pouca idade, o conhecimento nem
o g&to da santfssima Eucaristia•. Portanto, a primeira
comunhlo de uma criança nlo é apenas neg&:io de
idade; E, aobretudo, de .ru/U:imlt1 u.,o da razio : é preciso
p;,r parte da criança, pelo menos, um conhtcinunto ,1u-
nulri"o e o g&ato (desejo) da Sant!ssima Eucaristia.
2.• Dlspoalç&, neceas~rias. - A. - Mas como
se h! de fixar o minb,,.o d4.r d1'.puiçõu e:a"g,'du ? O
novo Código veio, em boa hora, completar o decreto
•QIUUII lifl/lularb e distingue dois casos : - a) •Em
~,igo tú. mDrle, para que _se possa e deva administrar a
A EUCARISTIA SACKAMENTO 123

Sant!ssima Eucaristia às crianças, bastar'- que saibam


discernir o Corpo de Cristo (o pio eucarístico), do ali-
mento comum• do pão material (C.tn.. 854, § 2). -
h) cFortl da ,nrigo tk marle, e,i:ige-se conhecimento mais
completo da doutrino cristã e prepara;iia lll4U ununuú :
isto é, conhecimento. pelo menos, dos mistérios neces-
úrios por necessidade de meio para a sa1vaçl:o, com
alguma devoção à Santfuima Eucaristia, ·is!IO tudo
proporcionado às possibilidades da sua. idade• (C.tn.
854, § 5).
B. - Qwm hr-4 de rualuer se a criança está habili-
tada. ou nil'.o, o comungar ? . O canju_lOI' e os pa.i.r, ou
os depositários do autoridade paterna (C.tn. 854, § 4).
Todavia, compete ao p,lroca verificar as diiiposições
da criança, até por meio de um exame se achar bom,
:p:!t~.u\:n:8:~~.deJ:1-M:~ $~~
85~ § 3).
379. - IX. Comunhão espiritual.
e.,,,.,.,.~ upir,.'lalll. & um de..;o ardenhl de
na Eueariatio., seln que, todavia,
nc:c,be,- N -
1e rea1;,.., hhl
efrblUJU:-a)aJ,,ff/lnn Prese~real:-
kntjfrion1PU"i/..,,.i.,-qW! NCISIO Senho.- no11 cnnieou
l':on":Z'~'i..io1:".:.::~~~.;-..;!,~
r a comunlllo api,-itu■ l o qualqw,r '-•· Mas
oportuno6odacomunhlodo....,.rdole,noucri-
da comunhlo aplritual llo da tatsll\ll- mtureu
que os da comwuilo uaamcPlal, p<>Rm. de 1r:o.u menor e wrif.veia
conforme 01 _,,timenloa de q11m11 a lo.■. $aja qu■ I f&r o resultado,
;.::e ::::!i ~ I = ~ 1- e • ~ foi altamimta
Conciuslo p!'fi.tlca.
}.• Comungarmos frequentemente e, se f&- passivei,
todos os dias, para obedecermos aos desejos arden~
de Nosso Senhor e da Igreja.
124 A EUCARISTIA SACRAMENTO

2.• e Já que os Sacramentos da nova lei, com a

=~ ~=•ex;:;:;:
ação pr6pria que exercem por si s6s, explana o Decreto
de 1905, produzem ainda eleitos maiores, sepndo as
~id~~~C:~é S:i~~
grada C,oznunhio e nos atos de agradecimento depois,
de acôrdo com as faculdades, a situaçlo e as obrigaç!Sea
de cada um•.
3.• Sejam tSdas as nOSSU comunhões precedidas
de fervorosos atos de fé, humildade, contrição e amor.
4,• E seguidas dos atos de adoraçio, açlo de graças,
oferecimento e :W.plica.
, - I.• Fipru á B..nrillUl. - a) O Jndo ú
(Glnuk, 10. Como a ilrvon, da. vida no Paraloo
~)ó'-!:.ide(~ ~r.c~
• XIII). Jcst1• Cmto rea-
virludc do ..,u sa.ng.,., a ..im
daa:rvidlodoE,ito.
osd.bndoo,dianloda
,cclabradoacombolos

2.• A f6 do Centurilo (.lltd., VIII, 5, li). A f6 da heinonolssa


(.llal~ IX, 20, 22). A f6 dacanan6ia (A/4'., XV, 21, 28).
• de
,'5.• Aparii;lo de Jesus..,. ditclpulos Ema&. (Lum.r, XXIV.
13,35).
A EUCARISTIA 9ACR.Ullffi'TO 125

V. t.• Qual (, o minislro ordinkio da Euc:aridia ? 2.• Q.,..I


::i.:~"i.J.": Q:!i&~=~ d! co0.:::::1 s.:ir~&; l" mi•
00

VI, l.• QU11l (, o sujeito do sac,mmenlo da Euc:atiltia? 2.•


o que
~: ~=IJ:"
Quaislloudiçoai~req11oridul S.•PoderA
duvida "" esl.l com pecado mortal l 4.• Qacm nto de
11o"":.:tad1ia;!';J:.i.,~i;"';' 6~9~ l
~ii~pen.:~ ~J:t°g.r'Queq~ J:a:c/: ? 1;"''

VÚ. l.• Nlo--' bom com..,,pr omiddo, o 11Ui todo:a 01 d.ili, ?


2.• Ser.lomforme oa de,ajm de Nouo Senhor e da Igtej.o. • comunblo
frequente ? S.• Queia slo •• dispoai;&s requeridas p,,ra a comwihio
quotidia-t

da p~;:,,~~~.::.-:? t:câ'.:i,:"di~:$,;tv=~
S.• Que idade eati fiuda ? 4.• Q... di1~ niplu? slo
IX. 1.0 Q11e Yem a • • comunhlo apirilual l 2.• Quaia alo
oa aios que a co1111itU1m? S.• Q.,c eleitos tem ?

TRABALHOS ESCRITOS. - I.• Entre os roma-. às


-,...,ievia-.enumo.MU..depapelomoti""da.oenimça,eo

É!~:=h~~~t;u!~~~;f~
comunpr lamb6m o.o low:oa ? S.• Q..., deve b:ter quem ,e recordar,
aahoradacomunhik,,q11e•qqllK'lludaac:11a11rumpecado~
naconlialo?
8." LIÇÃO

Sacrifício da Missa

,. ••~•- \ •b)Ou
~w;,• • ••• ~.
im<>l,.<lo dou""' vftin,o,

l.•S.odffok>
{ B.Minó..,o.
.,,....,r.oL 4) R«>0nb-, o wb<rnno domlnio
e. y;,,.. { o..,.,
11o
~) /.pi ..., ..... ju.liçn..

e.-s .....
. ..... .w-{~~~.._..
~::=.
{ ~ ~'1:,-;· { t t'!~.t
&.•8""1aito. {-~J;!_,-:;.._, 86ooalmoodoPuqat(rrio..
So\CRIFic!O p,\ MISSÂ 127

380. - Vocãbulos,
Sacriffolo(lntim•..u.ri]i- rlationfoidumvidnMi ....,oacri-
ciWR•, •-,im• coi&:1 aagrnda, llciu dn MÍSIIII. p!JN]UC, nos
•}11UrC•fuor).-o:r)NollC?l-
tidoh1to,eat.apnlllllmaignií1Cn fi~:~iosc.:.S~~-n~
l~q~oa 0
~~:a f~i!" tc1.rn~iv~;
dn parte ehnmndn •1nia,;n dca
cn10Wmcnos•,edcpoisosf"i6ia,
n<lfimdo1111<:rifkiopr(iiwiamcate
::-mt!f~.•:~~d:i,2°~
n,banho, oferecidos por Abel,
dito (485), eom eetus po.l11vm11:
J1,,minao1!.ldc,(D.IIM:llll-

....
eram 1111.Cliffcios. - b) Qwmto
1101111nLido tcolligico, ver n.•

SDcril'ldo .humano. lmola.-


bl6ia)ea"diHolvidnoudeapo-
did:L..
8EU8 OU2'R08 NOMES. O
ancrllfoiocue11rfs1.icofoiehnma-
do: - n) no Ocidente,..-;,,,
9'0 do umn passoa okn=cidu. oblaçlo, com11nhlo, millt&iol;
como vli.imaàdivindade. Estu. - 6) no Orioat1, •inue (e11--
forma dinb61iea dn l!Wiffcio
n,mootaàma.is11\tarmtiguidn.de.
En usndn cul.n! gn,gos oro-
manos, o capociol1111:J1te onlze
polaca o prm1111os.
Ml ■u.{latim•""-•,•,nr"Uc- flll?l"CIDl.lar o ronovar o 1111eri-

~~:
ffc1odn.cr1111,ap:t.nr.11oa11plic-ar
o~tio~•en~ oa seua meffll!imcntna.

DESENVOLVIMENTO
881. - 1. Sacriffcio em geral.
•,racr";.

~= =~-:~~:n,
No seu 8elltido ulrito e teol6gico, a palavra
/leio> designa a alerta .de · uma coisa senslvel, que se
!:S:6~:l;,
para
~6ro~°'ta Õe!!:
reconhecer o seu domioio soberano e. em cuo de
pecado. para aplacar a sua justiça.
Desta definição ioduzirnos : - a) a udncia do
aaci-iHcio : dulru.içi(J de uma coisa senslvel, ou imol4#w
de um ser vivo, O modo mais exPressivo que tem o
homem, para exprimir a sua dependencia e a das outras
criaturu, é certamente a morte voluntária, isto é, o.
Do.ltln&OaHllu-0.hpo~-I
128 SACRIFÍCIO DA MISSA

fato de entregar, livremente, a vida nas mãos de quem


a' deu. t estu a grande lição que Deus queria propor-
cionar à humanidade, quando ordenou a Abraão que
lhe imolasse o filho Isaac. Mas, logo após, satisfeito
com a obediência cega do seu fiel servo, substitutu um
carneiro a Isaac, reprovando assim os sacriHcios hu-
manos a que tinha todo o direito e apontando o meio
de supri-los ; - b) o mini.rlro do sacriflcio. O sacrifiCio
é um ato de culto público;'. ninguém o pode cumprir
sem procuração leg{tima que~o habilite-a falar.em nome
da sociedade. Na lei evangélica, como na lei mosáica,
só os sacerdotes foram delegados para esta missão ; -
e) o fim do sacrifício, que é reconhecer o domínio sobe-
rano de Deus e aplacar a sua justiça, caso o tenhamos
ofendido. Por causa da criação,' existe entre o Criador
e a criatura um vínculo que os· prende um ao outro:
vinculo de suserania por parte . daquele, vinculo de
sujeição por parte desta. O sacrifício é o ato que pro-
clama essas relações e declara bem alto, por um lado,
a infinita grandeza de Deus, por outro, o nosso nada,
e, tratando-se de natureza decaída, a nossa ingi-atidão
e arrependimento.
382. - 11. Exist@ncia do Sacriffcio em t6das as
religiões.
l." Entre os Pagãos. - Em tôdas as rdigiões da
antiguidade, havia sacriiícios. Egípcios e persas, gi-egos
-e romanos _e, mais tarde, gauleses e germanos; imolavam
vftimas à divindade. Tinham os- deuses por senhores
a quem pertencia tudo. Logo, empenhavam-se em
oferecer-lhes as primícias dos seus bens, para lhes.agradar
e_granjear a sua benevolancia (1). Depois, porque comiam
SACIUFÍC!O DA MISSA 129

êles pr6prios o seu quinhão das vítimas imoladas, êsse


fato de serem comensais da divindade parecia, a seus
olhos, penhor de perdão e amizade.
2. Na Lei mosaica. - Os judeus praticavam três
0

espécies de sacrifícios: -1. hofocau.rlo.r (do grego, e /10ÍO.r•


inteiro, •kau.rfo.r> queimado), em que 11 vitima era inte-
gralmente consumida pelo fogo, e não repartida, por-
tanto, apÓs a imolação, entre sacerdotes e fiéis (V. úuftico,
I, rito do holocausto), e que tinham por Iim reconhecer
o domínio absoluto de Deus &abre as suas criaturas ;
- 2. os .uurijkio.r e.rpialJrio.r, destinados a conjurar a
c6lera do c,!u. · Nestes as vítimas ero.m parcialmente
queimadas no altar, parcialmente comidas pelos sacer-
dotes (') ; - 3. os .racrijlciw pacfjico.r, que serviam
para agradecer a Deus, solicitar algum benefício ou
cumprir votos. Um pedaço da vítima era incinerado;
outra parte, reservada para os sacerdotes ; e uma ter•
ceira, entregue aos que mandavam oferecer o _sacrifício.
3.• Na Lei nova. - S6 existe um sacrifício: o
sacrifício que Jesus Cristo instituíu na última Ceia,
que êle rematou no dia seguinte sabre a Cruz (101) e •
que a Missa renova todos os dias (380).
383. - 111.·Exist@ncia do Sacriffoio da Missa,
1.0 Adversários. - Negaram a existência do
sacrifício da Missa : - a) Lutero, que o considerava
como injurioso para o sacrifício da Cmz; - b) calvi11i.rfar
e an9licamu (com exceção dos ritualistas), que não cr~m
na Presença real e rejeitam, por isso mesmo, o sacrifício
da Missa.
2. 0 Dogma católico. - O .racrijkio da. Rli.r.ra l
~.t..":".::.':'.J:..1'::.t.-:::-i:.".':':-::.':..""~,!".":
u.. bodo ccm lodoo oo .,..,..doodo povo e upulooft-o pareodoowto(bxlo
apioldrto).
130 SACRIFiCJO DA MISSA.

IIVdtuú1rD Mt:rijlcio.!ate arli90 de Ji, definido pelo


Concllio de Trento, -1U.1. XII, edn. 1, basei11-se na Sa-
grada Escritura, na Tradiçio e na ra:cão teol6gica.
. A. - ESCRITURA SAGRADA. - a) Antiao
Tulamento. O sacrifício da Missa é anunciado no Antigo
Testamento, pelo profeta Malaquias : • Em todo o
lugar, do levante ao poente, sacrificam, e uma oblação
pura é oferecida ao meu nome» (AlalafuUu, 1, 11). Ora,
eata oblação que o profeta menciona, nio pode designar
os secrif'acios antigos, pois haviam de ser substitúidos
por outro, nem tio pouco o sacriflcio da Cruz, celebrado

~:ú::dee :'t~ ~~.n: ?:Ji!::e'\::~=rs~


5

inteiro. E tal sacrifício é, inquestionàvdmente, o sacri-


Hcio da Mi.se.
6) N- TulamentlJ. - 1. Jesus Cristo, instituindo
o sacramento da E~tia, disse : • Isto é o meu corpo
que é enlngiu por v6s ( ~ , XXII, 19); que utá
parlint/4 para vós (Alat., XXVI, 26), Isto é o cálice de
meu sangue que i dtl'l'UUldo para VÓS•. Tais expressões,
no seu sentido literal, significam que Jesus Cristo,
enquanto criava um sacramento, oferecia também um
PUtÍtu/eiro ,acrijlcio. Ora, está fura de quest:Ko o aacri-
ficio do Ca1vário. Verificar-se-ia bte -apenas no outro
dia, e ~ servem os verbos e I partidó • e e I Úrrtlllleub,•

&:::~ ':'°~;:.=posep=:1a~e ;!~f/:";! 0


no sacriflcio da Missa, maa nio tem aplicaçio no sacri-
ffcio da Cruz. Da mesma forma, a expresslo e rkrra.niar
doc1z:o én:=nt?nsª ~~~t :Onsac!n=
nada à efuslo do san,ue no Calvário. Como se vé, já
ao instituir a Eucaristia, Jesus Cristo entrega o seu
corpo e oferece o seu sitngue; .Oratmandou a011 Ap6stolos
que repetissem .º que ~e mesmo _fizera na última Ceia.
• 131

Dai, condulmos que a Missa é um ~ " r o MCl'ijldo,


embora incruento.
2. S. Paulo, na sua Epúl4/a tl4.f Corln~, fali uma
comparação entre a Euauistia, os ~rificios judáicos
e u refeiçaes dos pagão1 : • Não ó o a!~ de banção,
que benzemos, parli'ci'paçio do So.n,u.e de Crulo ? E
não é o pão que partimos. parli'ci'pdÇl.o do Corpo do
SenMr ? . , • V&le Úrael segundo a carne J nlo parti-
cipa do altar o que come as v[timas ? Nio podeis, a
um tempo, participar da rnesa do Senhor e do mesa.
dos demanioa (')» (1 Cor., X. 16. 18, 20). CoDfonne diz
S. Paulo, oferec::em, pois, os cristios, como os paglos,
verdadeiros sac:rifícios J e a Eucaristia, que comem e
bebem na me.a do Senhor, isto é, a Eucaristia CODlfi.
derada sacramento e comunhão, é fruto do sacnficio
oferecido a um Deus único, exatamente como a carne
das vitimas, que os pagãos cozniam, provinha dos aacri-
ffcios oferecidoa aos ldolos. No pensamento do ap&stolo
S. Paulo, a Eucaristia é, pois; verdadeiro sacrificio tanto
quanto o eram os sactificios pagios,
.B. - TRADIÇí/0. - N ~ ~ dos
UCIU# ~ PW,,,, mõrmente de S. Justino, Santo
lreneu,. Tertuliano, S. Cipriano, Santo Agostinho,

=:dª\~~:.::: t =,.:~
por uemplo, na cDou/rina do,,- Doze dpúb,/N>, e.tas
ezortaçaes aos fl~: e No dia do Senhor, ajuntai-vos.
parti o pio, e dai graças depois de terdes confessado
os vossos pecados, a fun dequeeeja puro o vossoMai'.
/feio>. - 6) As li'lurgi'u mais antigas encerram~
crições e ruas, para a celebraçlo do -1o ~~ü,.
C. - d RJZ3.0 TEOLÓGICd - c:ottOborar a
Escritura Sagrada_ e a Tradiçlo. J! aprendemos que o
132 • SACRIFÍCIO DA MISSA

homem nlo tem meio mais ,upressivo do que o sacri-


fkia, para adorar a Deus e manifestar-lhe sua vassalagem,
Logo, c:onvinha que também nisso a religião cristã não
f&sse inferior às religiões judáica ou pagãs, e que tivesse
também ela O seu sacrifício. Ora, não preenchia &te
requisito o sacriffcio da Cruz por ser alo lran.tilório. Na
verdade. alepm os protestantes que, sendo infinito o
valor dêste, é escusado qualquer outro sacrifício, mas
Pio colhe o argumento, porque assim como Nosso Senhor
estabeleceu os sacramentos, para nos ap)icar os méritos
de sua Paixlo, embora f&se esta de va1or infinito, assim
também criou o sacrifl'cio da Missa, para renovar o
sacri6cio da Cna e aplicar-nos seus frutos.
384. - IV. A esslncla do Sacrifício dà Missa.
SACRlJ'fclO DA XIS!l6. ]83

..o .. no ele De... munpr i p;arti<:,pnr da vftima. Isto nlo ,


tion:8.=Jst.T;i':';i1uti!,•,:"r;,.~"'t'~~i::"!be~ri;
quee;sãaeamandum~da..ftima(JJ.
385. - v. Relaçlf• entre o Sacrlffclo da Cn.iz
e o Sacrlffclo da Missa.
A Afi,,1(1, explana o Concnio de Trento, ,u,1. XXII,
cap. I, ~ sacrifício rtprutnlo.li1HJ e -moralivo do sacri-
fício da cruz, o que esU a pedir um CJtame de confronto,
que saliente as· nmdA;u1pu e as dilJUllncia.r.
l.• Semelhanpa,. - O sacrifício da Missa é
idêntico ao da Cruz, a dois respeitos. Em ambos temos:
- a) a muma. i,ltima. oferecida; é o próprio Jesus Cristo
l,)omu,n;, ,anrd;,ú

dos seus ministros. Por isso é que, no instante da consa-


gração, o padre prop.uncia a f6rmula como se Jesus
Cristo mesmo falasse: e Isto é meu corpo•, e nio diz:
dsto é o corpo de Jesus Cristo•. ·
2,• Diversfncla•• - Sio diferentes os dois sacri-
fícios : - a) QUllnlõ a im1J/.ação d4 r,lf;,,,.. No Calvário,
ela derramou o sanpe, Morreu realmente. Na Missa,
a i.m(?laçto é incruenta. - I,) Quanto u .muijicador,
~ h,alllllu;l,,do-•do~
..iot1od&àMlao.paleaN>notaa_,....,lo. _;.
_ , __
_.,....•

~..:::.."":"'Z.~:.=";,-;..~~~ .......
134 S4CRIFÍCIO DA MISSA

Se o sumo sacerdote é o mesmo em ambos, na Missa


intervém o ministério do padre, seu 1·epresentante. -
e) QuanW ao.r cjcilo.r. O sacrifício da Crui. reallzou a
obra da Redenção. O da Missa é só para aplicar os
méritos desta ob..a.
386. - VI. Efeitos do Sacrificio da Missa, Seu
valor.
1.0 Efeitos. - O sacrifício da Missa renova e aplica
os efeitos do sacrifício da Cruz. Renova-os e ap\lca-os,
se nio os produz. Preenche quatro fins : - a) Adoração.
A Missa, por ser verdadeiro sacrifício, cumpre, para
com Deus, o dever de adoração. - /,) dçii.o de graça..
Esta oferta que fazemos a Deus, do seu Filho único,
da sua substância e seus atributos, é agradecimento
condigno por todos os beneifoios que nos outorgou.
e t&te sacrifício adorável, diz Santo lreneu, foi constituído
para fugirmos à pecha de ingratidiio para com Deus•-
- e) Sati.rjaçíi.o ou propiciaçiio. Jesus Cristo o prova
nas palavras da instituição do sacrifício da Missa :
« Isto é o meu sangue que é derramado pal'a a remi.r.rão
do.r pecado.• (.Mal., XXVI, 28). - d) Impetração. Jesus
Cristo, no alfar, é muiianciro que roga por n6s a seu Pai.
O sacriffcio da Missa preencherá sempre &tes
quatro fins : lalrêu.tico, eu.carf.rlico, propiciatório e impe-
lratório ? - Quanto aos dois primeiros, afirmativa-
mente. É infalível. A vítima que se imola no altar,
Jesus Cristo, tributa a Deus, do modo mais perfeito,
adoração e rte011kcimcnto. O efeito propiciatório é alcan-
çado indiretamente, pois a M~ não remite os pecados,
poré.m predispõe à penitencia e dá ,graças de conversão.
O e/cito impciratório é alcançado diretamente, mas não
infallvdmente, porque sucede com a Missa o que se
dá com a oração : para ser fruHfera, requer détermi•
uadas condições concernentes a quem pede e ao que
file pede (329).
SACRll'ÍCIO DA MISSA 135

2.• Valor do aa<lriflclo da Missa, - Em que


srau terá a Missa:os resultados que acabamos de estudar 7
- a) Considerando-se a vitima, é daro que a Missa tem
e-::. ~6itoéo!~:nt:taes~Cllsa;o,ifí~o,:: hu:!:
!:\J::.rciTai:7ru~dir!i~u!:S J:i:;r :e::
e especiais. Fru.to.r gtrai.t slo os que aproveitan:11 a t&ia
a Igreja, em especial aos que assistem à Missa. Fru.iar
11.rpeciaU lliÕO os que aproveitam a ~tas pessoas desis-
nadas de antemão pelo celebrante. Se a Missa é uma
oraçlo, compreende-se muito bem que o sacerdote tem
tada. a liberdade de a oferecei- pe!a,s intenç&s de quein
lhe aprouver.
387, - VII. Ministro da Missa. Condio!Ses
requeridas. ·
I.• Mini1tro. - S6 os sacerdotes slo minüiro.r
do sacrifício da Missa : itrl1"go de Ji, definido pelo Condlio
de Trento, J'tl.l"J'. XXII, cifn. Z contra Lutero e Calvino,
a ensinarem que "1110.t 0.t cri.tlilw eram padres. Nosso
Senhor dirisia-se aos Ap6stolos e sucessores dlles no
sacerd6cio, quando disse, ap6s a instituição da Euca-
ristia : e Fazei isfÕ em mem6tia de mim• (L,u:a.r, XXU,
19). A prática da Isre,ia. aliás, nenhuma dúvida deiza
pairar no assunto. Vemos que, desde os tempos mais
remotos, são os bispos e padres do Oriente e do Ocidente,
que celebram o santo sacriffcio da Missa. S6 eles.- A
mesma tradição, informando-nos que um leigo pode
batizar, nunca fala de ministros da Eucaristia que alo
aejam bispos ou padrea.

do bi<:pod~:°!'Jrio rat:;~/d~tcib!:i:-:t:s=
nhio, nlo têm poderes para consagrar o corpo e o sangue
de Jesus Cristo.
2. 0 CondiP• nquendaa. - A. - Para a VALI-
136 SACRIFÍCIO DA MISSA

D./JDE, o ministro deve ter: - a) o podu de Ordem, e


- /,} intenção de fQer o que faz a Igreja, - B. - Para
a UCEID./JDE, deve : - a) possuir o u/ffl de o,wça,
- /,) estar em jt,ium, e - e) observar as cerimôniru
pre.,crita.r. Com isso, por ser a Missa o ato de maior
relevS.ncia no ministério sacerdotal, os padres devem
trazer para ce1ebmr as disposições mais santas, não
subindo ao .a1tar senio com os sentimentos da maior
pureza e caridade, da piedade mais acendrada e viva,
como o requer uma f1,1nçio tio sublime,
388. - VIII. O Sujeito do Sacrifício da Missa.
Por .nt,JtlÜJJ do sacriflcio da Missa designam-se todos
aquêles por quem li licito olerecer o santo sacrifício. O
Concilio de Trento ensina que se olerece o sacrifício da
Missa pelos vivos e pelos defuntos.
1.0 Pelos vivos. - Pode-se oferecer o sacrifício
da Missa : - a) pelos Jilü, justos ou pecadores 1 - /,)
pelos injili.r, liuqe.r e cunulJi«N, pa.ra obter que se
convertam à fé católica: - e) pelos e;i:comungtu/o.r tok-
rado,-; - tfJ não pelos ezcomuna:ados denúncimio.r, visto

=~I~~-1:t: =f~~u;r,~ lr:~~~


_.,._
: : ~ ~ :msaS:~pno~':e~~~u~
.
2.0 Pelo& defunto&, - e) Nlo pode ser olerecido
o &aerifk:io da missa por quem nlo estiver id&neo para
:r.::i'i'a~~~
em
!;J:'saní:~
dizer, a fim
/umra do, &nto.r, quer
:r~= de agradecer

=~. -ir::-.==
a Deus OI doos que lhes fez a êles, ou para · que nos
alcancem por seu& méritos e sua intercessio .os bens
0
pos:r~º~tts~
SACRIFfclO DA MISSA 137

dizer a missa pelos que morreram }ora da comu11/ião


da Igreja : infiéis, hereges, cismáticos, e:,:comungados
denunciados, a não ser que sinais positivos estabeleçam
sua boa fé e morte em estado de graça. - e) Mas pode-
-se oferecer o santo sacriflcio da Missa para a libertação
das a.lma.r do Purgatório: de ji, Concílio de Trento,
ae.u. XXII, cân. 3. Se os sacrifícios da antiga lc;i já
tinham virtude propiciatória, como se infere do procedi-
mento de Judas Macabeu (II fllacab., XII, 44), que
oferecia sacrifícios pelos seus soldados mortos na guerra,
quanto maior eficácia não terá a missa, para obter a
remissão das penas devidas ao pecado 1
Conclusão prática.
I.• Assistirmos à santa Missa, sempre que f6r
possível, com o recolhimento mais _profundo e a maior
piedade. 2.• Considerarmos o santo sacrifício da Missa
como o espetáculo mais imponente, mais augusto e
sublime, que a terra pode apresentar, como o ato.reli-
gioso de perfeição máxima. - • O sacrifício dos altares,
diz Mons. Pio, é o centro de todo o culto católico. Que
cesse o sacrifício : eis o templo feito sepulcro, túmulo
enfadonho, deserto e solitário. É o lar vazio, abando-
nado, sem habitantes, porque o sacrifício que JC celebra
nos altares é que dá vida aos templos .•. E a única
homenagem agradável a Deus. Não houvesse êste sacri-

~~i~: trÂ1~í:i:i:1di!fu::t\1h':r ~:~:SS~t:P:fv~!:


inapto a honrá-lo, e a criação, feita objeto imprestável
para a glória de Deus, tornaria a mergulhar nos abismos
do nada~. 3. Ver as práticas que se recomendam para
0

a assistÊncia à Missa, na Conclusão práticá da 4.• Lição


de Liturgia,
LEITURAS. - l.• Sacrif[cio de "Me!<J.uisedcquc que ofen:ce
a ~us pio e vinho, ligura do sacrilkio da Mw;a (GittuU, XIV, 18).
...
,.,
6.• lnstituiçlo da Ellaristi.a como sacrifício (L-.., XXII, 19).

