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Universidade católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância


Centro de Recurso de Cuamba

Curso: Licenciatura em Gestão Ambiental

Disciplina: Estudo de Impacto Ambiental

Ano de Frequência: 2º ano

Temas:
 Procedimentos de Licenciamento e emissão de Licença Ambiental.
 Etapas da Avaliação de Impactos Ambiental.
 Termos de referência no Estudo de Impacto ambiental.

Discente: Tutor:

Aurélio Juma Paissone Lázaro João Kangela

Cod: 708211103

Cuamba, Outubro de 2022


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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria:
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Índice
1. Introdução...............................................................................................................1

2. Procedimentos de Licenciamento e emissão de Licença Ambiental......................2

3. As etapas do licenciamento ambiental...................................................................2

4. As decisões da viabilidade ambiental.....................................................................3

5. Caducidade e validade da licença ambiental..........................................................3

6. Avaliação de Impactos Ambiental..........................................................................4

7. Etapas da Avaliação de Impactos Ambiental.........................................................4

8. Termos de referência no Estudo de Impacto ambiental.........................................5

9. Conclusão.............................................................................................................10

10. Referencia bibliográfica....................................................................................11


1. Introdução

A implementação do Decreto n.º 45/2004, de 29 de Setembro, que regula o Processo de


Avaliação do Impacto Ambiental, tem demonstrado a necessidade de adequação dos
procedimentos nele instituídos, por forma a torná-los consentâneos com a realidade
atual e prosseguir-se o objetivo de simplificação, imprimindo-se consequentemente uma
maior celeridade do processo de licenciamento ambiental.

Esta política estabelece as bases para o desenvolvimento sustentável de Moçambique


através de um compromisso aceitável e realista entre o desenvolvimento
socioeconómico e a proteção ambiental.

O Desenvolvimento sustentável em Moçambique tem como meta a erradicação da


pobreza, melhoria da qualidade de vida e redução de danos ambientais.

Objetivos
Objetivo geral
 Estudo de Impacto Ambiental.
Objetivos específicos
 Procedimentos de Licenciamento e emissão de Licença Ambiental
 Etapas da Avaliação de Impactos Ambiental
 Termos de referência no Estudo de Impacto ambiental

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2. Procedimentos de Licenciamento e emissão de Licença Ambiental

Embora as diferentes jurisdições estabeleçam procedimentos de acordo com suas


particularidades e a legislação vigente, qualquer sistema de avaliação de impacto
ambiental deve obrigatoriamente ter um certo número mínimo de componentes, que
definem como serão executadas certas tarefas obrigatórias. Isso faz com que os sistemas
de AIA vigentes nas mais diversas jurisdições guardem inúmeras semelhanças entre si,
(Carlos, 2006).

3. As etapas do licenciamento ambiental

A Licença Ambiental (LA) é o documento que habilita o investidor a dar início à


implementação de um projeto. A LA é emitida pelo Ministério da Terra e Ambiente
(MTA), no cumprimento do Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto
Ambiental, Decreto 54/2015.

O processo de licenciamento ambiental é composto por três etapas,


nomeadamente:

a) Emissão da licença Ambiental Provisoria

Esta licença é emitida apos a aprovação do EPDA para AIA.

b) Emissão da licença Ambiental da instalação

Licença emitida da aprovação de estudo de impacto ambiental, e apresentação do plano


de reassentamento, caso haja necessidade de reassentamento.

c) Emissão da licença ambiental de operação

Licença emitida apossa verificação/vistoria do comprimento integral do EIA versos


empreendimento construído e implementação total do plano de reassentamento, nos
casos em que este seja necessário.

O órgão ambiental competente determinará, de acordo com o fator de complexidade do


empreendimento ou atividade, o prazo para obtenção da licença, sendo este máximo de
6 meses a partir do protocolo do requerimento até seu deferimento ou indeferimento.
Com exceção aos casos em que houverem Estudo de Impacto Ambiental, Relatório de
Impacto Ambiental, ou Audiência Pública, podendo assim, estender-se por até 12
meses.

