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Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.

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Fisiologia II 1

Deglutição e motilidade
O sistema gastrointestinal (SGI) tem a função de
quebrar a molécula de alimento em partículas
absorvíveis e para isso precisa da associação entre a
digestão mecânica (motilidade) e digestão química (ação
das enzimas). Funciona independente do SNA.

REGULAÇÃO DAS FUNÇÕES DO TGI


♥ Funções do TGI a serem controladas:
→ Contração e relaxamento da musculatura
lisa e esfíncteres.
→ Secreção de enzimas para digestão. SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO
→ Secreção de água e elitrólitos Esse sistema só é ativado quando há presença de
conteúdo na luz do tubo e ele será responsável por
♥ Células reguladoras e reguladas no TGI- controlar a motilidade (propulsão cefalo-caudal) e as
regulação
regulação INTRÍNSECA (sistema nervoso entérico) secreções. Além disso, ele também é controlado pelo
SNA podendo ser ativado ou inativado pelo mesmo.
♥ Células reguladoras fora do TGI- regulação
EXTRÍNSECA (SNA) Ele é formado por 2 plexos, os quais são formados por
redes neuronais:
♥ Como foi visto, temos dois sistemas nervosos: o • Plexo submucoso: está entre a camada
SNA que possui influência direta no TGI, sendo submucosa e a camada muscular circular e
assim tem terminações nervosas simpáticas e longitudinal.
parassimpáticas chegando à porção tubular do
esôfago ao reto e o sistema nervoso entérico.
entérico • Plexo mioentérico: está entre a camada muscular
circular e a camada muscular longitudinal. É
♥ Processos envolvidos: responsável por controlar a motilidade (a
1. Estímulos mecânicos e químicos camada circular contrai diminuindo a luz e a
longitudinal empurra)
• Receptores de estiramento
• Osmolaridade
• Presença de substrato no lúmen
(presença de conteúdo na luz da
porção tubular)- ativa o sistema
nervoso entérico e o SNA.

2. Controle extrínseco pelo SNC


3. Controle intrínseco por sistemas locais
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OBSERVAÇÃO EMBRIOLÓGICA INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA
Toda porção tubular do esôfago até o reto possui 4
camadas: ♥ Ativa a secreção e motilidade. Estimula a
♥ Camada mucosa: propulsão e mistura do conteúdo, estimulando a
→ Tecido epitelial contração nas porções tubulares e relaxamento
→ Tecido conjuntivo dos esfíncteres.
♥ Sistema do descanso e da digestão.
→ Músculo

♥ Camada submucosa:
→ Tecido conjuntivo

♥ Camada muscular (são 2)


→ Músculo liso (circular e longitudinal)

♥ Camada serosa
→ Tecido conjuntivo

♥ No estômago o epitélio da mucosa sofre um a


invaginação formando as glândulas tubulares, já
no intestino delgado o epitélio sofre evaginação
formando vilosidades para aumentar a superfície INERVAÇÃO SIMPÁTICA
de contato.
♥ Inibe a secreção e motilidade
♥ O estômago é o único que possui 3 camadas: ♥ Estimula contração dos esfíncteres e inibe
circular, longitudinal e oblíqua, porque ele precisa movimentação da porção tubular.
de um movimento maior.

PLEXO MIOENTÉRICO
♥ Quando estimulado:
→ Aumenta o tônus do intestino
→ Aumenta a intensidade das contrações da
parede tubular
→ Aumenta o ritmo das contrações; aumenta
a freqüência
→ Aumenta a velocidade de condução das
ondas lentas.

