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Índice

Introdução........................................................................................................................................0

I. Aprendizagem..............................................................................................................................2

1.1. Definição...................................................................................................................................2

1.2. Factores que influenciam na aprendizagem..............................................................................2

1.3. Condições da aprendizagem.....................................................................................................2

II. Atenção.......................................................................................................................................3

2.1. Definição...................................................................................................................................3

2.2. Funções Desempenhadas pela Atenção....................................................................................3

2.3. Factores da Atenção..................................................................................................................4

2.3.1. Factores internos....................................................................................................................4

2.3.2. Factores externos...................................................................................................................4

2.4.Tipos de atenção........................................................................................................................5

III. Relação entre a aprendizagem e a atenção.................................................................................6

3.1. Aspectos necessários da atenção para aprendizagem...............................................................6

3.2. Atenção e o processo global & pessoal da aprendizagem........................................................6

3.3. Relação entre a atenção e o processo de aprendizagem............................................................6

3.4. Aprendizagem e falta de atenção..............................................................................................7

IV. Conclusão..................................................................................................................................8

Referências bibliográficas...............................................................................................................9

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Introdução
Pensar no processo de aprendizagem, significa considerar uma variedade de aspectos que se
correlacionam, os processos cognitivos reflectem especial importância nesse processo. O meio
social bombardeia uma vasta gama de estímulos, que precisam ser interpretados para a
consequente aprendizagem, com vista a adaptar o indivíduo ao meio em que se encontra. Dos
vários estímulos apresentados ao sujeito pelo meio, há necessidade de se seleccionar os factos
que interessam ao indivíduo, pois caso contrário não haverá como captar os mesmos. A esse
processo de selecção de estímulos para posterior interpretação e aprendizagem, chamamos,
“atenção”. Tema este inerente a cadeira de Psicologia da Aprendizagem, por estar inteiramente
ligada ao processo de aprendizagem. Por esse motivo abordar-se-á acerca da relação entre a
atenção e a aprendizagem. Tendo como objectivos:

Objectivo Geral:

 Abordar acerca da relação entre a Atenção e Aprendizagem.

Objectivos específicos:

 Definir o conceito de atenção e Aprendizagem;


 Descrever as condições necessárias para a aprendizagem;
 Indicar as funções da atenção;
 Descrever os factores da atenção;
 Identificar os tipos de atenção;
 Estabelecer a relação entre a atenção e Aprendizagem.

Metodologia

Para a elaboração desse trabalho, o grupo baseou-se na revisão literária como método de
investigação. Em termos de estrutura após a introdução é representado o desenvolvimento,
conclusão e referências bibliográficas.

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I. Aprendizagem

1.1. Definição
Aprendizagem é qualquer mudança relativamente permanente no comportamento, e que resulta
da experiência ou prática (Morgan 1977, p.90 citado por Campos, 2003).

Aprendizagem é a construção pessoal, fruto de um processo, da experiência interior a pessoa e


que se produz uma modificação de comportamento relativamente estável (Travares & Alarcão,
1990. pg.86).

Aprendizagem é a aquisição de uma nova conduta, ou o fortalecimento ou enfraquecimento de


uma conduta antiga, como resultante da experiência (Abrunhosa & Leitão Anos 80).

Ou seja, aprendizagem é o processo de aquisição e modificação do comportamento, resultante de


experiências adquiridas e armazenadas de uma forma relativamente permanente, sem o consumo
de psico-activos ou situações acidentais.

1.2. Factores que influenciam na aprendizagem


O processo de aprendizagem pode ser influenciado positiva e negativamente:

Positivamente: através do interesse, motivação, estabilidade, e perspectivas de êxito.

Negativamente: através do desinteresse, desmotivação, desânimo e instabilidade.

1.3. Condições da aprendizagem


A aprendizagem depende de inúmeras condições que actuam de forma interactiva entre elas.
Estas podem ser agrupadas em: Condições biológicas, ambientais e psicológicas.

 Condições biológicas

Referem-se a condições de maturidade, ou seja, prontidão do organismo para aprendizagem, em


que o organismo deve estar preparado para executar uma determinada actividade. É o processo
de maturação que determina a prontidão para a aprendizagem.

