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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

Autonomia escolar. Qualidade do ensino. Igualdade e Diferença. Diversidade


cultural e humana.
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AUTONOMIA ESCOLAR. QUALIDADE DO ENSINO. IGUALDADE E


DIFERENÇA. DIVERSIDADE CULTURAL E HUMANA.

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Autonomia escolar. Qualidade do ensino. Igualdade e Diferença. Diversidade cultu-


ral e humana.

Nesta aula, daremos início ao módulo voltado para cargos da área de educação – peda-
gogo, professor, técnico em assuntos educacionais etc.
Abordaremos, dentre outras coisas, a qualidade do ensino, a diversidade humana, a
diversidade cultural, a inclusão.
Outrossim, analisaremos as questões sociais que envolvem o processo de ensino e apren-
dizagem, a formação do aluno, a formação dos jovens e adultos que ingressam na escola.
Veremos como as nossas escolas funcionam; quais são os documentos norteadores para
que tenhamos uma qualidade de ensino, um currículo inclusivo.
Quando as bancas trazem esse conteúdo, geralmente, elas fazem uma contextualização
com a escola e com a sociedade. Desse modo, temos de entender o contexto, para que pos-
samos resolver as questões.
Falaremos da autonomia escolar, da qualidade do ensino, da igualdade e diferença e da
diversidade cultural e humana.
O que é autonomia?
Quando falamos em autonomia, logo nos vem a ideia de liberdade, no que se refere à
possibilidade de fazermos aquilo que queremos.
No entanto, vamos discutir alguns conceitos de autonomia, especialmente o de autono-
mia da unidade escolar.
Dentro da organização do trabalho pedagógico, a escola, para que exista e se organize,
obedece a legislação e os documentos oficiais. Contudo, ela também apresenta autonomia.
Há coisas que a escola não precisa recorrer a órgãos oficiais, uma vez que tem autonomia
administrativa, financeira, pedagógica.
Autores como Holanda (1983) define autonomia como a “faculdade de se governar por
si mesmo”. Barros (1998), por sua vez, menciona como “uma maneira de gerir, orientar as
diversas dependências em que indivíduos e os grupos se encontram no seu meio biológico
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ou social”. Para Neves (1995), a “autonomia é a possibilidade e a capacidade de a escola


elaborar e implementar um projeto político-pedagógico que seja relevante à comunidade e
à sociedade”.
Para alguns pesquisadores, existem duas formas de autonomia: a autonomia decretada
e a construída.
A autonomia decretada consiste na transferência de competências, por meio de decre-
tos, da administração central e regional para as unidades escolares. Trata-se de uma autono-
mia que necessariamente deve ser seguida, para que depois decisões possam ser tomadas.
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A autonomia construída refere-se à construção coletiva e democrática de projetos (PPP,
principalmente) nas escolas que atendam aos anseios das comunidades pertencentes.
A autonomia entra nas discussões de especialistas da educação, de gestores, de parti-
dos políticos etc. para analisar certas liberdades impostas.
No entanto, para o nosso entendimento, como uma autonomia na escola, mostramos
que a escola deve ser independente e tenha liberdade para coletivamente pensar, discu-
tir, planejar, construir e executar o projeto político e pedagógico de suas unidades de ensino.
Contudo, mesmo com essa autonomia, a escola está subordinada às normas gerais do
sistema de ensino dos órgãos oficiais (sempre), não podendo desobedece-las.
Para que uma escola exista e se organize, precisa do apoio do governo e dos órgãos
vinculados à escola (Secretaria de Educação, Regionais de Ensino, Ministério da Educação
etc.); precisa obedecer às legislações existentes, como a Lei de Diretrizes e Bases de Edu-
cação. Outrossim, a construção é coletiva e obedece a realidade concreta da escola.
Princípios da autonomia:

• O reforço da autonomia da escola deve ser definido levando em conta as diferentes


dimensões das políticas educativas.
– Temos, por parte do governo, o acesso e a permanência. O Poder Público oferece o
acesso e a escola tende a oferecer a permanência dos alunos.
– A políticas públicas na área de educação devem atender a todos os alunos, indepen-
dentemente da idade.
– Caso o aluno não permaneça na escola, teremos evasão, índice alto de repetência,
distorção idade-série etc.
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• A “autonomia escolar” é sempre uma autonomia relativa, uma vez que é condicionada
pelos poderes públicos e pelo contexto em que se efetiva.
– O contexto é a realidade concreta da escola.

• A autonomia não pode ser considerada como uma obrigação para as escolas, mas sim
como uma possibilidade.
– As autonomias existem para que as escolas se organizem, para que as instituições
coloquem em prática o PPP; ou seja, para que as ações sejam efetivadas na prática.

• Com a autonomia também se aprende a organizar-se; a participar de decisões (uma


vez que falamos em coletividade), por meio de planejamento participativo etc.
– A nossa práxis tem de sempre ser analisada e repensada. Temos de sempre fazer
um feedback da práxis, para que possamos entender como a escola funciona, que
autonomia ela tem, como que essa autonomia vai trazer benefícios para a escola etc.

• Flexibilidade: nada é hierárquico e nada é metódico dentro de uma organização esco-


lar. A flexibilidade, contudo, demanda tempo.

Autonomias
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A escola tem as seguintes autonomias:

• Administrativa: refere-se à organização da escola (em sentido amplo). Dentro dessa


autonomia, pensamos na construção do Projeto Político Pedagógico.
– Trata-se da maior autonomia que a escola tem.
– O PPP é um documento norteador.

• Jurídica: refere-se às leis e às normas. Toda escola, dentro do seu PPP, tem ações que
precisam ser legitimadas na prática.
– Por exemplo, estudantes têm de assistir às aulas uniformizados; horários de entrada
e saída etc.

• Financeira: pode ser total ou parcial. Trata-se da possibilidade que a escola tem de
organizar ou gerir seus recursos.
– Há a necessidade de prestar contas de tudo o que foi gasto.
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• Pedagógica: refere-se às ações educativas.


– Exemplo: autonomia para estabelecer reforço, para fazer projetos interventivos, para
fazer reagrupamentos.
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– Surge da autonomia administrativa, pois nesta acontece o PPP e na sua construção,
os objetivos são explícitos, precisando ser levados à pratica. A legitimação desses
objetivos acontece com ações educativas.
– Toda a organização da escola é levada para a prática. A família, os coordenadores,
os orientadores, os professores etc. irão fazer tal papel.
– Por exemplo, como coordenador, João deverá dar apoio ao 4º ano, pois os alunos
estão com dificuldades de multiplicação. Outrossim, deverá fazer projetos interven-
tivos, conversar com os orientadores e gestores etc.
– As ações educativas vão contribuir para a formação do cidadão (objetivo).

A construção do projeto político pedagógico: contribuições para a autonomia escolar.


O PPP é a maior autonomia que a escola tem, uma vez que a escola irá trabalhar na sua
construção.
Nesse sentido, temos algumas informações sobre o Projeto em tela:

• Nasce da realidade concreta da escola. A construção do PPP de cada escola é


diferente.
– Exemplo: a realidade de escola de zona rural é diferente da escola situada em gran-
des centros urbanos.

Obs.: para construir o PPP, não é necessário que o MEC participe e nem que as Regionais
falem das realidades das escolas. Nascerá da realidade concreta de cada escola.
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�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Andreia Sousa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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