♥ Na função inibitória: MOTILIDADE DO SGI


→ Controle dos esfíncteres (pilórico, valva
ileocecal e esfíncter interno) e do ♥ Contração e relaxamento das paredes dos
esvaziamento gástrico. esfíncteres do trato gastrointestinal

♥ Essa motilidade propicia:


♥ Ao inibir a contração dos esfíncteres,
principalmente do inferior, ele relaxa permite a → Mistura dos alimentos com as secreções
passagem do conteúdo do esôfago para o luminais
estômago.
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→ Contato com a mucosa de revestimento, ♥ O músculo liso é do tipo unitário com junções
otimizando os processos de digestão comunicantes (por onde passa rapidamente o
(expondo os conteúdos às secreções) e potencial de ação). Essa rápida propagação do PA
absorção intestinal.. permite uma contração uniforme e coordenada.
→ Garante a propulsão céfalo-caudal dos → O músculo circular diminui o diâmetro
nutrientes e excreção fecal. → O músculo longitudinal diminui o
comprimento.

Esse tipo de músculo liso permite


que quando haja um estímulo,
rapidamente haja resposta do
músculo contraindo de maneira
coordenada e uniforme. Isso é
importante para que a motilidade
ocorra de maneira eficiente,
permitindo que haja uma digestão
e absorção adequada.

Fibra muscular lisa do SGI pontes cruzadas, aasssim há o


♥ Contrai de 2 formas relaxamento.
→ Fásica:
Fásica contrações e relaxamentos
periódicos e ocorrem em poucos segundos → Tônica:
Tônica mantida ou sustentada em que a
ou minutos (corpo do esôfago, corpo e musculatura mantém-se tônica e/ contraída
antro do estômago e as do intestino por minutos à horas, constituindo o que
delgado e grosso). se denomina de tônus (musculatura dos
esfíncteres e da porção fúndica do
estômago).

Na fásica, há indução da contração,


aumenta o cálcio intracelular e aumenta o
ciclo das pontes cruzadas. A força cai Na contração tônica, as pontes cruzadas
junto com a quantidade de cálcio precisam diminuir para não gerar fadiga.
intracelular e junto com a ação das
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♥ É importante que o esfíncter permaneça contraído seguir a direção céfalo-caudal.


para evitar o refluxo de conteúdo que tem que
Para que ocorra o ciclo das pontes cruzadas é
preciso fosforilar a miosina pela miosina cinase.
Quando a misoina ainda está ligada a actina,
ocorre a desfosforilação permitindo que uma
miosina trave na actina, assim a musculatura
mantém a contração sem gastar ATP. Isso porque
enquanto a miosina estiver fosforilada, ela vai
estar realizando o ciclo das pontes cruzadas,
gastando ATP.

♥ O potencial de repouso dessa musculatura não é musculares dos esfíncteres não geram a onda lenta
constante, oscila entre -40mV e -58 mV, formando porque elas estão constantemente contraídas.
as ondas lentas. Essas fazem com que o potencial ♥ A ACH e os neurotransmissores agem para
de repouso do músculo liso presente na parede do controlar as ondas lentas.
sistema gastrointestinal estejam sempre se
aproximando do limiar de disparo. Quem aproxima
a onda lenta do limiar de disparo é o estímulo a
ativação do plexo mioentérico, do SNA
parassimpática. Quando a onda lenta atinge o
limiar de disparo, ela gera potencial em ponta.,
gerando a contração da musculatura. As células
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♥ A mastigação é um processo voluntário e reflexo,


pois a presença do alimento na boca ativa uma
resposta reflexa. A mastigação compreende quatro
ações:
1. Lubrificar o alimento com secreções
mucosas, como o muco salivar.
2. Misturar o alimento à amilase salivar a
fim de iniciar a digestão química
3. Triturar mecanicamente o alimento para
que possa ser deglutido e mais
rapidamente misturado ás secreções
digestivas
4. Ativar o centro da saciedade.
♥ Dependendo da intensidade do estímulo, posso ter
Deglutição
um deslocamento maior ou menor das ondas
♥ Passagem do conteúdo da cavidade oral até o
lentas. Quando maior a intensidade, maior o
estômago.
deslocamento das ondas lentas. Isso porque
dependendo do grau de deslocamento da onda ♥ Possui três fases:
lenta acima do limiar de disparo, gera-se um 1. Oral: voluntária
aumento da quantidade de potenciais em ponta. 2. Faríngea: involuntária
3. Esofágica: involuntária
♥ Quanto menor o deslocamento da onda lenta,
menor a motilidade. ♥ Fase oral: O alimento é mastigado