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 Condições ambientais

Referem-se a ventilação, iluminação, temperatura, etc. que vão influenciar a fadiga. A fadiga tem
como principal efeito a indisposição para manter a actividade intelectual.

 Condições psicológicas

Referem-se a emotividade, inteligência, estado de ânimo, interesse, e a atenção.

II. Atenção

2.1. Definição
Atenção é a capacidade de seleccionar e manter o controle sobre a entrada de informações
necessárias num dado momento (Luria, 1979).

Atenção é um estado de concentração da actividade consciente, sobre determinado objecto. Ou


seja, é a capacidade de escolher, seleccionar os factos que o interessam, aplicando-se aos
mesmos com maior ou menor intensidade (Santos, 1963).

Atenção é o processo de responder preferencialmente a um estímulo ou a uma variedade de


estímulos (Claplin, 1981).

Ou seja, atenção é a concentração da consciência a um objecto definido e ao mesmo tempo


abstracção de outros objectos.

Essência: A essência da atenção é constituída pela consciência, focalização, e concentração.

2.2. Funções Desempenhadas pela Atenção


- Identificação primária das informações;

-Identificação de eventos e objectos importantes no ambiente e selecção da percepção;

- Capacidade dos sujeitos para estar atentos a um campo de estimulação, por um período de
tempo prolongado;

- Capacidade de acompanhar um determinado estímulo enquanto se ignora outros.

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2.3. Factores da Atenção
Segundo Alípio & Vale (S/d, p.84), a atenção é determinada por factores internos (inerentes ao
indivíduo) e externos (alheios a este).

2.3.1. Factores internos


Nos factores internos da atenção encontramos: o sistema sensorial, a capacidade de processar as
informações e as características da personalidade.

Sistema sensorial: o sistema sensorial desempenha um papel essencial na apreensão dos


estímulos. A atenção seria influenciada, portanto, pela experiência do indivíduo, na percepção de
um novo objecto na sala de aulas, certamente que vai se reparar que alguns alunos serão mais
lentos a captar os estímulos deste, enquanto outros farão com muita rapidez, devido ao contacto
prévio que tiveram com o objecto. Isto significa que, a experiência sensorial ou o contacto que se
teve como objecto irá acelerar a captação rápida ou não do estímulo.

Capacidade no processamento da informação: os nossos órgãos sensoriais são por vezes sem
conta, bombardeados por estímulos de diversa natureza que se encontram em nossa volta e
depois são processados. Por algumas razões biológicas ou outras, pode acontecer que o cérebro
esteja impedido de processar estas informações fazendo-o de uma forma mais lenta.

Características da personalidade do indivíduo: Indivíduos introvertidos conseguem aguentar


por mais tempo em tarefas prolongadas que os indivíduos extrovertidos.

2.3.2. Factores externos


Nos factores externos da atenção encontramos: quantidade de informações, stress social e
complexidade dos estímulos.

Quantidade de informações: se por exemplo numa aula de 1 hora, planeia-se transmitir muitas
informações, isso poderá criar dificuldades aos alunos de processar essas informações.

Stress social: os problemas sociais, familiares, profissionais etc. Criam também perturbações da
atenção, na medida em que o indivíduo stressado devido aos problemas de vária índole, tem
grade probabilidade de não conseguir se concentrar com facilidade.

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Complexidade dos estímulos: em geral nós temos a facilidade de prestar atenção a certos
estímulos, por nos despertarem interesse ou então nos chamarem mais atenção. Aspectos como:
Tamanho: gordo, magro, alto, baixa; Posição: como a árvore cresce, levantar enquanto os outros
sentam; Movimento: estar a caminhar; Contraste: aparecer com uma cor amarela em um grupo de
branco; Significado: relevância que damos a pessoa que nos estimula; Originalidade: ver algo
pela primeira vez; e Intensidade: luz gritante, forma (contornos), podem atrair facilmente a
atenção de um objecto.

