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Ana Figueiredo

Atividade psicomotora Andar


“Processo do sistema nervoso: ordenação do Mobilizar; movimento do corpo de um lugar para
movimento em atividades mentais conscientes, outro, movendo as pernas passo a passo;
formas voluntárias de se mover e mobilizar o capacidade para sustentar o peso do corpo e
corpo, exigindo um certo grau de coordenação andar com uma marcha eficaz, com velocidades
neuromuscular” (CIPE, ICNP, 2020, p.11) que vão de lenta a moderada ou rápida; subir ou
Paralisia descer escadas e rampas.

“Processo do sistema musculosquelético Posicionamento (Posicionar)


comprometido: condição anormal caracterizada Posição da pessoa nos vários decúbitos
pela perda da função muscular, perda da
sensibilidade ou ambas; perda da capacidade Movimento no leito (Movimentar)
para mover o corpo ou partes do corpo,
Manobras, com o objetivo de conduzir as
acompanhada de perda do controlo intestinal e
pessoas doentes aos vários decúbitos.
vesical e por dificuldade respiratória, associada a
agressão, lesão neurológica e muscular ou Mobilização (Mobilizar)
traumatismo vertebromedular, doença ou
envenenamento. Movimentos das articulações ritmados,
sequenciados e repetidos com objetivos
Parésia terapêuticos precisos
Paralisia parcial; perda incompleta da Transferência (Transferir)
capacidade de mover partes do corpo, tais como
a boca, a orofaringe ou a pálpebra. Transportar pessoas entre várias superfícies

Manipular Ergonomia

Executar; mover manualmente uma parte do É a disciplina científica relacionada ao


corpo. entendimento das interações entre seres
humanos e outros elementos de um sistema, e
Transferir também é a profissão que projeta e aplica teoria,
princípios, dados e métodos a fim de otimizar o
Posicionar; mover alguém ou alguma coisa de
bem-estar humano e o desempenho geral de um
um local para outro.
sistema.
Virar-se
Equilíbrio (controlado pelo cerebelo e o ouvido
Virar; mover e mudar o corpo de um lado para interno) é o estado de firmeza de posição que
outro e de frente para trás. maximiza a função com o mínimo esforço e
trabalho muscular
Técnica de marcha
Postura é responsável pela determinação da
Técnica; mudar ou mover o corpo de um lugar distribuição do peso do corpo e a relação mútua
para o outro. entre músculos e articulações e o alinhamento
corporal. pode definir-se como a relação
adequada de todas as partes do corpo entre si,
em repouso ou em qualquer atividade.
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Alinhamento é a relação de uma parte do corpo 8. Assim, a pessoa que segura objetos próximos
com outra, ao longo de uma linha vertical ou do seu corpo necessita de menos esforço que
horizontal. Reduz a força sobre as estruturas aquela que o segura com os braços estendidos;
músculo esqueléticas, mantem o tónus muscular
e contribui para o equilíbrio 9. O emprego do próprio peso do corpo ajuda a
contrabalançar o peso da pessoa diminuindo o
Atrito/Fricção resultado do efeito de roçar ou da gasto de energia.
resistência que um corpo encontra na superfície
Considerações e Princípios Ergonómicos
sobre o qual se movimenta e que deverá ser
sempre eliminado ou reduzido. para o Enfermeiro (Mobilização Segura do
Enfermeiro)
Estabilidade dos objetos
CHAPMAN (1981), referia que um em cada três
É firmeza de posição. Os três princípios que enfermeiros têm dores nas costas devido à
dizem respeito á estabilidade: mobilização de pessoas doentes.
1.Base de sustentação (superfície em que BERNARDINO (1991) sugere alguns princípios
assenta o objecto) básicos no âmbito da mobilização e transporte de
utentes adotando atitudes posturais corretas:
2.Centro de gravidade (centro ou parte mais
pesada do objecto) 1º - O enfermeiro deverá adotar uma boa posição
inicial antes de começar a mobilização doa
3.Linha da gravidade (linha imaginária que desce pessoa assegurando-se de uma boa
na perpendicular através do centro de gravidade estabilidade.
do objecto)
2º - Sendo os braços e as mãos os meios de
Princípios que Regem a Mecânica Corporal
ligação da pessoa e de si, ao aproximar o mais
1. Todos os músculos mantêm sempre um tónus, possível o corpo da pessoa ao seu, estará a
estando sempre ligeiramente contraídos; exigir-lhe menos esforço sendo mais seguro para
ambos.
2. Quanto maior é a base de sustentação e mais
baixo é o centro de gravidade maior é a 3º - Ao sentar ou levantar a pessoa, deverá ter o
estabilidade do objeto (sendo a linha de cuidado de lhe trancar os joelhos e pés com os
gravidade perpendicular ao solo coincidindo com seus evitando o imprevisto, não esquecendo
a base de sustentação); sempre de travar a cadeira.