g1co·1a~~1'Tf~;l; t:~u;;:::"!!r ls~t!t


J"!' ~ =~io!c,;ilcim em nome ela IOciedade? 4.•
i!t
11111
II. I.• N•o hauri di..e<SIIS esp6,:ie1 de saci-iffcios ? 2.• Havetil
:-J.'t:'.ne:'.!"'oaJ.J:!';" l.. ~ua~.!ª~ r:c.tHc~~
.nova?
III.
' . bue do
~~~
o .etific:io 5.• Qw, companelo laa S. aulo. eotn
o •c:rifkio euc,,ri'ati,co e o,, socrificioa p118'os ? 6.• Como se prova
auilt&nciado•c:riffciodaMi""',poL,tradiçloeradoteolácica?
IV. 1.• Qual , a ealncia do acriffcio da Miau. ? 2.• Seú
conatitufdo pela ~ ç l o e a comullhlo, ou ..S pd,a consagn.çlo ?

J. cr~ f2~::~C:,: !!m..,C:..:Ü,~:. :-asMd~r:ã,,"!:!.8friffckl


VI. J.• Quais do osefeitosdo•crifleioda MB? 2.• Q1111
valor tem&? S.• E que frutos?
do ~V!il,~!~00=..'°.~.:,_~o':e~;;: 1 2·~':;;;
3.• Par. olerecl-lo licitamente ? • '
c1a

VIO.l.•QllU6oaujeitodoacrifkiodaMiua? .2.•Pode
.......,.,...,Miau.portodososv;vo,etodolosmorloii?
:-4)a,,seme-
o...,.;.
miaacL.
avraa•I~

umaoccinoe
OI "a, ;:~1::1:i..:
-moriot,odumnao,ea11pr6priosehapartic:i-
paafe de t&da a 9Clrle de boaa•.
9.• LIÇÃO
Sacramento da Penltlncla.

e.=:;::-

3.051-1 """"'"
"'-
I A.=
[e.,......

Ponllhela. A etimologia d6t-


t.atlrmo6discutido.pelo.teóla-
l vem do lal.lm : • jlNllll>n • puna,
out~, e •le-ncrc,• eor"", eo-
p. - a) Alsuns di11em que portar. A peilitecuiio., eatlo,
l4Q SACRAMENTO DA PEN!Tfc:NCIA

consist.irit cm roparnr por umn 11 Igreja, ou numn parte deter--


pen11 quo se suporta o mnl que minn<ln. A jurisdiç,iu pode ser:
so fllz peeando, - b) Outros - n)cr,/indrin, qunndo uui,fo,
teólogos modcrnoscuidnrn, pelo num título pnrn postorcnçiio
contrário, que pen/M,acio ,;e dc- dllS olmos; - 1,) dde!J"-dn,
riv11 do ndjet.ivu •po11;tns• inte- quondosimplcsmcntocone<:dida
rior, de,;ignnndo mágoa íntima num inferior por seu superior
que co,.,frnnll': o coração, Tl!n1 cdesiilstico.
\lllt.a etimologia por mnis pbu- Apro,·oç1io. Dii-sc que um
slvel,porqueo.nnturczt1d11peni- podre está aprovodo, quando 41
têncinconsistennlesnoarrcpen- reconhecido, peln nutoridnde
di.mento interior, do que nns competentc,npt.opar:r.eonfeasnr.
mrwilestaç!lcsextcrnns.
NOTA·. - f: preciso diacri-
Rci:nitir ua pc,,ndua=pcr-
donr os pecados. Reler os minnr bc1n n Ordem, n npro-
pecadus~niio os nbsoh'Cr. Rc- vnçiioe11jurisdiçãu.-a)P<>der
mlt.ir ou reter o:, pccndoscons- do Orden, õ n faculdade de
t.itui o poder que foi chnmndo ndnúni8traro.ssu.cromc11tos,co11-
p()duda.chavea. (cridapcln.ordennç,lo: éirrovo-
gd.vcl. Quem é podre, nunca
Llgnr e dc&!ignr. - o) Siio
doill térmos que, geralmente, se perde&!topoder.-b)Aprova-
Ulll)m como sinõoimos de rd~r çdo 41 o reconhecimento, pelo
o remi/ir os peendos. Dispo, drur cap:widndcs e npti-
6)Emsonti~ornnislnto, ligar dões de un1 saecrdote. -o) A
poderá signií,enr: fnzcr leis, jurúd~ão concede o uso do.s
impor preceitos po,1itivos, num- poderc.'l, relotivnrnentc n deter--
damentos, infligir penas. Du- minodrur pessoas: assim, o vi-
1,'(IQT 6 remover os laços que glirio tem jurisdição sõbre seus,
impedem nos fiéis n entrada poroquianos.
n11 Igreja. O novo Código já não exige
Juriadltlfo. I'oderdoexercer 11 nprovoçi[o como formnlidnde
o milli,rtério eapiritunl em tôd11 distint.nd11j11risdiçiio(Cdn.872).
DESENVOLVIMENTO
390. .:.... 1, -Virtude da penitência e Sacramento
da Penitência.
Pode-se considerar a Penitblcia como virtude e
como sacramooto.
1.° COilfO VIRTUDE, penit~ncia é a dor e detes,
taçil'.o do pecado cometido, com a resolução de não
mais o cometer e de· o reparar. Porlauto, a penit~ncia
SACRAMENTO DA PENITÊNCIA 14.l

encerra : - a) qu.anfo ao pauado, aflição e desaprovação


pelo mal cometido; - b) qu.anfo ao }uiuro, a vontade
firme de não reincidir nas mesmas faltas e de satisfazer
à justiça de Deus gue foi ofendido.
2.• COAJO SdCRd.JIENTO, a Penitência é o sacra.
mento institu/do por Nosso Senhor Jesus Cristo, para
remifü os pecados cometidos depois do Batismo.
A. - Semelhanças, - A virtude e o sacramento
da Penitência têm semelhança: - a) no seu objda, e
- I,) no seu jim. A Penitência, - seja virtude ou seja
sacramento, sempre tem por oh1~lo os pecados que se
fizeram, e como jim o perdão de Deus a quem se desobe.
deceu e se oferece reparação. De ambos os lados, existe
o ódio às faltas e o firme propósito.
B. - Divergências. - A virtude e o sacramento
da Penitência divergem: - a) por ,ru.a an(igu.idade. A
virtude de penitência é de tOOas as épocas. Os judeus
praticavam-na: Davi penitencia-se po> seus crimes;
o profeta Jonas vai exortar à penitência os habitantes
de Nínive. O S!'-Cramento da Penitência é do tempo
de Nosso Senhor. - b) Por .rtl.4 nece-r.ridade. A virtude
da penitência é indispensável para a salvação de todos
os gue são culpados de faltas graves : qualquer pecador,
pertencente a esta ou àquela religião, tem de desaprovar
e expiar os seus pe<:ados. De ji, Concilio de Trento,
.re,r.r. VI, cap. VI. O sacramento da Penitência é preceito
sb para os cristãos. - e) Por .ru.a nalu.rei:a. Enquanto
a virblde é interior e exige apenas confissão perante
Deus, o sacramento da Penitência é exterior e rcguer
a confissão feita ao padre. •
391. - 11. Existência dêste Sacramento.
l.• Erros. - a) Os monlani.,/~ (oéculo li) e os """"úa11o.r
(sfculo III) Dllo nei;n,•am, de modo àbsoluto, a ,.~i#éncia dhte
Sac:ramento, mas i,np11gnavam-lhe ~ ,}ideia., pois cru,iruwam que
14/2.. SACRAMENTO DA PENITÊNCIA

=~: ~)d& ;:t::::,t ~..=~~ !hem~~/:.:~,"~";~:


Ptotaum que " Pcnitanc;,. nilu l, aocmmo,nlo Jüti11/o ,t,, &,,;.,,,..,
011q1>e 11,mapc,nua propricd.o.deded«/s,.,.ro1pecndu,,remitido1,
aem oa perdo.,.r por si....:: .......

2. 0 Doutrina cat6lica. - Contra êsses erros, a


doutrina cat6lica restabelece II verdade, demonstrando
as duas teses seguintes: - 1. Jesus Cristo entregou
A Igreja o poda- du d,o.vu, isto é, o poder de governar,
em F'ti, e especialmente de remitir ou reter l«kN os
pecados. sem nenhuma etteÇão, cometidos depois do
::.:~: !a6s~ç~. d:lou:: ~"':t':olvi~~~!°~u~r::
0

pelo qua1 se manifesta o poder das chaves, constitui


a matéria e a forma, o sinal sens[vel de um. J>Udatkiro
_._n11, duli~ do Batimao.
I. !·o ;J;; !::f:!~\s;-.!';: :';jefin~!
~cllio de Trento, .ru,1. XIV, cap, 1, c411. 3, e baseia-
-se na E,1Ui/ura. SQ#fYlda e na Trvuli#i.o,
a) ESCRJTURIJ SIJGRIJDIJ. A ·princlpio, NOIIIIO
Senhor prometeu a S. Pedro e aos Ap6stolo;s o poder
~1.7~,Z~:r~rrrr~d;~eiR:sÃ~.t:~
hte de proclamar a divindade de Cristo. Noaao Senhor
quis premiar a fé do seu disclpulo ; declaN?U•lhe que
se tornaria êle, Pedro, .fundamento da Igreja, e tkt.

:«4~~ ~U:- :1dJi;i~ ~~ CM~tvi.


19): - 2) Aos Ap6stolos mais tarde. O poder de ligur
e desligar, prometido por Cristo a Pedro, também é
prometido a todos os Apóstolos ; • Tudo o que ligardes
: !~!n: ~=-~~º:O~.ecJi':~
X~III, 18). Dar as chaves de um prédio ou de um
SACRAMENTO DA PENITÊNCIA 143

reino a uma pessoa. é locuçi'o simb61ica do sentido


6bvio para todos. Quem recebe as chaves. quer di:ter
que fica dono da CIISll, chefe e legislador do pafs. e pode
acolher ou excluir quem lhe aprouver, c:onforme os
julgar dignos ou indignos. Ora, o pecado é o único
obstáculo à entrada no reino dos céus. Logo, esta facul-
dade de atar e-desatar, prometida. a Pedro e aos Ap6s-
tolos, não pode aer outra coisa senio a faculdade de
perdoar os pecados. arredando assim o obsUculo ao
ingresso na Igreja primeiro e depois no diu.
2. Paltwru da iMitui"çB.o. - O poder que Mra
prometido a S. Pedro e aos Apóstolos, Cristo ressusci-
tado conferiu-o ; e A paz seja convosco, lhes disse êle.
Assim romo meu Pai me enviou, assim vos envio também
eu•. Entio Jesus soprou sSbreêles, di:tendo; e Recebei o
Espl"rito Santo. Serão remi tidos os pecados àqueles a quem
os remitirdes ; e serio rctidos àqueles a quem os reti-
verdes• (Joio, XX, 21, 23). Estas palavras indic:anl
que os Apóstolos receberam de Jesus Cristo o mesmo
oficio que ale tinha recebido do Pai e que possuem,
como Nosso Senhor, o poder de remitir os pecados, isto
é, de livrar de suas culpas o pecador e fazê.lo justo aos
olhos de Deus.
I,) TRdiiIÇÃO. - E,u-irw "'11 Ptulru c pr,ltic4 da.
[9"ja.. - Pode-se afirmar, de modo geral. que sempre
foi exercido na Igreja o potkr du cNI.IIU, e que os Padres
o consideravam de origem divina. As numerosas dis-
cussões que houve a êste respeito nos primeiros séculos,
eram relativas ao modo de desempenhar esta função.
TMtava-so de saber se era oportuno perdoar qualquer
falta. E é provável até que, por certo tempo, a absol-
"içio foi negada aos ap6statas (/apn), aos liomi"cidu e
aos tulúlluo,. Mas isso, afinal, é qucstio de disciplina
sUDplesmente, - an!lop à que reserva atualmente a
absolvição de determinados pecados ao Swno Pontlfice
e aos bispos, - pois os que nlo consentiam que f&sem
rr:a~~~Pci:':!°;:;1vam ckformanenhwna
B.-2.• Propoaição.-O rito pe]o qual se exerce
o poder de remitir os pecados constitui um lludadeiro
-menbJ, di.rlinlo do Bati.mu,. De JI, Concllio de
Trento, .ftll. XIV, cln. l e 2.
Deacobrimos, com. eleito, no poder das chaves
outorgado por Nosso Senhor à Isre.ia. os tr& elementos
requeridos, os quais bastam para formar um sacra-
mento: sinal senslvel, instituição por Jesus Cristo e

=-~=t
produção da ,raça. - ·•) Sit111l .rt1n.rWtll. Os pecados sio
remitidos por um ato de ju'4-mento. Ora, qualg;uer

=!U: :c1.:~ â:ªJ~• e:


da outra, a sentença do juiz. Além disso, conkària-
mente ao que querem os protestantes, a.te sinal é distinto
!ºa ai;:i~;:jui;.~!':5:m~~:: ti•~~
possl've] entre estes dois sacramentos ; - I,) a in.rtituiçii.o
dii>lt111. As provas v!m aduzidas na primeira propo-
sição; - e) ProdMfio ~ gràfa. Os pecados do per-
doados pela sentença do padre que faz o pape] de juiz.
Ora, os pec:ados nio podem ser remitidos sem a infusão
da ,raça. Logo; resulta que, se Jesus Cristo deu à Igreja
o poder de remitir os pecados por um sinal senslvel.
um ato de julgamento, é porque ter{ comunicado a
e.te sinal a vittude de produzir a graça, elevando-o
a rifD 1agnul;,, promovendo-o à dignidaú de .raa;amento.
·. 392. - Ili, Sinal sensfvel do Sacramento da
Penltfncia.
1.0 Matéria. - A maflria nmokl. do sacramento
da Penit!ncia,_ aio todos os pecados. mortais ou veniais,
já confessados ou Dio, cometidos depois do Batismo.
&ACRAM.ENTÔ DA. PENfriNCL\ 145

Quanto à niailria prkinia, na opiniio...mais comum


adotada pelo Concilio de Trento, .ru.r. XIV, cdn. III,
Cllfl· 4, do os /r2,, a&N Ú penildnk: çontriçio, confisslo
e sntisfaçio (1). Conforme f1COu dito, Nosso Sehnor
instituiu &te sacramento na forma de julgamento. Ora,
qua1qucr julgamento encerr11. dois elementos consti•
tutivos : 11 matéria do julgamento e a sentença.
A malúia da julganunta slo os tr& atos do peni..
tente : llCU$8.Çlo das faJtas, contrição e satisfaçlo.
Convém reparar que &tes tr& atos do penitente consti•
tuem matéria de feitio especial, pois nio slo elementos
6sic:os, como a á,:ua do Batismo ou o Crisma da Confu,..
maçlo. Foi, sem dó.vida, esta considemçio que levou
o Concílio de Trento a denominá-los e 4 fUIUC mallri4»
do sacramento de Peni~a, significando que a matéria
d&lte sacramento nio ,E a.ssünil&vel à dos outros.
2.• Forma. - dBSOLVIÇdO. A forma consiste
na al,,,o/r,ifiia dos ~ Absolviçlo I a sentença

ão1ª;:t!n~e~~ !)1sº TV:: :C::~:;: C~


1

Ego
0

da absolvição, na Igreja fatina, slo as ac~intes : e


te awolvo a pt«t1li.rlui.r in 11am.itu1 Prúri.rd Fiüi. d Spir1üu
Sancti». Eu te absolvo dos teus pecados, em nome do
Padre •• ; No parecer da maioria dos te61ogos, estas
únicas palavras e Ego 14 afwa(J10 ,. chegariam para a w,(1.
d.de, mas a OirlÍsslo volunté.ria de um dêstes Urmos
146 IACR.UlENTO DA PENld:NCU.

es.enciais acarretaria a nulidade do sacramento


pelo menos, eii:pô-lo-ia A invalidade. - 6) Quanto à
ou,
liceidtuú, é preciso ob!llll"Var as pnigcrições do Ritual
romano : fora dos casos de neeesiiidadc, o confessor nio
tem direito de omitir coisa alguma da fórmula indicada.
A /6rmula tem de ser proEerida de baca, não por
escrito ou por sinais. Deve ser dirigida à pessoa pre-
aente. Se a distancia fÕS9e de poucos passos. considerar-
--$t,-ia como moralmente presente. Também é !!cito
absolver soldados no campo de batalha. Ainda que
alguns estejam bastante afastados do padre que pro-
mincia a sentença. constituem uma unidade moral.
Mas será inválida a absolviçio que se der a uma
pessoa ausente, por meio de carta ou por intermediário,
como f&se o telégralo. Alguns autores pensam que
talvea nio seja inválida a absolviçlo pelo telefone,
porque neste caso, se temos auslncia flsica, sempre
temos presença moral. Na prática é ilícito abso1ver
pelo telefone, salvo o caso de necessidade.
FOR.lld CÓNDICIONAL. - l,walid,via o sacra-
mento qualquer condiçio que lhe suspendesse os efeitos :
é o caso das condições que indicam futuro va,o. Diser
por exemplo : eu te absolvo, se tiveres feito restituição
nestes oito dias. Pelo contrário, junto de uma pessoa
cujo falecimento nio está bem averiguado, o sacerdote
pode dizer : eu te absolvo, se estiveres viva.
Para que seja lú:i&i a absolviçil:o condicional, é
mister; - a) motivo ponderoso para crer que a fo11na
~~"n~J:~ouez~and: ;:::;n~: :~~t=
em teeebel' :mediatam~te a absolvição.
393. - IV. Efeitos do Sacramento da Penitencia.
1.0 O Sacramento da Penit!ncia rtmik 1'HÚM o.r
pa:ado.r, por mais graves que sejam. Não declara sm?lente
IACRlllUTO DA PENJTbc:r.t. 14.7

que são remitidoa, como diwm os protestantes; remite-


-os efetivamente. De JI, Conci1io de Trento, nu-. XlV,
cdn. 9.
2. 0 Ren:aite os pecados, nlo s6 quanto à Jalhi ou
cu.lpa, mas ainda quanto à pena eterna. A remissl'o
dos pecados verifica-se pela iofusio da graça habitual :
~:=~s:!..::';:os i::i:n:r:ro~%resao!~º~
claro que nlo se fala mais em pena eterna merecida
pelo pecado para aquile que o SacrallleDto da Peni-
t!ncia re,enerou.
3.0 Diminui tdJ a pena to,epo,wl devida ao pecado.
É ~te mesmo o 6m da satisfaçlo imposta pelo con-
fessor. J, se ri que, para a remisslo da culpa ou da
pena eterna, nada adianta, se a absolviçio a deu. Logo,
concorre para o indulto, total ou parcial, da pena tem-
poral.
4.• Rutitui tNn.urtei-nto, perdidol. É ensino comum
feilas~: es8:aiode o;:;..dd:~..:tcr;r":
dicer pelo pecado, tornam " vi11t1r. quanto ao 9eU direito
à graça e à glória. De modo que o pecado nlo destrói
~ ~ = ! o s ~ ~ é wn obstáculo que se op5e
6. 0 A graça ./aV41flMtal própria da Penitência
consiste no privilégio de obter, na hora a:lada, as graç;u
=~:. ª:ft~~ :::te;te~=: contra as mú

394. - V. Necessidade do Sacramento da Penl•


~nela.
l. • O sacramento da Penitênéia é necesúrio para
a salvaçlo (necu1idade de -w nlatlva, 342) a todos os
que, depois do Batismo, caíram no pecado mortal. O
motivo é que nlo existe outro rneio ordin,rio, institu!do
148 SACRAMENTO DA Pf.NITÊNCIA

por~Nosso Senhor Jesus Cristo, para remitir os pecados


cometidos depois do Batismo. Todavia, em caso de
impossibilidade, por exemplo, não havendo padres ou
perdido o uso dos sentidos, bastará o desejo de receber
o sacramento da Penitência, ou, por ouira, ter a vontade
de confessar-se, unida à contrição perfeita.
2. Sendo necessário por necessidade de meio para
0

· quem tem pecado mortal, o sacramento da Penit<!ncia


é ainda necessário por neet:.uidade de preceito, tanto
divino como eclesiástico : - a) de preceito diPino, desde
que &te sacramento é o único meio instituído por Nosso
Senhor para remitir pecados cometidos depois do Ba-
tismo; - b) de preceito eclc.iá.rlica (246).
395. - VI. Ministro do Sacramento da Peni-
tencia.
I.• Ministro, - Só os bi.pOJ (') e os padre.r são
ministros do sacramento da Penitência. De Jl, Concílio
de Trento, .,re.r.,. X:IV, cap. VI. O poder de remitir os
pecados não foi concedido a todos os fiéis, como ensinam
falsamente os luteranos. Só aos Ap6stolos e, através
dêles, a seus sucessores, é que foram dirigidas por Nosso
Se~or estas palavras : • Serão remi tidos os pecados
{l.queles a quem os remitirdes •.
2. 0 Condições requeridas. - A. - PdRA d
V,1L[D,1DE. - •Com o poder de ordem para absolvição
válida dos pecados, o ministro deve {er o poder de juris-
dição, quer ordinária, quer delegada, sôbre o penite~te •
SACRAMENTO D.6. PENITÔClA 149

fJ:,· :>~~~8!1~;timS:!e:c:;:.s;,~ ~
o confessor aprovado, seja onde for, e munido de juris-
dição. pode absolver, válida e !leitamente, até as vaga-
bundos e forasteiros de outra diocese• (Cdn.. 881). -
B. - PAU,!/ LICEIDA.DE. - As concliçaes sio as
mesmas exigidas na administração dos sacramentos (339).
3.• Reatrlcio da jurladição. Casos resenadoa.
- Emanando a juriadiçlo de um superior, acontece
que êste pode restringi-la de vi\rios modos. Pode ser
~t~;;a-~ 4aua~ !:i~J:1:m~!j:
religiosas; - b) quanto ao tempo: poderá recebê-la
para um mês, um ano ou mais; - e)· quanto ao l"#(U:
será confinada numa região. Pelo direito COD1um, a
aprovaçlo dada ao pÚOCO vale, exclusivamente, para
afrepesiadesignada; porém,pelouso,servenadiocese
inteira ; - t/J quanto aos p,au/a,. Certos pecados de
gravidade maior serio reservados ao Papa ou ao Bispo.
com censura ou sem
da (l). Quem
recebeu jurisdição,
~~:=:v~;.uer dde.!~nJ;!eemu!eirei:n:i:i:o::
80
jurisdiçio, a nã:o ser que êste lhe tenha dado, expllcita-
mente, tal poder.
Segundo o n.tw0 Dü-cit;, mn8nieo : - 1. os Pa\rocos
podem absolver no tempo tÚ Púr:o«, e os missionúios
em kmpo de mi.r.taD, casos reservadas aos Ordioi\rios
(c.tn. 899), ·Também qualquer reserva cessa : - 2.
para d«:ntu retidos em casa e pafa n.oilW que ~ueiram.
casar; - 3. quando o confessor olo pode solicitar a
licença de absolver sem que resulte prejuízo pira o

li)----·
pe,oitente ou perigo de violar o sigilo sacramental; -

-o~•U..lnlllvouma- ..Lla--...uio..-•l,pojl
looWl-abuiodo _ _ ..,._,,.
llhllo._...._lllloodllol.
150 SACRAMENTO DA PENITÊNCIA

4. fora do território do bispo que reservou, até quando


o penitente se haja retirado de propósito para obter a
absolviçlo (Cdn. 900).
Oboo"acio. - CASOS E.ill Q.UE A IGREJA SUPHIJ A
JURISDIÇÃO. - Suceder& que um padre nuç.,. confiu&o, .. m
ler II devida j11risdiçãn. Nat.. emergência., 1, •mpn: in ..&li,ln a
absoMçlll ? Dio-se tds ~ ""'- que a J1reia, pa"' o ink:r&s.
comum do■ fi6is, quer suprir li juriadiç&,; - •) •em perigo de morte,
:i',"':J:: ;.~it~t.!.~..~~~j'!"!~ =~~~a:. ~r~t
raer.-adns e notórios, embora al1um podn, aprovado eslejn p,e-
(C,t,,.. 882);
,poroutra,
e,:ndo,de
opocln:nlo
")naoconincia

396•. - VII. Sujeito do Sacramento de Peni-


tencia. Condiç8el requeridas.
l.• Sujeito. - Qualquer l,alizado que caiu em
pecado, mortal ou venial, é .ntjtilo do SRcramento de
Penit&ncia.
2.• CondiS(ies requeridas. - Para receber vá1ida
e licitamente kte sacramento, o penitente tem de praticar
certos atos, :'sto é, trazer determinadas dupwiç6u.
Deve ter a contrição das suas culpas, confessá.Ias e
repará-las por urna ezpiação proporcionada ao delito.
!ites trh atos : c1ndrição, conji.rllo, .ral.~o, serio
o tema das trk lições a aeguir.
Concluslo .PrAtlca.
l.• Abe~os a divina miseric6n:lia de Nosso
Senhor que no,s apresenta, no Sacramento da Peni-
t&ncia,. um meio eficaz de nos reconciliar com Deus e
de ~fj::0:S gJã: 8:i~~ICII=~ que tiverm~ a
dagnaça. de cometer um pecado mortal.
SA.CIIAMENTO IM. PENrrilfcU. 151

3.• Lemmt-nos que o sacramento da Penit!ncia


nos traz um ~réscimo de graça. até quando s6 temos
faltas vcniais para ac111&r.
LEITURAS. - J.• Jmtit~ do s.u,..,mento ela. Penitan,:ia
(J,ü.XX). 2.0 PisciMprolwítio.,ligu,..cloS..cran"'ntocla.Peni-
tlnc:ia (J.,,,, V). 3.• Cura cio lep,oso e cio paralltico {Lucw, V).
Q.UESTJONÁRIO. - 1. l.• Que 6 virtude da Puitiacia ?
2.• Qlil! 6 ...,.,,menlo do. Penitên,:ia t 3.• Quais llo •• •lnlllhançu
e cl.i.,.!pnc:ia• uÕsknta entra os dou t
-11.1.• · mentodaP.,nitlnc:ial
"uillêneit. dhte acn.•
.•Co,nofutqueJesus
,.
verdadeiro....,,....nu,nto

'
IV. Qu"aâ, do 01 eleitos cio ...,,..menlo cla. Penitktcia !
V. Seii AbG<olulamenle neccsúrio 1 .. lv&Çlo T •
VI. I.• Qual 6 o minâitro cio aacra,ncato do. Penitlneia T

~~=~~:e..~~ c:~riode"= Cõi:a~T~i-,


~;J::r't.::a=:.~t'J!:t-~=-.,.!,.~
al1reiasupnajuriacl.~?
VII. I.• Qual 6 o sujeito do sac:nimento da Peaitlnc:in 1 2.•
Quais llo ascond.lç&. requeridas para rembar. v'1ida e Ucit&lflellle,
astesac:.. mcnto?
10.• LIÇÃ~

Contrição

.,._......
A.~l~lAlllordoDno,
{
a)=<lo
...
ª
~
t.oE..w- 11.é-r1c,1o
~
1~-..;t I
.... ~ ...:.-.""'"

..........
7.•J'12-•

397, - Vocãbulos.
~ poJa. atriçlo, cu·
qwuitofica.nllla,adapolacou-
hipio.
A'""1oéothmo~co
q11edosignaa~i.,,._
/dia. Noaeu-tidooti1110l6-
gico,poucodiferem,naftfdade,
asd111111pa.Ja.vr1111: ~ e
~.Alio,ocoroçlotanto
p0dc•reamagadonaatri9'0,
comonacoot.riçlo. Oquéco•
titu.iadl[erouçn.dosdoiaaoti-
meotot 6 WllCIIIDBllt.e o moUvo
que provoca a dor (399).
CONTBIÇlO 153

DESENVOLVIMENTO

398. - 1. Contrlçlo. Definição. Natureza.


l.• Dellnlção. - Contriçlo é uma dor interior e
det<i,taçlio do pecado que se cometeu, com o prop6sito
de .Dio mam pecar no futuro.
2. 0 Natureza. - Por esta definição vemos que a
çontrição abrange dom elementos. É: - a) um .un.li-
menlo, e - /,) um alo da vontade. O primeiro elemento
~i~•/:i~; aovê";:'~: :nt::i: Íni=a '::t=ack
divina ; vê quanto é feia e horrenda intrinsecamente l
vê quantos castigos espantosOIJ provoca. E fica profunda-
mente aflito. Importa ponderar que esta dor .Intima da
alma, que tem de se exteriorizar, pelo menos nos casos
ordinários, não é necerJSàriamente um padedmtn.ÚI .un•
,1l11t1l, traduzido pelo pranto ou qualquer outra demons-
tração de l)lllJ8r, O segundo elemento diz respeito ao
porvir. A coe~a e a 16cica mandam que tome reso-
luções para o futuro, quem aborrece e renep o passado.
Nio detestaria o seu pecado o que estivesse pionto a
oometê-lo de novo.
3.• Neee111idade. - A contrição é o mais ntlCUl<Vio
dos três atos do penitente. O ca110 de necessidade pode
dispensar da oonfisslo e da satisfaçio, mas não dmpensa
da contrição, nunca. É intuitivo, com efeito, que nlo
pode obter o perdia de •=
e Dio est& ruóbido a evitá-ta..
culpa, o que nio as otki•

399. - li. As duas formas de Contrição. Con-


trição perfeita e Atrição.
A contrição é sempre um pe11&r de alma, causado
pela lembrança do pecado, e uma YODtàde firme de
não maia o-cometer. Mas âtes dom sentimeilto. podem
originar-se. de fontes diversas. Por isao, OI teólop
... CONTRIÇÃO

distinguem duas espécies de contriçlo. Co'!form11 a


IUÚIUU4 do.r molil'OI, a contrição é p11,:Jdla. ou ,"mpujeila..
O que caraderi111& essas formas da contrição, nlo é,
portanto, a intensidade do &elcltimento; é ·• maior ou
menor perfeição dos motivos que o provocam.
1.0 Contrição perfeita. - A contriçlo é chamada
perleita, quando excitada pelo amor tk D11uJ' (C4N'dad11
pu;f11ita). O pecador, então, abomina as suas culpas,
nio já por causa dos resultados nefastos para êle, -
peMa do céu e casâgos do inlemo, - mas porque feriram
um Deus infinitamente bom e infinitamente amável e
porque fizeram Jesus Cristo sofrer e morrer.
2. 0 Contrição imperfeita ou Atrição. - É
:::1;:ti;ú:t.~~
O._
que nos trouxe,
=~~:~~:°:peio~:1~
dois principais motivos de atrição
vêm a ser a vergonha pelo pecado e o receio dos <?astigos.
- a) Yu-gon.ha dopam/o. To® o pecado grave é de,ol»
di8ncia à lei de· beus e ingratidlo para com o nosso

=: t: =:n~c:
criador e benfeitor : portanto, é desprimor, de!Jlustre.
desonra, infln1ia., peran~ Deus, e, nlo raro, perante

~en; ::-,~!
penaà temporais que Deus nos pode enviar, para gue
nos arrependam011 e · volvamos ao bom caminho. tite
rolido de ofender a Deus, por causa da punição, é comu-
i;iw~ ~::edoc~;:m-filhos,rv4~rJ~!":

=:
pai. cumprindo-lhe tadas as vontades, porque o ama.
O temor senil subdivide-se em : - l, WfWI" nrvilnunk

~~ ~7'.~
~ l . o ~J:~~
ffoa vivaz llb coração, O segundo leva Q penitente,
:;h7mª :':~~ ~8l;, ~ é::S.a1~e CB1Jfigo9, ~
CONTRIÇÃO 155

400, - 111. Qualidades da Contrição e da Atrição.


A contrição, quer perfeita, quer imperfeita, deve
ter quatro quafülades para produgir frutos, Será interior,
.ro/,rtnatu.ral .nJ!urana, e u.niverml,

since~~ 1:~~ºd~ ~~!mce~: :ueco:tr~~riç7:.


como parte intes:rante do sacramento, tem de ezterio-
ri.zar-se por sinais sensíveis. E é muito bom que ae
expresse em alguma íórmu1a, mllS esta fórmula nlo
deve descambar para a ~atina. A contriçio verdadeira
nio está nas palávras bonitaa, nem no estremecimento
~•to~u:':e!tf~~ ~~::. affiçio e no firme
2.• Sobrenatural. - Sempre há de haver corre-
~T!é acs~:i~:!f:~;~'tn int:oed::::-ha~:~aL
A contrição desempenha o papel de meio paro. consec:uçlo
d~ fim. Logo, também ela tem de ser sobrenatural,
quer quanto ao princípio, quer quanto aos motiV<JS
~r:;• =Í~l~~;ai ~~
~ed: ~s!'rmn~
dor que f&se puramente natural não eerviria; - 6)
fu.anlo tlDI m.otil'OI. Lastima.se a íaltn pór causa de
=~~rtªo!:!\:1~:r~~j!, '::ck ':tt:C,'.
Quem aborrecesse a c..'Ulpa por conside~s humanas,
como seja porque prejudica os neg&:ios, estraga a saúde
ou pode infamar a reputação, êsae nlo teria contriçlo
sobrenatural.
3,0 Soberana, - O ~ o é mal absoluto. Logo,
! ::::u:~;lo.;:!~~~J:~ :tt·
d=
a~U:·d;;:

:ti:~:~r de":!t!. d~.:C'NOS::S::rt,,:.


X, 37). Seria estuUice, no entanto, fuer comparaç&s_
156

entre de~rminados pecados e1"as calamidades-mais


assombtosas. Slo desvarios da· imaginação aos ·~quais
falta, necessàriamente, um elemento cnpital de silo
e'!,~!~';:: n~osréça s::t1rd;de~v~~n6m~:::1::í:1
vontade de não mo.is pecar, haja o que houver. ·
4.• Universal. - A contriçi[o tem de epglohar
lotbN o., ptca.da.r maria,~. Com efeito, a remissio dêstcs
pecados realiza-se 1:iela infusão da graça ; ora a graça
nlo pode coexistir, numa alma, com o menor pecado

=a:e:
mortal, de modo que nenhum dêlcs pode ser perdoado

c:~=~~~s~ ;!::1isso~íoª r;::


atentar em cada. falta isoladamente. Basta delestá-los
em conjunto.
Quanto aos p«atÍ<N J>t1nlai.r, nlo há esta necessidade.
Nlo destruindo êles a graça santificanh., um poder-'
ser ,:emitido sem que os demais o sejam. Escusado é
dizer que é muito p1-derível acusar todos os pecados
veniais e arrepender-se deveras de todos.
Oónrvaçio. - Com as qua1i4ades já enumeradas,
deve exisfu certa uni'iID (li.ora.[ entre a contrição e a
absolviçio. · A contrição é parte essencial do aacra-
mento ; logo, tem de fiar unida à forma, quer na inkn-
çiio, quer no lllmpo. A dor que se experimenta pelo

-:;~~ =::;.m~r:"°:çiacxrJ:~~in~=
pecado deve referir-se à abso1viçio e ser anterior a
eata. Pode havei' ala:uns dias de antecedência, contanto

notável : o essencial é a dor e o prop6sito, e Dia a prolon-


pçlo dêsteiJ dois sentimentos.
401, - IV, Efeitos da Contrição perfeita II da
Contrição imperfeita",
l.• Efeitos da contrição perfeita. - A contriçlo
~ t a renüte os pecados por ai meama. Em se tratando,
CONTRIÇÃO 157

porém, de culpas mortais, requer sempre a vontade de


receber o sac::ramento da Penitência. Dois pontos a
elucidar: - a) Tem a virtude de pud«tr u p«tUiN
/ora tlm .nu:nunado. Com efeito. a contrição perfeita
sempre encerra, pelo menos virtualmente, a ~
pu}t:l&i {399). Logo, o que se diz desta vale para aqucla.
Ora. vemos a miúdo na Sagrada Escritura a caritl«ú
remetindo os pecados. No Antigo Testamento, por
ezem.plo,. dia-se : <rDeus ama os que o amam• (Pror,,.
VIII, 17). "'Os que se converterem a êJe de lodo o t:Ort1f6o,
serio jwtifu»dor• (BuquiJ, XVIII. 30). E no Novo
Testamento, Jeaus Cr:sto, falando da mu1her pecadora.
di:t que as suas muitas culpas lhe serão p,:rdoad;u, po~
-r;:. =t~~~f"os~ 0
::ecn~:
tuiçio do sacramento da PeniUncia, é claro que c:on-
serva agora a mesma eficácia ; do contr,rio. a Lei nova
eeria mais emaranhada e custosa do que a Lei antiga.
6) Todavia, a contriçio perfeita, para que reniita
os pecados mortais, rt:l{UQ" o voto do .nu:ranm1to (1) :
Concilio de Trento, .r,:,r1. XIV, cap. IV. A ru1o d.to
é que Nosso Senhor, instituindo o aacram.ento da Peni-
Uncia, tomou. obrigatória a conms5o de todos os pecados
mortais cometidos depoit; do Batismo.
É indispeos'-ve1, portanto, recorrer sempre ao sacra-
mento da Penitêm:ia, até para pecados mortais que a
contrição perfeita tivesse remitido.
2. 0 Efeitoa da con.trisão impeneita, - a) Fora
t!m ~ da •Pmlllncia, a atriçio nio chep. para
a remisslo dos pecados mortais. Nem mesmo remite
as faltas veniais nwna alma despojada da graça santifi-
cante. Pode perdoá-las na alma em estado de graça.
- /,) No Mt:ramt:nio da Pt:n.illMJ."a, a atriçlo é suficiente
111 . . _ . _ _ lllplldllo. o.... ....... - _ , _ .....
bido•-•--•....,._
=----------"'º"'-"""''çlo,.,__
='.. ·-· ·-----------
~a:"j!irT::: :4"/Xlt:S-ca/i~ [}e<lfu~:~~:
oontriçio perfeita f&se requisito necessário, Nosso
Senhor, instituindo o sacramento da Penilhicia, teria
estabelecido um: rito inútil, supérfluo, desde que os
pecados já estivessem remitidos pela confriçlo perfeita,
antes da absolvição do padre.
Qual é a upkie de atrição (399) que se requer? -
Evidentemente, nio basta para justificar o pecador,
nem com o sacramento da Peniflmcia, o temOl' nrvil-
menle «rui(, isto é, o que deixa subsistir lodo o afeto ao
mal cometido. O único que aproveita é o temor .rimplu-
menle .rervil. Temor simplesmente servil é o do filha
pr6digo que se lembrou de refletir, considerou a miséria
espantosa em que tinha resvalado e começou a aborrecer
o pecado que a provocara. Depois, foi ter com o pai,
confessou o crime, alcançou o perdio e loi reinte;rado
nos &eus direitos. (1).
CONCLUSÕES. - O que precede, legitima .as
ae,uintes concl.us!Ses : - 1. a oonh-içlo imperjeita é
requisito nwulária e l,a.r/,anle para o saCl'amento da
Penit&cia, e - 2. a contriçio pujeil4 SÓ se exiae no
caso de impossibilidade de se confessar.
402. - v. Firme propósito. Definição. Qualldad-.
I.• Dd"'mição. - Firme prop6sito é .a resolução
bem assente de nlo cair mais nu faltas que so cemeteram,
2.• Neceasidade. - O 6rme propósito é condiçao
uuli.lµnánl da contriçio: o arrependimento do mal
Dlo existe sem a vontade de evitar kte mal.
COBl'Rlçlo , .
3.• Qualidade,, - O propósito de Dilo pecar mais
deve ser firme, eficu e universal.
A. - Fl&HE. - O penitente deve ter Hnlatk tkfl-
krada. de nlo recair maia DO pecado. Quem receia as
recaídas, nem por isso estará falho de bom .propósito
firme, porque o ter mêdo de alprna des,raça Dio é,
al:isolutamente, desej.i1-la. O peeador, sabendo da sua

=~~~ dr~u!d~~rei:il:59.:°~
embora, por enquanto, esteja sinceramente resolvido
a nlo mais o cometer; o receio é ato da intelisência,
e o firme prop61ito é ato da vontade.
B. - EFICAZ. -Quem quer o fim, toma 01 mei01.
Logo. ni'.o basta ter vontade de evitar o mal: é preciso
adotar as devidas providência& : daí a obrigaçlo estrita
de fugir das ocasiaes de pecado.

cier!·-:fZ~E=~2!,m~~de=;~
tanto oe que foram cometidos, como 01 que pódiam ter
sido cometidos. Nisto difere da contrição. Esta,. sendo
pesar interior, 1ó diz respeito aos pecados cometidos.
Quanto aos pl!CtUÍ.or veniaü, nlo é de rigorexaue o
:;:::ro:~ °:r:.:t•d:= ~ J~ºre me1'i:
esforçar-se por diminuí-los.
Conóluslo prãtica.
sob!:~!i.,;:raq ~ t r i ~ ~ ~ ~ =
próprias larças. Logo, devemos .alicitil-Ia de Deus,
por meio da oraçlo.

~6= :;::~
2.• Considerarmos, muitas vezes. OI motivos de
COl)triçio que a fé nos apre&enta : vergonha do pecado,
~:iv~~ imc!:~~
petfeita.
Do111riM0t.l61loa•0.a.porior-l
160 CONTRlçiO

que ;:lc::~trmd! !~~s ;~PJ;~i~!:· ro?:~!:mci:


morte de um Deus e é punido por tormentos eternos.
4. 0 RenovarmoB, a miúdo, o firme propósito de
nlo pecar mais. ·
5.0 Nunca adormecermos com pecado mortal na
consciência. e repetirmos, ponderando o sentido 'de
cada t~mo, a f6rmula de contriçio: •Meu Deus, tenho
grande pesar de vos haver ofendido, porque sois infinita-
mente bom, e o pecado vorJ desagrada ; faço o propósito
firme. mediante a V08118 gr~, de me penitenciar e
nUDca mBU vos ofender•.

Bonomeu,
co,,fiulo:
aop6 da Cruz, para meditar nos padecimentos a::.;...~
Sti"J: t1r:'~.:..,e te;:::-;; '":.,."'.':;ul:~ 1.'0nlcmplar.,....
0

Q.UESTIONÃRIO, - I. I.• Que 6 contri;lo 7 2.• Que


clcmci,to1 a lo""aml

_
II. I.•QuaissJo
proftm a difeianca entre
4.•Jmperieita 1 6.•Qu•
6.•Quc,6lemor111rvíl7
111.J.•Qu.n.issto

....
imperfeita 1 2.•Devoa

-~·
IV. l.•Q .

da
ffll!Dfo
Quando 6 T
~"t,.1:,° f:eQ~u,Í':;:i;tr~ !; 1Sm neceuário o firme
TRABALHOS ESCRITOS. - J.• O srre_pendimento •-"
aempn,atodecontriçl'oT 2.•Seriáamt""° tlonecusf.riac:ómo
ac:onfilllopsn.o~®'peca,dmTS.•E.plicarudilcrenp,t
q1111IJ.entremn~perfeitaecontrillloimperfeita,4uanloi.
.... natmea a quanto aos tellS ef.ito..
11.• LIÇÃO

Confiaaão

:~{~-
ar- {:=.......
.Uriaa.
.....
b)TN•llcto.
162 CONl'IBSiO

403. - Vocibuloa.
ConRuio (lo.tim •oonJUfflJ•, Rclativ1UDCntoàconíl88lo,,
IICUISÇio.-a)Nosonlido,eral ehnnuulo A®'flldmdrio o quo
e eti-l4'1ico, confim!o"411cW111- confessa pcla primeira Y<!I 111-
çlo das faltas quo ao comctc- cum mau hábito, e recidillitla
rnm. - b) quanto ao Nntido oquctornouaca.irnomesrao
rafrito e kof4gico, var 404. pei:MIÓ,depoisdmcon1111lh0:11do
Tribunal da. con/iullo. SanhJ conlc190r, aem ter !'cito os
TnUimal. Trí6111141-d11 p,,.i- dovidosestorouspamsaemcndnr.
Uneico. Slo tr& c,:prealics <i_ue SilJi).io da cozdi&Ão ou Si-
designam ora o confesaion'1io,
onaprdpriaconlialo. ~~•'i::.::1 :011 ~
de niiocomunicorcoia9.algulllll.
llahlwdindrio, O quo row
:nu:-=::= r:i::
daqoi10qll8GDUbepcla.c:cmli,;-
:!ate eegrGdo
81o RCl'II.IIICOto.\.
coatuma ou vicio. abaolutoeinviolávol4danomi•
nado,igilcl,dolo.tim•siai/Jvou,
.Reelollri•ta- O ~ cometo carimbo,.elo,por11.1111!0Kia,com
de DOVO O mesmo picado. :ft
paaf911l porlaato RT rwdivi&ita
Dlo •000 bbltudidrlo . ........
1111C11'1Aquo•fecbvampor
mciodeumsêloparu.Dloserem

DESENVOLVIMENTO

404, - 1, Confissão: Definielo, E,sp6cies.


· l.• Definiçio. - Conjisnlo é. a acusação dos
c~=ad~!~td~i!~:- .tt.i=:. ~ºA
confissão é: - a} ~usaçio dos pecados c;Dmetidos depois
do Batismo, - 1. É ~ . isto é, dedaraçlo de
culpa e Dlo simples relat6rio : - 2, tw p«ado.t cowulidw
tÚpoÜ do Balümo : o que equivale a dizer que se recebe
o sacramento da PeniUncia s6 quando, anteriormente,
e recebeu o Batismo. - 6) A acusaçlo dos pecados tem
de aer feita a u m ~ (l.fll'OfllUW. Logo, nlo se dirige
~=eu~~ ~e;~d:d.: c\.~eÍs~~ ~
e. dentre oa padres, s6 Aqueles que têm benepl&citu do
seu Bispo; - e) fHll'4 dlt. oblr • ~ A oonüsslo
CONl"ISSÃO 163

nlo é mera narrativa das fa1tas cometidas. Tem em


vista a remilllio dos pecados.

-l~nr::~\~~ hq~eº: r.!li:


sesrê<)o, a um padre apro'vado, e está definida precedente-
mente.· - 6) Confissio pdl,Jit:11. era a quo se pratic,,va
perante a asseq:ib]éia dos cristãos. Já se nlo uaa.. Ali.
&Ó teve existêocia na lgroja primitiva, ucepeiona1mente.
Nos lugares onde quiseram. que lôsse obtigatória. os
papas. em especial S. Leio, intervieram, taxando de
abusivo êste uso e condenando-o ('). A confissão também
pode ser: - e) aual. se dos pecados da vida inteira:
d'J particu&u, guando é dos pecados cometidos desde a
últimaconlissio. .
405, - li, Instituição divina da Confissão.
l.• Erroa. - A maior parte dos ft,ktvfflu e cal,,l..
ru".mu nepram a instituição divim da confisslo ; der:un
a confisslo atuicufflr como inventada pelo papa Inocêncio
UI, no IV Concílio de La.trilo (1215). Alguns consideram•
-na instituição benéfü:a ; outros, nociva à sociedade e
intolerável. Os prolutanlu m«!tnlOI e os PfÓF.ios
ritualistas que lhe reconhecem as vantagens. rejeitam
a sua necessidade.
2. Dogma cat6Uco. - A C011jit.riP #tlVll.flWll~I
0

I rú. in.ditwçi() divina. nao rú. in.rtituqiio «/uid.rtica.


164
""'''"'°
É olm,. de Ju,u Crina, e, porla.nlo, nilo I inwmçio hu11uu1t1.

xi:.~.~
naEnrilura
!t:.et::t:~s<:;~~iota~~s~1t;s:.U~
Tradiçio
Sagr,,da, na ra.:ão.e na
A. - ESCRITURA SAGRADA. - A instituição
divina da confissio inferc-ac dos mesmas textos que
provam a e,icist&icia do sacramento da Penit&cia (391).
Segundo kses textos, Jesus Cristo conferiu aos Ap6.tol01J
e seus sucessores o poder d;u clut.rJU: por outra, estabe-
leceu.os juizea das con~ias. Confiou-lhes a missão
de ligar ou desligar, condenar ·ou ab90Jver, Ora. para
pronunciar esta sentença, SÓ conhecendo a causa ; por-
tanto, li! de comparecer o culpado perante o tribunal
do juiz e acusar suas faltas. O poder concedido por
Jesus Cristo à Igreja nlo significa.ria nada, seria ilus6rio,
se tivesse criado o tn1,unal da Peniffinciá, sem impor
aos peca.dores a Wiea#ú, de se apresentarem :diante
d&se tribunal e confessarem suas culpas, ou mesmo
se houvesse para lles outro meio de alcançar a just:ifi-
caçio, Logo, a coofiSSlo foi instituída por Jes11$ Cristo,
pe]o menos de modo implkito.
At...aprotedautc,S111tentancloquca#l!Ji.uãd~rf.
do IV Concllôo da LatrSo (1215), nada y:,]e. t hlst4rimmento lalsa.
OConcllio nloio.ve11IO\la confm1o..,.,..,ta, Tomou.,. obript6ria,
com ellCI....., da conliulo p4blim. Po.q... delermõn.ae o k"'IH
emquc.aadewc11mprir&stodi:Yllrllquaiaasl'U4Mlaquem.i"'.C11mbe.
nio qlllll' di .... qWI o Condlôo criou. a conlisslo aurie,,,lar = •J>IDU
,,.,,..,;... ""' """-'· t, portanto, dislate palmo.r, 8rro completo.
pn:tendwq~fninp,,.palnoo!,ncôollloinvenlordaconliulosccreta
no IV Concilio da Latr&,. O que ale la.. foi tio ~nle promulpr
a,,_,_. deata confmlo.11 dttnrmõnarem. que/,,_ o preeeilo
obnp.(246). .
e. - RÀZdO. - A raz1o subministra-nos IU'gU-
nun.to, i'ndt'rtto.r a favor da instituiçio divina da coo.-
filllio, esta.belecendo, de uma parte, a utilidade e, por-
tanto, a coo.veni&ncia desta pr,Uica promovida pol'
t'~.i~~t;lt':.t::Ohu!a~:~:>
f
ªu:~
tonllfllilncia. - l, Para oindiWduo, aconfissio é o
re;.=a:n:p~r::i:-~iic:Eu:1ter~~
166 CONFISSÂO

a confissão é ato de IMl,mi.,.rii.o e humiláade. Além disso,


luvnumiZ4,-,,e cana tu t.d§2ncia, da no.r411.' alma: instila
~:::~r, d! ~~:r d:el1~i~ 1o::i ::S- dÍa!~~an~:t:
11

arte, é fator poderoso de clevnçio moral e da pu e


2. Pam a ,n,ciedade, é salvaguarda
#tNdgo do CO#'ti1çiio, -
preciosa, consertando dissídios, restituindo bens furtados,
afastando os escândalos. - I,) A razio mostra fiu::il-
mente que grande dispaut&io é dizer que a confissão

:: C-v!e'r:!~:'°:0"':f::·id! PJ;°';~nC:e:::r~•~=
e poder, que impusesse e fizesse aceitar, a seus coevos,
wna pMtica que tanto repugna às tend~ncias da natu-
reza viciada 7 .d po,leriori, dando de barato que assim
foi, como é que a hUJtória nio rdere o nome de inventor
tio prodigioso e talentosa ? Os protestantes rim com
lnodocio III, atribuindo-lhe a paternidade da coo•
fissio auricular. Mas já abrimos a hist6ria e vim0$
que o papel d!sse p.i.pa foi muito diferente, Ora, antes
cUle, nmgufui apa.rece.
E não é possível. POl'que, se houvera existido, os
hereses dos primeiros séculos : arianos, gregos, cismá-
ticos, etc., logo teriam tocado a rebate, cu1pando a
lsreja de variar nos seus ensinos.
Logo, conclua-se que a confisslo sacramental sempie
se praticou na Igreja, que é oriunda dos Ap6stolos e
de Jesus Q:isto e, porf~fo, de itwú."lu.ição divinrz.
406. - Ili. Qualidades da Confisslo.
A confisslo deve ser luuriikk, .fimplu e inlt1ir&.
I.• Humilde. - O pecador é um culpado que
se acusa, nlo para se jWJfificar, mas para implorar o
!::!°~U)J:: deq;ue': :/t!::~~m=
eúaq~
167

tada~•de !;f!:~-se~
tem
!tÜk!9!°em ~isr~= Óe~To;
apniscntnr os ío.tos como se deram, nlo os detur-
pando, nem mencionando pormenores OCK)$0S. Simplici-
dade quer dizer ditcnçao, ddiauleza. Certas (altas
de~m-se expor eln têrmos comedidos. omitindo as
cireunstSncias que não t&n gravidade. Muito mait
cuidado se terá ainda, para nlo tocar na vida aJbeía.
nas culpas ou defeitos dos outros, &em necessidade.
3.• Inteira, - O penitente deve acusar l«w os
seus pecados, exatamente como os conhece. dando
como certos os que são certos, como duvidosos os duvi-
~ r , com franguea, às perguntas jWJtu

A inkgridade é qUJZIJd;uk u.rt11ci'al da connsslo.


É fora de dú.vido.. Nos tras artigos seguintes, estudam-se
as condi'çõu desta integridade, os 11Ui0ç tk a ~
e as causas que a di,1/H11,14m.
407. - IV. Condlçll• da integridade.
Entende-se por esta es.pl'eSSio, t»ndiçlu da inlqri.
dade, o que é preciso declarar na confissão ~ que
:tria ~~~ ?Q1:i~J:\i;; ?~
suficiente 1 matéria insufü:iente ?
Que
18

l.• Matéria neeeasárla, - A ma~ria necess&ria


m=
da confisslo abrange: - A. - l.odD,- w per:ath.r ml1rl4u-
::;;!~te ~i!' ~~~º L~indapec"::a.d::
~&".o: ôc:n:~ T::.%° kc:~'::'::;
nlo pode pronunclar a sentença, se nlo conhece todos
os peeados com sua espécie. Logo, não basta C!ilta decla-

~ur:1 ~ ~~:m:~ ~-~~~t.=:


sário indicar que 'iualidade de falta foi, pois a ~
108 CONFISSÃO

muda. a gra~idade do pecado. A maUcia do juí:w teme-


rário I! uma, e a da mentira é ·outra I a murmurnçi(o
nlo tem o caráter da calúnia, embora êstes quatro pe-
cados sejam contra o VIII mandamento, - b) NúniO'O.
Também deve dizer-se quantos pecados mortais foram
·cometidos. Quem não tem a certe:sa, di-lo aproximada-
:::J!.-r;::i:~t~~:,ci~~:ÜC::ia;-q:~ ~t::~
a espécie do pecado, e convém mencionar, isua,lmente,
as que aumentam nolilve{menf,t a malicLI(: circunstâncias
de pessoas, lugar, quantidade, etc.. Por exemplo, bater
nas pais é mais p-ave do que bater cm outra pessoa ;
roubar numa iareja um objeto sagrado é pecado de furto
e de sacri.légio;quern rouba cémcruzciros, é mais"culpado
~
do \~ T~t= ~.:·té~~ria os.pecados
mortais invob,,ntar,'amenlt: omitidM·em confisslo anterior.
· 0 esquecimento'não disrensa de os acusar quando ocorrem
à mem6ria. Mas não ha urgência, desde que forom indire-
tamente remitidos. Bastará acusá-los na prfu;ima con-
fissio.
2.• Matéria U.-re. - A. - Segundo a opinião
prov&vel (S. Afo.oso Llgl,rio), n!o há :·obrigação de con-
fessar p«4dos dw,itb,.,o.r. Entretanto, é sempre melhor,
para o soss!go da consciência, menos em se tratando
de pes!IOa escrupulosa. Quem acusou como duvidoso
um pecado ~ue mais tarde verifica como certamente
cometido, tera de o acusar de novo 1 Afirmativamente,
l'CSpondem muitíssimos te6logos. Negativamente, dizem
outros (Luso, Lehmkuhl) que arpmentam : tal pecado
foi tÜrelamtnlt: nmltido, pois o confessor, ao pronunciar
a sentença de absolvição, ,S como se dissesse : • Se verda-
deiramente cometeste o pecado, eu te absolvo•. Ora,

:rotou: :St;;!Tte!te~ 11i:


remitido diretamente,
0
: be~~ io°~~ti
,.
B. - Os p«tU/«- 11tnüw sio igualmente tM/lria
liwe na confissfg. Todavia, é muito proveitoso acusá-los,
para afervorar a contrição e obter um perdão mais effoaz.
3.0 MaUda auitclente. -. Caso o penitente nlo
::b~=d~um:t1•~n:m~õ°~o:ai:"'':enW~t
perdoado, mas a cujo respeito renova a contriçlo, serão
,,u,tlr,'a n,)icünt11 (Cdn. 902).
4.• Matéi-ia insuficiente. - lmpu/11içfu e pe-
ctu:ftu dw,idOIOI que se acusassem, fora de qualquer
~ ::~~l!..se'!°~t!tu:Cn:rmais~.: ::~r'!:
0

.,.....
imperfeição só, e realmente cometido, duvidoso
nio

COROLÂR/0. - Será !leito dirn.'dir a conjü.sio,


contando parte dos pecados a wn confessor e parte a
outro ? É, se Mrcm declarados, primeiro, todos os
pecados mortais a um confessor, e depois os pecados
veniais ao outro. O inverso seria sacrilégio. isto é, fazer
a conlissio dãs faltas veniais primeiro a um ~re,
para depois confessar a outro os mortais. Quem tivesse
algum vício e, para não dar a conhecer &te mau b'bito,
esco1hesse novo confessor de cada vez, nio faria con-
fuislo sincera.
408. - V, Meios de assegurar a Integridade da
Confisslo,
Ili dois meios para ll!IIJeCUrar a integridade da
con6ssio : 1,0 e.mme de conn:il,u;:ia, é o meio ardlnário
2.• conji11io !JV(ll, é -io eJdraordimlrio.
1.0 E.uni.e de «mecllncia. - Para conhecermos
os nossos pecados, é preciso e basl:a examinarmos s~ria-
menfc a nossa vida. Deve-se par, neste o.to. a dilig&tcia
que se emprega nos acontecimentos mais importante&
da exis~&icia. Entretanto, · o indispensável esmêro,
aqui exigido, varia muito com o teor de vida do peni:
170 CONFISSlO

tente, Quanto mais frequentes IIS confissões, mais fácil


e rápido é o exame de consciência.
ÃlÉTODO DE EXAME. - Há diversos modoa de
fazer o exame de consciência. Os mais simples, prático
e completo é consi~rar : - a) os Mandamentos de
Deus e da Igreja ; - I,) os pecados capitais I e - e)
os deveres de estado. Notam-se as faltas avcriguadQ
em cada arti,;o. Outro método que dá na mesma, é
refletirmos nas nossas obrigações para com Deus, para
com o pnh:imo e para conosco,

confi~eoi:·::t dr~:l.~N~/é,de ~:u: :':~


exigida, JMl,rll
0

garantia dB •integridade da confisslo.


=d(~-m:~1id:""~'úi1:'ºt :fn!~~C0:
por qua'9uer motivo; - I,) d.til para todos aquêles que
::ic!:=~;.: ~id:ª :V~c~r: :n:~so~
1

rar!8J!\:aX:~ece:it:n ;ªÇ::t;7::~iséih:
dantes : por czemplo, antes da primeira Comunhão,
na hora de adotar um estado de vida, uma profissio,
na ocasião de alpma doença perigosa. - e) A co,,.jü.riio
geral pode ainda ser nociua e entio pro,'óü/4 i é o caso
dos ucnq,ulo.ro.r, dos que ofenderam a santa pureza,
~ :..:P:!º:!..que a imaginaçlo repise dêles
O ~ . - Quando se 1-epetem as confissl5es
por causa de sacrilégio, é preciso, se lôr com outro con-

=~0:CU:Íu!:tci:!:en~,~jf!,°' t:f: o°: ~~ 1

mortais. Se ffu- com o mesmo confessor, bastará declarar

=-:OI~~==:..~~~~-E::
~-•o••• .... ••-•-nlaucla.
\ 171

o sacrilép,, depois os pecados omitidos e, de modo geral,


todososp~jác:onlessados.
409. - VI. causas que dispensam da integrl~
dade da Conflaslo.
AU11<:gridadepodoscr,,.awi,,louJ,,r,,..I. lntqridadematariaI
!;::'.u~t:."tt.af~'i':,:p=:-i:J:"'.;; :::.:r:-::
:..=-'.t,:,,te III lambr11, importando OI q"" lla omite por jlUl&t
DKo

A i11hgrid,uhjarmal Is úniN. 41<' , e ~ . quandojlln/Unulu


obsla.màinte,sridn.dcmo.teri•I• Todavi.~,dcii:undodcC!Dltir-•
••a1Je1,h,obripçiodacomplataraconímlloem-U,io.tt«"Ud,i,,..
. Principio geral, - Como prind'pio prnl, s1o dw,1 •• jUIW
bi~~":im~;~;'~~t.:i.tv...tdaconíulo: imi-si-

. .
npos:'/::i:f!:0,~;~~:2J:~!~J..~:::
peaaaa.Sucedeiao,butantaa-,emhospit.iscujosleito1,
í1mm, quem sabe, tio cl,epdos que um doente Dlo poder! COD•
f_,_ lll!ffl q~ 01 vizinho.º~"' tudo l - &) pal'll 11111& 1-ini
pmN, S.. o penite,,te est! autorizado a julpr qa raultaria da
confialoinlairadanogmwpanteff:einopessoa-ae,iaoCQD
de pasoà o serviçodo-re......qm pndesa r1C11re11bulbadada

·-1~..:--~-=-~-~:"°..:::--
172 CONFISSÃO

410. - VII. Obrigações do Confessor.


Os deveres do confessor dizem respeito a duas
épocas: - a) à hora da conjis.rão; - b) ao tempo depoi.r
d4. con}U.rã.o.
l.• Hora da confissão. - No santo tribunal, o
padre é, ao mesmo tempo : pai, doutor, juiz e m&lieo.
A. - É pai. Logo, scr,Í che;, de bondade, caridade e paci8nc~,.
Quanto mais cuslac ao pcc.odor n acusoçilo, tanto mais delic.,do
cc:arinhososcdevc mo,;lcarop.,drc,animnndo-o, nil'.o n,aniícstando
rumhurna indignação ou 11bor=inionto.
B. - É doutor. Logo, ~uir.l: a d,;,ida .:omp<llnci,,. p.>ra
resolver as silunçõcs comuns (1), Mas pode-se apresentar a!gumn
situação cspednl, imprcvista, anormal, exgindo maior estudo e
inlormaçió; enlilo deve ter consc:i&ncia destas dificuldnde,, pora
ao apontar, pedindo o prnso necessário p.:,rn se habilitar a n,solver
a dúvida. Anpcrilociac,ompletaaci&ncia,porémnloasubstitui
Coinobulor,oconfossorestáobrigadoa;Mfr«iropcnilente
D.,veensinar-lhe:-a)as<Jtrdtul..,-çuioconhecimcnlol,indispcn-
sável à salvaçio, qu.ondo ~ste penitente as ignore : - b) os dec.,,u
que tem de cumprir, Tem de lhe deslnzer os erros. cm c.uo de igno-
áf."j~i;';~":~: o:~~~~~:ncl::•t;•u~é !~v:i: :u:'jªu%/1i:~
~~!;;!'.;~i:}:~~e~tE~t~:l!J~;d~:~:5~~~~~~tl:
é" · • escândalo

compcle-
""médios
i'loram
\ COll'FISSÃO 173

~nu61ii. :-.;" ¼,:;:,.r~~. ::::.o ~~::.te :. dj=n:.P":~


i)Tarminad_,l\a acusaçlo, 6 lav.rar a

oc,,silo6amaro o;-
to,nar nu,Klllqueoaau•iliwm -
!~;:!!~~~=~"::~;':.:~:""':ik~ta:.,!í."::.:
moatraonl.inúiadaa11UUl>ofadi.p0aiçae1.
2. 0 Deveres do Confe•aor depois da Confissão.
- O confessor quando saJu do santo tribuna1, tem de
cumprir duas obrigações : - a) reparar os erros que por-
ventul'a. lenha. feito, e - /,) guardar o segrêdo.
A. - Reparaçlo dos erros. - Pode ter havido
ê1TO, quanto à validade do sactamento ou quanto às
::rõ ~ni:::\;r tf:n! ~:!..i~J.,O\I~;
qualquer outro motivo, f&r cawia da invalidade do
sacramento, tem de reparar O grave preju!zo 4.ue resultou
para o penitente. - /,) Qwu1lo it.r obrigaçiJu do pr11ik11k,
Se o confessor deu ao penitente diretivas falsu, por
uemplo, mandando quo X'eStifuisse quando não havia
obrigaçlo, ou não exigindo rcsfihl:ição quando era pre-
ciso, agora, terá de o emendar.
174 CONFiSsÃO

B. - Sigilo sacramental. - 4) O DEVER. - O


sigilo sacramental, isto é, a obrigação de guardar scgrêdo
de todos os pecados acusados na confissão, /:. irwiafá,,d.
4 O confessor deve, pois, evitar cuidadosamente qualquer

palavra, qualquer sinal, seja qual fór o mo(ivo, que


pudesse, ainda que de leve, comprometer o penitente•
· (C.in. 889, § 1).
b) OBJETO DO SIGILO SdCRAJTJENTAL. - 1.
Direfammlt coberto pelo sêlo do segr&lo fica tudo o
que foi conhecido de confissão, e não podia ser revelado
sem tornar odiosa a confissão : todos os pecados, mortais,
veniais, passados, presentes, futuros. Um penitente
declara que tenciona cometer roubos ou assassinatos :
o confessor não tem direito de divulgá-lo. - 2. lndirel4•
mente coberto fica tudo quanto pode dar a conhecer,
de modo indireto, os pecados do penitente : circuns•
tâncias da falta, defeitos do peoitente, pena imposta•.
pecados do cúmplice.
Não há motivo algum gue releve desta obrigação :
nem o bem do confessor, nem o bem do penitente, nem
o bem de terceiros ou do Estado. A ciência adguirida
no confessionário é ciência negativa. t como se não
existisse. Contudo, o padre não está ohrigado ao segrêdo ;
- 1. se o penitente não quer fazer uma confissão sacra-
mental, ou - 2. se o padre já sabe, de outra fonte,_ o
que está ouvindo na confissão.
e) SUJEITO DO SEGRÍDO. - O sigilo--sacra-
mental obriga : - l. o sacerdote que recebeu a con-
fisslo ; - . 2. o intérprete gue serviu de intermediário ;
e, em geral, - 3. todos os que, voluntária ou involun-
tàriament~, surpreenderam o segrêdo da confissão.
Conclusão prática.
l.Q Agradecennos a Nosso Senhor pÓr ter instituído
a confissão, de gue a nossa alma tanto precisava.
115

2.° Fazer, com todo o cuidado,. o cume de cons-


ciência e excitar em n6s v:ivo 6dio às cu1pas passadas,
considerando os padecimentos que solreu Nosso Senhor,
morto na cruz, para nos resgatar, expiando os DOSIOS
pecados.
3.• Modo de coaH•ar-w. - t uapomnte conC-Me
bea:i e, par;). isso, apr=deo o a:rimonial da confinlo.
confl!lsional.rio,ope:nitenleajoalha-lu:o
Padn:,abe,,ç,,,,;-mc,porquapc,quei•.O_,..
diando:•QuaoSenhorestejanovoaiocom•
f'e ;tn~;,ir;~s!:i~l':;,c,:.'ialo.""'no....,
pec.l.i!~.º:~':'r!:...~=~=.:.~.:"'..f;'!.~~~i
mutM n,bi,,.,. t:11.t,,.•. Dedam, depoia, hi quanto tempo• co:a•
íeaou,serecobeuaab:dviçloecumpriuapenithcia.
e)Co~a..,...çlfo, •Rcvmo.Senho:rl'lldre.~ .•• •.
2:.~=~:rc1ei:-~ ~!.:~~~. de~""os"': t mt.:
vida pa11ada, particularmanlo, •• (do tal pecado maia pa", de.ia-
::"!'-:> ~. c:~~Pe:::: -.~!;.'::peço.
ConBioor : •
d) Depoi11, bate no peito, completando o
pe:nitan.:ia
Po:r-
taalo, pcço e roao, etc.>
c)EecutaosbansCODlt!lhosdoc:omo:QOro..,.;taapaaillncia
quelle imp&e,
f)Fi..,.hr,ente. reuoalodeoonttiçlo.enquantoopadr.dl.
aab,olviçlo,
4.° Feita a confiulo, o penitente deve agradooi:r
a Deus a graça que acaba de receber, recwdar os avisos
que lhe furam dados. renovar os &eUS bons propósitos. e
sendo po&1Jivd, cwnprir a penitencia.
Nota. - Para abtevi..- o tempo da mnr....,_
pode-Krear
o Con}IIHrantuou meamo depoi,, da -r...aoe. c:omopad.._
dizerape,,Ho.cstocloq1teHmindiauioadrm.,
LEITURAS, - 1.• O..vi -fcua o 1C11. pecado diante de
Natl (li lki,, XII); •
2,•Confiaiodosjudeu.aS.Jolo&tb,ta(A/lll'CN,I),
3,•Confíalociolpcimeiroleri.tb(bN,XIX.18).
176 CONFISSÃO

QUESTIONÁRIO. - 1. J.• Que é n confissão ? 2.• Quais


si"oMcspo\cios7

2.• Q!!i !·: t~• ,to'd;;.:;;":.11t/'~1daài~~~\\~i~!º dt:ntssiiJn:


füslo1 3.•0dogmn da con(isslo dosolrcu certa cvoluçio no
dec,or,er dos skulos? 4.• Em quantas fases podemos dividir n
história da con!issio 7 S.• Que sabeis da lese protestante que mnrm
o IV Concílio de Latci[o como dnta da instituiçio da conlisslo nuri•
cular76.•Qucprovnindircfanosédadnpela,nzio,aFavo,dninsti-
tuiçilo divina da e<>nlisslo 7
III. V Quais silo as qualidades da confissio ? 2.• Que vem
'aserinteg,,idadc?
IV. I.• Que vêm a ser condiçi!cs da integridade? 2. 0 Qual
~ a mat~ria nei,es$.6.ria dn confiai<>? 3. 0 Qual~ a mal~,ia livl'C nn
confisslo? 4.• Os p<>cndos vcniais-scrão matéria suficiente? S.•
Que matliria i; inoufü:icnte? 6.0 Ser$. Ucito dividi, n confissão?

rissio ~- k,: %-::•mtod: '::t!"~~~!:'o":~:,~: Teiti:.,~:cinº?


1
3.•NJ.o seránecess!ria, algumnsvezc,i, n confisslog,,ra\? 4.• Será
.. mpre útil?

lórman t: g~:;/
dade material?
~:t:~r';:t:. ~:~·~:e~;.~~~!. t,ter~:~;t
VII. !.• Quais alo as obrigai;&s do conles110r no momento
da confuslo ? 2.• Depoia da coníisoio ? 3.• Que ~ sigilo sncra-
mentnl 1 4.•
Qu.o.l ~ u objeto d&ste ..
grado ? 5.• O
sujeito ?

TRABALHOS ESCRITOS. - l.O A .que êpoca remonta n


confissllo ? 2.• Quo, d.ferença <>xiste 1>ntre o tribu""l da Penitência
e 01 tribunais humnnos 1 5.• Nilo ser! Hcito aumentar, por huntil•
dade, o número dos pecados que se comcteran, 1 .f.• Mentira que
se cometa na coníisoio, ""'-' oimples mentirn ? 5.• Poole o padre
conceder ou negar, à vontade, a absolviç!o 1 6.• Ao padre que
fu um depoimento na justiça, e jurou dizer ali t&la a verdade,
ser! Jkito revelar um ..grêdo de conlinio 7
12.• LIÇÃO

Satlsfaçlo.

::::::•h {::=7.i~~
'-"':!•· -.,
C.A _ _ ..,""""'
l11Tluiclo-

VS<,J.llo. IB.c.:=..r:-iadollJ,kdot.
A.y_..&q,a,ballado,-idadodoruloeddlto

,~,411o,,. l::= l :=.-


411. - Vocãbuloa.
Sa.tt■tllfão (do latim
/ldw•,
•.i,·,-1
•nfill• UNS, •Jau,e•
qua11to 1e deve. CoiA a&twa-
t6ria. é coiaa na qual néo falta.
r.-r). E\imol,)glcamenie, e.te uada. - li) No 111111tido ffflll,
Urmo ligniíica: tuer ta.ato B11t.isl'açio é rapanç,to do mal
178 &ATlllll'AÇÃO

que 1111 fb; ou, qwirendo, 6 pora\ qllC auhsistc, tem do 1111r
~ 'W~l.o11e11~d~~~)~d•~ CJR4d11 pela Mt.iaínçllo ou co111-
pc,taad11 pc\oJi m(!rit.ofl de J~""'"
t.ooldgico,BD.llsfnçllo6apcnn Cristo, do Mnria Snnl!Gsimn e
tempomlimpostapcloconfC880I', dos Snntoa. Qunndo a aut.ori-
no Meramento da. Pcnil.éncin, dadc da ll'"Cill permite esta
como rcparao«<, dOII peco.dos componaçiio, coMCdc 110 pe•
oometidoll(4.12). cndor urnn indulgbi~ia, isto 6,
Indulsênela(dolalim•indul- um11. romissllo do pcnaa.
palia•, bondade, complnd111:i11, Jubilou (do latim •iu/Ji/4•
perdão de pcnM). Remisdo da. gritos de alegria.). Bolonidndc
c~~~~:~~~J;
Judáica.qllllautl:ll,li111vndo50
em50anaec11aqulUac rcmi-
dalndulg6ncill,6proeiaoro- t.iam u dfvidos, se liberbi.YILm
cordar q\18 todo o pcco,do on• OI acravoa o 1111 devolviam llOl!I
volve:-a)umao/-feitan primitiYOBproprietdriosuterrtis
Deua, e, - 1,) como COIIB!!- quet.inbnmsidonlienadaa(Z...U.,
quência, Ullla ~ qlle!' efer™', XXV e XXVII).
quer ll,npoml. A ofonst. o a.
penaetenmdoremit.idMpela
abeolvl~.QusnioA.pena.tem- .......
pa~n~:!~!..as:d::.
DESENVOLVIMENTO

412. - 1. Satisfação. Espécies.


1.0 Def"llllção. - &.lis;fa;ã.o é a reparaçlo · da
injúria feita a Deus e do prejuízo causado ao prfuimo.
- A satisfaçio ~: - a)Jel'llçào da inj'dria Jcila a

=·Já~~\,:;::
f~~ii::r ~-~~n~/°p;:.:~:
;::°
cu=~~;~::°~:;:~~
l~ Tr:.
d;a~~;a.;~~Te:
~!eliàj=~ J:SÕeu;;is!:í.i: oe=., 1:1:
C:Udo :airc:•=o:::nia:i;Tc~to~l~
103), - $) Rq,araçio prcj'u.ízo t:au.mdo
(W prhimo, tlD
se far o caso, Nem todos os D01111011 pecados danificam
8A.'l'ISFAÇlO 179

;!~=s!: ter:moo~ !asho::n:, °en1::,°bánao~


gaçlo rigorosa de reparar,
2.0 Eapéciea. - A satisíaçJo é ,l(Urt1mm/al ou
t:tfrd-.nu:nuntntal. - a) Satislação _,.._nta( é a peni-
tencia que o padre impõe. antes da ab&olvição, e que
o penitente promete cumprir, A essa hot., é apenas,
oeste último, a ,onliuk tk ,14litjaur, mas assim é parte
&1,#t1Cial do sacramento, que ficaria inválido, caso fa].
tasse esfa vontade. O cumprimento da penitência é
s6 parte i11tqrcnk do sacramento : a omissão, por
esquecimento ou descuido; torná-lo-ia incompleto, nlo
pormil inválido.
por !?,!t;::;: i:1:ati::":t~~: lu~Tes:
gravarmos a Deus por DOSS05 pecados. Na presen,
lição, trata-11e. apenas da satisfaçJo sacramental.
413, - 11. Neceaaidade da Satisfação,
J.•Erroa. - A. - Sea;imdo 01 prolul,,nlu, de,de que buta
a "paM a j111liíoc,.çio, u 1õ1liafaç6u pode1t1 ... 11t111t.jwu e apro-
:::tr-:'cai:i': :''::o"':,ici~:. n~:.~':::S." 11':;
- •l i":~Ti ~~-~:;..4,:_ta~:i~
Redenç1odeCri,,toD1oteria1idos"ficie11ta.
. º"!"'~~"'°i,r.'i::'~
anlfl de leTelll leito o penitanda.
2. Doutrina u.t6lica, Primeira propoaiçio.
0

- Contra o., protukuttu. Ainda que a punição eterna


seja sempre remitida com a culpa, fica, as mais das
~~ui;; t:\:~;.:orf:!°iça~ ú':/ ~
rir '!!.' /t. tmi::.:ºna°T,!;t! =.n.ri:
Trrzdiçld e na nuiio.
IBP IATI8FA.Çl0

A. - BSCRITURd SAGRADA. - Encontramos


na Antigo Testamento numerosos exemplos, em abono
da tese cat61ica. Assim Adiu,, embora arrependido e
perdoado, •teve de padecer bastantes dol'eS nesta vida :
e Hás de comer o pão, com o suor do teu rosto ... •
(Gln., III, 19). .Moid.r e Aarão tinham alcançado a
remissio do seu pecaclo de incredulidade. Não obstante,
sofreram o castigo, que foi nlo poderem entrar na terra
~e:!iufo':U"':' t:dJli/:"t:~i~o, r!1:~~ 0

rigorolamente punido por Deus e fêg penitência grande


e dura,

=•d~=
B. - TMDIÇÃO. - 0. Padres da Igreja têm
ensinado, constantemente, que os pecados graves, come-

!:~~têm~11eh ~~ t~zt:.
nismo, mais ,rduas e longas noa aparecem as peniUncias.
Duravam ·anos e, por vezes, a vida inteira, e eram diHceis,
trabalhosas. O Concílio de Barcelona, por exemplo, no
século VI, manda c;iue os penitentes rapem a cabeça e
pagsem a vida em je,uns e orações. Institui, desta forma,
para os culpados de faltas graves, um como regime
monacal. Mais tarde. a penithlcia suaviza-se e encurta-
-se. Publicam-Ge os Penitenciários, que especificam

:e~::&riosa~eo~=• e;: Jr:et ::;ede ~-~


raçlo pelo homicídio voluntário, quarenta dias por
uma ferida, sete anos por um perjúrio refletido, três
a.nos· por um roubo importante, quarenta diu pela
delação, etc..
C. - MZÃO. - A razio fàcilmente demonstra a
am11enilncia da satisfação : - a) Por parle tú Dew.
Como kgU&tulor, tem de infligir IID1a sanção aos posterga-
dores du suas leis, para que estas, de futuro, sejam
melhor oh,ervadas. Tresvariam os pt'9testantes. ale-
181

~cisdi:, 1ul!rá:~u~!~~jU:i.':~~=tii:::~uf:
da nossa conhi.buiçilo pessoal. Exatamente o con-
tr&rio. Pois se Cristo é cabeça, n6s somos 01 membros
(Ejl., IV, 16); se fôr o pé da vide, somos n61 os ramos
(João, XV, 4), e se quisermos vir a ser seus• co-1,ertú,iw•,
que muito é que também participemos dos seus sofri-
mentos 7 (Rom:., VIII, 17. - /,) Por parle do peniknk.
Se os pecados se pcrdôassem e não houvesse mais nada,
o cuJpado poder-se-ia CIJC)uecer loeo da gravidade dêles.
As satirdaç&s. ao passo que reparam o mal, tornam-se
freio e salvaguarda para o futuro.
Squada proposiçlo, - O. penitente■ pO<i,,rlo .er absol-
=~::t1:~Es~"':!,:~r:!~iA;:j'!8,.:!::::s•co~!.:J:~:::
1690 pelo pap11 Aleund.,, VIII, t firm;ula pela l1Nr,"/unt1. S.,.,,.
eaT,.,,,/~.
A. - ESCRITUR4 SdGRIID,t. - Nos aemploo adusidoo.
e • Deusperdoouaa
antesqueti.._m.
\_,.,,.,.(XXXlll,
que&.le•dn,.iar
e~pelapeni•

414. - Ili. Obrigações do Confessor relativa•


mente à satisfação,
182 IATISFAÇÁO

!ste dever ,& impo1to ao eo..fcuor por seu oílcio, Com clc,ito,
como mini.tro, tom de aaegur11r a integridade do 111cn,mento;
c:omojui1, tem desenteuciarpeM prupo,,clonada. no delito; como
mf:dico,cabe-lhcnc:citarrcm6dioanptosa<."11r<1ras.chapsepn,venir
maleafutW'OII.
nicnte~·•:,!j~t=c?:i ~ ~n~,,::~ist&, •iJ:=1~.~~:
mover o bem espiritual e • ... Jvaçto do pocador, Los<>, ordonn-se
:.::::!is~:!Wade~'.if~º,"i ~
aerpropon:ionada:-1.aonámtn,

~:=
r.ltas; - 2. N J,u,.ltku/,,1 IM 1Mt1if•nk, A "'ª
• maudn um pobn, d..r cainol., 11cm para

fi:': ~•~=
::-:- :.,:;:: !ia-~i:..%.~t ':"!f:i;ç::
~,../'t"ot.:"°~~i~ci.~_:,.::':,:T!.,~:e~t~d;-1:!
::i:. .=:~-;.~:::::--:·.!:f.i.~
impr}::.0":~':":..,7_.i:)~.,j!~!..uct:J°•~•-&i:
o mal nlo

1ft. tlm, com efeito, o car,hllr de obra■ pena;.. Na or,içio, humilha-

~==rz~a:OfZ:!6i:°::;::t.~:~::~;;:;
.,..,..,. "mano.lurHa.

415. ~ IV. Deveres do penitente na Satisfação,


l.• O penitente tem de cumprir a penitência na
lpoca e da maneira que lhe foram mandadas, Se nlo
ae detenninou o tempo, é f&»la .quanto antes,· a fim
de garantir melhor a Ul.tegri4ade do sacramento da
peuitma_ QuaDdo foi diferida, sempre subsiste a
obripçlo de efetu!-la sem mais delongas.
A penitêocia é válida, ainda quando feita em estado
de pecado mortá1, pois mesmo assim Dia deixa de ser
obra boa e penal e conserva os doi. carateres essenciais
da satisfação. Todavia, o pecado mortal é impecilho
à remissão da pena. Realiza--. s6 na hora em que o
pecador ncu.~ a graça, Quem por sua culpa se ~~r
SA.TISF,u;iO 183
esquecido da penitlinda nlo está obrigado a recomeçar
a confissão : é a opinião mais comum.
2. 0 Normalmente, a penitência deve 5el' feita µlo

2;\~nf:°~~:.~ m:
pr6prio p1111ilenl11. Não pode delegBl' outro, a nio ser
s~vaçio, como sucederá,
3,• Com a penitência SIICl'~tal imposta pelo
confessor, o pecaclor 11' de pra~r outras .rolujtlÇiiu
dr inic,'aliva pr6pria, 110lu11Mria.r, para suplemento da
satisfaçio sacramental. Também os p,ukci-nto., flU
D111,1,1 1/,11 1111w•ar podem ajud&-lo a satisfazer pelos seua
~ ~ ~ t e s o : ~ = ~ ecoz: t!_hcla, unido a
416. - V. Casos em que a penitlncia podeli
ser suprimida, comutada ou diminuída.

=~
1.0 Cessa para o confesaor a obrigaçio de prescrever
penitência, quando o pecador está ffsica ou moralmente
;:ti!~:':<1:e\:1z:&:\V:: e::1!1°:IC:
por
2. 0 Pode comuM-la, por justa razio: exemplo,
se lar de rroveito notável para o penitente, ou se houver
muita dificuldade para a eucuçio da penitência imposta.
3.0 Pode diminui-la, isto é, deiu.r de proporcion&-la
à imporU.Dcia daa laltaa cometidaa : -a) ae tiver motivos
para recear que o penitente nio a faça; -:- 6) ae quisw
satisfar.er no lugar dêle : assim é que S. Francisco
Xavier costumava infligir-se cruéis torlurBI e privaç8ea
de tôda a qualidade para .êate fim 1- e) ae a Igreja con-
aente em supri-la e couceder remiaalo de penas chamada
,.-.i,,,,,;..
417, - VI. lndulg8nclaa. Noção. Esp6cles.
Def'miçio. - ln""-t,lncü, é a rcmiaalo da pena
temporal devida aos pecados, ;, perdoadoa. e que a
184 SA.TISFAÇÂO

no:os:~~ d!rt~:ri~ &n~?!~n: rdll~Us!:~


08 0

2.<> Eap&iea. - A. - Em relação aos EFEITOS,


a indulg@ncia é p]enária ou parcial : - a) plendrla. quando
remite t&da a pena temporal devida ao peça.do ; - b)
parcial, quando remite s6 uma parte, Para entender
esta última eq,rcsslo, é preciso recordar que, .nos prin-
clpios da Igreja, havia, para todos os pecados graves,
uma penÍtSncia can&nica cuja duração era regulada
pelos PmiwleiárUN'. Amenizando a severidade primi-
tiva. a Igreja aupriu por meio de indulgências a satis-
façlo que exigia outrora. Avaliou-as pela tabela dos
antilos c&nones penitenciais. Portantd; se a Igreja
conceder indulgência parcial de sete anos e sete quaren,,-
tenas. de cem dias, de cinquenta diai;, nlo significa
que slo outros tantos aDOS ou diaa a. menos no Purga-
t6rio. Significa que a pena. outrora remitida por uma
penitancia de sete anos e sete quarentenas ("isto é, sele·
q ~ ) . é remitjda atualmente pela dita indul-
pncia.
-B. - Em relaçio ao SUJEITO, temos: - a) a
;'a~~,u:f: :i:í:,c1:. ~1Ir!•-co~ui~
,u/N d,junlN, concedida por via de sufrágios, isto é,

~:7:'bü~~dc~ttt r=~~ t:;m~


du almas do Purgatório, porque estio fora da aua juria-
diçlo, permite aos fiéia que atribuam a elaa as auas
~: tf~~ncias, .~ aJ.cançar de Deus que as
Em
C. - iHODO,
relaç,lo ao as indulglncias serio:
~11!1::n: :-~:a~ª;.tZ.-~:::d~r::
:-.J:'1!t~'.nd!~~b) :=~u!do t:
SATISFAÇÃO 185

a um lugar, igreja, capela : - e) reai.r, quando ligada.


a um objeto, crucifixo, têrço, medalha.
D. - Em relação à DURdÇ/ÍO, as indulgências
são perpMuas ou tempor,-rias : - a) ptrpllua..r, quando
concedidas para sempre, - b) itmporário.t, quando
concedidas para algum tempo. No primeiro caso, duram
até serem revogadas ; no segundo, acabam com o prazo
marcado.
01,,,;rvaçílo. - A cxpressio latina • foliu quol.iu• qw,r dizer
que se lucrar& a indulgência, ladas as vezes que se cumprin:m a,
condiç3es. De modo gcn>.l, u indulg&ncias p/,nl.rúu lucram-se
;t~~r.";,~ :r.,1~g~:ci ;h~:ia7:%."t~/i!:lf:1de~á:~;
0

n.!,~(2ad~ndn~~::t~t~v3'. ·;::0~:podem
·i:d~~;,:i:i:: li~~.1:
Confrarias da Sanllssima Virgem e que se g,,nhar 113.s festas
de N,u,.,,_ Stnho,.,,_ do Carmo (16 de julho), de NIUJ/l S,nhart1 d,u
Doru (:;:.• domingo de setembro) e do San/o R,ul.ria (I.• domingo
deoulubro).

418. - VI 1. Existência do poder de concedei


Indulgências.

tinha!·º,!~:J:;,~ !'aº~':~:':i~~.;,iJ~t:=. À;~"',;"a 1';'n,j":


0

ti.~~!•~~~~m:•i.:;u!::~~~r!:.."."a
Os protestantesmodernos repolemP~:t;t r::;iaa~:tdui!t.:~::
as meomas objeçõe,.

lit2:f.~C:~~~!'t!iÍ1:?E ~~~. T.::~


:_:'.19
186 SATISFAÇÃO

Igreja & soc~de hier,l.rquica, o chofc é qll<' deve tomnr conta do


d:•t~.t:•i:: ,;:!u•::bo~i~d;;~ que jul1ar melhor, a bem
B. - TR.tfD/ÇÃO. - É certo que a diseiplin" pcnifoncial
da Igreja mudou com as época,, evoluiu como era natural. Mn,,
oe as indulir'lncias nlo"" apresentam na origem rom as modalidades
dehoie, êf!cildcscobrirmosoequ;w,/,n/,. Assim, nosseLSp,imcircs
so\culos,apc,oalongacdura,inlligidoporccrtasfnltasgr:n•es:-
a) indultava-se, o,n M.I<! de n«<uidad,, aos que cstiwsscm cm [)Crigo
de morte; c-h)cra,àsvcres,d,,:"iadac<1br<>ndadaloradocaso
de 11eoessidade, pela inltl'Ceuiio dw mbfiru. Depois do J/rulo VI,
as penas canbnicas !oram comutadas, de quando cm qu.,ndo, cm
outrasobras,tiduporcquivalentes: preoe,esmola,visitaàsigrcjM,
aos Lugares santos. A partir do ✓lcu/r, XI, a lgrcj" concede indul-
gincia• prõpriamente ditas. Assim lb pora angari,u somos, que
lavoccaossem esta ou aqucb obra pia: upediçõ<,a militares à Te,,.,,
santo., edifü:açlo de algum templo, O dinheiN> n!à>lhido dbtc modo,
nlo era de venda ou com~rcio de indul~ncias, mas uma esmola
em. pN>l deuao beníeitonB.s, fruto do dlo e da piedade. Abusos
que pol'YCntura se tenham verificado nlo infirmnm em nada a teoria
dao ind11lgêneia1. Aliú o,, abusos foram pN>lligados pelOI papas e
peloo concílios, enfre outro,,, pelo IV Condlio de L.trlio e pelo Con•
cílio de Trento,
3.• Os que tfm faculdade de cooceder indulg6ociao. -
Esta faculdade pertence, inquC!tionàvelmente, aos rAe/<J da Igreia,
OSumoPonl[j,'cepocle conceder tada a sorte de indulgincias,
a todoo o,, fi~i, do orbe cat6lico. Tamb6m, por direito comum,
, têm prerN>ptiva de coneeder indulgências para os vivos •~mente
{C4iz. 913): - !. 01 c,,.rd.,.i,, 200 dias (Cdn. 239); - os 4rt:thÍJP(!J,
na oua raidencia e na sua provlncia : 100 dia,, (C,1,.. 274) i - 3.
oo 6ilpu c,,.m çe,k n;;,J,n,:i,,J na pr6pn&. dioc:-ese: 50 diu (C8n.
349). Na consagn,çio de uma igreja; ou de um altar, o Bispo consa-
grante pode cooeeder indul~ncia de ano aos que visitam a dita
igreja ou altar,'"' pr6prio dia da consagraçlo (Cln. IJ66), Al,m
disso, cada Bispo pode, na sua diocese, dar a bênçlo papal com
indulgfncia plen.6:ria, duaa vezes no ano: domingo de Pásctia e outro
dia de festa à escolha (C8n. 914). Acresc.,ntémOI, lina!menté, que
o novo Código dá, a qualquer padre, assOltllldo a agonizantes, o
poderdeconeederabtes,.,martigodemorte,a,2nçã,,pap,,/, com
ind~cia plenária (Cdn. 468, § 2).
SA118FAçlo 181

419. - VIII. Sujeito das lndulglnclaL Con•


dições requeridaL
1,0 Sujeito. - Para ter direito às indulpncias, f
preciso : - o.) ser lmlimdo, e não excomungado; - 6)
po.r,1uir o t.rla.fW dt /P'fl?l, pelo menos segundo o exiJirem
a1 obras prescritas l e - t) ser 1údilo daquele que con•
cede a indulg,incia (C.Jn.. 925, § I). e Salvo aviso em
contrário, a indulgbicia concedida pelo Bispo pode
ser lucrada por todos os R\1$ diocesanos. até fora da
diocese, e pelos .fwasteiros de passa,em na. diocese•
(Cdn. 927).
2.0 Corullç&a requHidaa. - Para que o sujeito
capaz de ganhar as indu~ncias as lucre reabneote
deve : - a) kr intenção, geral ao menos, de as lucrar
e - I,) cumprir tu olmu (Jf'flno.da.r, no tempo e do mod
que a conce9!1io prescreve (C,Jn.. 725, § 2), As pcincipai
obras comumente prescritas slo : conji,11i1.o, conuu,/,ao,
Pililo. o.. umo. iptja com a recitaçio de determinadas
preces segundo as intenç&s do Sumo Pontífice (5 Pater
e 5 Ave).
. Nota. - l. As obras prescritas poderio ser coma,.
l4dtu pelo confessor a favor do penitente que U,r impedido
:e:pk,u~~ &';. l~~~N~i~~;.,. e::~
t muma olH-o.., lucrar diversas indu1gências ligadas com
tltulos vários a um .ó objeto ou um s6 lugar, a não ser
~,: ct:~,: ~';~ão~ d~ co;"ü':: o ~ a !:;;
s~nh:ru: ~:i•~ i:r~u~ :;ri~~
!':-~ ~~>"!"' _dqUIWJ,I, ae oio houver mençio
188 s.t.nsnçlo

420. - IX. lndulglncla do jubileu.


l.• Definiçlo. - Juln'ku é uma indulgência ple-
nária,. mais solene que as outras, e que r,za de certos
~i½'~: à!· 25A~nri:~~: 1::rFoi :t~!tt
a prindpio, para o primeiro ano de cada sécu1o. O
papa Clemente VI decretou que se celebraria todos os
cinquenta anos. a começar em 1550, e Paulo II reso1veu
repeti-lo de vinte e cinco em vinte e cinco anos, princi-
piando no de 1475.
2.• Eapécles. - Há auas espkiea de jubileu : -
a) jubileu ordil14rio, e - 6) jubileu edraardin4rio. O
juln'ku tmlin4rio é o que se verifica em Roma, todos
os•vinte e cinco anos. Inicia-se com as primeiras Vés-
~N.~ t~noe : : cT:i ;:r=o!~~
~:-:MI~. paJ:ut:e~s;ri:er:,s. d! q~ ~
em virtude de uma cin::unstAncia particular : advento
de um novo papa, cessaçio de um flagelo, etc..
3,0 Obras pn9Crltas, - a) As obra& prescritas
para a indulpncia do jubileu ordin4rio são : a confisslo
e a comunhio, com visitas a igrejas 1- 6) para o jubileu
u:froordi111frio, acrescenta-se o jejum e a ·esmola.
Conclusão prãtica.
SATISFAÇÃO ...
2. 0 Aproveitarmos qualquer ensejo de_iuc:rar indul-
tnc:;~•ul;~~ja~;r!!s°:i:~ q:e :.:~
Irmandades, H50Cinções de piedade, Congregações ma-
f:.~~:
riaDBs, Filhas de Maria, Confrarias do Rosário. Obru
~!:i.~:i;:c:f!io~nf~iasc~~=~e:Jhe!~
algumas orações : O Anjo do Senhor, Ladainhas, Ato
das virtudes teologais, Jaculat6rias, etc..
3.0 Pessoas que estilo no hábito de comungar diàrio-
mente, ainda que o omitam uma ver. ou duas na semana,
podem lucrar tadzui as indulgências plenárias, sem
obrigação de confessar-se Den1 semanal, nem quinzenal-
mente (S: C. lndulghu:ia.,, 14 de fevereiro de 1906).
4.• A hora mais a.ada para auferirmos o inestimável
beoericio da indul#,ncin plenária, será quando estivermos
prestes a comparecer perante o Tribunal Supremo.
Providenciemos, desde já, para que entilo seja chamado
um padre que nos aplique a indulgf:ncia plenária in
tulicu.lD morlU, também conhecida pot" bmçio apost6-
lic:a e absolviçilo geral. LucrB-IJe nas condições ordinárias,
ajuntando a aceitação corajosa da morte e invocando o
Santo Nome de Jesus (1).

(IIRoi,,
XIX,8).
io=
al1,.ja•mpreusoudo

que ~Q~::l~!?•o-pe~t!:taQ,"" ~ a satillaçllo ? 2.• Por


li. I.• Quaisslo OSe,tW, no locante à Rl!t'l:Nidade da satia-
!e.:,~ =.
ooollo ~~AÇ

~-:.:.-::e.::-..:
::':.'4:...,,.::•-
,a_
'9dlaclolSoF-,_, __
190 U.TISFAçlo

:ro
la~ T 2.• Como demo,,llra • do11lrina at6\icn a net=1icllldl! da
7 3.• $mi neceuhio que" 1Btisf11çio 11nteceda. 11 absol-
111. t.• Quait do •• obrip~ do coníeuor N!lntivamenlc à
~::: J"";.•te&:,.t !:!': ;;=trot,!;•q~':°co~/'!:•;t
1mporl
IV.1.•Q,wslloosdeYCRSdopenihlotoarapeitodaatis-
&"°1
t&cla ~~ l;i;~!°~"!''\!u":i..:: 11111 pc,dnrá ser 1uprimida, eoinu-
VI. 1.0 Qw, , indulg&ncia. 7 2.• Quaia tio as di1rerso1 espEcics
deindulatncias T :S.•Que1ignií,cunpteu1olatina•totÔa1q1>11ti,,.. T
Vll. 1.• Admitem oa protestantes que a ~ • tem a facW-

::.t,.Ju~.!:,r••
dad. de c,onc:edor indw,inc,ias? 2.•Quai:aaloa1ba...1·dadoutrina
quo.i1 do os detentora do pgder de COP-
VIII. J.• Que aeri preciso, par11 • ter dil'eito à iruiWslllciaa 1
2.• Q.uai, do q condicae. nqueridasT

i:i~i°'~X$I:-O:-.:!l;.~':!J~~.:': 1~

TRABALHOS ESCRITOS. - l.• Dade que Jaua Cri,to


satisfu por n6o, que necessidade tem... n6s de .salisfaRI' ainda T
:::t:';~;:t:=i~
1 4.•
uma pamtlncia
:-r!:'!."':1Je-:t~•fe:b•.:.1T;t~;.!
Pode o pecador, por autoridade l'r6pr4, bocar
•-penittiu;la? 5.•Ser,apenitlnciaomeioún"'°deatism-
•.....,.por...,_p,,cadoi,? 6.•Quandoaplic:aJIUllllsalmNdo
Purptórioas-.indulafnciq,alo••-'is9opn,jubcipan.lKIS?
13.• LICÃO
Extrema-Unc;lo,

a.•::,::..,.
1"-. .lloUrio. l uaç&o ... ..__...._

!. . . . . {:t:::.=.:::
B-.F-. J l'llla ....
1
do.-,lolooaq,..r.,
,.. .. ..._

... . .
•l=--do---=--
D.NoNPJJO, JRootitula..6dootO...o;.1p.
l ooorll&ú.

~ !a.~--=-----....r:"'..:-.=
A.Naode_de_

{ ...........
·••-\r~;~
.........
ª·="'--

421, - Vocãbulos.
Extrema-Ullplt,

=to~~~~!_~
feitaco111.6leodotellm1D01nos l';ng1o
~-•0.-8Qltior-?
e~~=': .~~=
&temcra-1 órgioa dos -tkloa do doank!,
aignifica, pois, 11\lima
192 EX1'REllA-UNÇÃO

unçlo,eplounçãoquoinf11• mc11to dos àaen1e,, aacnunanto


aa1 que est.io em IPtua.9110 doaogonimnter.
extrema.
O.eacritonisocleai'8tiC041an- f: ":'":::m:• ::t"::oot~';;
F..xt.rema-Unçiio.
~•=::-N:"~uklUX:.
puaemmaOeto IJll<lrarru::ntoo
NOTA. - A Ext.rcm11-Unçio
o o Criam11 alo 1111 doia dnicoa
nome de Ext.rema-Unçio. Foi
pnra. Dllltbv qw, 6 a olltimo. =:.i~i:,~~!º, ~~....:
un9lo qud o homem recebe, ou
pl.1'11. c&tJ~f-io do CriBIIIO
~•:r~~r~~n!.-J~o.dos
queen.~porll!Uln.- All11n'6Npralicnda,inaadmi-
mntoda. Unção. niiitraçAo do Bolismo o da
Ol'demsiiourim011io111«u6riu,
~tualmente, tlllnWmecdi1: o nlo matllria llbaolutllmente
dOBlll/ff'MOI, llllCnl-
a&en111111D.to ne00884ria..
DESENVOLVIMENTO
422, - 1." Extrema-Unção. Definição,
B:druno-Un;BD é ·um SM:ramento institul:do por
~ni:::U:º\, '&~re~;_ifJnç~rir!nualin;tit:?'~al-d:;
para o allv,'o upi'rilual dos enfermos. Eletivamente, é

:i:~1:1:"~ªpet~~.: los~:01r:;~
do pecado; e - ó) para o allllio corporal, e até cura do
doente, se Deus o julgar oportuno (425),
423. - IJ. Exiatlnclado Sacramento da Extrema
U"çlo.
1.0 Erroa. - a) Lu.lua equiparava a Extrema-
-Unçlo aos sac:famentaia e ensinava que podia ser admi-
nistrada fora do caso de doença, - 6) Os protuiantu
mtJIÚt'MJ', e_zceptuando os r.ilu.a.~ e os moduni.rttu,
rejeitam êste sacramento.
2. 0 Doutrh:ia cat6lic:a. ·- A Extrema-Unçlo é
um. r,udmúira .stlCfVU1Unloda lei nova, institufdo por
Jesua Cristo e promulgado pelo apóstolo S. Tiago.
Este arti§o tk JI foi definido como segue pelo Con-
dlio tridentino : e Se alguém disser que a &trema-
-Unçíl'.o níl'.o é, verdadeira e pl'Opriamente, sacramento
institukdo por Nosso Senhor Jesus Cristo e promuJsado
por S. Tiago, mas apenas rito proveniente dos Padres
ou invenção humana, contra !le seja o anátema~, .ru.r.
XIV, cdn. 1. A decisão do Concllio tridcntino baseia-se
na En:rltura &gradii e na Tradição.
A. - ESCRITURA SdGRdDd. - O rito da
!:!::~?;!::e=::rad::= ~~!·Z:::: ~
chamar os ptUiru da Igreja, e que &tes l"Ue'lft por lle,
enquanto o vlo Uff8i°ndo com as santos 6Jeos, em nome
do Senhor. E a"'oraçíl'.o da ·fé mlourl o enlêrmo, e o
Senhor o rut;,kf«tr,l, e, se cometeu pecados,. ser-lhe-lo
~~:";l~·::s ~~~r;·de~!i;:'r-s::'::ne:i
sinal sensl'vel, inatituiçíl'.o divins, produção da 8fBÇll
- a) Sinal nntl~l S. Tiago fala de prece e de unçíl'.o
- ó) /n.,ll"tuipo por Juu.r Cri.rio. Na verdade, S. Tiago
nio o diz upressamente, mas as palavras que usa, demons-
tram que !le entende e quer promulgar um rito estabele-
cido só por Jesus Criato. EM qtu lpoca realicou NOSIO

!=. e;,~:ti:rv~.:i:::;:::::
neste particular. No parecer de certo. te6logos, foi

G:iât.~vi:;u:m~=~~~ª;uãa7:t ~
13): •
(VI, Expeliam muitos .demSnios,. ungiam com
6leos muitos doentes e curavam-nos.~ Outro., mais
numel"OSOS, dizem que tal unção, lembrada por S. Man:011,
tinha por único alvo o alfvio corporal dos eníermos, e
opinam que o .nu:i-anunk .r6 foi in.rlitulda úpoi,, d4
Ru1urrei~iia. - e) Pradurão d4 paça. S. Tiago diz,
com eleito. que •a Of"aÇlo da fé salvar! o enUnno~, o
194 l!:XTRJ!:MA.-UNÇAO

que, até aí, tanto vale para a saóde do corpo, como


para a saúde da alma ; mas o prosseguimento do texto :
• se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados~.
claramente indica .que se trata, sobretudo, da curo.
da alma.
B. - TRdDIÇÃ.O. - a) Os Padru da Igreja,
Orígenes, S. João Crisóstomo, Santo Agostinho, S.
Gregório Magno, sempre~consideraram a Extrema-Unção
como sacramento. - b) Esta crença dos Padres é corro-
borada pela prática da Igreja, quer da Igreja latina,
quer da Igreja grega.
424. - Ili. Sinal sensfvel da Extrema-Unção.
1.• Matéria, - Afallria remota é o a1.eite de oliveira,
o qua1,_consoante o rito da Igreja ln tina, deve ser benzido
pelo Bispo (') '!ª· Quinta-Feira Santa. Não é lícito
empregar 6leo diferente do 6Jep dos enfermos, que recebeu
Moção própria. Poder-se-ia aproveitar o óleo dos catecú-
menos, ou o Santo Crisma, sõmente em caso de fi:>rça
maior. Matéria próxima é a unção que o padre faz,
com óleo dos enfermos, nos cinco sentidos do doente.
Quanto à uco!Jui da mafiria, o catecismo de Trento
salienta, como segue, o seu .rimóoú".,-mo : < Esta matéria
é muito adequada para concretizar a operação do sacra•
mento no interior da alma. Pois o óleo tem a proprie-
dade de lubrificar, suavizando os sofrimentos do corpo,
e~também a virtude. do sacramento minora e ameniza
o acabrunhamento e -a dor da alma. O óleo é ainda
remédio para restaurar a saúde ; é fator de alegria ;
alimenta a chama que esclarece, devolve energias ao
co~ exausto, facilita a agilidade dos movimentos•·
2.° Forma, - Consiste nas fórmulas que o sacer-
dote pronuncia, enquanto faz uma unção nos 6rgios
~ o l m p l o o .. oordot.pod!aoo,doleq«lopoloSumoPonllll""po<obonio,
06i..,.-ouotc1onol-Jo--.
lltffllNA•UNÇÁO 195

dos cinco sentidos : ollm. ouvidos,. nari-. b&ca, rnil'.os e


p6:s. • Por esta unçlo e pcl11. santfssima miseric6tdia
de Do\q, que o Senhor vos perdae t&das H fullas que
cometestes com a vista, o ouvido, o olfato, o gôsto, o
tato•· • A unçio dos pés poderá ser omitida por rnotiv"o
pl11.usívela (C.ln. 947).
• Em aua de ntttt.ridad, ( isto é. em tempos de epide-
mia e em perigo iminente de morte), uma única unção
basta,; num sentido s6, ou melhor na testa, eom os dizeres
prescritos em resumo, ficando ~e ser suprida cada unção;
quando removido o"l''peri&oa _.(Cdn. 947).
425. - IV, Efeitos da Extrema-Unção.
A Exfrem11.-Unçlo.,.prod1U1 duaa espécies de efeitos:
na a1ma e no c:orpo.
l.• Efeitos na-alma. - A. - Como sacramento
dos vivoe, a Extrcma-Ungio •-la 111 !JIYlÇ#l ,1t1.ntijiaznk.
e. -
para pecados
Run1'k (N
Hniai.r; -
•>
p«t!U/tN; - é proposiçlo certa
b) é"proposiçio geralmente

ii:;:tbiJikdo s=:':"sa:..:::,~ePe~~~
As duas asserções Um por alicerce a expresslo de S.
Tia,o : • Se cometeu pecados, ser-lhe-lo perdoados a ;
- e) remite, além disso, na medida da. disposiç&s
do enfêrmo, a /HM kniporal devida pelos pecados ;,_

~r
da Peni~ncia.
::t;.e~U:t':, ~~t;J:.~ 1:~~=
·
C.-Agrtlf(l,~própriadaEz.trema-

~fr: ~s:~:t8;:!: :~t~~·te:_


==-~=--..
tutboo>'-lnt-• ....... - · _ _ . . .......
pem,1oo--n.. ... ·---
1W1Woopolo
196

e lhe infunde paciência e santa resignação com a vontade


d,Deu,.
2.0 Efeitos no corpo. - A Extrema-Unçl'o pode
restituir a saúde corparal, quando Deus o julgue de
ir:v::!ªdl~~6:,~i:=i: q:: ~i:~;;:;=:
tam
0

e· a_rn:lam redondamente enganados 01 que &te


sacramento na conta de uma sentença de morte. Con-
tudo, é bem de ver que nlo se realizam tais melhoras,
de modo milagroso. Apenas pelo estímulo ministrado
às causas naturais, pelo rdElrço trazido A vontade, pelo
~paro às energias do enUrmo.
426. - V, Necessidade da Extrema-Unção.
1.0 A Extrema-Unção nlo é n"u.rt!ria por n~,1i-
~~"7':·ra? !ºS:r~~~toJ:~~~~tdl~.'!:
CJ.Ue a recupere quem a perdeu. A Extrema-Unçio a6

~Tm~tr~:· ~d~~~:~:c::m:': d~
Penit&!.da.
2. 0 Será necess&ria por ,uculidade Ú pr«eiill ?
Negativamente, respondem muitos te6logoe, Todos.
entretanto, afirmam que poderá haver Ialta grave em

=~t~=:t~~:-1:a~m:n~ t•i>:u~
e - I,) quando haja probabilidade de ednc:lalo cau-
sado pela recusa.
427.·- VI. N)'lnlrtro da Extrema-UnÇlo•
•e Qualquer padre, e s6 o padre. administra Mtü/a.
nien& !ste sacramento•·
e Ministro orduuirio é o pároco da hquesia onde
se encontra o doente; pOl'ém, em caso de ura:ência ou
com autorização. pelo menos rawàvelmente presumida,
F.XTKEM>.-UNÇÃO ____ . 197

do pároco ou do Ordinário do lugar, outro sacerdote


qualquer pode conferir êste sacramento• (Cd11. 938).
•É obrigação de justiça, para o ministro ordioário,
conferir, por si ou por delegado seu, êste sacramento ;
no caso de fôrça maior, é obrigação de caridade para
todo o padre• (Cdn. 939).
428, - VI 1. Sujeito da Extrema-Unção.
l. Condições requeridas para a validade. -
0

Para a ya/idade, três condições sio necessárias : - a)


ter .rido batizado, pois o Batismo dá ingresso a todos
os sacramentos"; - b) gozar ou ter gozado da razio,
desde que o fim da Extrema-Unção é tirar os últimos
resquícios de pecado. Portanto, não é permitido dar
a Extrema-Unção a crianças que ainda não possuem
o uso da razio, nem a loucos que nunca o tiveram.
Pelo contrário, a dementes que outrora gozaram de
juízo perfeito, assim como a pessoas que perderam os
sentidos, pode-se e deve-se dar a &trema-Unçio, quando
se supõe com fundamento que êsses doentes o houveram
pedido caso lhes Uira possível ; - e) estar em perifJo ,k
morte quer por moli.rtia, f/W!:r por velhice( C/1.11. 940, § 1).
Não é preciso que o perigo seja iminente ; basta que
seja real e próximo. Logo, nil'.o se confere êste sacra-
mento aos que nil'.o estão doentes, ainda que em perigo
de morte : os sentenciados, os soldados, os navegadores.
Mas deve ser conferido : - 1. aos que têm de sofrer
operação grave, pois esta operação quer dizer que estio
a::;d::fsalín~l;;et 00N;~~·:-J:í'!:s~r: ;e~:!a~
-Unção a quem está realmente morto, mas os médicos
modernos ensinam que a vida só aos poucos vai deixando
o corpo. Porfanto, quando há motivos s&ios para
pensar que a morte é só aparente, pode dar-se a Extrema-
-U~çio co11dicio11almenll.
198

2.• Requisitos para a liceidade. - Pnra receber


com fruto a Eztrema-Unção, é preciso : - a) tu o t.rlado
tk ~ Normalmente, exige-se a contrição perfeita,
ou a atrição com o sacramento da Penitencia, para
quem está em ~ o mortal, desde que a Extrema-
Unçlo é sacramento de vivos. Quem voluntàriamente
o recebesse em estado de pecado mortal, cometeria

~r:ti~rr~:,âe S:0:f:'1r-!:' rn:rio u:°b~:=


que tenha a atriçio dos seus pecii.dos; - 6) a wmlade
de receber o sacramento, expressa ou preaumida.
· Nota. - A Extrema-Unção pode ser reiktvu/4 : -
a) na ocasil'o de nova doença perigosa: - 6) na niuma
dou,;a, se é longa e houve convalescença, ao menos
aparente e oco.rre ou.ira Hr o perigo. (C4n. 940,. § 2).
~- - VI 11. CerimOnlas da Extrema-Unção.
J.• No qullrio do enllrmo, di.p61-a& uma meu. com toalha
branca. Coloc..m-aenelau.mcn,,:ifixoentreduasvelaaacesaa,um
pnlocomeisbolllsdealgodloclatinadasaen:,;upras~
um.pouco de miolo de pio, 'aua. benta e pa.lmn benta.
2.• Entrando, o sa,;erdote diz: • Ql!B a paz aja nata -
e em todo,, os hnbitnntea•. E com a qua benta aoperp, o enllrmo
aoseircunstantes,enq""nlore:oa.: Aq,ug,,111M •••
3.• O -~re n=cit.. ent&o duas oraçi5es, mail o Cm}IIHr com
o 4/iluet,.flJ.,.e lnd11t,...ti.m, e lO&U depois lo.■ M u ~ em forma
decr...,,_olbos,roo1ouvidos.nonaris,111,b&a,nasmlol ■ noa
pá. di:-ado: • ~ eot.. ~ ••• •
4.• Fiaalml!llh, o pad.. dia trk orapl5eo, n111 quais ,recorda
H prolMUILII de Nouo Seohor referidas por S. Tiago.• p■ cks • Deus
p,~ o.doente"a •ddodaalmae do corpo.
Conclusão prãtiéa.
1.0 Agradecer.mos a Deus, por nos têr proporcionado
auzílio ·tio oportuno na hora da I103I& morte,
2.• Formulemos o desejo -de receber a Extrema-
Unçlo nos derradeircnJ inatan~ da vida.
,.
3.G Ofereçamos aos outros. quanto depende de
n.S.. &te ensejo. Aos parente.. Ãolil amigos. Nlo há
caridade mais útil e generosa, nlo há melhor prova
de verdadeiro carinho e entranhado afeto para ~ os
ente., que_ edrcmecemos.
LEITURAS. - Molhtia • cu.. do rei E.quino (IV Rei,,
XX; /Nlu, XXXVIII).
QUESTIONÁRIO. - 1.• Que i &lre,na-Uaçlo? 2.• Q""I
ia nalufHII dada aacramento?
lt.l.•Pwq111:n1foi11cpdo.ac:.i1tlncindaE,,trem11-Un~o?
i; f:';l~.,id!'=: ,:.: ê,~t".,~iro ucramenlo ? 3.• Em q1111 &poca
o 61eo1!:!iti8..11a~~..: ~':'is~•• ~~~"'Q!.ªt: i.;:~~~•:if::
~I: l 4.• Em caso do ffll<.'Cllid.;,dc, qwu,tos u ~ do obrip-
lV. !.• Qunil slo OI efeitos da Jht.,.raa-U~ na, aJ.,...?
2.•N1oterit.ambém,alpm11.1ve-.efeitosnocotp<>?
V. I.• A E,,t..,ma-Unçlo oeri. al;aolutamente neceuí.ria para
a alvac,io ? Nso i a.-d.ri.o., alg,,"""' - • por 11eceai<WX de
pn,eeito? .

qualq':!; ~d~""d!;',',';~~:i~~:.i!::..":i~U~? 2.• Pode ,empre


VII.l.•Q11aildoa1cond~1n,q""ridHpa.,.recebe:rvi.lida-
- t e a Extremao-Unçlo ? 2.• E para recebi-la llcitamealto ? 3.•
Podo-a ..,.1,,,,
11111,i,, de uma ,-a?'
~ VIII. Quaia do A cerilll&niu da Ettnma-Unçlo ?

~uanloouho•cerdotere
da.mat6ria com a fonn.a ? Seria llla'anleDto ? 4.• .-
couferir a EziNIDl,-Uns:io a uma«1m1111pdo T EinC&8Ddcai,r111,1..

--·
: !~.:J:"ct..!•:~..:·:!re.::•Yotf"1t,,És;!t~V::
14.• LIÇÃO

"oa Ordem.

.
,O -~·
4.0Sl••l

l. .l_,,_
~ t)U.Ou.h,{ .. =:::•·
"l,llohdo ..

l.ro.i-lkl

~
do

430. - Vooãbulot,
Ordem. o) No ullHdo ,.ai,/ hlreopoder-rdot.al.
oide.m. é "boa cliapomvio dae
dcligna o aacnuncnto q,.. CDD•
•Tem
coiaul: ordemdounivorao. lsteDOID11,ouporquedifCJenCia
- l)J Ordem rdigioea (Ver n.• na l.,.ja o clero para. govêr110
810). - e) No -tido rfa/rilo doa fi41a e gertncia do culto
e kol6gi"1, • pakl.vr• Ordem divino• (Cd11. 948), ou porque
2111
bulos um pelo outro, Allim,
i,:,cebero~toda()r,.
daro•receberaOnlmaçio.
D16cono (do grego ~na:h-
nos•, aorvo). O dibao tom

~~:r!-.ru~o!
..::~=~=u:::
Lte
Na•, idoso).
::::
JIOIDeo que
àllV11R11cbignaOB~
6 p<lrq1Je, nu orip11a, oram
eacolhidoaentreOBIDUIVIIU..
dacomwtldade erbitl,
Bl■po.(Vern.•131).

DESÊIIVOLVIMENTO

431. - 1,. Sacramento da Ordem. Definição.


A. - Ordun no sentido restrito de Ordenaçto - ~
um sacramento que d'- o podu de desempenhar as funç&s
eclesiásticaseagrcfadeofuerStU1tamente.
A Ordem é um sacwneuto que confere : - a) o
podu IÚ. dutmputliar tu Jwu;õu ecluiúlu:At, isb;i é.
celemar o santo Sacriflcio da Missa, administr.r os
sacramentoa e prepr a palavra de Deus. O lim da
Ordem nlo é como o dos outros sacramentos. Enquanto
:SO!:tt;.~~ra:~i:.eisan::;,:~·,p;
:t: :t:CrÕ::~: ~~o~~~,oa:
~~!: ~=
duplo: encargo : de um lado, em nolD.e da sociedade

reo:r:ei:J: ~m~!do'~r
pGl' via dos sacramentos, as graças que Deus lhes destina.
•• cnsinarad.aufrinaC,W,oque&preciso<:rerepraticar;
•-l~•~tko/tuU.r,rn/amotle. Slotloalevantadaa,
202

tio sublimes, 8$ funç&s do padre, e muito particular-


mente a de consagrar e oferecer o Corpo e o Sangue
de Jesua Cristo, do funçl5es tão santa19, que exigem
80COrro especial. O sacramento da Ordem é que dá,
com o poder de preencher estes misteres divinos, a neces-
sária 1/rtlf& pata o fazer santamente.
432. - li. Existência do Sacramento da Ordem.
ritu,,(i,t,u,
""'""m
-
.......
,-1,•m
i) 0a

2.0 Doutrina católlea. - ...A Ol'lfflll é """4,kiro


e::;
XXIII,
~:1f~d'º ;:~rt!W~!::
I III,
cap. e 1 3,
e c,!n. e baseia-se na Sagr,ula
E«rilura, na Tradição e na razJio tul6gka..
A. - ESCRITURA S,«JMD.A. - a) Prwa
indirdiz. Entre os judeus, (DinQ aliQ em tadas as religitses
pagls, encontra-se um ,tat;trt/4,:ia, privilégio reservado a
po11C05, Na época dos patriarcas, alguna eleitos preen-
chiam o ofício de padt'\111, Na lei ·mosáica, era a tribo
de Levi que tinha a seu cargo, em especia1, instruir o

!:!,'·~.his!7ocT. !:J::.' ~=-==


povo achca das coisas da religilo e oferecer ~rifícios.

· cat6lico. No enta~to, fundamentam. um pressuposto


a favor dSle, pois é natural pensar que Jesus Cristo;
Wtituindo o sacrif'tcio de seu corpo e sangue. Dlo deixou
de estabelecer um SIICl'amento que desse o poder de
celebrar &te SBCl'illcio.
li) Prova. dirdD. - A em~:do7"sacerd6cio é
revd.ada · por diversos da S.ll'ada Esc_ritura..
p&SSOlil
203

Lemos, com efeito, que Jesus Cristo mz


uma ~
entre os discípulos: •Não f&tes VÓS que me escolhestes,
mas fui eu que vos escolhi• (Joio, XV, 16). Aos disá-
pulos eleitos, Apástolos dora em diante, Nosso Senhor
confia duas atribuições par6culares: - 1. Na úJtima
Ceia, outorga-lhes o poder de cr.h&rar • Euarut1a..
Mandando que fi.easem o que êle próprio acabava de
fazer: e Fazei isto em mem6ria de mim• (Luar.,, XXII,
19), ordena-os BBcerdoles. Ora, aa palavras com as

~ici;i!:ti~toen:n:: s:=~:: :!~


o sacrifacio para o qual existe êste sacerdócio tem de
perpetuar-se a.travá das idades. - 2. Dá-lhes mais
o poder de perdgtv OI ptC4ÚI (N.• 391).
Também é fácil verifkarmos que o riio que confere
os poderes de celebrar a Eucaristia e perdoar os peeado.s,
constitui 11.l!l vvtfaiúiro nu:rtU1Unlo, pois e-rr• os ti'&
elementos essenciais: sinal sensível, instituiçl'o divina
e produçlo da graça : - a) 1itud ~tulnl Os Apóstolos,
para transmi6r os poderes sacerdotais. impu.nluun tu

deªS.ªP:fo!~=-c=~==~
impo(-as mlos a quem quer que seja• (1 Tim., V, 22),
- 6) Â ituliw.içb divina. As provas foram acfo:cidas
anteriormente. - ~) ProdllfAJ, tm gra;a, Podeinos averi-
gu,-lo : e Não descures·• graça que está em ti e te loi
infundida quando a assembléia dos anciios te imp8,
u ~ • (I Tim:, IV, 14). •Por isso 1: Que te advirto
reanimes a IJl"llÇ4 ú Dew que recebeste pela impo1içiio
de minluu llliio.r• (II Tim., I, 6).
B. - TRADIÇÃO. - 11) Tutemu.n/w do.t Padru
da lgrejo.. J'- nos séculos II e III, vêm a6mumdo que
o sacetd6cio ni[o cabe a todos os fiéis ; S. Clemente
de Roma. S.nto Inácio de Antioquia e Tertuliano cen-
suram oa que atribuem a Jeiaos as funções sacerdotais.
204

- b) Prática da lgnja. As liturgias mais antigas,~tanto


da ',Igreja latina como da Igreja grega, compendiam os
ritos e· as prec:ei; que se usavam para a administraçã_o
das três ordens sacras da hierarquia : diaconato, sacer-
d6<:io e episcopado.
C. - RdZíiO. TEOLÓGICA. - A Igreja é."uma
sociedade hierárquica que abrange chefes e súditos.
Ora, ninguém é súdito, ingressando nesta sociedade,
i:n;:, :~v&ihª r~~., 1:u!~ s:;:w:t~,,: !~ 1
';:;~
constituir os che}u : tal rito a Ordem.
é

433. - Ili, Jerarquia de Ordem e Jerarqula de


jurisdição.
l.• Jerarquia de Ordeni. - O sacerdócio é um
uerdadeiro .tacram.ento. Mas ~te sacramento apresenta-se
debaixo de forma especial. Consta de vários graus que
tain êste mesmo nome : Ordens, e encaminham todos
para a dignidade suprema do sacerdócio. · &ites graus
ou Ordens são ale e agrupam-se em duas classes :_ Orden,r
menoru e Orderw nw.ioru.
TONSURA. - Antes de .estudarmo• estas Q«len,,, li de pro·
veito vermos a h1ot6rUI. da tonsura. É cerimania de inotituiçio
edcai.btfoa (1). NIio i wdem esped11\, mas uma introduçio no

[;;f'~~s:i:1f~~h~~i]~ff:Ei~;I
culto djvino, e_ a quem o Senhor proibira que fo"eSse';; ,:,~:.o~
rlanto,o
DeW1: uoa
do mundo,
da purezt.
B. - ORDENS iffAIORBS OU SACRAS. - Estas
Ordens do chamada; maioru, por causa "da wa impor-
~ • • e .r«<:nU, porque consagram de .modo definitivo
ao serviço de Deus o sujeito que u recebe, São o subdia-
COllato, o diaconato e o saoerd6cio.
. a) SuJ,,JillCOllllfo. - O subc:lim)[lO tem de ajudar o
diácono no altar. O pr6prio nome o dia. Prepara o
á.lice e a patena. Deita 'sua no vin.bo destinado ao
sacrifício. Lê a epíatola. Lava 0$ p&ruJIJ conaagrados.
Compromete-ae a rezar o brevario e guardar sempre
a castidade (2).
&) Diaconato. - Esta Ordem .confere o poder de
· assi;tir ào padre no altar, de cantar o Evangelho nas

'°"""'••
g:.!,:'~ ... oomi..1o'._._,..i.... c1os.h,,lo, a0e:r
n1o,_..._PNl_do....,...•-
Vll.321.Sondoo-dtcm,tlnlada-blpmielto ....,.
:=r-.:..""::;;;"t.:=1o-..:~ui:..·- --
206

missas solenes e até, em caso de necessidade, de distribuir


a sagrada comunhio. O~"diácono tem mais o direito,
com licença do Ordinário ou.do Pároco, de _administrar
o Batismo solene. Também tem direito de pregar com
alltorização do Bispo.
e) Sacerdócio. - Subdivide.se esta Ordem em
duas outras, ou graus : presbiterado e episcopado. -
l. Pre.rbituado. O presbítero, ou pad_re, tem o poder
de oferecer o sacrillcio da Missa e de administrar todos
os sacramentos, menos os do Crisma e da Ordem, reser-
vados ao bispo. - 2. Epi.rcopado. &ite grau é o mais
::::~;~~ j:::ttº~:de? d~i:P,i°mf~:r ~oa:n~tsutcr~~
mentos e de reger a porção da~lgreja que fôr confiada '
à sua jurisdição.
QUEStiíES CONTROVERSAS. - Serílo. oulru lanlu
~:!~: ;od~ ~~:t~•u•d!, ~6j::i•:; -,:;:i':;';.~•iros S..Cra·
0 t~0
207

J.i-~:.:!!~;('É;-.;.o;::!:f:;q~':/M~=
mm/oth <Jr,k,,,: como 6 cnli'o que ui1tcm v4rias Om..no 1 'É
porqueoMCramento,pelomenoaquanloàgraçneaosdemaisefeitos,
oc confere 0Dn\O que •1111 po,,,cae. As Ordens, .,,,.,,icL,radu imladn-
=cnte, vêm a..., portanto uma up&c:iado fraçlo do sac,-a..,ntn.
Estnrlo t6dq neste CHO? A;ndn nisto, h4 di.,.,.g&eiQ entfll o•
te6loao,,.-6)Nloh&dúvidaquaodiai:onato,op<abitcnodoe
oepisc:opadopGSs11emtodos1111co.ratCTC1pr6pl10ildosacrame"I",
isto f, 01inalsenll'..,.,\ (impesi~odu m!o$), instituiçi'odivina:i,
produçlo da smça. - c) Mas serl'o tamb.!m socnmento o subdia-
conato e H Onlcn■ ment>rcs ? Nqativamenle, n,1pondem a pnera•
!idade doo tc6laaos, E ,noti ..am esta soluello, dilil!lldo que tais
Ordens nllo apN11SDtam os ocquiaitos caoncilli1 dos sacraffll:Rtos,
- 1. Com efeito, parece"' ter ori,u,, a:Ju;,f.,/k,,: o aubdiaco""to
fcerl4numla o dadobnmantodo diac:ono.to, como asOrdeas mcnoNIS
scrlodivia&sdoaubdiaa:mato. T8daaeuo■ Ordemforameotabei.
delas poloo c:helesda. l,re.iapnraodesemp,nho de determinada
funÇIJcs 11swa dema1iado onerooas pam a Onic,m que daniel ••
aaumia. Taislunçõ,,1,deslipdas,co111titulmmnova0rdem,de
srau inferior. - J' q"" nlto do de Ul1tit~ divi.1111, nlo podem
prod,u;ra,vn,r4,poisningu4,n,q<1enlosejaNoasoSenhor,pode

:=t" ~~:: S:!U::..~ ';:b;;;.~: :'':"'.:Ot;.";.:t!:


1:
oscar•Wresde-•mento.

deindependentes
o!;;!r:X'i:~d~!';!~~~ ~:~1~~~
wna da outra. Enquanto aquela é sempre
comunicada pela ordenação, esta dimana da vontade
do superior." A jurisdiçio resulta da missão que Jesus
Cristo conliou aos. Ap6stolos e a seua Sl1CCSSOfe8o de

~t:"1;:~~~ª· t!:8r~JJi~ui:::tása~~
os fiéis e todos 01 pastol'CS; os 6üpw tam o poder- de
r.rro.&;:.lll
basta,
mentas,
p':;.ti~~j=de!~ ~:t:!:!:
de
o poder Ordem, menos para o sacra-
mento da Penit!ncia. Mas, quanto à liceidade da ~mi-
nistraçio, a jurisdiçlo é sempre requerida.
208

Nota. - NA IGREJA CISJIÁT!Cd GREGd, que reicitou

~;:~~~;;~:!2tr~:?~i~:;~~:::i~ ~'j~~ 0

que i/kilam,nk, todos os sacramentos, inclusive o cb Pcnitanc;~,


por causa do êrro comum com Utulo colorido (395.)

434. - IV. Sinal sensível do Sacramento da


Ordem. ·
l.• Matéria, - A. - Na lgN}a latina, conforc-
-se a Ordem : - a) por meio da impo.rição dar mão.r, e
- h) por meio da apruentação dw objdw a serem utili-
zados nas funções sagradas da Ordem que se re<:ebe :
livro dos Evangelhos para o diaconato ; d.lice e patena
para o presbiterado ; unção do Santo Crisma na cabeça
e nas mãos, e oferta da cruz, do anel e da mifra para
o episcopado. - B. - Na Igreja grega, fa:,;-se apenas
impo.rição da.r mão.r. Aliás, não houve outro rito, durante
os nove primeiros s&::u1os.
Da prática das duas Igre;as, infere-se, pois, que
a impo.rição da., mão.r é a ma/Iria euencial do sacramento
da Ordem (diaconato, presbiterado, episcopado), e que
a apresentação dos objetos deve ser considerada como
cuimónia ohrigalJria na Igreja latina, não porém comp
matéria indispensável. Os que opinam em contrário
firpiam-se e num du:nlo de Eugênio IV ao.t Ârmênio.r•,
no qual se dá a apresentação dos instrumentos como
matéria do sacramento da Ordem ; "·mas o que parece
evidente, é que não era prop6sito ~do papa declarar
insuficiente a imposição das mãos, .. 'mas apenas fazer
que a Igreja grega adotasse os ritos e usos da Igreja
latina.
2.° Forma. - A forma consiste nas palavras que
o Bispo prouuncia, enquanto impõe as. mão(.e faz o
ordinando tocar os objetos. que hão de servir para as
funções do sacramento conlerido.
...
ORDENdÇÕES ANGUCANAS. - No infeio do ci1ma da
lsrei<i dei l!'J"'torra (s6culo XVI, clebaim do reinado dc HenricJue
VIII), os bispos "!!tllicanot "°"tiauaram conferindo u Orde111,
,e;undoo rito cat,S\1co: logo. eum válida•••-•otdenaSO-.
Po.éin, mai1 tarck, "º tempo d. Eduardo VI, por inltipc&o ele
Cranmer, a=hilpo de C.ntu6ria, adotaram um rito """"• com •
IUpt'U,a,, dc t&da,1 u palavr111 qw, dize111 respeito ao podu ele oon-
••"'• • Eumri1tia.
&riam r,,1Ji,J,u a,·,uJ,, ltiW
ventilada.estaque1tlo, Nosfin1
del896l,LcloXlllsol.ucionou.-a

435. - V. Efeitos do Sacramento da Ordem.


l.• A Ordem (1) outorga •o podtr tÚ ~ . Ú

ÍU:i:U.d: °';;;u::,-~:o::. e~Íifud~Te;~':;:


.ru.r.XXIII, cap. I. •Todo o Pont!fice, diz S. Paulo,
foi estabe1ecido em favor dos homens no que respeita
ao culto de Deus. afim de ofereceroblaçõese.nwri-

!~~~~~~:~i~:., º!~ ~iJ~_a::a::.:
de Cristo, é sobretudo para celebrar a Eucaristia que
os padres recebem o sacerd&:io.
2,• A Ordem prod,u a lll'4ftL ,IIUl[ijicanlr, não a
primeira .pela qual o pecador é justificado, mas a sesu,nda
ou, querendo, um aumento de graça, desde que a Ordem
f sacramento' de vivos.
,---; 3,• A Ordem comunica uma IJIYlF" .taerdnunÚl.i.
Esta graça constitui um direito de receber 01 socorros
. atuais necessários para o bom desempeoho das {unc;6e!i
sagradas : auxllios &tes que hio-de variar, de a~o
com as disposiçaes do sujeito.
4.• Emim, a Ordem imprime car4hr ituk/Ji,cl.
Concllio de Trento, n1.r. XXIll, aba. 4. Um padre
núnca deizaril de ser padre. A suspenslo, deposiçlo
ou degradaçio firam-lhe o direito de eurcer as suas
funções, mas nlo podem apagar o car,ter que recebeu,
nem o esbulham do podei- de ordem, inseparável do
caráter. O padre interdito, suspenso, coruiagraria, por-
tanto, và(idamrntc o corpo e o sangue de Jesus Cristo,
e um bispo ap6stata, ou deposto, administraria vàlida-
mente os sacramento.& da Confinnaçlo e da Ordem.
436. - VI. Ministro.
1.0 Para a VIILIDil.DE, a) s6 o f,i,,po é ministro
ordinárlo do sacramento da Ordem. De Ji, Concilio
tridentino, AN, XXIII, dn. 1.
f,) Um ,implu MUl'dotr, com delegação do Sumo
Pontfüce, pode ser ministro e:dratll'dindl:io da tonsw-a,
das ordens menores• e do subdiaconato, De fato, oa
abades dos mosteiros, que nlo slo revestidos da digni-
dade episcopal, conferem-nas a seus súdim. {2.up/o
tw dis.conala, a questlo de di!'Cito é controversa.
lll

2.• Para a LICBIDdDE, o bispo deve-: - 11) /u


jurwliçiio s&bre os candidatos que ordena: s6 pode
ordenar urn estranho, quando hte vier com carta de
11-,-din.açio que o desliga da sua diocese, ou cm virtude
de alguma procuração do bispo do ordinando ; - /,)
06.ruvar llt/a.r ,u norllUIJ' ca.n8nü:tu, sendo que as princi-
pais fu:am o tunpo (C.tn. 1006), o lugar (C4n, 1009) e
o .ru}dlo da ordenaçlo (437),

437. - VII. Sujeito do Sacramento da Ordem.


1.0 Sujeito. - 86 o l,o,nun Htizaáo potk r«tkr
IU Qrtk11,1 (C4n, 968).
2. 0 Condições edgidas. - A. - Para a YALI-
DADE. Pelo clnon precedente, va-se que há dois requi-
sitos gerais : - 11) perlenosr ao n:ira ma.rcu.lina, e - &)
ter sido 6aúudo. Alml disso, os adultos devem ter a
inknção, pelo muior /ral,iiual, de l'llCeber o sacramento (1),
- B. - Para a LICBIDdD"E. Será ordenado llcita-
mente apenas o sujeito que, além do estado de graça
neç:esú.rio para qualquer sacramento de vivos, - a)
ise':'~7e ~':'f::e;i/.~ad'!°o~i!°~~n~
!tlveras968),
(l'An.
I. PRINCIPAIS QUdU!MD/JS ou coNDiçfJES BXr.
GIDJ/S. - Nlo falando 11&. _,.çao (ver ~usilo •'lica), deve
o caadidalo:-o) ter sido • •
ai,/,u/om116,tb:a.:2la-c:ompletoo
~d~)c:o;-~:~J:.
lkitu,oúillkrw1los. eottea
do bispo, da tom""' àa onlem menores; um ano, da otdem dm
ac61i.toa 11t6 o ■ubdiao>1111to: lrts ..._. no mloimo, do subcliaco... to
a1'odiaoimato, e dhte11t6 o JillGbilen.do,a nlo 9"que a urgiocia
O\I o pn,wito da. Igie;. autor- um& denopçlo • ata ki, Nio

~ p a d o d o m - u O . . . . . - . , n t e . . mmoo . _
o0-.••lucort ■ llo..Munlo..--to ... _ulun;6o■•■onlo-lo
i...i..auo~m-....-•--dDa■ rvo,.
212

K podem recaber, nunca, a,


orde111 meDOfel junt... com o aubdiam•
nato, nem dua.1 ordelll oacr;,a """' 1Ó dia, num tio po'100 t&lae
M ordem menora na mama oc:a.1ilio, ..,\vo com licenç. copccial
doS.,:cru,Pontflic:e,-q)qu.andoeetratadeordena11111.iorea,tor
umUblú,,,,.,,lnU/0: paraoapadrca10cW&ra, bc!neHc:io, palri...&nio
oupenslo(C,,l1t.97~.