2.4.Tipos de atenção
Segundo Saraiva (S/d), a atenção pode ser considerada em duas modalidades: em relação ao
sujeito e em relação ao objecto:

a) Em relação ao sujeito

Atenção voluntária, selectiva ou focalizada: refere-se ao caso em que o sujeito tem a liberdade
na determinação do foco da sua atenção, ele processa, apenas, uma parte de toda a informação e
responde apenas às exigências ambientais que são realmente úteis para si.

Atenção dividida: É a capacidade para prestar atenção a mais de um estímulo, em simultâneo,


mudar a atenção entre tarefas ou processar informação e conservar, em simultâneo (Oliveira,
2010).

Atenção involuntária/ passiva: Refere-se aos casos em que a pessoa não escolhe a direcção de
sua atenção ou não determina o foco da sua atenção (Saraiva, s/d).

b) Em relação ao objecto

Atenção motora: a consciência está concentrada na execução de uma actividade física e


muscular pré-programada.

Atenção expectante: atenção dirigida a um objecto ainda não presente, mas antecipado pela
imaginação ou pelo pensamento.

Atenção intelectual: representa o acto de reflexão e de actividade racional dirigido na resolução


de qualquer problema consciente ou definido.

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III. Relação entre a aprendizagem e a atenção

3.1. Aspectos necessários da atenção para aprendizagem


 O acto de perceber requer selectividade da atenção;
 Quanto maior for a complexidade da matéria/ actividade a ser aprendida, maior será a
intensidade da atenção exigida;
 A capacidade de atenção para a aquisição de certa matéria/comportamento, depende dos
recursos que estão sendo requeridos para tal. Se você deseja praticar duas tarefas ao
mesmo tempo, deverá praticar uma delas até que se torne relativamente automática e
requeira pouca atenção. O que é difícil quando se trata de aprendizagem, principalmente
as novas aprendizagens;
 O interesse condiciona uma boa qualidade de atenção, para a aprendizagem, pois a
atenção selecciona a percepção/o que perceber.

3.2. Atenção e o processo global & pessoal da aprendizagem


Sem dúvida, a visão de que a aprendizagem é um processo global não é refutável. Visto que, o
processo de aprendizagem, inclui vários aspectos: psicomotores, afectivos e cognitivos. São nos
processos cognitivos que encontra-se a atenção, pois o processo de aprendizagem inclui atenção
no estímulo a ser aprendido.

O processo pessoal é necessário para a selecção ou captação de um estímulo, pois muita das
vezes a selecção de um determinado estímulo envolve a entrega/a atenção/ o foco/ interesse do
sujeito a um dado estímulo, pois caso este não esteja interessado não prestará atenção, e
consequentemente não irá aprender. Justificando assim o processo pessoal da aprendizagem, que
diz, que ninguém aprende pelo outro. Ou seja, a aprendizagem não é geneticamente
transmissível, mas envolve esforço, interesse e atenção do indivíduo.

3.3. Relação entre a atenção e o processo de aprendizagem


Uma relação bastante simples que podemos entender de uma forma intuitiva, é que: “quem está
atento, entende melhor”, a visão real da relação atenção e aprendizagem, não foge muito da
afirmação supracitada. Mas, vamos agora a explicação mais científica do assunto.

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É necessário de partida entender, que o indivíduo necessita do conhecimento sobre diversos
aspectos para que possa se desenvolver e sobreviver. No seu meio social o indivíduo é
constantemente bombardeado por estímulos provenientes do mesmo, e estes devem ser
processados para que constituam um aprendizado.

A atenção responsável pela identificação primária das informações, é também um dos requisitos
ou competências básicas da aprendizagem mais importantes, pois é necessária para que um
estímulo seja percebido, elaborado e transforme-se em resposta, que deve em seguida ser
avaliada. Logo, constata-se que, a aprendizagem depende da atenção. Pois, a aprendizagem
requer a selecção de informações que podem estar contidas no meio ambiente ou fornecidas por
um ser mais experiente e a atenção é responsável pela selecção dessas informações. Quanto mais
focado o indivíduo estiver no processo de conhecimento de um determinado objecto ou
realização de uma nova actividade, maior será a chance de aprender.