3. A resistência e gravidade influem o esforço 4º-Os movimentos deverão ser harmoniosos,


para movimentar um corpo; seguros e deverá ter-se o cuidado de não elevar
a pessoa desnecessariamente.
4. A alteração da atividade e posição mantêm o
tónus muscular e evitam o cansaço; 5º - Assim, deveremos evitar fazer esforços com
os braços distantes do corpo, as pernas deverão
5. O atrito influi negativamente no esforço total unicamente ser utilizadas para grandes suportes
necessário para movimentar um objeto; e principais esforços, deverá haver o cuidado de
6. Tracionar ou elevar um objeto não requerem o distribuir simetricamente o peso entre os dois
mesmo esforço. A ação de elevar requer mais lados do corpo, será sempre preferível puxar a
esforço pois é uma força contra a ação da pessoa para si utilizando o seu peso para
gravidade; contrabalançar em vez de empurrar a pessoa.

7. A força necessária para manter o equilíbrio 6º - Durante a mobilização ou transporte com


corporal, é proporcional à distância entre a linha auxilio, deverá ter atenção à coordenação e
de gravidade o centro e base de sustentação. sincronização dos movimentos, tendo em
atenção a comunicação.
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7º - Entre esforços deverá preparar o corpo para Complicações da Imobilidade na Actividade


novo esforço através de execução de alguns metabólica
exercícios.
1. Redução Taxa metabólica basal (TMB);
8º - Deve evitar a repetição do mesmo tipo de
2. Processo de doença aumentam consumo O2
mobilização pois levará mais rapidamente á
(cicatrização, febre);
fadiga.
9º - Sempre que um movimento lhe provocar 3. Diminuição atividade pancreática 
desconforto, tente executá-lo de uma outra diminuição produção de insulina;
forma. 4. Aumento do tecido adiposo;
10º - Se possível faça exercício físico. 5. Perda de massa magra.
Imobilidade Complicações da imobilidade no aparelho
Um estado no qual o individuo sofre limitação da digestivo
capacidade para realizar com autonomia 1. Aumento da atividade catabólica (destrutiva);
movimentos físicos. Nível de mobilidade muito as células musculares são mais rapidamente
afetado ou imobilização mínima e por curto destruídas do que podem ser substituídas,
período de tempo. levando à perda de massa muscular;
Considera-se que de 7 a 10 dias seja um período 2. As necessidades calóricas diminuem e as
de repouso, embora não sendo desejável a proteicas aumentam;
pessoa manter-se no leito;
3. O apetite habitualmente diminui, levando à
De 12 a 15 dias já é considerada imobilização; diminuição da ingestão;
A partir de 15 dias é considerado decúbito de 4. A ingestão também pode diminuir devido à
longa duração; incapacidade da pessoa ter acesso aos
Para cada semana de imobilização completa no alimentos e líquidos;
leito a pessoa pode perder de 10 a 20% de seu 5. Diminuição do peristaltismo e consequente
nível inicial de força muscular; permanência dos alimentos no estômago pode
Por volta de 4 semanas, 50% da força inicial levar a gastrite; 6. O stress causado pela
pode estar perdida. imobilidade está relacionado com a formação de
úlceras gástricas.
Complicações da imobilidade no Aparelho
respiratório Complicações da Imobilidade no Equilíbrio
Hidroeletrolítico
1. Dim. Expansão pulmonar;
• Decúbito dorsal leva ao aumento fluxo
2. Dim. Força dos músculos respiratórios; sanguíneo renal -> poliúria;
3. Estase - > secreções; • Depleção de eletrólitos por aumento da diurese
(Na, K);
4. Tosse ineficaz;
• Perda de cálcio ósseo com aumento cálcio
5. Acumulação de muco.
circulante -> hipercalcémia.
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Complicações da Imobilidade na eliminação Complicações da Imobilidade no Sistema


urinária e intestinal Musculo-esquelético
Devido à posição horizontal (rins e ureteres
horizontalizados) leva à dificuldade de micção, 1. Diminuição da força e da resistência;
com aumento da estase urinária
2. Redução da massa muscular;

