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Centro universitário Arthur Sá Earp Neto

Instrumental
Patologia da Nutrição
e Dietoterapia II
Gabrielle Mello de Souza
Profº: Giselle França
Queimaduras

Borcelle
Dietoterapia em queimados
Cálculo do balanço nitrogenado: BN = NI - NE

Perdas de nitrogênio pela ferida:

< 10% de ferida aberta 0,02g N/kg/dia

11 - 30% de ferida aberta 0,05g N/kg/dia

> 30% de ferida aberta 0,12g N/kg/dia

Possíveis causas para perda de peso: + catabolismo, sepse,


anorexia, náuseas, diarreia, cicatrização, cirurgias,
imobilização, hipermetabolismo e perda proteica.

Terapia nutricional:
Vias: oral, por sonda enteral e parenteal.

RECOMENDAÇÃO DE PROTEÍNAS:
14 - 20% do VET ou 1,6 a 2,5 g/kg/dia
Davies e Liljedahl
Adultos: 1 g/kg/dia + 3g x % SCQ
Crianças: 3 g/kg/dia + 1g x % SCQ

Adultos: 2,5 g/kg/dia ou 1,4 g/kg/dia se houver alteração renal


ou hepática (preferir aminoácidos ramificados)
Crianças: 2 a 5 g/kg/dia

Obs: aproximar relação Kcal ñ ptc / g/N para valores próximos a 150:1
Dietoterapia em queimados
RECOMENDAÇÃO DE CARBOIDRATOS:
60% VET (6 - 7 g/kg/dia)

RECOMENDAÇÃO DE LIPÍDEOS:
Completar o VET (0,7 - 1 g/kg/dia)

MICRONUTRIENTES:
Vitaminas e minerais suplementados por via medicamentosa:
Vitamina A, tiamina, ácido fólico, ácido ascórbico, zinco, sódio,
ferro, vitamina K, fósforo, cálcio e magnésio.

IMUNOMODELADORES:
Dieta suplementada com glutamina, arginina e ômega 3.

Reduz proteína C reativa;


Melhora resposta imune;
Melhora cicatrização;
Reduz riscos de infecções.
Obesidade
IV Diretriz Brasileira de Obesidade (2015-2016).

30 - 39,9 Obesidade I

35 -39,9 Obesidade II

>40 Obesidade III

OBESIDADE CENTRAL
VALORES DE REFERÊNCIA DA CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA

Valores de
Homens Mulheres
referência

Normal até 94 cm Até 80 cm

Aumentada ≥ 94 cm ≥ 80 cm

Muito
≥ 102 cm ≥ 88 cm
aumentada

CLASSIFICAÇÃO PARA RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL

Risco aumentado:
RCQ = Cintura (cm)
Mulheres: > 0,8
Quadril (cm)
Homens: > 0,95
Tratamento Nutricional
Dieta Low carb
Dieta de baixa carga glicêmica
Dieta sem glúten
Dieta Cetogênica
Dieta normocalórica
Dieta Hipocalórica

Disbiose intestinal
(Suplementos)
Glutamina
Probióticos Nutrientes de recuperação
Prebióticos Zinco
W-3 (óleo de peixe/ Complexo B
óleo de linhaça Selênio

USO DE FIBRAS NA OBESIDADE

↑ saciedade (modula secreção de colescistoquinina)


Retarda esvaziamento gástrico
Fermentação formando ácidos graxos de cadeia curta
libera GLP1(hormônio intestinal sacietógeno)

↑ viscosidade - absorção reduzida de carboidratos e


gorduras
Dieta de baixa carga glicêmica
VALORES DE REFERÊNCIAS PARA A CARGA GLICÊMICA DO ALIMENTO E PARA O DIA

Carga glicêmica Carga glicêmica


Classificação
dos alimentos por dia

Baixa < 10 < 80

Média 11 - 19 81 - 119

Alta ≥ 20 ≥ 120

CARGA GLICÊMICA DE ALIMENTOS EM SUAS PORÇÕES

Carga glicêmica
Alimento Quantidade (g)
dos alimentos

Abóbora 4,3 80

Batata cozida com


18,3 150
casca

Batata assada 25,6 150

Batata doce 17,0 150

Beterraba Crua 4,3 80

Cenoura Crua 2,7 80

Inhame 13,2 150

Mandioca 26,6 100

(Baixa carga) (Média carga) (Alta carga)