A língua exerce pressão para cima e para trás,


PROCESSO DIGESTIVO empurrando o conteúdo

♥ Após a ingestão do alimento, a mastigação da Bolo empurrado contra o palato duro e forçado para
inicio a digestão mecânica na boca. A mastigação é dentro da faringe, ao tocar o fundo da faringe ativa os
importantíssima por alguns fatores, como:
receptores tácteis
→ Expõe o conteúdo às estruturas presentes
na língua Os receptores tácteis (somatossensoriais) localizados
→ Mistura o conteúdo com as secreções
no anel ao redor da abertura faríngea são estimulados
gástricas
(reflexo involuntário de deglutição)
→ É a primeira etapa da motilidade
→ Prepara o conteúdo para ser deglutido. Inicio do reflexo da deglutição

♥ Conforme ocorre a mastigação, há mistura do bolo O centro de deglutição está presente no tronco
alimentar com a saliva e assim inicia-se a digestão
encefálico, na região de ponte e bulbo, quando ativa-se
química e a deglutição.
esses receptores somatossensoriais, manda-se um sinal
♥ Posteriormente, o esôfago e a faringe funcionam para o centro de deglutição e esse responde, assim
como tubos condutores do alimento até o entramos na fase faríngea.
estômago.
♥ Fase faríngea: receptores na faringe estimulados
Mastigação
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Gera-se impulsos sensoriais que são transmitidos
ao centro de deglutição

Série de contrações musculares automáticas da


faringe

Ao ativar o centro de deglutição, esse induz respostas


na região da faringe. O palato vai ser puxado para
cima para impedir que esse conteúdo vá para as fossas
nasais. Então é preciso fechar a comunicação da
cavidade oral com as fossas nasais. O centro da
deglutição induz a elevação do palato fechando a
comunicação da cavidade oral com as fossas nasais.

O centro de deglutição também induz o fechamento da


epiglote, a qual abaixa e fecha a abertura da traquéia
para que o conteúdo se desvie para o esôfago. Esse Controle da deglutição
conteúdo se posiciona acima do esfíncter esofágico ♥ A presença do conteúdo no esfíncter esofagiano
superior, o qual se relaxa automaticamente e permite a superior e inferior do esôfago vai inibir e relaxar
entrada do conteúdo no esôfago e finalizamos a fase para induzir a passagem para o estômago.
faríngea na qual o conteúdo vai da faringe ao esôfago.
♥ Quando há uma distensão ma primeira porção
♥ Fase esofágica: se dá pelo movimento peristáltico, (faringe) induzimos a formação de um potencial
nessa fase ocorre só propulsão cefalo-caudal. em ponta e posteriormente uma contração para
Vamos ter os movimentos peristálticos que levam a passar o conteúdo adiante. Em toda a parede do
propulsão cefalo-caudal, induzindo ai o esôfago temos esse comportamento, exceto nos
deslocamento do conteúdo até a porção distal do esfíncteres.
esôfago.

Passagem do bolo alimentar pelo EES

Constrição reflexa do EES

Início da onda peristáltica abaixo do EES:


peristalse primária e secundária (são duas
peristalses para evitar que permaneça qualquer
resíduo) Essas peristalses são moduladas por
impulso proveniente das fibras sensoriais
esofagianas para SNC e SNE.

Abertura do EEI (quando o conteúdo chega na


porção inferior do esôfago,ele induz a abertura
do EEI.
MOTILIDADE GÁSTRICA
Com a abertura do EEI, o conteúdo sai do esôfago
para o estômago finalizando a deglutição. ♥ O estômago é a única porção dilatada da porção
tubular do sistema gastrointestinal. Esse órgão tem
função de armazenamento.
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♥ Há mistura do conteúdo com a secreção gástrica e ♥ O estômago libera o conteúdo de maneira gradativa
precisa fazer com que haja movimentação desse para o duodeno.
conteúdo.
♥ A motilidade gástrica conta com 3 movimentos.