~~~i:~•to;i!"=:,:,1;.~
a) Princip,,.U inqu.fui,/;u/u. -
=r::.:~.~-=:::
o ...........

Raultam de d11a1 lontea:


loc,o,,.-

, pn,,c,iic,itw d. d,Jeitu.
,aojaoc:ultaouaeja\Nbliai
de ~u•,:,J;,,Ju Jkk,u ou

.,.d6rip
J!.":e:!::".=ebi4C>OC:t: :.i:,.. di~o q1111 celebrou a m:;_ •w,:
"''·
' ')PrUttip,,.Uu,opdUIUitlH.-Slo1imp...1T11"-tcimpedidoa;
- l)Filhoade-(IIWM,enquantoo1pailpe--remnolrro ; -
2) homeas m,o,/o,: - 3) esc:ravos, at.!, q.,. ..;.m libertadoa: - 4)
os 41111 ast5o sujeito. a ~ milit.,.r obriptório, aü que ..;.m
licea~(Cl,,.5187).

438. - VIII, Cetim6rÍias das OrdenagBes.

tidol:;.~~.;~_-:~::~r..:.~i--
1.•Tnl!O• pnla, - Cada. o ~ o comb. :-o) d.alHa-
,-Uouadverün<:Ulllem quao Biapoup&ao1onlinando.oedeveiw
part,,11C11ntaà0rdcmqueest&opemrec:eber:-•lde~q...
o PontUicediriaea De-, pedindo qu.0101.Ddidatoe~
-----~~=----·- --~
fílEf!],~:Ets:!t#.1-;~=â~
buiç&,s d - Owein .
. 2.• Traeos partk,,,Jares. - A. - TONSURA. N'a colaçlo
da tonsura, o·bi1po corto ao on\in.,ndo a18umu mndc,iu1, em fotm&
de cruz, si,nbolizo.ndo ;,,.., rcndnc:in ao mundo, e ve,te-o c:wn a
aobrcp,li.., slmbolo da inoc:f!ncia e de profisslo clcric:al.
B. - ORDENS AIENORES. - •l O ,,,,;,1,.;;, lo,;;,. 11111 d,a,-u,
:i~ d~~l~~-~ ~'::.,~':1!!.!id:=~.tl.:.!·:~=
::i!:~~~t~. ~~ :;1:.ho
e. - SUBD/ACONATO. -
===t:..
o
""S:...r!~·
bispo dirige
porque
otdilllUO<loo
e::~:-::.~~·t':!:.ndo~:', ~Sei~::::~~~;:;
&OI

::U":c.
de vosconaa1'-'•• n.,..., em nome do Senhnr, vinde.• O.otdi-
nandoo,antao,d.lou•p,u.,-naf,:e,,tep11ornonltar,indimndodala
forma • aun dacislo. Depoia, alo chamad01 01 que lllm de 11>< orde-
m,dos diicono1 e padn,1 e, a eonflte do Araidiago, todOI o, clé...,.
deato.1ttês0rdensf.o:oemapro#rtlfiocíocamcle"°"tonochlodumnte
a recitaçlo d11 Ladainha dos •ntos. Entlo, o Bispo laz º"'"'
:r.:~:-.,i:~~'Z"..: :e::r~~:. ".";,~\:.º v:.,i:..,~::
e>mr•

amito, o manipulo•• tdniço.,


D, - DIACONATO. - Depoia da • ~ t/11 ...ao.,, o
bispo vest.: oa di"=o"°"' co111 a ~ e a d.fJ/,úlk,,., e conkre-lhu o
~naetiu:."~";: !":\~• dando-lha a tocar, quc,r o livro doa

E. - PRESBITERJDO. - O bispo impilc! as mlo1 na ~•bo~•


de cad11 ordimindo; lodo. OI aacerdotca pres..nles t~zem o ruesmo.
Depoiscomcçaapar•menlaroonovosoacerdol<!IJ c,,,,.,,-11,u.
!~m~:-~:a~n~~;
com 6\eo doa e a t d - . DA-lha
;::~~~t.=T.'!!:
A tocar, dcp0is, o có.lice co,n
-riaboeapatn.... corrtumllh&.tia,ncomere-lhesopocli:rJccelcbrar
o•nlosaerifkiodaMiau.. Nes~ l"QOmcnlo, oa1111,.....padfelcomeçam
a mar em voo alta, com. o bisp0, •• orações da 111i111., omçfles da
obl.clo o da COllllftl';lo,. Ap6a a co'!'unhlo• b.am • pnjü6
214

tk/l,rezandooslmbolodosAp6,,toloo;entlova111ajoelhar-dianll>
tc:,,~!!r~c:J:.". ~to•=-/~d~C:i:'~":;~~:q".::rs!
~~ oC~ ~di'-!- ~c::-=J::~. Rca!ba cntlo promessa•
H

F. - 8AGIUÇÃO DB UAI BISPO. - A oa1raç1<, de um


:':'o1: ~! ~~;.!t. ~~'i:.::C '1:::r;;:.,:::~:":'f:tt:~
dn■ bula■
1
p0ntõlkiH qw, 011torizam a con..s••ção-

0 i::~:.~~~w:r.."~t.:=:\!.:..":
·o
-
~~~:::~caon~:: ~~~::
ombtos do eleito. Conj1u1tam1mtc c:om ""
' naiatenta, faa-llle n. a,bep, a i,,.,,,uif/JodtumJlu,dinndo,
e Acc:ip,, Spirihun S..nctum. R«'l!be o Esp&ito Santo•· Entlo, o
OGDSIII"'º"' 11np, como Santo Crisma, a 1:11.beçaea1 mlosdoeleito.

~~!~~~1.11 :~~ :°~~.!::ºd~


!'~:Er,Ea:;.f~ida~!hol~:Ei::~:~~~
lev.m ao tróno que o ccmsa1111nte aco.ba do daiur. Eota cerimônia
6 ""8mada ailroniz,,çao. Entlo o c:onsa1rant,, en- o X. IJ..,,n.
Finclo8st.hinodeaçlodegrapo,onovoBilpod,a...a~
blnc,ioopiac:op,:,I.

Conclusão prãtlca.
l." Qualquer voca.çio é sagrada, porque é a vo■
de Deus. Mas quanto maia sagrada a que impele para
o sacen:16cio o menino I Ninguém se atreva a estorv&-la.
Nem os pais, ainda quando tenham arquitetado para
seus.6lhos posições honrosas, gozos-profanos e vantapns
mundanll8, . Nem o menino contemplado, que ouve,
no íntimo do coraçio, o apalo divino, e seria gl'ande-
mente culpado se nio ~correspondesse ao convite da
graça. Para sinal de vocaçio, não se há de exigir, ao
meno. como rqra ~um, urn .impulao _irresiatlvel,
215

qual o sentiram os Ap6stolos, S. Paulo e diversos perso-


nagens privilegiados. Bastam como sinais os i11dkitJ.1'
ordin4rio,,. São três estas marcas que revelam a voca-
ção : aptidões naturais, indinaçio sobrenatural e decisão
favorável dos superiores. - 1. dptülõu Mlurai'.r. Quer
dizer, predicados da alma e do corpo que habilitem o
candidato a desempeiihar eom dignidade um ministério
tio suWime. - 2. lnclinaçlo ,rohnnalural, lnc:linação é
g&to para o estado sacerdotal. Mas importa extrema-
mente que &te g&to seja matuiado por consideraçb
.ro6rmaluraú. Logo, é imprudertte ckixar-se embair
por perspectivas falazes, ilus&ias,. de vida ociosa e
lolpda, por esperanças vis de lucros f!ceis. Antes
cuidu e:itelusivamente do serviço de Deus e do serviço
da. almas ; pensar só no zêlo pela gl6ria divina e salva-
ção do Prmimo. - 3. A d«:ido /11.vori.w!l mN ,ruperioru.
O papel d& é verificar a preparaçio e as disposições
dos que pretendem o sac:erd6cio, e resolver se btes
posauem em grau ·1u6ciente as qualidades requeridas.
2. 0 Manifestannos o na&'!º apago 1 Igreja, facili-
tando o recrutamento dos seus m.inisf~ com oraç&s
e donativos. Separemos dos nossos rendimentos, por
minsuadc,s que sejam, alguma coisa para desenvolver
as obras dos Seminários, para auxiliar os meninos pobres
que desejam ser padres.
3.• Manifestannos sempte, para com os···pac1rcs,
a múi:ma veneração. Pefeitos e imperfeiçtles que eles
tenham, falta. que porventura cometam~ nio lhes tiram
o caráter de representantes de Dewi. e assim sempre o
sacerdote (.'OD5el'va direito ao respeito mais profundo.
E é esta mesma a fé e a prática da Igreja, pois ela
sentenciou a ~omunhão contra quem ferir um clérigo
de modo injurioso, quando a gravidade da ofensa chega.
a ser pecado marial.
216

LEITURAS. - l.• Ordnuiçlo dos Ap,Satolu. u;-,.,, XXII,


19). 2.• Eleiclo de S. Ma.teus (.dlu, J, 23, 26). 3.• E~lo e (),de-
naQUo dos ,ele di.loonos (41w, VI. 1, 6),
QUESTlONÃRIO, - 1. !.• Que, 6 o &cr1t.nicnto'da Ordem?
2.• Que podera c:onlen1
li. !.• Por qU11M foi nopda. • e>Cistência elo Sacramento d&
Ordem? 2.•Deque manein, provaa lgnjacat.Slica queao.dem
iumverdadeiro111crammto?
lll. i.•Que•entondepc;r;erarquiadeOrdeml 2.•Que6
:,!:'r.:ª menon:•s'.!' Se,":.,~:
naU!1 t
eoepiseo
ijero.rqula
1
~~~i~;~:;~J~rubite,..do
Iro Onleq

1 8.•Que

~- • IV. t.• Qual 6 a mo.t&ia elo &cramanto da Ordem? 2.• Qual


.ti a forma T 3.• Por que motivo do invilidal •• ordenaçllel angli-

V. Quais alo m efeitos do Sacrarne,,tôda OrdemT


VI. 1.0 Qw,m 6 o minisb:o do S.C..IIICRlo da Ordem ? 2,'
2.'::..:!'to""daco~1re,i1111ridupaMaadmUliatmçlollcitaclo

llo .:i~iia: 1:~:i= 1º3~y;.:t:.!á!,,"':: ~!.;~~~


Que 6 "°"""'ºeclesWtica 1 5,• Q.....is .io os ,;,..;,, de vom"° 1
6.• Qm, , irngWllridade T 7.• Qm.il •• prim:ipail im,gularidadea 1
• • cc,mumatt.da.uonLi-

•C!:~!~Z!.~
conalo T do prabiten.do 1
T 7.•Que6ei:itrcmi,açlo1
.•Porqueique01padN1
Cristo•,•pasmftldasahnaa•1

:-,:;.. da
e do. ■i""il de vocaçloT
t;;~~:i!~ 3
~:
!IS.• LIÇÃO
MatrlmOnlo,

..•
: l.•::::-1t:-1c..=-..o:=i;--~
... ...-. { t ~ • l l l f l -
'l.•Mlalnro. { i : ~ = _...., ó-dó.,,......,,
218 M.t.TRlllÕNIO

ndpa'cra (llltim, •J1UP:i••• •1n1- Oando■llno (IIIUm •clanàa-


hr•• cobrir com v4u) porq1ic 11. li1>111•, •c:«WI• 1100ratamonte).
noiva ln• um véu, 81mbolo de
pudol- e de wbmisdo a 11e11
marido;-c)caro.,.."'9,1Ltodo
~i:c:; i:.t:~,~•cn~.;.
&Qbo■. Banhoa de cnsa.-
-~. de CU&, comoainõnimo
de fam11i&: COR$Litulr ÍQm0ia.
Eepoa.11ale. Ptwncei!aroolpro-
~.: de8!°m l:!8.:~in&!!~
feiUIII na. igrej~ no intuito do
H,decuamento. Podemaer:- conhceor oa lmpedimantm, ao
o)aokru,r,quandofeitaaperanto os houver. Banhos•procla1111L9.
o neerdoto o testcmuobaa; - lmpcdlmc::ato.Qualquercoi-
:t!':":!iv!'andofeito.16 aa.quo:obtitarquêrlvalidiule,
quert.licaidadedomatrim6nlo.
DESENVOLVIMENTO

440. - 1. Matrlm6nlo. Noção. Esslncla. Fins.


1.0 Noção. - O AÍalrim8nlo, como cóntrato, é
convençlo bilateral ~ qual homem e mulher eotuenlem
em u.nir-n para criarem filhos e para se auxiliarem
· mU.tuamente nà vida. em coiuum. Como .raBrtUMnia,
matrimanio é hte mesmo contrato celebrao:lo entre
cristios e elevado p0l' Nosso Senhor à dignidade de
sacramento (Cdn. 1012, § 1). Af4fri1118nio; pois, é o
sacramento que santifica. a .uniio lesifüna do homem
e da mulher e lhes confere as graça.s necessárias para
cum.p~irem os 8:C1IS deveres de estado.
2. 0 &senda. -· Da definição do matrim&nio-c:"On-
trato, resulta que o mafrim&oio consiste, u.r,nciafmtn.l~,
no con.tU1tim«to pelo qual o homem) a mulher se outor-
gam direitos e aceitam deveres reclprocos. Pai'& ser
vil.lido, tal con..ruilimento deve ter. os se,uintes carateres :
-:- a) inkr;or, isto é, sincero, Jlio fin,ido. cO consenti-

mai:~n=:at:a:!.~:u:::8.:°mmC:0:i!:
rc.ll, 1086, § 1) ; - b) /iw-,. Tudo o que suprime a
liberdade anula o rnatrim&nio : ignor!ncia ac:&ca dos
fins do casamento, el!f&RO quanto à pessoa, viol8ncia,
MATRJ.IIIÓN'JO

temor grave, proveniente de causa extrlnscca e injwita


"'
(C4n. 1082 e seg.) ; --:- e) manijulado tzltriormenlt. "As
partes devem estar presentes, pe1190&lmente ou por
!r':~~:: ~ Jkãct;~~~i~~issee:;u==,toq=~:
0

noivos podem falar (C4n. 1088). • O matrimônio pode


ser celebrado vàlidamtnk por illllrprdt> (Cân. 1090).
3.0 Fins. - O fim principal do casamento é dar
J,'llio.r, tanto à sociedade civil como à sociedade ecles.iiis-
tica, consoante as cz.pressões de Ldo XIII na Encíclica
• drca.nu.m•. Fim .w:undbio é 11 a.radbtcia mdiua que
o homem e a mulher prometem, nas múltiplas precisões
e dificuldades da exif~a (Cân. 1013, § 1).
441. - li. Existência do Sacramento do Matri-
m8nlo.

2. 0 Doutrina católica. - O casamento que era,


antes de Jesus Cristo, mero contrato, é 111D 11t1rdadeiro
.nu:ramenlo da lei nova. É proposiçio d~Einida ?!'la
Igreja e baseada na &uilu.ra Sagratm e na Tradiçiío,
A. - ESCRITURA SdGRdDA. - Na sua Bpúlola
tuN Ejú,:<N (V, 26, 33) S. Paulo mostra &união do homem

:n: Cr~1:e ~;-ef=~~:a~ se~a;untoo


desta. !ste modo do falar indica, c?:'amente, que,
e:::
na opinilo do Ap6stolo, o matrimônio é sacramento,
apresentando a1iás os três carateres específicos: - ,a)

~-.\~-~~-~:~~~~
~Oll,qu...io _ _ _ _ «Jla,1089,fl).
!!!._______ ~•="'"""="'=º"cc'º'---------
:.:=.
.,;na1. .rognu/o, desde que a uniã'o do l1omem com a mulher
~~i!o =~:is~ 6rist2 ~~à
co:;i;~fr:!ª
Igreja e deve alcançar perfeição igual, nio se verificaria
sem a cooperação de uma graça particular J - e) in.rli-
luição d1'11,'na, p;,rque, sem ela, a graça nio poderia ser
unida a sinal nenhum (1).
B. - TRIIDIÇÃO. - a) Doulrina dw Padru da.
[gNjÍJ,É eerio que, no ensino das Padres, se vislumbra
tal ou qual desenvolvimento. Nos quatro primeiros
mlos, preocupavam-se mais em resguardar a honesti-
dade do matrim8nio contra os ataques de gn6sticos e
maniqueus, e frizavam a questão do matrimSnio como
sacramento. Todavia, sio muitas 0$ te.temwihos, pro-
A:i: l~uescT==VÔn=s::
Cris6stomo,
Af:l:o~
tratam do casamento dos fiéis, como de
cerimSnia muito importante, que confere g,-açu up«:iai.r.
b) Tulem.11.nM dtu- lilurgiu. - Nas mais antigos
sacramentárÍO$ 'e rituais encontram-se as preces e as
usos com que se celebrava o casamento. Era exatamente
a administraçlo de um verdadeiro sacramento. - C)
Dt}iniçao do.r Conctli'o.t. O Cona'lio "de Florença (decreto
M.lT1UMÕNIO -~

de EuFnio IV aos Armênios) (leclara gue • o étimo


sacramento_:é o do Matrirn&iia, gue é sinal da união
de Cristo e da Igreja•· O Cond.lio tridentino, .«.t,1.
XXIV, c4n. 1, definiu, contra os Protestantes, que o
Matrimônio é vudtuúiro ncramutlo.

44,2. - Ili. Contrato e Sacramento, inNpar4-


veis. casamento civil.
Aa.bBJnos de ver que Jesus Cristo promoveu l
dignidade de sacramento o c:ontrato de uniio conjuga].
Pot-Em de que modo o ter& feito ? - a) Detennioou êle
algum ,1j114( t.:du1"or com o poder de produzir a graça,
como fôsae a bançlo do padre, e que se acrescentasse ao
c:ontrato natural ? - /,) Ou foi. .timpl,u e iJ.nica.muik, o
conJralo transformado em sacramento ?
l.• Contrato e Sacramento, inaepar!ffla. -
Consoante a doutrina cat61ica. nlo definida. contudo
certíssima, • no casamento cristão, nao pode o c:ontrato
,111parar-,e do sacramento, e nlo tmfiria contrato verda-
deiro e leg{timo, sem que houvesse, por isso mesmo,
sacramento•· logo, nio se deve COD3iderar o sacra-
mento como 9CfeSCência, superfel:liçio do contrato. t
o próprio c:ontrato matrimonial que se tomou sacra•
mento, a tal ponto que, entre cristãos, um nã;, Wk
,nm o ou.Iro (Cdn. 1012, § 2).

2.• Ca..niento civil. ·- Que idéia se fará enfio


do chamado C4111'4mtnlo c:Ml ? E fácil deduzi-lo da dou-
trina católica. Desde gue o c:ontrato e o aacr&Dlénto
sio i11,1tparrlvti.1, · o casainentocivil é m,/o. Onde Mr
obrigatório, o seu fim, pata cristloa. é apenas produzir
,Jt1ilo.t ci'111'.r, repiar pontos acess6rios, como dotes.
heranças, etc., mas neohum valor tem quanto ao v!llClllo
rnatrim,onial, isto é, quanto à substância do casamento.
MATRIMÔNIO

443. - IV. Propriedades do Matrimônio Cristão.


Poligamia. Divórcio.
1,e Propriedades do Matrimônio cristão. -
O Matrimônio cristão, segundo a instituição de Jesus
Cristo, tem duas propriedades principais : unidade e
indissolubilidade : - a) unidade quer dizer união de um
só homem com uma mulher só ; - b) ind;.r.rolu6ilido.d~
é a permanência do laço conjugal até à morle de um
dos cônjuges (G.in. 1013, § 2). Ao constituir êstes
dois pontos essenciais como polos do Matrimônio cristão,
Nosso Senhor reprovava a poligamia e o divórcio.

hú un~/1: ~~li!:":l\o~c~ :!s~';:i:s& ,;,;,i-ru,%/~~"!!:~ iu~;;


-h)n,c,u· ,quandoohornern.ouaa1ber,env"nvando,tomarn
novoest.,do.
a) A p~li9t1mia Jimu!lfinoa visorava outrora na maior paro,
dos l''"·ose pratica-"" ainda hoje cnttcos infi&is. Deusa autori:wu
pM<>OSpati-UO=, comcarÃb:r provis6r;o. Nosso Senbor, vindo
para completar e aperleiçoar a lei. condenou a polig;,mia simul-
\.Ônca,rcslituindoaocaso.mcntoapu"'xndasorigens,c,dcsdcentão,
S<!mp,c a pro"b"u scvcramcnle a Íu ; ., como conlr'r" e noc·,.,.
ao fim secundário do """"'mcnto, à comunidade da existência, à
paz da fam!lia. e à igualdade dos dois contracn!ca.
h) Quanto .à poli.!Jilmia ~u~uJ,'..,, nlío é pr<lpriamente po]igami~,
porqunntonuncafcivcdada. Pnrtidopclamortcoprimciro,·!ncu\o,
ni,.daobstn a que o cõnjuge vivo forme outro vlnculo. •A mulher
cuio esp&so faleceu está isenta da lei• (I Cor., VII, 39), isto é, do
vfoculo,natrimonial.
3.• Dõvórclo. - Div6rcio ~ ruptura do v(n~ulo ~trimcniaL
MATRIMÔNIO 223

..,pn:,.,.do, porque •tcnl.Srio do bem da familia e, porlantn, do


bemdasoci,,dade.

444. - v. Sinal senlivel do Sacramento do


Matrlm&nio.
Matéria e forma. - A mat.fria e a forma do
sacramento do Matrim&iio oio consistem, coino alguns
creram, no contrato de um lado e na bênção 11&cerdotal
do outro, .Consiste il.11.kanunle no amlrala, isto é, no
comeofunento apru,10 e oaita pelas duas partes. e Causa
eficiente do matrim&nio, declara Eugênio IV, no 8'lll
decreto aos Arin2oios., é o beneplácito mútuo, u:presso
por palavras, de se entregarem atualmente um ao outro••
445. - VI, Efeitos do Sacramento do Matri-
m&nlo.
l.• Desde que é sacramento de vivos, o MatrimSoio
produz a graça sepnda.. isto é. wn awnen.ta IM. 8rtlf&
""11ijic1111le, nio a primeira graça da justificaçio.
2. 0 Confere aos esposos a lrtlfll ,1'tU!Mmenl4l <J.lle
lhes dá direito às graças atuais que lhes forem necesú.nas
para o bom desempenho du, múltiplas obrigaç&es do
seu estado.

quantC:
·

~ ~tesdi~~~= =t=
quando têm o estado de Faça e a intençlo reta.
Dolll'rlMO.MU.. •O.SQorlor-8
~
... MATRBIÕNIO

446, - VII. Ministro do Sacramento do Matri-


m6nio.
Ministros do sacramento do MairimSnio sio os
próprios upo,,u, e nlo o padre que lhes dá a Wnçio
nupcial.
Lto resulta : - a) da natureza do ,1acrame1114. O
sacramento do Matrim&iio consiste essencialmente no
contrato. Ora, ministro é quem aplica a matéria e a
forma, isto é, que assume o compromisso ; - I,) da
pnliica tÍ4 lgref11.. Antes da promulgaçio do novo Código,
a Igreja considerava como válidos os casamentos feitos
sem a presença do SBcen:lote nos lugares onde não vigo-
rasse o decreto do Concilio de Trento que condenava
as _unieles clandestinas. Mesmo hoje, em cin:unstlncias

~~~ ~~)•s:i~uin1ov:i~d=om~~
como miru1tro, isto é, como condição essencial do sacra-
m=fo.
447. - VIII. Sujeito do Sacramento do Matri-
monio,
·1,• Condições requerida, para a validade. -
As condições requeridas para receber lldüdamenle o sacra-
mento do Matrim&nio sio : - a) ter sido baliz4do.
Donde se infere que o casamento dos infiéis (1) pode
ser ·v'1iclo como contrato, ma1 nio é sacramento, pois
o Batislllo é amdiçlo absoluta,:nente indiapensável para
a recepçlo dos demais sacramentos; - 1,) o connnh'•
~=Lf:1~~~-J!•Hpo
~~~
~==-
---
~':=:
M'ATRJMÕNIO 225

mmlo m1Uw, (440) ; - e) a prucnçc (W .JtU:Vdoá t1 ·dua.,


luhnw.nluu, menos os casos de excepçio (449) ; - tf)
niio luzwr nenhum impedimento dirimt1nltl (448).
2. 0 CondiçÕes requeridas para a liceidade. -
Para receber l«ilammlt: e com fruto o sacramento do
Matrimõnio, é preciso : - a) ler o ul#do tk pap,. O
Matrimônio é sacramento de vivos; ei,:ip o estado de
gl'aça. Quem tivesse na consciência algum pecado
mortal, cometeria um sacrilé,:io recebendo êste sacra-
mento sem se purificar previamente. Convém, por-
:,toiX:t!:i:i~ ':00:!: ~p=~Ê.t~te~a=
ouvida por qualquer padre, e nio só pelo que celebrará
o casamento. Basta que o celebrante tenha cerlua
que loi cumprido êste requiaito. Por isso é que ele
pede o e l,illult1 tk conji.rdo•, i,Jto é, um documénto de
que está satisfeita esta ei,:~ncia: e - /,) não M11t/l'
impt:dimenla impt:dknlt: (448).
448. - IX. Impedimentos do Matrlmllnlo. Dis-
pensa.
l. 0 Poder que tem a Igreja de estabelec:er
bnpedirnentoa. - li Igreja ltm a Ja.cu./muk tk ula-
lnkct:r impedimenlo.t q,u diriwwn a euammlo. Esta
proposição é baseada : - a) na dtJinipJ.o do coucílio de
Trento, .ru.r. XXIV, cln. 4, e nas d«illu- tk Pio IX,
no Sylla.l,w, condenando os que pretendem o contrário :
- /,) na ruií.a. Desde que o casamento entre cristãos
foi elevado à dignidade de sacramento, tomou-se coisa
santa it, ~ o tal, submetida à autoridade da Igreja,
da mesma lorma que as normas dos contratos profanos
sio da alçada do poder civil.
Esta faculdade de estabelecer, para os batizados,
impedimentos impedientes ou dirimentes, por lei ~ral
:u~~~~:Í~ f(;4,i~ois.ªº§t~e sup~a, apa
~=-i =., ~
226 MATRIMÔNIO

2.• Viria• eapkie■ de impedimentoa.- - O. ;111pedimanlos


'::°!:!:n:;~~'J,,t;,:;;;,'":Un1:r:::!':.~
A..-l
proibifivo:s
perl,,ita,o
ucr11.sede
daad<>pç<1
,,,.,ü,itiwd
Htiilllllu, """"°
-,.to de rdi4,°h ,..W.,., ou ,/ivvnd,,,k ,k rdi,g,.ão ■nln ,lu,u fMNOU
un,a delas ctdllia, o " outra pertencenlc 11. uma
seit■ ~ou•ilfMlkr.(C,ln..1058-1060).
8. - /,gPEDIAIENTOS DIRIA/ENTES. - Squndo o,,_
Dini'I• mdnttfJ. os ,,,.;nd,,.U impedimentos tlirimmh1 aio: - 1,
• /11.«. ,k idJuJ,;: 16 anos completos """' OI horacns e 14 P"M H
raulMn•- Entret,,nto, ainda qua válido nesta■ c:ondiç&s, nlo
:1:~"!":• J: ~~1i':1/no-(lir°~1Soi~.:i'!
::,:'; í:~: .:=:.::~i:.""1~b.:,_f':t,:ico"°"c!:~~
lente a nulidade do primairo;-3. a ,li,p,u-ul,,ád,cuit,,, entre
católico e peaoa nlo b,otiada; - 4. a ,-pça,. ti, um• Ortkm mc,w,
volossolcne1eTOto.SÜtlple,,,,-e;,...,.,,.pecifie,,d<>1pelaSnnta
~ l - 5. n tululllrio, quar com p..,,,..,... de ""1111mcnto, quer ...,,,,
•-"'lnio de, um dos " " l - : o aosaulnio combinado de um dos
u ~ nie1n,0 .cm adult~rio: - 6, a ~u.n,npjnjú,k:...,.. 1) e"'
t:i. :::· ~1,!i;.: ~ ~- °: !j;~J~':: lint
MATRIMÔNIO 227

_A~·:...º;Tnâ:it·:am.;:d=~:;~t
dadc dc"estabelcccr impeclimentos, a Igreja pode conceder
dispensa dos mesmDL É evidente, contudo, que esta
nunca será concedida sem motivos. •
B. - DISPENSA DOS IAIPEDIJIENTOS IJIPE-
:a1~~t!f:_aesDeslo~ein::t::i::d~i:sffs~d~!:i::'~
a Igreja nlo dispensa do impedimento de n/igiiJo m,"da
senio por motivos justos e F'ªves, e c:ontanto que a
ncssoanio católica deiH plena liberdade à ~ cat6-
=:a-;•~;c-nfú6:út:.\~~;jc,;;:r ~=:
os compromissos a esse respeito. Alba disso, devem
empenhar-se ambos os nubentes em nio se apresentar
perante o ministro herege, a nlo ser que bte preencha.
o papel de oficial civil, como o de jui, de direito. e seja
esta comparência com o fim de assegurar os efeito.
civis (Cdn. 1061 e 1063).
C. - DISPENSA DOS IAIPBDIJIENTOS DIRI-
MENTES. - Nina:uffll. pode dispensar idos. impedi-
mento. de dinilo naiwwl, por ·-p1o, do parentesco
no primeiro 11'ªº em linha reta, nem dos impedimentos
de direito dillino, por eumplo, do Tinculo. O Papa pode
abrogar todos os impedimentos de direito «!uüúlico
direi~:.!ar:~ ~o
faculdade (C4n. 1040).
i:!i!i: tpe:J:°:~
22' MATRIMÔNIO

pcrmanc« (Cd,.. 1136, § 1); no terceiro coso, o motrimônio (cm


d<: sor conlrn!do nn}orma 1,.t/ilima, cm prc,onça do pároço con,p,-
\cn\c e de, pclo ,nenos, du,>S lcslcmunhas (Câ,o. J 137); - h) ""
pcla . n •• ·,. ra<'i , na e~, ,. _,., d"...,·to canôn" , "sto ~- uma
upl,<:,c de cura rmlicol, que dispcn9,, de qualquer in,pcchmcnlo
p~rvcntura cxislcnlc (Cc!n. 1138, § 1). A ✓annlio in rad,~, só p<>dc
$Cr oonccdidn pelo Sun,n Pnnl(!i<:<: (Ç,!,,, 1141).
449. - X. Celebração.do Matrimõnio,
Íste ar(igo abrange os prefiminaru do casamento
e a própria cdd,raçíio do ato.
I.• Preliminares do Matrimônio. - O Matri-
mônio cristão deve ser precedido : - a) pela aprovação
dos pais ; - I,) pelos esponsais, sendo porém ~tes facul-
tativos ; e - e} pela publicação dos proclamas.
A. - dPROVdÇÂO DOS Pd[S. - Quando os
:ootraentes têm idade legal, o direit9 canônico não exige
consentimento dos. pais para a validade do casamento,
nem mesmo entre menores. Todavia, o pároco de'"e
aconselhar aos filhos menores que não realizem núpcias
contra a vontade ra?.oável dos pais('). Caso não atendam
ao conselho, não assistirá ao Matrimônio, senão <lepois
do pareçer favorá\"el do Bispo do lugar (Cân.. 1034).
B. - ESPONS.d/S. - Os esponsais consistem na
prom~ de casamento que os noivos fa:rem um ao
outro. Não é condição preliminar indisperuiável ; mas,
qúanao existem, obrigam em consciência. Entretanto,
para serem válidos e"'surtirem efeito, têm de ser escritos
e assinados 1) pelas duas partes, e 2) quer pelo Pároco
ou pelo Ordinário do lugar, quer ao menos por duas
testemunhas. Os esponsais, ainda que p,f{ido.r e quando
não houvesse motivo justo de violação, não-constituem
nenhum aireito que obrigue a casamento. Dão direito .

~ i,:,,..:.:~'.'r:'i::
benl .. 1t.a:.:=:.'!°2t =:1c:n.:a~:~.U~rf'."11 rn~"t::.:o~:
UU ,natrbnor,lol , 16 o.- po ... •• mulhan>, a Ili 0000 poro os homono. • A
~çllodo.,.,._.lllnenlo.quond<>lnl,alo.~-,upr\dopolojul.,oomro•
o,u.,poMolnallncloauporlor• (Ç<,d..cMl,ort.188).
MATRIMÔNIO 229
··---·-·--·- ---

apenas a compensação dos prejuízos que tenham sido


causados (Cdn. 1017).
C. - PUBL/CdÇÍiO DOS PROCLAAUS. - Antes
de se celebrar o ma.trim&nio, é preciso saber se nio Histem
impedimentos à vafiú.dt e à lí"celriadt (Cdn. 1019, § 1).

~:'t~~t't~~J:;t::;=;:~; t~~o<:~:!::t;:~rt:
cat6licos fôsse precedido de três publicações. Segundo
o novo Código (Cdn. l024), os proclamas devem ser
feitos ti'& domingos conKCUtivos, ou festas de guarda,
durante a missa paroquial, ou durante outra cerimônia
em que a assisto!ru::ia é numerosa, e na freguesia onde os
nubentes .têm domidlio ou quase domicilio ('). Três
dias devem mediar entre a celebração do casamento e
a última publicação. Se nlo se efetuou o matrimônio
;:~r:.;:: :ta°;;8rec:r S:!°i~tr=:
1

diocesa.na (Chi. 1030).


'::~ri~:

0
proje~d:~êm~:çi~mre:e~~ela~ cé:~ri=).
menos quando ligados ~o siplo sacramental ou profis-
sional ou quando resulte para êles- prejufzo considerável.
2.• Celebração do Matrim6nio. - Desde que o
matrimônio consiste esseru::ialmente no consentimento
das partes (440), fü:a por determinar perante quun, em
qiu Umpo e em f1U1 lup- se prestar& &te compromiBBo,
e quais do as cerim8nias que hio de acompanhá-lo.
A. - PRBSENÇd DO PÁROCO. - S& s1o ~ilidna ns ""51-
mmtoa ..,..i;..ooa per<>nle o P4roco ou o Bispo do lupr "u <>lgum
~~~=~-:e:;r:.:;:~,!i~=
_ .. _ _ _ ..,_ ... dllporidNodocul1o ... c1o ..11911<>-.
~-=-==!ul&::,~":'~.:--=:a•1u1":"'.!';...,-=:
C:::,.~o';_"fn'_'°'--•-•tvN1o-1o1ou-""1r<1
230 XATRJMÔNIO

padre de\epdo por lles e, ao """'""• duas \alemunl,n1 ( 1) (C.tn.


109f). Todo o casoniento que preac:i,,d:~ <lhtc1 requiailoa .S d111mado
uniloct.,.,1ut;,.,, (1).
• Se fo.lt..m o PArom ou o Ordinúio ou um pa.dre delepdo,
.~ zs:e.t:,it ~: e:!::" ,::..,;,_,_,;cntc 'd::;
0
!~!cro~tJ.~:::iv;i}==;.::-E:J?:'tfi
dadapelospalriarc,,aaoeu1filhos. 0111ite-oeest.duplaccrimS,,ia
•m tempo proibido, • quando a ap&a i' te ...~ num malrim&nM>
anlerior,ab&nçlom\c,ne(C.,11.ll43).

Conclusão pritlca.
1.• ilnlu do Jlo.trim8nio. Quem tivei- a vocação
do casamento precisa de se preparar para êle por uma
vida sbia, honesta e religiosa. Quando chegou a hora
de escolher, importa orar com fervor, pedir o parecer
dos pais e do confessor e atender menos aos dotes e
predicados ateriores. formosura e bens da fortuna, do
que às prendas da inteli~a, às qualidades do espúito
e às virtudes do coração.
2.• Dq,oU dD Alo.Jrimln.io. Os esposos devem: ter
um ao outro afeto santo. O marido amará aua esp&sa
como Cristo ama a sua Igreja (PJI., .V, 25). Awciliar-se-lo
e edificar..se.io mUtuamente. Mas, sobretudo, hlo de
proporcionar a seus filho. uma cducaçlo excelente, no
amor e no i:espeito de Deus.

wr~c:~ 11,1~;. ·r.:c:~ ~r..:.,~i::


XXIV). 1.• B&la, Ca"' (J.a.. f.9 Unid,,de e i...U.-
do li). .
do matrim6nio (AI"'·• XIX; R,,m •• VII. 3). Privilqio
' ~ VII, 12-16). Obr~ red~• d o a ~
232 MATRIMÔNIO

QUESTIONÁRIO. - I. L• Que vem n ser o mafrim6ni<>


como contraio? como $&Crnmen(o .. 2.• Qual I: a sun ••••nc· ?
3.• Quoi.s sio AS condiçi5cs de validade do conscntimcntn ? 4.• Qunl
/: o fim do matrimônio ?
II. J.• Por q11cm foi combatido o s.~crnménto do Mnfrimônio?
2.• Que provnsdn ounexi,t&ncia podeisapre.. ntor?
III. l.•Podc-scscp&rM<focontraloo s;:,cr4n1cnlodo Mntri-
mônio? 2.• Que ê casamento civil?

~:iJ~·:fiftJ~~ilffi:~l: ~fü:.~if;~: 1·!


V. Qual & o sinal sensfrcl do sacramento do Matrimônio?
VI. Quais os eleitos do sacramcn!Ó do M.:t.kimônio ?
VII. Qual 6 o ministro do sacramento do Matrim;)nio ?
VIII. Quais são as cond;çilos requoridns para se, sujeito do
sacramento do Matrimônio ? 2.• Quall do••disposi~ile• exigidas ?
IX. J.• Quais alo 05 impe<l:mcnto. proibiti,•os do MAtrimônio_ ?
2. 0 Qunio slo 0/l impedimentos dirimentos 1 3.• Pode n lgrcin J,..
pensar de todos os impodin,entos proibitivos? 4. 0 P<><le lmnl,én1
dispensar de todos os impedimentos dirimcnlcs ? 5.• Como ••
''""nlida um casamento nulo7
X. l.• Que & celcb,~cil'o do matrimbnio ? 2.• Quai, sã.o os
pn,limin,,n,sdomatrimbnio? 3.•Se,ánccesaó.,ioscmpn,oconsenli-
mento doo pais? 4.0 Que sl:o_esponsoio? 5.• Q,,c /, preci"°P"'ª
"""'m v,lidos 7 6.
0 Obrigam a casamento os espons.,is ? 7.• Qual

~:d1r.a;J:2;:: =~t~:'E:~,~n~;t~,q~~t~~&~~i

::rr: c!h~.~~.· !:o""ca'flli::'1""1~.•t;:~t~id;t: :~~i=.,


ereto 7 13.• Quais do as ccrim&nias que acompanham a cclchraçBo
1..~
do matrim&nio 7
TRABALHOS ESCRITOS. - l.• Ser, o contrato de casa-
i:°:..~, :~-:~~e<J: ;,.:c:,:~~I~ :,"..~!;~mft, 1&;6.• l~i~
odivórcioàspessoascasadass6nocivil 7 4.•Ter/isempreobrigaçBo
de revelar os impedimentos, quem os conhecer 7 5.• Por que .. ,li
que a Igreja nlo pode dispensar de todoo.os impedin1cnlos?
QUARTA PARTF.l

LITURGIA

I.• LIÇÃO

Liturala. No08es gerais.


l,•n.tlnl~
l.•IJolllolaole.{:=:=clocuhopG~.
234 t,iTÜRótA

prlneipe11 por seua subalternos, Estaa rogrru, aãooxarndaa em


ou aos profct.ns por seus dise(- enralerca vcrmelh1111 nos livros
pulos(Ver tcxt.oi::regodn verslio litl'.trgieos{Miosal,lltevillrio,Ri-
don Setenta, III R<i4, XIX, tual, ct.c.); orn, rubrica é um
21; IV Reis, VI, 15). giivermélhoquooaearpi11tciro1
b) E,., a,nlido r,/igfo•o, ex- umm para. traçnr" madeir& 11&
primo 11.'1COi8(1.f{U)cultodilrino. qunl trabnlhnm.
-1.~l&cserit.o,porexcmplo Rito {do lntin1 •rilut•, ccri-
no II Livro dos Macab""• (III, mOniru,; ndvõrbio •n·,~•, feito
3), quo •Selcuco, rei da Ã.&ia., segundo"" leis): - o) Ord,m
prescrita pnm na cerimônias do
culto. - b)Conjunta das fun-
ções nns cerimõni1111: rito r<>-
m11.no, rito grego.
- No N_, TW<llllfnlo, usn-,.; Cerimõnia8. No senUdo rd,~
bt.o vod.bulo com a mesma g,"t,•o, l!sse térmo indicn na for-
aoopçlo. S. Luc1111 _fala de =• ext<ariores do.s atos do
Zacarinaapreeaeber,notemplo, culto: porexemplo,Mntitudca,
•oadiu®avaUl11rg><l•{Luc01, gestos,movimentos,quo&lgrejn
I, 23). O• Aio. do. A~rolo., preaerevep,,.ra.acelebraçãoda
(XIII, 2) aludem llOII padre,i MiBsn, pnrn n ndminiatrnç_~o
da. lgn,ja de Antioquin, •ie- dos Sncro.mentos, pnrn oao!lc1n•
jua.ndo e desempenhando o ur- do culto p(iblico.
.,.·'6 Utlfrgico•. A palavra c~rim~1da$ usa·ae
Rubrieaa{dola.tim•rW>rfro•, depreferêocin,e•pccialment<anos
terra vermelha.). Regras de Li- ritos secundW"ios e acideutaia
turgia. (462).
DESENVOLVIMENTO j

451. - 1.:_Liturgia.~Noção. Utilidade.


:" ·· !.@-Definição. - Llturgia i o conjunto das ngra,r
estabeleddas pela Igreja, em Mdas as cowa.f que dizem
respeito ao cu.l/4 público. ·
A liturgia é : a) o conj1U1to J;u regra, uÚJ.6tf«ilkU
ptla Ignja. Tnis regras ou • ru.bricu> derivavam outrora
dos usos próprios das diversas Igrejas. Emanam hoje
da Congregação dos Ritos, instituída em 1588 por Sisto
Quinto, no intuito de fixar oa ritos e cerimênias. do
culto e para zelar pela conservação-e exata observância
235

::::,~;,,~ 6 ]u:f;t;:..;::~~ r-:•;;~. co}t~r!'.:~


de vasta extensão, indicando que a liturgia abrange
campos muito variados. Os lugares (ediflcios do culto},
os objetos, os atos e 01 tempos do culto : tudo isso é
da sua alçada e tem de coníormal'-SC com os seus pre-
ceitos, Aquilo que por natureza pertencer ao culto
público, mas se afastar das regras da Igreja, n3o é lilúr-
gico; - 2, as coisas que dizem respeito ao cu.llD pt.l,lieo.
!!,:n~~p~~:n;:d!li~r:rn:t=m':~e ~
ntemo particular.
2,• Utilidade. - A utilidade da liturgia multa
da import!ncia do fim duplo que ela procura : promover
a dignidade do culto e alimentar a piedade.
a) Quer contribuir para a dignidade do cu.lJo prlMico.
O homem deve ao Criador a vassalagem do seu ser
inteiro, tanto do corpo como da alma. As atitudes do
corpo, os gestos das mias. as pa]avra1:!dos lábios,. os
seres da criação, os monumentos que se erpem majes-
=fd~ª q°ueal~~m:ri::;~m~:: ~ro:
Deus. Mas. para que a ordem e a harmonia imperem
por tada a parte. nlo se deve deiu.r coisas alguma à
::t;~:i:;:a1d: d~~odecuf:.rvir eformular
6) Outro fun. da liturgia ê 11.li-nhu a na.,.,. piedade.
É evidente que a piedade verdadeira nasce do ~ .
~o :t~&,ter;; :'~nasede.;!~\~8:~
cuf:o que vem da alma, culto interior. Nem por isso
ê menos certa a .reciproca, isto ê, que o culto externo
facilita o culto interior, e a imponbcia, a pompa das
cerim&nias públicas, afervoram a devoção da alma e
elevam-na para Deus.
...
462. - li, Diversas eap'clea de liturgias.
O. teólop 11grupa,n em dUAS catea,,ria1 11 oorimt,,,iq da
lirreja. Distinguem, • · · ,o a matfri■ e a forma
doa sacrame,,.to., a como 111 cerim6niq do
ba&mo, _..,..... .

=.::,1~~ . .
~~~;~~:':'~t':ismo :6:ie:~ da,i;::,-;;.~
a Iarei,a. suoplifii:o.va ntreman>en~ aa fui,ç&■ do cWto. Cert..-
Bati■mo que 1111 Apl,stolot admini1travam, nBo havia
algu""', a\&n da. açcrsilo oi, i,neralo dai ncólilol 11a
237

!~E!:~i~~!~~:~i:17.b;t_:~:
Clll airfaco o 01-!rvadn no Llbano, paio povo dh~ mesmo nome.
aprim:ipaiulo,-1.AlilMqM
desde a fundaçlo. A t,ad~lo
""""·"';ti,la_...,.1nienlc,cac:rita

463. - Ili. Livros Htdrgicos.