Dieta de baixa carga glicêmica
CARGA GLICÊMICA DE ALIMENTOS EM SUAS PORÇÕES

Carga glicêmica
Alimento Quantidade (g)
dos alimentos

Abacaxi 7,4 120

Banana crua 12,4 120

Damasco 5,2 120

Fígo 15,7 60

Kiw 6,2 120

Laranja 4,6 120

Maçã 5,5 120

Mamão papaia 10,2 120

Manga 8,5 120

Melancia 4,3 120

Melão 3,7 120

Morango 1,3 120

Passas 28,5 60

(Baixa carga) (Média carga) (Alta carga)


Diabetes Mellitus
Critério de diagnóstico

Valor de glicemia de Interpretação


jejum laboratorial

< 100 Normal

>100 e < 126 Intolerância a glicose

≥ 126 Diabetes Mellitus


**jejum no mínimo 8 horas.

Recém-nascido – 40 a 80 mg/dl
Crianças – 60 a 100 mg/dl
Adultos – 70 a 100 mg/dl

Glicose pós-prandial
Interpretação Valor de glicemia
pós prandial Casual
laboratorial

Normal < 140

Intolerância
a glicose ≤ 140 e < 200

Diabetes Mellitus ≥ 200 ≥ 200 (com sintomas


clássicos
Diabetes Mellitus
Teste de tolerância oral à Glicose
Doses de dextrosol

Adultos: 75 gramas
Crianças: 1,75 g/kg (até 75 g)
Gestantes: 100 g

Glicemia de
Intolerância DM
Normal Jejum DM 2
a Glicose gestacional
alterada

Basal <100 ≥100 e > 126 ≥100 e > 126 ≥ 126 ≥ 105

60 min - - - ≥ 190

120 min <140 <140 ≥ 140 e < 200 > 200 ≥ 165

180 min - - - ≥ 145

Pode ser calculada com os valores de glicemia e insulinemia


HOMA –IR (Homeostasis Model Assessment – Insulin Resistance)

Homa-IR = glicemia de jejum (mmol/l) x Insulinemia de jejum


(μU/ml) 22,5

Interpretação:
HOMA –beta
≥ 2,71 = Resistência à Insulina
Homa-IR = 20 x Insulinemia de jejum (μU/ml)
Glicemia de jejum (mmol/l) – 3,5
Nível de
hemoglobina Glicemia média correspondente (mg/dl)
Glicada (%)

6 100

7 135

8 170

9 205

10 240

11 275

5 310

12 345

Objetivos para adultos com DM

Controle glicêmico Valores

Glicemia de Jejum 80 – 120 mg/dl

Glicemia pré prandial < 140 mg/dl

Glicemia pós prandial < 180 mg/dl

HBA1c < 7%
Controle glicêmico Valores

Lipídeos -

LDL < 100 mg/dl

Triglicerídeos < 150 mg/dl

HDL > 40 mg/dl

Tratamento
Medicamentoso
Tratamento
Insulinoterapia Nutricional
Hipoglicemiante Atividade Física
s orais /
injetáveis

RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL
(DIRETRIZ 2017-2018)

Manutenção dos níveis glicêmicos dentro de parâmetros


normais
Reduzir as catecolaminas e estresse oxidativo
Redução da necessidade de insulina
Fornecimento adequado de calorias
Controle efetivo dos níveis séricos de lipídeos
Prevenção das complicações sistêmicas
Melhorar a cicatrização
Qualidade de vida
RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL
(DIRETRIZ 2017-2018)

CONTROLE DO PESO CORPORAL

VET = 20 a 25 kcal/kg/dia ou
- 500 a 1000 kcal/dia

PERDA DE ± 5 - 10% do PC inicial em 6


– 12 meses.
↑ Sensibilidade à insulina em (30 –
60%)
Glicemia e os níveis de PA, Melhora
perfil lipídico

10% colesterol total


15% LDL-colesterol
30% triglicerídeos
5 – 20 mmHg PAS
↑ 8% HDL-colesterol
RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL
(DIRETRIZ 2017-2018)

CHO + Gordura monoinsaturada= 50 a 75% da dieta

Contagem de CHO (SBD, 2016


Contagem de CHO (SBD, 2016

Cálculo:
FATOR SENSIBILIDADE BOLUS CORREÇÃO

1800 = SENSIBILIDADE GLICEMIA DO GLICEMIA


-
UI INSULÍNICA MOMENTO META
—————————————
SENSIBILIDADE INSULINICA
Insuficiência Renal Crônica
Avaliando a Função Renal