3. Diminuição do equilíbrio;
Risco infeção urinária
4. O aumento trabalho cardíaco -> diminuição da
Risco litíase renal
resistência muscular devido hipoxemia;
Diminuição do peristaltismo -> obstipação
Hipercalcémia -> diminui o peristaltismo -> 5. A diminuição massa magra muscular ->
fecalomas -> oclusão intestinal redução músculo fadiga;
Complicações da Imobilidade no Sistema
Cardiovascular 6. Atrofia muscular -> redução do tamanho do
músculo;
1. Hipotensão ortostática ou postural;
2. Redução do volume sanguíneo; 7. Contractura articular -> contração permanente

3. Edemas dos membros inferiores; anquilose;

4. Diminuição da resposta do sistema nervoso 8. O desuso, atrofia e encurtamento fibras


autónomo;
musculares -> anquilose;
5. Redução retorno venoso;
9. Adoção posicionamentos não funcionais ->
6. Redução do volume de ejeção;
alterações da marcha;
7. Descida da TA sistólica;
10. Osteoporose de desuso -> reabsorção óssea
8. Aumento do trabalho cardíaco (trabalha mais
e de forma menos eficiente); derivada da imobilidade;

9. Aumento da frequência 4-25 bat/min: aumento 11. Metabolismo deficiente do cálcio ->
consumo O2;
reabsorção óssea osteoporose;
10. Aumenta o risco de trombose venosa
profunda (trombos); 12. Risco fraturas patológicas.
11. Compressão venosa -> risco embolia
pulmonar
Hipotensão ortostática
Define-se hipotensão ortostática como a queda
da pressão arterial sistólica igual ou superior a
20mmHg e/ou a queda da pressão arterial
diastólica igual ou superior a 10mmHg, nos três
minutos que se seguem à passagem da posição
de decúbito a ortostatismo ativo.
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Imobilidade: efeitos psicosociais (menos que quarenta por cento) e exposição ao


frio. A pele seca deve ser tratada com cremes
• Alterações emocionais, intelectuais, sensoriais
hidratantes.
e socioculturais
4. Evite massagens nas proeminências ósseas.
As evidências atuais sugerem que massagem
1. Depressão (alterações autoimagem); pode causar mais danos.

2. Alterações comportamentais; 5. Minimizar a exposição da pele à humidade

3. Perturbações do sono - a inatividade / devido a incontinência urinária, transpiração ou

imobilidade leva a que a pessoa durma várias drenagem de feridas.

vezes ao longo do dia, prejudicando o sono 6. Posicionamento adequado e uso de técnicas


noturno que deveria ser mais profundo e longo; corretas para transferência e mudança de

4. Coping ineficaz (desinteresse, passividade); decúbito.

5. Utentes estão mais sensíveis às sensações 7. Uso de lubrificantes (como cremes e óleos),

dolorosas, devido à ausência de outros estímulos películas protetoras (como curativos

no meio ambiente que os possam distrair. transparentes e selantes para a pele).

Complicações da Imobilidade nos 8. Recomenda-se também que as pessoas não

tegumentos sejam "arrastadas" durante a movimentação,


mas que sejam "erguidos" utilizando-se o lençol
móvel.
Risco de úlceras de pressão (Alteração,
9. Plano de suporte nutricional e ou
inflamação ou ferida da pele ou estruturas
suplementação deve ser implementada desde
subjacentes como resultado da compressão
que atenda as necessidades do indivíduo e seja
tecidular e perfusão inadequada.)
consistente com os objetivos gerais da terapia.
PREVENÇÂO Úlcera de Pressão
10.Se existe um potencial para melhorar a
1. Usar um instrumento de avaliação de risco mobilidade do indivíduo e o estado de atividade,
(escalas). esforços de reabilitação fisioterápica devem ser
instituídos
2. A pele deverá ser limpa no momento que se
sujar ou em intervalos de rotina. A frequência de
limpeza da pele deve ser individualizada de
acordo com a necessidade ou preferência do
paciente.

3. Diminuir os fatores ambientais que levam ao


ressecamento da pele como: umidade baixa
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Considerações Centradas na Pessoa - Diminuir as Forças de Cisalhamento

• Esclarecer e informar tudo o que se vai fazer e Forças de cisalhamento


pedir a colaboração.