Os· principais /iww lltdrgiC(l.t, em que se encontum
aa preces e cerim&\iu c:oncerrumtes ao culto público.
slo : o mi.r.,,J,!o IP-M'4rio, o ritual, 'o ponlijiCdl, o cu,.·.
maniSI do., Bi.,,x» e o nuutiralógiv.
1.0 O Mi■sal, - t
o livro que enc:etu tadas as
oraçêles da Missa. Nas origens,' era chamado e - .
mcnMrio •, quer dizer, liVfO que contém as oraçê5es do
sac:ramento por exceUncia, que é a Eucaristia. Todavia,
os sacramentários. cujos autora principais foram os
~11m1uqo~ w.11,....,
51:ã"~=-
--~-IOdo•...,-•8-,.S..
238

doi,J papas S. GeUsio e Gregório Mapa. traziam' o


Clnon, as oraç&s. os prefácios e nada mais, ou, por
outra, davam a parte que o sacerdote tinba de rezar
~n~r,a c::b:t:do ~~im::1:t;di?!.~1111;
leitores, - ficava separado em outros tantos livros
especiais que vinhalll a lier o ewuweliúio ou livro dos
EvangdhlllJ, o epi,dq/Jrio e o ltt:uwlrio.

hteaptl9':i:!!,.~,:r::v:i:~r= :::.-i:
pkn4riu. J! se tomavam indpipen■áveis para as ~ró-
quias menos importantes. em que nlo havia minmtros
inferiores. e por causa do uso adotado neiisa época de
dizer missas rezadas.
2,• O Breriirlo. - É o livro que oontém o ojf&io
di"111'n;, que deve ser rezado ou cantado por quem recebeu
as ordens sacras ou goza de a1gum beneficio edesi!stico
(Ver Liçlo 5.•).
3,0 O Ritual. - :Este livro prescreve os ritos
para a administração dos Sacramentos, para as b&nçios
e mais algumas funções. como a ordem na procissão,
~ exéquias, etc ••
4,• O Poo.tif'fflll. - Encontram-se neste livro os
ritos das funç&s pccu1iares aos Bispos, como sejam : a
COD111graçlo dos santos 61-. das igrejas, dos altares,
dos V&IOS sa,rados, e a administração dos sacramentos
da Cmdinnaçlo e da Ordem.
5. 0 O CeriJDOJllal doa Biapoa. -· &ite livro indica

A::t:~r:róã:/~~~~·t= ~=iai!
bispo ou, ao menos, exipm que esteja presente. ·
6. 0 O Martlrol6gio (de dois vdbub gregoa :
cnuuiuron• 'mlU'tires, •/J,gN• louvor). - Tem late
239

=m~&rfrei.';Htn:!:-:::~ i:Í=:1de ~ :!
santos quo a Igreja comemora cada dia.

de :~=ra!,ês~8;~~eiJ~i~~ao ~
para· os fiéis em geral, compé!ndios denominados
-:::i:
eu&0-
l6g,'a.r, liwo.r de lwra.r ou paroqulai.r, oom as orações da
missa e os principais ofícios. Para os cantores, há também
dois outros livros: o gnu/uai, <Dletânea dos cantos da
Missa, e o anlijon4rio, que traz os demais ofícios.
464. - IV. Língua llt6rglca.

dos
0
A:::r:~ra acele-
1.0 Nos PRINCÍPIOS, a llogua da liturgia foi a
r~/c::mC::to~v:s
braçio dos santos mistécios, usavam o 1:4/mzicq o.u .rirf4Ca
na cidade de Jerusalém, o pego eni Antioquia, em Ale-
xandria e mais cidades de língua grega. No Ocidente,
na África, na Espanha, na Inglaterra, nas Gálias. encon-
tramos ~nicamente litu.rsias t.iiNJJ, fato muito natural,
desde que tadas essas regilíes tinham sxlo conquistadas
pelos romanos e a l!ngua dos vencedoteS f&ra imposta
aos v,ncidos.

:. \~~u: =~~ ~ t e .
Unta ou outra fórmula em
hebraico
=·l,'i ~
2.0 ATUALMENTE. é o fo.tim a ll'!fua litúrgica

grego (K.yrie eleison) e em


{hosana, aleluia, sabaot), para simbolizar a

ea
do
=~n:~~
wiidade da Igreja, formada de judeus no ~ . de
gregos depois e, mais tarde, de romanoa.
A I,reja con.rcniou o kúin, c:oino Uogua litúrgica,

=,~u'Z ::~ !:edt=i1:ra:


mundo ; - · ó} para rvi'kv o., ertW que tantas versl!es
241)

do latim nas línguas vivas, em contínuo evoluir, haviam


f:m ~!id~ ~:O ::=f:'t!:n. dt;r:ebiJt:U:~
nlo entenderem os fiéis o latim que se usa na celebração
do culto divino. Mas o remédio esfá nas traduçfks.do1
offcios em Ungua vulgar para os assistentes e nas ezpli-
caçiles dadas pelos Párocos.
455. - v. Canto llt~rgico.
l.• Ncq PRINCÍPIOS, costumavam cantar os salmos
nas aaemhMias dos fiéis. Até havia cantos improvisados,
mesmo naquela hora, por influência de alguma inspi-
ração especia1 do Espírito Santo, como se ~ pelos teste-
:.~!6c!1;~~
entlo aos
~/P~mnae:~·liCd:. t~:
foi degener~o aos poucos e
cristlos, provo-
cando desmandos. O p&pa S. Gdúio teve de intervir,
no século V, a 6m de p&r c&bro aos abusos. No .éculo
Vl, o papa S. Greg&rio deu ao canto da Igreja cnnsti-
tuiçlo delinitiva. Chamaram-lhe por isso canlo gnga-
rla:no ou caniocl,lo (canto plano, unido), porque se execu-
tava em tom grave, banindo as modulaç&s teatrais.
Tomou-se c,znfo lt.'tárgico da I,:reja,

iqnz.;.1~!~~~~d&':eto~~de~bro
de 1903, o papa Pio X, no seu • .Moiu proprit, •• pede
que voltem ao canto s:re,oriano os que, porventura, se
tivessem afastado dêle. Entretanto, nio proscreve a
polifonia clúsica, muito menos a da esc:oJa de Palestrina
tio c:hep.da ao ~nto gregoriano.
No mesmo •Alolu. propn'o> vem a proibiçlo de
cantar, seja o que far, em llnpa VWfar nu funçGes
i,olenes da liturgia, nas partes próprias ou. com.uns da
Mi3sa e do Oficio. Dentre os iristrumentos "que podem
acmnpanhar o çanto, é preciso que o 6rsio seja o prin-
,.,
=~i:f!: !e::r::~:= ~&:• ;!::~ ~~~
proibido tocarem bandas na igreja •. O Bispo, todavia,
pode autorizar a1 bandas para as procis9i5es que se
realizam fora do templo. ·
456. - Divisão da Liturgia.
A liturgia, como dissemos, é o conjunto das re,ras
concernentes a lôdu tu coi.rlU' do culto público. Nesta
quarta ptvk da Doutrir,a cat6lica, tratar-$11-à : 1.0 dos
Jugaru ou tdijlcia.r consagra.dos ao culto ; 2. 0 dOB oi,jtw
do culto ; 3.0 dos akJ.t do cu.fio, e 4.0 doa lempor do cu.Ili,
(Ano litúrgico).
Conclusão prãtica.

todo!~º~!~af!rv::!ª. ~reja· e ::n!~


para.Deus as nossas almas. 2. 0 Dêmos-lhe o nosso tribute
de admiraçlo e louvor, por ter escolhido elementos tio
adequados pa'ra a santificaçio da vida, como para honrar
;~1oCa!tr:~~ ;,:n:::~~rep!:°tét
do Batiimao, representa a purifu:açio da alma; o 6loo.
de natureza untuosa e gordurenta, lembrá a cuu das
nolS&I cbagq espirituais e a dusio do Esprito Santo
ern nossos coraç(les. E a cruz, que se ostenta e domina
por t&da a parte, nos edifi'cios. nos objetos e nu c:eri-
m&iias, é para que sempre recordemos que por ela
seremos salvos, pol' ela se efetuou a 1101S1, Redençio e
por ela honramos a Deus Pai na imagem de seu Filho
crucificado. Sejamos d6ccis a tio piedoso ensino.

••pl~;!:~l~•j:!~{:1i~!~!u~~;:.::
renc,, b1 enl.. rilol -Df:i•ia • riloo HC.wUrioo? :S.• Quaia elo
...
. ,

::~&!:7':~"t;~;,;ta!~ ~tt'!',: :r.r:::ti:


fh':t :,...~~~=? Brasil • em .Portugol T 7.• de qu
III.I.•Q""isslo""principaisliv,oslitúr1icalT 2.•0miual
1Hetempn,8-tenome7 :S.•Que4iobnvil.rio? 4.•Q.,.,6orilual T
5.• Q"" i o pontifiol 7 6.• Que 6 o eerimonial dos bispos 1 7.• Qm
6om■rtirol6gic,T

!=:~~Tit:ie::tr::-:~ti~21
i.• Pw QDII premiu a Jsnja II latim À u.....,..
vi...11
V, 1.• Q.,.J foi o ainto ""'do ma--.mbWaacloaprimeiroa
c:ritllos 1 2.• Qm 6 aintochlo T :S,• Po:r que ti t.mb6m chamado
ai~TJ:":.!t!·j~~ u norm■- delineadaa por Pio X,

r VI. Como 98 111bdivicle o eurso da litDrp 7

d.du ~:=..:. .~R~dé--;_,!;: ?J~ 'f°=rY:1:::


cemoa n6sT 3,• 0:u:-l li o papel da liturlJ'& n• re1,giao ca.t61ic:a1
2.• LIÇÃO

Lugares do Culto ou Lugares consagrados.

r·~-
i a. fl,..,i«fo

:;c._E'Pki,..
{i::.
{:/~;;,!_R>priomontoclltao.
D.11..,.. r;i,z,.;,.,,
244

r.,,_
E. Mo6fü6,,.
d..

457. - Vocábulos.
Lugnreg consagrndoo. f: li E.,iste, portanto, uma. difc-
d..ignn~ão que se dá nos ,Iu- ronça. entre ceimUrio o C(U(l-
g&re11 (igrejo.a, ccmi~rios) que omnba. Aquêle tllnto de,,igna
liloconsngra.dosnocultodivillo os lupN!B epig,,ua, como 011
ouàsepulturo.dosfiéis, por lugnl'l)llhipogcU8,ondedeaenn-
um& COllSllgrllÇAo ou búnção li- sam os mortos. 8.tc só .ervc
túrgica., segundo os ritunia nvro- para os lugares subtcrránc08,
Vados• (Ç4n. 1154). Criptc (do grego •krupto••,
oculto), hipogou. (de •hypo•,,
ttr'f:::,;t:::u~~ior.'t;..~tt
bulo deslgna.vn -primi~vamente
dcbaixo,•gl•tcrr11)sãosinõni-
mos de caiacllm6o.
olugaroodesedormia.: quo.rt.o, BulJien (do grego •buili-
dormi(.ório, pórtico para os ro- ko.•, real). Segundo a otimo-
meiros. - Mais !.ardo, por logia,11.basfli<:11.er11.entrnoqgre.
influência do dogma. cristAo, gos a reaidOnciu. do rei. Entro
pelo (jual 811.bemOll que a morte oq romanoq era n lll!do do tri-
não é o fin:l do áer, senão dor- buno.!.
miçio, sono pa!ISl1gl.liro, denornl- 1i: opinião comum, e"""""'
::,: ~':o~~~u~d~~: r;,_".!".'°~h~: ;~1~C:.is:
o denadeiro sono. época em que Conatautino, 0011•
Cat..eumb1111. 1!:stc t.6rmo in- vertidoaoca.tollcismo, concedeu
dicou, primeiro, o lugar onda par11, o cu[(.() crisl.io div81'8B.9

foram sepultados os corpo,, de besfliCIIS civill, e começe.rnm a


S. Pedro e- S. Paulo, na via cdificnr-se igrejas 9egu11do 11,
Ãpia. Depois, @ate nomo 1190:11- mesma plu.ntn,
-se para os ccmiti!rios aubterr:11.- lgneja (do grego •ekklffl'a•,
neoe de Roma. 1U1110mblllia). :6:&tc U!r1r10 aiirni-
...
!uillm profi!IIJio do r6. A 1e-
gund11. tribuna, mcnoa elovada,
em para o 111bdiicono ler a
ep&tola, e n to«oira pnn. oa
elérip inferiona rnaaftm u
011trnsieituras. Perto,n,-va.
ordinlri:1100:a.to um candlllrwro
grande: poriao, p,,mwmece
o ..., do vir o di4cono qun
cutaonanplho, 111:01DJN111hado


por dob aeólitt.,. com velu

DESENVOLVIMENTO
458. - 1. Lugares do c:ulto nos primórdios do
Cristianismo.
Em todos os tempos e tadQ as -roligi5es, houve
lugaru .nutlDI ou "11lubv."t>r, especialmente consagrados
ao culto ela divindade. Os judeus, adoradol'eS do verda-
deiro Deus. reuniam-se: nas sinagogas para orar. Contudo,
é certo que possufam apen89 um templo, em Jerusalém,
no qual lhes era lícito oferecer sacriffcioa.
Os l"l(fru do culto para os primeiros cristios foram
~ n r ~ . esi::lusivamente: CfU&1' pariw#.kvu e as

l.• Casas particulares. - Os discípulos de Nosso


Senhor, que começaram a estabelecer comuuida!les,
quer em Jeruaalém, quer nas ou.tras cidades da Ãsiã
Menor, procuravam & principio o templo e as sinagogas,
a fim de praticarem os novos rito, ensinados por Jesus
aos Ap6stolos, Pom,1, passado pouco tempo. repeliram-
rioe os &eU8 conterrlneos que não.comungavam na meiima
fé; nlo simpatiu.vam com as doutrinu do Mesh-e.
Entlo tiveram do se acolher a casas particulares, para
=br~u:~=--n!:'te~ra me.mo oexemplo
âte
l,U(:AIU:S DO Clll,TO 247

Estavam todos juntos, numa sala chamada cenáculo,


no primeiro andar de uma casa, esperando em orações
a vinda do Espirita Santo.
Quando o cristianismo, já crescido e forte, se espa-
lhara no Ocidente, a
Mm romana pas!IOu
a ser o recinto pró-
prio para as assem-
bléias. A entrada
dava para a via pÚ·
blica. Logo, apre-
sentava o ab'iuni
ou pátio cercado
de pórticos. Depois,
uma sala de banhos,
cômodos para mo-
rada e numero!IOs
recintos.Assim, na-
dafaltavaparaprá-
tica dos exercícios
do culto. Por isso,
veioasera•dormu
«:ele.rÜUa, a casa de
igreja.istoé,olugar
onde se ajuntavam
os fiéis, que forma-

~~~.•.~d::i:
brarem. os santos
mistérios.
• Mas.1_10.t_empo n.,.1.-- .... Cotac:-..

::;:;;;ai:~~ ~=-:..:.~-;--~~:::i'.:':T.
:i:--d:=-Lª': p;doo nu w. ... do........,.,, o noo - - ·

asilo seguro pai:-a os cristãos. Para evitar as dev!IS!ias e


248 _ _ _ _ _ _ _LOCARES no_ CULTO.·-

pcnieguiçlSes dos seus inimigos, tiveram de procurar teean-


ditos menos conhecidos ou que a legislaçto vigente acei-
tasse e protegesse, onde se pudesse exercer o culto. !stes
novos lugares do culto foram os ceniillriN que depois
passaram a chamar-se Caúu:umlxu.
2,G Catacumbas. - A. - DEBINIÇÃO. -
Catacumbas do cemitérios aubterrâneos que os pri-
meiros cristlos aproveitavam para ~nterrar os mortos,

=
pal'a se refugiúem em épocas de perseguiçio e para
p?aticar as cerim&nias do culto.
B. - DESCRIÇÃO. - 0a cemitét-ios da Roma
subterrânea eram designados, quase sempre, pelo nome
•rt;:a.Jii:,titea
~~;:sJ!éisp::::xreta°:i'.
Consistiam num sistema de galerias muito estreita.a (de
O,in80 a l,m50) e sobrepostas,· lorman~ assim,
por vezes, emco an-
dares, com escadas
de comunieaçlto. Nas
~..:.:,:_;:·.:.:
vações horizontais. Ca..
da ..,.a. podóa =
ceber de três túmulos
atédoze,conformeaal-
. tUJ'B, As cavidades em
· que se depositavam os
corpos, tinham o nome
de•lm:uli• (F'ig. l),
Em determinados
lugares, alargava-se a
galeria : uma porta
dava ingreSIO num
quarto •cubicu.lum•
que era um como se-
LUGARES DO CULTO 219
·----------·--·· - - - - -
pulcro de família. Ali também os corpos ficavam em lo-
culi ou, quando fôsscm de pessoas ricas ou ilustres, dentro
de sarcófagos deitados no solo ou abrigados em nichos.
Ainda acontecia que se excavassem, nos fundos de um
• cubiculum >, fossas verticais encimadas por nichos
semicirculares : tais campas, fechadas por tábuas de
mármore, tinham o nome de arco.ro/ium devido à su;,.
forma(').
Nos cuh,Cula é que os cristãos, obrigados a fugir
da perseguição, se reuniam para orar. E era na mesa
de um arco-sólio, encerrando os despojos de um ou
vários mártires, que se 'celebrava .:o Santo Sacrifício
(Fig. 2).
C. - d dRTE RELIGIOSd NAS CdTdCU.IIDdS. - A,
numcl'O$&s p"nturas. es,::ulturas que se encontram nas
"nsc:(çõe,,

:t;:l~st•d:,r:iti~~mT,:d:;::. :~,~cfuit!.3:'1.J,. ~:ltt~:i;


obacuro e cnismático, a fê da primitiva Igl'<!ja. Obscuro e cnigm!tic:o.

tt~~tf{f:~;~~~~ti~t~iffi~fil
Jiio cat61ica. Nnda se v&, em por!ealgumn. capaz de revelar aos
olharu doo profanoo os segredos das coisas santas. .
a-:
em co~t!=~~- 1e::,.'J::":;1/"'.~l:~.tcvc"_~";Z'o •~:::J~
falecido ou a idade, a data dn morte. E. mnis raro, com o non1c.
breve ·nve<:11,/' • "i , · D,~, · r• ~·. ·, pa«, cum "'·• :

;,,~n:.:!~~~~~1~·;~ ~l~~..:~:·-Ei·::;..t
250 LUCARF.S DO CULTO

;~;~:dE:Y~-;J:~1::f1~:: 0
i:f:dc~d:i:H~;;~~i~
outro• l.,mbram os sacran,cnlo, do Bat,Jmo e do Crinna. • Fid,m
~"%"~' d:',"%,u C~io~: •,:
• Si'g1talu~ 1tum,,.,, Chri.rli, est-'. mnrcado

b) Pi11fura.r. - A, pan,dco e nb6hadns da• criptas, e<>mo


tn,nb.sm dos cub!culoo, estilo a miudocobcrtnde estuque e ndor-
undno de numerosos painéis. No .. o Senhor, frequentemente, é
representado DA figura alegórica do Bom PMh>r, simboliz.,ndo a
dcdicnçioeacaridadc, en.,doCordciroqw: rccordnasuaimolaçio
na Cruz. Encontrnn>•se tnmbl,m pinturas de a31untos b!b\lcos :
Noê na arca, o sacrilício de Abraão, considerado como tipo do holo-
causto sangn:nto do Calvário e do holocausto incrucnto da Miosa
Mas"" pinturas n"'is estimadas, o.lo as que tratam doo Sacramentos:
r.:.,e:mi;;,,,aJ;:n:r~l~o ~1::.:.~~e"::odde~:nit'à'n:~•;,~1/m4;
siçiod<tomlos,.,tc ..
e) E.tcu//u.ru. - Avultam igualmente no esculturas, no• oomi-
l~rios doo prllJ\Ciros crio~. Muita, Y<!za, os .._,,,Magoo e•lio
e<>bcrtos, na lace anterior e n01 dois lados, e<>m baix01 rcl.,vos. O
assunto r,:ligK>30 mais aproveitado ali silo pessoal na ntitude da
prece. Noé na nrca, Daniel "º'"' oo leões, 1esus mudando " água
em vinho, o Bom Pastor •.. Muitas .,.,,..,,, apan:cem emblemai
insculpidos nos lúniulos: ora uma pomba, simbolizando a inoc~ncia,
ou o mart'ro ca rcssurrc·çr; ora uma 'ne<>ra, .-g,·•; ndocspe-
rança; ora uma palma, lembrando o triunfo.
D. - H/STÓR/4. - A legis!açl[o ron,an11 dccfarava sagrados

t7•;!~ ~:~=-mim
e invio!á.,.,i:, os túmulos, qualqu~r que fôsse o dono d~I.,, ou a reli-

~:~i;:1~er11;7r;ç:'.""i16; ~elFo~
de coridadc a oferta do• próprios domínios funerários a seus irmios
de crenças.
No princípio, oa oomit6rios onde se ae<>\heffl os crisllos, fugindo
a seus algozes, silo propriedades particulnn:s. Po..lm, ao• poucos,

t:=:1:-:~~~Fi~t;::[i~~.sz~t;rt2~~;:21os:~
eram por ela administrados. Inlclizmenle, o din:ilo da Ign:ja foi
- mo~•~-k,-todoCr!olo,po,qu~•P.lo""' ""9"'1 -
"9ml!ca~•1orat..i..-..,1n,o1o1edoo_lo,, Ioo<,u.Chnoto,Tt,-.,
UIOII SOl,,t U""' 01e1<>. ~ do Dou-. S.[..,dotJ.
J.UCARRS DO CULTO 251

::-.!ü~'::e"::;w'!to10t'~:-c:!;te~o r:::..no~ê:."õ:::';~
de bo...-,
de muitas alternativas de IOaNs<> e a lsrci• n:cupcnm
oobensquaDioc:locianolhotinhaco:nf1SC1do dalibl!r•
dAde, com o impcn,dor Conabnlino Magno. 12 auto-
r:;..s: c&:l:-cd:~i::: 3ü."~::!!\:,:L,..c
noaopclo lepl, ocrulinni11noaoaoutroa
conslruir

din,'.& que oa lupn:r,do culto po._,,.ran'I •


459. - li, A Basílica cristã.
1.0 Origem, - ~-As primeiras igrejas edificadas
pelos crisl:ias e denominadas ha.rllietu derivam a um
tempo da casa romana W'&'• 3) e~da basílica civilJFig.
4). - a) Da ca,ra romana imitam o aln'um (Fig. 5). Com

:,

T .. ""T
,L - - .L

efeito, eram precedidaa de um pátio ou p6rl:ico, - b)


Da btulfu:a ci,it,. adotaram a forma retangular, o telhado
alto e aa vastas~dimensaes. Mas o:que:diferencia da
basHica civil a basOica c;:risfil, é que esta é rec:oriada
252 LU&ll.ES DO CULTO

por naves paralelas, constituldas medianle pórticos inte-


riores, enquanto aquela é uma simples sala rctansular.
2, 0 Deacrição.-As basílicas cristãs eram divididas
em t~ partes principais : vu/.l/,ulo, 11ave e áb.ride(Fi,:. 6).

n,.8.-Alrto,-.no.
A. - YBSTfBULO. - A primeira parte da Igreja
era chamada t>utl/,ulo ou p6rlico ou rnfrkx. O n4rhx
e«luior era destinado a separar a ig-reja do tumulto da
rua. Servia de parada, para a primeira classe de peni-
tentes, chamados e lupnlu> .ou pfanoenlu ('). No centro

-!t~1o"'!':: =:-:~ =--"'!i:!""'"~~·::.::.~.;:


LUGARES DO CULTO 253

do pôrtico ficava um reservatório baixo, com -'gua,


onde os fiéis limpavam as mãos e o rosto, antes de
entrar no templo ('). - /,) O nárta inkrior era a parada
da segunda classe de penitentes, cha'mados ouvinfu.
B. - N d'VE. - Do p6rtico, três entradas permitiam
o ingresso no interior da igreja : a do me.io era desti-
nada aos clérigos ; as portas laterais eram para o povo,
homens à direita e mulheres à esquerda.
O interior da igreja dividia-se cm três naves: -
e) a nave unira/, que levava diretamente ao altar; ficava
desimpedida ; os ouvinlu tinham di-
reito de ocupá-la na hora da prática;
- tÍ) a nafle da uquerda para as
senhoras ; -
para os homerui.
e) a nave da J;nila
'-'-'--~=
A pr6pria nave lateral tinha sepa- f /
ração transversal. - /) Acima do
recinto das senhoras e próximas da '.

:~:~':; a i5:~ -as.9) "J:g:~rocl:ro:


acima do recinto dos homens havia
d1

os monges.
Na extremidade da nave e antes
de chegar ao santuário pI'Opriamente
dito, encontravam-se : - A) o c6ro
D h
a
reservado áos subdiáconos, aos clérigos
menores e a todos os que tinham L----'
!~1.:::od;~r
ou práticas.
;trlu:a:_> :.r:mt?(ur: ~ ~ e . , ' : ' ~ ••do

g1€:Z-4:~~i;!&E~11§i1~~~~;,~
:o1:.~ ~::7!=:!~~5t~t~~~-=-:~
1
254 LUGARES no CULTO

C. - dlJSIDE. - Esta terceira parte chamava-se


44,i{uJrio, lugar sagrado,. onde se realizava o divino
sacriricio. Em redof. da abside, ficavam os assentos
para os sacerdotes e, no fundo, - /) o trono do bispo,
mais elevado vários degraus. Sentado nesse trono, o
bispo que presidia, via por ciina do altar e dominava
a assembléia. - m) No centro da abside estava o altar
encimado pelo dóorium (Fig. 7) (').
n) Dos dois lados do santuário, ou de um lado só, colo-
cavam-se tzrm4rio.r de madeira, mais ou menos artísticos,
utilizados para.guardar os objetos, p,ramentos sacerdo-
tais, etc. - e, às vezes, até a Sant1saima Eucari,Jtia.
460•. - 111, As Igreja,.
Modificaçõea introduzidas na
forma da Basfllca.
Pouco a pouco, a basHica
primitiva sofreu certo nÚrÍl.ero
de alterações. Apontaremos as
mais importantes, seguindo a
mesma ordem que no artigo
precedente. Desta forma, enfen-
:~os emJ!~º~:Sor~~=
partes (Fig. 8).

o N1RTExvE~~s1uoii:º=~
de paravam os_piarlf(:ll(U, desa-
pareceu na hora em que, sendo
cristisas populações, as igrejas
podiam ter entrada direta, Fio,. a. - Piu,t.o do wu. l;Nla.
abrindo no largo da matriz ; ·
- 6) o RESERYdTÓ'R.10, ou fonte sagrada, colocado
256 LUGARES DO CULTO

no meio do p6rtico, foi na mesma época substitu{do pela


PI.d de água benta, que a prindpio se punha da parte de
fora, junto das portas ; depois, no interior da igreja,
perto da entrada. - e) O Cd.MP.dNÂRIO. -
Na basHica primitiva, não havia. Nos prindpios do
cristianismo, os fiéis eram convocados para os ofícios
por diácono.r (cursores) que visitavam cada domicaio.
Mesmo depois das perseguiç6es, é provável que, até ao
século VI, não houvesse sinos, nem outro qualquer
instrumento para chamar os fiéis li. igreja. O povo
que assistia assfduo aos ofícios, recebia aviso do bispo
ou dos padres, marcando o dia e a hora da próxima
reunião. - Quando se adotou o uso dos sinos, foi pi:eciso
determinar o lugar que ocupariam. Era natural que
se cogitasse de algum ponto alto, para que a sua voz
pudesse ecoar mais longe. Foram colocados em tôrres,
adrede construidas e abertas, chamadas campanário.r
(do latim e campana>, sino). No comêço, os campa-
nários eram construções independentes da igreja, situadas
a distância. Depois, indWram-se no próprio edifício,
geralmente aos lados da entrada principal ou no meio,
e ãs vezes também no centro do transepto.
- ti) BdTISTÉRIO. - Nem sempre houve hatis-
téri~. Para administrar o sacramento do Batismo,
aproveitavam a água das fontes e dos rios (dio.r, VIII,
38; XVI, 13-15).
Em Rom<>, levavam ao Tibre o neo-conve,tido, para.,,, bati
zado nile, como Nooso Senhor o !lira por S. Joio nas Aguas do Jordio
~,=.t•p:.:~t~~• i!;:.·-;n~u~!~:: :=d':z';j~~t;•~ist;:.::
f;'n~ te:;mdedê.,~."~::::::~~n::.nuta.:.:ae:Hcfos'":!;!~:.~
r.ro;;. :i~~:~1 '::~~:am:i:,w.':":;. ~ih~j:!ro;~~:h~!"d':
wlo pri
O, b,ti1t6r~anlip0ramenormes. p0rca11111 do 11tlmu.,
dffddo de catecúmenos que ,-hio,m o &ti,,mo junto.. na1 festas
;::i:~:~M:"'c::':t!':..r::.:.:i:~-~i!;!i.
Nomcio,emfonna.ckporlo, ficava a piscina batiumJ.àqwiJ..,
deaciap0rdq:raua.

·dtualrrunk, o Batismo administta-se por inju.rãP


e no mais breve pl'UO depois do nascimento. Logo. o
:"f!':lo :i:~:bi:=:;:o -tb:.r.•1c::.~
de um fCICrvat6cio de reduzidas dimenáises,. com wna
separaçlo interior : numa parte está a água batismal :
a outra E para se despejar eata mesma á,ua quando
setvida; um cano interior a leva para a tem.,

~•J.::..i!....i:r.':!"~~~HoC::..u:.::.-:::
lma1Ddo--.1llmdo..U0,a---'•l--mdoNOldlo
obllf!O•.A-do ... -llrlonuooaeldado4-1•ullo.,..,.&..i.•nlo
-obooLolo.•.ltllodode ..... b:,pado..-cldodo,
Cl)Doodoa..--..-.ol<>
i.w=.-~=::::.....
::"..l:u':"...
~..::!:.:."::.:C:::o'::.;. ·===--

ollnu•m.•opio•,,.-dolllC,,,C,laolo
:';~==::::--::.::-_.,.
::..,~:-..::=-~ __1n--.•--
•do•
oboll&n&,,
··~==
,00""'"""1-
258 LUGARES DO CULTO

B. - A Nave. - Nos primórdios, a Igreja dava,


~=~co;i:t!tidem:P~ad~: r:1:da.Acf~b:~
~S::~~J::S~Ufu, ~~;;,:~i;:n.::;/~~uªn!g:i:
d:• :t!ando ;td J:~!º m~e:rnidade, através
0 81Ó

Pelo século XII, as igrejas sofreram uma modifi-


cação im~tfssima na sua forma. Ao simbo1i1mo
da nau, &Juntaram o simbolismo da cruz, Considerando-
:n~r::::'aci;:f{cr~:ii!'tma:::.=!:!):is~:
novo braço de cruz teve o nome de lrdn.rcplo : assim a
igreja ficou sendo imagem de Cristo na cruz, ·o corpo
era representado pela nave, os.dois braços pelo transepto
e a cabeça pela abside.

Da+ 1 ' - °"':"~• 9(9911, 1an,n.- t,,n\inopb).


No _Odd,,.!f, os
LUGARES DO CULTO 259

inais
oéculo
novoouli/ofl"'I0,00rnsi,noqu..troord<:n1 CtJuruol
i&nicas,dóric.o1cluotana1; aabóbadacirc:ulnrc11oa:i,·asão •
~~\'!';~ b:Ji~"'a1n";;..~":U:ed:·:pn';.""'noq.i~-.:1axvi.rdb:'.:
prima nulo estilo 6 a cal.etli-al do, S. Pcdro de RorQa.
2fiO LUGÂIIESDUCULTO

C. - A abaide. - Nos origens, depositavam-se cm


,tarc6}agt» OB despojos venerandos dos snntos. POl' cima,
edificavam altares. Pelo século IX, começaram a retirá-
-los das túmulos fixos• e a guardá.)~ em urna,1, de modo
o::u!~l:i~:i:::~~~1::::rio~~~s1
•ficaçikg. - a) Primeiro, era preciso determinar algum
~Jl~
lugar para essas urnas portáteis. Como o trono episcopal
f6sse considerado mais digno e honroso, colocaram-no
r~. e:::
0 :1~i. :0 :::i:~(;';;·: ~~d~ ~l~::
costas à santa relíquia, entrou a celebrar de rosto volvido
para o fundo do santuário e nlío já, como o fazia dantes.
fiente ao povo. Muitas vezes, aproximaram do transepto
o altar, para a parte anterior da abside.
As igre,iu 1ecwu/Jria,1, como os Mltitiriw e os igrt,iu
}11.nuária.r, que eram primitivamente depçnc:l&u:ias d11
jgreja principal e a esta ligadas nlo raro pe]os p6rlicos,
deram origem às capela., anens, oons(ruldas na própria
igreja, quer em redor da abside, quer até no longo das
naves laterais.
D. - Anexos da is:reja. - a) SdCRJSTIA. -
LUCARE!I DO CULTO 261

S-,iti11 é o lugar onde se guardam os vasos sagrados, os


adornos da igreja, os registos de batismos, casamentos e
óbitos e em que os 1111Cerdotes se paramentam para as
funç8es do culto. Substitui, portanto, os armári~ coloca-
dos de cada lado do santuári.o (459), e o .rauirio, espkie de
nicho fundo situado perto do côro e no qual se recolhiam
os vasos sagrados e até a Sant!ssirna Eucaristia.
Na maior parte das igrejas da idade média, a1
sacristias eram construções separadas. Hoje, entram
no ediffcio e comunicam, geralmente, com o côro.
. - /,) CEJJITÉRIO. - Na era das ~rseguiçaea,
os cnlltlos tinham duas espécies de cemitérios (1) : ai
Catacu.ml,a,1, e os cemitérios descobertos, de apar&icia
muito modesta (457). A partir do século IV, nio se
aproveitam mo.is as catacumbas para inumaçi5es. A1
sepulturas fazem-se em redor da Con/i.rnio do.t nufrliru
(463, n.), da qual se vio aproximando cada vez mais.
Quem é melhor aquinhoado ch~à, mesmo, a penetrar
no interior das basHicas. É privilésio reservado primeiro

;ia b=;io ~~ Zadepe:;t:'vi~~l:


Pelos fins do skulo V, a sepultura nas basílicas urbanas
já se tornou caso muito frequente, e, a breve trecho,
acham-se os templos tnm11formados em verdadeiros
m&usoleus. O papa Pelágio II, no século VI, ju'8ou
isso um abuso intolerável. Proibiu que se fizessem
t%:::Ste noo!u~~n!°' ~!;:-1::,ni: :-:
condiçio de se depositar o corpo na tema e não em
monumento, e nunca debaixo do pnSprio altar, Além
disso, é neceaârio obter autorização do poder civil.

-....2~=.:.ç!'!.:.!!'.:~~~=:-~:.,,-:.:
-prl',ado·~~.
=~t~~~-:"tlt!:."~n:::.!:.1o.:;
• ~ o . ~o01!\.1240.q1111"'q111Nro-eorpoln--,...,..
,., 1.uCARES DO CULTO

Também já se não observa o costume <le coloca,· os


cemitérios ao redor da igreja. A lei civil 1-equcr, entre
êles e as habitações, certa distância.
beve-se benzer o cemitério, observados os ritos
litfirgicos do Código (Cân. 1205, § I). Se houver difi-
éuldades pár8 esta bênção litúrgica, por carisa da laici-
zllção dos cemitérios, t será preciso benzer particular-
tnente cada tlÍrnulo ou cada sepultura de família• (COn.
1206, § 3). O que se _diz adiante a respeito da profa-
haçâo e da tuoru:l/iaçõ.o das igrejas, vale igualmente
para os _cemithios (COn. 1207).
461, - IV. Diferentes esp6eies de Igrejas. Regras
litúrgicas.
1.• Diferentes espécies de_ Igrejas. - As igrejas
e
dividem-se em i'onju pràpr;amenle dila.r oral6rioJ' ou
captfa.r.
A. ,:_ IGREJdS PRÕPR/dJ!JENTE D/TdS. -
Estas, por sua ve,;, têm as seguintes denominações, de
acôrdo com ~ua dignidade, importância, usos : - a)
btuilú:a. Há sete basílicas maioru : quatro em Roma,
duas cm Assis e uma cm Anagni. São mais numerosas
as basílicas me11oru. As basHicas possuem indulgências
especiais e têm a preeminência sôbre as outras igrejas,
excetuando-se a catedral ('); - 6) ,caiedral. A igreja
. ~:t;1d;: 1enC:nt~:t::nsed:ªtct; ~bis;:~et~h!m:a~e::,:o~
polifana, palriarcal ou primacial, conforme o bispo fôr
metropolitano, patriarca ou primaz; - e) abaci'al,
quando é sede de um abade ; - á) colegial, quando
nela assiste um cabido, isto é, cônegos capitulares que
todos os dias ali cantam o ofício, fora da catedral ; -
e) conv,mluo.l, quando unida a um mosteiro ; -/) paroquial,
(l) OUlulodobo,íl!caopttvH"''°'"""""",dpodomp<n1,mco,oumolQ1'8J•
"°'"°""'"'.S.,dnSonlo.Sdouo.-,v1,t,,,dndnooolumolmemorl•l(c.ln.l180J.
LUÇAJIES DO ctlLTO 263

quer diier aquela em que se reúnem, para o culto público,


os fiéis de uma mesma par6guia.
B. - ORATÓRIOS. - OraMnfN slo edifícios reli-
gioaos con,truldos para o serviço de uma comunidade,
de uma família ou de uma pesooa. Podem ser : - 1111)
pül,JiefN, quando destinados ao culto público ; - b)
parlicularu, quando eretos em CIISII$ particulares, para

~:a:J:,~~ :d:m.::io':t::i:t~r ~ !mfi:r:r:


tintamente, nem simplesmente por uma família ou
indiv;duo, servem a uma comunidade ou reunião de
pessoas. Neste cuo, temos os orat6rios dos seminários,
colégios. hospih\is.. orfanatos, prisões, etc..
2. 0 Regras liturgieaa. ~ Dizem re,peito à ereçi'o
das igrejas e oratórios, à orientação, à consagração, ao
orago ou padroeiro dos mesmos.
A. - EREÇÃO. - Não é permitido construir uma
i;reja ou orat6rio público, sem autorização expressa e
escrita do Ordinário do lugar (Cln. 1162, § 1). C-once-
dida esta licença, vem o Bispo ou seu representante
tomar posse dos terrenos, em nome do Senhor. Alt
ergue a Cruz e benze a primeira pedra.
e.· - OR./ENTdÇdO. - De acSrdo com. as pres-
criçiles apostólicas do séeulo IV, a nave da ãpja tem
:i:~/i: !:tid:,0r;~!e•atr:=!
Jesus Crist9. Esta orientação deixou <le
0
~:;;:::.:

IICl' regra al.o-


luta e nlo se observa univenalmente.
C. - CQNSdGJUÇÃO. - lgreju e orat6rios

==~'~-=-:--
nlo podem servir ao exerclcio do culto, sem terem tido
pr~viamente consagrados ou benzidos. C o ~ o ou
Unção de uma igreja vem a ser, portanto, o rito pelo

~)~~~ ~
264, l,UCARES DO CULTO

qual o edilfoio ~ sepo.rado das coisas profanas e entregue


ao culto divino.
O uso de consagrar as igrejas remonta aos primeiros
séculos. Tamanha importância reveste o ato, nos olltos
do clero e dos fiéis, que &tes têm obrigação de celebrar
sompre o aniversário (Gin. ll67). Ao Ordinário do
lugar é que incumbe a Eunçlo de consagrar (Cd,1. 1155.
§ 1). Emprega para &te fim o Santo Crisma e o 6leo
dos catedi.menos. Nas paredes, pintam-se doze cruzes
representando os doze apóstolos, que silo as doze colunas
da Igreja. Consagram-se apenas, geralmente, as igrejas
importantes, Pode-se benzer uma igreja construída com
madeira, ferro ou outro metal, más nlo pode ser consa-
grada (Cdn. ll65, § 4). Aos orat6rios páhücw aplicam-
-se as mesmas regras das igrejas (C4n. 1191). Os oratórios
parl«ll.laru nlo podem receber a consasraçio nem a
bênçlo que as igrejas recebem (Cdn, 1196),
Noill.-Di■-qw,
• l-"'•f
..,.â;,rparlcdas
cc,,,.1110). P,.]ae
de modo que, pn
ou.bênç.io;-6)
••pultumde um

D. - ORdGO E PADROEIRO. - Qualquer igreja;


para receber a consagraçlo ou a bênçlo, deve ler um
Tlht."'• lmpae..te quer na ocasilo do lançamento da
primeira pedra, quer no dia das cerim&iias ds consa-
graçio ou da ~ (Cdn. ll68), § 1).
Título, pois, vem a 8Cl" o mistério (ex. : Santissima
Trindade) ou santo (u:. : S. Gerardo) cujo nome foi
poato à igreja quando se consagrou ou benzeu. e serve
_ _ _ __:_LUCARES DO CULTO 265

=:e~:
Padt'Jltliro é
~n:!:,'~:!.J~u~: o ~~
uma criatura -
0
~::,:
anjo ou santo - sob
:!!.!~d=-~ü:'.iºAS:i:T:~n;,•;t:i.!=
º, 1~:n::e4~,º!~íl:l:;!fe:°~~mªmi~~- Quanto
:n::i::~~i! ::1unc1::.;n:~ ci:~. Ent~
462. - V. Alfaias das Igrejas.
Constituem as alfaia, da igreja : o a(l,u, com os
Í-espectivos flCU.s4rio.f, o ptUpilo, os confessionários. o
fu,gio e os sinos.
463. -VI. O Altar.
l.• Deflniçio. - Dt= modo pra!, Altar é o monu-
=:~e ra;;;:=_c1e
madeira em que se c:e1cwa º santo
2.0 Espécies, - Distinguem-ee: - a) o aliar
lwuh>tlouj,":to, e - 6) o a/Jar ~ o u porlilil. Aquêie
;:'tr!::0!8'ã1elei.:~n~. L:te~un'%portátil
poJ::
sor consagrado pelo Bispo (C4n. 1197, § I). O
é simples p:dra que se engasta no taboleiro do altar,
A pedra sagrada, em que estio in&culpidu cinco cruzes,
em memória das. cinco chagas de Nosso Senhor, deve
ter dimens!Ses 11ufü:ienfcs p11ra receber a h63tia e a maioi-
parteda basedocálicc(Cdn.1198, § 3). É absolutamente
necessária. para a c:elebraçio da missa. Esta é licita
mesmo for. do lugar santo, como muita vez o pratkam

:'u=':m~ ~~de~~\:e:°!i~~;:
encerrem uma pedra serio Eei.tos de qualquer
dessas,
matécia : madeira, tijolos, mármore, metal, etc,.
Eacri1!·:. ~!t·~~Í, !'!~"/J~• a':,.:~e~~~~~~
~ LUCAIES DO CULTO

grat. f:~aZ~.<Ja -!ª~oudea S::J:;::


0

sentante do Sumo Ponti'.fice. Nenhum altar poderia


ser consagrado, se nlo encerrasse rdfquias depositada$
numa pequena cavidade chamada. túniulo ou npukro.
Para que as rel!quias recebam culto público nas isrejas,
é preciso teiem sido reconhecidas como aull!nticas pelos
poderes competentes. O vigário geral poderia fad-.lo, se ti-
veue para tanto wna delegação partkular (Cdn. 1283) (').
Como a igreja, o altar pode perder a oonsagraçlo,
quando o tabuleiro sofrer estrago notável ou quando a
pedra tumu1ar ficou quebrada e sein as suas rd(quias.
<

----~-•-W-tedoapo-ldor,n.
=-~
H-iqu,obnonlo.Q1>0óln..lodo--~•• .... ,..11ore • . _ ,
ÃaNllquloodo
-ia.DID...S,u,.,,lombloo-..,,o-.ool"""m.adm.ltlclao,-ollo...,
J~Jiio-<1~8.Noflllllio---d•q,wq,a&',..llo.bonollctedo
121 OCIDlnl2911....-,...8--aloPWlllllal•-lila•-
dooulonllcldadadurel!Quloo,-•-H-,""6dl-."""'bo-M...-
_ _ ,.....,._ _ _ 1oo111111 ... - _ . : - ... - - - .
LUGARES DO CULTO 267

A profanaçilo das i,:rejas envolve a dos altares


fixos;_ nio, porém, a das pedras consagradas.
464. -.VII. Acessórios do Altar.
Entendem-se pela designaçlo de acess&ios : l.•
;r:;:nf:Ct~i~:~e ~ti:•.!'~°wi~i~ do !Üar:
e - 3, as dependtlncias do altar.
0

1.0 Aceasftrios prl,priameate dito,. -!ates acea-


sórios são ; os degraus, as banquetas, o retábulo e o
taborn&culo (Fig. 14),
A. - Dqp-au,. - Qualquer altar deve ter, pelo
: ~ : \ ~ di:grau. Quanto ao altar-mór, convém 4j

B. - .&IU{u.úu. - Sio fambhn. degraus,. eu!


número de dois ou sõmente um, a modo de prateleira,
(~;~f:),ª:s"jfJ!: eas°:~~:!s': ':~.:'os :'J::. 05

C. - O Rrt4bu.lo (do latim, rc/J'o e W«/a). A principio


era, consoante a etimologia, uma segunda mesa atrás do
tabolei1o do altar e fazendo de estante para receber os
castiçais e demais adornos. Até o séeu:lo XIV, nio se
prendia ao altar, para nlo esc:011der a cadeira epis,c:opal
coloc:ada no fundo da abside ('). Oepow, SÓ fizeram
retábulos fixos, para cuja construção lançaram mio
dos materiais mais preciosos.

tante0d;~~t·a1~;.F'ie!!>•~issomais~
ser acessório, istó é, dispensável. Nem.todos 0;1 altares
terlo tabem&c:ulos, e na origem nenhum o p089Wa, Os
pad"res e atfi os simples fiéis levavam para casa e ali
guardavam a Sanffssima Eucaristia. A ela destinavam
268 LUCAIIES DO CULTO

conservaram-se as-Santas Espécies no mtrarium, ou


tUtJJll'io coloc:ado perto do a1tar, ou também em l8rru
m6veia gue M amduziam habitualmente à aacristia,
traaendo-se ao altar só na hora da comunhão dos fiéis.
J' no aéc.-ulo XII, em muitas i3rejas catedrais e conven-
tuau, se prdava a Santíssima Eucaristia, que!' I!-Uma
pom/,a, ciuer numa cai.rinha. de ouro ou prata, suspensa
no c,.'l,o,.i,un (F'ig. 7). No século XVI é gue os armários
e SU$pCDS&és foram su.bstitutdos pelo tabermkulo, de!ide
entlo parte do a1t.ar.
Segundo a rubrica atual da Igreja, é preciso gue
o tabem4culo seja forrado, internamente, COl!J pano
de seda branca e envolvido, exteriormente, por uma
LUCARES DO CULTO 2M

cortina chamada conopeu ou pt1W;//úio ; é sinal de vem,-


raçio a lembrar a presença de Nosso Senhor e despertar
a atenção o devoçio dós fiéis.
3. 0 Guarnipiea do Altar. - Guamiç&s do altar
são ; as toalha., o antipendium, a cruz e os castiçais.
A. - Toa/Juu. - (F"ig. 14) Haverá. para cobrir o
o altar, tr& toalhas (WQa, dobrando-se, pode servir
por duas). Têm por fim absorver o preâoslssimo sangue
que acidentalmente calue, po.is os panos &io de purifi-
caçlo mais f&cil que a pedra. A fazenda deve aer clnhamo
ou linho. O bispo, ou quem êie delegar, é que benae as
toalhas.
Uma guamiçlo ao redor do altar nio entra nas
tradiç&=s litúrgicas. Todavia, nio é proibida.
•B. - dntipendium ou Fronla.l. - A Rubrica enca-
==~l:r.beà ~:;!º dês~m~ 0 n:"l8~~~
C. - d Cnu. -A Rubrica preceitua que se 00loque
no altar um crucifixo, para nos rccordar pxe o sacnricio
da Missa é o mesmo que o do Calv&no.
. D. - Lu.u.t. - O empl"!go das !uses é antiqu!ssimo.
Encontramo-lo no Antigo Testamento (1). Nas origens
do cristianismo, era mesmo absolutamente necessário
d:.~..~:n,~
isso
culto. Mas
na!iesese ":aha:!ri: :!tdo
nio tirava a dunon.rin,çao de rupeiáJ,
lumrt1. e dejulneia. que as huies constituíam. Assim
como se levavam tochas adiante dos pr{ncipes, para
manifestar profundo acatamento, ef8 de ~ o ponto
conveniente que fu1gurassem os clrios
diante de Nosso
Senhor Jesus Cria~ o prfncipe dos prlncipea.
!l)No-lo""l..i........._bo.ro.ooot11ooldo-,-do,.....,
-fllw,('l"....•4$71. Noi..,plo-S.lomioodllk>ou._ ...... aullgoll ...
:: :.i:::.:.::: 'C s:.::..- -·. _,,,.,,•• -UVI<> dao
270 LUCARES DO CULTO

Primitivamente, nil'.o se punham no altar os castiçais


e lâmpadas: fdra incômodo, não havendo estante. Eram
colocados cm qualquer lugar da igreja e na frente do
altar. Desde o s&:ulo XII, é que os castiçais foram postos
nas estantes, e os candelabros (Fig. 15) nas banquetas
do altar. - Devem acen-
der-se duas velas na missa
rezada, seis na missa cantada
e sete se o celebrante que a
canta fdr ,bispo, por causa
da dignidade episcopal.
Os cí,fos simbolizam a
divindade de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Têm de ser
de cêra de abelhas, não de
sebo, nem de outra COmpo-
siçil'.o qualquer ('). ·
3." Dependências do
altar. - Podem considerar-
-se dependências do altar :
a crcdência, a mesa da co-
munhiio, a lâmpada do San-
r1 •• 1s. - C.ndolobfo<Qm•n0- tíssimo.
A. - Credência.. - (Fig. 14). É uma mesinha,
à direita do altar, para nela se depositaremos objetos que
serão utilizados nas cerim,'.inias da missa : galhetas,
prato para as abluções, e nas missas solenes o livro dos
evangelhos, o d.\ice preparado e o véu chamado umeral.
A credência, de tamanho diminutc,, substituiu o tabu•
lciro grande, em cima do qual os fiéis vinham outrora
dei:<ar as ofertas de pão e vinho que haviam de servir
a:;ª d:as;c:!~~e:ª missa. e para a comunhão debaixo

(1) Enl<a •• Q1>0mlçõ:,,, podo,lom0> lamWrn ....,..lonor o Htonto poro.


o ffllaal • ., lrtt • - do ollat (Fig. 14).
LUCARES DO CULTO 271

B. - Chama-se mua da comu.nhao, ou ~ mua.


a balaustrada ou grade com toalha, ao pé da qu:il se
ajoelham os fiéis, para receberem a comunhão. Na
origem, era uma mesa verdadeira, retangular, com
&n:a de ti-inla centímetros de largura. Na hora da
comunhlo, cobria-se com toalha pr6pria.
· C. - Ldmpada do &ntlm"mo. - É prescriçlo rigo-
rosa conservar BCCBB, sem interrupção, ao menos (1) uma
~%d: s:~tl!:i::· ~°.c~'!!t:• ~~ant ~~e ª~:!e~1i~
mentar ·esta lâmpada é azeite de oliveira; mas o bispo
~~rr:it~:ctt• ::~k/ uso de 6leos mincra 15,
A lâmpada que fica como que sentinela e guarda
de honra junto de NOIISO Senhor, simboliza, ao mesmo
tempo, Jesus Cristo, lul' do mundo, e as trb virtudes
teologai1 do cat6lico i fé, esperança e mõrmente a
caridade que lhe há de ahl'DIIBr o coraçi'o de amor para
com a Hóstia Sagrada. ·
465". - VIII. Outras p1ças do moblllirlo da
igreja. ·
1.0 O P61pito, - É uma tribuna donde os prega•
dores doutrinam o povo fiel.

S6 ê: 0
d::i!;~ba!~ic&:ú:::td:~r:i=~ :itro
da palavra de Deus. Pregava-a sentado na cadeira
liscopal, que ocupav11. o fundo do BBntuário, atrQ do
trt~/~:'da~a:d:!rie~~i=i:1~l1;k:. ~&:.a::~
272

am.6on ou •Ju.h•, certamente porque o que havia de


cantar as liç&s ou o evangelho, volvia-se, antes de
começar, para o lado do bispo ou do celebrante e pedia.-
-lhe a bl.nçlo com catas palaVl'IIS: oJ,J,e, domnt, k,re-
dlcuó. .
Pelo sEcuJo XII, faziam-se as preg~ s&brc
uiradtN' m6w:U, que se transportavam, conformt; as
circunstancias, aos diferentes lugares da igreja. Mais
tarde, estabeleceram-se p4lpilw jizs,, geralmente encos-
tados a uma coluna ou .li. parede, em meio da nave central,
sempre na posiçlo qué JM!hor permitisse aos assistentes
ouvirem distintamente a voz do pre,ador.
2.• Confessionirioa. --,- ConfessioM.rio é uma
espkie de móvel com tr&s reparfiçiles. Na do meio,
:;:.,~oi~;:u~~::=~:ih~ oN~=~:
e um crucifixo. ·
No século XVI, é que começam a aparcc:cr os con-
Jeesiom1rios. Antes dessa época, o padre sentava-se
num banco de pedra e o penitente &Joelhava-se junto
dae.
S. 0 Õrpo. - É o instrumento de música desti-
nado a tocar em acompanhamento do canto chio e
realçar o brilho das funçae. religiosas.
4. 0 01 Sinos. - Sino é um instrumento de brome,
~dtª~':;om=l,~ti:11:: ~vidW: o:ªfiéi.c'b1:r't
mOmu.

doa~~~:! inovaçlo.!1nLJS:: t.~!=. i,~


de Nola (355-451), esta opi-
Entretanto, tal
nião cueoe de fundamento. TIIJlll,hQ s6 no século XII[
:.:~u~ :r::i.:mlleui!b:'d~j~
LUC.UE& DO ClD.TO 273

Os sinos destinadoe ao culto nm de ser consagrados


:eunt:~d~~:4"c:,n!:!J:lo Ji~: fr~?!d;
vulgarmente l,a.i,11no tb, .tino, Consta de W.rias abluç&a
e unções com o 6leo dos enfermos e o Santo Crisma,
::::~:d::a:r !~ P:Sfe~.:isr~et(:,t:~
santo ou santa), o nome dos doadores, do padrinho,.
d:
da madrinha, e mais sentenças como estas que se lêm
num si~ de Meb :
Laud;, Deum vuum; - Populum 110CO; Con.gngo cltrum;
Dejunclo.r pioro; Fugo Julmim, ; - Fula d«oro.
Louvar o verdadeiro Deus, convocar o povo, ajuntar
o clero, prantear os mortos, afastar o raio ('), embele-.r
as festividades : slo realmente as seis atribuiçiles princi-
~~~~Ú=;c~=~os(&,,~ ti=. ª1rt uclU9iva da
6.•Tamb6m. ~ c,ontarenlreasalfaiu (pelo 111811111
lacultalivu)daip,,ja,.,. •ti.tuas e pinturas de cenq ou persma-
Ctrn:•~ [~~:"Jore=• :,.~~fia, q,. ainda~ ~

2~~~-a!
;,.,ert1aisa111iudo,
nclouacn"! INRI
2_7_4----'"~"="~$ DO CULTO

"""anascosla5eporvezcs,lcturll.mlon.1mfü>. S.;\1igucléligu,•,,du
por um guerreiro que aniquiln o dr,,gilo. S. Gnbricl traz umn lirn
:;: ~i:~:.1:~~:~~f!L, ~~t'.':•~i :.~;~~- ~ i~rt:;~I~..,~~\:~
de Urio nn ·mão e .,:m ~ McJ;,,,1 ;c,us nos 1L,~ços. -·S'b. Ewm-
o,lirlar. S. Mnlcus npnrce<! com a !i.ionoo,,~, de u111 moço. Os outros
t•m, como ,,tc'butos, an"m,.· s"mból"cos: o lc-o ·,- '"oa S. Ma<Cos:
o boi, S. Lucas: e n ~guin, S. Jo.'lo. - /) O. ApJ.rfolo.r. $. Pedro
sofreu. O. !I:rnais Apóstolos são ~pre~~ta~:. ~m:... inslru~cn'Ios
que lhes servirnm de suplkio. - g) As Virg,11✓ tra:ocm na mão uma
IAmpo.da ott ]frio. - /,) Os nulrttru oslcntom pnlnws ou os instru-
mento• de tormento (S, Lou,.,nço urna grelha). - i) S. Martinho

::'.:.~i;!"; rt:s~.º;,~i:~.:1~:·.
na
S. LuSs de Gonugn está de Hrio
i~"vr·:~".,\c:~: ,1~•.t;:1~:~~
mi!o e çoroa ducal ao, p,\, ; Santo
t!::t.~bctt"•p~t7'g~\M~~n: ~;~;&~;:;:delift'.,"~.ª Rainha
Now,A s:::i.'":14cºJott~o:iu: .t~i'teª ,t;rln~cn/~ ..:ro':'beç1t de
Conclusão prática,
1. 0 Os judeus, quando entravam no templo, iam
cheios de respeito e de temor sagrado. Com ra7.ão,
pois,dissera o Senhor: <Tremei diante do meu san-
tuário> (Lt~., XXVI, 2). Maior respeito ainda devemos
ter nós, entrando em nossas igrejas que vieram a ser,
com a presença eucarística, verdadeiras casas de Deus.
Quanto ao receio, vantajol>amente será substituído pelo
amor e santa confiança, se tivermos coração puro.
2. 0 O sino~ a voz de Deus que nos convida à oração
e nos chama ao seu templo. Respondamos, indo pressu-
rosos, todos os domingos e dias santos. Não esqueçamos
tamb~J'l a recitação do dnjo do Slnhor, quando toca,
três vc= ao dia, pela manhã, ao meio-dia e à noite.
QUESTIONÁRIO. - I. I.• Quais eram os lugares do culto
p,,r.o.osprimciroscristloo? 2.•0ndcse r-cuni1tm os
primc;rosdisd·
pulos de Criato ? 3.• Que silo C..tacumbas ? 4.• Podeis fazer l\
1ua descriçlo sucinta ? 5.• Que so.bei, da arte teligiosa nas Cata-
215

K:;:~::~:::~;~~ti.!:i~t..p;:!u:~n:'!i:%~u:
baoll~~ ~;;n~ti~~? 3~-t::. t;v':~~::~lol? ~:.~:.:~~=
• 6.• A abside?
DAVC!?
. .

por~~l? 14~.<fi:,J:
ap11lnvr,a•confasslo
VII. !.•Quais
2.• QIII! vim a '"' o, 3.• Qu.il
sioasguamiçi:lado ha'l!ffl>O

2;~~:~•::~Í~~:~~!-uimi::;Jv:ta~~~
::..:?T- ~:t ~=•ª..'::
S,ontlaimo?
VIII. I,• Qw,ia do as oulrat parta ela ia"'ja, ? 2. Quo.l é
0

n antiguula~ d';' p,tl ito ? 3.• Que é


? 6.• (:o,no 11e NplfteD.(a.ffl
-s.nhora,<11Anjoa,S,
Virpna, m Mhtires? 1.•
a.• J,IÇÃO

Objetos do Culto

º [ ··-· Hr!'.:~;..
. . 1.•=----1l B.;!º ......
'{!iS:+--
âie:_. .
__
,..,., ....
hui,.,._.
··-·/i
.ll.doo •lo/,-
_;.,,.,;.,,.,
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e~.r.: ::::··
e -...., ... { • - •

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. . ==-
•h-
DESENVOLVIMENTO
468. - 1. Objetos dó culto.
LtadesignaçloseralabraJIF: l. 0 ~wuo.r.lí'IW#LCO/;
2.• as rou.JNU li/Argiaw; !$.• os ptUtUIIMiu lil6rg1COI.
467. - li. Vasos lit(írgicos. - Artigo 1.
1.0 Definiçio.-Chamam-se l'QJ"O. !Úúrgico.r todos
os Vll$05qua se usam no culto divino,
2." Eapécies. - Há tr!s classes de vasos litúrgicos:
=:~: ;::,ao::t:r.:::;objet °':i~en~!":!%~
gradn.r nun "/Jrn:rido.r. Na primeira categoria entram o
cálice e a patr11a ; na segunda, o ct'66rio, o o.rirtuórt.'o
ou c,ut4dia; na terceira, as !Jlllhrliu, o turl6u.(D, a nar.Wo.,
a co.ldririn/io. e o l,i.rnpr, a campainha, o it1.tlru.mr11ID dr
paz ou o.rculo.lório e o l'&RI de al,/uçõu.
468. - Ili. Vasos sagrados. Cãlice e Patena.
A. - DEFINIÇÃO. - Cálice é
1.° Cilice. -
: :::;~:,o luevÍnh:~(Fi;. s:tricio da Missa, para
B. - FORAld.
- Variou muito

