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Mudança_
Um guia orientador
para promover
uma alimentação
mais saudável
e sustentável
em espaços de
refeição coletiva
ficha técnica
Projeto SUSTAINMEALS
Instituto de Ciências Sociais da Universidade
de Lisboa
Iscte - Instituto Universitário de Lisboa
João Graça
Mónica Truninger
Cristina Godinho
Markus Vinnari
Lúcia Campos
David Guedes
Lisa Roque
Contacto
joao.graca@ics.ulisboa.pt
Design
Cristina Lamego
ISBN
978-989-33-3708-0
5 Introdução
Para que serve este Toolkit?
A quem se destina este Toolkit?
Como utilizar este Toolkit?
Organização do toolkit
11 Atividades de Intervenção
11 Contexto físico e material
1.1. Quantidades e porções
1.2. Estratégias de preço
1.3. Packs promocionais
1.4. Etiquetagem e informação adicional (i.e., labeling)
1.5. Posicionamento de produtos
1.6. Disponibilidade
1.7. Lembretes e pistas
1.8. Aspeto visual e atratividade
1.9. Perfil nutricional e sensorial
1.10. Sugestão de alternativas por defeito
1.11. Testes de sabor
1.12. Criar condições para o comportamento
1.13. Infraestruturas e recursos materiais
21 Intervenções comportamentais
2.1. Automonitorização
2.2. Feedback sobre o comportamento
2.3. Incentivos
2.4. Recompensas
2.5. Gamificação
26 Contexto social
3.1. Reestruturação de normas sociais
3.2. Modelagem
3.3. Envolvimento
3.4. Participação ativa
3.5. Benchmarking
30 Educação e formação
4.1. Conhecimento
4.2. Competências
4.3. Mentoria e consultoria
4.4. Disponibilização de informação
62 Recursos adicionais
64 Referências bibliográficas
4 Guia orientador
Introdução
Para que serve este
Toolkit?
E
ste conjunto de ferramentas, do inglês “toolkit”, tem como principal obje-
tivo orientar transições para um consumo alimentar mais saudável e sus-
tentável em espaços de refeição coletiva.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2020) uma ali-
mentação saudável é aquela que contribui para a manutenção ou melhoria
da saúde geral dos indivíduos, ao proporcionar ao organismo a nutrição essencial
em termos de macronutrientes, micronutrientes, fluídos e a percentagem adequada
Uma alimentação mais sustentável promove uma melhor utilização dos recursos
naturais e menos impactos negativos para o ambiente (p. ex., poluição, escassez
de água, aquecimento global). Uma dieta saudável e sustentável, caracterizada
pelo reduzido impacto ambiental, inclui uma variedade de alimentos, privilegiando
o consumo de alimentos de base vegetal (p. ex., frutas, vegetais, cereais integrais,
fontes de proteína vegetal, como o grão, lentilhas ou feijão), oriundos, preferencial-
mente, de produção local (Willett et al., 2019).
6 Guia orientador
Figura 1. “Prato de saúde planetária” com as proporções ideais de cada tipo de ali-
mento. As proporções apresentadas neste prato são as mesmas para uma dieta sus-
tentável.
Figura recortada do Relatório Sumário da Comissão EAT-Lancet.
7 Menu para a mudança
Tabela 1. Dieta sustentável ideal: apresenta, para cada alimento, um intervalo possível
de consumo de macronutrientes por dia ou o valor ideal de consumo de calorias assu-
mindo uma dieta de 2500 kcal/dia.
Tabela recortada do Relatório Sumário da Comissão EAT-Lancet.
U
ma das formas potencialmente eficazes de promover a mudança com-
portamental, nomeadamente a transição para práticas alimentares mais
saudáveis e sustentáveis, consiste na implementação de atividades de
intervenção que introduzem mudanças subtis na apresentação de esco-
lhas e no ambiente onde os indivíduos tomam decisões, mais ou menos
racionais ou automáticas. Estas alterações podem incidir tanto na forma como a
informação é apresentada, como nos contextos sociais e/ou físicos, com o objetivo
do custo pode também ser uma estratégia útil para desincentivar a escolha de pro-
dutos menos saudáveis ou sustentáveis (p. ex., refrigerantes ou snacks com alto
teor de açúcar) e combater possíveis efeitos negativos que as reduções de preço
possam ter nas receitas do estabelecimento. A investigação na área refere também
que estes aumentos ou descontos devem estar visualmente salientes, assumindo
uma posição de destaque para o cliente.
