Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução........................................................................................................................................0
I. Aprendizagem..............................................................................................................................2
1.1. Definição...................................................................................................................................2
II. Atenção.......................................................................................................................................3
2.1. Definição...................................................................................................................................3
2.4.Tipos de atenção........................................................................................................................5
IV. Conclusão..................................................................................................................................8
Referências bibliográficas...............................................................................................................9
0
Introdução
Pensar no processo de aprendizagem, significa considerar uma variedade de aspectos que se
correlacionam, os processos cognitivos reflectem especial importância nesse processo. O meio
social bombardeia uma vasta gama de estímulos, que precisam ser interpretados para a
consequente aprendizagem, com vista a adaptar o indivíduo ao meio em que se encontra. Dos
vários estímulos apresentados ao sujeito pelo meio, há necessidade de se seleccionar os factos
que interessam ao indivíduo, pois caso contrário não haverá como captar os mesmos. A esse
processo de selecção de estímulos para posterior interpretação e aprendizagem, chamamos,
“atenção”. Tema este inerente a cadeira de Psicologia da Aprendizagem, por estar inteiramente
ligada ao processo de aprendizagem. Por esse motivo abordar-se-á acerca da relação entre a
atenção e a aprendizagem. Tendo como objectivos:
Objectivo Geral:
Objectivos específicos:
Metodologia
Para a elaboração desse trabalho, o grupo baseou-se na revisão literária como método de
investigação. Em termos de estrutura após a introdução é representado o desenvolvimento,
conclusão e referências bibliográficas.
1
I. Aprendizagem
1.1. Definição
Aprendizagem é qualquer mudança relativamente permanente no comportamento, e que resulta
da experiência ou prática (Morgan 1977, p.90 citado por Campos, 2003).
Condições biológicas
2
Condições ambientais
Referem-se a ventilação, iluminação, temperatura, etc. que vão influenciar a fadiga. A fadiga tem
como principal efeito a indisposição para manter a actividade intelectual.
Condições psicológicas
II. Atenção
2.1. Definição
Atenção é a capacidade de seleccionar e manter o controle sobre a entrada de informações
necessárias num dado momento (Luria, 1979).
- Capacidade dos sujeitos para estar atentos a um campo de estimulação, por um período de
tempo prolongado;
3
2.3. Factores da Atenção
Segundo Alípio & Vale (S/d, p.84), a atenção é determinada por factores internos (inerentes ao
indivíduo) e externos (alheios a este).
Capacidade no processamento da informação: os nossos órgãos sensoriais são por vezes sem
conta, bombardeados por estímulos de diversa natureza que se encontram em nossa volta e
depois são processados. Por algumas razões biológicas ou outras, pode acontecer que o cérebro
esteja impedido de processar estas informações fazendo-o de uma forma mais lenta.
Quantidade de informações: se por exemplo numa aula de 1 hora, planeia-se transmitir muitas
informações, isso poderá criar dificuldades aos alunos de processar essas informações.
Stress social: os problemas sociais, familiares, profissionais etc. Criam também perturbações da
atenção, na medida em que o indivíduo stressado devido aos problemas de vária índole, tem
grade probabilidade de não conseguir se concentrar com facilidade.
4
Complexidade dos estímulos: em geral nós temos a facilidade de prestar atenção a certos
estímulos, por nos despertarem interesse ou então nos chamarem mais atenção. Aspectos como:
Tamanho: gordo, magro, alto, baixa; Posição: como a árvore cresce, levantar enquanto os outros
sentam; Movimento: estar a caminhar; Contraste: aparecer com uma cor amarela em um grupo de
branco; Significado: relevância que damos a pessoa que nos estimula; Originalidade: ver algo
pela primeira vez; e Intensidade: luz gritante, forma (contornos), podem atrair facilmente a
atenção de um objecto.
2.4.Tipos de atenção
Segundo Saraiva (S/d), a atenção pode ser considerada em duas modalidades: em relação ao
sujeito e em relação ao objecto:
a) Em relação ao sujeito
Atenção voluntária, selectiva ou focalizada: refere-se ao caso em que o sujeito tem a liberdade
na determinação do foco da sua atenção, ele processa, apenas, uma parte de toda a informação e
responde apenas às exigências ambientais que são realmente úteis para si.
Atenção involuntária/ passiva: Refere-se aos casos em que a pessoa não escolhe a direcção de
sua atenção ou não determina o foco da sua atenção (Saraiva, s/d).
b) Em relação ao objecto
Atenção expectante: atenção dirigida a um objecto ainda não presente, mas antecipado pela
imaginação ou pelo pensamento.