Primeiro movimento: relaxamento receptivo ♥ Esse potencial gera contração da musculatura


♥ Durante a entrada do alimento o estômago relaxa circular, mas não fecha a luz e depois contração
a sua musculatura para receber o conteúdo que longitudinal, empurrando o conteúdo para região
vem do esôfago. pilórica, mas o conteúdo encontrará o esfíncter
pilórico fechado.
♥ É um reflexo de acomodação vago-vagal que inibe
a contração da parede. ♥ Quando ele encontra o esfíncter pilórico fechado, o
conteúdo volta pela região que só diminui e não
♥ No fundo e no corpo as contrações são fracas. pela região que só diminui e não fecha. Quando o
conteúdo volta, volta fazendo uma movimentação
Segundo movimento: retropropulsão se misturando com o sulco gástrico e triturando.

♥ Com o esfíncter esofágico superior e o pilórico


♥ A movimentação ocorre sempre no sentido célula
fechados, no terço superior as células de cajal que
de cajal – esfíncter pilórico. Por isso é importante
formam as ondas lentas vão ser ativadas quando
o esfíncter esofágico inferior est fechado, para o
há presença de conteúdo na luz do estômago. As
conteúdo não voltar para o esôfago (esse órgão
ondas lentas serão deslocadas para cima do limiar
não agüenta a acidez do estômago).
de disparo formando os potenciais em ponta.
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Terceiro movimento: relaxamento receptivo ESFÍNCTER PILÓRICO


♥ Existem vários fatores que interferem na Esse esfíncter possui 2 funções fundamentais:
motilidade gástrica.
→ Gastrina: estimnula secreção pelas 1) Funciona como barreira entre o estômago e o
glândulas parietais e estimula a duodeno no período interdigestivo, quando está
retropropulsão pro ativar as células de contraído,evitando a regurgitação do conteúdo
cajal. alcalino do duodeno para o estômago e a do
→ ACH: estimula retropropulsão por ativar conteúdo ácido no sentindo oposto.
células de cajal
2) Regula a velocidade de esvaziamento gásstrico de
→ Noradrenalina: hiperpolariza células de
acordo com a capacidade do duodeno de processar
cajal
o quimo.
♥ Fatores que influenciam no relaxamento de O esvaziamento gástrico lento faz com que o conteúdo
esvaziamento gástrico: permaneça no estômago por u período prolongado
→ Gatrina, colecistocinina e secretina (maior quantidade de liberação de cretina e colecitocina).
induzem contração no piloro, logo Já no esvaziamento gástrico rápido, o conteúdo
controlam o esvaziamento gástrico, a permanece por um período de tempo menor no
colecistocinina e secretina são liberadas no estômago.
duodeno quando há presença de conteúdo
alimentar e acidez. Quem dita a velocidade do esvaziamento gástrico é o
que chega ao duodeno, o qual produz substancias que
induzem uma contração do esfíncter pilórico e ai ele
consegue controlar esvaziamento.
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MOTILIDADE DO INTESTINO DELGADO ♥ A motilidade do intestino delgado é regulada


tanto pelo sistema nervoso entérico quanto pelo
♥ O intestino delgado é composto por duodeno, sistema nervoso autônomo.
jejuno e íleo. → O parassimpático eferente para o delgado
é fundamentalmente colinérgico e
♥ Funções do intestino: estimulador da motilidade.
→ Mistura do quimo com as secreções
→ Contato do quimo com a mucosa intestinal → O simpático eferente é noradrenérgico e
(superfície absortiva- microvilos) inibidor da motilidade, as fibras partem
dos plexos celíaco e mesentérico superior.
→ Propulsão do quimo no sentido céfalo-
caudal em direção a cólon
Complexo migratório mioelétrico (CMM)
♥ Evento que ocorre nos momentos interdigestivos,
♥ Para expor o conteúdo (quimo) à mucosa para ele durante os intervalos, entre as refeições, no
seja absorvido é preciso que haja dois tipos de intestino delgado (ocorre durante o jejum)
movimento: a segmentação e a peristalse.
→ Segmentação: contrações pouco espaçadas ♥ Ele ocorre para preparar o intestino para receber
(circular). Contração na camada muscular novos conteúdos. Além disso, serve para retirar
qualquer resíduo que tenha permanecido no
seguida de relaxamento.
intestino delgado na digestão anterior.
• Serve para misturar o conteúdo com
as secreções ao relaxar e para expor
♥ Realiza predominantemente a peristalse em relação
o conteúdo à mucosa. à segmentação.