Uma dieta saudável e sustentável deve ser equilibrada e variada. Por esse motivo,
é frequente que os objetivos de intervenção passem por promover mais que uma
categoria de alimentos e em conjugações adequadas. Um exemplo possível é o
incentivo do consumo de legumes e fruta à refeição. Nesse caso, poderá ser cons-
tituído um menu promocional, em que uma sopa e uma peça de fruta são disponi-
bilizados em conjunto a um preço reduzido. Para tornar mais conveniente a escolha
de pacotes promocionais, é frequente que os produtos sejam apresentados em
conjunto, por exemplo, disponibilizando conjuntamente um snack saudável e uma
garrafa de água ou um sumo saudável. Esta estratégia tem duas vantagens para o
consumidor. Por um lado, simplifica o processo de tomada de decisão, ao sugerir
combinações pré-definidas de alimentos. Por outro lado, disponibiliza uma escolha
equilibrada com um preço competitivo face a opções menos benéficas.
Uma equipa de investigação nos EUA testou os efeitos de pequenas manipulações na aces-
sibilidade dos alimentos numa cantina buffet. Verificaram que modificar a disposição dos ali-
mentos dos extremos (mais acessíveis) para o interior (menos acessíveis) da estrutura levou
a uma redução de cerca de 13% no consumo destes alimentos. Também a troca de utensílios
de servir, de colheres para pinças, originou uma redução de 16,5% no consumo. Estas duas
estratégias revelaram-se assim eficazes para diminuir o consumo de produtos menos saudá-
veis e aumentar o consumo de produtos saudáveis (Rozin et al., 2011).
1.6. Disponibilidade
A reestruturação do contexto alimentar pela via da oferta pode ser uma forma direta
e eficaz de modificar as práticas. A este respeito, importa identificar as diferentes
fontes de disponibilização dos produtos consumidos, que podem incluir desde os
espaços de cafetaria a máquinas de venda, negócios na proximidade, ou mesmo
comida trazida de casa. O aumento da disponibilidade pode ser feito simplesmente
pela substituição de produtos anteriormente disponíveis por alternativas mais ade-
quadas (p. ex., aumentar a disponibilidade de produtos de origem vegetal face a
produtos de origem animal) ou pela introdução de novas estruturas que apoiem um
aumento da oferta (p. ex., buffets de salada para aumentar o consumo de vegetais).
Em alguns casos, os alimentos a incentivar podem ser oferecidos de forma promo-
cional (p. ex.., oferta de fruta da época em alturas específicas do ano) ou num formato
Numa experiência conduzida em França, estudou-se como o efeito de “prato do dia” poderia
alterar as escolhas dos consumidores para pratos mais sustentáveis num restaurante. Os
16 Guia orientador
Se a sabedoria popular parece sugerir que “os olhos também comem”, a investiga-
ção tem vindo a confirmá-lo. O aspeto visual parece ser determinante na criação de
expectativas quanto aos alimentos e é particularmente relevante para as crianças e
jovens. A melhoria da atratividade e aspeto visual pode incidir sobre diferentes
componentes:
i) Pré-apresentação dos produtos. Consiste na apresentação atraente dos pro-
dutos num suporte visual. Exemplo: incluir fotografias apelativas dos pratos vege-
tarianos numa ementa.
ii) Atratividade visual do produto. Considerando que alguns alimentos podem
não ser intrinsecamente apelativos, é possível fazer modificações no sentido de
melhorar o seu aspecto visual. Exemplos: acrescentar ervas aromáticas ou diversi-
ficar a guarnição de um prato para o tornar mais colorido e atraente.
iii) Enquadramento do produto. Para além do aspecto intrínseco dos alimentos,
o suporte em que estes são servidos pode fazer a diferença. Exemplos: modificar
a forma ou cor dos pratos onde são servidas as refeições ou disponibilizar fruta
fresca em stands ou taças atraentes.
iv) Descrição dos produtos. A forma como os produtos são descritos pode
influenciar as expetativas sobre as suas características (p.ex., sabor, qualidade). De
acordo com a investigação, nomes atraentes, divertidos ou que apelem ao sabor
são mais eficazes do que descrições básicas ou que enfatizem a natureza saudável de
um prato. Exemplos: Quiche mediterrânica de espinafres, caril cremoso de vegetais.