Estadiamento e Classificação
Cálculo da Proteína pelo Clearance de creatinina urinário e
Crockoft: Clearance de creatinina urinário

2/3 das proteínas são de origem animal

Fórmula do Crockoft e Gault:

Ccr = (140 - I) x Peso Atual ou Ccr = (140 - I) x Peso Atual


72 x Cr sérica (mg/dL) 0,81 x Cr sérica (mg/dL)
Onde:
I = idade em anos ; Ccr = clearance de creatinina
OBS.: Para mulheres deve-se reduzir o valor resultante em 15%.
Cirurgia Bariátrica
Critérios para seleção:

IMC > 40 kg/m2


IMC entre 35 e 40 kg/m², com co-morbidades
associadas.
Refratários a tratamento não cirúrgico.

Limites de idade:

Jovens: 18 anos.
Idosos: 50 anos.

Observar no pré-operatório:

Presença de DM2 descompensado.


Uso de insulina.
Doença coronariana.
Disautonomia.

Observar no pós-operatório:

Exames Sintomas

Assintomático,
fratura patológica,
dor óssea, d.
Ossos Ca, vitamina D, fósforo.
musculatura
proximal, pseudo
fraturas, tetania.

Fadiga, astenia ,
Esteatose TGO, TGP, Albumina, TAP,
“desconforto” em
Hepática bilirrubina , ferritina.
HCD.
Exames Sintomas

Albumina Sérica, Queda decCabelo,


Deficiência
Transferrina, Pré-albumina, perda de gordura
calórico-proteica
RBP e fibronectina. facial e prostração.

Anemia, estomatite,
Deficiência de língua atrófica,
Ferritina e transferrina.
ferro coiloníquia.

Astenia, “língua
ferida”, parestesias ,
TGO, TGP, Albumina, TAP, ataxia , depressão ,
B12
bilirrubina , ferritina. anemia, queda de
cabelo, d. memória,
depressão

Tratamento Nutricional Pós


Cirúrgico
Fase da Alimentos
Consistência Orientação
gastroplastia proibidos

Volume de 50mL
Fase 1 Café com leite,
a cada 30
(até 7º dia do Líquida e bebidas alcóolicas,
minutos, tomar
pós coada. refrigerante, sucos
líquido sentado,
operatório). em pó e açúcar.
sem canudo.
Volume de
Fase 2 100mL, 6 a 8 Café preto,
(até 30º do Líquida à refeições diárias, bebidas alcóolicas,
pós pastosa. comer refrigerante, sucos
operatório) lentamente, em pó e açúcar.
mastigar bem.

Volume de
Café preto, chás
Transição 200mL, 6 a 8
prontos,
Fase 3 para branda à refeições diárias,
refrigerante e
normal. comer devagar e
açúcar.
mastigar bem.

Orientações Gerais:

Utilizar pratos de sobremesa ou de pão, nunca de sopa


ou de almoço.
Usar adoçante apenas se necessário, de preferência
stevia/sucralose.
Tomar cuidado com síndrome de realimentação em
obesos desnutridos!!!!

Síndrome Metabólica
Critérios de diagnóstico (OMS):

O paciente deve apresentar DM e/ou resistência insulínica


associada a 2 ou mais fatores:
1. Obesidade:
- razão cintura-quadril: >0,9 (homem) / > 0,85
(mulher).
- IMC>30 kg/m²
2. Triglicérides: ³ 150 mg/dl ou colesterol HDL:
< 35 mg/dl (homem)
< 39 mg/dl (mulher)
3. Microalbuminúria: 20 mg/min ou UA/UC>30 mg/g.
4. Pressão arterial: 140/90 mm Hg.

Critérios de diagnóstico (NCEP):

O paciente deve apresentar 3 ou mais:

1. Glicemia de jejum: >110 mg/dl


2. Circunferência da cintura: 102 cm (homem)/88 cm
(mulher).
3. Nível de triglicérides:³ 150 mg/dl.
4. Colesterol HDL: < 40 mg/dl (homem)/< 50 mg/dl
(mulher).
5. Pressão arterial: ³ 130/85 mm Hg.

