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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA I
Unidades de
observação
Comportamento contínuo
Descrição da maior parte de eventos que ocorrem em contexto natural em unidades
de tempo amplas;
Não se realiza uma especificação prévia sobre os comportamentos/ atributos a
observar;
Observa-se em tempo real e de forma contínua sem que a duração da sessão seja
previamente estabelecida;
As descrições realizam-se sobre aspetos verbais, não-verbais e/ou espaciais do
comportamento, podendo ser acompanhadas por impressões do observador sobre a
observação.
Atributos
Quando, a partir de um comportamento manifesto, são inferidos determinados
atributos;
P. ex.: se uma pessoa tem as mãos a tremer e sai de uma sala (comportamentos
observáveis), pode inferir-se que se sente nervosa e evita a situação (inferência),
indicando ansiedade (atributo);
O comportamento manifesto não tem valor por si mesmo mas corresponde à
expressão de um determinado atributo intrapsíquico;
A observação pode ser não estruturada pois os comportamentos podem ser
codificados à posteriori (inferência entre comportamentos e atributos).
Comportamento manifesto
Observação do comportamento manifesto (motor, verbal e fisiológico) distribuído por
categorias/classes mais simples;
Cada comportamento pode ser descrito numa série de aspetos de maior ou menor
especificidade:
Contínuo
Molaridade Molecularidade
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Propriedades das
unidades de observação
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Contínuo
Observação Observação Não
Estruturada Estruturada
Técnicas de
Registo
Registos narrativos
Apresentam um formato flexível (registo de muitas descrições);
Não existe uma estruturação prévia que dirija/articule a recolha de dados;
O observador limita-se a tomar nota escrita ou oral do que está a ocorrer na situação
observada;
É fundamental que os técnicos possam ser treinados a utilizar a mesma linguagem
descritiva (de modo a diminuir a variabilidade da descrição da observação);
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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA I
Catálogos de comportamentos
Contêm uma série bem especificada de comportamentos enquadrada, ou não, em
categorias;
Os mais frequentes são:
Registos de comportamento: os comportamentos a observar são previamente
definidos com base nas informações recolhidas na entrevista; geralmente são
construídos para estudos de caso, logo são ajustáveis à situação;
Matrizes de interação: faz-se a observação da relação entre comportamento e
contexto (o que antecede à resposta e quais as consequências); p.ex. Analisar as
interações de um casal para perceber o que corre bem.
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System for observing Family Therapy Alliance (SOFTA-o; Friedlander, Escudero &
Heatherington, 2006);
Implica sempre a consulta de um manual (onde está a identificação dos códigos e a
forma como eles devem ser registados).
Registo de produtos de comportamento
Observa-se a realização de uma determinada tarefa (em contexto laboratorial ou
natural) e o observador deve pontuar as execuções do sujeito de acordo com
dimensões de resposta previamente definidas (tempo, erros, duração, ...);
Este registo pode acompanhar outras situações de teste, p.ex., aplicação da WISC.
Recolha mediante dispositivos mecânicos
Com o objetivo de tornar o método de observação mais rigoroso, foram elaborados
dispositivos automáticos de registo;
Permitem isolar alguns enviesamentos introduzidos pelo observador;
Podem ser de 3 tipos:
Registos técnicos: registo computorizado de categorias previamente definidas
(e.g., ocorrência, duração, frequência, sequência, ...) (ex.: e-SOFTA);
Dispositivos de registo à distância ou ocultos: permite o registo de indicadores
fisiológicos e de alguns comportamentos motores (e.g., utilização de espelho
unidirecional, gravação audiovisual);
Observação mediante dispositivos: situações em que as observações são
realizadas quase inteiramente por um dispositivo (elétrico/eletrónico).
Em resumo, para escolher uma técnica de registo importa ter em conta:
A complexidade e especificidade do problema sob análise; quanto mais complexa a
unidade de observação, menor deve ser a estruturação da observação numa fase
inicial;
Se o objeto de observação for bem definido e os eventos forem escassos, é
aconselhável recorrer a catálogos de conduta construídos para o efeito;
Se o problema for definido como sendo relacional, deve optar-se pelas matrizes de
interação;
Os dispositivos automáticos devem ser utilizados sempre que seja possível;
Numa primeira abordagem ao caso, devem ser utilizadas as escalas de apreciação.
QUANDO E QUEM OBSERVAR? (amostragem)
Para obter amostras significativas e representativas do comportamento, há que considerar
o fator tempo;
É importante que o observador se questione sobre:
Quanto tempo terá a observação? (1 dia? 1 semana? 1 mês?)
Com que frequência se fará a observação? (15 min/dia? 1 hora?)
Em que momentos se irá iniciar e terminar a observação? (Das 10h às 10h30?)
Irão utilizar-se intervalos de tempo para a observação? (o tempo de observação
será composto por vários momentos?)
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