Um grupo de investigadores nos EUA criou e testou a eficácia de rótulos focados em salientar
o sabor (p. ex., feijão verde suculento) e os benefícios para a saúde (p. ex., feijão verde nutri-
tivo) de vários vegetais. Os investigadores reportaram que os rótulos focados no sabor
aumentaram a seleção de vegetais por 14% comparado com os rótulos originais, e por 29%
comparado com rótulos salientando aspetos relacionados com a saúde, mostrando como
uma mudança simples e de baixo custo na descrição de um alimento pode aumentar o seu
consumo (Turnwald et al., 2019). De forma semelhante, em 2020, investigadores do Reino
Unido testaram a introdução de palavras hedónicas (p. ex., saboroso), sensoriais (p. ex.,
picante) e contextuais (p. ex., almoço de domingo) no nome e descrições de refeições de
base vegetal. Os resultados mostraram que a utilização de palavras hedónicas, sensoriais e
contextuais aumentou a atratividade das refeições (Papies et al., 2020).
No Canadá, em 2011, uma equipa de intervenção procurou melhorar o consumo dos utentes
numa cantina hospitalar. A equipa procurou tornar saliente a informação nutricional de cada
refeição, salientando o seu conteúdo calórico, de sódio, e de gorduras nos menus, comple-
mentando com um logotipo específico para as refeições mais saudáveis. Comparado a uma
cantina que não recebeu a intervenção, os utentes da cantina que recebeu a intervenção
reportaram utilizar a informação nutricional na escolha da refeição, e a equipa verificou que
estes consumiram menos 21% de calorias, menos 23% de sódio, e menos 37% de gorduras
(Vanderlee & Hammond, 2014).
Na Holanda, foi levada a cabo uma experiência com o intuito de testar o poder das opções
18 Guia orientador
Em 2018, foi realizada uma intervenção numa escola norte-americana com o objetivo de
testar algumas estratégias para aumentar a adesão ao pequeno-almoço. Os investigadores
verificaram que adicionar 10 minutos de presença obrigatória na cantina aumentou a adesão
ao pequeno-almoço em 20%. Servir o pequeno-almoço na sala de aula fez a percentagem
aumentar entre 35 a 45% (Larson et al., 2018).
Entre 1998 e 2000, num agrupamento de escolas de Los Angeles (EUA), foi realizada uma
experiência para testar o efeito que a introdução de um bar de saladas teria no consumo de
vegetais e frutas por parte dos alunos de 3 escolas (7-11 anos de idade). A primeira parte da
experiência consistiu em recolher informações relativas ao consumo, nas últimas 24h, de
frutas e vegetais pelos alunos. Dois anos depois, o bar de saladas foi introduzido, servindo
este como uma opção de almoço no menu da cantina. Foram também incluídos ensinamen-
tos aos alunos sobre como se servirem e como escolherem um almoço equilibrado; expuse-
ram-se no espaço de refeição trabalhos artísticos feitos pelos alunos e realizaram-se visitas
de estudo a quintas de agricultores. Após esta fase de intervenção, foram recolhidos nova-
mente os valores de consumo de fruta e vegetais nas últimas 24h. Os resultados indicaram
que houve um acréscimo na média de frutas e vegetais consumidos, de 3 para 4 unidades.
20 Guia orientador
Para mais, os valores de colesterol e gorduras diminuiram, revelando assim o potencial bené-
fico que este tipo de intervenção pode vir a ter (Slusser et al., 2007).
_Intervenções
comportamentais
A secção que se segue descreve um conjunto de atividades
de intervenção centradas na regulação do consumo alimen-
tar de quem frequenta espaços de restauração coletiva.
2.1. Automonitorização
Nos Estados Unidos da América, em 1998, uma equipa de intervenção numa escola de
ensino básico mostrou-se motivada a aumentar o consumo de produtos de origem vegetal
nas crianças. Metade das turmas foram utilizadas como base de comparação e a outra
metade recebeu uma intervenção, em que, ao longo de 9 meses, foram apresentadas em
aula a novos alimentos de origem vegetal. Para além de aprenderem sobre a história e con-
feção dos alimentos, os alunos mantiveram um diário alimentar relativo aos mesmos. Após a
semana da apresentação, o alimento era utilizado pela cantina escolar na confeção do
almoço, sendo os pratos pesados antes e depois do consumo. Comparativamente às turmas
que não receberam intervenção, os alunos mantiveram diários alimentares consumiram-nos
entre três a 20 vezes mais (Demas, 1998).