Numa abordagem mais neuropsicológica também podemos estabelecer essa relação. A atenção a
um determinado pormenor, excita os nossos sentidos, provocando a activação das respectivas
estruturas neuronais que são componentes para o processamento desse pormenor. Um exemplo:
quem presta atenção as cores das coisas, activa o local no córtex cerebral competente para o
processamento das cores, se pelo contrário, prestarmos atenção numa dada matéria, activa-se um
local que está preparado para a interpretação da mesma. A atenção selectiva causa um aumento
nas zonas cerebrais que processam a informação observada, ou seja a direcção na qual se dirige a
atenção, activa-se mais fortemente (Spitzer, 2007).

3.4. Aprendizagem e falta de atenção


As aprendizagens formais, transmitidas pela escola, para que sejam processadas, dependem da
integração entre: pensar, sentir, falar, ouvir e agir. Para crianças que manifestam nível
inadequado de atenção no contexto escolar, essa integração é particularmente difícil. O atraso na
aquisição da atenção selectiva ocasiona dificuldades na memorização e organização do
conhecimento. Existem certas perturbações da atenção que constituem um problema na
aprendizagem, por exemplo, o transtorno da défice de atenção hiperactiva (TDAH) é uma
desordem psiquiátrica comum na infância e persiste na idade adulta, caracterizada por um padrão
persistente de desatenção ou hiperactividade.

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IV. Conclusão
Findo trabalho, conclui-se que, por ser um processo, a aprendizagem abarca uma série de
condições para que ocorra devidamente. Isto é, a aprendizagem envolve o uso e o
desenvolvimento de todos poderes, capacidades, e potencialidades do homem, tanto físicas,
quanto mentais e afectivas.

O indivíduo aprende através do meio, que o apresenta estímulos, dentre as quais é necessário que
se capte os estímulos necessários para haja a consequente aprendizagem, e isso é possível por
meio da atenção dada a esses estímulos. A atenção envolve a selecção do que se irá aprender, e
daí, nota-se a dependência que a aprendizagem tem da atenção. Porém, não se pode dizer o
mesmo da atenção, pois a atenção a um objecto não requer necessariamente a aprendizagem do
mesmo, porém para que um estímulo seja facilmente captado pela atenção requer a experiência
sensorial ou o conhecimento que o indivíduo tem do mesmo estímulo.

O tipo de atenção apropriada para a aprendizagem é a atenção selectiva, visto que essa implica, a
atenção inteira e completa para a compreensão de um estímulo, possibilitando assim a fácil
compreensão do mesmo. É de se referir também que a tomada da atenção para a aprendizagem é
um processo pessoal que exige a actividade e interesse do indivíduo.

Problemas relativos a atenção, podem contribuir para um baixo rendimento académico ou


intelectual e para melhor estimulação da aprendizagem os professores podem trabalhar muito na
área relativa a tomada de atenção, tornando as tarefas mais atractivas, de modo a induzir o
estudante a prestar atenção.

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Referências bibliográficas
 Abrunhosa, M. & Leitão, M. (Outubro de 80). Introdução a Psicologia. 3ed. Edição
USA;
 Alípio, J. & Vale, M. (s/d). Psicologia Geral. Universidade Pedagógica - Ensino a
distância. Rua Comandante Augusto Cardoso: Edição Anilda Ibrahimo Khan;
 Campos, D. (2003). Psicologia da aprendizagem. 33ed. Petrópolis: Editora vozes;
 Chaplin, J. (1981). Dicionário de Psicologia. Lisboa: Publicação Dom Quixote;
 Luria, A. (1979). Curso de Psicologia Geral. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira;
 Oliveira, G. (2010). Processos cognitivos básicos implicados nas dificuldades de
aprendizagem específica. Porto: UFP;
 Santos, T. (1963). Noções da Psicologia da apresentação. São Paulo: Editora nacional;
 Saraiva, A (S/d). Psicologia. 7ed. Porto: Educação Nacional;
 Spitzer, M. (2007). Aprendizagem: Neurociências e a escola da vida. Lisboa: Climepsi
Editores.

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