1
fumia do ~nc:~ ~
a) Enquanto vigo-
rou o uso d11. co-
munhão sob as duas
espkics,oscl.liccs
eram grandes. Cha-
mavam-se mini.rle-
rio.i.r. Eram provi-
dos de duas asas
para facilitar o
transporte. Tinham
essas dimensões por
causadoavultado CG~!ioo
número de com.un-
·ganfes. - /,) Desde que ficou proibida aos leigos a co-
munhão sob as duas espkies, reduaiu-se o tamanho
2TB

dos cálices. Suprimiram-se as asas, agora desnecessárias,


e adotou-se a forma atual (1).
C. - AlATÉRIJ/.. - a) Nos oito primeiros séculos,
nio havia regra neste particular. Por isso, nessa época
aparecem cálices de substllnda1 diversíssimas : ma-
deira, mármore, ágata, cobre, estanho ; muito mais
vezes; porém, slo de vidro, de cristal, de ouro, de prata.
- /,) Segundo a disdp]ina de hoje, a Igreja quer que
a copa do cálice seja de ouro ou de praia dourada no
inluior -(em caso de pobreza é permitido empregar
estanho dourado). O~ pé do c1Uice
pode ser de outro metal menos caro.
D. - coNSAGRdçio. :_ Co11,14-
gra...r11ocáliceantes de entrar em _....
viço. Só o Bispo tem poderes pàra
faser esta c:onaagraçlo·(').•Ocálice
raa:rr:~es:sn:f::.~•~u~ik
tiraram a forma primitiva e o tor-
narani impr6prio para o uso a que
se destinava ; - /,) quando serviu a
maus usos ou foi p6sto à venda. O
· c-'lice e a patena
não perdem a con-
sagraçio gasf!lndo-
se nem reno-vando
se o dourado ; po-
~~1 :':•i?.ua~'!°ig~ ~
de mandA-loa dourar de novo• (Cl,i. 1305). ·
2.• Patena. - A. - DEFINIÇÃO - Patena (do
latim •patina.•, prato) é uma.:cspécie de prato pequeno
~aopfdo"..Ola.nlD,abrl,iG--
ta1T-bmoo~-p>doa--NIPO 1a,·-por-n1ooe--
_ _ __
OBIET08 DO CULTO 2°t9

de forma redonda que serve para receber a sa,rada


H6stia (Fig. 17 ói1),
B. - FOR.t1/A. - a) A paten.a outrora era prato
de ;randes dimensões, no qual os Iiéis depositavam
os pies trazidos para serem consagrados. &a a patena
ministerial, correspondente ao cálic:e de igual nome. -
/,) Hoje é de tamanho muito meDOr, proporcionado à
copa do c&lice que ela deve cobrir,
C. - .MATÉRIA E CONS,«;RdÇdO. - O me$1Zlo
que foi dito para o diice, também vale para a patena (1).
469. - IV. Vasos benzidos.
I.• Cibório. - A. - D.EPINIÇdO. - Cibório é
o vaso que encerra as hóstias consagradas para a co-
m1111hlo dos fiéis (F'ag. 18).
B. - FOR.MA. - Muito variou na lorma o vaso
deatinado a conservar a SantÍsliima Eucaristia. -:.a)
Outrora, era uma_tarre ou uma'pomba qu"e se suspen-

ti
diam da abóbada do ci/Jorium (464), ou também uma
urna ou laça, colocadas do mesmo modo. - /,) "Esta
ú1tima forma preva1eceu, porque mais c&moda. Atual-
mente, o cib6rio é uma taça fechada por
!::paas q:S;J:i':J~ved/~f:.ensões variam
C. - ~IATÉRIA. - Nos primeirc>s

preceito, de
:~::~~:a
::1°:' :reem;'modo cibórios
que houve
qt
de
·~
vidro e até de madeira. - I,) A disciplina
atual exige que a copa seja de ouro ou de v\.."t :W.1o
prata dourada no interior. ·
~lioeo•po-....i.~lflduW"°")O•...,--•eooU,.,..
~~~~i!°~~~~;:~ri:~:::..:~t
280

D. - BBNçJO. - O cibório nll:o J)90.c recebei·


consAIJl'açio como o cálice. S6 a bançio, E cerimônia
resel'vada ao Bispo ou seu representante.

f"ºNota. - É mister encobrir o cibório com um de


véu
precioso: Jida branca, lecido de ouro ou praia.
sin :obcr::"ia,dle:tr~!~fié~; :°;=~~~ºd:1:;
11

soberano {Fig, 19),


2.• Ostensório
ou Cust6dia. -
A._ - DEFINI-
Çl'IO. - o o.rltll•
drio Oat. m. ~-
ltndvt•, •o.tltn-
JUm~, mostrar),
ou CIMlldi'a, é uma
peça de joalharia
(Fig. 20), de bas-
tante altura para
que 011 assistentes
apossam ver, Lu.-
núa (Fig. 21) é
uma espécie de
esaínio anular, de
ouro ou prata, des-
tinado a receber a

ô
H6stia consagrada
e a ser introduzido
no centro do os-
tens6rio, para ex-
posiçlo às aclora-
çfSes dos liéis.
OJIIF,TOS I O CULTQ ~'81
·-·--~-~
sentar o Santlssimo Sacramento ao culto dos (iéis foi.
imaginado como·proteslo e desagravo contra as hcrcsÍII$
que impusnaram o dogma da pruença rta/,
A principio, os ostens6rios tinham 11 • forma de
esícra ou de t8rrc. A de sol irradiando, que se lhes
dá atualmente, é do séeulo XVI.
C. - illdTÉRI/1. - A luneta que recebe II San-
Hssima H6stia, deve ser de ouro ou prata dourada, com
faces de vidro ou cristal, que deixem ver a H6stia.
D. - B.iNÇÍiO. - Não é de rigor a bênção do
ostcns6rio propriamente dito, mas é de alta conveniência.
Quanto à luneta, é preciso que seja, como o cib6rio,
benzida pelo Bispo ou aeu representante.
Nola. - a) S6 o sacerdote·e o diácono podem tocar
nos vasos sas:rados que enctrram a.r Sanlu E.rpki"u. O
leigo que tocasse então nestes va110s, fora o caso de
necessidade, cometeria pecado mortsl. - ó) Quando
vazio.r, • podem, os clérigos e
os demais a quem far con-
liado êste mister, locar no
cálice e na pak11a, assim
como" nos .rangu.inho.r, pabu
e corporaU, que serviram
para o sacrifíc::io • (Cdn. 1306,
§ 1). No ostell!IIX'io sem a

.......
luneta, pode tocar qualquer

470. - V. Objetos li-


t(.irglCOII nem consagrados,
nem benzidos.
0.~lilt'lrgk,u,Mmc.,m•
.,.,....doo_;.,.mbenzidos.sloos n..a.-T..-io.
,.quintes:
J.• 11,Jlllfkl,,,, poqucnus =ipientn da c,ri1tal, ,·id,u ,,., metal
282 OBJETOS DO CULTO

T
em q,,_, se. colocam a qua e: o vinho destino.d.,,. ao Santo S.,crilkio
d.a Missa.
2.•0bufW/o(Fir-22l,l"''I"""º
!:i:i':~";'!::".J.º' õ'.::1:i:; \'.':J::
remonta à mais Nmola nnlii;uidnda:
•iudc:u1ol,,reciar0-n0n Jeovionalt~r
dosp,rlumes. Aprovcit.i-oa Isn:i11 p,.,ra
01 roe.mos lirq,: para prestar homo-

.,_,IS..:._ - :~T,:•di~~,jn~l:.siTa':.,~;~a::n:::
tenslo,parahonrarpea:o,,,sec<Msa1que,de•laum1nodo,parlicipam
danaturcAa da autoridade! de O.....
3-•An.,,,Ja(dolatim•-;.,•,nau)lcm&ale110111Bporca\1sa
da forma. Serve para 1..ardar o U\Censo (Fii;. 23).

s~;;tlf~i~rr•
1
4.• d caJJ,,irúJ. a o l,U.,O,u, - (Fia", 24). Coldeirinhn e\ um

1
<:1..COp,.,d•..,

t,wop_.. .
atenJ;." d"!sfm:t~= =•" ;::;;:,~:~~•d:
S..ntoS..criffcio.·
6.•0üutrummtatk,,.:zouHad,,Uri.. fs
umobjetockmetale111, ueestt!. avadaacrua
• n:;;.:-;i;I=•
otcmpo,entraram
• lfois11bs1.ituldoo
Ulltron1e11.todepa-.pelommo1parausod0Sí..!i1.
·1.• O p,ui/ifftlri., com a -'l!ua na qual n 1,-.ccrdotc puriíica
0S dedos, quando diatribui a comunhro fora da missa.
' lnc:luir-a-iamaino3a",entreosobjet0$1' •
oud-l,opl/i11ea,.,,,J,d,,.,oupáliopcqu
talo móvel, debo,ixo do qu.,l oe abrip o
.,.,procilllla; tambEm0Sul11.Nitrrlu,que
dades, 011 Nm/,W, com im•sen• eh N -
a que oe levam nas proc:iallcs.
283

4n. - VI. Roupas lit(irgicaa. - Artigo li.


Ai;rupam-se em duas categorias : I,• Aa que rece-
beram a bênção. e 2. 0 as que não a receberam.
1,0 Roupaa benzida,. - Temos : o corpoml, a
pala e as toalhas do altar,
A. - Corpora./. - Corpora] (latim •c,rp01vdc •, de
e corpu.r• corpo) é 'o pano sagr-ado que o sacerdote des.
dobrâ•no•a1tar, ar fim de depositar a h6s1ia e o· c:álice,
j5fo é, o-corpo de.Cristo. Deve ser feito de cânhamo
ou linho e sem bordados no meio, para que nlo possam
perder-se as partfc:ulas. Nos Angulos, podem-se bordar
letras. Pode haver rendilhado n0lil contofllOS, Uma
cruzinha, numa das bordas, assinala a frente do pano,
indicando assim qual é_"a parte que deve ficar do lado
do sacerdote.

serve8 ~~ !c: &!i!c.pa:t d~dor:!mq:J~:Weº'ci~


11
~
lar,ura mais ou menos igual à do pé do c&lice. O uso
dbte objeto niio remonta além do skulo XIII. Dantes
o corporal era muito maior do que hoje, do tamanho
~:;:~~•1 !ªp:;i;.r•r&~ ': 1:~i~ªlºf.:ifi~rd:
:i::ai::teri~&l~~~r::!:m
USO
corporal e adotaram o
co:~irdi:.e:bt
pano,.
de outro diferente do
corporal e conhecido pelo nome de pakt..
C. - Toitl/u,,1 tk altar (Ver liçlo anterior N.• 464).
É preciso que o corporal, a pala e as toalhas de altar
sejam ben:i:idos. pel~ Bispo ou seu representante,
2.• Roupaa não beazldaa. - Temos : - a) o
%·n:, 12~s :-':s~~;d:!~ s::J: :~:n::~ªd.:
0

abluç&s i - j) o mamullr9ia, que o padre utiliza DO


284 OBJETOS DO CULTO

lavabo, pa.ra enxugai' os dedos ; - ,:) a foa/1,a da ,:o.


munl1ão; - á) o ,:onoptll ou pai,i/11ão do sacrário (N. 0

464) ; - e) o viu do cálice ; - }) n bô/.ra (Fig. 25) na


qual se põe o corporal : e - g) o Plu de ombro.r, com
que o rubdiácono envolve a patena na

[jfJ missa solene, e também se usa nas


procissões e b~nção do Santíssimo.
Ainda que não seja necessário, li(Urgi-
. camente, ben:•.er o sanguinho, o véu

r e. - -· ~::!~:i~:r~!~S: be~J:;;1:e:i~~~~i;:,~
19 •

Nota. - e Não é permitido entregar a leigos, nem


mesmo religiosos, sanguinhos, palas e corporais que
serviram no Sacrifício da Missa, para serem lavados.
Cumpre que um clérigo, já de Ordens maiores, passe
primeiro êstes objetos em água que tem de ser lançada
à piscina ou ao fogo, se não houver piscina• (Ctfn. 1306).
472. - VI 1. Vestes litúrgicas. Vestuário ecle-
siástico nas origens. - Artigo 111.
indag~::: ~:~;~ª: :~~ ~::i:ri;;:c:"t~:j~:·:í:.l!':r!:~•;~;1r·~:
0

vida partioular como no desempenho dnslunçiles sacras.

1, T,oje, ed<aió,Hro, = ,id, ,o,Heuio,.


- Durnntt, o, primc;ros século, do cristianismo, o
, ,
'
vestuário do, cdcsiástioo, cm nada diferia do,..,,.
tuáriodo,·]eigos; lavrandotan!asvczcsnnsocic•
dade o logo d.i pc,..,guiçlio religioso., a mais ele-
mentar prud~ncia aconselhava que se evilA...,m ,
cuidadosamente quaisquer distintivos que pudessem ,
chamar a a!ençlio pública, e revelar no, agentes do
10verno quem era ministro do Senhor. Ora, o,
::!"cns d~s &P?Za~ seguiam du;: modas p•inci• /.

=~ t::!~..1:,":nc:)a~:t:'!idat =•~!"'!\:;:: r~J'tv,;,!!;,•.


ga.a, ou a toga (Fig. 26) que era uma espécie de

m ccima do ombro esquerdo. O. trajes da n,ulher eram mais ou


osantep&aa.
aacra■.-N&o
c:omotrajavamoodl,tipdootrEa
""=~n::,!:-.:...•:~
o:•.::..j.:"~..,"':,:':!'.::}..'3:
d&iao- IINv1un n;,.s o:rim&nias do

::: :~i~~:~==~~;Ei!";S";~:!:!;~
OPl!lênciadoquc.asroupasc:ommis.

dos J~::i: ~~~~~/;'.":..!iw: =m=";-..:eu::


::. -:-.:.. . ~-"~r;•.:.':=~t7'..:. .r:
. ~::r=:. ~
"""'"" q,umptlil; - ~) p,uw-nlH rur,.,.Ju u P■pa,

473. - VI 11, Paramentos llttfrglcoe dos sacer-


dotes e dos minlstros inferiores.

li~::i:n~~~t• ;fllOsJi::~
o amibJ, a •Ivo., o clnplo, o nianlpuW, a ulola e a mmla
(Fóg. 27).
A. - O AÀIITO (do latim •amiclu.1•, manto véu)
(Fig. 14), - O amito, c»n80aDte a etim.olo,ia do vocá-
bulo, é um pano que c:obre o pescoço e os ombros, a
modo de vfu. Parece que foi adotado no HCUio VIII.
• JuJsaram mais decente, dis Bento XIV, que o sacer-
dote, para <dehrar, cobrisse o pescoço e os omhroe ».
286 OJIJETOS DO CULTO

A bte motivo de ddncia, acresce um motivo de utili-


dade nos paÍIIC$ frios. A princípio, ·o amito envolvia a
:t: j~M~~ PJ:=:,/X~!: :?nl:d:;ã:t
barrete, já não se usava em cima da cabeça o amito.
Todavia, algumns Ordens religiosas têm conservado o
uso antigo (Fig. 14).

feito ~:=.n~'t::~; :J::- ruerq~~~<k e:


e obrigado a repelir os assaltos do demônio.
B. - .d .dLY.d. - Originàriamente, a alva Cra essa
mesma túnica de que se falou no artigo anterior : traje

·~~
rendas. Esta Uimca teve na Igreja
latina os dois nomes : la/ar e 11/wJ..
::::e<':~~
isso,
~I~ :1:a~~;
veste talar. ,d/w, (do latim
ca/1,a•), por causa 9• côr branca.
==== A alva, diz Santo Tom~, repre--
n. _ s.-.tot. senta o· vestido que puseram a Nosso
J'ls.
PI,__ por. • Mlooo. Senhor, por escárnio, no tribunal de
Herodes. A sua alvura é símbolo de inodncia.
- C. - O CfNGUUJ. - Qua1quer- ~te talar, e
a tánica portanto, exige u_ma cinta ou cordão, que segure

:-:~~ÉJ:::.
as dobras. Logo, o cln_gulo vem a se~ parte integrante
nlo deiur que esta 6que muito folgada
OBJETOS DO CUI.TO 287

No o..rpdo .rimbdfi,:o, o cíngulo, que énvolve os


rins, é sinal de castidade. Os \iturgistas também apontam
nêle uma recordação das cadeia..r que acorrentaram Nosso
Senhor no Horto de Getsêmani e dos açoift:.1 dajlagelação.
D. - O JfdNfPULO. - H6. divergência entre os
etimologistas, quanto à origem dÊste vocábulo. Alguns
querem que provenha do latim < mappula >, isto é, pa-
ninho. Outros de • manipulu.r•, paveia. Aliás ambas
estas opiniões são perfeitamente justificadas e aceitáveis.
De fato, o· manípulo no princípio, era o pano ou lenço
com que se limpava o suor do rosto ou das mãos. Na
vida particular, era usado para Êste fim, por tôda a
gente. Os eclesiásticos também o usavam durante a
celebração dos mistérios. Traziam-no uns e outros,
segundo a praxe, no braço esquerdo, para ficar desimpe-
dido o braço direito. Aproveitado, no comêço, para
asseio,· tornou-se paramento litúrgico quando os bor-
dados e as rendas o transformaram em objeto de luxo.
- Hoje, marca-se com três cruzes, como a estola.
No a..rptlu .rimM!icu, o manlpulo lembra ao padre
a servidão livremente preferida para a glória de Deus
e salvação das almas. Recorda as labutas e os padeci-
mentos da vida evangélica. Í:ste manípulo de pranto
e doL"es é uma como paveia de obras boas enfeixando
os frutos dos trabalhos apostólicos.
E. -- d ESTOLd (latim ·.rfola, veste roçagante).
- Entre os romanos, a .riu/a ern vestido comprldo,
bastante parecido com a túnica. Diferia sómente por
ter muita renda e passamanes, de alto abaixo. A ..riu/a
era vestido próprio das matronas mais afortunadas.
Contudo, ~ vários personagens de vulto, Marco Ant6nio

a:::i:f;n!r:~3~~2,,::,~ª!~
rd;,re ci!8:das0 ~:;:s,ir:~:~
matronal, de modo que esta peça veio a ser comum
aos dois sexos. Mas de que maneira se transformou a
DoutrlnaCat6Uoa•O.Suvorlor-lO
288 OBJETOS DO CULTO

.dDla, veatu1rio amplo, nesta faixa estreita que chamamos


estola 7 Julgam que foi simplesmente suprimido o
vestido e conservada s6 a borda do mesmo. Borda dizia•
•se IH'4 em latim. D& a designação de orarium que se
d,, às vezes, à estola». Os eclesiásticos imitaram nisto
os leigos. Quer na vida .civil. quer no exercício das
f ~ sacras. vestiram a principio a estola como Mbito
de gala, e, depois. guardaram dêle.Unicamente a borda•
dora rica.

VI. e =~:r.:b:O~.t=~~u::.dr=:.~
Todavia, ~ as normas esfabelecidaa pelo concilio
de Mogúocia (s&:u.lo VIJI), os diáconos já não podiam
us&-la seDlo no eJterclcio das funçêSes ecleaiásticas no
~~=1=:0naosE~~~j~
/ari~~e:
8

sivo elo Sumo Pontilice, como emblema sua jurisdiçilo


universal. Os bispos, sacerdotes e diáconos s6 devem
trazê-la no desempenho das atribuiçõee próprias. das
respectivasOrden, : na
Miua, nae bênçios
e po.ra a
administração doe sacramentos,

de v!:~eot~~a:o-:. :1:r~':'tra°'nsv~~
mente no ombro esquerdo, de maneira que q duas
e:dremidades vlo C8U' debeu0 do braço direito. Na
miau. os J?8<1res cruzam-na no peii9, ao passo que os
bispos a deu:am pende~ de cada lado, para nio esconder
a cr,JE episcopal (1).
A· e.tola é sempre adornáda com te& cru:ces, ficando
uIOB no meio e u olitras duas nas extremidades. Assim
colocada, ao red'or do pescoço, aimboliza o jugo do SenAor
que o padre tem de levar com COl'agtm e pelo qual há
de alc:ançar a imortalidadi!.

::.i=:-....=r.·.:1t·..-•-llo.dt-••
~ - 1 1 D h o m ... ..... -pa11o,-.
-=::'::'q~!":i!'~=:.-.::-y::'.
OIIJBTOS DO CULTO 289

F. - A CASULA (latim-•eia.rufa•, casa~pequena).


- A casula é o paramento litúrgico que os padres ·usam
por cima da alva e da estola, para celebrar. ·
Nas origens. era um manto lar,o e redondo, oom
uma abertura no a1to, para entrar· a cabeça.
Era de grande tamanho. Envolvia o corpo inteiro,
oomo que enclausurando-o, abrigando-o em casa pe-
quena. U1&vam &(e :vestuário, outrora, tanto os leip
como o clero. É o que se verlllca nas pinturas das Cata--
cwnbas. Aí, com efeito, vemos piedosos fiéis, hmnens e
mu1heres, trajando plnalo.r perfeitamente iguais à caaula
antiga (Fig. 30).
form;e;;:in~.".8eN:d~se:1f.á: :5ô::../ª!:
decorrer dos sécul01, várias modilicaç&s.

me·n~:c:i~i:::ªpu~~~ac1:ado."m!;!:
Mesmo assim ficava ainda inc&moda, de sorte que,

~=- é:mc= d:S"':bas°:iZ~l: !e:~~


afinal, cortaram tudo quanto tolhia a liberdade dos

uma na frente e uma atrú, acham alguns artistas que


a casula perdeu~"em, elegância o que lucrou em ~ -
dado~)-
No "uptlo ,n"nú,d{ico, a casula, a cair nos ombros do
sacerdote, envolvendo-o por inteiro. representa, como
a estola, o jqo do Senbot- e a caridade que ae· deve
p011Uir para Deus e para as almas.
2.• Vestes dos mimatros Inferiores. - Naa
Missas solenes, 01 patamentos do di6cono e do subdiá-
cono slo os mesmos !JUC os·do padre, menoe a casula.
Em vez desa, o diácono 1l9a a dalmática (F'"ig. 28), e

---•-111----~-
o suhdacono a t.S.nica.
...-..-.-u. . .
~ i . . . . i . . .. ...i......-i.,---
(i)
290 OBJETOS DO CULTO

ma1ta·::fe4ffi~~fn!O~j~~=t
- Este paramento era outrora traje
caraterfstico dos dálmatas. Dal o
seu nome. Tomaram-no diiste povo
os romanos, pelo século II. Tamb.;m
o ti.dotou. a Igreja para as suas ceri-
m&nias. Primeiro, reservou-se aos pa-

!:~te:1::. :!Í:rt':J:,2 cJn~~r:~Fi•


aos bispos a mesma faculdade.
nalmente, no século IV, determinou o
papa Silvestre quefôsae ins(gnia priva-
tiva dos diáconos de Roma.
Aos poucos, modificou-se a dalmá-

n:;_~ • ~ ~~Pª!:e1;1.:,sa: t:mua::bsa:rd;:


por duas tiras que encobrem o ombro.
B. - TÚNICd. - Embora seja wste própda do
subdiácono, a ti1i;üca não difere da dalmática. Primitiva-
mente, sim. A fazenda e a forma eram outras. A túnica
não era fio larga. Tinha mangas mais curtas. Na
opinião de....alguns liturgistas, foi o colobium que deu
origerh a &te}paramento. Era uma túnic11. que alcan-
çava" os joelhos e tinha mangas muito pequenas J por
isso lhe chamavam colob1"u.m. do grego ko/OD(),/ que signi-
fica •cortado~.

r~&l~!::rª
de Deus.
~= :<!;adoª~m:J: !':r~;
No tupttD 1imMJU:.O, a túnica lembta, conto a dalmá-

3.0 Outras vestes wmuns aos acerdotes e


aos ministros inferiores. - Além das vestes que
acaba.mos de estudar, convém mencionar : a &0brepeliz,
o roquete, o barrete e a capa.
OBJETOS DO CULTO 291

A. - SOBREPELIZ. - No comêço, a sobrepe)jz


tinha mais ou menos o tamanho da o1va. Depois foi
diminuindo, até que modernamente nio vai nunca abaixo
.do joelho, Usam-na os clérigos, quando assistem às
cerimAnias da Igreja ou desempenham alguma funçto
edesi&stica.

t pa!cido ~~~~b~T=:!:;:~~j;:
Muitos bordados.· De uso exclusivo dos bispos e dos
o6nogo,(').
C. - BARRETE. -:- Como já se deu a entender,
o barrete nilo era conhecido dos primeiros séculos. Nas
cerim6nia.s litúrgicas, os padres iam pua o altar, de
cabeça coberta pelo amito. Na: vida civil, tinham o
capus pendente do manto e chamado liinu- ou plnal&
No século X, julpram muito difícil e pouco airosa estf
moda do se cobrir. Adotaram, em seu lugar, wu ~
de cbapfu redondo e, mais tarde, quadrado. Ve10 a
ser o fHurde.
D. - CAPd. - (F'ig, 29). Também se diz p"""41.
Era um manto grande, aberto na frente o piovido de
P!:J:rªaT;!::n:i:u1ili\r~«:1t:o~=
modificações o recebeu variados enfeites. Na Idade
Média, bordaram-na com brocados de ouro. No século
XV deizaram de lhe adaptar o capus.
O uao da capa nlo é reservado aos sacerdotes. Noe
oru:ios, nas B&nçios, na, prociss8es. tanto a levBJP. os
mais categorizados -ministl'Olil do culto como os clérigos
de onlens menores.
4.• Fnenda dos puamentoa. - O amito e a alva
t&in de ser feitos de fio. Para o clngulo, podem ser de lilUlO
.• .-~·-pmtdu.._ __ pdpdaoclaoaea.p. ... , º"""""'"'
292 OBJETOS DO CULTO

ou cânhamo e até• de sêda. Quanto ll.s demais vestes


sagradas prÕpriamente ditas : .manípulo, estola, casula,

f:t:;e~}:~~::i:~:~:~: s;:~!;~:~
de pobreza, a mistura de ~da com
algodão.
5.° Cõres litúrgicas dos pa-
ramentos sacros. - No prindpio,
apenas se usava uma côr : o hran•
co. Pelo século XII, vemos admi•
t~das q_u~tr':> côres. ~tualmente, as
~.::el~~.r~~:Je~~~~n:o ;re~~~nco,
a) O hranco é emblema da
nlegria e da pureza. Usa-se nas
festas de Nosso !Senhor, de Maria
nv. 29, - ç.,po.··.,,l>;lo, Santíssima, dos~ Confessores, das
"""' ººP"" Santas não márti~es, e nos domingos,
desde· a Páscoa até à Ascensão. - f,) O vumt!/10 simboliza
o fogo da caridade e do amor divino. Usa•se nas festas
da Cru:,;, do Preciosíssimo Sangue, dos Apóstolos e dos
Mártires, <i desde a véspera de Pentecostes até ao
domingo da Santíssima Trindade. - e) O Perde é sinal
' de esperança. Fica reservado aos domingos quase todos,
menos os que requerem o branco (tempo pascal) ou o
roxo. - ,lJ O ro:w é símbolo de tristeza e mortificação.
Usa-se nas épocas de penitência e luto, durante o
Advento ; desde a Septuagésima afé à Páscoa, nas
Têmporas e nas ·Rogações. - e) O prelo indica o luto.
É usado nos oHcios de defuntos e nas cerimônias da
Sexta-Feira Santa.
Além destas ctires litúrgicas, temos o tecido de
ouro que pode substituir o branco, o vermelho e o verde,
em circunstâncias soleries, mas nunca: o roxo nem o preto:
OBJETOS 00 CULTO 293

&. B8nção doa paramento,. -


Podemoe 11lirmar, de modo geral, que é
mct;vi~:~:a~top:,cl;:;~~~
tica, à túnica, e maioreiJ ainda quanto à
capa. pon;iue não se usa diretamente
para
o sacri6c10 do missa. Esta benção, é o
bispo que a deve dar : mas pode delegar
um simples sacerdote. Os paramentos
perdem a ~ o quando se estragam ou
MI deteriora a for_ma pr6pria.

474.-· IX. Vesteseinsigniasepls-


copals e arquleplscopais.
1.0 Veatea e insígnias epbcopaia.
-Além da batina roxa, temoe as seguin-
tes inafgnias episcopais (Fig. 30):
A. - SANDJLJAS. - Na dUJci.
!'!\: :t!f:.~~~ª~;i!reco:~J:
bispo9 conservaram êste uso, Tomam
sandálias de sada bordadas a ouro.
B. - CRUZ PEITORAL. - Era
oostume dos primeiros cristãos trazerem n.,. 30.

=-~
CODSigo alguI1$ objetos sagrados que evo-
cassem a lembrança de Nosso Senhor.

!~~i~t~~t=:
'ma Eucaristia. Mais tarde, usou-se a
• cru.icomo distintivo dos cristãos. Desde
o aéculo XIII, ficou reservada aos Bispos.
t=r•t~ •

A criu peitoral é de ouro. Encerra


reliquias doa santos mártires. Recorda
a quem a usa que é vigário de Nosso Senhor Jesus
Criato e tem obrigação de imitar o Divino Mestre.
294 OBJETOS DO CULTO

C. - TUNICELAS. - São a dalmática do diácono


e a túnica do aubdiácono. Estas túnicas menores, de
.ada muito leve, o Bispo veste-as por cima do amito e
da alva. Tlm por fim simbolizar a plenitude _das Ordens
que o PontUice recebeu e o poder que êle tem de comu-
nicá-las.
D. - LUVdS. - No altar, o
BisJJO usa luvas de c&res varia.das,
conlorme o ofício do dia. Os
llturgist:as interpretam-no como
sinal da pureza do coração.
E. -ANEL. -O Bispo anda
sempre de anel. É para indicar
auniioexistenteentrefileea
diocese.
F. - .AIITRA (latim miira,
faixa). -Nas origens, a mitra
eta uma fa.i.:a estreita, prêsa à
fronte por meio de cordaes. Atual-
.,._ a. - - . mente, vem a ser uma espécie
de ca.JWlcete de forma elevada,
cheio de bordados e j6ia.s, com duas fitas atrás caindo
nas costas, vesUgioa dos cordões que outrora seguravam
a nii.tfa na cabeça (Fi,-. 31). A mitra indica o ptHÚr
:. !:!rd: :eir:f:o. que lhe cun:ipre mostrar IIM_ lutas

G. - BÂCULO. - É um bastlo de U90 muito

=Ji:sr:e~.~~
remoto. -Já o vemos no Hculo IV. Era de madeira.
A1guns lltur,ist:as querem que f&se o bordio ao qual

:•1v,
:8hM::u.los 0
h:;:-J:J:
.de ouro maciço ou de prata.
· No a.rptlo 1im66lü:o, o Mculo é como que o cajado
do pastor a 'quem assis!;e_ a ohtjgaçlo de dirigir o rebanho,
OBJETOS DO CUL'JO 295

de guardá-lo, no aprisco, mostrando-se severo quando


fôr preciso. E insígnia da jur,4diçiio e, por isso, o Bispo
niro o pode usar fora da própria diocese. Nem tão pouco
nos ofícios dos defuntos, porque a Igreja militante nenhu-
ma jurisdição possui sôbre a Igreja padecente.
H. - CdPA MdGNA. t manto de lã ou de sêcla
~XII,mais amplo e mais comprido do que a capa comum.
1. - GREA/IdL (latim •gremi«m• grêmio) é um
pedaço de fazenda que se coloca nos joelhos do Bispo
quando está sentado.
J. - CdNDELd. É uma espécie de candelabro
portátil. Seguram-no aceso junto do Bispo quando lê
alguma coisa durante a cerimônia. É para homenagear
a dignidade episcopal.
2. 0 lns(gnias reservadas aos arcebispos, - As
inslgnias próprias dos arcebispos são : o pálio e a cruz
arquiq,iJCOpal.
A. - PÁLIO. - É uma fa~a de lã branca, cheia
de cruzinhas pretas. Dá a volta aos ombros. Uma
extremidade cai na frente, outra atrás da casula. Os
pálios fabricam-se todos os anos, em Roma, com a lã
de cordeiros benzidos pelo Papa ou por um cardeal que
o Papa designe. Simbolizam, desta forma, a ovelha ·
desgarrada que o Bom Pastor carrega aos ombros e
traz de novo ao redil.

tivo 1tâi;nidad:n!dai~:,:v~:0 (fmPo~:!: ~g~Í:~


do Papa ~-lo .. Concede-o, como emblema de j_urisdiçio
superior, aos patriarcas e aos arcebispos.. As vezes,
296 OBJETOS DO CULTO

tal1lbém, a simples bispos que êle queira particular-


mente honrar (1).
B. - CRUZ IIRO,UIEPISCOPIIL. - É umn cruz
de braço transversal duplo. Leva-se na frente do arce:.
~isÍado cdr: ~~üf:e~ i:r!ih: :i~ddc~1:~ti~iio:
modêlo divino.
Noto.. - O.r Cardeait vestem como
os bispos,~menos quanto à c&r do pano
que deve ser escarlate, Também usam
como in.1Earda.r upeciait: o 6arrt.h
11e~ll,o e o ckapiu r,ermell,.o, de abas
• largas e:cam tr!s ordens~de borlas qu~
a..:do~~-~ :~~&iiZ:, 1FJ;.d;r,ramentados para

resma; - &) o ;;,lidiu."'l,ro.nco; -


•~~=
475, -:- X, 1ns(gnlas reservadas ao Papa.

de~ ~n:a~):t=~~~~~:Âi::::,:e e) .mpalw, chamados


mtUetM, de veJudo ou,'.:de lã vermelha, adornados com
uma cruz de ouro que IIC beija nas audiências; - á) o

:Cr:J:!1!'~;=~~~ d~=
11.nel po..rioral, chamado 11.nel do pucador, porque tem
uma pedra repi-esentando ó epis6dio evangélico de

::, 8~°!1a rvi~UC: s) o chapéu-do


0

(Alai., IV, 19). -


0

Papa é coberto de
Jda carmesim, com pa.rniçio de oú.ro"' e cordio de
borlu de ouro. ·
2.• Nos ofldoa pontificais. - (F'ig. 33). Nlo
!:6;!.~)~~.e~~~t =au::
___ ,.........._.,...,_
,._..._~..-ro~:::.1:1::.:J:.~it.~
_ ....,.,,colMo.Ulb>rdr.lnlomrda-lo.~t..i...
OBJETOS DO CULTO 29i

deu .... cruaau um


aban namm e,,tc, .UIG, , queslla ainda eat ,:luddu.
O. param=tae de alicio,, rcliaiat,,1 da Suma Pantlí~. n;,1
cerim&nin mmuns au 11111 1U1di&ncias, mnsim:.., na roqueta de
,...,..,
l:r:ordadoi, na moaet,,. \'llffflelhn franjada _d,: anaiaha e na estai,.
298 OBJETOS DO CULTO

Conclusão prãtlca.

culto:!:nb~mq::i:r ~=•ta: º.!':'c~io0 ':J:~~~


ou às nossas preces. Entretanto, riervem para nos traZCl'
à mente uma idéia da majestade do Rei dOIJ rei$, que
~~tu~~~re1:'i~ l~r~j~MUc;::
~ ::1i&':~~ ;n:~~°:t!~ .:~s:;
aquinhoadas neste mundo com a fortuna, o mdhor
partido é pst:á-la e empregL.la para realce do culto
divino. Da mesma forma, nenhuma ocupaç.la mais
nobre e mais dipa do que OOIISllgl'ar lueres, esfo1çD1J e
· talentos anútic:os, no ad&mo e· enfeite das jgreja1.:
Deua pmneia generoaamente tudv o que fazemoa para
promover a BllA gl6ria exterior.
QtJESTIONÁRIO. - 1. Que vê111 • eer objetos do culto T
alo••
. II. I.• Que silo v•sos litdrgic:m? 2.• QuaQI trb claaei
em que• "8ftlpamT
III. 1.• Que 6 o cQiceT 2.• Od.lias.tave Nmpro II mama
Iona..1 S.•Deq... dave•rfei.to7 4.•Temdeserconugr11doT
!";.':- ,~A.ue:..e'.!ü.~ t:.
1 r~~~ ~;-e!.-:,~
IV. I.• Que 6 o cib6rio 1 2.• Mudou a fomm do câb6rio 1
S..•Dequedevearicito74.•Scr.lprecisocona,rra:rocib6rio1
&.•Q.ue4iv6udocib6rioT 6.ºQua6oai-.6rioelunotaT 7,•lib1"
formatfmoostens&rioealunetaT 8.•DequedevemRrfe,toa
ooshma&rioealwu,laT9.•Seripreciaoben•rooote....srio1
IO.•EaluaetaTll.•PoclequalquerpeaaoalocullOlffSOlllllrado.T
V. Quai:I llo os objetos litúqicos que nlo m:ebem consa-
.,.esc,.,,,m blJiclo T
VI. 1.0 Qnai:I llo as duu catqoria1 de l'OUP"I litúraiCA T
2.•~6corporal7 S.•Quei:pala7 4.•Q,.ai:lslo01panosnlo
bemNU>llT &.•Que4io111111uinho1 6.•Poclemosleipatocarqual•
querpa..olitúraic<>7
OBJETOS DO CULTO 299

VII. I.• Q1111I era o traje ocleai,süco ""' oriaens ? J.• Como
• vestin.m os p,,dra ..._ ,rid.,. partic:ular 1 li.• Q... u11,1wot &lu para
asfi,nç&,,relisiosaaT
aabeisVJ.!l~~i;.,<\..,21~:1::' ?° ~i::1o,..15.1:1:"..!..11~..2.?
6.•daestolaT 7.•clo.casulaT 8.•QuaialllloaavcstadosmioiaUOI
Q1111is alo 111 11 11
inferiora 1 9.• Qua 6 dalml.ti"" ? 10.• Qw, & t6ni"" 1 li.•
demais voste1 comuns aos padra e Aoa mini1lros iiúe-
r,-=s ? UI.• De que fasend.o. dc,re,n ser fllbric.dos os paramento. 1
Ili.• Quaia do u c:a..,. lit6r1im• qua lle. dc,rem ler 1 14.• 8ml
•u..•••biobenserosp11r11mentoe?

•...i!,;ia~::.~..:.·. =~ia;.:s:r:. t.e:t::


dosa,rdm.i,?
1..

c..i... fi/~~-:,!~t..~ri•11liva,doPapa navidaparti-

~= E:;i=~~:~~I~
TRABALHOS ESCRITOS. - !,• Que maclific:açõu IOfrea
11 lormadod,lic:ee docib6rio1 QuaCU'CUnstiinciaamoti'llllram

~!"s:.i.::aoie~ ~~st:. 0
J
4.• LIÇÃO

Atos do culto

OraçGes e Cerimônias da Missa

.
~
o

o
301

476. - Voc.ibulos.
ATOS üO UULTO

p,-o a miudo n111 -


,JN1,raenc11nnioru,uu
Alllffl, GINCR dko
~.nat'Cl'-
,USBJOBUBmuitu

ltatevocf.bulocntrounalitur-
glacatólicac001111Crvouo11011-
tido prdprio. Na missa, ora o
omprognmoefll!ilparacorrobo-
l'Al'llm o que o psdn, acaba de
pronunehar, Cll'S o emprqia. o
padropvaCOflíirmarupolavrat1
do povo (por exemplo no íim
do Pakr). •
Ale!<1it.(dohebr4ico•liold1u
louvai, e •11111• Dous). Era
~ 16tif:'38ia: ~:nr;
=~~-·'ii..o~u':
303

Nn liturgin d11 Missn, é fór- Ern o hoso.111> como que o


muln que se ropete npós n vlvaf do,il,chrollll.
leitura dna liç0e8, do. cp!stolo. Glnon (grega •,:anan•, ro-
e do CVllll(!Clho de s. Jodo, no grt>). Éatc voeáhulo aprc,;entn
fim dn MiSSII. diwraas Rccpçr.cs. Nenhuma,
GloriaPntri. Acln.rMçliopo• porém, que se afaste do 11enlido
raov11ciom1raS..ntlsaimaTrin- etimológico. - a) No dirâla
dnde. ]'!) 11S11dn no fim do Wuid•tico, dcsigonos prooeitrn,
cadn'mo. que a Igreja impl)c coma lt•Íl!
O G/6ria Palri é conhecido que regem n fé, a mornl e n
por ®ro/cgia p,quena- (grego disciplina. Ex.: o,i Cânone,;
•dozn,gl6ri11,>logo,,•discurso), do Condlio do Vntienno-ns
isto é, discurso cm louvor dos decisões dn Concilio do Vati-
l ' = s do. Trind,i.dc. [)0%()- cano. - b) Nn E•crfü;ra Sa-
grada, designa os livros que
lo0iagraMeéoGit,riaino:tcekis. algrcjnroeonhe<:ecomoseadn
Oração (htim •oralio•, pre- inapiroda.. E~.: O cAnoo do
ce). S t/;rmo gcr~I designn.ndo NovoTcstnmento-os liVJ'Ol! do
quaisquerrogo;stlirigidosaD~us. Novo Testamento coosidcradOB
Dí-oo &te nome o três preces como inspirndoe. - e) Em
d11. li-lias,\ que apresentam ca- Uturf]Ía, o vocábulo c4rum rn>-
ráter coletivo, isto é, que o sign,i,: - 1. o cal<llogo doa
podre faz cm 11ome da nsscm- Santo.," quem a Igrcjatributt>
bl6ia: a cole/a, no principio culto pllbllco: canonizar é ios-
da Missa; a ,m,rela, ou preoo crcwr no cânon ou rol doa
das oblações, o &p<l:i-comunh&o, &.ntoe; - 2. n parle us,mei,it
ou prece de nsio de graças. da Müoo, desde o fim do Sanei"•
· Uosana. Vodbulo hebrillco, 1116 o Paler. f.: &!te o ecntido
Quo'r diZ<lr: •alvnl, por favor. que se deve entender na pro-
Ern um cbmor de j6bilo que sente liçiio.
os hebreus uoltavnm A porfia, O mesmo têrmo C<!npn ainda
ngitnndo rnn,oa verdes,"" fostll designa ns $OCJ'G.! ou quad:roo
doaTa.bcroácu!os. Assim proce- com 11!1 ornçõcs maia impor-
deu o povodeJem11nlém,qu11n- tantes dn l\llssl,., colocndos no
do da.entrada. lriuníante do meiodoa!tar,sob nsvistMdo
Salvador"" en.pitn.l. 1 celebrnnto(Flg.14).
DESENVOLVIMENTO

477. - 1. Atos do Culto.


Os principais atos do culto público silo: l. 0 a illi.r.ra i
2.• o Oj(cio d,Wno; 3.• as B211çiío.r do &nll.r.rimo; 4_. 0
a.a Proci.r.rou.
304

D~tcs todos, é o Santo Sacrifício da Missa o ato d~


Culto por excelência. Excede os demais com sublimidade
incomparável. É o centro e o foco da vida católica.
Não há dúvida. Nesta lição, trata-se exclusivamente
das pneu e cerim,fo;a.r da ~li.u·a. A lição.,..seguintc""é
que estudará os outros ntos do culto. -
478. - IJ. A Missa. Fórmulas de orações e Ceri-
m8nlas em geral.
No aspeto geral, a Missa consfa de dois elementos:
l.• J6rmula.r de oraçõu ; 2.• cuimôn,'a.r.
l.• F6rmulas de orações. - Há duas categor-ias:
- a) Algumas são imulá~ei.r. Entram em qualquer
missa. Vêm a ser : as Oraçõu prepnrat6ria.r, o Kgrie
elú,1011, o Gi&rja, o Credo, as preces do Ojer/6rio, o~Câ.11011,
a preparaçio para a Comunhão e as últimas~·orações
da Missa. A.o conjunto destas preces, foi p&sto o nome
âe Ordinário da .Mi.r.ra. - h) As oufras ,,ariam. São

!:6t;~:f~~: É~tt!~~vtv:~1:el/1~~~ ;rej'J;i~, :s t;~'/::,


e Pó.N:omun/1õu. Estas·· preces constituem o Próprio
da Rli.ua : Próprio dos~ Tempos, Próprio dos Santos,
Missas do Comum para- os Santos que não têm missa
especial, etc. - A' fim~ de tornar perfeitamente daro
~=:~:~l:s· t~~t~!ºo~;Ín~;;t~
mesmo em vernáculo.
Ía~~mc&:i7rj~:1!ssd~

2.•Cerim.6nias. - Cabe aqui uma separação cm


tr& grupos de cerim6nias : -=- a) atitudu lifúrg,i:a.r; -
!,) guto.r litúrgico.r; e - e) ceri"m.ôni,u- .rimhólica.r. O
fim das atitudes e dos gestos ~ exteriorizar os pensa-
te:bidi0 q::~r::::• c:~~~~:se qi:.p
1!:s:!:r º':n:i:'ª~
1
auditório, o bom orador harmoniw os gestos com o
discurso._ Não admira, portanto, que a liturgia realce
305

as suas preces com atitudes e gestos adequados a safümtar


a significação das fórmulas.
Com as cerimônias simb6licas, dá-se o contrário :
têm alcance moral e místico ; aludem aos mistérios da
fé. e da vida cristã.
A. - dTITUDES LITÚRGICdS. - Podemos
dizer que são três as divCl"sas atitudes do padre orando :
estará direito, inclinado ou de braços estendidos. - a)
D,"rci(o; sinal de conjianço.. Todo o cristão, por ser
filho adotivo de Deus, pode andar de cabeça erguida
e fitar o du. Maiores direitos assistem ao sacerdote,
porque ministro do sacrificio, para ficar em atitude
confiante, sem acanhamento, rezando de pé. - /,) /,..
clinado : é sinal de liumil/uzçáo. Ainda que a confiança
seja sem limites, cumpre não se esquecer o padre de
que é pecador. Para subir aos altares, precisa ter puro
f! coração. Logo, inclinar-se-á para se humilhar e exprimir
o seu arrependimento. - e) De braçoJ' uleruiiáo.r. Nesta
posição, costumavam rezar todos desde o início da Igreja.
Era para lembrar, com a cruz assim formada, a morte
de Nosso Senhor. Isso vemos nas p\1).turas das Cata-
cumbas: os fiéis piedosos, orando, homens e mulheres,
estão de braços estendidos. Era uso geral tanto do
. clero como do povo. Consoante as rubricas atuais, basta
que o sacerdote afaste um pouco as mãos em atilu.dc
Jupficank (').
B. - GESTOS LITÚRGICOS. - Melhor talvez
do que as atitudes, os gestos ezprimem os sentimentos
do sacerdote. - a) Faz gcnujkxõu (') e às vezes até,
,.
por ezemplo na Sexta-Feira e no Silbado de Aleluia,
pro.tira-a em sinal de respeito e adoração. - j) Di'rig,
ao ,:MI.o fN ol/uzrt.t, para se humilhar perante Deus e
reconhecer que não p&IIS& de pó e cinza. - e) Erg,u,
ao céu a vitl4., na hora da consagração, como costumava
erguê-ln Nosso Senhor ao realizar os milagres mai11
portentosos,. a fim de pedir os auxílios de seu Pai. -
á) &de no pelio, guándo reza o Conjllear, o Nolni t/UO'flU

~~~•é~~ es~~djtk,~/~:~l;:
0

- e) dbrt: o.r W'flf'N, voltando-se para o povo, a fim


de o saudar e o convidar 11 rezar junto consigo. - /)
Pi!t a., mãu: é sinal de piedade ~ recolhimento fervo-
roso. - g) No Oiert6ria, lava tu mlliM, exprimindo a
radn: ::s'tvioª.It!. .ques::'~r~- rdi ~ia!mj:;
Santos;
4
beija o Missal no lugar onde acaba de ler o
Evo.ose]ho; beija a patena na hora em que ela está
para receber o saaat!ssimo Corpo de Nosso Senhor.
Em tadas estas circunstlnci11s, o 6sculo apresenta duas
sipilicações : é mostra natural de afeto santo e é mani-
festação de respeito e veneraçã:o.
C. - CERIJJÔNldS SIAJBÓLICII.S. -As princi-
pais oerim.Soiaa simbólicas vt:m a ser : o uso de luzes,
o uao do incenso e o em~ do sinal da santa Cl'll$._
- 11) U.ro IÚ b,,.u.,. É clal'O que nas origens era para
fins de r,au,lr/ade. Em meio das trevai das CatacumbllS,
onde os cristãos perseguidos tinham de celebrar oa Sa-

=. :1:~~ ~c:cin::J::'6lm~pr:~u=- J!:


dia, conservaram-se as luzes a fim de : - l. r,a./ffu e
em/,elat,r as funções sacras do culto, e - 2. rq,rue,lltu',
a um tempo, Nosso Senhor Jesus Cristo que .li a lus
verdadeira a ser imola.do no altar, e a alma cristã a-
quem deve al:irasar o-.~ da caridade para com Deus:
807

ó) U.ro do iMuuo. Volu.tas de lumo, a eva.lar-se


pua as alturas, concretizam admiràvelmente a tuÚJr-çiD

J:8!~!:d-:e~:=m-=~a;:~~~
participa da santidade, incensando-se, por isso, as reJí.
quias, o livro dos evangdhoe, o padre que dic a Missa,
o clero e o pow,,
e) Emprlgo do .rinal da cr~. - O sacei-dotc, na
Missa, faz muitas cruzes s&bre ai mesmo, s&bre o livro,
a h6stia e o cálice, ou s&bre os fiéis. Varia a significaçio
destas cruzes. de acôrdo com as palavras ou atos que
~tÃi!.:i:;::i/,:,:;::m~:i:,J:.r::;
Trindade,. da Incamaçio e da Redençio, - 2. Antei
da consagração, indica bl~o e 11tflli/~ ; é desti-
nado a preparar os elementos de pio e de vinho para
a mais sublime das transformações, - 3. Ap6s a consa-

~=~~lossu! r:~ :t:a~i:;et~:.iaau:.


1raçi'.o, o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor nlo podem

De uma parte, a prece desipando o Corpo e o Sangue

e: ~e:°:'o
de Jesus Cristo; de outra, o sinal da cruz. afumando·
ªa1~-~ :ti:;.!: ~ha.~~
479. - Ili. Diferentes esp6clea da Mlaaa.
Divido' da· Missa.
l.• Espéclea, - PodeJ:n-.e distinguir duas es~ies
de Missas : 4/ina IIUWlr e A/U'.,. rutula..
A. -A .Mi.rm "'4iorseú assim chamada por constar
de cerim&nias mais · IUlll1etOSlll!l e dUl'ar mais tempo,
[)ir-se.{; - 1, illina nlen,, quando houver diácono
e subdw:ono a acolitar; - 2. illi.r,m ca.nltula, quando
o padre celebrar sozinho, com os meninos de c&ro.
Nos primeiros skuloa, diziam qiiase sempre. Mi.a
soe

;!enecde'c:!:v::nr:=~:ieea.fuJ::S ~rdt:.~
DU,m$troa inferiores que exerciam as funçaes própriq
da rapectiva Ordem. .
B. - Mi.1.ra ruo.da. É o nome da Missa em que
o padre nlo canta. No sécu1o VIII,~.:,é que se tomou
geral o uso das Missas rezadas, mas 'não deixava de
ser conhecido nos alvores do cristianismo. Acontecia
que os ApÓBtolos e os seus sucessores ~lebravam, sem
aparato nem 110lenidacle, os santos mistérios, ora em
residências particulares, ora nas masmorras e nos cemi-
térios, é nio só por motivos de farça maior, mas tam~m
por simples devoçlo. Falta qualquer base hist6rica à
acusação dos Protestantes, dizendo qu,(a Missa rezada
:uf;o~~~:.:•c!!~i~:r:ri:daª·~::• ~k=
que se-!1.az. pw-que é o mais O)Jllpl~, abraqendo o
mai8 simples, ficando destarte ezplicada também a
Missa.rezada.
2.• Divido da Mlaaa. - A Missa consta de seis
~rl),-=:' .!.~>~~>~';"-~~
n"6D,e-/)açiotkgrtlf&I.
Nos prim6rdios era outra a divisão da Missa. O

=~ose::::,,:;,::n::
com.aço era atiti o ofertório.· Abrangia a
preparação e

i2.• classe e a a.• dos penitentes,:t:l.."7 ~


qUCl" dueJ: os ou111."llk.r
e os p,wtr,u/ol-, podiam assisfu até à instrução, sendo
e'ntio despedidos pelo diácono. A segunda parte era
o sacrifü:io eucarfstico pl'Opriamente..dito. Era a Ali,1.ra.
tÍDI' /ili, porques6 êles. com os penitentes de 4,• <:lasse

~-bloiio--.. ----~•i.-
- 1 d a - • d a N - . Y-.no-.JolZ,-ao--'rloodaSonlt-
~~r:..~••-•mlobro•'"""F6olo,--••-
,.,
ou can1i.tlt:11lu, podiam ossisfir. Entende-se que &tes
usos desapareceriam quando desaparecesse o próprio
catecumenato e a penitencia pi1blica. Todavia; penna-
neceu o caráter especial de cada parte. Na primeira,
sucedem-se leituras doe Livros Santos, &.ntic:os de
·::r;.ief=ed:Srer:::,t~~fe:;:C.!~A~;'~~
diz respeito exclusivamente ao sacrifício, ci,.é "quase s6
o padre que:intervém,
480. - IV. Primeira Parte da Missa. Prepa-
raglo do Sacrifício.
A primeira parte da Missa abrange : 1.0 uma ceri-
m&nia· preliminar, a a.rper.11.o; 2. 0 PIYCU ao pi do a/W;
3.•olnlr4ilo; 4.•ofyictdti.ton; 5.•oGloirain=lriJ:
6.• as Colcku.
1.0 Aspersão, - t uma cerim&rua preliminar qut
antecede, às vezes, a Missa solene. O sacerdote ah-avessa
a assistbicia, e lança-lhe água benta enquanto o c&ro
canta:

;11te. Alll ••
Como se va nestas pa]avru, é ceclmenia preliminar
Cri~~ ~ri:r•~~:t1lu:!º ztir:nt:0t
qualquer mácula, .;mais alvos do que a neve• (1). Nas

-4:.=.~-~~v:~:
=-==--=-..r:'--:::.-Cllr.;=.:w...... PoNOO
310

missas rezadas, nlo há &tes ritos; mos o· padre, ao


deixar a sacris6a, toma água benta para fazer o sinal
da cf'Ui. Tarnbbn os fiéis, entrando na igreja.
2.0 Pnces ao pé do altar, - Durante o canto
do lnWito, o pa.dre reza ao pé do altar : - a:) o salmo
Jú.dü:a me; - ó) o Conjil4or, Ãli:Un4tur e lndul§lnlüun;
e -A~)~lfis':/rJfoj-t!»/t;•AIE. - Depois de ter
feito o sina] da cruz e recitado o vers{culo lnJrolJJO, que
faz de antl'fona, o padre, começa o salmo Jddica. m,
que vai alternando com os ministros (1).
:Este salmo, Davi o comp& depois do seu crime
e da revolta do filho Absalão, quando ia fugindo à per$1l•
,uiçio dos inimigos, O Rei Profeta exprime nfle senti-

~=•
mentos de únwr e de conjüu,p. Anseia por voltar !'
Jerusalém e oferecer, de D&VO, holocawitól ao Senhor.

~~i:·d~T=-~o Luiz:O!n:
dominam a alma do sacerdote que estA para cclebrar.
TamWm a ile o assusta a própria indignidade, a pr6pcia
fraqueza. Porém, é maior e triunia a com'aança.
=-~~
Subirci1LOaltnrdeDeu.. 1 AmtJo,w. Jnt.rotboadlUi.ar.
Dei. '
l\1. Do Deu1 que alegna a ~- Ad Deum qul 1■1.lfü:at
minha mocidade. juY91ltutcm me&m.
SALMO 43
Julpl..me, Dowi meu, a ecpa,, Jddiea me, De•, et c:&o6rne
rai a minha. e&IIM ,da de um camam ma&m de p11te non
povo hi.í,el: do bomem.infquo eaact.a: o.b h6mine io.fquo. ot
e do1oao, livrai-ma. doldecl ffllO me.
IO'.Poiav6BUminbafbrç&,
Deus iaeu: por q11e me rupe- • · Quia tu ee, no., roru-
lilt.11!111 t o JJ01' que tenho eu \ddomea: quanimerepulfaUf
da ao.du na trl1tea, entnlgue et quo.re \rietia in-'do dum
aoa go1pee das 111.imip f · :iffli11t mo munfcus ?
~ - ......... "" '°'"PD
polllota•lu---111 ......1 ~
do,_ - o ...... -
811

J,;uvi:,.i11,VOB1111..l111u11,v0118a J,ruf~to: )u..,m tllllm ct veri•


vordmlc, para que me guiam o t4tom tunm : ip,111, m,: dedu*
cond11111.m.&0vossomontoanto runt, ot addw,énlnt in mcmtcm
CIIOIIVO!ISOll!abor"'culoa. ::,=tum tuum, ct in lllherdcula
1\1. E ,ubirci &O oltor do
Dou.,doDeusquoalegn.a JY.Eiintrafboadafüll'l!Dei
n::,_~;
=
minh&mocidlldll.
EIZV011C11.nta.1'11inaharpo. 6
~m1nm::. .
:ito~::: r::,
=t"",,":
~~
:m I.Uí!CM juwnt6-
Confitéhc,r tibi in dthara,
Dollll, Dous 111111111: qunn: trÍltis
1111,doimo.mea.! ctqwirceon·
!Arbnallll!T
117. $pera in Doo, quóaiam
'(a.dor o ~ mou Do111. adhuc eoafitébor illi: •lutilre
Glória ao Pai, o ao Filho, e wlt.111 mei ct n.... meQII.
aoF.epfrito&nto. OldriaPAtrictFtlioetSpirllui
Jl;i', Como ora no principio, s~ncto.
Ag<Jl'IL e acmpn,, por toei,,. 011 ll7.Sic:11tol'lltinprinolploot
,..
aécuiOlldosa&llloa •. ~m11e•
,hU.Su.binllo.óaltardeD,;,m.
nunc, ct scmpcr, ct in ,aieula
11&Cul6rum. Amen.
Alll. lntrolboad altueDol.
Jl;i'. Do Deus que Q(cgm.a 1\7, Ad Dau.111. qui 1-Uíieat
mlah&móclilua. ju'IOOl4temlll0Ull-.
F.s!J.oll08SO&W<fllononomo Ad.jut6rium. Mldnlm ia n6-
·doSe.llhor. . miae Domini.
1'- Quo UI; o cl!u o a terr:m,. ll7.Quifecltcelumet1<1rram.

B. - CONFÍTEOR. AI'zSERILlTUR. INDUL-


GENTIAAJ. -,- Apesar da mui(& confiança que o padtt
deposita na miseric&dia de Deus, sabe perfeitamente
que nunca ser! demasiada a pureu. do coração de quem
se chega ao altar, E, por isso, reu. o Conjlkor. Com
inclinação profunda acusa os pecados, pv.b!icarnente,
para melhor alcançar o perdlo ('). Depois, o diácono e
o subdiácono (os ajudantes nas missas rezadas) em
nome dos fim suplicaDJ. a Deus que pe~ ao padre,
rezando o .llucrd&v :
312 ATOS DO CULT<I

Mlscre,t.ur tui, 01nnl1,1..W1"11 Que o 1Jous.011ipotentotonha


Doua,otdimfB1ia1iecc&tist11is, piDdaduJovõia,vu.pcrdllcoa
perddi:attoad vil.am 11t.l!m1un. pccados"cvoslevcàvidllctcros.

Tambérn ales rezam, por sua vez, o C011jltffr, e o


padre diz o Jli.nrtdlur. A lim de atrair para si mesmo

lndulplntiam, nbio1uti6Dom ot
remililldnem pccC11t.6rum nostrd-
rumt.rlbull.tnobiiiomnfpotonaat
I
e para o povo a indulgencia divina, o padre continua :
Que o Senhor onipotente o
milcricardioao II08 conceda a
indl1"4ncia., & abllolviçio e a
mWrleon DcSmima. temiAlo dOIJ n - pecad.oa.

C. - ÚLT/AfdS ORdçiJES dO PÉ DO dLTdR.


- O padre inclina-se outra vez implotando a miseri-
c:6rdia de Deus:
-~W1,t11coavfni.laviviridbia
ll7.EtplehltualmUbithrinte.
Oau!ndenobia,Dómine,miae-
ric6rdWlltuam,
lll', EtaaluUn tuum da aobis.
Domine ex4udl orati6nem
-. -
O Dous,; voltnr-voa-ilia para
n&lenoadevolvctllQlavi.da.
e,. E em vds ae alegrarf. o
Mostrai-no,i,Scoho:r,nvoesa
mieoric6rdia..
l\l'.Edlli-noaa,,_ulvaçio.
,.,.
Scnbo:r,ateadci.a.mioba.ora-
1'f. Et clamor 111eut o.d te 1\1'. E elevHe atll vdll o meu
ffllia.t. clamor.
Dwninua vobfacum. O Senhor aja con,,_,
!IJ'. Et cum 1p(ritu tuo. 117, E comV<l9IIO eaplrito.
-.... ore-.
Assim, u últimaa palavras do sacerdote, antes de
ascender ao altar, são uma saudaçio aos fiéis (Domin11,1
vo/,ucum) eum convite para aoraçloem comum (Orcmu.r).
É muito beui, poil os fiéis Una de-: puros e santos,
como o aac:erdote. para oferecerem, unidos c:om ale, o
~ o eucadstic:o a Deua. Então, o· padre resa,

2... ,
uanto sobe os degraus do altar e beija o lu,ar da
ra de ara ODde estio gual"Udas as relíquias dos
ATOi DO CULTO 313
-----
N&i -lo pcd.imaoi, Senhor, Auíer n nohil, q1ul'S11mu•,
apagai nOIISIUI iDiquidad"", par11 IMminu, inlquit,tco nmtma: ut
ad ,ianctn ar,nct6rum purUI me-
rctlmur mi!ntibua introfre. Per
Chriel.um D6minwn nnstrum.

""""·
Orl.mua te, D6mine, per mé-
rit.a. •ru:t6rum tu6rum, quarum
nlllquie bic 1111nt, et ómnlum
111111ct6rum: utiDdulgéredipé-
ri, 6mnia pccdta mea. Amen.

Nam. - Outrora, o celebrante subia ao 1ltar apenas


na hora do oie.-t6rio. Findas as orações da prepataçio,
=~iZ:,1:r: ;a1:;1b/~~:u~~oªd;:!~•i:1ªJ:s:
pontifu:al, há vestígios dll1te uso antigo,
INCENSAÇÃO. - Depois de oscular a pedra
sagrada, o B&Cetdote benze o incenso, com o que! vei
incen111Ddo eotlo, BUCellivamente, a cruz do altar, ea
rdlquilll dos 111Dtos dignas de serem BROciados ao divino
holocausto e todo o eltar, no qual qtá para realizar-se
o mia~rio sublime da transubstanciaçlo.
o tu=: ~ ~ t a m i : m : = ~ • J o ~ -
Na lgreje latina, IÓ se introduziu a prática destas
incensaçtlee no século IX. Dantes, havia uma incen.
saçlo 6nica, ao ote.-t6rio. O. I10VOllil usos foram imitados
des liturgies gregas.
3.• lnu6lto. - Depois de inceoseçio - que IÓ
1e fu ne rni11a solene - dirige-ae, o B&Cetdote para o
;:.o:,_~ ti:~~ e:_re:f>~~ucirixo
N01 princlpios de lgreje, nlo havia intróito. Aparecau
no úculo IV, quando tinhem cessado ae persepiçaes.
e raiava para oa cristio. liberdede completa. O culto
podia enfio manifesta.- todo o esplendor. Começou Ó
pontífice, rodeado pelos ministros e os fiéis, a ir em
procisslo desde a sacristia até o altar, Para nio cami-
nharem silenciosos, lembraram-se de cantar um salmo =
foi o i11tr6ilo. Quere dizer, segundo a etimologia do
têrmo (latim e intn,itw~, entrada), o salmo que se can-
tava enquanto o padre entrava. O salmo escolhido era
mais xdacionado com a festividade do dia. A extensão
variava, conforme a distancia. entre o altar e a sacristia.
O c&-o é que diaia os versículos do salmo. O povo repetia
sempre cada vers!culo, chamado então antífona. Con-
servou-se o intróito. -Mas é para ser cantado quando
o celehl'ante já chesou, ao pé do altar. E também ficou
muito menor, Já não C011$t& senlo de dois daqueles
versícul0$,, extraídos geralmente de um Salmo, mais a
doaologia Glóri11. Pairi, com a repetição do primeiro
versiculo ou antifana. Com as palavras iniciais do
Intróito, o celebrante fas o ainal da cru11 para começar
piedosamente o divino sacriffcio.
4. 0 K,rie ele1110.D.. - Nos princípios da Igreja,
começava-se com o Kyrit: 11/ei.ron. Eram como que
rogos pdblicos que a assistência tada apte$entava a
Deus. O dY.cono propunha aos liéis as iotenç8es opar-

:;.~~it: ~:;::-:: ~=~:tº•n:!:


:18s:!t.11i:J:vi;!;/~ª;:_!i.;~ª~ ;iítod:'1:
=~~":,~e=:z~:t:edt::n~
f 8::~
na ~nha que antecede a missa s,bade de Aleluia.
As rubricas vigentes limitam a nove estas invo-
caç8es : três K.yrU ehi.ttm, três Cnri.rk ekillm e outra
vez três K!ll'U eki.ttm. As tr&i primeiras sla dirigidas
a Deus Pai l as tr& segundas a Deus Filha, e as últimas
ao E.prito Santo.
315

5. 0 Gl6ria in excilais. - A liturgia romana coloca


o Glória i,1 e.:rx:ll.ri,r entre o Kyrie ele,",,on e as roldtu da
Missa.
O Gltlria in u-dlni começa com as palavras que
os pastores de Belém ouviram aos anjos na noite de
.Natal. O resto é a explanação, comentário ou glosas
destas mesmas pAlaVl'as. Podem considerar-se três
partes : a primeira proclama a glória de Deus Pai todo
poderoso; a segunda ezalta o Filho ó.nico, C<H-deiro
de Deus, que tira os pecados do mundo ; a terceira
ainda louva a Cristo, único santo e Senhor único, com
o Esp{rito Santo na gl6ria do Pai. É hino de rego.zijo
e festa. Por isso, omite-se na missa de finados, em
d.ias de penitência e nas misiios votivas particulares.
Excetuam--ac, contudo, destas últimas. as missas votivas
dos Santos Anjos e da Sant!ss.ima Virgem, aos Sábados.
Glória. a Deu& no mlli& oito dos Gl6rla in e=ll:eis Deu, et in
lll!!us,e!IIUlnalC!rrall08homen, lcrrnpaxbomfnibusbcmmvolun•
dcboavonladc. N6avos.lo11va- t!ltis. Laudl.mus te. &,oedl--
1DOe. Nlr!vosbcndi11enK111.·N6& oimus te. Adcrim... t,:. Glorifl,.
voaadoramllll. Ndavoegioi,iíic11.- dmus te. Grllti:d f.glm... tibl
m1111. A v6a damCNI gr:içu• por
-a,andaglória.. Seuhor pruplcr IDlll,'llamgldriam twun.
Dllua,reidoo4u,DeusPai Dómi11c Deus, rox ccd6&1.is, Deu
011ipotente. - Senhor Jeaus Pater oll!Jlfpotcns. - Dómlno,
Cristo, Filho dniclo de Deus, Fili unipile, Jeau Cbriate,
BenhorDaus,CordelrodeDo1111, D.smine Daus, Agn... Dei, Ffli...

..........
~ocf:i.V qwtitPl_oa

pco:.doa ~
Patria.Quitollispcec!ltaZIIUg.
di, miseffl'e nobis. Qui tollle
peCMtamuodi,sml!ipedel)lllffl-
tióncm nOlk:lm; Qui IICdes ad
d6lr.tcr11mPatri8,miscr4ronobia.
- Quonia1u tu solus eanctll/ll,
tu sol11S D.Sminus, tu sohm
a\ta\111111, Joso Christe, cum
S.ncLo Sp(ritu io r;\6ria Dei
1'1.t.ria.Aioen.
••• ATOS DO CULTO

i;.,,6. 0 Coleta ■ (latim •colla:la~, assembléia). - Na


primitiva Igreja, antes dos sanlos Mistérios, ·o clero e
o povo costumavam reunir.se em lugar prliviamente
combinado. AJi cantavam-se SD!mos e o sacerdote orava
pelos fiéis. Assim que terminasse esta cerimania preli-
minar, encaminhavam-se todos, em procissão, para a
i,reja em que seria celebrado o aacrificio da Missa.
Também se dava o nome de ladainluu a êsses préstitos,
porque era costume cantarem-se enfio as invocações
aos santos, A igreja determinada onde se parava, a
fim de resar Missa, chamavam-na ignja da ulaçat, (').

1it'::ra1
O termo coid& li, pois, designativo da assembléia

=~te.8e:os:e':
dos fiéis reunidos para se diri;ii'CJJl à estação. fu:tensiva-

fu::re~~s;.~::
conionne à etimologia (•col~n•, reunir):
~;iT Deus
~p]O:' fi!~~'ti:.ª
é uma

Atualmente,· a coleta é precedida do Dóminu.r


~ e é relacionada com o mistério que se ~emora
ou santo que ee festeja. Reza-a ou canta o•oficiante,
de braços estendidas : era esta a atitude de Moisés
na montanha. atitude da súp]ica ardente, - No fim
de cada oração, o d)ro rcapoude dmen, o que significa
assentimento às preces que foram rezadas.
481. - v. Segunda parte da Missa, lnatruçlo.
A ,'IIJ'lruçi4 constitu!a, nos priin6rdios do cristianismo,
a parte mais importante da missa doa cateclmen01,
Constava, efetivamente, de v.i1rias leituras· separadas
pelo canto de salmos. Em ~ a i , a leitura do Evaa-

t=.A~=~~-:~:-~:-:rr.r=:
i:,v:-~3;•r.,~~,.:~=1o~s.m~ .!.:ªdooi..::.
317

p,lho. Tudo conducente à prática feita pelo Bispo,


,_,
pessoalmente, ou pelo representante que o Bispo indi-

Foram êstes usos que deram origem à segunde.


parte da Missa. Compreende : l.• a Epl.dola; 2.• o-
G,..dual com o dklu.ia. ou,o Traio e às vezes uma Prora.;.
3.0 o E11t1.fl/Pf1io; 4. 0 o Sumilo; e 5, 0 o Crrdo.

