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Formulação Clínica e
Personalização do
Tratamento
João Salgado
Conteúdos programáticos
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Avaliação
Em avaliação contínua, o peso de cada elemento de avaliação será o seguinte:
- Trabalho de formulação clínica e personalização do tratamento: 35%
- Participação: 20%
- Inclui resposta a questões orais individuais
- Participação na discussão de outros trabalhos
O regime de avaliação contínua obriga à presença num mínimo de 75% das aulas
lecionadas. Estudantes com estatuto de estudante-trabalhador estão isentos desta
obrigatoriedade.
Participação (20%)
- Componente 1:
- Resposta a questões orais individuais: Cada elemento do grupo
terá que responder a duas questões, que irá fazer aumentar ou
diminuir a classificação individual, partindo da classificação do
grupo (50% da part)
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Participação (20%)
- Componente 2:
- Participação na discussão de outros trabalhos: Todos os alunos
deverão procurar aspetos relevantes a melhorar nos trabalhos
apresentados pelos restantes colegas (50% part)
- 0 intervenções: Insuf (8)
- 1 intervenção: Suf (12)
- 2 intervenções: B (15)
- 3 intervenções: MB (18)
- > 3 intervenções: Exc (20)
Datas importantes
Teste: 29.4
Apresentação formulação +
Datas de avaliação plano de tratamento): data
a combinar com o grupo
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Datas e temas
• casos de fc cognitivo-comportamental + estádios
de preparação para a mudança
• casos de terapia focada nas emoções + assimilação
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• Ou seja, engloba:
O que é a
formulação – Uma hipótese explicativa
– Sobre as dificuldades
clínica/de – Baseada numa teoria psicológica
caso?
• É uma ferramenta essencial da
consulta psicológica nos diversos
contextos de actuação técnica:
• Os modelos são genéricos;
• As formulações são
individualizadas (i.e.
personalizadas para o/a
cliente)
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FORMULAÇÃO
CLÍNICA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
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que é esta
behaviours.” (Dudley & Kuyken, 2006, p. 17)
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A formulação CBT…
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A formulação CBT…
• Implica compreender:
• Quais são os problemas?
• O que os activa, desencadeia (análise situacional transversal – factores
precipitantes)
• O que os mantém (factores perpetuadores)
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Factores Situação
Situações de
contrariedade
Pensamentos
Eu não consigo
fazer nada certo
Comportamento
Sentimentos
Ficar na cama,
Tristeza
evitar trabalho
Fisiologia
Choroso
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• Factores de protecção
– Recursos que permitiram evitar escaladas, atingir sucessos, de
modo a facilitar uma menor resistência da pessoa à intervenção
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Construção da formulação
clínica
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FORMULAÇÃO
CLÍNICA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
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Formulação de caso
cognitivo-comportamental
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Em terapia
DEPRESSÃO cognitivo-
comportamental
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Modelo teórico de
conceptualização na Depressão
• Modelo cognitivo de Beck: baseado na metáfora computacional
(processamento de informação)
– Segundo este modelo, o aspecto central da depressão é a distorção
ocorrida no âmbito do processamento de informação
– Terapia está centrada na mudança dos aspectos cognitivos, afectivos e
comportamentais da depressão (por comparação com a
farmacoterapia, centrada nos aspectos bioquímicos)
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Ciclo da depressão
Pensamentos em
torno de
incapacidade e
falta de esperança
Isolamento/
Estado de humor
evitamento da
negativo
actividade
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• Objetivo:
– Ajudar a lidar mais eficazmente com problemas situacionais e
interpessoais
– Modificar pensamentos automáticos
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Esquemas desadaptativos
precoces
• EMS: Early Maladaptive Schema
– Consistem em “temas extremamente duráveis e estáveis, que se desenvolvem a
partir da infância, que são elaborados ao longo da vida de um indivíduo e que são
disfuncionais a um nível significativo” (Young, 1999, p. 270)
ü Crianças aprendem a representar a realidade de acordo com as
experiências, sobretudo com os outros significativos
ü Isto cria esquemas que, mais tarde, poderão ser fonte de desadaptação
ü E.g. Tudo que eu faço sai errado; Ninguém gosta de mim
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Esquemas desadaptativos
precoces
• São 18, podendo ser agrupados nos 5 seguintes domínios:
– Desconexão e rejeição
• EMS: abandono/instabilidade; desconfiança/abuso; privação emocional;
defeito/vergonha
– Autonomia e performance limitada
• EMS: dependência/incompetência; vulnerabilidade a danos ou doenças;
emaranhamento/self não desenvolvido; fracasso
– Sobrevigilância e inibição
• EMS: Negativismo/pessimismo; inibição emocional; hipercriticismo;
punitividade
– Limites deficientes
• EMS: Grandiosidade; Autocontrolo/Autodisciplina deficientes
– Orientação para os outros
• EMS: subjugação; auto-sacrifício; procura de aprovação/reconhecimento
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ANSIEDADE Em terapia
SOCIAL cognitivo-
comportamental