Orientações Gerais:

Fazer pelo menos 30 minutos de atividade física


diariamente.
Reduzir ingestão de carboidratos refinados, açúcar.
Reduzir ingestão de alimentos ricos em gorduras
saturadas e trans.
Evitar alimentos ultraprocessados.
Evitar a ingestão de sal em quantidades altas.
Hipoglicemiantes orais
1. Ascarbose

Nome
Apresentação Horário indicado
comercial

Glucobay Comprimidos 50 a 3x/dia com as


Aglicose 100mg refeições

Efeitos colaterais: gases, diarreía e distensão abdominal.

2. Sulfonilureias e Glinidas (SUR1)


Comp Dose Ação em Horário
Nome comercial
(mg) habitual hrs indicado

Diabinese 250mg 125 a 500 40 a 60 1x/dia

DaonilLisaglucon,
5 2,5 a 20 6 a 12 1 a 4x/dia
Euglucon

Minidiab 5 2,5 a 20 4 a 10 1 - 2x/dia

40 a
Erowgliz, 10 a 12 a
80/30 240/30 a 1x/dia
Diamicron MR 24
120

Amaryl, Glimsec,
1, 2 e 4 1a8 Até 24 1x/dia
Bioglic, agalimepil

Repaglinida
0,5 - 16 2a6
(prandin),
180 - 360 2a4
Nateglinida (Starlix)

Efeitos colaterais: Hipoglicemia; náuseas; diarréia; constipação;


Hipoglicemiantes orais
3. Metformina

Nome horário
mg mg/dia ação em hrs
comercial indicado

Glucofor 500 a 500 a


2 a 12 2 a 3x dia
min 850 2550

Dimefor 850

500,
Glifage 850 a 2 a 3x/dia
1000

Reduz absorção de folato e vit b12

3.2. Glitazonas

Nome horário
mg mg/dia ação em hrs
comercial indicado

Avandia 4a8 2a8 Até 24 1x/dia

12,30
Actos 15 a 45 Até 24 ''
e 45

Edema; ganho de peso; anemia leve; alterações no


músculo cardíaco;
Hipoglicemiantes orais
Insulina

Nome Início de Pico de Duração


Apresentação
comercial ação ação em horas

Lispro;
Ação 10 a
Asparte; 1 a 2h 3 a 4h
ultrarápida 15min
Apidra;

Ação rápida Regular 30 min 2 a 3h 4 a 6h

Ação
NPH 1 a 3h 2 a 3h 10 a 16h
intermediária

Lantus;
Ação longa Levemir; 1 a 4hr 20 a 25h
Tresiba;
Dislipidemia

Borcelle
Dislipidemia
Hipercolesterolemia isolada > CT e ou LDL C
Hipertrigliceridemia isolada > TG
Hiperlipidemia mista > CT e TG
Redução do HDL C isolada ou associada a aumento
dos TG ou LDL C

200-239 > ou igual


Colesterol <200 (desejável)
(Limitrófe) 240 (Alto)

> ou igual
HDL <40 (Baixo)
a 60 (Bom)

> ou igual
130 a 159 190
LDL <100 (Ótimo)
(Limitrófe) (Muito
alto)

150 a 199 200 a 499


TG <150 (Ótimo)
(Limitrófe) (Alto)
Dislipidemia
Medicamentos CT TG HDL-C

Diuréticos -

Beta bloqueadores -

Anticoncepcional -

Corticosteróides -

Anabolizantes -

Inibidores de proteases -

Drogas Efeitos

C-LDL < 18 a 55%


Estatinas C-HDL > 5 a 15%
TG < 7 a 30%

Seq de ácidos C-LDL <15 a 30%


biliares C-HDL >3 a 5%

C-LDL <5 a 25%


Ácido Nicotínico C-HDL >15 a 35%
TG <20 a 50%

C-LDL <5 a 20%


Fibratos C-HDL >10 a 20%
TG <20 a 50%
Doenças
Carviovasculares

Borcelle
Norma
Marcador Início Pico Vantagens Desvantagens
lização

Alta sensibilidade, Baixa


2a 6a 18 a detecção precoce de especificidade,
Mioglobina
3hrs 9hrs 24hrs IAM, detecção de rápido retorno ao
reperfusão. normal.

Bom para Baixa sensibilidade


estratificação de para diagnóstico
risco, maior com menos de 6
3a 10 a 10 a 15
Troponinas sensibilidade e horas de sintomas.
12hrs 24hrs dias
especificidade que Limitado para
DCV

CK MB. Diagnóstico diagnóstico de


tardio. reinfarto.