Uma equipa de intervenção nos Estados Unidos da América procurou melhorar os hábitos de
consumo dos utentes das cantinas no seu hospital de trabalho. A equipa começou por cate-
gorizar as opções alimentares da cantina de acordo com o esquema do semáforo (verde para
produtos saudáveis, amarelo para intermédios, e vermelho para pouco saudáveis) e distribuiu
os utentes da cantina em três grupos: um grupo recebeu uma carta mensal a oferecer fee-
dback sobre as suas compras na cantina (percentagem de escolhas alimentares verdes,
amarelas, ou vermelhas) e informação relativa ao comportamento médio dos outros utentes;
outro grupo recebeu uma carta com o mesmo feedback, com o acréscimo do pequeno
incentivo financeiro; e um terceiro grupo não recebeu nenhuma carta, funcionando como
grupo de controlo. Após três meses, os participantes que receberam feedback sobre as suas
escolhas alimentares aumentaram o consumo de produtos etiquetados como saudáveis em
cerca de 2%, independentemente de terem recebido um incentivo financeiro ou não (Thorn-
dike et al., 2016).
2.3. Incentivos
A motivação para mudar comportamentos pode ter origem em fatores pessoais (i.e.,
motivação intrínseca) ou nas consequências externas que o comportamento pode
trazer (i.e., motivação extrínseca). As motivações intrínsecas – como as preocupa-
ções de saúde ou a consciência ética – são motivações importantes para mudar
práticas alimentares, contudo, há fatores exteriores à pessoa – como a aprovação de
pessoas significativas – que podem ter um peso também relevante na motivação.
Os incentivos pertencem ao grupo de fatores exteriores à pessoa e podem assumir
diferentes tipos. Incluem, por exemplo, incentivos verbais, que consistem em
formas de demonstrar encorajamento a um dado comportamento. Nos contextos
de refeição coletiva, os incentivos podem ser dados por pessoas ligadas ao serviço
de provisão alimentar, tais como staff de serviço ou de cozinha. Estes incentivos
podem tomar a forma de sugestões ou interrogações que incitam a ponderar dife-
rentes opções de escolha. Um exemplo seria sugerir um determinado prato ou
acompanhamento (p. ex., levar uma peça de fruta como sobremesa) ou questionar
se a pessoa pretende explorar uma opção alternativa (p. ex., escolher a opção de
base vegetal). Outras formas de incentivo podem incluir meios financeiros ou mate-
riais, que consistem em anunciar potenciais recompensas futuras, como brindes ou
bonificações, pela seleção das alternativas de escolha desejadas.
Em duas escolas do estado norte-americano do Arizona, em 2017, foi realizada uma expe-
riência para descobrir se a utilização de incentivos ajudaria os alunos a escolherem a melhor
2.4. Recompensas
2.5 Gamificação
Em 2017, uma intervenção feita pela universidade de Stanford testou a utilização de normas
sociais como forma de influenciar o comportamento dos consumidores. O objetivo da expe-
riência foi perceber como a exposição a diferentes normas sociais influenciam a escolha de
refeições sem carne durante um almoço num café. Antes dos consumidores escolherem o
seu almoço, foram apresentados a um de três tipos de textos informativos: um com uma
norma estática, onde era referido que 30% dos americanos limitavam a quantidade de carne
que consumiam; um com uma norma dinâmica, que referia que nos últimos cinco anos 30%
dos americanos tinham começado a diminuir o consumo de carne; e um com uma norma
dinâmica, mas referente a um tema não relacionado com a comida (i.e. redes sociais), ser-
vindo esta de controlo. Após receberem um destes textos, cada consumidor escolheu o seu
almoço. Os resultados da experiência reportaram que 34% dos participantes que receberam
o texto com a norma dinâmica escolheram uma opção sem carne, sendo que os participan-
tes que receberam o texto com a norma estática e com a norma dinâmica não relacionada
escolheram 17% e 21%, respectivamente (Sparkman & Walton, 2017).
3.2. Modelagem
Foi realizada, em duas escolas primárias de Londres, uma intervenção que utilizou a modela-
gem como forma de influenciar o consumo de fruta e vegetais dos alunos. Os investigadores
utilizaram vídeos de personagens heróicas que comem, cantam e falam sobre os vegetais e
frutas, e que lutam contra vilões de comida de plástico. Foram também distribuídas algumas
recompensas relacionadas com estes heróis. Os resultados sugerem a eficácia desta estra-
tégia visto que, ao almoço, a média de consumo de frutas aumentou de 36% para 79% (61%
quatro meses depois) e o consumo de vegetais aumentou de 44% para 66% (59% quatro
meses depois) (Horne et al., 2004).