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4. As decisões da viabilidade ambiental

A verificação da viabilidade ambiental de um empreendimento, previamente à sua


implantação, constitui a finalidade do licenciamento ambiental como instrumento de
política e gestão do meio ambiente, o que confere à etapa de licenciamento prévio, uma
posição de destaque na sua aplicação.

A elaboração do Estudo de Viabilidade Ambiental deve oferecer uma abordagem bem


abrangente, alcançando o meio ambiente de forma ampla, a população local e a
legislação aplicável. Além disso, como pretende avaliar a viabilidade de um
empreendimento e propor estratégias para alcançá-la, deve considerar as seguintes
ações:

 avaliação das interações das atividades que serão desenvolvidas com o


patrimônio ambiental local;
 identificação das possíveis medidas mitigadoras necessárias para viabilizar o
empreendimento;
 identificação das variáveis ambientais asseguradas com a implantação do
empreendimento e as respetivas estratégias para o seu monitoramento;
 identificação das exigências legais aplicáveis à atividade e ao respetivo processo
de licenciamento ambiental.
5. Caducidade e validade da licença ambiental

No Artigo 22 do Decreto 54/2015.

1. A licença ambiental caduca quando depois de decorridos 2 anos sobre a sua emissão,
a atividade não tenha efetivamente iniciado.

2. O proponente ainda interessado na implementação da atividade licenciada, deve


requerer a prorrogação da respetiva licença ambiental à autoridade de avaliação de
impactos ambiental ate 90 dias antes da data da sua caducidade nos termos previsto.

3. À autoridade de avaliação de impacto ambiental cabe tomar, no prazo de 30 dias


uteis, uma das seguintes decisões:

a) Prorrogar a licença por igual período de tempo;

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b) Solicitar a atualização parcial do EIA ou EAS, especificando a componente que
carecem de alteração, para posterior avaliação e decisão;

c) solicitar a realização de novo EIA ou do EAS nos termos do presente regulamento.

4. A licença ambiental provisoria é valida por dois anos não renovável.

5. A licença ambiental de instalação é valida por dois anos renovável mediante


fundamentação.

6. A licença ambiental de atividades em operação é valida por um período de cinco


anos, renováveis.

7. A atualização da licença das atividades de categoria A+ pode estar condicionada a


prestação de um plano de gestão de contrabalanço da biodiversidade.

8. plano de gestão de contrabalanço atualizado devem ser apresentados em números de


exemplares a ser definido pela autoridade de avaliação de impacto ambiental.

9. A renovação da licença ambiental deve ser precedida de uma visita técnica pela
autoridade de avaliação do impacto ambiental.

6. Avaliação de Impactos Ambiental

O termo “avaliação de impacto ambiental” tem hoje múltiplos sentidos. Designa


diferentes metodologias, procedimentos ou ferramentas empregadas por agentes
públicos e privados no campo do planejamento e gestão ambiental, sendo usado para
descrever os impactos ambientais decorrentes de projetos de engenharia, de obras ou
atividades humanas quaisquer, incluindo tanto os impactos causados pelos processos
produtivos quanto aqueles decorrentes dos produtos dessa atividade. É usado para
descrever os impactos que podem advir de um determinado empreendimento a ser
implantado, assim como para designar o estudo dos impactos que ocorreram no passado
ou estão ocorrendo no presente.

7. Etapas da Avaliação de Impactos Ambiental


 Previsão dos impactos potenciais que um projeto poderá vir a causar, caso venha
a ser implantado;

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Importa referir que, essa modalidade da avaliação de impacto ambiental divide-se em
ramos especializados, como avaliação de impacto social, de impactos sobre a saúde
humana e outros.

 Identificação das consequências futuras de planos ou programas de


desenvolvimento socioeconômico ou de políticas governamentais (modalidade
conhecida como avaliação ambiental estratégica);

Neste componente olha-se mais para as gerações vindoiras, no que pode causar depois
de algum tempo.