Nov~·• f!:::e~io-;- i~:=~4':s dA~~4d: t


~::• c:n::i~dE~!~é !º:U~~:Se
tem de responder
~=
Dêmos graças a Deus.
cDeo grt1litu•.
fi~~

~~~i~: i!c~n:r;~~1:'3po~~te=éd:
do seu ministro sagrado.
Já se a1udiu à redução hodierna das divetSaS leituras
a duu : epl,tola e evangelho. t fácil, porém, rastear'
ainda a;ora, em certas ocasiões do ano, o uso antiao-
Por exemplo, no s,bado das Têmporas, h& cinco llç&s.
devido às ordenações que se ru.iium" naquele di._ Erai:n

~~:~td:8a1=~: ªao™:V: :.P=U::nd:.."t::


0
:
tando a epfstola e o evangdho, slo sete leituras, isto é,
uma para cada ordem · conferida.
2.• Gi:adual. Aleluia. Trato. Prosa ou sequên-
:~fu-a~e~ ~~~u~;raOdasa;i:to?aU: :C d:':::
selho. foi substitu!do pof dois versículos, gei-almente

e~: é!o":u~ ~! =:-t.!:::ra:';i~~LU::~


que ficava nos depus do púlpito (').
B. - ALELUIA. - De ordinário, acompanhavam
o gradual dois akluiu, um versículo do. Sagrada Escri-
. mea..-.-loabru·- ... -0tuv,,rprdpriopora..,_....,.1o11ura,
llgl!N...,wolu...,._o-...u.oc1111.õlmcio.
_31_8_ _ _ _ _
ATOS DO CULTO _ _ _ __

tura e terceiro a.ltl1<ia, No tempo da Páscoa, não se


diz o gradual. Sio quatro altluia.t em vez de b~s, e
dois vers{~los. O aleluia a mais é para indicar maior
jdbilo e triunjo.
C. - TRATO. - Na origem, traio era um salmo,
a cargo de um s6 e mesmo cantor, sem inferrupç&s do
côro. E da! o nome. Era de ritmo lento, demorado, a
exprimir lulD e lri.rlna : é ês.te o motivo por que substitui
o akluia, desde a Septuagésima até à Páscoa e nas
missas dos defuntos. Hoje, cantam o trato, alternada-
mente, dois cantora.
D. - PRÓSA OU SEQU.iNCIJ. - a) Ori'pm.
Antes do século IX, era CO$twne prolongar ns modulações
vocais coiD. a última letra do aleluia., sem articu1ar mais
palavras : era uma piedosa melodia sem texto. No

•~!!c~!:Wi:t~!:J:1~= ~i:~e~:1:
e~~~:!° ~::,~::•&:J!e:=nÜ.d.: :;!;t
nuaçlo), porque, de fato, eram a continuação e o como
\~on::,mdí1f:JI:.::lu:\.°ziºto~ t::-lh~a! :''!o'":t';i:
plicaram as prosas, que havia quase festividade
nio
sem a respectiva· prosa. S. Pio V suprimiu-as tSdas,
menos quatro que sio : Yi'cliniae ptud,a[,", para o dia da
Púcoa J Yui,: &nele Spiriliu, para o Pentecostes;
Lauda Sion, pi.ra a festa de Corpw C!,rüti; e o· Diu
U't/U para as mi11as de fanados. No século XVIII, acres-
centaram o Sta6al Alaltr dolorom, para a lesta de Nossa
Senhora das Sete Dores.
3.0 Evanplbo. - Nas missas solenes, o diácono
e reza a
pedindo
~toma=
319

lu(rca·-m., o eornç·o u ,.. Mundn rnr mcum, ac 14bit.


lábi"", Deus todo podet"'«>, que mca, nmnlp<Jtcns Ileu•, <111i lá-
purificna\cs, corn brnM ruhtn, bia Jsnlro propltt<tm rliln1!0 mun-
os lábios do profolll hnfjUI. dásli ignho, ita me tua grntn
Assim, por V08811 bondade 1ni.c- miseratióne dignáre 1nundáre,
ricor<liosa, dig11ai-v~ de puri- u~ "'1nctum cvnngélium luuru
íi.1t-mc parn cu anunc"ar dcv·- digne váleam 11untiáre. Per
damcntc o vosso ev:mg,:,lho. Christum D<'imiuum no.s1rum.
Por Jesus Cristo Nosso &,11hor. Amcn.
A,;simscja.

Então o diácono vai, foma do altar o livro dos


evangelhos e pede nestes termos a bo;nção ao celebrante :
Dignai-vos, Senhor, de me
abençoar.
I Jubc, dom11c, benrdkerc.
Esteju. o Senhor em vosso Dóminus sit in carde tuo et
coraçiio e vosso.s lábi-Ol!, Pllta in hlbiis tuis ut dignoetcompc-
anundnrde11 dignamente e como tén\er annóntics evang~lium su-
conv~m o seu Evangclhu. As- um. Amcn.
~im seja.
Formam-lhe séquito o subdiácono, o turiferário e
os ae<5Iitos, com tochas, para recordar que o evangelho
é o ensino de Jesus Cristo, e Jesus Cristo éa /iado mundo.
Dirige-se para o lado direito do santuário, saúda a
assistência (Dóminu.r wi,i.n;um) e diz de que Evangelista
é o trecho a ser lido. Depois, traça o sinal dá crui,; em
cima do livro, no prindpio do texto, também na pr6pria
testa, nos lábios e no péito. Incensa três ve,:es o livro
sagrado, em homenagem de veneração, e canta os passos
indicados para a festa do dia. Nisto, os fiéis, sentados
desde a epistola, erguem-se e, como. o diácono, persig-
nam-se na testa, nos lábios e no peito. Na Idade M&lia,
os cavaleiros desembainhavam II espada. :ÉÀ:te gesto
proclamava que punham a espada ao serviço de Cristo
e estavam prontos a derramar pela fé o pr6prio sangue.
No fim do evangelho, os ajudantes dizem : • Laiu ti!ii,
Cl1ri.rk, louvado sejais, 6 Cristo~ para agradecer a Deus.
Depois o subdiácono apresenta o livro ao sacerdote
...
para &te oscular o prindpio do tedo sagrodo, enquanto
reza,· em voz submissa : Per evangélica di'cla d,dea.nlur
nutra tklicla ; sejam delidos os nossos pecados pela
virtude das palavras do santo Evangelho.
4. 0 Sermão. - Após o evangelho, o bispo ou
quem o bispo designava para o substituir, comentava
as leituras antecedentes màrmente o evangelho. Eram
aplicaç{Ses sin,elas dos textos da Sagrada Escrituro. às
~ a s da atualidade. Chamavam-se l,am.iúiu (do
grego • omiüa •• palestra). O orador fa1ava, não raro,
ao sabor da inspiraçio, sem plano rigorosamente precon-
cebido.
As publicaç8es que hoje se fazem nesta parte da
=::~:o!iJ:!:is(P~; ~ iis~)peni:;,!ª:°{c~k
do Estado), da paróquia e dos fiéis defuntos ; - Ao)
leitura dos proclamas de casamento; - e) POl' último,
a instruçio propriamente dit..
5. 0 Credo, - Antiga.mente a instrução era o remate
da Missa dos Catecúmenos. Nesta altura, os que nlo
tinham direito de assistir ao sacrifício eucadstico, teee-
biam ordm de retirar-se.
Pelo s&:u.lo VI, veio o Cru/D ocupa.- o lugar q_ue
tem. Nesses quinhentos anos anterioi:a, parecera coJS&
escusada e supúllua tal profisslo de fé. O bispo de
Constantinopla. Tim6teo, foi quem o m.ndou cantar,
pela primeira vea, c&ca de 510, em Constantinop]a, a
modo de protesto c:ontra os herege.. Aos poucos, foram
imitando por t&c:la a parte êste exemplo. Hoje, canta-se
BOIJ domingos e nas festas. Além disso, é recitado 1U1B
miisaa ~ .. quando se celebra em honra de NOISO
Senhor, de Maria Santfssima, de um Ap6stolo, de algum
Doutor, e em certas Oitavas. Nlo é o Credo dos A~
toloa que se canta na Missa": é o de Nk&a-Conatanti-
321

nopla. Divide-ae em tr& partes, ~ o a!iSlm profissão


de fé : - o:) cm Deus Pai e nas obras da Criação; -
6) em Deus Filho e nas obras da Redenção ; - ,/) em
Deus Espírito Santo e nas obras <la Santificaçlio.

proptornoahómineaetproptar
nfWM! •ldlom, desdndit de
Nlllia. EtincardtuacetdcSp(-
rituaantoexMariavfrgino,et
Homo íaetus ut. Crueiflxus
4tiam pro nobis; sub Pd:ntio
Pil4t.o ~ et lll:JMIIWI ea~
Et reaumbit ttrtia die, ~ -
dum Scripulraa; et aat4Ddit in
emlum, aedet 11d d&teralli Pa-
lrit. Etftorumventdrueeat.e11m
~.;:i~;!"':;;:t~.S:,Uos;
EtinSptritumSanetum,D~
rninumot rivifidntom, quie:11:
Pa.tni Fili6que pro,;,Edit.
QuicumPat111etFfllollimal.
f!:'!ur~8; :i.nglorificátui:a: ~
322

482. - VI. Terc~lra parte da Missa. Oblação.


A terceirn parte da Missa é o início do sacrifido
prõpriamente dito. Abrange : l.• n o/ilação, 2.• o coniple-
menlo da oblaçi(o.
1,0 Oblação ou Ofed6rio. - Depois de ter diri-
gido ao povo a costumada saudação (D6ml11u1 l'O!Júcu111),
o padre di1; : Orlmu.r, Re&emos. No entanto • ninguém
atende ao oonvite. Nlo se reza, Nenhuma 16rmula
de preces dio as livros, nem l'\lbrica alguma, que dê a

:i:.d::e::na:· i\:aet: ::a ~i:;~::r:c~>~:


0

e concordam os liturgistas em pensar que, outrora,


tendo saído os catecúmenos, os fiéis, aconselhados
pelo celebrante, entravam .a orar silenciosamente, e
depois, em prece solene, o padre expressava os votos
de todos como fizera na coleta. · Mon1. Duchesne refere
que e ,e rezava pelas necessidades comuns da Igreja,
pela paz, pelo bispo, por tôda ·a jer-arquia eclesiástica,
-~fa~~r-i::~=: re:~~feci~~t~!j~
paglos•.
Depois disso, o padre lê e o. côro canta a antitona
chamada Ojerl4rio. Era .neste momento; que, outrora,
cada assistente trazia a oferta com que haveria de con-
tribuir para o sacrifício. •Ofertavam o pio e o vinha
para servil'err, no holocausto e ser distribu!das aos fiéis
pela oamunhla. Mas apresentavam-se, juntamente,
outros dons a lavor das pobres, das viúvas, do clero e
das diferentes obras da Igreja. Par ande se vl que as
ofertas de boje, nesta altura da missa, nla ala apenas
aimples demanstraç&s caridosas ou uma esmola qual.
quer. Assumem, por suas raízes na antiguidade, car-'.ter
quase sagr~ : !"O o oferecimento que se faz em vista

~o..oi-,.._ ~ do Otalto -
...
do sacril',cio e pelo qual os liéia participam do ato suhJime'

J:~iss:.~s;i~!t:, ~=i::::!~!/::::=:
larisáicas e descabidas (1)•.
Enquanto os fiéis iam passando ao pé do altár
trazendo a sua oferta, cantava-se um salmo. Pelo século
XI, com a supresslo das ofertas, desapareceu o salmo,
S6 ficou, como lembrança, a antífona chamada ojertlrio.
Pão 6erdo, - Terminadas as ob1aç&s doe fiéis,
os diáconos separavam nas patenas os pies que tinham
de ser consagrados e deitavam nos cüices a quantidade
de vinho necessária pata a comunhão. O tato ficava
à parte, para receber uma bSnçlo e ser distribuído aos
que não comungassem. Era desta forma que btcs últimos
se uniam aos que tomavam a santíssima Eucaristia.
Os pies. benzidos mq não consagrados, eram chamados
• eu.[Ó/Jiu•, vocábulo grego que signifü:a 62nção, Antes
de os comer, era precq(l fazer o sinal da cruz, Em certos
e::: :fta~!1':~~~m=:a.~• distribwçio de pio
A - Oblação do pio. - N01 sacriffcios antigos.
i:1J:J•.ae A~e=~jfici~(h M~t:,Uta!= ~!:
oblação igual. Por isso, tendo lido a antlfona do ofer-
tório, o padre sup8e, antecipando, que a vttima está
presente no altar e oferece o pio como se eàtivesse já
mudado no Corpo de Nosso Senhor. E trata-o, por-

=
tanto, de « H6stia sem mi.cuia • aludindo à1 vl'timaa

l~ u!.~~~~:S !.iS::!:eri:,:;:!:
1

=~~~iw~eu
a oblaçlo;
it-boi, Pai B&Dto,

~bn,l,OU-.S..,_aatlp.
Deutl
e;!: ~~,t!nl«DIIHóst~::.• =
SdsciJleiamctePator,omnl-
!;
OÍOl'll90,cU,IIOl'VOindigno, A
vóa, Deua meu, vivo e vcrda-
chlro.l)OI' meus p,;,ead""' orcn-
111111 • dmileixos im1moros, por
todosos11S81atenloaoport.odo,i
os ítêis criai.los, vi.-os e íalc-
eidos, a fim de que olu. mirv&
pnra. ~ a\vaçlo minha o ~]1111,
DA vida eterna. Aeaim .ejs•
. Ao depositar no oo.-poral a h6stia, o cdebrunte
tt-aça, com a p,,tena.ei:n que ela descansa, o !Jinal dn
=
da Missa é a
c:om isso. que a vítima do sac::rifício
Quer dizer,
mesma que a da Cruz. ·
B. - Oblaçio do vinho~ - Consta de dois at0$ :
........
-a) da mistura da ápa com o vitdm, e - b) da oblação

• . «) .MISTURA DA ÁGUA COAI O VINHO. - O


celebrante, ou nas missas solenes o diácono. derl'Bma
vinho no c&lice, e o subdi!cooo, por sua vei, deita no
mesmo aJ,:umas gotas de -'.gua que o pa.dre benze en•
quanto vai reaando (l) :
DeU8, qui hu11Wu, 111h5tanti11& O Dous que, acgundo plano
dipitMcm mimbflitcr -didfm admirfvel,eriaateao.dlgnk!ade
at mirab11iu rcform'8g: de danatureu.humana,cde11111de
maia admirivcl ainclu. a rofor-
nobi1perhujus4qu11&etvini maatu: ·
mystérium,ej111divinitl.tiacae
-.drlcs, qui humanitl.till D0&-
0

tm fleri dignatm est p6rticops,


J-OliriswsFfli119tu1111DiS-

&mi1~=-º~L'1!,.'eo:3"r..:,0.~.u.::"'..:.,~:r:,;
flmdohhr. NooodQMo.•Polo111--110•llw•nelooo .......,. ..

===-~-~~~=-=:...~=i~-=
e:=-=-.::~--....:..":':'!:i.doo~I~=~;
325

J. C. Yfl8ICI Filho, 1minll!I nostar:


Qui toeum vlvit
llllndoDe~,vlY(le et N!pat in 11nlt,lte SplrituB
mun~~ '!:; Sancti De..; per 4m11ia. MC1.da
Assim •ia, .....,\6rum. Amen.
b) OBLAÇÃO DO CÁLICE. -Ocelehlante, de olhos
volvidos para o crucifixo, ersue entio o cálíce, para o
ofertar ao Senhor. Ao mesmo tempo. diz esta oração :

º.
N6'. TOS oíen:u.'l!lmOII, S..nMI!,
ú\100 dA Mlvqlo, 111ph•
1cemso.luthl1,tuámdepnid,,tes
Off6rilll1IS, tibi, D6mine, cili-
cnndo, da YOIISII bondndc, quo clem&itiam, ut in eoospktu

tta~i:~~5 ~~vf::~!:'~u:i: :.~


o do mlllldo inteiro. Aaaim ..:Ja. od6re-'fllAlisaaemdM. Amen.
Assim como antes o padre tratou o pio de ch6.tia
sem mácula•, também trata o vinho de e cálice da salva-
çio > antevendo o Sangue de Cristo que vai aparecer

t1: t:'!:'~~C::~ªu::f::J d.:,


como ffz com a patena na oblaçio do pio.
2. 0 Ora'3ea e w,rim6nias que c:ompletam a
oblação. - A. - Obla'5o doa fiéb, - Por maior que
seja o valor da vitima. s6 poderá advosar a llORO favor
'perante Deus, se tiver procuração nossa, quer dizer,
tanto quanto se unU'OID. os raossoa ao sacriUcio.

=::.~:~e:~.º= ~ac:m~=
coraç6es

:~n= T~ d~:. ro=1e~t


de~.
l&nia que preferem morrer no meio dos tormentos mais
espantosos, a l'enepl' o 9eU Deus e adorar a estátua
do rei Nabucodonosor.
:8 oom eaplrit,o de humildade
:.it~::':_ue;:_
I=-~1::~"t:=
ln -sirritu humilit4lÍ$, e~ ia
326 ATOS DO CULTO
--- -----··--·- - -- --
nOlll.rumineml&PéeLuLuoMdie, 1 b.1ia: o,1mJll"11-fl<! boje o noao
u1pli1mattibl,Dómi,..,Dcua. 1111.criílcio,11aV<lll!lllprc,ac,nçn,dc
• modOCJUCGlc vosscjn:1g:r11d4vcl,
ScnhorDl:,1111.

B. - Oração ao Espirita Santo. - Terminada a


oblaçio tríplice do pio, do vinho e dos fiéis, o sacerdote
dirige ao F.spfrito Santo uma inPOCQçia chamada cpiclue
~~1:"ra ~:::::• e~~~i-_o em:t,:a:!~vÃ
Eucaristia é como que uma segunda incarnação. Da
mesma forma que a lncamaçio se atribui à operação
do Esp!rito Santo,- também aqui reconhecemos que a
sua onipotancia pode mudar os elementos de pio e de
v~ho no Corpo e no Sana:ue de Jesus Cristo.
Veni, 1:mctiliel!Lor onmlpotl!Q 1- Vinde, antificado, todo padc-
~ Dcu5, ct b6nlldie hoo roao,Deuaetarao,eabcmooni
sacriífcrium tuo aneto n6minl kt.c IIIUlriHcio PJ(lpa.l"lldo 1111r.i.
prlfBl1U"4tum. a gl6ria. do voaso anta nomo.
C. - lncen■ação. - A rubrica das missas solenes
prescteVe aqui nov8 incensaçã'o. O celebrante benze
o incenso, enquanto diz :
Per iatcl"CC!lli6ncm beati :t.ri-1 Pala. intereesslio do bllm-o.vc11-
ehoQia ~agoli atantia a dox- Lurado S. Mi&uel Al"Cllajo, cm
:i!8~i:-$1l~=ii~=w: ~ ::~=~~kli!:'. r~
tud dignétur D6mill1,111 bcnedl- .., o &,abor abeft90lll flllte
cun=, et UI odclrem BU&viWis ince1181) e acolhe--Jo cm odor de
IICCf.-ra. PerChriatuinDdlni- IJUaVidade. Por Jesus Cristo
num noat.rum. Amea. N(BIQ S.nbor. Amlim aeja.
O sacerdote incenia primeiro as oblações. É muito
justo, porque slo das que breve hão de ser muavi1bosa-
mente transfonnad■ s. E, ao mesmo tempo, diz : ·
Inc&ulum .tud a te bene-1 illClllneo,
d1otwn ucêndat ad 1.8, D6mioe,
EJeve-98atfiv&,Scahor,at.o
por v"8 abençoado, e
et deacúdat euper MIi mieim.- 1-lxo lllbre ndll .. VOID miaeri-
edrdia tua. • · cdrdia.
ATOS DO CULTO 327
----------
Depois, vai incensando a cruz, aa rdíquiaa e o
altar, enquanto rua :
~ a pnra v&, Senhor, a DiriP,tw-,Ddmine,or4tiomc,o,

:a?:~~:;::s !:rln:~"'~;::,~~~
minha pn,ce, como o illCl!MO na

Senhor, guan:l.o. i\ minha~ e


~
,icut iooénlwn, i11 conaJ1'1:tu

D6mioe, Cll81.6diDm ori ITll!O, d


cm redor dOII meus lnbioa;· &iti11meircumsthti•l'bii11n,,i,,:
nlo -, dobra o meu conç1,. a llt non declfnet cor mcum in
palavrndc nWlcin, a bu~cor ,i- verbo. maUti.111 ad oxclllllnd•
culp,q para. mcUll pcco,doa. cxeusatiónca in pccd.l.is.

A01111da em IIÓli o Senhor o


raso do 111111 amor e n chnma.
dQ. eterna c11rida.de. Aaim 110j1L..
I
Devolve então ao diácono o turíbulo, dizendo :
A""'8<W ia nabis D6minuo
i1nem IIQi nmóris ct f!&urunam.
mt.dmm co.riWis. Amen.
D. - Lavabo. - Diripse o padre Ão lado do
altar e lava as mloe. Duas razões podemos apontar
como motivo desta cerim3nia : - a) l"Miio 1111.ttka.
Nunca seria demasiada a pureza do ministro do sacri-
Hcio da Missa, para tocar oa divina Vitima. Era bte
mesmo o costume dos sacerdotes..enfre os judeus: anfea
de se chegarem ao altar, purificavam ea mica como
slmbolo de io<dncia. - /,) ro:rãa 110.lura.L Outrora, era
necessário que o padre lavasse ea miOIJ, porque já nio
estavam asseadas, desde que, antes de despedir os catec:6-
menos e· os penitentes, lhes tinha ~ t o as mios na
d::pi~:e ~nhdo s!iU: ~ =8 recitaçlo

"'"""' u ...... _ .,.. 1 ,........, , " _ . . , _


011j1111r...e aPfO"imar-me-ci do Dloas: ot cirodmdabo lll!Are
YOl80 a.11.11.rt Bwth~. • tuum, D6minc.
Para.011virp11bliear011VOBIOII Ut 4udiam. vac,em ltuldis, ct
::::!?/l,:._nnrrar t.6dns III YOlilllll ~nánem univéra!. minibllia tua.
Sc.ohor, nmci a. (ormoa11ra da D6miwi,dll6xidec6n,mdoinul
.,_ caa e o lupr em que tum, ct lncum habileti6nls g)ó-
babi.t& & Y<llllt. llória. rilltull!.
328

Ne perdas cum lmpiis, Deus, Deus mou, nlo perc~iii a


6nimam n,eam : at CUID vU,Q minha. nlm11 com os fmpiue, a
Úlli"inum vitam mcrun. nminlu1vid&comoshum1m1dc
111.nguo.
ln quorum mllnibul lnlquiUl• Cuju m4os estio mMuladas
tellsunt: dh1erau6rumrcpl6ta. de iniquidades, e 11 doxt.ra
em munEribua. cbcindupn!IICotes.
Egoaute.mlninnoc,!ntillmea Quanto a mim, andei na.
in&rel'IIB wm: redime me et inac:ência:rcsw,.t.11.i•mcotelldo
milll:riro mel. picdndede mim.
Pa me111 Btciit in dilieto: in M1111.p6pofflUI.OIICllufinncno
uccldaiis bcnedfcmn.te, Ddm.i1111. caminho nito: nuimsi:n,b!6ias,
abcnçoar-v"9-ei,Sonhor.
GloriaPa.tri ... Glória. llO Pai ..•

E. -S6sclpe1 SúanctaTrinitas.-0 sacerdote,


voltando ao meio do altar, inclina-se profundamente e
rosa à Santfssima Trindade que aceite favoràvelmenfe
o sacriffc:io adorável a ela olerecldo, -para gl&ia dos
S.n~ e salvaçio dos fifu.
329

F. - Oráte, fratrea. - Antes de entrar em reco•


lhimcnto mais profundo, pela óltima vez até depois
da Consagração, o sacerdote volve-se para os fiéis e
dirige-lhes as seguintes palavras, convidando-os a orar:
Rezai, irmãoa.
E termina em vo.í: baixa :

rr.~:"•~,~• ~~~•JA~'í°": ~~ 1eiu'


Pai lodo poderoso.
;; ..~:C~~bi). ~~..~~dõ."~~
Palrem omnipoténtem.
nt', Acolha o Senhor Jas vos- I!;. Susclpbt Dominllll sacri-
aa,, mãos êste sacrifício, ()lira flcium do m:m!bus tuis, od lau-
louvor o gl6rla do seu nome, dem ct glõrium nóminL, sui, ad
pam nosso bem e para o bem u\ilit.átem quoque uostram, to-
de tôda a sun. MnU Igreja. tió,,que Ecclésiro sua, 1111ncte.
G. - Secreta, - O celebrante responde dmen, e
reza a oração conhecida antigamente pelo nome de
~ Ora!;o .r1<per oblata•, prece sôbre as ofertas. Quando
estavam ncabadas as oblações, o padre logo convidava
o povo a rezar. Depois, rezava por sua ve:i:, exprimindo
os votos de todos, por meio de uma oração coletiva,
parecida com a co!etu. Desde que deil<OU de haver
ofertas, o sacerdote passou a fazer esta oração em voz
baixa : daí o chrunar•se ✓ecrekz. Entretanto, conservou
geralmente os carateres da sua origem : a idéia que
exprime quase sempre, é o desejo de que Deus se digne
aceitar propício as ofortas dos fiéis e conceder-lhes em
troca ~nçãos e graças.
483. - VI 1. Quarta parte da Missa. Consagração.
Esta quarta parte abrange: 1.0 Pre}Jcio, 2.• Sancüu,
3.• Cdnon.
1.0 Pi:efácio. - O prefácio (do latim prae}ah"o,
•prae• antes, •Jari• dizer), como o nome o indica, é
a intro{ução às orações do cânon. O comêço é consti•
tuído pela' conclusão da secreta. Depois, o padre saúda
de novo a assisMncia, como se quisesse despertar-lhe
830

a atenção. Pede-lhe que eleve o coraçio até às coisns


do céu. Inclina-se depois para a cruz do altar, memorial
das beneficias da Redenção. e começa um hino de açlo
de graças em que vai enumerando. alguns motivos do
nosso reeonhecimento para com Deus : a Incarnação,
a Redenção, a Paido. Eru:ontrq-ae sempre êste mesmo
pensamento nos muitos prefácios dos antigos Sacra-
ment.i1n0lil (1). A liturgia romana conservou onze. Mais
.dois [Of'am acrescentados recentemente. Poucas vuiantes
b' entre uns e outros. Eis o pref!cio comum :
,. Per 6mni11 1meuJa. 81111Cll·
16rum. .,w,...
f. Por todoa oa $11culo,i
Rl'.Assi111aoja.
doa

1.1::!1!,;.u,vobla,um. J. OSenhorC$U!jD.C011V011eO.
117. E com o vosso cap(rito.
1).1:..::!~tuo. 'f.Alavantai01coraçõea.
11:J'. Hablmus ad D6minum. ll:J'.N.S.OI toimotjunto do
f. GrAt.ias· q,ãm1111 D6mioo
Dao noalro.
ll:J'. Di&n111De,i•tum1111t.
Ven dignum et judum eet,.
llkl.U\11Detaalu.t4re,noa tibi
•mper et llblquo grit.iRa jgara,
Ddmine aanctl, Patar omnfpo-
tena, .t6rna Dcwi, per ChriMum
D6mlnum 1101trum. Per quom
Majeat,item tuam bwd,wt L,.
pli, addrimt DOffllnatiiSnce,
munt PoteaWcli. ec.u c1111\o-
,n:-
rml9,.ua V!rtutu, IUI beit& 8'--
raphim e6cia e:uniltAl.idne con•
c61ebra11,,. Cum quibus et noa-
L!'M voces ut lldrn!Lti jtlbeae
doprec4mur,edpplicii,nnre.-óne
dic6atos.
2, 0 Sanctua ou Triságio (do grego •irtU• tris
"'
vezes, e 1111g,.·w• santo). - O So.tu:bu parece al"1,m tanto
edemporlneo, metido assim entre o prefácio e o cAnon,
Mas ~te liino triunfal, em honra da divindade, é anun-
ciado e preparado pelas últimas palavras do prefácio.
Quanto à composição, o Sanzbu é formado de
duas partes : - a) Do principio até o lhntdicliu, é tomado
do profeta lsaúts, que viu o Senhor sentado num trono
elevado, com Serafins que o cel'Cavam e adejavam por
cima, clamando uns aos outros : e &nto, santo ... •
(/.mla.r, VI, l, 3). - b) O ,Btntdicbu, segunda parte,. é
demN::, cl~:r~eaj~::;.Jaued:v;::•:~ '7:ru~f:.
Deve-ae cantar o Benulicliu 1080 ap6s a consagmçio,
para melhor exalçar e glorificar a vinda de Jesus Ctisto
:Sa1r~éi~ :; !:t;~9fm~-~ ho~ms:i~~~:ibra1
e!-~:· iJ::.to, d!'º~x6rcit.~
0a dlll!lo 11. term.nt.iiotbeloa
d11, voap. gld,,io.. HOIIIIRIL no
l
nJ:::'!.Wl~~!.a8:b'.tul (1)
Plenisunt emliot Wl'l'll.g\6rb.
tua. Ha8'nna in ex~lalm.
mais oito doa c6ua.
Bendito o que 'ftlffl em nome Beuodicl.ua qui vonit in n<Smlne
do Sonbor. H0911na no maili Ddmini. Hodnna. in excflsls.
altodoac,!1111.
3. 0 - CADOD. - Tem ainda o nome de •ação~
por4ue é a açlo por excelêocia. Abrange as preces e
cerirn&nias da Missa desde o Sanclw até o Paler. Nf
origem, nlo se escreviam estas preces, de modo que
nio se pode dizer quem fixou as formas atuais do clnon
nem quando isso se f&z. Sabemos, no que diz respeito
ao fundo, que nos vem de Nosso Senhor, dos Apóstolos
e do,j 9llces501'!!9 de S. Pedro. O Condliô de Trento o
di& É certo que, no princípio,. se rocitava. como as
outras parles da Missa, para' que todos os fiéis pudessem
~ hobralm •• -ll;hlrloll.. , _ do ._r.tlYO-
332

;:::id~:.!;1.;·~;tt~;,!~ ~~e:ia~s;i:,.;:~~ºf;t;~::f~
assistentes que êste mistério era reservado ao padre.
Queda, sobretudo, incitá.los à reflexão, ao recolhimento, ·
à adoração interior. Queria despertar nos corações
afetos piedosos. - No aspeto müfico, o altar, silencioso
na hora mais solene, é figura do presépio e do Calv,hio.
tstes também presenciaram, na calada da meia-noite
ou das milagrosas trevas da tarde, os dois mistérios
assombrosos do nascimento e da morte do Homem-Deus.
Podemos considerar, no cS.non, três partes : - a)
{)rccu anl.e.r da Co11.ra9ração ; - !,) prcr;,:., da Co,uagração ;
e - e) pr«e.r dcpoi.r da Con.ragração.
A. - Preces antes da Consagração. - Há cinco :
1. TE IGITUR. - No início do Cô.non, o cele-
_brante ergue os olhos para o céu. Suspende os braços.
Abaixa-os e põe as mãos, inclinando-se profundamente
si:>bre o altar. Nesta atitude e com bte gesto de súplica,
é que êle começa a oração Te ,"gilur. Nela, pede a Deus
que aceite êstes dons que em breve serão transubstan-
ciados. Pede que conserve na Igreja paz e concórdia,
sob a chefia do Sumo Pontífice e, do Bispo diocesano :
Tolgilur,clcrncntfssimcPnter. K6s vos suplicamos, Pai clc-
perJesum Christum Fflium tuum montlssimn, e vos rogamos, por
Dóminumnostrum,sáppliecsro- Nnsao$enhorJesnsCristo,v0680
gabnU& 11.c pétimua, uti ac~pta Filho, que aceiteis o 11.beno.oeis
h.d.bcas,etbened[Cllllb""' Tdo- êstcs dno11, ootu ofertai!, êste:,
sncriffoiosAntose sem mo.n~ho.,
que voa nferecemOl!I, primeiro
pelavossa.B1mtnJgrej11cMólico.,
alimdcqucqucimispadlicá-!a,
protogê-la,cnnscrvi-lanapaze
11tro ct tégero dignéria toto ~ovcmá-la,om tôdo.a terra, em
orbe terrárum: unn. cum íá- comunhão com VOS!.I0 aorvo, o
mulo tuo Papa nngtfo N ... et. n088<> Pap& N .•. e o nOSllo
Ant!atlte noatro N ... ct ómni- Bispo N ••• e todOII 019 orto-
hua orth<><lóxia atque cathólicm doxosQ os que estão na fé ca.t6-
et 11.po11tólic111 ftdei.cultórih1111. fü:• e •po11tólica..
...
2. AIEAJENTO DOS YIYOS. - Aqui, o cele-
brante menciona as pessoas por quem, em especial,
tenciona rezar. Nos primeiros séculos, o di&c:ono, ou
até o próprio padre lia, nesta altura da Mi$118, os nomes
f:~i~~fitt~ ('tve:::• :;~/:Jom!t~
,enerosas. Não é d.t'ici! imaginar os abusos que podiam
nascer· dat A vaidade lisonjeada. As competições,
Melindres ofendidos. Ciúmes. Vemos, com c!e.ito, S.
Jerônimo, vituperando 011 que apresentam dádivns,
::::=ru:r::. :S s;,~c:.~t~S:pci:;~ ~~
4
usos, No séc~o VII ou VIU, já não permitia que se
lessem os nomes, senio em VOz baiu.. E no século XII
mandou que se fiaesse secret&m,ente a remmendaçio
dos_.mesmos.
Lembrâi-we, Bcnhor, doa vm- Mrml~lo, D6mine, famuld-
- eervos o servu N. e N., o rum famulaNllllCJlla tuwm. N.
dlatea tod0$ aqui proa111tes, cuja et N .. , d ÓIDDllllD dreu•t'11-
f' e devoçio oonbe<:ei$, pOI'
-quem vos oferacemoa, 01,1 que
tiu.m, quorum li~ fidc. cóa:!'ita
V011oktvcemelcspr6prios,êatc
u.crincio de Jouvorea, Plll'I> Ales
mesmoso-pa.r11.todoaoa1eua,
paraapenu,911-da.,uaaalvaçlo
~::i~.::::,\~
eV11rdadairo.

3. COAJUNICJ/NTBS. - Teodo acabado de


~rn:lar a Deus, pelo Alwunlo dos vivos, a l,re:ia

;:r:.~~. ~ ~t::.r=-~= tª~i1:a I~~


Deus no~!" conceda auxlJio e proteçio. Lemhfa a SanHs-
sima Virgem, os doze Apóstolos e os doze primeil'OS
334

' mártires (1) célebres em Roma nos séculos III e IV :


Lino, Ckto, Clemmlr, que sio ostras suces&Onls imediatos
de S. Pedro ; Si.rio e Comllio, dois papas mártires ;
Cipriar,o, primeiro bispo mártir de Cartago ; l.ourenço,
diácono do papa Sisto II ; Cri.rógo,,o, ilustre romano,
martirizado sob Diocleciano ; · João e Paulo, irmlos,
supliciados sob Juliano-o-Ap6stata, porque niio quiseram
sacrificar aos ídolos; COJffle e Dam,'iio, certamente
m.i1rtircs de Roma.
C ~ t a , 11~ mem6rlo.m Porlicitl"nlcs da mesma. co-
vancrãnt811, i11 primis gloriósm munhlo,vaoonunoa :i. nu,mórin,

:n. t~?~li~~::ri~
Cbrlsti: aedctbcal.<lrumApos-
primeiro
~m~~
da bein-a.vent.uru.da
t~,_,M&~i.~Ja~:
r.olónlm ac M'11yn.tm tu6rum Cri1t.o, a depois dos V08908
PetrietPnull,And~J&eóbi,
Jof.nnil,Th<:imm,Jo.eóbi,Philip-

::dnt~-r':::~i r~~81et.
c1i:m,n~ Canilllii; ey.
Xast.i,
pridni,Lu.un!11tii,~ni,
Jo4rmis ct Pa11li, Cosma= ót Da-
millni: et <Smnium 8'Ulcl.6rum
tucll'tlm ; quontm m4tltls preci: montos a ora9&eB, quo rae&-
bdaquc eoncfdu, uti11 6mni1- bamo1, para 1.&du as coisas, o
rru~~~ =•n~~t::
D6mi1111m naitrum. Amo!I.
N°:°~!h:'jC811~:. ~;
aim 1111,ia.
4. H.ANC IGITUR. - O Nun.lnlo e o Communl-
olntu formam um como parêntesis nas oraç&s prepara-
t6riaa do CAnon. Depois, o sacerdote reàta o pensamento
da obJaçio. Logo, o H«11e igiiur é a continuação, o·
desenvolvimento do Tt1 i61'lur. Aliá, o gesto do c:ele-

:1.::.~.::'"":--r::e:::.~~1--=-=~
"'-""u""'11-.por--op,dpr/o"""ll.._•,..luloa_doo,,,-·
darNdo,_..oo1o,..;,oo-,l!cLOdoCc,,poodoSan,i""doJeo...Oloto. Peloo
llnodo-lolX,1..W..'°"'modmllldoiooo,._doo"""'--,""llalodoo
s.nlc,o,Molllordo,,_.rln9!_•_.,._,.ioi..ro, _ _ . , _ .
.,.,._pr1mw.W- .
335

bmnte : impo,ifiio "41 nriiN no cálice e na hóstia, toma


bem patente e altamente expressiva a signil~çl:o desta
prece. Na Lei Antiga, querendo os judeus oferecer um
sncriffcio para expiação dos seus pecados (sacriflcio
propiciatório), estendiam as mlos por cima da cabeça
do animal a ser vitimado. Era como se depositassem
nele o p@so das próprias culpas. &a, para eles, wna
substituição de holocaustos. Aiisim. quando. o padre
estende as mlos no d.lice e na hóstia, qllCl' dizer que
Jeswi Cristo, aparecendo daí a um instante no altar, é
verdadeiramente vitima que se oferecmi por n6s a Deus,
seu Pai. Por n6s e em nosso lugar. Logo, conWm e a
justiça manda que nos unamos ao seu sacrifício e com
ale nos sacrifiquemos.
De novo, o ac6lito toca a campainha, lembrando
aos fiéis que chegou a hora da <m1Sagl'Bçio.
N611 voa rogamos, pOIII, S.- Hane ffilll• obbti,:inem 11ervi-
nhor, que iu:eitais ravoffl.velm,m- UI.tis. aostrm; 8'd ci o,,nc~
tccstll.ofcrlaquevoalalCfflOII,

f~1r =~~.:idu11m'::':.
vida, 11. PILS qua vem dll VÓII;
livni-n0Bdn.c:andeu•oot11m11,
ocootempllu-noaentre011YOS10S
oksitos. Por Jcsua Cristo Se-
nhor Noaso. Aaim 111:ja. trum. Amea.
5. 0 Q,UJM OBLJTIONEM. - Nesta prece, resumo
das quatro pteeec:lenfes, o celebrante pede outra vez a
Deus que aceite esta oferta, rea1izando-ae assim a nosso
faVOl' o milagre da transubstanciação. Ao mesmo tempo,
vai traçando, cinco ve"8, o · sinal da cruz, sendo trh
naa oblações reunidas, e os outros dois separadamente.
um no pio e um no vinho. É para salientar que a mu-
dança misteriosa é de.vida Unicamente 1 virtude da
cruz. As almas piedosàs tatnbim poderio considerar
êstes sinais da cruz como memorial das cinco chagas
de Nosso Senhor. Desta forma, a figura do Salv~,
...
magoado com feridas dolorosas e crucificado, surge
aoa n0$S01 olhos, na hora em que está para se imolar
de novo no altar e para derramar slibre nós IIS graças
abundantes e predOSDS que jon-aram das suas mias e
dos seus ~ traspassados, como do lado aberto pela

I
lança do soldado.
Quam oblaticlnem, tu, Di=IIB, N&I voa pedim01, 6 Deu., que
in6maibus,qu.11111i,mius, beno +d[. V1J11d~neil r~r que, om t6d111
Citam, ru:I +acripmD, l'a + tam,

=~~;É~r::}i~
u COIBU, aeJa cata 4;1~14ção

~~ ~=p~~
+p11BetÃn+guilfio.td1loo- e O .angue do VOBBO FUI:
~m~~. tui Dómini n<11Lri :"i:!toN~• Jeaus Cristo. Se·
B. - Preces da Consagraçlo. - É esta a hora
mais solene do sacriGcio da Mi.a. O sacerdote nio
passa de ministro e intermediário de Noeso Senhor.
Fala e consagra em nome d~le. Por isso é que repete,
ezata e ri&orosamente, com t&das as minúcias. as palavras
e os atos de Jesus na última Ceia. Narra o lato da
:!:!!1.~~=:; Cº ~p~;~::~~:
fie1id.d:S:i° :::d;aiN~rod&:
Escritura nos rdere : o1hares volvidos
ainal
t;.t
o céu. em
=.·
pua
de agradecimento, bênçio do pio e do vinho, etc••
nwJlr ~1f:a~f::'f!~~oP~~~-co:te: Üit~':
da Ceia.·
Qui, ptidle quam. paterfim, 1 Oqual,11av4tperadu.Pai:irlo,
""6pit paoon1 iD.111111ctae ac wmouplon1111&11umba&-
-..ned.bilear11&11••11a11; ote)g. o . - t u , ~ { o r , d..
riiiil 6culis in atelum, ad te :!/oa~'ao".defo°"Jllld'li,:
Deum J>atreJD BUWII omnipo- ~ 1111 allfoa ,.-0 O ffll), para
Uatem,Ubigd.tiuapos,beae+ vde, 6 De1111 •u Pai onipo•
337

tont.e,dando-V01ghÇIUl,obon-·1dlxit,fregit,dedlLquodlacfpulll
li!º (a fJ'ldni /u R!I H61J!a .º
llllill, diccn•; Ae<:fpil.a ot mand1r
~~à~~~s::d~;~ cdtaexMGomaea:
Po,v,..wlo,omH,:o,po. RocfflmimCorpua...._,
Ekwtção. - Logo ap&,. os palavras da Consagraçio,
o sacerdote genuflete para adorar Jesus.Cristo presente
no altar. Ergue enfio a Hóstia. para que os 6éi1 a
vejam e também _adOHm. ,Nilo existia esta cerimônia.
nos primeiros séculos. No momento da Consagraçio,.
fechavam o altar cortinas pendentes do cióarium, e
nenhum indício havia que assina1asse a liora exata da
transubstandaçio. S6 uma pequena elevação d.,. Hóstia

=~.1-r::.~ m!i:rct~~:;
se fazia, e também se fa:i; hoje, pouco antes do Palu (').
Ordenou-se a devaçl[o da H6stia, no século XII. &a
c::o.~t;tade 0

de Tours, foi quem teve esta iniciativa. Depois. ao


século XIII, o papll Hon6tio promulgou o decreto que

H~j:~dtm~:\: :;,: ~ :on:::!i:rin: 0


~
adorar('), .
. t,) CONSAGJuJÇÃO DO JIINHO. - Terminou a·

~:t:.t:::::: ~~~-~ =~:r ~ 1:J8!';;


que tocaram no Corpo de Jesus Cristo e Um de ficar
unidos até às abluções. descobre o cálice ediz, erguendo-o :
Do meamo modo, ímd• • 1 S(Q>iJi modo, postquam c<m'-
Ccia, êle t.omou &te pn:,:iaso tumcat,neefpionsethuncpr..
Cãliee nu 1uu m1111 sur1111m1• c\4mm "'-)item in mnrtas ac
t.111 e ~nerandae e, dando-V<l8 vellC!Tltbilcs m&nua 81188: item
lgu&lmantc il:l'&ÇU, benzeu.o (O tibi arAiu ap,11, bal'II! + dlsit,

~°"""--••0--
~~~~ -=!=:;.~
121·i...-.. 1ru1u1Q1nc1o.r.7-•""8--... -N.plec!A<loe

~
338

dedltqu11 di.scl'pulis suis, dirons: padra/<U>1ocdliceo&ina.lda


Acclpitect b!bitecx eo omncs: cruz) e ,fütrilmfu-o n seus di••
dpulood;sendo: Tomniebebei
dêlct.o<los:
H~ csl onim rnlü •611guin;• l'arq"e i8lo é o (Mice da"'º"
me-i, "ªi,i cl :tltrni tcs/amti,li: so.ng.,c; da"ººª o elcm" lolla-
myst,h11mftdci: q11i pro ot>bia "'""'º' mi!itria do jt ... qM
et pro m11/lia c//1mdélHr in rc- 8C<I derrarnodr, p<,r v6s e por
n1iui6ne111 pecc,,l6r1<rn. mu·toapararcm· ·o' ;iot:'
Hroo quoti=úrnquc foel!ritis, Tõdns ns VU"'lS que fi>crdcs
in mci mcmóri,i.m faciét.is cstns co· ns, n • · , ~m mc-
mórindc mim.
O padre genuflete para ador~r o Precioso Sangue, e
então, erguendo _o cálice, apresenta-o aos fiéis para que
o adorem. - O uso de elevar o cálice foi introduzido
bastante tempo após o da elevação da H6stia, pelo
skulo XV ou XVI. Permanecendo os fiéis prostrados
até à' consagração do vinho, bastava uma elevação s6.
Nas duas elevações, o ajudante. toca a campainha,
avisando os assistentes, e sustenta a casula do sacer•
dote. !ste último uso. estabelecido quando as casulas
eram maiores, conservou-se depois.
C. - Preces depois da Consagração. - São
três as orações que acompanham a consagração. E
segue a conclusão do cânon.
ti) PRIJIEIRd ORdÇdO. - Abrange ésta tamb.fm
tr& partes : - U,uk ei mtmoru; - Supra quat propitio ;
- Suppú"cu k rogamu.r. ·
l. U11<k et mtmOre.f' ('). - O comêço desta prece 6
a continuação e como que a amplificação das palavras
de Nosso Senhor, referidas no fim da consagração :
• Sempre ·que fizerdes estas coisas, as fareis em memória
de mim.• Logo, a Missa deve ser um mtmoritil, que nos
...
~de Jesus Crlsio e, acima de tudo, o sublhne sacri-
Hc:io da cruz, a. Po.iAo dolorosa, mas de (rutos aben-
çoados, fio lcliz para n6a, desde que é a fonte copiosa,
donde brotam as groças inesgotáveis decorrentes do
sacriffcio dn Missa. Depois, a Ru.nurt1ição jubilosa.
Depois n gloriosa Ascensio. Paixio, Ressurreição,
Ascensão : do os tr&s passos da Redençiio lembrados
pelo sacerdote. quando apresenta à Majestade divioa
os dons de valor infinito. depositados no altar. En-
quanto designa ~tes dons, faz cinco cruaes (1).
Undo ct méllllll'ell, D61E1ioo,
nas,servitui,ll!!dot pleb,itQ
saneia, ol4sd~m Chriati Flllllui
Ddmini 11ostri, Iam belite Pu
Bi6nls,ooenonctablnfori1Ro-
1111m1ctióoia, •d et in ccmlai!
gloriósa, Aeceneionif, offo!rim1111
prieclhl',[,ajest,ttitu•,dctuis
dooiincdDtàs, Hcletillm +pu-
r.t.rn,Hdistinm +.-nctn.m,B6--
ti1U11 + immoculitam, Panem
+ IIIUlCWm vit• ■t4mm, ot
ulvaçio. Clllicem + S.hHis perp6tuie.
,ua
~~.~
2. Supra.

porventura, o ~riffdo

~S::iZ,
=
propiti4. - A segunda parte da
oração é um pedido. Roga-se a Deus que ae digne de

~= ~:r=~:t~of~r:e~
do Filho, deixar de agradar

1;~~.~ ~uo
ai mesmo a seu Pai é o próprioJ.esus Cristo. Mas ale
o faz pelo ministério do padre e a .Igreja. Ora, o valor
de -qualqll!1' oblação, se 1 ~ da natureza da ofetta.

=-.4~~=-:s=-=~.-
'40.

também depende muito da dignidade e santidade do

=:ta~ ;!~Je: Ínfi:Ü:S %:'!íti~s'.~~t:i:~


O fervor da alma e a sua pureza, o arrependimento do
coraçlo, merecem-DOS, por parte de Deus. acolhimento
mais benévolo. , É por isso que pedimos a Deus que
se digne aceitar os llOllll0S dons, como aceitou os holo-
caustos de Abel, de Abralo, de Melquiscdeque. A
comparação nlo diz respeito, evidentemente, à quali-
dade das ofertas. Quem se lembraria de .comparar os
sacrifícios imperEeitíssimos da Lei antiga com o sacri-
Scio indizível, divino, da Lei nova 71 Ninguém, certa-
mente. Diz respeito SÓ aos ofer.tantcs. Neste ponto,
é para deiiejar, verdadeiramente, que os nossos dons
-,iam nicebidos por Deus, como o foram. os dons dl!sses
santos personagens do Antigo T~tament6.

p.!':;:-:i:r:.:.~11::
dons,cde011tcrp,orbcnvindos,
como vos dig,111sll!B ILCl!i"1r OI
pn;:11entcsdovoaoscrvo,o
justo Abel, 01111mJ'ltiodonOIIIO
P:,.triar,ia Abnulo, e o que voa
tu111 Malchlaodocb, sanctum oícN!<:1lU o YOB10 sumo ,nc,erdoto
:'t:i~cium, izama'!"1'1.111n lidit- :1t!~:i:'i!:J:'criflcio &U1to,
3. Supplia:.r k rog#mu.r. - O sacerdote inclina-se
.agora profundamente. E para que se torne mais instante
e c;mnovei:ife, c:om esta atitude ,humilde, a sua súplica,
Entio, pede a Deus, nesta ten:eira parte, que mande
o seu anj'o .nu11D levar os nossos dons para os altares

:!~: :::i!ªDeus !ªt::.':nj!:id:· u! :~:


para que seja mais grata a a nossa oblaçio. Quantas

=te
· · os
°!°n!-:~í:~;:.:~!!.
DOSBOS requerimentos
d:oui;aro:!º:'~
e sac:riffcios I Mas ser, quem
941

hte anjo 1 Alguns julgam que será o anjo proteto..-


da igreja ou o anjo custódio do celebrante, auxiliando-o,
inspirando-o, durante os augustos mistérios. Para outro5,
· é S. Miguel, conhecido e venerado como defensor da
Eucaristi!l e da Igreja militante. Enfim, h& quem
:c::u~d:~~e !ê=!"~sa~~s:~~:t:r;.~:1~
também ~ui serve para indicar o ptÓpcio Jesus Cristo
ou o Espírito Santo, que sio nos!IOS modianciros junto
de Deus.
Nóa VCII flll.plia.mos, DeWI Sdpplicea te ro&«m118, omnl•
~~J::.~~m°i::J!!pe,::
mfioldo-Anjoaanto,para
pot.eoa O-, jr.ibe biec ped&ri
pcrJIIIUIU.unGti1nselituiin
o VOIIIO &UbJimc altar, oa pni- ,ublfme ai~ tuam, m cant
scnça da. voasa divilla. Mnja- p6ctu divinll! MajcortAtis tu■
t.ado: t.fimdequr,nóatod"', u~quotqu.otoxbaea\Wiepart.t
~=te•"':!~o al,!'1r~U: eipa.tiOne, s,u:rodnd11111 Fnii ,w
81LDtisslmo10SanguedeYOBSO Co:r +pu1d8"' +piinena
:i,_:, u•\:::o.Cll;~oso ~:
~ c:'iato'ir• t~b:.e8::
=-~~t::=~u:
eumdcm Chrillt.um Dominma
llim •Jo. nost.n,m. Amon.

e.:=~
6) SEGUNDd ORAÇÃO• .- Memento dD, mor/oi.
Desde que està transportado pelas mlos dos Anjos aos
altares do céu, o nosso sacriricio toma-se manancial
.de benefícios, fonte de águas vivas. r.ra uso dos filhos

~!:iº~=~-Aª~•.~t::·
seus mtmbtos padecentes. Af está por que pensa, pri•
meiro, nos filhos que já se foram dêste mundo e estio

d~Ni: f=~ar
ez.piando culpas no lugar de purificação. Roga peki.
=~~s o %:od:•:s::esa:~ 0

o dos vivos, isto é, ,pela leitura dos nomes inscritos nos


dlpticos. ..
342

Mcmênlo dtiam, Dóminc, fn- Lembrni-vostnml,~m, Senhor,


mulórum fo.mulnrõmquc tunnim dos VO$$Oa servo• e scrvns N.
N. et N., qui nos prretcssérunt e /li. que nos prcee<lcrnn1 com o
cum eiguofldci et dórmiunt in sinal d11 fé e dormem o sono
somno p.~cis. - lpsis, Dómh,e, dn pnz. - A eles, S.mhor, e a
et ómnibw; in Christo guiesc6n- todos que dcscansnmem Cristo,
tibus, locum refrigérii, luci• et c,oncodei,vo-lopcdi1no,,,oh1ga.r
pacis, ut indõ1';,,as dcpredmur. do refrigério, dn luz e dn pnz.
Per eumdem Chrislum Domi- Pelo mesmo Jesus Cristo, Se-
num nostrum. Amen. nhor Nosso. Assim scjn.

e) TERCEIRd ORAÇÂO. - Nob,".r quoquc pccca-


lóribur. - A solicitude carinhosa. da Igreja passa dos
membros falecidos aos membros vivos. O padre bate
no peito. Suspende a voz para estimular a atenção
dos fiéis. E pede que êle pr6prio e os assistentes recolham
a celeste herança e compartilhem da gl6rin de todos os
santos em especial dêsses cujo nome declina: S. Joio
Batista ;. os ap6stolos S. Matias e S. Barnabé, nio
mencionados pelo Communicanfu; Santo In&cio, bispo
de Antioquia ; Santo Alexandre, quinto papa depois
de S. Pedro ; S. Marcelino, padre, e S. Pedro exorcista,
martirizados no mesmo dia, sob Diocleciano ; as santas
mulheres mártires, Felicidade e Perpétua ; e as Virgens
mártires, Águeda, Luzia, ln~s, Cecília e Anastácia, que
eram muito veneradas, por causa da sua virtude e grande
coragem em meio dos tormentos:
Nobie quoquc pcccat6ribWI A nós também, pccndores, que •
fibnuHa tuie, de mult.itddinc mi- aomos V0890S servos, que espe-
serali6num tullrum •pcrl1ntibus, ramos na multidão das v°""""s
partem llliqunm et eocie1'tem miserie6nli119,dignai-vosdecon-
dontiredignéris, cumtuia,mnctis ccderpnrte o sociedade oom os
Apóstolia ct Mutyribua : · eum VO!lllOS!lnntosApóstolose Mllr-
Joinne,St~phano,Matthia, Bár- tircs: eomJolio,EsUvlio, Ma-
naba, Ignátio, Alcxandro, M'.ar- tias, Barnabé,lnácio,Alcx~odre,
cellfno, Pc!.ro, Fcliei1'te, Per- M:ircelino, Pedro, Felicidade,
pétua, Ãgatha, Wcia, AgnHc, Perpétua, Ãgueda, Luzia, ln&!,
CS.l(:llia, Án1LS!daia, et 6mnibW1 CeeUia, Anaslltcia, e todos os
Sandia tuill : intra quorum nos vosso,, IAfltoa; cm cuja com-
consórtium, non atim(l.tor'mê- panhia, vosrogamos·nosadmi-
343

tais, nlo j4 por eu.usn. dOI! 1rili, ...d v6nie, qultl!11mue, lnr-
nOlillOII méritos, mas em virludc gltur sdmf11e. Per O,ri,;tum
d,.,,_indulpcin. ParCri8to, D,',zninum nmrtrum.
Senhor Noao.

ent,! c~~~/~:!i~.f: f,!.~~Nd~ ":i~~\':


diferentes. - Na primeira o celebrante lembra que é
Jesus Cristo quem nos d& a Eucaristia e nos opulenta
com as riquezas da salvação. Nas palavras nuu:tijiau,
11ü11Ji.c.tu, /,enediâ1, o padre faz três sinais da cru:i:, para
aimboli!C&l' a santificação, a vivificaçio e a ~çio.
realizadas no altar, nlo agora, mos na hora da consa-
gração. - 2. · A sesiznda parte é homenagem li San-
tf8$Ulla · Trind1sde, homenagem prestada por Nosso
Senhor Jesus Cristo, vitima do Calvário e dos Altares.
Nesta prece, o padre traça cinco cruzes com a H6s6. :
três delas por cima do cálice que enc:erra o Preciosrssimo
San,ue, enquanto pronuncia o nome de Nosso Senhor,
e duas entre o próprio peito e o cálice, enquanto DOllleia
o Eap!rito Santo.
Além disso, quando diz as ú1timas expressões• onmi,;

=~~=:,:: c:::~~~
lumor d g/W•, o sacerdote ergue um pouco o cálice
~7.!hfuié Â 0

esta, outrora, a únka elevaçlo. Note-se,. igualmente,


que neste ponto, fim do clnon,· com o• Per OIIUl.i4 .r.eclÜ4
nu:u.lorum • em voz alta ou cantado, é que se quebra
o silincio. Durou todo o tempo. Interrompe-se agora.
para que o povo. possa responder • ilnieii • como sinal
de adeslo a tudo o que o padre acaba de faier.
I
Por quom, Senhor, 11C111pre
:U~n~ost~~:...'1~.:. =-~v1Par quem hmc 6mnill, D6minll,
00:.11 r.!.,~b!,:+~1c!
~~~~~i~~~
,.
et pricst,,s nobis. Per + ipsum,
et cum + ipso, ct in + ip"?,
I
çn.1is e n<>-los ,listrihufs. Por
êlc, com Nc e i,l,lo, vo., s~jnm
est tibi Dco Pntri + omm- dn,lns tódn n hontn e i;lórin 11
potéMi, in uoitáte Splritus + \"ÚS, De<ts !'ai torlo poderoso,
snncti, omnis honor ct g!Mia. nn unidade do Espírito Snn\o ..
Per ómnia e100ul.:,. sooculórum. Por todososs6culosdoss6culos
R}. Amen. Assim scjn.
484. - VIII. Quinta parte da Missa. Comunhão.
Na quinta parte da Missa, incluem-se: - L• a
preparação para a Comunhão, e - 2.• a Comunl,ão.
1.0 Preparação para a Comunhão. - Abrange:
- a) o Paler e o Libera no.r; - b) a Jragmenlação da
hó.rfia ; - e) o dg,i,u Dei; - á) uma oração a,zfu da
Comunhão, precedendo o ó.teu/o da paz; e - l) duas
oufra.r oraçõu para a Comunhão.
A. - PdTER NOSTER. LÍBEM NOS. - É
coisa natural que se reservasse um lugar nil Missa -à
f6rmula de oração mais excelente, o Pafer no,rler, ensi-
nado pelo próprio Jesus Cristo. É o que a Igreja entendeu,
logo nos prim6rdios. Tanto que, se crermos no teste-
munho de S. Greg6rio Magno, nas épocas de perseguição,
quando e~a maior o perigo e escasso o tempo, reduzia-
-se a Missa à Consagração, recitação do Pattr e Comu-
nhão, '
Atualmente, é precedido de curto prefácio, tomado
de S. Cipriano. O sacerdote, meio receioso, mas ainda
confiante, diz ao Senhor que não se atreveria a chamá-lo
com o doce nome de e Pai•, se não fôsse esta a ordem
terminante de Jesus Cristo. Depois, o Pafu é cantado
pelo celebrante, até e Sed libera no.t a mal.o>, que o côro
ou o acólito responde. O Âmen do fim é o padre que
o diz, em voz ba.iJca.
...
Ol'Cllla.. Enaill.lldos pelo pro- Or.imu.. Priecdplill mluUribus
coito doS..lvadorc romiadoa IIIÓniti, ot divlaa lnstlttllidna
pel11liçiiodMn11,oW111moadiaor: íorm,ti,•ud~111uedr,:e,o:
Padra nnuo, q1111 estais no Pater noatcl', qui cs in Nlllil:
du: anUfieadosejaovoaso
nomo; venht1 n nela o -
reino;IIC,iafoita11.V01B11.von-
tad,;,, . .im na terra como no
co!u. O pão noao do eada dio
JIOllda.i.bojo;aperdoa.i-nOBU
11088d dlvidu, aaim como n&I
perdoamos- Dcmoll deve-
dores; enionoadoixoiscrul'
Ollllclltaçio.. l\l'.MMli~
domai. Aasimaeja.
O aacerdote msi.te no Mtimo pedido do Pttúr,
Repete-o, desenyolve-o e implora• que fiquemo1J livra
de todos os males passados.. presentes e futuros e varno1
fruindo os bcnefk:ios dn paz divina. tsfe acréscii:no,
leito à Oraçio dominical, é geralmente chamado -',,,.
/1.nno.
ll'lh.i-noa,Senbor,TO-lopc- Lfben.nos,q11111WD111,D6mi-
diroos, de t.odoil OII mo.lcs llllllln- ne, ab 611111ibua malil, pra=t&i-
~ presentl'!l o Ílll.uros: e por tis, pr81Séntibua et fut6ria, et
inten:edl!nte b::,.to. d glorl6sa
11empcr Vlr;ine ~i Gonitrfca
Mimi!, cum. oo,tis Ap6awn.
tuiePetroctPaulo,a!,que
Andr&, et dmnibull Sa.n~is,
da.propfti•pa-.indio!bus
noatr" ut ope milcric6rdi■
tolll'Due
ab OIIUli per-
Par 811mdem
JeaumCbrill-
'1(111 tecum
vMtetrognat UZ1.itf.b1Spl-
rit111S.notilleut.,
Pd'6niniaiseeuk,a,euMrum.
IO'.Am1111.
...
B. - FRAÇdO Dd HÓSTIA (1). - Enquanto
tennina o e Lik,.. no.r~, o padre inicia a fragmentação
da M.tia. O fim d&ite rito vem a ser : - a) imitar
Nosso Senhor, pois na última. ceia Jesus partiu o pão,
antes de o distribuir aos aPóstolos; - /J) ~imbolb:ar a
morte do Salvador ,na cru&, a separação da sua alma e
do seu oorpo; e - e) preparar a comunhlo. Fragmenta-
-se o pio consagrado, para ser repartido entre os fiéis e
lhes servir de alimento espiritual. - Nos primeiros
iiEculol, as hóstias, de grande tamanho, partiam-se nas
patenas. Formavam b& quinhões (1) : um, destinado
à comunhio do celebrante e dos assistentes; outro,
para ser levado aoa enfermos, e enfim o terceiro ficava
reservado para o prol[imo sacrifício. A partlcula conser-
vada lançava-se no PreciosWimo Sangue, figurando
assim a perpetuidade do sacriftcio. Nlo raro também,
doi:-~i!Ti:~-:,:.;~r:_ ~ :.·::
besse tinha de introduzi-las no cálice e assim absorv!.
las. Esta comparticipaçã'o da mesma hóstia era sinal
de unilo com o superior hierárquico. Quando se extinguiu
o costume de mandar a Eucaristia a outras Igrejas,
como penhor de concórdia, j' nlo ficou senão a fragmen-
ta~ da hóstia do c:debrante.
t&te traça, com. a patena, o sinal da cruz. Beija-
-lhe a extremidade mostrando c:om isso respeito ao
Corpo de Nosso Senhor que nela vai repousar. Toma
eD.tio a h6atia e divide-a em dois pedaços. Separa uma
parcela e diz, fasondo três YeZeiJ o sinal da cruz :
Pu
TObie
+ Dominl llit + aemper
+ cum. 1'J'. Et cum
Iconvoeco. 1'J'.Senhor
A pu do -.ia tempra
E com o . -
spiritu tuo. ospfrito• •
.,
União do Corp<J t1 do Sangu.e de Juu.r Crin.o no
c,![ift. - O padre, agora, deixa cair no cálice a partícu1a

=~~g= t!i:::\
que segurava nos dedos. fste rito prende-se intima-
m.ente ao l'ifo anterior. Tivemos a fração da h6stia,
~=r:euc:;:r:r d~
Sanllu &pkiu, significa : - 1. que êste Col'pO e êste
':.e:~ni:
Sansuc se reuniram na Ressurreição f'oriosa de Cristo ;
- 2, que na realidade também estilo Juntos no saaifkio
euca.rfstico, desde que Jesus Cristo está presente, inteiro,
debaixo de cada espécie, única vitima e alimento ánico.
Depois, o padre senuflete e dis :
Que llSta uniio" cala cw1B1L· 1 Hmc: commlxtio ct ..,,.c,ll.
c_u: t,~:lje:.,~º &i:~q:!: ~;;° 1;;!~;°j~~t ~lºtl':::
vamos roccbcr, nos sejam 1ic- piénlibus nobia io vilam mtdr-
nhor da vida. el.Qma. Assim acjn, oam. Amcn.

C. - AGNUS DEI. - Pela fragmentação da


b6stia e pda introduçio de uma parcela no Precios(ssimo

~~ ;e::ur~To5 ~:°~~;. ~=~


com êstes dois ritos a súplica do dgnlU' Dr:i, Cotdeiro
de Deus. Tio humilde e tão confiante, esta súplica 1
O sacerdote apela para tsse mesmo que João Batista
indicava às multidões e chamava e Cordeiro que apaga
os pecados • : duas vezes implol'a piedade, oom o perdio
das suas culpas: finalmente, a paz. Para traduzir
mais expressivamente o am:pendimento que lhe vai na
alma, ~ ~ bate no peito, enquanto reza:
Cordeiro do De111 quo tirai. \ Ágnlll Dei qui t.ollia pecdta
os l)8Clldoe do mundo, toudo mundi, miscnin= nobil Cdu•
piedade do nda (clwr FNU). -).
Cordeiro do
De111 qoo tirais A111111 Dei qui tollui peced.ta
:,".,:.w1os do 1111.ndo, dai-nOI mundi, dona nobia pacom..
...
NnJo.-_Pff:E~i::. ~!t!f!:!c1a~.!siitc~AI:;
no coração que vai bnspedar o seu Deus. Por isso, o
sacerdote pede-a, instantemente, antes de comungar :
No Libera no.r, na fmção do pio, no Â9ntu Dei. Vem,
outra vez, com o mesmo pedido na primeira oração
preparat6ria da comunlilo. Esti1 inclinado,• humilde,
de olhos 6tos na h6stia. E imp]ora, para si mesmo e
para tôda a Igreja, a paz 1°nluiar. E o dom de Deus
a quem se desapegou do mundo e luta contra as próprias
paixões. Mais, a p<q. 11J:iular. Consiste na caridade
pt1ra com o prfu:imo. E fruto dos sentimentos de benevo-
lincia que votamos a tod01 os homens, nlo excetuando
os D0IISOfl inimÍ(oa, os que nos odeiam, oprimem ou
tratam mal.
O 6.tcu,/J, dJ,. paz. Como se vê, ~te rito coaduna-se
perfeitamente com o andamento do ato, Remata os
pedic:10$ de paz. E é abonado : - 1. pelo r=mplD que
Nosso Senhor dei:zou, em várias ocorrências, talvez
também na ú1tima Ceia ; - 2. por pal,11.r1r&1 suas que
S. Mateus refere : e Quando trouzeres ao altar a tua
oferta, em te lembrando de que teu irmão está de mal
contiso, deiu af, ao pé do altar, essa tua- oferta, e procura
o irm~o para primeiro te reconciliares cora. êle ; depois
vem com a tua oferta> (V, 23, 24) l - 3. pelo convih,
muita" vezes ~tido, dos· ap6sto1os aos cristio!I, de

P~:~, ~XVtl6~ê:.. ~Vt J). ~:zl


-se a saudaçio, nas assembléias teligiosas, ap6s a leitura
das ca.rtas apost61ica.s. É, portanto, foatituiçio anti-
é:°d~ ia°:. Ad::~-seaosna
rios como sCmboloda
~b~l==tJ
paz e caridade cristã, No :século
XIII, começaram as reatriç&s : ÍICOU cerim&nia do clero,
uniamente, e a6 'nas· missais solenes. 0a fiéis, em vez
do amplexo, usanm o_inetrumentio de paz (n,0 470).
...
Nas miuu dos finados, não se dic a oraçi[o nem
se dá o 6sculo de paz. Compreende-se. :Este é manifes-
tação de jt'ibilo. Ora, nas missas dos finados, a Igreja
só pensa no repouso dos seus membros falecidos.
Eis a primeira oraçlo. Evoca as palavras de Nosso
Senhor ap6s a instituiçlo da santissinta Eucaristia
(loto. XIV, 27).
SenhorJe11111Crillt11,quadil-
ee.taaYC111011,\pdltoloa: Dei•
miai. pu, dou-voe:a
llO•YOIIB
mlnhapu: nlo conaiden,iaa.
DM1U1pc<)lldoa,m11conaideraia
ftdaY0!1811.lgreln,edigaai-YOB
dolhlconccderapuca11nilo
NgUndoavoeu.vontade.Vós
que "1veia e roinais, Deua, P"f
todoa oa Neuloe dos 8'culos •
.uaimlll!j&.

coAfúNHJg4 ~ ~!"!d!~~~!!~~!.!~
diz, em vo. baiza, mais duas oraç&s preparatórias da
comunhlo. Ndas dirige-se a Jesus Cristo, que está
para entrar no seu peito, e roga-lhe as disposiç&s id3nealJ
para auferir da comunhão todos os frutos da sa1vaçlo,

=T
pare:•:me:::- ::.,.an~=~: oqPa;:.
que se dizia, logo antes da comunhio. Transferido
iste, por S. Gregório, para depois do CAnon, os saoer--
cJ:ru:~~J~c:sn;
~::d~":· e!~~Pj::ªdll$ª ::n:~as~
: : : -.0~ - : ·

=-~vo~uee~~~ I
seguir:
Senhor JC1111, CrUlto, Filho do D6miaa Jea11B Christe, Fili

:&ipfrito Sanw, com a -


~~:l~~~.!:to.~
mortem toam. QU1,Qdua rivil"'i-
350

c.t.ti: llberamcpcrh.oc""cro- morl<', v·d11 no mundo: l"vrn·-


sánct.um Corpus ct Sáng11incm ·mc, por ~si.e snnlf~inw Corpo
tuum, ab ómnfüus iniquitátibus cvos.w&nguc,dct.odnsosrncus
.:istu'i! ~:;::\%~~ e~~: pccn<los e de todos o.s mnles.
Fuzci quccuoompromcnpcgw.,
d6.tis, et Ale nunqunm scpardri nos vossos mnndmncntos, e n!lo
pcrmfU,11.9. Qui cum codem Doo pcrmitaisquejnmnis mcscpnre
Patrc ct Splritu &.neto vivis ot
regnll.ll Deus in SIOCUln Sll)CU!o- tcu:~Omq~c m;!:!• Óeu~~ltiis~
rum. Amen. o Espirita Snnto, porto<losos
séeulusdosséculos. Assimsejn.
Perdptio Córporis tui, Dó- Senhor Jesus Cristo, qucn
mine Jesus Christc, quod ego reccpçilodovoasoCorpof]uccu,
indlgnu.s sómere pr11JSómo, non cmbot" muito ind!gno, ,·ou m-
mihi provénint in judicium cl ccbcr, mioscjo.parnmeujulgo.-
eondemn11.timmm : sed pro tu& mcuto e minha condcn11çâo;
pietlitcprositmihio.d tut.nmbi- m"", sim, por voosn bondade,
quemcoprovcite,par1111prote-
:~:.':."~",cf:;tci':!~~u[~~ çilod1111lmacdocorpoe para
et regnas eum Deo J'.nlre in minhasn!v:i.ção. VOO que viveis
unito.to Splrit.us &,.nct, Deus, e minais, Deus, com Deus Poi,
per ómnia siccula s1eculórum. nn unidade do EspfriLo Santo,
Amen. port.odososséculoodoaa&:ulos.
Assimscj11.
Depois desta oração, o imdrc genuflete para adorar
o corpo sacratlssimo de Jesus Cristo.. Toma entre os
dedos a H6stia e di!: :

u!~:DJ:J~r~;:!,º~~1°~'.""'1 ~t 1 =~~~"1:~,~ti/~~hº~-invo-
Compenetrado da pr6pria indignidade, vai repe-
tindo três vezes, enquanto bate no peito, a súplica
cheia de humildade e confiança que a Jciius le,; o Cen-
turião:
Dómine, non •~ dignus ut
entres sub tectum mcum, acd
I Senhor, ~u nilo sou digno de
que entreis na minlta = ; mru,
tll.ntum dic verbo, ct s,;,,nábitur diici· uma só palnvro. e n minhe
áninm.rnen. nlrnnscn!.anlva.
2.~ Co:munhão. - A Comunhão é parte iotegrante
do Sacrifício. Logo, é direito de todos os que ofere-
351

ceram o sac:rifkio. Por isso, cmnun,a o padr, que foi


ministro do holocausto, e ctmUUlgtml o.r jiJi,ç porque
estiveram unidos ao sacerdote no ato sublime.
A. - COAIUNHÃO DO SdCERDOTB. - Quaodo
~a7.:C~ d~t~:;t::,~~.:.i~r:-
comoque a beDRl'-Seasi próprio, e~meo sacratfssimo
Corpo do S.lvad,;,r. Diz ao mesmo tempo :
Q11110CwpodeN.S.Jealll!I Corp,,q D&ami DOBtri J(811
Criit.oauardeamlnba.&lmapara Cbriltie111tódiat&aima.mmeam
a vida eluua. Aaim Nja. iD Yitam. mWrnam.. Juaen.

çlo,~~~~!';:n!:.·t=:ton: 8!i:
:=:iedena 1:::.~-:r:~==as~~
do Salmo CXV :
Que ntribuinli eu &0 Senhor, 1 Quid nitrlbuam D6mino pro
por tudo quanto me deu T 6mnilnuiqu■ ret.dbult mihi T
Tomarei o cAlioi, da. llllqoio e OO=in -1uW.. aoofpiam et
i a ~ o nomo do Sanbm:. nomén D6mini invocf.bo. Lau.-
Louvanii e iavOCMei o Senhor e danll in:,oe&bo Ddmlnum, et .i,
fio:a.reili'll'9dollllllWlinimipi. inimfcismeilllll1Y111ero.
O padre toma nas mios o c:&lic:e, e r ~ fac COlll
lle'"'onsinal da cruz e consome o Precioéssimo Se.ngue.
CQCJUaDto diz:

Queo&nguedeNomoSe-1 SauEUisD6minlnmri.Jau
nhwJ.C.pardeal!1inha.a.lma ChrisdCUMódiat'-iimammeam
pUa a vida atam&. Amim aeja. iD Titam. ~ Amen.
B. - CO.ILUNH:10 DOS FIAIS. - Segue a do
sacerdote. Realizava-$e, em tempos remotos, debaixo
das duas ~ - O celebrante depositava a Eucaristia,
sob a espécie do pio. na mio direita de ~a·comun•·

=1c:u~=~:.~=~~:
J>Gv.tll'lu<laMlloo-0.8QmOW-11
...
dizendo: •Sangui.r Chri.rli, cali:c l'ila:•, o Sangue de
Cristo, diice de vida. Quando todos haviam tomado
a santa ComUnhlo, separava-se pnrtc da Eucaristia,
para que os diáconos a levassem aos enfermos e aos
presos. Constituía o laço poderoso e supremo que vincu.
lava entre si todos ·05 ·membros de Cristo. • Formamos
um corpo único,· n61 todos que ·po.rticipamos do mesmo
pio>, escreve S. Paulo. Quem tomava a Eucaristia
tinha de responder: dtMn, é assim. Era ato de f,!, na
presença real de Cristo debaixo das santas espicies, -
No século XIII. licou abolida a comunhão sob a esp&:ic

tº s::r::~ Pã~t~~ tas:a:: f~~ desa~=


do vinho. Entretanto, apresentava-se aos fiéis lllnho

deizando, porém. vestfsios nas Missas de ordenação


e na COnsagração dBS Virgens.
Hoje, logo antes da comunhão dos fi&is, o ajudante
reza o Conjtkor-. Responde o sacerdote com a f6rmula
de absolvição ; illinrnllur, lnd11/glntinni. Depois,. segu-
r11.ndo na mio esquerdll o cib&io, e na mio direita wna
h6stia cons-,rada que ti.e erpe a meio, dis :
&,.;., Agnm Dei; OOl'fl qui t.ollit
Plledta mundi,
IEia o Cordeiro de Dcllll, eia
Aquele que tiro oa pacados do
mundo,
e mais, três vezes : Dom,'nr:, non .tum digmu, , , J a
aeguir, diatribui a comunhlo, fazendo com a h6stia o
sinal da c:ru1 e dizendo:

Corpua D6mini nOltri Je111 1 Quo o Corpo da N. S. J.


Chrllltl eu91.ddlat llnlmam tuam Cristo guarde• tua alma para
in vitam et.1mam. Amen. a •ida elema- Aaõm 118,ia.
C. - ,t1iJLUçiJES. - A rubn~ prescreve duu
abluç&a, para que nenhuma gotmha fique do Preciosí..
simo S.npe e nenhu~ parcela do Corpo SB<:ratluimo
de NOBIO ScnbOI'. Ablução do cálice. Abluçlo dos
"'
dedos do padre que tocaram na Santíssima H6stia.
A primeira faz-se com vinho s6, enquanto o padre
pronuncia a fórmula : ·
O quc tomo11 11 D011111. bOcn, 1 Q11od ore 16mpaimus, Ddmino,
faaei,Sonhor,queoguardomos JMlr& mente capi&nW1; ct de
num col'llÇlo puro, e se torne mdner. tempodU íiat nobis
para nós êsto dom tcmpornl rom6díwn sempiWmum.
eternu.1111\vaoao,.
Depois de ter tomado (1) "'ta primeira abluçlo, o

. . ..-•-"""'I """" . . . """"'.•""'


celebrante purifica os dedos com a1gua e vinho, dizendo:

~
que tomei e nau anaue qua
bebi, ao UIULlll Aa minhlll entra•
,ump.,,etangubquom.,POt4Yi,
lldh11Ueat Yite(!rilms mcis: et
nhu; f:uei que n4o fique om prlliSl.u. ut in me 111111 remãoea.l
mim v.....tlgio dos pc,,ad0:11 qllll ao~l!!rum mkllla, quem pum o·
voaos pl.ll'OII e !Rlll<III mis~rios anncto rcíeoérunt u.omlllkta
~1>11~ .i,:;!i:;r;;.,,vt3!9 vi:; ~=-ª~.:=."8 in amculll
s6e11loadosaéculos. ,\aaimaajn.
485. - IX. Sexta parte da Missa. Ação~• graças.
ÉofimdaMissa. Consta: l. 0 daanHfonachamada
e C011U1nlúio » : 2. 0 das últimas orações ou pl.r-coniun~,1 ;
3.• do lü AIU1a ut; e 4. 0 de alpmasprw:umpkment.ru.
1.0 Antffona da Comunhão. - Outrora, enquanto
os fiéis iam comun.-ando. o c&ro cantava um salmo
inteiro ou, ao menoa, um pedaço dlle, conforme o tempo
da ceri.m&nia. Repetia-se a ant!fona. Atualmente, é
s6 esta que o c&ro caut·a e o ppdre lê, e nio já durante
a comunhlo mas logo depois. É antífona que varia com
as missas e eicprime sempre alpm pensamento piedoso,
referente à festa do dia.
Ili AWo....,loXP.--IJdldM•lo,.,o•o"""'°-Mfll•...icio
-••ah.uci!a,Mo-eco<lo....,loXW.•..,.o--•-
•i.pnlc,do.•...._.,_,,..,.~o..00.oOJ-.
354

2. 0 P6s-oomunhão. - Terminada a antifona da


comunhão, o sacerdote volta ao meio do altar, saúda
o povo (Dominu.r wbi.rcum) e convida-o a agradecer
junto com êle os benefícios que Deus acaba de conceder