• Posicionar/promover cada um dos decúbitos


com quatro grandes objetivos:

1º - Conforto

- Almofadar e perguntar sempre no fim do


posicionamento como se sente (e observar
alinhamento aos pés da cama) e, se necessário,
um pequeno “ajeitar”.

- Permitir o toque da mão em extensão no


abdómen, nos decúbitos semi-dorsais (semi-
laterais) e da pressão das almofadas no peito nos
decúbitos laterais. Atenção às mamas e
respiração no decúbito ventral.

- Igual atenção à lateralização da cabeça e


posição dos braços.
2º - Prevenção de úlceras de pressão
- Permitir sempre, em todos os decúbitos, o
alinhamento do pescoço e de toda a coluna. Almofadar o que se poder almofadar sem
desalinhar e sem forçar as articulações.
- Não forçar nenhuma articulação dos membros
permitindo um posicionamento com o Complementar com outras medidas (colchões de
alinhamento natural. pressão alterna, carneiras, placas de gel,
suportes para a roupa nos pés sem contacto com
- Membros superiores e inferiores sempre em
planta dos pés)
flexão (estamos a falar de casos em que não há
risco de agravamento de posições/posturas 3º - Diminuição da espastícidade
espásticas….situações de patologia grave a
abordar no próximo ano em reabilitação).

- Não colocar nenhum membro sobre outro


membro.
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4º - Diminuição das contraturas articulares


com diminuição das amplitudes articulares

Posicionar em todos os decúbitos os membros


superiores e inferiores em ligeira flexão (mas
ATENÇÃO – quando há tendência para a
espastícidade…)

Mobilização dos diferentes membros e


articulações…repetidos e com objetivos
terapêuticos precisos

Posicionamentos

É um conjunto de ações que visam mobilizar na


cama uma pessoa dependente na necessidade
de se movimentar e manter uma postura correta.

São utilizados para corrigir:

• Alinhamento corporal,

• Preparar para alternância de decúbito

• Prevenir complicações da imobilidade. Posições e Técnicas a Desenvolver:

• Decúbito Dorsal (…Supinação…);

• Decúbito semi-dorsal esquerdo e direito (alguns


autores denominam-nos de semi-laterais…);

• Decúbito lateral direito e esquerdo;

• Decúbito ventral (…Pronação…) e semi-ventral


direito e esquerdo (SIMS);

• Decúbito/Posição de Fowler;

• Posição de sentado;

• Exercício da ponte (para colocar arrastadeiras)


e colocação com a pessoa passando de lateral
para dorsal;

• Movimentar entre os vários decúbitos;


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• Levantes, mobilizações articulares e 5. Manter as articulações em posição funcional


transferências.
6. Alinhamento de todos os segmentos corporais

7. Distribuição homogénea do peso sobre todas


as partes do corpo

8. Proporcionar maior espaço possível para os


órgãos internos

Movimentar entre os vários decúbitos

Princípios orientadores dos


posicionamentos:

1. Trabalhar com blocos nos movimentos


laterais.

2. Trabalhar com contrapeso das pernas fletidas


para o movimento do decúbito dorsal para lateral.

3. Trabalhar com rolos na movimentação do


decúbito lateral para ventral

4. Trabalhar segurando a pessoa sempre pelas


articulações, nunca em tecidos moles ou
puxando membros.
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7. Para baixar/diminuir a pressão e desconforto


deve-se ir levantando os pés, ou seja,
acompanhar o levantamento da cabeceira com o
levantamento dos MI;

8. Soltar/aliviar roupa da cama na pressão


Decúbito dorsal
exercida sobre os dedos dos pés

Decúbito lateral

1. Colocar uma almofada a apoiar a cabeça,


pescoço e ombros;
1. Para mudar de posição – Voltar ao ponto zero,
2. Braços colocados ao longo do corpo, em i.é., deitado a 180 º e retirar todos os apoios
Posição Funcional (pronação, ligeira abdução exceto a almofada da cabeça;
com pequena almofada ou rolo a elevar
2. Almofada firme a apoiar a cabeça e o pescoço;
antebraços e mãos);
3. Almofada(s) no dorso – região sagrada liberta;
3. Membros Inferiores em ligeira abdução com:
4. O braço do nível mais baixo posiciona-se ao
• Rolo de apoio na região poplítea;
lado do corpo com pequena almofada (ou em
• Almofada em cunha junto ao coccis (região rotação externa), saco ou lençol debaixo da mão;
sagrada);
5. O braço do nível superior ficará apoiado numa
• Joelhos estendidos ou ligeiramente fletidos; pequena almofada para evitar a pressão direta