Baixa
Método de dosagem especificidade em
rápido e maior custo trauma ou cirurgia.
3a 10 a 3a4
CK-MB eficiência. Bom para Baixa sensibilidade
12hrs 24hrs dias
diagnóstico de com mais de 6h de
reinfarto precoce. sintomas ou além
de 36h.
DCV
Farelos e cereais:

Recomendação - 25-30g de fibras/dia - sendo 1/3 de


fibras solúveis (Beta-glucanas, pectinas, psyllium e
as gomas).

Aveia e farelo de aveia

Recomendação - 3g de Beta-glucanas/dia - 40g de


(FDA) farelo de aveia/

Frutooligossacarídeos

Recomendação - 6 a 12g de FOS/d.


A ingestão de 20-30g por dia geralmente
desencadeia o início de um desconforto
significativo

Oléos de peixe

Recomendação - Ingestão destes peixes no mínimo


2-3 vezes/semana.
DCV
Cápsulas de oléo de peixe

Doses normalmente utilizadas: 3 a 4g/dia

Linhaça

Recomendação - 2 colheres de sopa de farinha


de linhaça/dia.

Cápsulas de óleo de linhaça

Cápsulas: Contendo 1g de óleo de linhaça: 0,6g ω-3


Doses normalmente utilizadas: 1 a 2 g/dia

Alho
Recomendação - 20g de alho cru/dia.
ADA - 600 -900mg de alicina/dia - 1 dente.
Câncer

Borcelle
Câncer
Avaliação Nutricional:

Pré-operatório Pós-operatório

ASG e anamnese ASG e anamnese


Instrumento de AN
nutricional nutricional

ASG = B ou C, ingestão ASG = B ou C, ingestão


alimentar < 60% das alimentar < 60% das
necessidades, % de necessidades, % de
Indicadores
perda de peso perda de peso
significativa ou severa, significativa ou severa,
sintomas do TGI. sintomas do TGI.

Ambulatorial: em até 15 Ambulatorial: em até 15


dias (com risco dias (com risco
nutricional), ou até 30 nutricional), ou até 30
dias (sem risco dias (sem risco
Frequência
nutricional). nutricional).
Internado: até 48h após Internado: anamnese,
admissão, depois exame físico e clínico ->
diariamente. pós imediato e di

Recomendações de macronutrientes::
Kcal:
Realimentação.................................................................. 20
Obeso.............................................................................. 21 - 25
Manutenção de peso............................................ 25 - 30
Ganho de peso......................................................... 30 - 35
Repleção...................................................................... 35 - 45
Cuidados paliativos............................................... 20 - 35

PTN:
Sem Complicações ou Manutenção..............1,0 - 1,2
Estresse moderado..................................................1,1 - 1,5
Estresse grave e repleção....................................1,5 - 2,0
Cuidados paliativos.................................................1,0 - 1,8

CHO:
60% do VET.

LIP:
Complementar o VET.

Recomendação Hídrica:

18 – 55 anos.................................................................35
55 – 65 anos................................................................30
>65 anos.......................................................................25

Recomendações Nutricionais:

Aumentar ingestão de alimentos


funcionais como repolho, brócolis,
rabanete, palmito, alcaparra, couve-flor,
mostarda, couve de bruxelas, nabo.
Consumir alimentos fontes de:
zinco (proteína animal, leite e derivados,
leguminosas e oleaginosas);
selênio (oleaginosas, peixe, fígado, carnes e
aves, semente de girassol, pães integrais);
cobre; cromo; e ferro;
Vitamina C (frutas cítrica, vegetais verde-
escuros);
Vitamina E (óleo de abacate, de amêndoas,
de nozes).
Ácido fólico (fígado, leguminosas, vegetais
verde escuro, abacate, laranja, morango e
tomate).
Flavonóides (chá verde, uva, vinho tinto,
maçã, repolho, cebola, brócolis, chicória,
aipo, chá, soja e cacau).
Fibras (aveia, linhaça, chia, leguminosas).
Prebióticos (inulina: chicória, alcachofra de
Jerusalém, cebola, alho, tomate, aspargo,
banana, cevada, centeio); (FOS: alcachofra,
aspargos, beterraba, banana, alho, cebola,
trigo, tomate, tubérculos e bulbos).
ômega 3 (peixes e linhaça).
Atenção aos sinais e sintomas:

Anorexia.
Disgeusia.
Náuseas e vômitos.
Xerostomia.
Mucosite e úlceras orais.
Disfagia.
Esofagite.
Constipação.
Diarreia.
Neutropenia.
Cirurgia

Borcelle
Cirurgia
Alimentos imunomoduladores:
glutamina.
Arginina.
Vitaminas C, D, E, K.