 Estudo das alterações ambientais ocorridas em uma determinada região ou


determinado local, decorrentes de uma atividade individual ou de uma série de
atividades humanas, passadas ou presentes.

Nesta aceção, a avaliação de impacto ambiental também é chamada de avaliação de


dano ambiental ou avaliação do passivo ambiental, uma vez que se preocupa com os
impactos ambientais negativos.

 Identificação e interpretação de aspetos e impactos ambientais decorrentes das


atividades de uma organização;
 Análise dos impactos ambientais decorrentes do processo de produção, da
utilização e do descarte de um determinado produto.

Esta forma particular de avaliação de impacto ambiental é também denominada de


análise de ciclo de vida.

8. Termos de referência no Estudo de Impacto ambiental

O objetivo principal dos termos de referência no estudo de impacto ambiental é


determinar as diretrizes e os critérios técnicos que deverão orientar a elaboração do
estudo.

Os termos de referência no estudo de impacto ambiental baseiam-se em:

1. Identificação do empreendedor:

 Nome ou razão social;


 No caso de pessoa jurídica, nome do responsável pelo empreendimento;
 Endereço completo para correspondência;

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 Telefone para contato.

2. Dentificação do técnico ou empresa responsável pelo estudo:

 Número do Registro Profissional no Conselho Regional;


 Número do Cadastro junto ao Naturatins;
 Endereço completo para correspondência;
 Telefone para contato;
 Assinatura original do responsável técnico pelo estudo.

3. Caracterização do empreendimento:

 Histórico do empreendimento;
 Nacionalidade de origem das tecnologias a serem empregadas;
 Tipo de atividade e porte do empreendimento;
 Apresentação da descrição do empreendimento relativa às fases de
planejamento, de implantação e de operação e, quando for o caso, de
desativação;
 Síntese dos objetivos do empreendimento, sua justificativa e análise de custo
benefício;
 Contabilidade do projeto com os planos e programas de ação federal, estadual e
municipal propostos ou em implantação na Área de Influência do
empreendimento;
 Levantamento da legislação federal, estadual e municipal incidente sobre o
empreendimento, em qualquer de suas fases, com indicação das limitações
impostas pelo Poder Público;
 Indicação, através de mapas, de Unidades de Conservação e Preservação;
 Ecológica que, por ventura, existam na Área de Influência do empreendimento;
 Descrição de empreendimento(s) associado(s) e decorrente(s);
 Descrição de empreendimento(s) similar(es) em outra(s) localidade(s);

4. Caracterização das obras do empreendimento:

 Quando a implantação do empreendimento for em etapas, ou quando estiverem


 previstas expansões, as informações deverão ser detalhadas para cada uma delas;
 Apresentação, em cronogramas detalhados, da previsão das etapas na
implantação do empreendimento;

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 Apresentação da localização geográfica proposta para o empreendimento,
demonstrada em mapa ou “croquis”, incluindo as vias de acesso, existentes e
projetadas, e a bacia hidrográfica;
 Caracterização e análise do projeto proposto, sob o ponto de vista tecnológico e
locacional, comparando as alternativas existentes com relação a estes dois
aspetos;
 Caracterização pormenorizada das obras de implantação do empreendimento.
 Especificação e quantificação da mão de obra, máquinas e equipamentos
(capacidade e potência) empregados na instalação do mesmo;
 Apresentação, em escala compatível, de todos os projetos executivos
empregados na construção do empreendimento;

5. Caracterização do estudo ambiental:

 Detalhamento do método e técnicas escolhidos para a condução do Relatório de


Impacto Ambiental;
 Identificação dos passos metodológicos que levem ao diagnóstico;
 prognóstico; à identificação de recursos tecnológicos e financeiros para mitigar
os impactos negativos;
 Definição das alternativas tecnológicas e locacionais.