~~~~~1!:i~!r.d~º :ç~d~n~;~ª!:°fe· ;ª~:re~idê~!~


ao da coleta e da secreta, se bem que de objeto diferente.
A cokfa encarece o sentido da festa do dia; A .reereta
diz respeito às oblações. E a p6.-comunhão alude, ao
mesmo tempo, ao mistério ou festividade do dia e à
comunhão receóida.
3.0 Ite :missa est. Deo grátias. - O celebrante,
depois de ler a p6s-comunhão, dirige à assembléia uma
última saudação. E então, por sua vez, o diácono volve-
se para os fiéis e pronuncia a fórmula de despedlda :
lk, Ãii.rsa ui. Não quer dizer : • Ide, a missa acabou•,
ensina o cardeal Bona, mas sim : ~ Ide, é a despedida>,
porque miua está por m,".uio. O. acólito responde :
«Deo grátia.r>. Em dias de jejum e de penit,;ncia, ·subs-
titui-se o «lle, mi'.r.ra e,tl> pelo «Benedicámu.r Dómino>,
porque, naqueles dias, não despediam o povo. Tinha
de ficar para rezar imediatamente depois da missa o
ofkio de Noa ou de Vésperas, como se pratica ainda
agora nas igrejas catedrais e nos mosteiros. O < Bene-
dicámu.t Dómino >, cantado pelo diácono ou rezado
pelo padre, é convite para louvar a Deus. Também
nas missas dos finados, às quais se segue regularmente
a cerimSnia da absolvição, o mesmo motivo fêz subs-
tituir o lte, _M;,r.ra ul pelo « Requil.rcMt in pace. Amen >.
4. 0 Preces suplementares. - No século XVI,
por ocasião de uma revisão do missal, o papa S. Pio V
ordenou o Pláceal, b211Ç4o ib .racerble e a· kitura do
últinw f:IJQ.trgelÁo.
355

-:-- a) PLdCEAT. - O sacerdote inclina-se profun-


damente no meio do altar e recita a seguinte oração,
na qual pede humildemente a Deus guc seja proveitoso,
para si e para todos por quem foi oferecido, o divino
sacrifício, ora consumado.
Aceit.o.i, Trindade &.ntlsaima, Pláceat tibi, a,,.nctn Trfoitas,
& homenagem do vo,;so rorvo, e obsi!quium oorvitõtis mem, et
fa•elqueêstes,.criffeioqueeu,
embora indigno, ofereci i V0$511. prie.t:l.: ut sacriflcium, quod
divinaMajest.ade,v011sejaagra- óculis tulll majestátis indlgnUll
dávcl e que, por voesa miseri- óbtuli, tiblaitacceptábile, mihí-
córdia, se torne, para mim e que et ómnibllll, pro quibua
para todos em cujo nome o iUud óbtuli, sit, te m~rllnte,
ofereci, fonte de graÇas. Por
Jeall6CristoNosso Senhor. As- propitiotbilc. Per Cbrii<tum Dó-
sim seja. mi11um noatrum. Amen.
- b) BflNÇ::ÍO. - O rito da bênção é da antiguidade
mais remota. As fórmulas são muitíssimas, variando
com as solenidades e com as igrejas. O diácono convi-
dava os fiéis a inclinar a cabeça para receberem a bSnçio
do pontífice. Dizia :
Humilhai u vossas_cabeças
diante de Dew;.
IOu :
Humiliáte vos bencdiclióni.
HumiUte etpita ~stra
Deo.
É fórmula que se encontra ainda nas missas da
Quaresma. Obedece à rubriça • Orafio .rupra populum ~
(Oração iiSbre o povo) ('). Atualmente, o sacerdote diz :

~s~:E~:.~°:' ;~ r;~::~~~t;.• 1

- e) ÚLTÚJO EV,1N(JELHO. - Pelo século XIII,


F!i~~'.P?i.te:

os sacerdotes, indo para a sacristia depois da Missa,


começaram a recitar, em voz baixa, o princípio do evan•
~ q u o , , i .. i..,bdoc.oobtnçlodopot,d<,Ito.nu._ ..,,c,uondo
~:i::: .::"'-"=~~,,~. .~';:'~;!;.!T.:=.:~-:-::.:~.::
....11odo~•btnol!o---·-•·=•-.. - - 1 t... 11nulo.ocallo
356

gdho segundo S. Joio. Com o correr dos tempoa, pas-


saram a dia&-lo em alta voz. antes de se afastarem do
altar. !ste uso, oriundo de simples devoção particular,
!.°1e=;fi!,-:~ r.1j~ ~·!°Jo· 6~~~'!Íe=~~
:!taev~~~•é~s~l:?:ªev=-
-
de:'Ji:,
na.Quaresma, nas Quatro Tbnporas e nas Vig1lias,
- ou pela evmigdho da dominp - qu~ndo, em lugar
da Missa desta, foi lida a Missa de uma solenidade ou
de algum:santo.

porim. 1 tinha de dar taatemUDh~


~ a ravo:r da lua, •Aquele, que
eraah,11'111fdaidaira;q11ealu.mi&
a todo o homem que vem a
i!al&mundo. Eat&vanomundo,
e o mundo foi fei~ por êle,
e o mundo não o couhacou.
!::'o'~~-~
o"podudatorauem. . filhos
357

de Deus a todos os que o MO- frlioa Dei ífoti, hia qui ~re<luot in

:,;:: q;f}i ::it 1!


c111 ne, nem d:,. vontade do
:ii::::,,en"1~:; :i:i :1::~,i:":;:
nis,nequcexvnluntá(cviri,scd
homem, mas do próprio Deus. e~ Deo nnli snnt. Et Vtrbum

:1I{:t:E:F~\~~~~?a: :::i:~:~~í~:~:,t g~:~~~y~~"i:


Filho ofoico do Pui, cheio de gl6riamquasi UnigénitiaPatrc,
grnça o verdade. plcuumgrátiP!etvcritátis.
B,l'. Dêmos graças a Deue. 1\1 D"<> grátins.
- á) ORdÇÕES REZdDdS dO PÉ DO dLTAR.
- Em 1884, Leão XIII ordenou que se reçifassem de
joelhos, depois das missas rezadas, as seguintes orações :
Tr4a Ave-Mari!IJI.
Salve, Rainha, M~c de Mi9<!- Salve, Rcg!nn, ?ifater mi..,ri-
ric6rdia.; vida, doçur:,, e espe- córdim; vitn, duloédo et spe.s
rança noosa, snlve ! A vós bro.- nostrn, salve. Ad te clnnulmus,
da.mos, os degre<lados filhos de é:rulcsffüi Eva,; ad tesuspirit-
Eva; a VÓII auspirnmos, gcm,m- n,us gementcs et fleotcsin b.ac
do o cborando ncste vale dc l,i- lacrym:lrum vallc. Eia ergo,
grimas. Eb,pois,advogadanoa-
811, esses vossos olhos misericor- advoeát.a nostrn, illos tuos mi-
dioaos n nós volV<ii; e depois sericórdcsóculrnitidnoaconvfr-
d&ltcdellt~n-o,mosLrni-nosnJo- te.- Et Jcsum bencdiclum fruc-
aus, bendito fruto do vosso tun, vcutris tui, nobis post hoe
ventre, ó elemento, ó piedOSII, ó e~•Uium ostfnde, o clemens, o
doeu 1111mpre Virgem Mari&. pia, o dulcis Virgo Maria.
f. Rogai por n&!, Santa
Mie do Deus. Y. Ora pro nobis, 8'!.octa Dei
P,~:~udtti~~ ~: Glinitrix.
"dns111
m!iónV~U:'§'t!n:lf•"mut pro-
oojn.

Oremos O~o,us

ó Deus, nOl!SO refõgio e for- Deus, refligium no,;trum et


talei&, ollini, propicio, o_povo virtUB, pópulum ad te elam"1-
qw, vos iuvoca. 'E pcln intercos- tem propftius réspioo; et inter-
alo dn gloriosa. e ima<"uladn cedéoto glorióao· et immaculitb.
Virgem Maria Mãe de Deus, do ytrgine Dei Genitrfro Marta,
Bom.-o.vonturado JOW, seu Es- cu1n bcáto Joseph ejus Sponso,
358

acbo,ti,ApõstoliatuiaPetroet
Paulo,at6i:n11ibu1Sn.netia,qua1

-~Te,,9::r=:i ;.e U:: j ~ t.~:!1~•


Conoluslo pritioa, ·
Do presente estudo das oraç8es e cerim&nias da
Missa. deveri a nossa piedade haurir valicm11imos
awdlios. A.sistirá com mais interisse e maior proveito
à diferentes partes do sacrifício, aquêle que .melhot"
lhesenteaderoalcanceeasignil:icaçlo. Eis alguns
mfitodos ccelentes para se ouvir missa com muito
p,ov,ito.
l.• Unü-,.n, com tida 4 alma, a# riW t a.,. p,w:u
"4 lilargia. Isto se tomará mais fácil, usando um livro
de missa bastante completo. Acompanhar o celebrante
nas oraç&a e gestos qus fá& P01' aemplo, vsndo que
êle a inclina ao Conjilur, os fiéia devotos poderio
359

impetrar também o perdão dos próprios pecados. Quando


se ler o Evangelho, levantar-se-ão respeitosos, atentos
à .leitura. No Ofertório, apresentar•se•ão a si mesmos
conjuntamente· com o padre como vítimas. Ourante o
prefácio, hão de recordar os benefícios infinitos rece-
bidos de Deus. Hão de adorar, depois da Consagração,
Jesus Nosso Senhor. E orar pelos vivos e defuntos
tão queridos. Rezarão, com o celebrante, a Oração
dominical. Pedirão, no .d9mu D~i. pa.a si próprios,
para o próximo e para a Igreja, a paz. E, acima de
tudo, tomarão parte no Santo Sacrifício pela união mais
íntima com Nosso Senhor Jesus Cristo que se receberá
na Sagrada Mesa Eucarística. Depois hão de, com o
sacerdote, terminar pela ação de graças por tão insignes
favores. Finalmente, inclinar-se-ão à bênção.
2. 0 Outro método consiste em m~diúv no.r jiM d,.
.racrijú:io. Desenvolvem-se, sucessivamente, estas jacula-
tórias fervorosas : e Meu Deus, adoro-vos. Meu Deus,
arrependo-me. Meu Delis, agradeço-vos. Meu Deus,
concedei-me a · vossa proteção•. Assim o aconselham
S. Leonardo de Pôrto Maurício e Santo Afonso de Ligório.
Os fiéis que t~m a prática feliz e piedosíssima de ouvir
missa todos os dias, podem até, para fugir à monotonia,
dividir esta meditação. Consagrariam um dia ao preito
de adoração. Outro dia, à ação de graças. Outra vez.
considerariam a missa como sacrifício expiat6rio. Outra,
como impetratório.
3.~ Terceiro método é recordar, mentalmente, as
cen.ir do drama do Caluário. Com efeito, a Missa é o
memorial do sar;xiHcio da cruz. lnstituíu-a Nosso Senhor,
para conserva'r entre nós esta lembrança e espalhar pelo
mundo os benefícios imensos, infinitos, do Gólgota.
Logo, é muito para desejar e louvar que o nosso esp\rito
compare, enternecido e grato, o sacrifício da Missa com
o sacrillcio da Cru:i:.
,..
. 4.• O quarto método é parecido com os dois prece-
dentes. Rua.-n o l2rço, reíletin<lo em cada dezena,
quer, 'nos fins do sacriricio da' Missa, quer nos mistérios
dolorosm do Rosário. 4

e11lto ~UESTIONÃRIO. - I. Quo.ia alo os principai1 atos do


l[.I.•Dequeconet•aMissa? 2.•Quantóscspkicshidt,
fónnula.d.o ..çee,,T 3.•Qunis.So.óadivcnio1p:1tosoatitudes
dopadtena.Misso,? 4.•Q1111iasloasCl!rim6niauimb.Slic:8.8dnMissa?
III. l.•Quanta■ copl,c,iahidoMiaa.a? 2.• Quc,&Mi""'
reuda. ? Misso ca.nt..dA 1 3.• Como "" podcri diYh:br a Mina 7
4.0 Qua vem a sr Mi..,._ doa nt.c~mellOI ? 5.• Mias,, dos f.&is ?

::':!L~~~~ni::~~1~-$~ii: ~15;f;:s
f." ::.J:~ :,~ h,!-~~ :: : :::..-:-te'°!.~"'~~:,~=
ao altar ? 8.• Que faa ele, loao que S11bi11 ao altar ? 9.• Que: 6 o
lntrdilo 1 10.• Qual 6 a oriaem do /nlrlilo ? u.• Q.1,11: sabeis do
Kgric ,J,,UfHI 1 12.• Qua •bcis do GUria in Ufflli1 1 13.• Que
vem.ase.-colda:? .
V. 1.• Como ee chama a squnda parte d'a Mi- ? 2.• D,,
houva outraa leituraa, al6m da. Epbtola
6ogrd,,,,l,adk/11Ulo110/Nloqueac,im-
Qual6 • ou~uancia.?
6ominislroqw,
tem.de haaesosac:61i!os
dunnte o ev,i,nplho ? !I.• (21,e atitude devem ter 01 fi&is durante
:.-=.:'.':~.!~ ?i2~Foi =.;:::~ !~,;'t!"i,c::;;,~J!
oewnplho1 13,• Como •·divido o Cnti,,1
1

3.0o.!1·~:.J!-~ ~r~ ':.:t&!' r::~t ?&.:1i::~..:?


• fu oblaçlo do ~ 7 6.• De quer c:on1I• a oblaçlo do vU\ho
7.• Quaia do ■s preces e q cerim6nias 4"" c:omplatnm a oblaclo 1
8.•Porq...,la_vaasmlosomLibrant,,? 9.•Quia°""'°eho,mada
"""""'J!;ta
qUC 1
"'· f ~..!",":";:erl:!u~
.
..P"Q~!t.=i.!.. ~~!t2
mente T 5,• Quais do q duQ parles do &.Mbu 1 6.• Que outro
DOmetunot:4,,.,,,f 7.•Semp.. ..,.remoueinvoabaia? 8.•Quaia
'61
doNo~ant..da..,.,.peloT !l.•Qaabeudo-""

:=~~:ri:~•--cio, l2.•Q;irtE
,l,u,PM/H110.•Qiwa.ao.,....,.io.nomeadosno_.,,.ian/uT

pan.co,_,.....,ovinbo ~••-·
araelo116.•Quavem ? 17.•Porque
iq1Wop,odtebatcno ~1
18.• Conw t..nalllam a 7 l!I,• Que
,,,.._~7
VIII. l.• Como • chama a q11i,,.t.. p11rtc da .miaa 1 2.• Do
L":.::S~ ~~ !2~.:!~...,Mi.:...r~::.:.:e'T.-:,}_x
"41wii•1 6.•Quen,la.Clouiote-trsoritodafR.1==~da
h6.tiaeodamisturadoplocomotrinhonod.lim? 7.•Ql>Baabeia
t. ~.:~~":...m:"!m~~~~r:S/~::.::"'.!
=~.:.m~ *~
fiiim? !I.• Por qua lu • b l ~ o padie. depois da mm.unblo 1
lX. l.• Como"" chama a aeda parte da missa ? 2.• Q.ue coai-
~~? J!-°,,.i:: :i~is~
::,"':o,ºJl~l::'r°"' S. Joio 1E
ela as onç3el que o·padr

TRABALHOS ESCRITOS . ..:... ·1.• Nlo houn modi6cacBos

=-~~:=~::;r;;?a~::::: ri.ti-~;
dupncudamiaa,aodecor....,do,,t..apc11! 2.•Aaafte~
&.• LIÇÃO

Atos do Culto (Contin1,111.çlo)


Offclo divino. Blnçlo do Santíssimo. ProclssfSes.
Funeral&

486. - Vocfibulos.

~~!t.""rJ!'::O,
Ol'a9IO pdblicll que
1
gtu~ Ô~~.=,:oru
Chamam- oall'.tnicu,
C111
11
eont-
por-
em nome da que,tantoaoraollcs,COlllOa
boraemque•blode·-,

u--
ohuoadap<ll'
tt, um Me>' ;:,i determiudu pelo& CW-

Hons ...Onlc:Ds, B,:,o,,t4rlo(lt.tlm•"'81iarí-•,


ta~comduuaeepç(ica: l'IIBllmo,IIWll4rio). ll:olivroque
a) Rffllll em que • nu.m u enCIIIITI. 111f6nnulu de oraçb
eu rubrleGII que indicam o

~~..,ex:~-= =~s:::i:-:
difwentes l!&rtell do breviuio.
- li) (),apta que 91!-trll.m 111111- modo.deu nA?. l!I ebamado
daTl'lldiçlo, ou, ILIIÚlll, porq11e
~ abniv.iaçlo de 1111tro offcio
muito maior, IIS&do 1111tes do
GngdrloVll.
O t&mo b.-.i4rio valo fre-
quenlolllOlltc como oficio. Ex.:
N!Cllter o brovif.rlo • tvelltaro
offcio.
Proelull'o (latim •pl'OC<JINN•,
1111dar). Etimolôgictuncatc,"pro-
cillaio 6 IDlll'Cba IIOWUI. Existe
cc!V.conexdocntnprociadoc
DESENVOLVIMENTO
487. - 1. O oficio divino.
1. Origena do Oficio divino. - Pertencem a
0

Deus tadas as horas da nossa uist!ncia,' como o ll05SO


ser inteiro. Era l6sic:o que f&sse.de todos os instantes
fm:1::ru~;!'.'\o~ ~a:':ª z:te.:iJ~~!s~~~
0

vida. Nem todos podem orar. Nlo o podem sempre.


A Igreja supre esta de6dência. Tomou providências:
~:'-/il~~~b) ~:~a=t-C::;
dade cristi, âlqtu/or que se incumbissem de, em nome
dela, falar a,m Deus. - e) Finalmente, p&s na mio
dbtes ministros esc:olbidos um lt."wo â pr«u de uso
regulado por certo númeto de rubricas : é esta a origem
do offcio divino ou, ·por outra, do Brevü.rio.

m:= ::~ualcfuue~~~ ~~-:. =


2.• Horaa ela prece pâblic:a. - Note.ce, primeito,
que é anterior ao cristianismo o costume de rezar ptlblica-

l:Jtura que En6s, neto de Adio, cj! iuvocava o nome


do Senhor~? (Gln., IV, 26). Entfdanto, quem· deu

~=d!cr!:8J:1ba::;l:,ªi!i:
...
santo rei.O.vi. Bastava, portanto, que a Igt'Cja imitasse
oa eimnplos da antiga Lei. Assim o lê,;. Limitou-se a
dderminar que hortu seriam consagmdas à prece pública,
aproveitando práticas em visor, com a divisão do tempo,
existente nessa época entre os romanos e os judeus.
Para Jin.r de rdioiilo, os judeus contavam o dia
desde um p&r do sol até "outro. Por exemplo, o sábado
começava com a t.de da nosso sed:a-feira, indo até
à ta~e do nosso sábado. No aspeto lqal, para fins
ei11ü, o dia e a noite constavam, respectivamente, de
12 partea iguais : o dia, do nascer ao pôr do sol ; a noite,
do p&r do so1 ao nascer.
Também as 12 horas· da noite se dividiam em 4
vigDias, de 3 horas cada .uma : l.• vig!lia, das 6 da
tarde (18) às 9 da noite (21); a 2.• vigflia, das 9 à meia-
·-noite (24); a 3.• vigllia da meia-noite às 3 da manhã: ;
e a 4.• das 3 àa 6. Começava então o dia, repartido,
da mesma forma, em quatro perlodos '1e três horas.
Cada J:"'rl'odo tinha o nome da hora inicial : dai o nome
:i:ani:~r;r~r: =nrar: ~ r,:~ ~:r ~:;_
a ~ra, e noa (nona hora) para a quartL
ConEorrnac:la com esta divisão do tempo, a Igreja
estabeleceu dois Ofkios : Ojlcio da t1oik e Ojlci;, do dia.
Aqu&le tinha antes o nome de OHcio das Visilias, com
tda Mlumo.r. Seguia-se.lhe a prece da &llrora ou da
manhã, chamada por isso Matinas. Mais tarde, deram
às Yigllw o nome de 4/4lintu, e às illaiit1tu o de La.udu.
O Oficio do dia C:OruJtava de ; - 4) - Pnina J -
-_/,) Tbcia;- e) &:d4; -á) Notl.; - e) Vl.rpvtu,·
~nto da tarde, como l,aw4, era canto· da manhl; -
/J depois ajuntaram a hora de Cotnp/diu.
S.0 A quem .incumbe a obriga.i:ão da prece
p-6:bliea. - A duas classes de pessoas confia, mais
especialmente, • a" Igreja, o desempenho desta misslo
365

importanHssima da prece pública, junto da Deus :


nli9io.rtN e reliai= nos conventos, e c,nr6(1.f nos capl-
tu1os. Fora destas duas dases, os clérigos que já rece-
beram ordens sacras t!m de recitar o breviário, sob
pene de pocado mortal, na Igreja latina, menos quando
forem dispensados por motivo grave (doença, serviço
urgente).
· Não se sabe em que época se imp8s aos podres a
::1:i!ºd!c o~:r a~=-io·o ~: :tf°tmªf!::i:
~°t:r ésa,:;o/e n=~l~II~e~Ín~:iah:: de
4. 0 O livro e o C6digo daprec:epública. - Se
lar tradição apost6lica (1) o costume de consagrar à
prece ta.is horas do dia e da noite, motivo tem.os para
crer que se deram muitlssimas tral'lllformaçiies no modo
de cumprir ~te dever. A prece pública passou por
diversos estádios e s11CeS11ivos desenvolvimentos e fases,
'desde o início até ao akulo XVII que é a época da f6r-
;::oc::: ~~:::ti;e ! J:::~ âí:'~:cr:i~~ 0

tolos e salmos. Nem estava muito certo o número destes


ou a sua escolha. O prea,klente da piedosa reunilo prolon-
f:e•~~:.cuJ!:'~~Ó
IV),
;;.ºS:'ôa!:!: i(=~
pedido do imperador Teod6sio, confiou a S.
a
Jer&nimo a tarda de agrupar os salmos para a semana.
e para as diferentes horias do dia e da noite.
No deconer das idades, modiEicou-so muito o
OGcio divino. AJguns papas, como S. GregÓrio Magno
século VI, fizeram acréscimos importantes. Chegaram,
desta lorma, as preces do Ofl'cio a uma extensio exces-
~
- • h.. hcnodollr;o,-,DCIIIII, Ili. IS:
- AIIN doo Ap!n,looOSol _ ·uL_ I, 2, e,-
1, _ dol•-
_ aodloc,lp,loo

:-~~"":'"--:"..:".:"ti.1:-~f.:."i:.r.:.l~"'i'°IMlai:"Jdprlo
...
:S. Greg6rio
!:":s:-:~~~ =i~°.:!.:1::t
V.II (sku1o XI) inandou organizar um
Ofu:io muito menor, cliarraado, isso mesmo, 6rwt.art.o.
No século X
/Jro,ülr,o
VIII, por Urbano VIII
por Leio XIII e Pio X.
na Igreja católica.
488. - li, Análise do Ofício divino.
O Oficio divino abrange. como já vimos, duas
partes : Ojkio d. noik e O/leio do dia.
Formam o Oficio da noite : AI/UiM,t e Laudu. No
Offclo do dia, entram quatro horas, clwnadas /umu
-MrU, porque de fato Iilo slo tio loqu,.,.nem tão
solenes ()'rUM, Tirei., Se:i:ta e Noa), Mais as Vl.rJHrtU
easCompldtu.
I.• Olldo da Dmte. -A/li.TINAS• LAUDES. - A. - O
0/kio ,k Al.tinui a J,o,. cw.nanic.a mais eztense. e...,.;,, impor-
tante, a que tem maior c:onulo com u pnilMUYU11NC1116/1itu,:rul1/J,
pelo meio da IIOile e encern.das com a 11111dru-
reairda 01 m.iatá-ioo do Nllld
'to, .,.sc:eu Jesua. N-. hora.
NII Aa<,nia, DO Horfo de GeWma,Di,
deJ~quetiwn.mWCÕ005tol'IDffitos
• J>aido,
AI Matinai com.pllmn- de um ;,.,nJ,dl,;,,, au tonvite pa,a
louvar a Dem, e de trt.. rles chamada.,.,,,,,,.,_, C."da Mtu"'o
trh antffoms, ,,...; wrdc:ulo e trh
da ·tu... Sqradaparaoprimeirono-

na ~-ii~.~~:1:=ii:::
liçlo, vern um rapons6rio (1), nu,11111_111. dltim.o. que krmh,a com.,
~ ldolalbo. • - - - . ~ ... --raulao ....

-ee:,-er:::=ti==:~~~
368 ATO$ DO CULTO
-------- ·-----------
ãei::s:ifuiar;~':C~::r°: jdi:~A°1:~~:. d': ~!J:
é'SRntifica1· por das as últimas horas, glorificando a
Deus, exaltando e agradecendo os seus benefícios. Pelo
momento em "que se rezam, recordam a instituição da
Eucaristia que se realizou à tarde.
As J/1,f/WVJ.t slo a hora de maior solenidade, nÍo
já quanto à t.:dtNão, mas quanto à participação do
povo fiel. Em muitos lugares, os fiéis assistem regular-
rpente, nos domingos e dias santos, ao canto das Vésperas.
As outras partes, o povo nio assiste, excetuando-se as
Matinas do Natal e, sobretudo, as dos trfs últimos dias
da semana santa e da aimemoraçio dos defuntos.
A composiçlo das Vésperas é vasada nos moldes
das Laudes. Sio cinco .ralmo.r com antífonas. Mais
um capitulo, um hino, um verskulo, um respomcSrio e
o AltlgRijica.l: .Sendo solenes as Vésperas, o padre,
durante o Alagn.ijical, faz a incensação do altar, aimo
na Missa. · ·
C. - COiHPLETAS (do latim •compltlariu.111•,
~te:en:~pe-;-as°e 0 : : : t a o h{)ffcio
di~o'.19
origem mais recente. Atribui-se a S. Bento, fundador
r~
da vida cenob!tica no Ocidente. Deu Me a seus monges
a regra de se reunirem à nqite para uma leitura espi-

~;; ~~;!ded~ !o~ ~ !e~=ºtal:


as f6rmulas, todos os salm.os de• Completas. Rew-
menda-se a confiança na proteçlo do Senhor e também
a vigillru:ia p&ra resistir aos ataques_ do dem&nio.
A hora de Completas lembra a .t/san.ia tk Nona
SuiAor e a sua npu./Jura.. Até menciona expressamente
&tes dois fatos.
Depois du Completas, hal uma antífona à Sant!ssima
Virgem : Alma, _no- Advento ; ,du, Rqin.4, da Purifi-
...
cação à P&scoa ; RqiNJ -u,
da Páscoa à Trindade ;
Safn Rqina, da Trindade ao Advento (1).
489. - Ili. Blnçlo do Santíssimo.

&ntt:-!!i:::i~.;.o ~;,;, i~'::wt pao::en::


Nosso _Senhor Jesus Cristo, presente na Eucaristia.
Realiu-se la vezes, nos domingos e festas, no lim da
missa. Mais geralmente, de tarde.
2. 0 &péeiea, - A cerim&nia da B8nção do $11J1.
tluimo Sacramento faz.se de duas maneiras: com o
wkn,rório (1) ou com o ciJlrt.·o que contém aa Santas
Espécies. a) A prinuira. maneira. consiste em colocar
~m ~=n:u kida:!:, q:rbcn~~~~ d:n:\=.°sab
05 0

um pequeno estrado ou pedestal, chamado Irona.


!•:i~:i~• dc:'~~=oé~ma:mtt:e·osOal:u:"'J:
altar e a quantidade maior ou menor de luzes. Para
qualquer bênção solene do Santíssimo, requerem-se
pelo menos seia círios &ceso.s, iridepeiidentemente das
velas. - I,) A .ugund4 11U1Mira é menos imponente.
Coloca-se no altar o cibório, ou aU se deixa no tabe&--
náculo cuja porta fica aberta.
Seja qual f&r o rito usado,. oji'm é sempre o mesmo:
estimular e acendrar a devoçio dos fifu para com a
Santlssima Eucaristia e derramar nales, pela B&uçio
da despedida, torrentes de graças. Logo, nio admira
870

que a Igreja tenha promovido, com grande empenho,


late ato do culto cat6llco.
3.0 Composição. - e) ORdÇÕES. - Na Bênção
do Santíssimo Sacramento, segundo o l,l90 atual, entram
geralmente um motete à Eucaristia (O .ralu.farü Ho.rlia.,
.tive verwn, etc.), diversos clnjicos em louvor de Jesus
Sacramentado, de Nossa Senhora, dos Saritos,. e o Tanlum
er,o, Todavia, deve-se notar que a parle lit{uyu:a. rigoro-
samente exi&ida pela Igreja e formando a essência da
bênçio. consta Unicamente do Tanlwn. UDO, do Genilan~
do verslculo Panem de coe/o com o respectivo respon90
e da oraçlo Deur qul nHir, precedentes à benção do
Santíssimo.
- ó) CER/lllÔN,IAS. - Para a Bênção do San-
tfssimo, o celebrante veste sobrepelia;,. estola e capa,
Por duas. veza, - ap6s a - ~ e no Gmitori, -
incensa o SanUssimo Sacramento. É sinal de honra
e adoraçlo. tributada à" divindade de Nouo Senhor
Jesua Cristo presente na H6stia consagrada.
490, - IV,. Proc_iasaes,
1, Defini~. - cProcU.riu slo f'OltN .roknu- que
d~~t:
0

:mfiúcom~ de !:'1~::::~~a t:
a fé. reconhecer os benelícios de Deus, dar-lhe graças
ou pedir auzílios. ~ céu_,. (Gk 1290, § 1).
371

peraegui;aee. Dada o ,kulo lV. - que • raliam, numo-


=i.1: =~~O\l~~j:-:r.~':."=~';"":'.:8:::
~~$ i t;;lt~í~l:?"!--
ciuloa111f:cedia,n1o .. ro,aa,lebràçlomle""do
= para

Op0...,ajuntava...,Ollllt,tinliadeape •
procuoiom.lmenteco1111lealil~a
mente dai.,,ada pua Mia 1111 raar a

...
de

"'"
P,3.~Eapicle■

491. - v. Funerais.
Pda designação de JIUIUYd. entende-se o conjunto
das ctrimln.ia.r que se realizam,; desde a Ml'4 da ,nark
~ de uma pessoa, até à n.pullUN (1),
~ - l o t ' l , l > o , . . . , a , d k l l - p o n . a o 1 - - ,.__
-udlfle111daNl-poloo~lda"'llhdolczlllloo,ao
...., C:t.:...."";.,.~~~ --- .__..
- - - ....... ..-..-..- ... ---... .. ..__Da
372

l.• LOGO DEPOIS Dd AJORTE, cuida-se de .,.,,fü o defunto


Pri.m//;,,,,,,,,enk, era &ervÍÇO !eito com grande apuro. Li.vavam o

?.~~ ~:;i:~~i::;!::1;e:1~:;:s~•rn:1:;
1
0
:""~t!;~~::;:~:~:,~ 0~:.';!:t:•;.':'a~":1~'."°'0,1~~
;: O:':. .~u1~- Ã:'ba~"':. ~~;;~;:~:!:. :' of~1:'d~:i~!:
;u~ iv;~~ e:~.:~::t•us?te~t~':i,=a~n;~t; :.tt:~
0

por parte dos cri.tios, CoDOideravam contrassenso, tolioe e profa-


naçlo, larnenlar c<>mo peeda definitiva a n,orte de entes queridos,
que, na verdade, segundo a M ensina, estão junto de Deus (S, Ci-
~';;;. ~,!~}X~I;.;;te?i1.in~b:~ulle~~~;~m~r:~id:,.~:,,n,:;
0

salmos. A missa era rezada de co,po p<eS<>nle.' Terminava o ceri-


m&n=a lutuosa c<>m o 6gape, que era, a principio, uma refeição de
'.':':i!:..;:,"';,~.,::,.~:_~b.:! :':t:'ha::_:1:i;:d~zic\'tmiu-
0

ªºi•- continuam rodeados pela Igreja das e~prc;si!es mais


demoD!ltrativas de honra e aprlço os despojos n,ortais dcs seus
filhos. Porem, já. n.ilo se émba.lsamam sen.lo os corpos de pcrso-
oage.,,s ilustres. Depois de ultimar os cuidado,i devidos ao codher,
deixa-se, jw>to dale, uma luz a ar<lcr, simboliz.a.ndo II alma im~rUJl

:::,, ri~-::.~,.f::"t r!a~;~:, ~~X,: ;::•r :~~':un~~


~raa"t?":i'!t:~r,:. W~:Pe:; ª~~ eq:~1::;,..;~~,:
anoitearezaraopEdofaJ...,ido.

1JWrt3t.n1: :;!,i~:a:de (l!';f:• }:.p;,!~.,,.~~-rtTe:mdeo.::~


cbr preta, ainda quando o morto f&u, uma don.ela ou um sacer•
dOte. Entretanto, eu:epeionalmente, a Sagro.da Congregaçi"o dos
Ritos tolera outl'03 usos, mas o paoo mortuhio braoC<> deve ser
listrado de preto.
2.• NO DIA DAS EXÉQUIAS, vai o clero, em procis.si"o, à
CllSll do falecido, buscar o cad.6.ver. Junto do f6rctro, o celebrante
recita o De pr#}wuJU. Depois, enc11mio.ham-se para a igreja, can- •
taodo o 1'/inrere. Entradoa, canta •.., o Suh,..nih. Depositam no
cata&.leo ou eca o Uretro, de·modo que o ro1to do falecido fiq,.,.,

~1/f.:~i.ºbo~!:;.-:-~-~~~1n'l:º~
l!nl8oulru:ho-.,,a>úmaehri.ttan..
,:no11oo.
r;,:i;;
373

1/â~°...i:~o~c~!~o%: ~t:~!"i!/~;~~ra",~Ji:~d~";i:.:d:f.!.",1ê::~'.
:'premo• cns"namcnlo,,.
Por cima e no redor do catafo!co, acendem•'"' .,./,u. •\fotivam
~,te uw duas intcnç!Scs : - a) llon,ar os dcspoios do mor(Q e pro-
clnmM a SU'1 fé na. eessuerciçi[o final. - h) Tamb6m constituem
uma t:::•~li tis..~:~, :,'":.;f~á'/J/1clf:1~;•~~,::Ítu. Mntin11s
e l<,,udcs, no todo ou cm porte. Até se omitem muitas vczca. Rcza-
::~~;~i:,tii~J: j~t:...'•/:q:t':i~;ç!:~swin, o.único rilo
obrigat6rio
ANOl.ü;iJ.o (latim •d"!tdio•) é uma cerimônia que conata
do Non int,..r,seo corpo está prc.. nte, cdoLfhram,. Apóse•tc
· sunsimbo-

pro!be a cremação• (Cd11. 1205, § !). - Junto da campo, cnntam-


-se o B,11edidu.rc a antifana. Ego"'"' nrurntlio, eu sou a ressurreiçilo.
Occlchrantenspergecincensaocndáverc,quandooféretroboisou
ao túmulo, lança-lhe outra vez água benta, dizendo Rt4uiural ;,.
pau. Retira-se o dero, com a r,:citaçilo do D• Profundi~.
Caráter oposto opn,senlam'" tnltr,.,,_, d, trilVIÇIU (anjinbos).
Exprimem j~b;lo. O p,~dr<: e.lá p11.rarnentado de brnnco. Cantos
;

~:,::ii.:~~;·;:1:!2E:Z:t;:~;~~~~!(~::);:.::~~~~2:
do àto ; - 5) aos que pediram a énmaçãa do seu corpo; - 6) aos
demaLS ptca"'1ru pdWita~ • na/6rilu (Cdn. 1240).

Conclusão prática.
l.• A quem é que incumbe a recitação do OHcio
divino ? De cert_o aos que receberam da Igre;a esta
missão especial. Mas não se infira daí que tcdos os
cristios ficam desligados das suas obrigações individuais
.,.
;.!9~~to4u~~~~e'!°«'se4: ;&~"'!
procurem sa1du a sua divida de gratidlo e UIQl',
· 2.•. Conván 1138iatir, sempre que se oferecer oportu.
Didade, às piedosas funç&es religiosas que são a Ba:nçlo
do Sa.n&simo, as Procisseles, etc•.

divino°t~~~~~I;~!'i!:.:,.~con!°sra°t:
àon'11opúbliea? S.•Quvama•roOffcioda noitee o 06ôo
do dia? 4.•Aq-.UIC\llllbeode~rdaprempúblic:a? S.•Qual
6aoripm.dolhniúio?
Oficio~ ~e; 1::'2":!. ~O:::. :'ii:J...! noia:-~~--=b6~
0

:!.t; ~ l:..:.c;mr.a:.~;1, ';_.~o::.::


ooflciododi&? 8.•QuealoVúpens? 9.•Dequecon,tamT
10.• Qua do Compl,,tu 1 11.• Qaa lambn. uta honi T 12:- Como
termin.aloondeCoi:iaplet.a?
m.1.•Que6ablaçlodoSuitraUDOSacnomenlot 2.•Como
•zulime.tafunelo? 3.•Q.uaiadoucerim&niuprópriu?
IV.l,•Que6prociaao? 2.•Qual6aoripmcluproc:ialle,,?
~:..~:tt:;'de~T 4.•~do•1perqri-
v.1.•Quea1ofuncrai,,T 2,•Que•devefuero:miodduzt.to,
lopap&amorta? 3.•Que6q•.., .... pa.. cobriroHretroT
4,•Qual.6ac&robriptória?15.•Quaiadoudi-~e.
deade a afda de .,... ati 1 sçultura ? 6.• Como • efetuam m
entcffllllducrialllll,l1
TRABALHOS ESCRITOS. - Faaei CDmparo,;fo entre o
divino, eçeclalmente Matinu, li a prim1in parte da mi-
' ofh:io

.,.,,,.,......._
clamada miau doa Catec&.neiio.. Nlo • encontra= ....,_b6111 ,..
Mia& 01 elemimtos que utram 11111 MaWIQ T Eq,c,nd,, Wo com
8.• LIÇÃO

Tempo do Culto, - Ano lltdraico

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1.-Pelfodo.
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376 TEMPO DO CULTO

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........... doalni.- Obn-■ ~fl
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TEMPO DO CULTO S77

492. - Vod.bulos.
cedaàoutra.SafOr_...
~~:.:.i:::t:;
Vdsp,,ru dividam-ao eat.re am-
bM. Afatadegnw Inferior
tcm~noBremrioe
n11.Mi11111.lavozes,6tra11Sferida
~t! /,t%3i:.,~ g•~~.to
rito aerl. porque, outrora,•
dlsla um olklo duplo: o da
f&iae odo miaUriooudo
8anlo.0UJ)Ol"llllldoiacori.tu
antoanm os aalmoa. Ou pmque
aedobram.Aaa.tffanA:dlaem-
:~c1ei'!ci~·• q~
paras. Não b' aerilo uma
oraçio nu miBSU dêae rlto,
mcnosq11ondo81!IÍ>,erCC1111cmo-

MeD.to sim6ltlneo do do
•'hm,aedoCidodos &nlos..
oripam-ee enaontroa doi r1111ta1
doTampoedoaSantoB.it....
encomt'OI ltm o nome de _,_
rfllcitz, qaa.ado se encontram
duufatunomeemodia,o-
CIIIT"""°, quando .. aegundA
V6apan111doumafestaMeaoon-
trem com u primeiru ••~•
de.feda11q1linte.Bawndo--
,.... .. ,..u.mpnoepri~
M-n1ogo111m
de unham priviMgio.
Vl1lll•L Preparam, po:r um
otrcio capecial, a. celcbnçio da
Íl!llt.DO dia aeguin'8. 8lo
ca.rateriaadupelapenitbeia.,e
muitu vens por oflcios ma.ia
_.._
lougoaaacOrrosadolpara-.

de 8:.-t 11i~~11!i:
llOlltaa), que nlo vedem a. n&-
nbllll'la lesta; 2.• de •■unda
eta.a; 8.•ordidriu.
DESENVOLVIMENTO
493, - 1. Tempos do Culto.
Podem amsiderar-se os kmp<N do c,Jio, ou tempo
(ithyü:o. em relação ao dia, A semana e ao ano.
1.• QUANTO 40 Dl4.. abemoo q111 pertffloem. • Deu tod111
01 momento. ela - ~ e convém que OII pab!mm no

=-=de~~":"=!:C~~i::!
~= =~=~
TEMPO DO CULTO 879

~s:.-rw,
pre,;edente).
unJ;:!:':/1:,=.· ;,~ l;:
2.• QU.
.,,,.,.••,Nte
"nppo.mento
conso1radosa
mtabeleceuo

Fui:/ !ttt~: ~º1::f~·li:a c:°ualmT ro


ano litúraico que constitui o objeto da presente lição.
Dos restantes já se tratou em outl'OII lugares.
494. - li. O ano lit~rgico. Definição. Formação.
Divisão.
l.ô Definiçio. - Definiremos o ano ú"t&rgizo : o

::: 2t: ir:;•se::t~ x.::::. d:W!f=: :


10lenidades religiosas instihúdas pe]a lgreja.·1
~ -
d.cl>llo. " -
--d l m-
OJI -O'! -O~ - - ....111...:. ......-
- . Tel•"'""---~Nr,iloa
"'°er.u.r.-m11M)-cloOlt,oaoo.,...o-•-1'N-lodoOl119V,noQ,iorle
~~i.i!f-_-• Alaudclo.-.n,.s..i- C--.""-l, .,_.
380 TEMPO DO CULTO

2.• Formação. - A. - PRÓPRIO DO TEilíPO


E PRÓPRIO DOS SdNTOS. - Basta um relance Je
olhos ao calendário cristão para vermos que Jesus Cristo
ocupa o centro do ano litúrgico. Os principais passos
da vida de Nosso Senhor é que determinam as fases.
do ciclo. Duas datas, em especial, constituem o núcleo,
o eixo de tôdas as festas cristãs: Natal e Pdaoo., isto
é, nascimento, e morte e Ressurreição de Jesus. Da
Páscoa depende a festa de Pentecostes, descida do
Espírito Santo, que se realiza cinquenta dias depois
da Ressurreição. A pouco e pouco, avultou_, a prepa-
ração . para essas solenidades : tempos de penitência
donde se originou o Advento e a Quaresma. O conjunto
de tôdas estas comemorações, tendo como base a vida
de Nosso Senhor e descida do Espírito Santo sôbre. os
Apóstolos, constitui o Próprio do Tempo.
Logo se entende ter a Igreja estipulado que fôssem,
antes de tudo, os mistérios da vida de Jesus o alimento
da piedade dos fiéis, pois o Homem-Deus é o medianeiro
onipotente e oinico, a vincular a terra com o céu. No
entanto, a Igreja não descurou outros intermediários,
porque é esta mesma a economia da Providência divina.
Volveu os- seus olhares para a Sanil.r.rima Vi'rgcm, os
l'lnjo.r e os Sanl.o.r, considerados- como amigos de Deus,
gozando junto dêle, por motivos vários, de algum pres-
tígio, de algum crédito. Lembrou-se, em boa hora, de
aproveitar êstes outros intermediários benévolos, e
· instituiu festas em sua honra. Inscreveu-as no calen-
dário cristão. Se bem que de segundo plano, tais festas
não deixam de ter. mulfa import.lncia. Constituem o
grupo a que chamamos : Próprio dw Sanl.o.r.
B. - FESTAS ilíÓVEIS E FEST.tlS DE DdTd
FIXA. - Foi a Páscoa a primtirafe.rla cri.rl.ã celebrada
pela !gaja. Quanto ao dia que se lhe.marcaria, houve,
durante três séculos, controvérsias longas ê vivas. Todos
TEMPO 1)0 CULTO
-----~
381

admitiam dois fatos: 1.0 que Cristo fôra supliciado a


14 do m2.r de ni.rã, mês judáico- lunar, correspondente
mais ou m_enos ao noso 15 de março - 15 de abril ;
2. que ressuscitara no domingo. Logo, incompatibilidade
0

entre a data e o d,a que não haveriam de coincidir todos


os anos. Disto se originou o famoso conflito entre Orien-
tais e Ocidentais. Êstes ligavam mais ao dia e menos
à data. Celebravam sempre a Páscoa ao domingo. Os
Orientais, não. Queriam conservar a muma data, fôsse
qual fasse o dia, de modo que a festa dêles confundia-se
com a Páscoa dos hebreus. Os Ocidentais melindraram-
-se com isso. Censuraram os Orientais de quérerem
manter ou enxertar, na Igreja católica, us.1nças do
judaismo. Após muitas peripécias, o Concílio de Nicéia
encerrougs debates no ano de 325. Deu vitória à Igreja
ocidental. Pre.;eituou, para todos, que se comemorasste
a Páscoa, na primeira dominga depois da lua cheia de
março. Sabe-se que a lua de março é a que começa
mais próxima do equin6cio de. 21 de março ; logo, a
Páscoa poderá ocorn,1• de 22 de março a 25 de abril.
Assim é que a decisão do Concílio de Nicéia teve,
como consequência lógica, tornar a Páscoa, com as
solenidades dependentes (Ascensão, Pentecostes, etc.),
Juta., mWei.r. O mesmo se deu com o tempo da Quaresma,
forçosamente correlativo da fosta da Páscoa. Outras
festas havia, para as quais a Igreja designou d4la. inua-
riável: a de Natal, 25 de dezembro; a da Circuncisão,
1.0 de janeiro; a da Epifania, 6 de janeiro, etc., as
festas de Maria Santíssima e dos Santos.
3.• Divisão do ano litúrgico. - Adotam-se dife-
rentes divisões pedagógicas. Seguem as duas mais
conhecidas.
A. - Tomando por base as três festividades maiores,
resultam três grandes períodos: tempo do Natal, tempo
da Púcoa e tempo de Penfu:o..rf.u.
382 TEMPO DO CULTO

B. - Certo é que o tempo do Advento se agrega


à festa do Natal, como a Quaresma se agrega à Páscoa.
Entretanto, também se pode cousiderar período distinto
cada um dêstes tempos. Teremos, então, cinco partes :
- a) tempo do Advento; - b) tempo do Natal; - e)
U:mpo da QUJUuma; - ti) tempo da Púcoa; - e) tempo de
Pe11tecwtu. Esta divisão facilita as explicações. Por isso,
a segue êste com~ndio, explanando em cinco parágrafos
o Próprio do tempo, e num sexto o Próprio dos Santo.r.
495. - Ili. Primeiro periodo do ano litúrgico.
Tempo do Advento.
l. Definição. - Advento (do latim <tUÍVentu.r•
0

chegada, vinda) é o período que precede à festa do


Natal. É o início do ano litúrgico. Acertadamente,
pois, é êsse tempo que nos prepara, como manda a
etimologia do t~mo, para o primeiro acontecimento
da vida de Nosso Senhor, a sua entrada na carne, a
sua chegada, a sua vinda a êste mundo.
2. 0 Origem e Duração. -A instituição do Advento

~~r!e:~J:~~=~o n~,
data, quando menos, do século V. Talvez dos fins do
f~~:Cmfu~aç~omdem:in~
semanas ao Advento. Atualmente, abrange quatro
domi"ngu.
3.0 Sim.boliam.o, ...:... Os liturgistas atribuem a
êste perfodo duas significações : - a) O Advento é,
antes de tudo, figura do tempo que decorreu até ao
nascimento ou primeiro advento do Mu,da.r, correspon•
dendo o primeiro domingo ao princípio do mundo, e
o conjunto das quatro semanas aos milhares de anos
que a humanidade passou na. expetativa do seu Redentor.
,- b) O Advento é também figura dá. _agwula vinda
de Cristo à terra, que será a glorificação do. Homem-
-Deus, aparecendo como' juiz dos vivos e dos mortos.
TEMPO DO CULTO 383
-----

4.0 Caráter, - tste período, preparlllório _do


Natal, simboliza as épocas em que o mundo, ·ansioso,
aguardava a chegada do Messias e anelava por ela.
Por isso, o Advento reveste caráter muito particular de
penit~ncia, de orações e desejos ar<l.,mtes. Por isso,
era uso, outrora, jejuar neste período : costume, aliás,
conservado por diversas Ordens religiosas.
Não se .manteve a prática do jejum para a generali-
dade dos fo~is, mas a Igreja sempre deu ao Advento a
feição de peniti;ncia própria dêste tempo. São proibidas
as nó.pcias solenes. Na Missa, servem os paramentos
de côr ro=. Não se diz o Glória in t;i:ct/.ri.r. Em lugar
do lte mi.r.ra ul, é o Benedicámu.r Dómino. Contudo,
essa tristeza não vai sem um misto de alegria, por causa
da próxima chegada do Libertador : não se suprime o
canto da d/e/uia. E mais, na 3.• dominga, convida-
nos a Igreja a termos esperança, como o revela o comêço
do Intróito , Gaudde, Regozijai-vos, porque vem perto
o aparecimento do Senhor.
Esta feição de e.,petativa e penitência, que é própria
do Advento, torna-se mais patente nas lições, nas antt-
fonas, nas preces litúrgicas da época, especialmente no
Roro.le coeli duuper e nas antífonas do ,Uagnij,"cat,
chamadas Grandes Antífonas O, porque tôdas principiam
com a invocação Ó.
496. ,..... IV. Segundo período do ano litúrgico.
Tempo do Natal.
O tempo-do NafD.l é o período litúrgico de 40 dias,
que decorre desde o Natal até o dia 2 de fevCreiro, festa
da Purificação. Contemplamos, neste tempo : 1.0 a
Vigília do Natal; 2. 0 a festa do Natal; e 3.0 as festas
. que acompanham o Natal.
1. Vigilia do Natal (do lafim ~Yigilia•, véspera).
0

- Etimolàgicamente, 11i.,lüa é a véspera de uma soleni-


384 TEMPO DO CULTO

dade. Na primitiva Igreja, a celebrnção da Eucarisfo1


re11fo:11va-se na madrugada do domingo. Era precedida
de uma reunião efetuada à noite e na qual se faziam
leituras piedosas e se rezavam orações : isto chamava-
-se Vi"gllia. Pouco a pouco, foi desaparee<Jndo êste costu-
me. Ficou, apenas, paL"a as solenidades maiores e, mesmo
nestas, só o jejum para todos os fiéis, a côr roxa nos
paramentos e as orações de peni~ência p~ra o ofício
que,. geralntente, é mais extenso.
2.• Festa do Natal. - a) DEFINIÇÃO. - Natal
(do latim, nalaú".r, dia do nascimento) é a festa que foi
instituída pela Ig~-eja, para comemorar o nascimento
de Jesus Cristo. E de rito dúplice de primeira classe,
com Oitava privilegiada. Inicia as grandes solenidades
em honra de· Nosso Senhor no ano litúrgico.
b) ORIGEM. - A festa do Natal já existia no
século li, na Igreja latina. Peleis fins do século III,
foi celebrada na Igreja inteira, mas em datas diferentes.
No Ocidente, realizava-se a 25 de dezembro; no Oriente,
a 6 de janeiro; no século IV, a data fixou-se em 25
de dezembro.
e) PdRTICULdRIDdDES. - Eis alguns pontos
que caraterizam a festa do Natal; - 1. Ocorre11-do
numa sexta-feira, tem o privilégio de suspender a obri-
gação da abstinência : não se coaduna com a idéia de
penitência o caráter jubiloso da festa. - 2. Os padres
têm a faculdade de dizer três missas denominadas mi.ua
da Jneia-noik (missa do galo), mÍJ"J"4 da auroro. e mi.uo.
do di"o.. A mi~ da meia-noit.e deve recordar o nasci-
mento temporal de Nosso Senhor no presépio de Belém
e a adoração dos Anjos. A missa da aurora comemora
a adoração dos pastores e honra o nascimento espiritual
de Jesus em nossas almas, pela fé e pela comunhão. A
missa do dia lembra-nos o nascimeuto etemo de Cristo,
no seio de seu Pai_.' - 3. Mais uma particularidade existe
TEMPO 00 CULTO 385

na festa do Natal : a rubrica que prescreve, aos fiéis


e ao pr6prio celebrante, ajoelharem, quando dizem as
C::~~ ::1:t~ d1:' }d:::o/idtí:t~:;;
Jesus
fiéis a virem adorar o Mi:nino
!in~fi:-:
no presépio.

s::J:;:asT;:1tis: ~ lDt;sJNf'ôPisx'k~
Natat°

jffJó m,t;";JíJtji.A~a~7 ~~dr:::>~roh ~ t ~


SS. INOCENTES (a 28 de dezembro) ; - tfJ da CIR-
CUNCISÃO, no último dia da oitava do Natal. É
festa que rememora o dia da consagração de Nosso
~i:«i: !f::sse,t~º~m~isde1!: (~';,!, {t;tj;
SS. NONE DE JESUS,
,) do celebrada a 2 de janeiro
ou no domingo a seguir à Circuncisão ; - /) da EPI-
FANIA, a. 6 de janeiro, festa inscrita no calendário
litÚrgico como dápliu de primeira cbun, com oitava
;~j:!:'ifesta~f~=•~~r&g'~tt!:n~~Zt:
da vida de Nosso Senhor : - l. a sua man,]ulafão tUN
p,ii,"o.r, representadpa pelos magos, comumente cha-
mad09 reü dJ, Orien.k, levados pai- estraa mila,rosa ao
~ do Menino-Deus; - 2. a sua manijulação no
Hli.rmo, em que ouvimos uma voz do céu a prodam!-lo
Filho de Deus; - 3. a sua manijutaça.o nu b8da.r tk
Caná, realizando o primeiro milagre e abonando assim
a sua divindade.
A Epij,uu"a apresenta algumas parl,"cularid;u/u:
._ l. No Oficio, não li! invitatório, nem hino, para
simbolizar a pres.a que tinham Oli magos em chegar
quanto antes e adorar o seu Salvador. - 2. Em certas
regi!Ses, faz-se na igreja uma procissão em nnlidD in11V.t0,
lembrando o regresso dos magos por outro caminho a
fim de evitarem os embustes de Herodes. - 3. Na
386 TEMPO DO CULTO

missa solene, o diácono anuncia, depois do Evangelho,


a data da Páscoa e das lestas m6veis.
As domiogas que seguem a Epifania sio chamadas
domingrz.r depoit da Epijania. Pode haver desde duas
até seis, segundo a data dl!, fosta da Páscoa.
497. - V. Terceiro período do Ano litllrgi09.
Tempo da Quaresma.
Convém distinfUir no tercêiro perfodo : l. • o tempo
preliminar a {lµan.rma ; 2.• a Quare.rma J 3.• Srmana
SanJa ou &mana illaior.
1.0 Tempo preliminar i Quaresma. - a)
Abrange as tr&s domins,as anteriores à primeira da Qua-
resma. ·
(70.•dia

resma. Durante este per!odo, a litura:ia requer para.-


mrnlOJ' ro;tOJ'. Suprime os canll/J' de akgria : o Te-Drum
no Oflcio divino ; GMria in ux:e/.,i.r e dklu.ia na Missa.
O /Ir .Mi.r.ra ui é substituldo pe1o lhnrdicamu.r Domino,
- 6)·{}µarrnta Haru. - É O nome que se d& a
orações feitas em certas ia:rejas, diante do Santfsshno
Sacramento uposto, nos tr&s dias de carnaval. O fim
que a Ia:reja teve em vista. ao estabeJecer esta prática
no skulo XVI, é faur atos de desagravo pelaa desordens
culposas que ,rassam no mundo. Slo quan:nta horas,
porque é &te o lapso de tempo que o corpo de NOBsO
Senhor esteve no fwnulo.
2.• Quaremia. - A. -· DEFINIÇÃO. - Qw,..
ruma é o tempo litúrgico que decol'l'e àa Quarta-Feira
de Cinzas até o domina:o de Páscoa.
B. - 0RIGEAI. - Instituindo a Quaresma, a
Igreja queria proporcionar, aos fiéis, meios de prati-
----~"~·~·º~"-'="'='º~--~
cnrem a ui'rludc da pc11il.2ncia, Uio preconiuida no Evan•
gelho, e também ;milar o jejum de No.r.ro Scnl,or no de.rerfo.
Foi no século III, ou pouco depois. Tem evoluído ba,s.
tante, na extensão e no rigor. Definitivamente o limitou
a Igreja a quarenta dias. Começa na Quarta-Feira de
Cinzas, para se descontarem os domingos que não podem
ser dias de penitência.
C. - PdRTICULARIDdDES Dd QUARESil/d.
- a) _As nurma.r lilúlt(Jit:,u concernentes ao Ofício divino
e à Missa, que vigoram na Quaresma, são exatamente
as das três domingas anteriores. Rezam-se as Vésperas
antes do meio-dia, porque esta hora veio a ser, para
muitos, a hora do jantar. Ora o jantar, primitivamente
única refeição, era à tarde logo depois de Vésperas.
Sendo mais _cedo o jantar, também se anteciparam as
Vésperas. Na Bênção, canta-se o • Âl~nde Dómint,
dirigi para o vosso povo os vossos olhares, Senhor, e
tende compaixão de nós, porque pecamos contra vós~.
1,) Q«arfa-Feira de Cinu:.r. - O nome desta Quarta-
tj;;nt,~:~;:~~~l:ªn;:id~:. ct;!~i;a :d:~;;;~:;
da Igreja. Os pecadores que se submetessem à penitência
pública, tinham de se apresentar ao Bispo, logo . no
primeiro dia da Quarésma. Depois de lhes impor as
mãos, o pontífice deitava-lhes cinzas na cabeça e dirigia-
lhes uma alocução em que os advertia de que breve
seriam expulsos da Igreja, como expulsos foram Adão
e Eva do Paraíso terrestre, apÓS a culpa. A seguir,
despertava-lhes a coragem, excitava-os à confiança na
misericórdia divina. Então, os penitentes encaminhavam-
-se para -a igreja, de pés descalços e aspeto lÚgubre.
Ali, o bispo expulsava-os do recinto com a haste da
cruz. Os penitentes só teriam direito de entrar na Quinta-
-Feira Santa, que era o dia da reconciliação.
388 TEMPO DO CULTO

Como se vê, a impo.riçã.o dtu cinza..r era s6 para os


grande., ptcadoru.' Porém, uos pouco,,, os fiéis gostaram
de as receber, por e.rpirito de humildade. E a ~rimônia
entrou na liturgia da Igreja. Nu Quarta-Feira da Quin-
quagésima, o celebrante benze as cinzas de palmas
benzidas no domingo de Ramos do ano anterior. Faz
entio, com elas, na fronte dos fiéis, uma pequenina
cruz. Se fôr clérigo, na tonsura. Ao mesmo tempo,
pronuncia as seguintes palavras que trazem ao espírjto
a lembrançn da morte : • Alemel1fo, homo, qu.ia pu.lvi.r
u- et in. pu.lverem reverlerir. Lembra-te, ó homem, que
és pó e a p6 hás-de voltar•·
e) Dominga de Ú/are. - É o IV Domingo da Qua-
resma. Vem-lhe o nome das palavras que iniciam o
Intróito dêste dia: •Úfare, Jeru.ralém ... Regozija-te,
Jerusalém (1) •· É comparável à Ili Dominga do Advento.
O júbilo é o -seu ÍrllfO caraleri.rtico. A Igreja, por um
instante, interrompe a longa penitência da Quaresma
e qner estimular a nossa confiança e coragem com a
perspetiva e o antegôsto das santas alegrias da Páscoa.
d) Dominga da. Paixõ.o. - É a que segue às quatro
domlllgas da Quaresma. Dá-se-lhe esta designação,
porque, da) em diante, nas preces e no~pensamento da
lgTeja, tratar-se-á dos sofrimentos da Paixão de Nosso
Seiihor. Desde o Domingo da Paixão, tôdas as cruzes
e tôdas as imagens de'Nosso Senhor, de Maria Santíssima,
dos Santos, estão cobertas com véu roxo, C:Omo sinal de
luto e penitência. Nas Vésperas, canta-se o hino e Ve.rilla.
regi-1•, canto de louvor à cruz (Deve-se ajoelhar na
estrofe : « O cr_u.z, ave, .rpu- u.m'ca. Salve, ó cruz, nossa
única esperança •).
Seznana Santa. - A Semana Santa, oú Semana
Ãfaior, é a última da Quaresma. Nela comemora a

do rn!~~!"êó:~~.:=.,<l_" =•.:t~'.'J. pol. prlm,lto polom,


TEMPO l>O CULTO 3tl9

Igreja os mistérios da Paixão. São muito soJenes e


especialíssimas as diversas cerimônias destn semana.
Vejamos as principais: ·
A. - Domingo de lbunos. - Duas pr&tica.s o
caraterizam a Procisslo dos Ramos e o canto da Paixlo.
a} PROCISSÃO DOS IUiHOS. - Antes da Missa
paroquial, o celebrante benze ramos de olive.ira ou de

=:a~ 1:C:: Õe :its:,s:=cl: le';z::\';!:


6
prh:iamente fechada. Meninos de côro ou cantores
que estio dentro entoam o cGwia law• (composto
em 851, por TeoduJfo, bispo de Orleães), e Gl6ria, Iou,-or
e honra, a. Cristo, Rei redentor•· O clero responde, de
fora, alternando, e, acabado o bino, o subdilkono ou
o ofidante bate três ve2e$ na porta com o pé da cruz.
Abre-se a porta. e entram na igreja. O simbolismo
desta cerimônia- é de fácil interpretaçio. - I. A Igreja,
fecluula a principio, representa o céu, no qual nlo entra
Dlllg':1-ém, por causa do pecado de Adio e Eva. Mas
agora abrem-se de novo as portas. por virl.wk Ú. cruz.
- 2. Quanto ao dujile procu.nonat, evoca Nosso Senhor
Jeaua Cristo, entrando como triuniadw em Jerusalém;
em meio da multidão que o acompanha e ovaciona,
levanclo pabnas festivas e vitoriando-o com clamOteS de
júbilo e boas vindas : e Hosana ao Filho de Davi 1
Bendito seja o que vem em nome ~ Senhor l • Apesar
destas <:enas de entusiasmo e de gl6ria na pr9Cissão, o
celebrante e os ministros trajam de nua. É porque,
muito breve, a estas aclamaçi5es dos judeus &O seguiram
o, opr6brios e as dores pungentíssimas da Paixio.
- 6) CANTO Dd PdIXÂO. - Depois da pro-
cissão, celebra-se a missa soJene. Nela cantam o Evan-
gelho da Pwio segundo S. Mateu, três diáC0nOIJ ou
três !JllCCMOtes. Um dêles fu o _papel do evangdis,ta,
390 TEMPO DO CULTO
- -·· --

histodando o drama. Outro canln as palavras de Nosso


Senhor. O terceiro diz a parte da sinagoga (palavras
dos judeus, de Pilatos e dos apÓslolos). Chegando a
~ cmi,it .rpi"ril«m, entregou o espírito•, prostra1n-sc todos.
Em certos países, beijam a terra.
B. - Oficio das trevas. - Na tarde da Quarta-
-Feira, cantam-se as A/afimu e Lau.du de Quinta-Feira
Santa. Outrora, esta função fa,;ia-se de noite. Logo,
com o auxílio das indispensáveis luzes. Porém o Ofício
durava muito,"até à. mad1·ugad11. E, ao passo que ia
clareando o dia, apagavam-se os lumes, um ap6s outro.
Isto tudo está lembrado pela designação de ofício da.r
Trc~a.r e pela presença no côro de um candelabro de
quinze ch,ios (') que se apagam, sucessivamente, no
fim de cada salmo. Excetua-se o .íltimo. Não se apaga.
-Levam-no para trás do altar. Simboli1.a Nosso Senhor
que, por breve tempo, se retira dentre os homens e
baixa ao túmulo, para reaparecer, pouco depois, fulgu-
rante de luz e de glória. Nos dois dias seguintes, o
Ofício é semelhante ao de Quarta-Feira Santa.
As Matinas e as Laudes dêsses três dias são repas•
sadas de profunda e amarga tristeza. Nelas Se cantam,
em especial, as Lamcnlaçõu Jq projeta Jcrcmitu, e sempre
no fim do OHcio 'se reza o J/i.rcrcrc. Terminando, o
oficiante e os que o seguem, fecham o livro com estré-
pito, para recordar a desordem que sucedeu na natureza,
com a morte de Nosso Senhor.
C. - Quinta-Feita Santa. - A Quinta-Feira
Santa é consagrada à. comemoração da última Ceia : é
o aniversário da instituição da Eucaristia. As principais
funções dêste dia são : - a) Missa solene ; - b) Bênção
dos santos Óleos ; - e) Procissão ao altar da exposição (•) ; ·
- á) Desnudação dos altares ; - e) Lava.pés.
~-do...,,, ..,...,.,Ta e c,omum. «>m<> olnel de M<> e .,...,.
albr f g:~..:,' :O': ~~:,i'J>o~;t..,7~";:1 ~0 ~-;::i:,;:::-'i.
a) NISSd SOLENE. - Para que seja mais frisante
e-sugestiva a rewrdação da Ceia suprema em que Nosso
Senhor, consagrante -único, se deu por suu próprias
mãos aos Ap6stolos, a rubriCil autoriza apenas uma
missa em cacla igreja. Os outros padres assistem a ela
e recebem, de estola, o pão eucarlstico distribuído pelo
celebrante que é, regularmente, o mais elevado na jerar-
quia edesi&stic:a.
No princípio da missa, nota-ae cart!kr j11/1ilma :
!:~ :, ~!:: í:,ic:aJ:~ ::rºGt!';~: tái:,"t
Aleluia. !ate emudecer dos sinos rdembra o muli.nno
~ Ap6,lolo.1: ficaram calados em tôda a Paixio em
vez de erguerem a voz para defesa do seu Mestre, como
lhes competia. Findo o GIDria in. 11:a:eúi.r, já nlo toca
mais o órgão. Não se Cl!,nt~ a d/dm'a. Também nio
se dá o ósculo de pnz, si,nificando isto a repqnancia
inspirada pelo b~jo do traidor Judas, exatamente nas
circunstancias da· Quinta-Feira Santa. t preciso dizer
que se conservam veladas as cruzes dos altares, menos
a do altnr-mor. Esta cobre-se com véu branco durante

a m~ANÇ.10 DOS SANTOS ÓLEOS. - Na missa


~ªr:t:id!ª~~o5J:,ta$an~l:r.ig~~:df:;!::
0

séquito : doze sacerdotes, repreeentando os doze Ap6s-


tolos; mais sete di&cono., lembrando os que Eota.rn
eleitoa, no princlpio, em igual nWffl!l'O, pelos ApÕstolos ;
mais sete subdiáconos. Todos com os respetivos para-
mentos, p"róprios ·de cada Ordem.
Os óleos que o bispo consagra são: -1. o 4feo ~
11ii.J-, usado para a Extrema-Unção e para a bançlo
dos sinos : - 2, o Santo Cri_.nna, uaado pa?a o Batismo,
a Confirmação~ a sagração dos bispos, a Mnçlo das
igrejas, dos cálices, das·patenu, e a sagraçlo dos reis;
392 TEMPO DO CULTO