3.3. Envolvimento
No ano de 2000, nos EUA, foi implementado um programa interventivo (“High 5”) que visava
aumentar o consumo de fruta e vegetais em crianças do 4º ano. Entre algumas das estraté-
gias utilizadas pelo programa, o envolvimento participativo dos pais foi uma delas. Nas várias
escolas abrangidas pelo programa, os pais dos alunos receberam um resumo prévio do
programa, brochuras, listas de compras, boletins informativos e receitas. Foi-lhes também
pedido para incentivar e ajudar as crianças a consumir mais fruta e vegetais e a completar um
livro de trabalhos de casa temáticos. No fim do programa, reportou-se que 95% dos pais
receberam os livros, 43% dos trabalhos de casa foram concluídos, 56% das crianças decla-
raram comer pelos menos 5 peças de fruta ou vegetais nos dias do programa, 81% dos pais
receberam os boletins, 86% receberam as brochuras e as listas de compras foram usadas
53% das vezes. Esta participação ativa dos pais foi indispensável para o consumo acrescido
de fruta e vegetais resultante do programa (Reynolds et al., 2000).
3.5. Benchmarking
Na Austrália, entre 1999 e 2000, um projeto piloto com o objetivo de estimular o consumo de
frutas e vegetais em contexto escolar foi implementado em cerca de 10 escolas voluntárias.
Entre as várias estratégias implementadas, a equipa responsável procurou também estimular
um networking entre cantinas escolares, especialmente com cantinas com resultados positi-
vos na venda de frutas, vegetais, e outros produtos saudáveis. Este networking foi importante
para compreender quais são as práticas com maior probabilidade de sucesso, permitindo às
escolas ultrapassar o período de tentativa-erro e procuraram replicar as estratégias com mais
sucesso de outras cantinas escolares. Este processo de benchmarking potenciou o impacto
do projeto em melhorar as atitudes, conhecimentos, prazer, e consumo dos alunos face a
fruta e vegetais (Newell et al., 2004).
_EDUCAÇão E FORMAÇÃO
A secção que se segue descreve um conjunto de potenciais
atividades de intervenção centradas na introdução de alte-
rações na informação partilhada, com o objectivo de pro-
mover mudança nas práticas alimentares dos indivíduos
que frequentam espaços de refeição coletiva.
4.1. Conhecimento
4.2. Competências
Num conjunto de escolas públicas na Virgínia (EUA), uma equipa de investigação deu forma-
ção a gestores das respectivas cantinas sobre princípios base das ciências comportamentais
e foram incentivados a passar o conhecimento para as suas equipas de funcionários. Alguns
destes princípios incluíam gerir o tamanho das porções das refeições (i.e., porcionado-as
previamente) e aumentar a visibilidade (i.e. colocando em lugar de destaque) e conveniência
(i.e. pré-cortando a fruta e vegetais) de produtos saudáveis. No final da intervenção, os ges-
tores mostraram-se satisfeitos com as formações, confiantes na sua capacidade para fazer
mudanças nas suas cantinas, e reportaram um aumento de criação de intervenções com
base em princípios das ciências comportamentais em 6.47% logo após as formações e em
6.93% um ano mais tarde (Bean et al., 2019).
4.3. Mentoria e consultoria
O
termo implementação refere-se ao processo de colocar uma decisão
ou plano em prática, de forma a melhorar, inovar e tornar mais eficiente
o funcionamento de qualquer espaço ou instituição. Negligenciar o
processo de implementação pode diminuir as probabilidades de
sucesso da transição para a mudança comportamental desejada. Na
ausência de um plano de implementação estruturado e sistematizado que guie o
desenvolvimento e a forma como as atividades de intervenção serão manifestadas
2º Princípio: Ambiente
– Criação de um clima organizacional e de uma liderança promotoras do
processo de implementação
Os quatro P’s
4. Pratique: Aplicação
Para que um plano de intervenção se torne sustentável e escalável ao longo do
tempo, é fundamental refletir sobre a intervenção em si, assim como na sua susten-
tabilidade e generalizabilidade para outros contextos. A fase de praticar (página 53)
consiste não só na aplicação da intervenção e gestão de problemas que possam
ocorrer, mas também na reflexão das i) conclusões a tirar da intervenção, tanto a
um nível de resultados em prol da mudança, como também do ponto de vista
metodológico e de aplicação da estratégia, identificando aspetos positivos a reter
38 Guia orientador
Por favor, leia cada item e registe o número que melhor representa o quanto
concorda ou discorda com cada afirmação.