5
III. Relação entre a aprendizagem e a atenção
O processo pessoal é necessário para a selecção ou captação de um estímulo, pois muita das
vezes a selecção de um determinado estímulo envolve a entrega/a atenção/ o foco/ interesse do
sujeito a um dado estímulo, pois caso este não esteja interessado não prestará atenção, e
consequentemente não irá aprender. Justificando assim o processo pessoal da aprendizagem, que
diz, que ninguém aprende pelo outro. Ou seja, a aprendizagem não é geneticamente
transmissível, mas envolve esforço, interesse e atenção do indivíduo.
6
É necessário de partida entender, que o indivíduo necessita do conhecimento sobre diversos
aspectos para que possa se desenvolver e sobreviver. No seu meio social o indivíduo é
constantemente bombardeado por estímulos provenientes do mesmo, e estes devem ser
processados para que constituam um aprendizado.
A atenção responsável pela identificação primária das informações, é também um dos requisitos
ou competências básicas da aprendizagem mais importantes, pois é necessária para que um
estímulo seja percebido, elaborado e transforme-se em resposta, que deve em seguida ser
avaliada. Logo, constata-se que, a aprendizagem depende da atenção. Pois, a aprendizagem
requer a selecção de informações que podem estar contidas no meio ambiente ou fornecidas por
um ser mais experiente e a atenção é responsável pela selecção dessas informações. Quanto mais
focado o indivíduo estiver no processo de conhecimento de um determinado objecto ou
realização de uma nova actividade, maior será a chance de aprender.
Numa abordagem mais neuropsicológica também podemos estabelecer essa relação. A atenção a
um determinado pormenor, excita os nossos sentidos, provocando a activação das respectivas
estruturas neuronais que são componentes para o processamento desse pormenor. Um exemplo:
quem presta atenção as cores das coisas, activa o local no córtex cerebral competente para o
processamento das cores, se pelo contrário, prestarmos atenção numa dada matéria, activa-se um
local que está preparado para a interpretação da mesma. A atenção selectiva causa um aumento
nas zonas cerebrais que processam a informação observada, ou seja a direcção na qual se dirige a
atenção, activa-se mais fortemente (Spitzer, 2007).
7
IV. Conclusão
Findo trabalho, conclui-se que, por ser um processo, a aprendizagem abarca uma série de
condições para que ocorra devidamente. Isto é, a aprendizagem envolve o uso e o
desenvolvimento de todos poderes, capacidades, e potencialidades do homem, tanto físicas,
quanto mentais e afectivas.
O indivíduo aprende através do meio, que o apresenta estímulos, dentre as quais é necessário que
se capte os estímulos necessários para haja a consequente aprendizagem, e isso é possível por
meio da atenção dada a esses estímulos. A atenção envolve a selecção do que se irá aprender, e
daí, nota-se a dependência que a aprendizagem tem da atenção. Porém, não se pode dizer o
mesmo da atenção, pois a atenção a um objecto não requer necessariamente a aprendizagem do
mesmo, porém para que um estímulo seja facilmente captado pela atenção requer a experiência
sensorial ou o conhecimento que o indivíduo tem do mesmo estímulo.
O tipo de atenção apropriada para a aprendizagem é a atenção selectiva, visto que essa implica, a
atenção inteira e completa para a compreensão de um estímulo, possibilitando assim a fácil
compreensão do mesmo. É de se referir também que a tomada da atenção para a aprendizagem é
um processo pessoal que exige a actividade e interesse do indivíduo.
8
Referências bibliográficas
Abrunhosa, M. & Leitão, M. (Outubro de 80). Introdução a Psicologia. 3ed. Edição
USA;
Alípio, J. & Vale, M. (s/d). Psicologia Geral. Universidade Pedagógica - Ensino a
distância. Rua Comandante Augusto Cardoso: Edição Anilda Ibrahimo Khan;
Campos, D. (2003). Psicologia da aprendizagem. 33ed. Petrópolis: Editora vozes;
Chaplin, J. (1981). Dicionário de Psicologia. Lisboa: Publicação Dom Quixote;
Luria, A. (1979). Curso de Psicologia Geral. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira;
Oliveira, G. (2010). Processos cognitivos básicos implicados nas dificuldades de
aprendizagem específica. Porto: UFP;
Santos, T. (1963). Noções da Psicologia da apresentação. São Paulo: Editora nacional;
Saraiva, A (S/d). Psicologia. 7ed. Porto: Educação Nacional;
Spitzer, M. (2007). Aprendizagem: Neurociências e a escola da vida. Lisboa: Climepsi
Editores.