6. Caracterização das áreas de influência do empreendimento:

 Apresentação dos limites da área geográfica a ser afetada, direta e indiretamente


 pelos impactos aferidos;
 Delimitação e apresentação da Área de Influência Direta (AID) do
empreendimento, baseando-se na abrangência dos recursos naturais;

7. Diagnóstico ambiental da área de influência:

 Apresentação das descrições e análises dos fatores ambientais e suas interações;


 Caracterização pormenorizada do meio físico de acordo com as características
da região;
 Caracterização pormenorizada do meio biótico de acordo com as características
da região, tipo e porte do empreendimento;
 Ilustração, por meio de fotos, dos aspetos gerais da Área de Influência.

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8. Prognóstico dos impactos ambientais causados pelo empreendimento:

 Apresentação, de modo sintético, das interações dos fatores ambientais físicos,


biológicos e socioeconômicos;
 Identificação, valoração e interpretação dos prováveis impactos ambientais nas
fases de planejamento, de implantação, de operação;
 Avaliação dos impactos nas áreas de estudo, definidas para cada um dos fatores
examinados;

9. Descrição da metodologia adotada na identificação dos impactos, da técnica


interpretação de análise de suas interações;

 Identificação, previsão de magnitude e interpretação da importância de cada um


dos impactos reconhecidos;
 Avaliação do impacto ambiental do projeto proposto, através da integração dos
resultados da análise dos meios físicos e biótico com os do meio sócio-
econômico;
 Análise e seleção de medidas eficientes, eficazes e efetivas de mitigação ou de
anulação dos impactos negativos e de potencialização dos impactos positivos;

10. Elaboração de base cartográfica referenciada geograficamente, para o registro


dos resultados do estudo.

 Descrição e justificativa dos parâmetros selecionados para a avaliação dos


impactos sobre cada um dos fatores ambientais considerados;
 Descrição e justificativa da rede de amostragem, incluindo-se aí, seu
dimensionamento e distribuição espacial;
 Descrição e justificativa da metodologia empregada na coleta e análise de
amostras;

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 Descrição e justificativa da periodicidade de amostragem de cada parâmetro,
segundo os diversos fatores ambientais;
 Descrição e justificativa da metodologia utilizada no processamento das
informações levantadas;

11. Cronograma de Execução

 Apresentar cronograma detalhado de todas as etapas de implantação do


empreendimento e das medidas de mitigação/potencialização propostas, com
indicação do período de execução das mesmas.

12. Referências Bibliográficas

Relatório de Impacto Ambiental - RIMA deverá conter, basicamente:

 Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as


políticas setoriais;
 A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais,
especificando;
 A síntese dos resultados dos estudos sobre o diagnóstico ambiental da área de
influência do projeto;
 A descrição dos impactos ambientais analisados, considerando o projeto;
 A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência;
 A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação
aos
 impactos negativos;
 Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
 Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de
ordem geral).

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9. Conclusão

Durante a elaboração do trabalho pude concluir que, todas as licenças ambientais de


atividades em operação, são válidas por um período de cinco anos, renováveis por igual
período, mediante requerimento, solicitando atualização dirigido ao Ministério para a
coordenação ambiental, devendo para o efeito, no caso de atividades de categoria A e B,
pagar uma quantia no valor de 10 000,00MT e 5000,00MT, respetivamente.

De salientar que, a comissão da República de Moçambique no seu artigo 72, consagra o


direito dos cidadãos a um ambiente equilibrado e o dever de o defender, atribuindo ao
estado atarefa de sua materialização através da promoção de iniciativa visando o
equilíbrio ecológico, a conservação e preservação da natureza.

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10. Referencia bibliográfica
 Carlos Serra Jr. (2006). Colectânea de Legislação do Ambiente, CFJJ, Maputo.
 Directiva Geral para a Elaboração de Estudos de Impacto Ambiental – MICOA,
Maputo 2006
 Manual de Procedimentos para o Licenciamento Ambiental - MICOA, Maputo
2006
 Decreto n.º 54/2015 de 31 de Dezembro.
 Lei do Ambiente (Lei nº 20/97 de 1 de Outubro).

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