1. Capacidade Discordo Discordo Não Concordo Concordo
bastante concordo bastante
nem
discordo
a) Os responsáveis pela preparação
de refeições têm os conhecimentos
necessários para preparar refeições
1 2 3 4 5
de base vegetal equilibradas e
saborosas.
b) Os utilizadores do espaço de
42 Guia orientador
f) Os utilizadores do espaço de
refeição podem escolher entre
uma variedade de opções de base 1 2 3 4 5
vegetal.
3. Motivação Discordo Discordo Não Concordo Concordo
bastante concordo bastante
nem
discordo
a) Os utilizadores do espaço de
refeição gostam de consumir
1 2 3 4 5
refeições de base vegetal.
b) Os utilizadores do espaço de
refeição consideram que as
44 Guia orientador
c) Os utilizadores do espaço de
refeição consideram que as
suas escolhas alimentares são 1 2 3 4 5
importantes para o ambiente.
d) Os utilizadores do espaço de
refeição têm em consideração
questões éticas nas suas escolhas 1 2 3 4 5
alimentares.
e) Os utilizadores do espaço de
refeição estão motivados para
consumir mais refeições de base 1 2 3 4 5
vegetal.
g) Os utilizadores do espaço de
refeição interessam-se por questões
1 2 3 4 5
de ética na alimentação.
h) Os utilizadores do espaço de
refeição interessam-se por ter um
1 2 3 4 5
estilo de vida saudável.
Chave de avaliação
Capacidade
Oportunidade
Motivação
Queremos que a nossa escola seja um exemplo de boas práticas alimentares, promovendo tanto a sustentabilidade como
a saúde de todos aqueles que pertencem à comunidade escolar.
O consumo mais regular de refeições de base vegetal nutricionalmente equilibradas é um requisito apontado pela Dieta da
Saúde Plenatária (EAT-Lancet report) para promover sistemas alimentares mais justos, saudáveis e sustentáveis.
_Pensar
Uma das prioridades é criar condições para que os/as estudantes possam sentir-se mais interessados/as em consumir
refeições de base vegetal nos espaços de refeição da escola.
Criar provas de sabor [1.11 Aumentar a familiaridade Organizar uma banca num Sim, o átrio da escola tem um
no toolkit], com refeições de com as características local visível e de passagem espaço onde seria possível
base vegetal confecionadas sensoriais de refeições de para incentivar os/as montar uma banca com
de forma atrativa e com base vegetal pode levar ao estudantes a participar; amostras de refeição e finger
elevado valor hedónico. desenvolvimento de atitudes confecionar refeições de food; o staff de cozinha,
mais favoráveis face a estas base vegetal; encontrar professores/as, e direção
refeições. voluntários/as para estão motivados para apoiar
promover a atividade. na intervenção.
Eventuais ideias preconcebidas acerca de refeições de base vegetal (p. ex., pouco equlibradas, pouco saborosas
ou pouco saciantes);
A curto prazo esperamos que os/as estudantes tenham A longo prazo esperamos que os/as estudantes
atitudes mais favoráveis em relação às refeições de base consumam refeições de base vegetal com maior
vegetal. regularidade na cantina escolar.
Possíveis gastos financeiros, face à Voluntários para dinamizar a prova de Equipamentos necessários para
necessidade de capacitar a equipa de sabores (por exemplo, estudantes e/ montar a banca de prova de sabores
cozinha para confecionar refeições de ou professores). com amostras de refeição e snacks /
base vegetal mais atrativas e finger food.
equilibradas (p. ex., através de
formação online ou in-situ).
58 Guia orientador
Planear_Estratégia(s)
(caso haja mais que uma estratégia, reutilizar esta página)
Recrutar diretamente elementos do staff e professores para dinamizar a prova de sabores, sob supervisão da equipa
dinamizadora.
Recrutar diretamente estudantes para dinamizar a prova e incentivar os/as seus/suas colegas.
PRATICAR
A prova de sabores revelou-se uma boa estratégia para estimular o consumo de refeições de base vegetal na nossa
escola, especialmente quando os/as estudantes se envolveram no projeto e incentivaram os/as colegas a também
participar.
Recursos adicionais
Relatório original
https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(18)31788-4/fulltext
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