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A Perturbação de Ansiedade
Social ou Fobia Social
• Aspectos centrais:
– Medo de não causar uma impressão positiva ou de ser avaliado
negativamente pelos outros
– Sensação de ser constantemente observado pelos outros
– Vigilância permanente
– Elevada autoconsciência
– Eu como socialmente incompetente; os outros como hipercríticos
• Dimensão somática e afectiva: Ansiedade; rubor, tremor, sudação e tensão
muscular
• Dimensão cognitiva: Auto-esquemas de incompetência ou como inaceitáveis
pelos outros; Imagens negativas e distorcidas de si (observador); Atenção
autofocada (em detrimento da tarefa corrente)
• Dimensão comportamental: Pior desempenho social; Falta/Défice de
competências sociais; Comportamentos de segurança
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ANSIEDADE Em terapia
GENERALIZADA cognitivo-
comportamental
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Exposição à preocupação
• Introduzir o rationale (procedimento de habituação e cuidados na exposição)
• Procedimento:
– Identificar 2 ou 3 esferas principais de preocupação e ordená-las
hierarquicamente
– Treino de imaginação (situações de prazer)
– Praticar a evocação vívida da primeira esfera de preocupação da
hierarquia, imaginando as piores consequências possíveis
– Quando for capaz de imaginar imagens de forma vívida,
introduzir esses imagens e mantê-las por 25-30 minutos
– Depois de 25-30 minutos, o cliente gera o maior número de alternativas
que possa imaginar ao pior resultado possível
– Registo da Exposição à Preocupação (ansiedade e sintomas, conteúdo da
preocupação e pior resultado possível, alternativas e ansiedade sentida)
– Passam para a outra esfera de preocupação quando a imaginação já não
provocar mais do que uma resposta ligeira de ansiedade (2 de 0-8)
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PERTURBAÇÃO
DE PÂNICO E Em terapia
AGORAFOBIA cognitivo-
comportamental
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Conceptualização CC da PP/PPA
• Factores de vulnerabilidade
– Reactividade autonómica
– “Sensibilidade à ansiedade”: tendência a considerar a ansiedade como nociva
• Experiências directas aversivas (e.g. doença), observações vicariantes (e.g. familiar
doente ou hipocondríaco), transmissões de informação (e.g. sobreprotecção
relativamente a cuidados com bem-estar físico)
– Selectividade atencional para pistas interoceptivas
• Ataques de Pânico iniciais e condicionamento
– A natureza mais ou menos traumática dos ataques de pânico
– Maior parte ocorrem fora de casa (conduzir, andar, no trabalho, na escola, em
transportes, …)
– Provavelmente associados a situações onde as sensações físicas são vistas como
ameaçadoras devido a: interferirem com a capacidade de executar acções (conduzir, …);
ficar encurralado; ficar sujeito a avaliação social negativa; ficar distante de espaços
seguros
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Medo de
activação interna
Vulnerabilidade
1º ataque de pânico
Probabilidade de
(cond.
Interoceptivo)
activação interna
Stress
Interpretação
inadequada da
activação Ansiedade antecipatória e
focalização em futuros
perigos
Agorafobia
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PERTURBAÇÃO
OBSESSIVO- Em terapia
COMPULSIVA cognitivo-
comportamental
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• Teorias cognitivas
• Carr (1974) tenta explicar o desenvolvimento da POC através de características
individuais tipicamente encontradas em indivíduos com PAnsiedade:
– Sobre-estimação da probabilidade de eventos negativos
– Exagero na importância atribuída preocupações tidas como “normais” (e.g. Medo
de adoecer, do pecado etc.)
• Salkovskis (1985) tenta explicar como estas preocupações passam de “normais” a
exacerbadas como produto da presença de 5 crenças disfuncionais:
– (1) Pensar é o mesmo que agir; (2) Impedir um dano de acontecer é o mesmo que
o infligir/levar a cabo; (3) A responsabilidade individual não é atenuada pela pouca
probabilidade de algo acontecer; (4) Não neutralizar/anular um pensamento é a
mesma coisa que querer que se concretize; (5) Podemos/Devemos controlar os
nossos pensamentos
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Diminuição do desconforto,
culpa e medo Interpretação do seu
significado congruente
REFORÇO
Aumento do desconforto,
Compulsões culpa e medo
Necessidade de anular/neutralizar
e controlaras consequências
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PERTURBAÇÃO
STRESS PÓS- Em terapia
TRAUMÁTICO cognitivo-
comportamental
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ABUSO E
DEPENDÊNCIA
DE
SUBSTÂNCIAS
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Modelos teóricos de
conceptualização
• Motivação/Preparação para a mudança: Modelo de Prochaska & DiClemente (2005)
1. Pré-contemplação
2. Contemplação
3. Determinação/Preparação
4. Acção
5. Manutenção ou o seu inverso: recaída
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Estímulo externo
Consequências condicionado
presente
Reforço
negativo
ou positivo
Cognições e
afectos
CONSUMO mediadores da
relação
Estratégias de
coping pobres
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Formatos de
• Alternativas com apoio empírico
intervenção nas relevante:
Perturbações • Intervenções breves e
relacionadas com focadas na motivação
substâncias (motivational interviewing)
• Intervenções cognitivo-
comportamentais
• Programas de 12 passos
• Terapia de casal
comportamental
• Intervenções focadas na
exposição (ao risco)
• Intervenções globais em
comunidades terapêuticas
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