→ Peristalse: contração progressiva de parte ♥ É controlado pela motilina (peptídeo que induz a
sucessiva. Contração na circular anterior formação desse complexo motor migratório).
ao conteúdo seguida de uma contração na
longitudinal. Gera uma propulsão céfalo- ♥ É a ocorrência de disparo de potenciais em ponta
caudal. seguido de momento de quietude.

Válvula íleo-cecal e esfíncter íleo-cecal


♥ Está entre o intestino delgado e o grosso

♥ Previne uma passagem excessiva e um retorno de


conteúdo (bolo fecal) para o íleo (do intestino
grosso ao delgado).

♥ Reflexo gastro-ileal (ou gastro-entérico): aumenta


a peristalse no íleo e abre o esfíncter.
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♥ Reflexo gastro-cólico e duodeno-cólico: movimento


de massas. Quando o conteúdo chega ao estômago
e já tem um conteúdo no intestino grosso de uma
digestão anterior, haverá uma indução de aumento
da motilidade do intestino grosso para que o que
estava no cólon ascendente passe ao reto,
induzindo o reflexo de defecação.
→ Simpático inibe
→ Parassimpático estimula

MOTILIDADE DO INTESTINO GROSSO

Dependendo do tempo de permanência do conteúdo no


intestino grosso, pode-se alterar a consistência dele e
esse pode ficar mais sólido se houver falha da
motilidade (o que é conhecido como intestino
preguiçoso). Se houver um excesso de motilidade,
também vamos interferir na consistência do conteúdo,
assim ele fica pouco tempo no intestino grosso e acaba
sendo eliminado com uma consistência mais líquida.

♥ Contrações haustrais: a contração da musculatura Reflexo da defecação


circular ocorre entre as haustras. Musculatura
♥ Quando o conteúdo chega ao reto, ele dilata essa
circular e longitudinal simultânea.
região e as terminações nervosas aferentes vão
→ Movimento de mistura com pequena
mandar sinais para o SNC induzindo o reflexo da
propulsão.
defecação.
→ Absorção de água e sais.
→ 8-15hs do ceco para o cólon transverso
♥ Esse reflexo aumenta a motilidade do cólon
sigmóide levando mais conteúdo para o reto, e
♥ Peristalse: inicia no cólon transverso e segue com
também induz um relaxamento do esfíncter anal
um único movimento até o reto, chamado de
interno (esse esfíncter possui músculo liso e
movimento de massas. Há o deslocamento de uma
contração involuntária). Ao induzirmos uma
vez só. O ideal é que ocorra esse movimento de
contração desse esfíncter anal externo (possui
massas de 1 a 3 vezes ao dia. Esse movimento
músculo estriado esquelético e contração
induz o reflexo da defecação porque quando
involuntária), inibimos o reflexo da defecação,
chega conteúdo no reto, esse induz a ativação
impedindo a eliminação do conteúdo.
desse reflexo da defecação.
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♥ Como o reto esta dilatado, recomeça o ciclo do


reflexo de defecação. Mas a defecação em si ocorre
quando tem associação de:
→ Aumento da motilidade
→ Relaxamento do esfíncter anal interno
→ Contração da musculatura abdominal
Isso aumenta a pressão no reto, consequentemente
o esfíncter anal externo relaxa e o conteúdo é
liberado.

♥ O reflexo parassimpático (nervo sacral) intensifica


a peristalse no cólon descendente, sigmóide e reto.

♥ Auxílio respiratório: inspiração profunda e


contração dos músculos torácicos e abdominais.

♥ Normal: 1/3 vezes ao dia e até 3x na semana,


depende da quantidade de fibras não digeríveis.

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