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O USO DO ESTÍMULO E DA MOTIVAÇÃO NA APRENDIZAGEM

Dicentes:
CRUZ, Marcello Claudino Da
PINTO, Luiz Da Silva
RODRIGUES, Naege Pablo
GOMES, Gledson Deijaik
Docente:
NOBRE, Wyclif Porfírio

Resumo: Este trabalho trata da motivação e a sua aplicação no meio pedagógico.


Partindo da premissa de que toda criança está predisposta a aprender e a fazer novas
descobertas, acreditamos que a exploração dos interesses preexistentes dessas crianças
pode servir como ponto de partida para a ação pedagógica aqui proposta. Para tanto,
focamos no interesse infantil pelos jogos, pela música e pelas brincadeiras, para, dentro
desse contexto, transmitir informações e conhecimento, de forma lúdica, facilitando com
isso a absorção, por parte do aluno, daquilo que se pretende ensinar.

1. Introdução: As opiniões, quase que unânimes dos teóricos da Pedagogia, são de que
a motivação é fator imprescindível para o processo de aprendizado da criança e, por isso,
foi o tema eleito por nós para o presente artigo.
Nosso objetivo principal é, além de conceituar motivação e incentivo, é dar
exemplos de sua aplicação no processo de aprendizagem, a fim de despertar na criança o
interesse no aprendizado e incentivara busca ao conhecimento, explorando os interesses
e/ou motivos preexistentes e observados no discente.
Mais especificamente, pretendemos apresentar aqui propostas de dinâmicas que
visam motivar e incentivar a criança, a partir de seus interesses preexistentes, com o uso
de jogos, artes e brincadeiras.
Não há que se falar em educação onde há ausência de motivação e, da mesma
forma, não se pode conceber motivação sem a presença do incentivo. É, portanto,
extremamente relevante que se aborde o tema, não só para demonstrar a sua
importância, mas também e principalmente, para propor soluções.

A criança possui desde o seu nascimento um potencial que poderá


ser intensificado na medida em que os estímulos sejam favoráveis
para o seu
desenvolvimento integral. A variedade desses estímulos e a
qualidade das
interações promoverão o desenvolvimento das aprendizagens das
crianças. O

trabalho com crianças na Educação Infantil requer um ambiente

escolar no qual as
educadoras sejam mediadoras no processo de aprendizagem,
oportunizando às
crianças estímulos fundamentais na estruturação do seu
desenvolvimento. É

fundamental que o educador tenha clara a sua intenção nas

atividades propostas. (GOMES, Jusselane;


BERTON, Vânia Lúcia – XV Seminário
Internacional de Educação no Mercosul.)

2. Metodologia: Para a elaboração deste trabalho, usamos como fonte as videoaulas e


os vídeos nelas exibidos, além do material de apoio postado na plataforma, bem como o
dicionário disponibilizado pela biblioteca da Unidade (Ferreira, Aurélio Buarque de
Holanda - Dicionário Aurélio Da Língua Portuguesa / Aurélio Buarque De Holanda
Ferreira; Coordenação Marina Baird Ferreira, Margarida dos Anjos – 5. Ed. - Curitiba:
Positivo, 2010.).
3. Conceitos e definições:

3.1 Motivar: Dar motivos a; causar; produzir. Expor ou explicar o motivo ou a razão de;
fundamentar; determinar a motivação de; despertar o interesse, a
curiosidade de; despertar o interesse ou o entusiasmo; estimular. (Ferreira,
Aurélio Buarque de Holanda - Dicionário Aurélio Da Língua Portuguesa /
Aurélio Buarque De Holanda Ferreira; Coordenação Marina Baird Ferreira,
Margarida dos Anjos – 5. Ed. - Curitiba: Positivo, 2010.)

3.2 Incentivar: Dar incentivo a; estimular, incitar. (Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda -
Dicionário Aurélio Da Língua Portuguesa / Aurélio Buarque De Holanda
Ferreira; Coordenação Marina Baird Ferreira, Margarida dos Anjos – 5. Ed. -
Curitiba: Positivo, 2010.)

3.3 Incentivo: Que incentiva; que incita ou excita; aquilo que incita ou excita; estímulo.
(Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda - Dicionário Aurélio Da Língua
Portuguesa / Aurélio Buarque De Holanda Ferreira; Coordenação Marina
Baird Ferreira, Margarida dos Anjos – 5. Ed. - Curitiba: Positivo, 2010.)