- 5, o 6ko dN Cakcúmtno.r, usndo no Batismo e na


1asraçlo dos padres. Originà.riamente, administrava-se
o batismo aolene dos catecúmenos no Sábado Santo, e
ta1vez seja o principal motivo por que se benzia &te
61eo em Quinta-Feira Santa, É prov&vd que nascesse
da! o rito do Sábado de Aleluia, que manda benzer,
com 61eos recém-cons11grados, a ásua batismal.
e) PROCISS:iO dO dLTdR Dd EXPOSIÇÃO.
- Além da h6stia, aproveitada para n missa do dia,
o celebrante consagra mais uma, para o oficio do dia
sepinte. Dei;,:a-se estn última no cálice, e no fim da
Missa leva-se processionalmente e com a maior pompa
a um tabernáculo especial prepamdo de propósito,
num lugar à parte. Durante a procissão, canta-se o
hino •Pan.ge lin.flt••• .
á) DESNUDAÇJiO DOS dLTARES. - De re-
g:resso do altar da exposição, cantam-se u Vésperas.
Imediatamente depois, o oficiante, de estola roxa e
assistido por seus ministros, começa a desnudaçJo dos
altares. Tira as toalhas com todos os enfeites que as
:'di:;~~~:-~t!Ht;l°d~~!~ tÂ~=~~:~
ç&s dirigir-~lo, portanto, doí em dia.nfe, à cruz e é
dia.nte dela que faremos as nossas genuflexões. En-
quanto se faz a desnudação dos altares, recita-se o salmo

~"':;mà =~-~
XXI « Deu.r D11tu nu:tu, rupiu in me• com a 1111tífona
t'=r:f::t.::t:., !!trt~~.:~tÕ
comovente simbolismo· desta cilrimlmia. recorda-nos uma

:-z;:~:'=~~::r;:o~~ª~~!;:\:
tiraram à aorte a• tún~ca inconsútil.
11) LAYAPÉS. - Outro nome desta cerim6nia é
.llandalum, palavra que in~cia: a antífona. da função.
Realiza..ae, geralmente, à noite. Em Roma, o papa
TEMPO DO CULTO 393

lava os pés a doze sacerdotes, para imitar o exemplo


de Nossa Senhor que lavou 01 pés aos dcne Ap61tolos,
antes de instituir a Saot.ssima Eucaristia. Queria ensinar-
lhes que a purexa e a humildade são duas virtudes essen-.
ciaia, muito convenientes para a digna recepção da divina

~==·wiN::.,led~~~: :isc:1~:ª Ã,!~~°:rn:,~n:


treac pela adjunção de S. Matias e de S. Paulo). Depois,

uma esmola.
enxuga-os, Beija-os com respeito e entrega a cada pobre

NOTA. - Mencionam-se ainda, oio já entre as


funções litúrgicas, mu lllll como Ultlnça,, piedom.r da

S::':?;i~= bdila:O::= !íef~: eleito.~ :~2.


ta11.lo do SlaiMI diante do altar do Sepulcro. Com

::°:i:a1!:~a~iº:!u~t:t:1 1: e::~:~
Mãe,
honremos as dores e a firmeza de Animo da presen-
ciando os 110frimentos do Falho.
D. - Sexta-Feira Santa. - a) CARÂTER DA8TE
Dld. - T&las as funções dbte dia estio repa!1$11das
de lulo pua®, pois é dia consagrado a comem.orar a
morte de Nosso Senhor. Nenhum toque dos aioos. O
altar, frio e despido, Desocupado e aberto, o tabernáculo.
Na frente dêle, uma cruz com véu negro. Nos cande-
labros, há· velas de cêra amarela como nós dias de fune-
rais. Em tudo reina a tristeza, a desolaçio prolunda.
&) OFÍCIO Dd JídNIIÂ. -Ahl'anp quatro partes :
- l. Duas liç6es do Antigo Testamento e a narração
da Paixio segundo S. João; - 2. Em aegundo lugar,
Orações solenes ou Ezortaçaes; - 3. Adoraçlo da Cruz,
e no fim. - 4. Missa dos ~tificados.
l. ¼ãe.,. e f11Vr41?lo da P«u:iio, - Chegando o cele-
brante e os ministros sagrados ao pé do altar, prostram-
894, TEMPO DO C\ILTO

-se, para rezar pelo tempo de um Alinrut1. Esta atitude


humilde é a cx[)NlSSio da máfOa imensa que lhes acabru-
nha a alma com n evocação do grande mistério do Cal-
.vário. Durante este tempo, estende-se no altar uma
a6 toalhll, recordando o Sudário que serviu para @nvolver
o Corpo de Nosso Senhor. Então, o sacerdote sobe os
dearaus do altar e beija-o no meio. Faz-se, depois, a
leitura de duas lições. e logo a seguir trfs diáconos ou
três padres cantam a Paido segundo S. Joio, do mesmo
modo que no domingo de Ram01.
2. OraçJfu ,10knu. - Acabado o canto da Paixão,
~;~b~an~8Jd~rª;!C:t:n;:~!docsJ:r ~~ de
iU/nrllnclo., a modo de pnjtú:io em que o sacerdote diz
o objeto do prece a seguir. São nove estas orações. O
padre reza: - l) pela paz e u.niíf.o da Ipja; - 2) pelo
Papa:; - 3) pelmJ Bi.rpo.r e o corpo todo da Igreja ;
- 4) pelo d,qs da Nação ; - 5) pelos C.tecfuntno,; -
6) pela consolação dos o.J/ito,; - 7) pelos ktrqu s cunul-
~ ; - 8) pelos ju.dew pl,:Jido,, a fim de que Deus
rasgue o véu que lbea venda os olhos e assim files reco-
nheçam e adorem Nosso Senhor Jesus Cristo {1) ; - 9)
finalmente, pel01 pcgio,. Contrastando os pJ'6prios
usos, nestas t~ últimas preces, a Igreja reza pelos
que nunca pertenceram ou já nio pertencem ao seu
~ O motivo de tal derrogaçio ao costume. na
vadw F:0:.!ª-::; ~ a ;'~~nnos que o Sal-

Orie!te,d:':j::u:~~ -;!i~t r~J:: r ; P :


seutava-8e aos 6éis a Perdtukiro. ~ para que a ado-

..-..!,';!i..~!:"'.":.~~~.-:!:, ~ ~=-:~11
:==l.':.i~~1::~ii.i?E=.-=-!:=~:
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TEMPO DO CULTO 895

rassem. Podiam chegar-se p.:lrto e beijá-la. Pelo século


VII ou VIU, quiseram imitar, nas igrejas que nlio tinham
a regalia de possuir a Verdadeira Cruz, as cerim8nias
de Jerusalém. Aproveitaram então, para iBBO, outras
cruzes quaisquer.
Eis o rito, consoante a rubrica atual. O celebrante
despe a casula e, ficando ao p6 do altar, do lado da
~U::!a,~~hc,alt ~~~.: eo:n::i~s~~=\~Ü:
llllistem, continuam com lile : • Yenik, adortmu.r. Vinde,
adoremo-lo•· A-O mesmo tempo, prostram-se todos. O
celebrante, não. fste, depois. vai para o lado difeito
do altar : descobre o braço direito da cruz, mostrando-o,
e repete cm tom mais elevado : •Ecce lignum Crudl•,
etc. Enfim, alcançou o ,neio do altaf. Descobre comple-
tamente a cruz, ergue-a e canta, terceira ~-ez, em tom
ainda mais alto: c&ce lignum Cnu;i,1•, etc. Então, o
oficiante deposi.ta a Cruz DOS degraus do altar. C.01119
Moisés antes de ae apro.zimar da sarça al'dente, tira o
calçado, faz triis prostraç&s e depois adora e beija.a
C~,. Imitam-no oa ministros. Imitam-no os fi&s.
Durante a" adoração da Cruz, cantam-e RB Antí-
fonas chamadas• lmprr,phia.r• (do latim • imprr,puium ••
censura), porque encerram eXprobraçi5es dirigidas &011
judeus pela voz dos profetas. Cada antífona destas
enilmera um determinado benefício de Deus. a favor
~
i~[vel·
j:=·;::. &o'':tílo~.r,u~=et te:
.
·4. illi.rm da.r Pru.ranJiji'cadoF. - Chama-se missa
dos·pressantificados a 1Utima parte do Offcio da Sexta-
-Feira Santa : - 1) illi.r.ra, Na verdade, não é muito
próprio o t!l'n:llo, desde que nlo bá consapçio e, pOl'-
tanto, sacriffcio. Detam-lhe.. no entanto, &te nome,
porque repete certo n-funero dos ritos da missa. - 2)
896 TEMPO DO CULTO

=!r:-:~"!t:°t;ra p:: Mj:: de: Jui:!~~ti~a t~:::


O vocábulo Pru.ranlijicadtN sipiíica, pois, don.r .ranliji-
cado.r, am.,.,_do., prWianunle.
Estando a acabar a Adornçil:o da Cruz, acendem-
-se as velas do altar e vai-ae, em silêncio, em procissão,
ao altar do Sepulcro. Voltam, trazendo n S1mtà Reservn,
com o canto, nl[o já do Panp lingua que é hino de júbilo,
mas do Yu:illa Rqi,,, que é o hino dn Cruz.

s&breQ~a~f:r: ~~:«,re§=~~~~i:1~o ~C:


=•e ~fi~ r::~~- ~~s. ~i:iaàm~Ie;!;:;:
etc. ; mas ninguém responde, e logo vem o Palu com
o respetivo prefácio. Então, ergue na pntena a Sagrada
H6stia, para oa assistentes adorarem. Faa a .fraçã'.o
~o ·na missa ord,inária, dia a ierceira Oração antes
da Comunhlo e o Domine non .rum di9111U. Finalmente,
~un,a, toma as abluções e retira-se em silêncio.
R.llc.itam-se agora a.s Vésperas, aem canto, sem lu.es,
querendo mostrar, com iasa, que se apagou. morrendo
.na cruz, a lu11 do mundo, Nasso Senhor Jesus Cristo.
t:) OFICIO D11 TllRDE. - l. &iste, em ffluitoa
lugares, o louvável, piedoao e comovente costume de
ae fuer, pelq 15 horas, uma Via-Sacra especial com
mais pompa. - 2. O Ojlc,O dlU Trewu obedece às mesmas
normaa que na Quarta e na Quinta. - ;5. Tamb!im, li
uso muito espalhado a "prociss1o· do EnUrra do &nl,.or, o
Sumao da fal:dí.o e o da Soldatk de N. Senhora.
E. - S6bado Santo. - O S&bado Santo nem
sen:i.pro teve ofício pr6prio. ~ atuais Íllnç{!es da manhã
realizavam-se, a princípio, durante .a noite de ú.bado
para o domingo : era a J/iaflia d. Púcoa.. Isto permite
entender a conedo Intima entre a grande festa e oa
TEMPO DO CULTO 397

ritos do Sábado de Aleluia. : ÍOJIO novo, incenso, círio,


simbolizando o. &.r.,urrú'çiío de Nouo Senhor. ~
ritos apenas foram deslocados, antecipados.
O Or,cio do Sábado Santo consta de seis funções
principais : - a) be:nção do lume novo; - 6) bênçlo
do círio pD.SCal ; - e) leitura das Profecias ; - ti) bênção
_da ásu,a batismal: - e) Missa. solene; - /) Véspei-as.
a) BINÇÃO DO LUAIE NOVO. - t cerim&nia.
que se passa fora da ignJQ, junto da poria. Para melhor
simbolismo, tiram fogo, mi vaca. de um i.tqiuiro, e nlio
de outra luz. Eis como se explicam estas particu1aridadcs
sugestivas. O logo novo, sendo representativo da Ressur-
rciçio de Cristo, há de aparecer ao pi do t6mul,o tk Crido,
que se imagina CÃterior ao recinto da igreja. Deve ser
,uwo &te fogo, porque Nosso Senhor, simbolizado por
êle, acabo. de sair do túmulo. Acende-se com .:!ste fogo
novo uma vela que servirá para dar lume mi demais e
à limpada do snntwírio.
Rito imediato : o sacerdote benze ci,ico grão, de
irKe11.o, í!f!Ul'll. dos aroniu trazidos por Madalena ao
sepulcro. Destinam-se a ser fixados no Círio pascal.
· O diácono, agora. toma uma cana ou 11Crpentina
encimada por três velas separadas, formando triingulo.
&tão, desde a entrada até o c&o da igreja, pára três
vezes e, sucessivamente, vai acendendo 1111 três velu.
dobrando de -cada vez o joelho e d\llCMo em vo.z cada
vez mais alta: •lwne,i Chri.tb.'. Eis a hu de Cristo•.
O c&:o responde : • Dro 9/'Aúu•. O dukono, que vem
vindo, é, portanto, mensageiro e arauto da nova auspi-
ciosa. Anuncia 119 povo a Ressurreição de Cri~to, como
outrora o Anjo às santas mulheres.
6) BANçiio DO e/RIO PIISCIIL. - É também
slmbolo da Ressurreiçio de Nosso Senbor. É a evocação
de Cristo glorioso, vencedor da qiorle, espancando 1111
trevas de túmulo.
~------ TEMPO DO CULTO

Quem benze o Círio pascal é o diácono. Celebra o


rito, cantando um lindo hino chamiulo &w/Jet (é esta o.
primeira palavra), em que se exaltam os bencffcios da
Redençio. Ao o.cabar o canto, o diácono prega os cinco
grf=nhos de incenso nas cinco cavidades prCviamente
feitas no meio do círio, dispostas em forma de crux e
lembrando G! cinco chagas de Nosso Senhor. Pouco
~ ~!:®: ~:;~~• a indicar a hora entre
Arderá dal em dio.ntc o círio pa!ICl!,I, cm fadas as
f.,_nçaes, durante quarenta dias, recordando a perma-
nbcia na terra de Cristo ressuscitado. Retirar-se-á no
dia da Ascensão.
e) PROFF.Cl./1S. - Nos prim6rdios da Igreja,
colocavam nesta altura o rito dominante e como que
o centro da . Vigílio.. Nesta hora, aproximavam-se os

::naç°io r::c.=!:::.mba~a ~~= ce~=ia!~


sinais da cruz, exorcismos, unç8cs com o óleo doa catecú-
menos, imposição das mios, ahjuraçlo. Cerim6nia longa,
por serem muitos os aspiranf:e!I. A fim de ocupar a.
atençlo dos fiéis o para maior instrução dos catecú-
menos, liam-se na tribuna passos da Sagrada F.ecritura
apropriados ao ato: Eta,n o.s dou projt,eiu, um como
resumo histórico da relqpio : criação, dilúvio, liber-
taçlo dos iSl'aelitas, orikulos messiAnicos. Por onde
se v& que hoje, rigorosamen~ falando, já nio teria
razio de ser a leitura das profecias, pois nlo eziste a
administração do Batismo aos catecúmenos nesta oco.silo.
Se a liturgia a conservou, é porque é. vesHgio precioso
de usança primitiva.
ti) BANÇÃO D/J PÍd B/JTISAJ/JL. - Terminada
a leitura dãs Profecias, vai o Clero para a Pia batismal.
?iJa frente do prés6to, a -crus e o clrio pascal, slmbolo
de Crist<) que deve alumiar a nossa peregrinaçlo terrena,
como em outras eras a nuvem luminosa norteava o
rumo cios isr11elitas no cleserto.
Primitivamente, findos os ritos preparatórios de
que se tratou, os catecúmenos eram levados ao lugar
onde tinham de receber o Batismo. Recorda esta ceri-
mônia a aspersão dos fiéis que o Celchrnnte vai fattnclo
através da igreja, com a água acabada de benttr.
Depois da bênção da Pia Balismal, Volta o préstito
ao côro, cantando a T,addinl1a do.r Sanlo.r. Dantes,
adiantavam-se os recém-batizaclos, ele vestidos brancos
que simbolizavam a inodincia recuperada. Vinham de
círio na mão. Seriam admitidos hoje pela vez primeira
à missa dos fiéis e à comunhão. Era extenso o cortejo
dos neófitos. E demorado o desfile. Por isso, repetiam-
-se du!IS ou três ve~s as invocações das Ladainhas.
Sobrevive, na rubrica atual, o costume de as duplicar.
Chegados ao pé do altar, o celebrante e seus ministros
prostram-se para meditar "ainda na morte e sepultura
de Nosso Senhor.
t) ilJISSA. - Não há Intróito. Sendo de entrada
êste salmo, e tendo entrado e estando·· reuniclo, desde
há muito, todo o povo, o Intróito perde a razão ele ser.
O que serve de Intróito são as Ladainhas que se cantam
no regresso da Pia Batismal.
A Missa ostenta caráter de extremo júbilo e magnifi-
dincia, em forte contraste com a mágoa intensa da
Sexta-Feira Santa. Vemos agora os altares e os digni-
tários paramentados de grande gala. Reboam as notas
álacres cio Gloria in e.xctl.ri.r, unidas às toadas jubilosas
dos sinos a birnbalhar, festivos. A dlefuia, nilo mais
ouvida desde que entrou a Quaresma, reaparece depois
da Epístola. O próprio Celebrante Íl entoa. Repete-a
tr& vezes, em tom cacla" vez mais alto.· O côro responde,
de cada vez, com o mesmo canto, do mesn10 modo.
Tambfun sé explica a feição tão alegre da Missa, pela
400 TEMPO DO CULTO

antecipação dela. como do Ofício inteiro. Na realidade,


é Missa da Madrugadn de Páscon. O fim dn Vigain é
dispor para essa festa.
/) EKec:ionalmenfe, ncham-se as Vésperas do Sá-
bado de Aleluia ligadas ;., Missa, Fazem as veies de
antífona da Comunhão. Constituem a ação de graças
dos neo-batizados, já aceitos agora ao Bnnquctc eucarís-
tico. Por ter sido longo o Ofício, scrilo brevíssimas as
Vésperas. ComplSem-nas o salmo Lawlak Dominum e
o Ala§Ai/~f. Termimun com a Pó.-comu111úJ.o e o lk
AlUu ui, a. que se juntam duas alelui'u (também se
juntnm ao Dto graliu), como expressão de regozijo.
498. - VI. Qu.arto pertodo do Ano litt'.irgico.
Tempq pascal.
Chama-se kmpo pa,IClll a lase litúrgica que decorre
da festa de Páscoa até 9 Pentecostes. Abrange, por-
tnnto, 60 dias.
1.0 Caráter do Tempo palleal. - É de feição
juli/Dra bte período, em mem6rin da Ressurreiçlo de
Nosso Senhor. · ·
Da! derivam os aepjntes fraÇ0$ peculiares, proprios
do Tempo pascal : - a) As tzlelu.ia.r slo muito mais
(requentes. Na-Missa, a akíu.i"ll. substitui o gradual. Na
oitava da Páscoa, acrescenta-se duas vezes ao Ih Ali.ru
ui, ao Du gralia.r e ao Bt11ediumu.r Domino das Vés-
peras. Também acompanho. várias partes do Ofício
divino: antifanas, res~rios, versfoulos,. - 11!'1ª
~!: i;-
mais. J!~o e ~ : s J:.ésCZJ:
Nosso ~ . luz do' mundo, - e) Outrora, costu•
mavam ornr de pe durante o tempo pascal : atitude
menos humilde, mais altaneira, porque ficava melhot
à gente,qoc ~bava: de ressmgir (recém-bafuaclos). A
Igreja la~a deixou de observar lste rito, do qual existem
TEMPO DO CULTO 401

vestígios na antífona a Maria S~ntíssima, Regina aeü,


que se reza de pé. - á) No tempo pascal, que é de n,go-
zijo, não há jejum, nem nas Ordens religiosas mais
severas.
2." Festas do Tempo pascal, - Mencionemos
neste período : - a) o dia de Pá.rcoa; - b) as úuiainl1a.r
de S. Jfarco.r e da.t &gaçõu; e - e) a d.rceruão.
A. ..:... Páscoa. - a) DEFINIÇdO. - A Pá$COa é
a festa comemorativa da Ressurreiçio de Nosso Senhor,
É a mais.antiga da Igreja; remonta às origens do cristia-
nismo (V. n.• 494). No calendário litúrgico, vem inscrita
como fes~a de rito dúplice de primeira classe, com Oitava
privilegiada.
b) PdRTICULdRIDdDES. - Além dos carateres
gerais pwcedentemente apontados e próprios de todo
o tempo pascal, cumpw salientar os seguintes : - l. Na
aspersio com água ~nta, em lugar do .tl.rpergu, diz-se
a antffona Vidi aquam que alude ao batismo dos neófitos,
administrado na Vigília da Páscoa. Continua-se durante
o período inteiro. - 2. Na Epístola, em lugar do Gradual,
canta-se a antífona ~ H:ec diu, eis o dia que o Senhor
fêz•; a.mesma antífona substitui o hino de Vésperas.
- 3. Depois do H:ec diu, segue-se a prosa Victim;e
pa.rckali, celebrando a glória do Redentor e o seu triunfo
como vencedor da morte. - 4. Na bênção, que remata
as Vésperas, canta-se o O Filii, narração popular e
ingênua da Ressurreição.
B. -·Ladainhas de S. Marws e das Rogações,
- Entre a Páscoa e a Ascensão, colocam-se as procissões
de S. Marcos e das Rogações. - a) Aquela deve realizar-
-se sempre a 25 & a/,rif, ainda quando seja transferida
a festa de S. Marcos. S. Gregório Magno estabeleceu-a.
• pelos fins do s&:ulo VI. Queria alcançar, por meio
402 TBMPO DO CULTO

de penit&ncias e preces públicas, o desaparecimento da


peste que assolava a cidade de Roma,
b) Sio mais antigas as &gaçiN (do latim ~ rooatio •,
r&go), Praticavam-se já nas igrejas da África, ,no tempo
de Santo Agostinho (354-430). Todavia, slio atribufdas
a S. .llamuto, bispo de Viena nas Gálias. Prescreveu-as
êle, no meado do século V, para remov.er pragas que
flagelavam a tegiio. Tornou-as cerimania regular e
peri6dica, para os ti& dias precedentes à festa da Ascen-
!°"~otvo~alpaC:t: fu:a~~:\!· :n::
e frutos da terra ('), e pedir à Providência que livre de
moléstias contagiosas homens e anim.ais.
A ladainha de S. Ma~ chama-se Lada.in"4 maior,
e as ladainhas das Rop.ções, Ladainluu menore.r, Por
.que será ? Certamente porqµe, no pcinclpio, a ladainha
maio.- constava de mais invocaçEies, era celebrada com
maior pompa e mais concorrida.
C. - A11eenaão. - A festa da _Ascensl[() propõe-ae
honrar o triunfo de Nosso Senhor,. subindo ao •céu,
quarenta dias depois da Ressurreição. É tanto maior
o júbilo da Igreja, nesta recordação memorável, quanto

dafa~=-J~S:ia~J;ifica~e
pois. a Aac:erisão a volvermos
i~~-'ct~f.:1!:
confiantes olhares ao
céu, centro e converpda das nossas aspiraçl5es, ,:esi.
d&ncia do Mesti:e divino, que nÕs cumpre imitar, amar
eaervir.

~ª~=-~==:.;.
Remonta à mais alta antiguidade. De ori,em"

2:8~~~-:r...:.iz.""...1:
..,_dahllQIID-,kplo,oioloG!9Nlo.-l1oll•l-u-.

e:~=:~?-~"!!-~~~~
5:Z""~u:a~~-=-º~""::-.. .Ji:"~..::
TEMPO DO CULTO 41)3

apostólica, diz Santo Aptinho. Entretanto, esta


opini~ parece menos bem fundamentada, pois Orlgenes,
Tertuliano, S. Cipriano (século III), lalam apenas,
nos seus escritos, das festas da P&sc:oa e de Pentecoates.
Do skulo IV, existem monumentos que lhe abonam a
eicist,,ncia ; porém, é celebrada no 50.• dia depois da
Páscoa, conjuntamente com Pentecostes, - Quanto a
~:1~~~~deli~t~~ oc~n~iX q:e1e;::

~ : clri~ev~. céN: ,1J:m~b=~·:o~;=:• :i~:;


figurar a Ascenda de Cristo, ri-se o círio erguendo-se,
pouco a pouco, até · o teto (1),
499. - VII. Quinto período. Tempo de Pente-
"'""·Tunpo dt1 Pt111kcwlu é ·o pedodo litúrgico que
decorre desde o Pentecostes até à primeira domingo.
~od~t~v':i:to.Pá!:,
litú.rgico.
!\:ock, ~:=~d:r.'.:
2

l.• Caráter do .Tempo de Pentecostes. - A


feiçio peculiar dêste tempo deriva do acontecimento
s:_ lhe vâleu. o nome. Pentecostes é a descida do Esp{rito
a co~~jJ:d';' !t:~f !:r~1:í:pela~: et&da
da SantWima Trindade, prosseguic:la tercei~
~:pfC:toe!i"~ ~':'2rnu:i':ri';;' e.Í:~o~~
4

o Espírito Santo a vivificar as almas pelo logo divino,


a escu1pir , nelas a imaaem de Cristo, a habitar nelas
pela graça santificante. Assiste, portanto, i [peja e
à& a1nuu cri.dÃ1 o direito de se entregar descansadas à
annta esperança e considerarem confiadamente o porvir,
N-.it i::..=.i:::~p1o'!':,,:::i:::..· !mia da--...
404 TEMPO DO CULTO

fste é o motivo da côr verde, símbolo de esperança,


usada no tempo de Pentecostes, nos paramentos sagr!'dos.
2.° Festas do Tempo de Pentecostes. - a)
PIGÍLid. - Havia, antes de Pentecost~-s, uma Vigllia
na qual se ministrava aos catecúmenos o batismo com
a mesma pompa da vigília da PAscoa. Na Vigília de
hoje, l,á jejum e abstinência, com missa solene. Nesta
missa, fa:i:-se a leitura de seis profecias e benze-se a 6.gua
batismal, segundo ritos iguais aos do Sábado de Aleluia.
- b) d FESTd. - l. Dt}iniçíio t Origtm. Chama-se
Pent«o.,lu a festividade destinada a comeJllorar a
descida do Espírito Santo sábre os· Apóstolos. E dúplice
de primeira classe, com Oitava privilegiada, a maior
lesta do ano depois da Páscoa. Ascende aos primeiros
séculos da Igreja. Sanio lreneu, Orígenes, Tertuliano,
mencionam-na em seus escritos. Como a Páscoa, entronca
na religião judáica ; ambas, porém, revestiram outro
caráter e outra significação, ao passarem para a religião
católica (V. N. 00 105 e 117).
2. PartiCu.larida,Ju. - 1) No Ofício a hora de
Tércia é a hora em que baixou o Espírito Santo sôbre
os Apóstolos (1). Substitui-se, por isso, ao hino habitual,
o Vmi Cnaú,r. As sete estrofes dêste recordam os sete
dons do Espírito Santo. Seria seu autor Santo Ambrósio,
segundo alguns; Carlos Magno, segundo outros. - 2)
Após o Gradual; canta-se a prosa fleni, .ranclt Spirilu..r,
invocação solene ao Espírito Santo, atribuída ao rei
Roberto Piedoso, ou ao papa Inocêncio III.
B. - Santíssima Trindade. - Instituiu-se esta
solenidade para honrar, de modo especial, 'o mistério
da ·!;iantíssima Trindade. No século XIV, sob o pontifi-
TEMPO DO CULTO 405

cado de Joio XXII, tomou-se geral, ficando marcada


para o domingo imediato ao Pentecostes, no !usar da
Oitava que dantes ocupava esse domingo,
C. - Col'pua Christi. - Também se chamo
{ufa do Santl,uimo, Juta do Corpo dt: D11u,1. lnstitWu...a
o papa Urbano IV, qucnmdo com ela exaltar a presença
real de Jesus Cristo na Eucaristia. Está fixada na
Quinta-Feira seguinte à Oitava de Pentecostes, ou
sejam, 11 dias depoilJ desta· festa.
Parlkular,i/,adu. - a) O oficio dêste dia, composto
por Santo Torn&s de Aquino, é de beleza sem par, A
prosa da Mi.o é o Lauda Súm. Nesta exposição do
sublime mWt&io eucarfstico, aliam-se o entwiiasmo e
a poesia, em nada infirrnandó a precisão teol6gica e
dopática. - 1,) Desde o s&:ulo XIV rea.liiia-se uma
cerimônia majestosa e imponenHssiina. : a pr«iuiio
de Corpu.r Chr,'.rli. É trlp]ice a intenção da Igreja : -
l. Prestar a JC$Us Cristo, sacmmentado por nosso amor,
a., konra.r mai.r t:J:r%1.ta.r. Convém que tomemos parle
ativa nesta manilestaçlo de lé, trabalhando no alormo--
seamento das ruas percorridas pelo pr&tito, af"Rlaodo
altan!s em que repouse a divina H6stia, ocompanhando
com piedade Nosso Senhor, - 2. Foi na origem e con-
tinuo sendo prolt:.rlo de rt:.rptMl4 às nepçõel heréticas,
nomeadamente de Beren;ário e Calvino, que nlo acei-
tavam o dogma da presença real. - 3. Enfim, é ato de
desagravo público pelos ultrajes que os fmpi011 fazem
a NOS110 Senhor neste Sacro~to. ·
D. - O Sagrado Col'açio. - É festa marcada
para o primeira Sexta-Feira depóiiJ do Oitava do Corpo
de Deus. Tem por fim honrar o coração do HOMt:tn-Dau,
como 4rgao de onde bl"Otou o prt:CÊo.rl.r.r,mo .rtuigut: que
salvou as nossas almas e ,t(ml,o/o do amor que o levou a
incarnar, a soln:r e UIOffel' pela humanidade (V. N.• 86).
,UK., TEMPO DO CULTO
----- - - - --· - - - - - - - - -
ApÓstolo insigne da devoção ao Sagrado Coraç.'ío
foi uma frçira da Ordem dn Visitação de Paray-le-Monial,
na França: Santa ÀÍnrgarida 11/arin d!aCO'{ue (1647-
1690). Em dia da Oitava <la Festa do Corpo de Deus,
em 1675, mostrou-se-lhe Nosso Senhor, fazendo sentidas
queixas das afrontas, do desprêso, da ingratidão que
lhe amarguravam o Coração no "seu Sacmmento de
amor. Foi, pois, Margarida Ma,·ia o instrumento de
Deus para instituir esta solenidade festejada a primeira
vez no ano de 1685, em Paray-le-Afonial. Em 1697,
tôdas as igrejas da Ordem tiveram licença de fazer o
mesmo, na S~xta-Feira depois da oitava do Santíssimo
Sacramento. Em nossos dias, tomou particular e notável
incremento a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Manifesta-se, em espe.:ial; pela Entronização_ do Sagrado
Coração (1).
E. - Festa do Precioso Sangue, instituída por
Pio IX, em 1849, e .elevada por Pio XI, cm 1934, a·
dúplice de l.• classe. Celebra-se a l de julho.
F. - Festa de Cristo-Rei, instituída por Pio XI
(Enc. Quo..r primM, 11 dez. 1925), celebra-se no último
domingo de outubro, para proclamar, contra os que
desejariam expulsá-lo da sociedade, que Cristo é rei
upirilual de todo o mundo.
500, - VIII. Próprio dos Santos.
O Pr6prio 'do.r Sanlo.r abrange : l.• as festas de
Maria Sanllroima; 2.• as dos dnjo.r; 3.0 as dos Sanlo.r (2).
1.° Festas de Maria Santissima. - A piedade
cat61ica soube dar a Nossa Senhora, no calendário eclesiás-
tico, a importância honrosa que_ lhe cabe. De fato, não

~=..i:•,! no~=·•
(l}Caula!•""'cob:or,no•lomíllo,.olo,oqo,ndoCoroçloõo-.dondo·
~- ':'!i~l~:~,;t;,..~,~~~to~.1. S. !OIYO
l'NprL<, d!-♦-
CI) IJ)..too wpo,,t.,t., do .,,.. d l - ooNIUuem o
407

f&a posslvel honrar o Filho, e esquecer a Mie. A liturgia,


por isso, repetiu com a vida de Maria o que fiz<:ra com
a vida de Jesus. Escolheu os principais aconlccimcnfoa
que os fiéis Iestejassem. Ocorre mesmo, não raro, que
UI1$ e outros. os da Ml'e e os do Filho, andam a par.
Assim .; que ~ como o Natal, a Natividade de
Maria Santi1rrima; correspondente ao Santo Nome de
Jesus, o Santo Nome de Maria ; ao Sagrado Comçiio
de Jesus, a festa do Punssimo Coração de Maria.
Eis as festas mais conhecidas da Santíssima Virgem,
pela ordem do ano litúrpco.
A. - INtl.CULdDd CONCEIÇÃO. 8 dr: deuni!H'O.
- Tem pbr fim holll'ar o ptivilégio de ~ i . concebida
sem ~ · Era celebrada por igrejas particula,:es,· a
prinapio, Tomou-se universal ap6s a proclamaçio do
dogma, por Pio IX, definindo que. Nossa Senhora tinha
sido preservada da mancha origiDRI (8 de de=mbro
de 1854). .
B. - PURJF/CilÇlÍO. 2 dr: /~iro. - Dois
acontecimentos importantes nos recorda esta soleni-
dade : Purifü:açio da &ntlssima Virgem e Apl'eSell.•
taçio de Nosso SenhOf' no '.femplo (V, N.• 93),
· Particularid.tk. - De ac&rdo com a nal'l'BÇão evan-
gélica (/,w:a,,, II), que nos rnostta o velho Sirii.eio a
reconhecer e aclamar neste Menino, a.gota &pteSentado
no Templo, o Messias prometido, Aquêle que será. .ca
luz• espancando aa trevas das nações e iluminando
Israel cL11.n1t1i 4d. ,-la.b."onem Gcntiu.m •• a rubrica preso
creve, para comemornr êatcs dois fatos, a bênção doa
círios e uma procissão com os mesmas acesos na mio.
Dai o nome de Ça,ulel4r1"a. (•caniúla.ru.m•, Nossa Senhora
das Candeias), p&ato a. esta festividade.
C. - ANUNCIAÇÃO. 25 ,ú março. - Recorda
o dià bendito em que o Anjo Gabriel veio pariicipar a
Maria que seria Mie de Deus (V. a.• 91). É D1uito antiga.
408 TEMPO DO CULTO

esta festa, mas não, provàvelmente, de origem apostólica


cm que pese à opinião de alguns Padres, como Santo
Agostinho. - Se ocorrer na Semana Santa, transfere-se
para depois da Páscoa.
D. - N. SENHORA DAS DORES. Celebra-se na
Sexta-Feira da Semana da Pai.'<ãO, isto é, no tempo
litúrgico em que a Igreja revive os sofrimentos do Re-
dentor. Remonta ao século XV (concílio provi11cial
de Colônia), sendo aprovada definitivamente por Bento
XIII, em 1725.
Carateriza a Missa dêste dia a Prosa Sla/m.t iJlakr,
da autoria de Inocêncio III, a qual traduz, de modo
eloquente e comovedor, os sentimentos de compaixão
que inundam a alma católica ao contemplar as ntágoas
da Santíssima Virgem. A 15 de setembro, a Igreja
comemora, de novo,_ o mesmo assunto.
E. - VISITAÇÂO. 2 <kjullw. - Esta data recorda
a visita que Nossa Senhora fêz a sua prima Santa Isabel,
mãe de S. João Batista {V. _N. 0 91).
F. - ASSUNÇÂO. 15 <k agJflo. - O objeto desta
solenidade é a entrada de Maria Santíssima no céu
em corpo e alma. Celebrava-se outrora l 18 de janeiro.
É' muito antiga.
G. - NATIVIDADE. 8 de .relembro. -É o aniver-
sário natalício de Maria.
H. · - APRESENTAÇÃO. 21 de novembro . . _
Rememora a piedosa ofeda que Maria ,fêz de si própria
a Deus e o propósito que formou de passar a vida no
templo, conservando sempre a sua virgindade.
Em honra dêstes fatos que uma santa tradição nos
transmitiu, é que, em muitas comunidades, religiosos
e religiosas e, em muitos seminários, os clérigos, ,renovam
os seus votos e compromissos sagrados (').
TEMPO DO CULTO 409

2.• Festas doa Anjos. - Faltam documentos


que nos habilitem a finr as origens do .culto dos Anjos
no dccom:r das idades. Sendo êlc praticado nos começos
do cristianismo, é quase certo que nio teve na liturgia

~=
grande importAncia. Podia, de fato, a Igreja Católica.
0
i:::t1::~:a~nkdoses=
recém.convertidos. Tais cspfritos, intermediários entre
Deus e os homens, fàcilmente seriam assimilados As
antigas divindades do paganismo.
A liturgia atual celebra: - a) uma. jula a-' do,
&nkN Anj'o.r, a 2 de outubro na Igreja latina, e a 11
t {~Trc:;~~ F.fe:ia a;;:icr'":::i':-
de,.
do Anjo rebelde (29 de Rlrm6ro); - 2. festa de S. Ga/m11l.
men~seiro da Anunciaçlo (24 de m.vço) ; - 3. festa
de S. Rajul, guia -do jovem Tobias (24 de outubro).
3.• Festas doa Santos. - A. - DIVER..54.S
ORDENS DE SdN10S. - A Igreja conta cinco classes
de Santos : - a) Apó.,lo!Ju; - b) .Mirliru-; - e) Con-
Ju.roru; - tfJ Vif"/11/tu; e - 11) Sanm.t .Mu{/wr.r (t).
Histõricamente falando, diremos que o culto dos
Santos teve evolução len.ta e conheceu várias fases.
Quem obte'le as primeiras honras da Jsrcja, foram os
m&rtires ; depois os Ap6stolos, se couber esta discrimi-
:U~po~ ot';'!;io ~!Üo 'toshe~i:S ~;i:u:
com a sucessio das idades. A principio eram gravados
410 TEMPO DO CULTO

nos dlpticos os nomes dêles. para que se lessem na Mi~


(V. N.0 483), e celebrava-se uma vigília e uma missa
sSbte o seu támulo: é o.Jan inicial Mais tarde, foro.m
compostos em suo. honra missa e ofício pr6prios, quer
dizer, com preces e f6rmulas litárgicas propositadamente
escolhido.s para eles : é a 1egunda /tut:.
Entretanto, njio se podia compor um Ofício especial,
diferente para cado. um. Logo,, aproveitaram o Oficio
de um mártir ilustre para todos os outros mártires~:
foi a origem do Comum do.r Altlrliru. &isto, que sucedCÜ
com os mártires, também se f& para as demais classes
de Santos. .
Depois dos Ap6stolos e dos Mártires, temos os
CÕnjulOf'U. ~o personagens que levaram vida tão
santa que podem servir ele modelD.r e inkn;u.rot'&T para
os criatloa, Nio remonta o culto que se lhes tributa,
elém do século IV. Nlo se vê o. nome d&s inscrito
n0B dfpticos, antea dessa época. A Igreja divide-os em
categorias : - I. Confessores pant[jim (bispos), - 2.
Dou!Dn.r, isto é, santos que upuseram e defenderam
com brilho a doutrina da I3reja, - 3. Confessarei não
panl[jit:u (padres, monges ou leigos).
As duas i.lltimas classes de Santos são: as Yirpn1,
1U:~U::, ;u:i::a:Ca1::' ~ªvi:Su!i!ad~~
no estado de matrim8nio. A liturgia reservou of'acio
pr6prioAs Virp m!rfuea e às Santas Mulheres mártires.
.B. - PRINCIPAIS FESTAS DOS SilNTOS. -
As principais festas dos Santos aio :
a) Entre os Apl,dolor. Para mem6ria de S. Pedro':
- I. festa de S. Pedro e S.· Pau./4 (1) (29 de jwiho) ; -
2. S. Pedro c,,J 1'<!nClf/&•.(l.• de q&to), reeordaodo a
0

t~..:.=rN!"--~.:=-:-=:::=t..~
.....-1
~1:::~:t..,:~~119•~.: 1
1111q11..-_ ... _ . . . . . . . . . _
:i.·=-~=-io.:
TDlPO DO CULTO 411

prislo de S. Pedro e a sua milagroga libertação pelo


Anjo do Senhor (AID.r, P', 19); - 3. a C.tkira de S.
Ptdro un &ma (18 de janeiro) ; - 4. a Ctukira de S.
Pedro em. Antioq11.ia (22 de fevereiro).
Em honra de S. Paulo, temos: - l. a Com.unoraçJJ.o
de S. Pau/;, (a 30 de junho) ; - 2. a ConwrdD dt: S.
Paulo (25 de janeiro).
h) Entre os Alárliru; - 1. Santo &t2Péo, proto-
mártir (26 de dezembro); - 2. S. LounllfO, diacono,
vivo
queimadó na crelha (10 de agôsto).

de S~~~~t.s=~~\ri~;!. .!:;~
1:'·~ dem
e o Patrocínio, na Quarta-feira ap6s a segunda dominga
de Páscoa. - 2. San/o Anl8nio de Li,thoo. (13 de junho).
janei~)Et}':11: J,~'"9:J:i~cfri':~':e~i!)/4Ía~3/a g!,Z:
(22 de novembro) ; Santa Luzj4 (13 de d«embro).
e) Entre as Yirguu nifo illári,"ru: Santa &Na dt:

t:;:; J:,:i;n:~d~iPor~::t ct2 3J>e ~Tto '


f) Entre as Sanla.t Alulluru: &in"4 Santa l-nzkl
de Portugal, a 4 de julho; San14 Ana, pad~ira do
Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão, etc..
C. - TODOS OS SANTOS. 1.0 de n09tmbro. -
t festa ,era! em honra de todos 05 santos.. em especial,
dos que nlo vêm mencionados no calendário litúrgico.
A [,re.ia auim providenciou, porque nlo lhe era possível
marcar wn dia det!!rminado para cada um.
O estabelecimento desta solenidade remonta, na
Igreja ~ • ao século VI[. Foi na ocasião de se
consagrar ao culto cristlo o Panteio de Agripa, quando
se fb a trans~ia para esta igreja dos restos doa
mártires. Deram-lhe. o nome de Nossa Senhora dos
Mártires. - No aéculo VIII, o papa G ~ [II erigia.
412

na igreja de S. Pedro de Roma, um altar em honra de


todos os Santos. E, desde essa época, sempre foi cele-
brada, em Roma, a festa de Todos os Santos. Espalhou-
-se na Europa no século IX.
Particularidade. - a) O Evangelho da Missa é
um trecho do Sermão da montanha em que Nosso Senhor
aponta as oito Bem-aventuranças, isto é, delineia os
meios de. alcançar a santidade (V. N.• .312). - 1,) No
fim das Vésperas da festa, cantam-se as Vi.tputl.J' do.r
Deju.nfM; depois, Matinas e Laudes.
D. - COiHEMOR/JÇÂO DOS FIÉIS DEFUNTOS.
2 de novembro. - O Dia de Finados é o complemento
da festa de Todoo-os-Santos. Agora que já prestou
homenagllm à Igreja fâu.njahfc, a Igreja milifan(c lembra
as almas que sofrem no Purgat6rio, Igreja padcccnlc ou
purgante.
O culto dos mortos nasceu com a religião. Mas
a instituiçl'o da solenidade data do século X. Foi santo
Odilão, abade benedilino do mosteiro de Cluni, na
França, quem se lembrou de mandar estabelecer uma
festa dos finados, em todos os conventos de sua Ordem.
Pouco depois, a Igreja do Ocidente adotava êste uso.
Parlit:ularidadu. - a) Desde o meio-dia do 1.0 de
novembro até à meia-noite do dia 2, pode-se lucrar
uma indulgência úilie.r quoiie.r, aplicável às almas do
Purgat6rio. - b) Os sacerdotes podem rezar três missas.
A Missa chama-.se Mi.ua de Dejunto.r ou Miua lll Ru,uiem,
pela primeira palavra do Intróito : <Requiem aJtern.am
d;,n.a eW, Domin.t • • • Dai-lhes, Senhor, o descanso
eterno, e que a eterna luz os alumie•. Depois do Gradual
e do Trato, ouvem-se os ecos plangentes e temerosos
da Prosa impressionante e Diu U°aJ •· As palavras e a
melodia harmonizam-se e reforçam-se m\ltuamente,
para evocar em acentos lancinantes o dia pavoroso, o
cdi.iz da i'ra•, no qual, por sentença justíssima e inape-
TEMPO DO CULTO 413

lável, hio de ser punidos todos os delitos, cnstigados


todos 01 desmandos, e. os pecados 10frerão a e:.i:piaçio
do fogo vingador. Notáveis. .por igual, o Ofertório e
a Comunhlo. CouaervarllDI, junto da antífona, um
ver11culo que é recordaçlo do WJO primitivo. - e) No
íim da Missa, canta-se o Lióua 11U1, como nas uéquias.
- d') No Dia de fünados, também slo numerosfssimas
a1 pf.,júz.r atu c11mi/Jrio.t onde se deve orar muito pelos
parentes e amigos falec:id0$.

ç2lPEiJfrill!.°,.;t;':.O!!f! ~"!.1!~~;
- à.) a festa do Drago cuja solenidade é transferida para
a sepinte aominp; -·6) a festa da ddora;ii.o pvpltaa,
instituída em muitos paises, para pt'tStai- a NOS10 Senhor
exposto no ostens&io, homenagens ininterruptaa de
fé, amor e reparaçlo.
F. - DEDIC/JÇ/ÍO DdS IGREJAS. - Depois
do comum dos Santos, colocou a liturgia o Oficio da
::dz~/:t:·t:am:-~: i:Jd:=~ =:J:
a Deus por uma consagi-açio ou Mnçio solene. O aniver-
sário d!ste ocontecimento é objeto de uma festa chamada
Dedicação. Nonnalmente deve variar para cada igreja.
601. - IX. DevovfSes. Confrarias. Obras de zllo.
Ação• Católica.
Alht das lulu detennimuiaa polo. litur1ia. bi R\u.ilhsima1
ia■titu. q.,. a Igreja ap,o~, com o lim de utimu.lo.r o ferTOr
dosíifa. Slo~,c,m/ruiuouimu,ndtu/u, HrudtlzNoe
em.capmlll,adç.•Cd4/icii.
1.• Devoçõo,1. - Slo priticas religiosi,a datinad..1 a desen-

~jt~~:~~=~~
:b ~=~-:-~: t..ta~~0-:.:!!""1&·=;
s~~:~it:
lhada1hoje.
414 __ TEMPO DO CULTO _____ ~ - - -

A. - DE1'0Ç30 d NOSSO SENHOR. - R..,ie..,..,....,;, crua,


ao Santmi,uo Sacramc,nlo ou ao Sasrado Coraçio. - a) d Cro.,:.
MeilcionafflOln J'i,,&.:n,. Já nnauror.~clofflsh1111\Slnn,,:rn conoo-
~ praro. os fi6io 111ud- .,...,.......,..,..,, çomo loomcnasem do ,..,,,.,.
raC1oo11moraodivinoCl'\leif~do.oau:ninhoquelcv11dopret,lrio
de Pilatos ao Calvúio. Ern dcnominodo Yia tUHdnl.ld. Entraram
acolo1;11rcrua,squea11in11lnsscm OI principaisprauo1 da vi.os,:m:

:=Ía:.:.,1:,7:-:.::i:ig:::x(11i~:j:1~ddc,vof6ro)'."iZ';
i:.~ :i~J::~:=:_c~~...~""..,ci~: ;in;.&!~rrPo~ªi'::
osSurno,,Ponll'f,cupermitiramque .. cri1iuem,11asigrejas.,a,pcb1
ou orat6rKII, as E ~ ú. y,;,-s_,,,com •• mqma1 indulgêndaa,
ob.:rvado1 os Ir& requisitos f seguir: - 1. que f&s. <'<ln&Uanru,ule
eieta a Via-Sacra;.- 2. que 11e "'ª"""""'"'
ns e s ~ por meio
dacruzoud&umquadn,cnc:imadopclocrus,c-3.queap!!ssoa.
111udaaecle luprpar:>cadacstnçio, medilandonlguns inst.ntes
""°""·
IIO mistffio qua el;,. (Rc:aa••• ordinàriament.., o Patln.tHNa,
ad,,,-,ll,u.:a,00&.n.Pal,ieovet1lculo.Ali#rtrtttNfri,D,,,,,inr).
Quando a Via-Sacra ae fa1 em mmum, os (il,i,, podem ac:ompanho.r
1emmwl&l'dalupr.
j) 4 S.n//uUIUI &u:,,,.,n;.. A primeira, a melhor d■- dovo-
pl5el, ta c:omunblo f,,:,qucnlc=e quotid..,.,... Depois, te,u.,.q visitQ
ao &nllsaimo. ■- ouç&s da.a Qunrcnt.o. Hora1. 11 AdoraçKo noturna
e a Adon,.tlo petp(,two.
e) 4o Sqmda Cotwçh th Juru : a c:oanmblo nparadora da
primeira Se,da-leira do mês.
B. - DEYOÇilO d ;}JdRld
mailc:onbo,c:i,;lqllo:-•)a,...,;,
dataoraeiocmlatim). Co.ostade
Urio ~ Inc:o~ ic1oa cada.
- - - - ~ " = M = P O DO CULTO 415

2.• Coníráriaa. - Can}raria, ou Irmandade, ~ uma reun;Jo


t,lt: ~dividU:LCtinir~\t~r;;, ;:u~~.-~:·co1..t'l"d/ Êtte':
arquic1111}rarúu. Sio confrarias Je ordem mais elevada, de maior

~:i1i~E~. ~~~~l~~·.;:::~t:~:. d:\::~d:f~~~. ;::::d~:


0

padicipantcs dos seus próprio, fovoco,, Também a,.be aqui a mesina


dassificaç.ilo cm Confrarias de Nosso Senhor, da SanUssi""' Virgem
edo,S..ntos.
A. - CONFRARUS DE NOSSO SENHOR. - Silo ti-à
principais: - a) Can/ra/'ia do Santluimo Sacramenh,. Prop&-se
=~hi: :oE;:%i!~: ~~:nd':'i!t:=;o:·d~':te~•s..eg!:J:"ta::
- b) Confraria d11 S#§rado Cartlfifo, com fins de desograw: - e)
a,n/mria da Guarda ~ Ha11ra do Sa§rad,, Cor,,;!111, que trabalha
por conoolar e Cora~io magoado de Nosso Senhor, olerecenda-lhe:
- l. glbia pela proclamatlo de sua rcaleu. e o eotabelecimenlo
doscureinadooocinl;-2.amar,pcla_entregadosnosso•cora~;
-3.rtpar11çílodo,pcotdos,pclapcn1têncio.c,emparliculu,pela
Hora d, go,arda ou llora Janfa.

.do,
religioso, da Ordem, uma o.nna poderosa, ua luta contra a seita
d01 albigenses. Quem quiser lucrar H induljb>ciaa anuaa a e.la
bnlr!H C.lt!IOI • 0. hpor\or- 1'
416 TEMPO DO CULTO

coniraia, tem de se •nscrevcr no res'sto pr<ip<o dei.,, can•a·ca·


mente ereta. De,.., rezar oro •,·olodo, uma vez po, semana, mcJ".
tando nos qu"nzc: m"sl6(os, c·nco ,,.: ''. · ~ roJDJ, A,u,nc"açJ,
Visit.,ç11"o, N"ascimcnlo de Nosso Senhor, Pueificação da S.,ntíssima
::~/, ~';ni~j..dNo~.':."'Scnt::·~: I',:,r~F~!~~I;:~: é:'"::.!~t
de espinlios, Caminl,o do Calvi,io, Crucifüilo ; cinco mÍJ/lrio-,
gft1rU)J"()J, Rc,..urn:iç.to, Ascensão, Descida do Espirito Santo sôb,.,
os Apclstoloo. Assunção da SnnHssima Virgen1, Coroação de Nossa
Senhora no Céu. - e) 1/J Ct1ngrt./lllÇÕU .-liariana~. - • Silo ai;rc·
m"ações que t"m po, lm ·• ,cntne, cm seus mcn,bros, uma aedcn·
tl .. ima dc,•oçil'.oa M"ria S.,nlíssima, procu,andooscong"'&ªdosa
santificação no seu pr<Íprio estado. Pela sun essência e pela su.,
ori;ani:za.çlo, tais sociedo.dessão composfas.lc dcmcn1<>, ,lc escol•
e. - CONFRARIAS E,11 IJONRA DOS SANTOS. - Gislu-
me muito antigo ~ ,cuni,.,m•se na men1bros de dc!crminmla pro·
fissilo, formando conl,a,ias pnra a11K[lio mútuo, apoio e coníôr(o,

d:.·~~~~~í, :ª:,:~ci!:t
º"
1
J.,,, congn:gando
".?1:!::~·. !d::~:~;º s;;ij!,;-:_t
adV<1gados, bnclu,rélS cm direito, etc ..
NOTA. - Fora desta• confraeias gue adotam um p,,d,ociro
dil9~~i.;:·~:)~;;;'~!,"'J;::',2.i~~i✓71'.ct/fu:!:.í::"d~·l51::ui.~~~
V<1luntários, auxi]U\r<,o do Clero no ensino do catecismo
l. Obus de zilo. - Subordíru,moo a esta epigrafo olm1s·guc
tim poe fim o bem espiritual e material do prWljmo.
DENTRE AS PRINCIPAIS, podemos mencionar: - a) O
Âp,ulalad,;da Oração, ru,scido na cido.de do-Puy em 1846. T,·ahal lia
pela oraçil) e pelas boas obras, em promover a glória de Dcua"
a 111lvaçilo dai almu. - h) A Prapago.ção da }i, fundo.da em Lii(o
DO ano de. 1822, hoje ccntr-alizada cm Romo.. Ampara a e11.tc9uese
dos miuion,rWa, por meio de orações e wntribuiçilo pecuniária.
-·e) .d. San/4. ln}dnci,,. (1). - d) Ao Conjel'<,rciude S. Victnh d,
PRINCll'AlS ORGtlNJS.UOS.
radaa CODlO 6h.'=-t e Jan'-nisU:
{H.A.C.),para maionsde30anosc
-•JLig,iFtttiniu"4AflloC..Ulkt.
de30a,_easo1adaodequo.lquer
Brtuiki,w (J.C.B.), para moÇOsdc 14
11,•,.. C,,Mú:m (J. F. C.) para mçças de, 14 a 30 a1wa ...
•to~·,· !1 ';;:J'..~'1:, 5:'~~~ ã.71'=.";_,;1:;:::..,;i.i:'l"~"'n
anm.-6)4.rpi,wnludt,J,,.,.,,tlBUCoMiffll,ll"nr.osdc 12a l4anos.
(ESTATUTOS GERAIS, art. 6.•)

tJ!li'; ¾!:':c~!i:~~
Y,;c~,;~· (r;õ.i~:~:!" :tJ:.i:1v:~~.'l.1""'"1""'
- A ~ C.t6lic:a 6 Wtante.ncnte n:,:omendada pel,, lpja,
e·o,1 RUI membros podem lucrar muita, pças cspirituaUI.

Concluslo pr.ãtica
l.• Não há melhor tanico e tee0nfortante da vida
espiritual do que as festas religiosas. Retiram o cristão, .
p0f alguns instantes. das solicitudes e preocupaçêles da
vida material para o sublimar às alturas divinas, ao
ideal supremo de que j8Ill8ia 9'l deveria esquecer.
2.• O fim da Igreja, quando celebra os grandes
aconteciment03 da vida de Nosso Senhor, de Maria
Sant{ssima e dos Santos, não & apneas festejar aniver-
418 TEMPO DO CULTO

sil.rios memoril.veis. Quer, sobretudo, proporcionar aos


fiéis valiosos assuntos de meditação, ministrar a seus
filhos ensinamentos úteis e oportunos. Logo, precisamos
de acompanhar, com o interêssc mais vivo, com carinho
e amor, o desenrolar do ciclo litúrgico. Unidos com a
Igreja, havemos de compenetrar-nos do espírito próprio
do tempo, e próprio dos mistérios que se evocam, periódi-
camente, todos os anos, E em tudo procuraremos sempre
o fim Único : o maior proveito das almas e a maior
glória de Deus. dd Afajorem Dei Gloriam 1
QUESTIONÂRIO. - l. !.• Sob que aspetos se p,.,dcm con,i
derar 01 tempm do culto? 2.• Como 6 constitu!da a semana cristã?
3.• Quo é tempo litúrgico, rebtivamente ao ano ?
li. !.• Que & o ano litúrgico? 2.•·Como se constituiu o ano
litúrgico ? 3.• Que 6 Pn!.prio do Tempo e Pn!.prio dos Santos ?
4.• Qual 6 a origem du f.,.tu m6vei, ? 5.• Como podemos dividir
Qaoocril,tio?
III.!.• Que 6 o Adv,;:nto? 2.• Qual & a origem do Advento?
S.• QUJ1nto dura 7 4.• Que caráter tem?
IV. L• Que_/, tempo do Natal 7 2,• Que 6 vig!lia do Natal?
S.• Que/, festa do Nntiil ? 4.• Qual é a origem do NMal ? 5,• Quais
•ioasP'!rliculo.ridadesdafostadoNata!? 6.•Quaissãoasfestas
do lempo do Nata!?
V. l.• C,,mo podomosdividiro 3. 0 per!ododoano litúrgico?
2.• Que vem a ser tempo preliminar da Qunresm" ? 3.• Quo & a
Quaresma. 7 4,• Qual /, n origem da Quaresma ? 5.• Quais silo a•
TEMPO DO CULTO 419

da Pia balilmal 1 Zf.• Quol (, o mr4tcr da Missa do SI.bacio de


Aleluia ? 28.• Quo U depoil desta miQa ?

::::~ 1
~=...:
~~r.:. ol1,1":.adedoi.,
~=
VJ. 1.• Que 4 tempo pueal ? 2.• Qual , o ar.iler do tempo
p11!:ic,,~~-= da 'i:!: t t r~aue' v::r ~u:e~
:'..:!º•;e~J._!i·:.,~ :t..""A:..:;
VII.1.•Q...e4lemp0doPc,,teo:iatc,,? 2.•Q...,\&oc:arilor
do lemp0 do Penle<:oalea ? 3.• Quais do as fat.as do tempo do
Pc,,tecoate,,14.•Q...e•beildafest.adePe:a.lecostes? daSant!Slima
TriacLido1 d o ~ Chriati? do Sa&n1do C..,.11'°'0?

1~;.:.:~ 8;;tr•mi: :rol.:s°aive:-"!,_~ :f:~~1


Vlll.1.•Q...eabnn,eoPr6priodoaSantos? l!.•Quosabei,

adoaS..ntos!8.•
oiDt11ilodalgreia.
1°;.º.'k:.~~J:~
1ndice ana litico das matérias

~..ºt,•.l~n=.:. d f:t~
,i, • nota •o mamo,

.... ......
).476.
/1"'1u,t.,oripm,duracb,.tc:.,
llw,,;,,.476,481.
'IIUar,463; •cea6rio.. .,..mi•
c&s,depaml61>Cia1,464,.
11""4473.
11-11.476.
11M (lmirgico), ~ . dM•
Lslo, .fM; oa cinco perlodoa,
4Mo:wg.
""'1/-.476. .
/1,wu(disdplina do), 458 (n),
ll,-,,IUllll,458(.a.).
d1t111..a.{hstada)..f98.
ll,pu-~480.
IIW{doculto),'-77eoq.
-~W/.
fNDICE Al'l'ALfTICO DAS l>IATÊR!AS 421

c°d'405;~. . 4ó/
. qualidades,
03i:..t~;;j!ºd;:it:
406; intc•
Eurori.rlia, 362; oom.,. da-,
370; c~istônci.a, 371; ,inal
sensfvcl. 372; efeitos, 373;
grid,,.de,eondiç&s,407; meios neaessidade, 374; ministro,
do assegurá-la, 408; c-~us,s 375; aujcito,376.
quo dispcnMn,, 409. Rvnnp/1,o, 481.
Co,,.froria,r, 501. E.mm, (de consciênci.a), 408.
Canflpla, 464. E.~lnma-Unçifo, 421; dcliniçilo,
Con.ragraçlfl, ou sagraçlo (de 422; cxistôncia,42S; si""!
um bispo, 38. sen,h·cl,424; deitosMalma
Canlriçaa,397; natu,.,zn,398; cnocorpo,425;necessidade,
,ua. formas,399; qualidades, 426; mi istro, 427: sujcit<>,
400;cfcitosdaeontriçilope,... 428; cerimônias, 429.
feita e da contrição impor,.
foita,401
Corpo de D,,u (lesta do), 499.
Carp,,ntl, 47!.

·g~;!!;:i~O (n)
c,,.;1u;,,, 469
!!§~, :~deh%;ti~~sf8'
:F,,,,,,.,,,-.,.,
49 !.
!
Da/n.,f/i,,a, 473
D•f~":ªª• 461, Feata da -,
Ga//,e/a.r, 470.
GulM(litúrgicoo), 478.
D.,,grat,"a.r,476, 485. Glo,ia Palri, 476, 480
Dmjfl (batiSlllo de), 547. G,.,zça, 314; definiçilo, eopécteO,
D,r,oçõ,.r, 501. 315; graçaatual.316; sua
Di,,Jrcio, 443. neccs.,idade, 317; sua distri•
lkm.inu,r~i.ttllm,476,' buiçífoaosjustos,aospcca-
Ddp/i«(rito), 492. .' ;, aos "nfüh '• cr'nç ,
318;_graça. elicu e livre
. nrb.ltrio, 319; gr~ça. habitual
1 ou sanlific,.nt<l, 320: seu•

Et-,çao,483.
;,::;::.,,:•,tl'.
Epi.}ani,,, 496.
Ep!dola, 481.
&pkiu (Santas), 361.
&fWl,Ta.U,439, 449.
l Habitudi.n<Vio,403.
li

E.na~.480- lli.r.wpo,470.
:&ti!t,, (dai igreju), 460. /lor,uon&nicas,486.
&fufa,.473. JHINIUla,.476.
422 ÍflDICE ANALiT!CO DAS MATÉRIAS

[gr,jo., 457; <lcs,:riçlo, 460; ,lla<1/pu!o,473.


••l>ki•s. 461- .HalinaJ.4S8.
Alalrim&<1io, 439, contrato e
lnu.~, 480. s.acrnmenlo, 440; existência
rn:;::41';; !!:i.;. d~;~t; do s.acramento de-. 441;
cas.amcnto civil, H2; pro·
::!~~tt
gênci.as,419.
~ui:ito4 :::in!Í;.Í:
pricdadcsdo mat<imllnio cris•
tio,443; sinalsensl""l,444;
efeito:,, 445; ministro, 446;
/ndgnitu(episcopa\searquiepis- sujcito,J447; impedimcnlos,
copais), 474. 448; celebraçlo,449.
/_,..,_if;.;,,~
(rescrvadu ao Pa)>8), Jllritt,, c s ~ fundamento,
J23;condiç&s,JU.;objcto,
/n.rlr11111,ntt, de paz, 470. medida,pen:la,n,stituiçlo,J25.
/nlr6ilo,480. Jlua (da_comunhlo), 464.
l n ~ ~ (litú,g;cns), 476. ,JJ;,,.,,,_ (ver S..crôilcio) prece,, e
/14 .KU.,,,_ut, 485. cerimanias da missa, 476 e,
seg.; missadosc:atecWllcno:,
cmissadoafi&,479; ao.seis
partes da missa, 480 e seg.
lanani~tu, 317. . ,Jl,"I,.,, .474.
Jllbik.11, 411; dt-linição, espé• JJo/,1.litt. (das i1rejas), 462.
cies, (obras prescritas, 420.
Jwudi;ilo(jcrarquiade),43J. N
Jiutij~o,J:11.
Ntt.ltt.! (tempo do), 496.
K Na.e,,457.
Na..,./a,470.
Nec,uidad, de meio,c neccs,,i.
K,y,-4 ~kuo,i, 476, 480.
dade_:de preceito, 342

Ohjtl,u (do culto), 466.


06rude zêlo, 601.
Oficio (divino), 486; origem,
487;·an.&lise,488,
Oiltt.""- (privilegiada), 492.
Oração,476;-dominica\,326.
J32.
O~,cspi,cie.,327;ncoeasi.
~(litúrgioos),463. dade,J28;eficí.cia,329;
Ml6(lt'U (do culto), 467 ~ eeg. objeto e sujeito, 3JO; aa
~tnco
ÍNDICE DAS MA.TÉRWI
"'
a.:~~ia f.S.mula, 331 •. P~=•d!39..=..:~:,0=.
Orth,,,. 4:SO;deli ~o, 431 ; p,.,,_n,, (do &tiamo), 350.
uiatlncia,432; jeo.<qui"de P,Jp,i,,(dosS.11too),4'9e600.
Ordem, Ord1ms mc,1on,s e Prlpri• (do Tempo). 494 e:sq.
Ordena mo.io.es. 433; ,inal p,,_,481.
anslvel. 434; ehntno. 4361 Pre/ulJlnlu,311;
;iu,jeito,431; l'd{pit,,,451.
Orde1111,1o,us.
o..ie...ç11cse11- o
Q,,,,ru,,,,i (tempo de), 491.


/wi1111,tut..r,317,328,369.
Ptulri11H, 342, 360. R«,:d.ifHml,,403.
PffrHi,o,461ifestado-,500. Rdkáritu, 450 (n).
p.r;,,, 473, Rupo,.,.,, 488 (n).
Ph(bcmlo),482. IW,IJr,{o,464,
Rit,,, 460,
Roq,,lh,413.
R,upu (lit,rgicu), 411.
R116rku, "50.

s-,,,.1au.M1.
s__,,.....,.,._334;deliniçio,w;
el!Ultlnc:ia,n,mero,336;ma•
t&riaeforma,331;efeitas.
338;sujeito,340.
&crijki# (em pnl) 380, 381 l
.. pici-,382.
s-i/lcio(deM.),eziattacia,
383; ...&ncia, $M; Nia(lo
comosacriHciadecrus,385;
eleito,,,386; miaidro381;

s:;t;~=:
&g,.,J,oc-e,,.,(featado),4911;
entrollmtlodo-,499(n).
S.b.tN,416.
&..,.,.(batiunode),341.
424 ffi'DICE ANALÍTICO DAS MATÚ.IAS

....
$tudJ.ui,..,. Xrindaú (lcatl\ da),
~'Yi,y,"!(1"41111.dh),
TiAra, 475.
Tif11/nr, 461. .
Toa{IM (,le ~ltar), 471.
TU,,.,u.S.11~(festa.le).500.
S.,nto., 6tctN (..,..,1,a, 0$), 421. T111111uu/11nc~, 361.
-S.11lwlrio,457. 1m10.481.
&lidflfi#_,411:c1pkiff,412: T11r1•11h,, 470.
do""':~ ~tÍo ~~t~
.......
3

y,.,.,,, 46o'(n) .

Van (de abluç&s), 470.


p.,.,...(litúrsic:o1),467: vn-
cousap-11dos.468;bentos,469:
nem110,...,,...do..nembentos,

x.~to,'61,464.
'"·
Vúpvu, 41111.
Vutu Oi~rgia,a), 472 e eeg.
'I'IRIPN(doC\ilto),493. '{li,/.,, INl'é...t,,,.,.l, 315.
lndice das matérias
TERCEIRA PARTE
MEIOS DE SANTJF~CAÇÃO
426 fNDICB DAS MATÉRW

7.•Liçio.

!1.•L1çXo.

10.•Llçlo.

l_l.•LIÇXo.
"'
ÍNDICE DAS MAThw

QUARTA PARTE
DO CULTO OU LITURGIA

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