Avaliar no pré-operatório:
Estado nutricional do paciente.
Avaliar necessidade de suplementação de
proteínas.
Melhorar desnutrição, caso haja.
Alimentos imunomoduladores.

Avaliar para peri-operatório:


Jejum.
Dieta sem resíduos.
Uso de laxantes.
Consistência para não sobrecarregar
digestão

Avaliar no pós-operatório:
Alimentos imunomoduladores e
construtores.
Oferecer aporte adequado de proteínas
(cicatrização).
DPOC

Borcelle
Recomendações de macronutrientes:

PTN: 1,2 a 1,7g/Kg.


CHO: 40 a 55% do VET.
LIP: 30 a 45% do VET.

Recomendações Nutricionais:

Aumentar aporte de proteínas.


Tomar cuidado com excesso na
alimentação.
Consumir alimentos imunomoduladores
como vitaminas C, D, K e E, ômega 3,
arginina e glutamina.
Aumentar consumo de Ca, Mg e cobre.
Diminuir produtos lácteos e carnes
vermelhas.
Aumentar ingestão hídrica.
Doenças
Tireoidianas

Borcelle
Hipopatireoidismo
Restaurar níveis de cálcio e fósforo;
Suplementação de carbonato de cálcio e vit D;
Ingestão hídrica adequada;

Hipotireoidismo
Incluir alimentos ricos em selênio como carnes e
oleaginosas;
Consumir sal iodado com moderação;
Moderar o consumo de soja e produtos a base de soja;
Incluir no cardápio alimentos fontes de zinco como carnes,
pescados e nozes;
Incluir alimentos fonte de cobre como cacau, amendoim,
aveia, etc;
Incluir na alimentação, FLV antioxidantes como acerola,
laranja, abóbora, caju, mamão, morango, limão, tomate,
abacate;
Ao consumir CHO, dar preferência aos complexos e ricos
em fibras.

Hipertireoidismo
Incluir alimentos fontes de ômega 3 como alguns peixes,
sementes e frutas secas;
Evitar alimentos industrializados e embutidos;
Criar o hábito de uma alimentação variada;
Garanta a ingestão hídrica adequada.

obs: boa parte das orientações são necessárias em ambas as doenças. O


planejamento alimentar deve ser ANP.
Doenças
articulares:

Borcelle
Osteoartrite:
Controle de peso;
Dieta adequada em cálcio, ácido fólico, vitaminas B6, D, K e
magnésio;
Dieta anti-inflamatória;

Artrite reumatóide:
Prevenir e controlar lesão articular;
Prevenir perda de função e diminuir dor;
Alimentos anti-inflamatórios como ômega 3;
Probióticos para equilíbrio da flora intestinal;

Síndrome de Sjogren:
Dieta rica em ômega 3 com ingestão de peixes, azeite de
oliva e óleo de semente de linhaça;
Dieta equilibrada com suplementação adequada de
vitamina B6 ou vitaminas;
Restrição de alimentos e bebidas açucaradas;
Modificação da consistência e tamanho dos alimentos para
melhorar os processos de mastigação e deglutição.

Lúpus eitematoso:
Evitar alimentos ricos em gordura e álcool;
Restrição de proteínas e líquidos;
Pacientes com HAS, evitar sódio em excesso;
Glicose alta, restringir consumo de açúcares e CHO
simples.
Fibromialgia:
Dieta vegetariana demonstrou efeito positivo sobre
doenças reumatológicas no geral;
Chorella pyrenoidosa é uma alga verde rica em proteínas,
vitaminas e sais minerais. Evidenciou a redução de alguns
sintomas da doença.

Gota:
Retirada de bebidas alcoólicas;
Consumo moderado de destilados e vinho oferece fator
protetor;
Controle do ganho de peso/perda de peso se necessário;
Adequar a ingestão hídrica;
Prefira proteínas de origem vegetal e carnes magras em
pequenas porções (patinho, filé do peito de frango sem
casca, coxão mole/duro, peixes);
Evite frutos do mar e embutidos;
Prefira temperos frescos como menjericão, orégano, etc;
Evite temperos industrializados.

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