Você está na página 1de 9

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA

SOUZA

ETEC DE CUBATÃO

Integrado Meio Ambiente

Relatório sobre Cultivo em meio de cultura em caldo e


micro cultivo de fungos.

Cubatão
2023
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA

ETEC DE CUBATÃO

Integrado Meio Ambiente

Amanda Gadelho Borges


Elisa Santiago Batista
Estela Paiva Gonzales
Melissa de Souza Santos
Luisa Gomes Gouveia

Cubatão
2023
Introdução
Os fungos são organismos pertencentes ao reino Fungi, constituindo um
grupo diversificado que desafia uma classificação simples. Diferentemente das
plantas, os fungos não realizam fotossíntese, sendo essencialmente
heterotróficos, o que significa que obtêm seu alimento absorvendo nutrientes
do ambiente ao seu redor. Esses organismos desempenham papéis cruciais
em ecossistemas e apresentam características distintas.

Eles possuem uma estrutura filamentosa chamada micélio, composta


por finos filamentos chamados hifas. Essas estruturas permitem a absorção
eficiente de nutrientes, destacando-se como decompositores vitais na natureza.
Sua capacidade de decompor matéria orgânica contribui para a reciclagem de
nutrientes, desempenhando um papel fundamental na manutenção do
equilíbrio ecológico.

Além de sua função ecológica, os fungos têm importância econômica


significativa. Diversas espécies são utilizadas na produção de alimentos, como
na fermentação de pães, queijos e na fabricação de bebidas alcoólicas. Além
disso, alguns fungos têm propriedades medicinais e são fontes de antibióticos
valiosos para o tratamento de doenças.

Entretanto, nem todos os fungos são benéficos. Alguns podem causar


doenças em plantas, animais e seres humanos. As infecções fúngicas podem
variar desde superficiais, como micoses cutâneas, até infecções mais graves
que afetam órgãos internos.

O cultivo em meio de cultura em caldo é uma técnica para o crescimento


de microrganismos, como bactérias e fungos, em um líquido nutritivo. Este
método proporciona um ambiente propício ao desenvolvimento microbiano,
permitindo a produção eficiente em espaços menores que os métodos sólidos.
No caso do microcultivo de fungos, o meio líquido fornece os nutrientes
necessários para o crescimento controlado em condições laboratoriais, sendo
essencial em pesquisas microbiológicas e na produção de substâncias
biotecnológicas, como enzimas e antibióticos. O cultivo em meio líquido
possibilita o monitoramento preciso das condições de crescimento, sendo uma
ferramenta valiosa para compreensão biológica e aplicação prática em diversas
indústrias.

Objetivo
O objetivo da prática de cultivo de fungos e observação de crescimento
e estruturas reprodutivas é compreender o desenvolvimento microbiano em
condições controladas de laboratório. A técnica envolve o cultivo de fungos em
meio de cultura líquido, fornecendo os nutrientes necessários para seu
crescimento. Durante o processo, é possível monitorar e analisar o crescimento
micelial, bem como observar as estruturas reprodutivas, como esporos e hifas.
Essa abordagem visa não apenas ampliar o entendimento dos processos
biológicos envolvidos no ciclo de vida dos fungos, mas também fornecer
insights valiosos para aplicações práticas, como a produção de substâncias
úteis. A observação das estruturas reprodutivas contribui para a caracterização
das espécies e a compreensão de seus padrões de reprodução, sendo
essencial para a pesquisa microbiológica e biotecnológica.

Metodologia

Meio de cultura líquido

Para preparar o meio de cultura líquido, o grupo começou fazendo um cálculo


para descobrir a quantidade necessária do caldo para 60ml de água, usando
como base a informação escrita no rótulo: 23g/L. O resultado foi: 1,38g para 60
ml. Em seguida o grupo usou a balança analítica para separar a quantidade
exata do caldo. O próximo passo foi adicionar a substância no Becker e
misturar com a água. Depois de homogeneizar os dois, foi utilizada uma pipeta
para coletar 9ml do líquido, sempre perto de uma chama, para ser partilhada
igualmente nos 6 tubos de ensaio, sendo um deles para controle. A distribuição
foi feita da seguinte maneira: O grupo pegou 1ml de uma base contaminada
com fungos que estava depositada no laboratório e o adicionou no segundo
tubo com a ajuda de uma pipeta. (Não foi posto no primeiro tubo, pois ele foi
usado como controle). Em seguida, foi coletado 1 ml do segundo tubo e
passado para o terceiro e então, respectivamente pelos outros 3. O objetivo
dessa distribuição era para que o último tubo estivesse menos contaminado do
que o primeiro em que foi adicionado o fungo.
O próximo passo foi cobrir os tubos de ensaio com um papel alumínio e
transportá-los para um Becker onde foram levados à autoclave. Após atingir
120 graus, os materiais foram retirados e colocados em prateleiras no
laboratório, onde ficaram em observação entre 24 a 48 horas.

Imagem 1: Tubos após as horas de observação

Meio de cultura de agar dextrose

Dentro da placa de petri, foram colocadas duas hastes de vidro para sustentar
a lâminas que foi adicionada logo em cima. Em seguida, com o auxílio de uma
faca o grupo cortou um pequeno pedaço do meio de cultura sólido feito pelo
professor, que foi colocado a cima da lâmina, junto de um algodão molhado
para umidificar o ambiente e ajudar o fungo a crescer. O próximo passo foi feito
com a ajuda de uma espátula. O objeto foi bem esterilizado no fogo porém para
manusear os fungos, ele deveria estar frio para não mata-los. Em seguida, os
fungos foram colocados nas bordas do meio de cultura sólido e por fim, uma
lamínula foi adicionada ao topo.
Ao fechar a placa de petri, as bordas são passadas na chama mais uma vez
para esterilizar. As placas foram identificadas para a diferenciação entre os
grupos e depois colocadas na estufa.
O material ficou em observação por uma semana.

Observação dos fungos

Para observar os fungos que cresceram no último meio de cultura, foi feito o
seguinte passo a passo: O grupo pegou a lâmina contaminada do último
procedimento e jogou duas gostas de corante lugol, em seguida uma lamínula
limpa foi colocada por cima. O lugol foi utilizado para pigmentar as hifas e as
estruturas reprodutivas dos fungos.

A segunda observação foi feita nesta ocasião, com a lamínula contaminada.


Foi repetido o mesmo processo, porém nesse caso foi utilizada uma lâmina
limpa. Duas gotas de lugol foram adicionadas e então a lamínula infectada por
cima. Todo a metodologia foi feita perto de uma chama para diminuir os riscos
de contaminação.

Imagem 2: Material após o tempo de observação com fungos cultivados.

Resultados e discussões
Os resultados do meio de cultura líquido foram os seguinte: o primeiro
tubo que foi colocado 1mL da base contaminada cresceram bastante fungos
comparado com o tubo de controle.
Imagem 3: Comparação do tubo de controle com tubo com 1mL de base contaminada.

Do cultivo de fungos, os resultados obtidos foram: presença de hifas (caminho


que o fungo faz quando se solta da estrutura reprodutora), algumas larvas e
uma estrutura reprodutora (células cenocíticas).
Imagem 4: Visualização das estruturas reprodutoras.

Considerações finais

Você também pode gostar