4. Se não há mobilidade coloca-se almofada para sobre o tórax;

evitar o pé equino; 6. A perna do nível superior fica fletida na anca e

5. Observar alinhamento corporal ao fundo da joelho, apoiada numa almofada e à frente da

cama e perguntar à pessoa se está confortável; perna do nível mais baixo, para minimizar a
pressão nesta última;
6. Ir levantando a cabeceira da cama - 30º (fowler
baixo); 45º (fowler médio ou semi-fowler) e 90º 7. Observar alinhamento corporal ao fundo da

ou fowler alto; cama e perguntar à pessoa se está confortável.


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8. Se a pessoa se sentir melhor e/ou existir Decúbito Semi-ventral (SIMS)


indicação, levanta a cabeceira…

Decúbito ventral

Na posição Semi-Ventral, a pessoa fica deitada


de lado com o braço e perna de cima “puxados”
para a frente; Decúbito Semi-Dorsal. Partimos da
posição anatómica (decúbito dorsal…)
1. Há que pesquisar as contra-indicações para
SIMs (Posição para Exames)
este decúbito (ex. problemas respiratórios e/ou
problemas cardíacos, …); • Lado direito: deitar o cliente sobre o lado direito
(semi-ventral) fletindo-lhe as pernas, ficando a
2. Pode colocar-se, ou não, uma almofada por
direita em semi-flexão e a esquerda com uma
baixo da cabeça que fica virada de lado (facilita a
flexão mais acentuada próxima ao abdómen.
aspiração e drenagem de secreções);
• Lado esquerdo, basta inverter o lado e a
3. Pode colocar uma almofada entre o tórax e um
posição das pernas. Posição usada, por ex., para
umbigo para aliviar a pressão excessiva nas
lavagem intestinal, exames e toque.
mamas/tórax;
POSIÇÃO SEMI-FOWLER (+- 45graus)
4. As ancas e os joelhos ficam estendidos, com
cocha(s) e tíbia(s) apoiados em almofadas;

5. Os pés e dedos dos pés ficam apoiados noutra


almofada;

6. Os braços poderão estar fletidos acima da


cabeça ou estendidos ao longo do corpo em
posição neutral (adota-se a mais conveniente
e/ou mais confortável);
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Em relação à superfície para a qual a pessoa


se transfere

Deve ser fixa, firme, para dar um bom apoio

À mesma altura do assento da cadeira de


Conjunto de técnicas organizadas, que visam a rodas
deslocação da pessoa de uma superfície para
Diversidade de Superfícies
outra.
Da cama para a cadeira (Vice-versa)
OBJETIVOS
Da cama para a maca (Vice-versa)
• Prevenir complicações músculo-
esqueléticas Em relação à cadeira de rodas

• Permitir a realização de atividades Deve estar travada


• Facilitar o relacionamento com os
Pedais devem estar elevados
outros e com o meio ambiente
• Promover a independência da pessoa Deve ser posicionada de forma a que o lado

PRINCIPIOS “São” da pessoa fique o mais próximo possível


da superfície para a qual irá transferir-se
Em relação à pessoa

 Mover-se em direção ao lado não


comprometido

 Mover-se em direção à beira da superfície em


que estiver sentado, antes de se transportar

 Fazer uso de qualquer função que lhe reste

Em relação ao Enfermeiro

Explicar o processo à pessoa

Colocar-se onde possa proteger a pessoa de


uma queda

Incentivar a pessoa a utilizar funções que lhe


restem
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Transferência Cama-Cadeira
SEM AJUDA
Antes de iniciar a Transferência:

Posicionar a cadeira de Rodas

Travar a cadeira de Rodas levantar os pedais


e tirá-los

Colocar os apoios de braços Virados para a


frente

COM AJUDA PARCIAL


Antes de iniciar a Transferência:

Posicionar a cadeira de Rodas

Travar a cadeira de Rodas levantar os pedais


e tirá-los

Colocar os apoios de braços Virados para a


frente
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COM AJUDA TOTAL Corrigir posicionamento na cadeira


Antes de iniciar a Transferência:

Posicionar a cadeira de Rodas

Travar a cadeira de Rodas levantar os pedais


e tirá-los

Colocar os apoios de braços Virados para a


frente

Transferência Cama-Maca (e Vice-versa)


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