3. Referências ao tema:

3.1 Skinner: Esse autor aborda o tema de forma um tanto distinta daquela pretendida na
proposta, defendendo o Condicionamento Operante, onde o aluno promove uma ação e é
recompensado por isso. Embora distinta, essa teoria não contradiz totalmente o que se
propõe aqui, visto estar presente o estímulo, aqui representado pela recompensa. Por
outro lado, a teoria de Skinner prega um condicionamento, visando “fabricar” um
interesse, divergindo, portanto, da nossa proposta de trabalhar um interesse preexistente
no aluno. (Präs, Alberto Ricardo - Teorias de Aprendizagem; ScriniaLibris.com - 2012)

4. Projeto de Trabalho
4.1 Público-Alvo: Crianças entre 7 e 11 anos. Segundo a psicóloga Ângela
Biaggio, esta é a fase das operações concretas, onde a criança já possui uma
organização mental integrada, ou seja, já compreende o todo e é capaz de fazer uso das
informações recebidas de forma conexa.

4.2 Objetivo: Motivar e incentivar o Público-Alvo para o aprendizado, explorando


os interesses diversos da criança, para transmitir conhecimento de forma lúdica.

4.3 Proposta: Utilizar as artes e os jogos educativos/pedagógicos, praticados em


grupo, visando transmitir o conteúdo pretendido, “embutido” nas dinâmicas apresentadas,
para que a matéria apresentada seja absorvida pela criança de forma quase que
subliminar. Para tanto, usaremos as seguintes ferramentas:

4.3.1 Jogos: Podem ser utilizados nas mais diversas áreas do


conhecimento. Um dominó, por exemplo, pode ensinar matemática, mas, adaptado, pode
ensinar Geografia (Substituindo-se os números por bandeiras e países) ou Língua
Portuguesa ou estrangeira (Com o uso de imagens e palavras). Vale ressaltar que, nessa
dinâmica, estão presentes o motivo (Desejo de jogar), a recompensa (O vencer, premiado
materialmente ou não) e a punição (Derrota), princípios defendidos por Bruner.

4.3.2 Música: É consenso entre os teóricos da comunicação que a


mensagem musicada é armazenada de forma mais rápida e perene pelo cérebro humano.
Prova disso é a preferência dos profissionais de propaganda pelos “Jingles” (Anúncio
comercial musicado), em detrimento dos “Spots” (Comerciais tradicionais, apenas
falados). Essa estratégia, na proposta em tela, se aplica menos às exatas e mais às
humanas.

4.3.3 Teatro: Aqui reunimos os meios visuais e auditivos, além da interação,


atendendo aos mais diversos aprendizes, sejam visuais, auditivos ou Sinestésicos.

4.3.4 Brincadeiras: Brincadeiras tradicionais e/ou folclóricas podem ser


usadas com eficiência e em todas as áreas de conhecimento. Um jogo de “queimada”,
pode ensinar matemática, por exemplo, enquanto o “Stop” (Dinâmica onde se sorteia uma
letra do alfabeto para que, tendo essa letra como inicial, se encontre palavras que
nominem cidades, frutas, objetos, etc.), todos de forma lúdica.

4.4 Embasamento Teórico: Nesse sentido, vejamos o que dizem alguns teóricos:

4.4.1 Piaget: Defendia as dinâmicas de grupo, considerando este o


ambiente mais estimulador para adquirir conhecimento e agregar valores, preservando,
contudo, a individualidade do aluno.
Ainda segundo o autor, as crianças compreendem as coisas através da interação
com essas coisas e com o ambiente.

4.4.2 Bruner: Segundo o autor, quatro aspectos devem ser observados em


uma teoria pedagógica: a predisposição à aprendizagem, a forma de transmissão do
conhecimento, as sequências mais eficientes para apresentar o conteúdo e a forma de
premiação/punição.
A motivação, objeto principal deste trabalho, se valerá do desejo nato de aprender
das crianças, como defende Bruner, estimulado pelas dinâmicas propostas. Essas
dinâmicas, por já fazerem parte do rol de interesses da criança, poderão transmitir a
informação pretendida de forma leve e facilmente compreensível, respeitando o nível de
experiência do aluno e em dosagens apropriadas, na sequência certa e reforçada, quando
se fizer necessário, de muitas formas, já que a dinâmica aqui proposta oferece diversas
possibilidades. Desta forma, e dentro da teoria de Bruner, estarão satisfeitos os quatro
princípios em que uma proposta pedagógica deve se fundamentar.

5 Considerações Finais

Se o aprendizado é prazeroso, é atraente para a criança e, por isso, mais eficiente.


Em oposição a isso, a transmissão de conteúdo de forma direta, pode se tornar
enfadonha, desestimulando a criança e dificultando a retenção da informação.
Diante disso, cremos ser a forma mais acertada de transmitir conhecimentos,
aquela que se utiliza dos interesses preexistentes na criança, já que isso lhe traz
satisfação e facilita a compreensão e a retenção do conteúdo, ainda que de forma
inconsciente ou até subliminar, pois o objetivo maior de educar será alcançado e, fazendo
valer a máxima de que “os fins justificam os meios”, ainda que só neste caso.

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