Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Introdução
1
Pós graduanda em Direito do Trabalho pela UCAM, advogada militante em Direito do Trabalho,
associada da Jansen Nogueira Advocacia e Consultoria, ana.fsilva@hotmail.com.br.
2
Especialista em Direito Previdenciário pela EPD/SP. Especialista em Processo Civil pela PUC/SP. Ex-
Presidente da Comissão de Assuntos Previdenciários da 23ª Subseção da OAB/MG. Professor de Direito
Previdenciário do IBEP/SP. Professor de Direito Previdenciário e Processo Civil do Curso de Direito da FEPI –
Centro Universitário de Itajubá (www.fepi.br). Co-Autor dos Livros “DESAPOSENTAÇÃO – Aspectos
Teóricos e Práticos” (LTr) e “DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Coleção Elementos do Direito n.19” (RT).
Advogado em Minas Gerais. Sócio do Escritório Advocacia Especializada Trabalhista & Previdenciária
(www.trabalhistaeprevidenciaria.com.br). (sergiohsalvador@bol.com.br)
2
previdenciária, 13° salário, férias com o terço constitucional, eis que exploram a própria força
do trabalho em forma de cooperativa.
Diante disto, mais uma vez resta comprovado que a opção pela pejotização é a opção
mais imprudente a ser tomada.
Outro ponto importante a mencionar é no caso de havendo a pejotização, o empregado
não tem direito a abertura de CAT e qualquer tipo de auxílio previdenciário decorrentes de
acidente do trabalho, tampouco danos morais decorrentes da relação de emprego, como, por
exemplo, o tão discutido assédio moral e seus consectários.
Eis que a pessoa jurídica assume os riscos do negócio. Devendo o trabalhador recorrer
ao INSS para proceder ao afastamento por sua conta e risco.
Até então não há prejuízos, eis que ambos trabalhadores, empregado e pessoa jurídica,
ao sofrerem acidente, na condição de segurados do INSS podem pleitear afastamento junto a
referida autarquia.
O período de afastamento é sempre estipulado de acordo com a lesão sofrida,
permanecendo até quando a incapacidade ao trabalho perdurar.
O empregado celetista afastado pelo INSS não pode ser dispensado enquanto estiver
afastado, sendo detentor de estabilidade provisória no emprego pelo prazo de doze meses após
cessar a incapacidade laboral e, caso seja dispensado sem justa causa terá direito a
indenização substitutiva do período estabilitário.
O trabalhador pessoa jurídica, não receberá auxílio doença acidentário ou auxílio
acidente, sendo apenas auxílio doença, eis que não é empregado e não houve emissão de
CAT, não tendo qualquer tipo de estabilidade, podendo ser dispensado a qualquer tempo,
inclusive ainda afastado.
E no caso de lesões permanentes e inclusive deficiência física, perda de membros entre
outros por parte do trabalhador PJ, este estará desamparado e a própria sorte, podendo ser
descartado pela empresa, eis que não mais atenderia suas necessidades.
Assim, como vemos, a contratação por meio de pessoa jurídica só traz prejuízos ao
funcionário, eis que caso este venha a sofrer o infortúnio acidentário não terá qualquer direito
estabilitário, podendo ser dispensado a qualquer momento.
6. Conclusão
Referências
BARROS, Alice Monteiro de, Curso de direito do Trabalho, São Paulo: LTR, 2011.
DELGADO, Maurício Godinho, Curso de Direito do Trabalho, São Paulo: LTR 2009.
MARTINS, Sergio Pinto, Direito do Trabalho, São Paulo: Atlas, 2009.
OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de, Indenização Por Acidente do Trabalho ou Doença
Ocupacional, São Paulo: LTR, 2014.