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Laboratório Didático II
Práticas 1 e 2 de Meteorologia
METEOROLOGIA
Prática 1 – Umidade relativa
Introdução
A umidade relativa é uma medida meteorológica de grande importância, pois relaciona a quantidade de água
existente no ambiente, fator muito importante para a nossa saúde.
http://www.cpa.unicamp.br/artigos-especiais/umidade-do-ar-saude-no-inverno.html
Os valores de umidade podem ser apresentados em valores percentuais e representam a razão entre a quantidade de
água existente no ambiente e a quantidade de água que poderia haver naquele ambiente numa determinada tempera-
tura. A umidade pode ser determinada por instrumentos meteorológicos que empregam diferentes princípios físicos.
O instrumento a ser empregado nesta atividade prática é o psicrômetro. É um instrumento que emprega dois
termômetros, sendo que um deles está com o bulbo umedecido artificialmente com um feltro ou algodão em torno
do bulbo. Tomando a leitura do bulbo seco e a diferença de temperatura entre os dois bulbos, é possível consultar
uma tabela pscicrométrica e obter o valor da umidade relativa.
Objetivo
Nesta primeira prática, o objetivo será determinar a umidade relativa local empregando o psicrômetro.
O psicrômetro será montado e empregado na própria sala de aula.
Metodologia para o Psicrômetro
Para determinar a umidade a partir de um psicrômetro, é necessário utilizar:
• 2 termômetros;
• 1 pedaço de feltro, arame;
• um pouco de água;
• uma tabela psicrométrica.
1. Arranje os dois termômetros de forma que eles fiquem paralelos, separados aproximadamente por 2 cm,
e evite que os bulbos encostem na mesa ou algum outro material, muito menos um bulbo no outro.
Uma sugestão é apoiá-los sobre um caderno de 2 cm de altura.
2. Anote a temperatura inicial dos dois termômetros.
Você Lembra?
Na prática do Módulo 1, em instrumentos analógicos, como os termômetros
com divisão de °C em °C, você viu que a leitura deve ocorrer com uma casa
decimal; por exemplo, a 21,7 °C, o valor 7 foi estimado por você.
3. Evite pegar no bulbo do termômetro para não interferir na medida da temperatura; sempre avalie se
a o valor a ser mensurado está estabilizado; se ocorrer alguma variação devido à lenta termalização
do bulbo com o ambiente, aguarde mais alguns minutos para proceder à leitura. Os valores experi-
mentais devem ser anotados aqui e no relatório a ser entregue. Esta instrução serve para esta medida e
todas as demais medidas experimentais a serem utilizadas.
T1-inicial= T2-inicial=
4. Envolva o bulbo de um dos termômetros com um pedaço de feltro e fixe-o com o arame disponível
no kit. Não dê duas voltas com o feltro, apenas uma volta; e fixe esse feltro de forma que ocorra um
bom contato entre o feltro e o bulbo.Veja a Figura 1 para um melhor entendimento da fixação e
posicionamento dos termômetros.
5. Mergulhe o bulbo do termômetro com o feltro num recipiente de água à temperatura ambiente,
deixe umedecer bem e remova o excesso de água do feltro chacoalhando-o gentilmente; este será
denominado termômetro úmido, enquanto o outro termômetro será chamado termômetro seco.
6. Posicione os termômetros na posição apresentada na Figura 1 e acompanhe a evolução da tempe-
ratura dos dois termômetros durante 5 minutos, anotando na Tabela 2 os valores da temperatura a
cada 30 segundos.
Tabela 2: Temperatura dos bulbos seco e úmido, e suas diferenças, após ter umedecido um dos bulbos (Vale 1 ponto).
t (min) 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
T1-seco (°C)
T2-úmido (°C)
∆T (°C)
7. Determine a diferença entre as duas temperaturas [complete DT (OC) da tabela] e encontre na tabela
psicrométrica abaixo a linha correspondente à temperatura do bulbo seco e a coluna correspondente
à diferença nas temperaturas registradas entre os dois bulbos (seco e úmido).
Tabela 3: Tabela psicrométrica que deverá ser empregada para obter a umidade a partir da temperatura do bulbo seco e da variação da temperatura registrada entre os dois
bulbos após 5 minutos de termalização. Esses valores variam para diferentes altitudes, mas neste experimento desconsidere essa influência.
8. Faça um gráfico da evolução da temperatura dos dois termômetros ao longo destes 5 minutos
(Vale 1 ponto).
9. Determine a umidade relativa desta atividade e complete a Tabela 4. Compare-a com os demais
valores encontrados por outros estudantes que estão na mesma sala.
Tabela 4: Umidade relativa determinada em comparação com os valores encontrados por outros estudantes (Vale 1 ponto).
Umidade Relativa (%)
Próprio Demais estudantes Valor médio
Conclusão
Este experimento demonstrou como é possível determinar a umidade do ambiente a partir de dois termômetros,
um deles envolto numa umidade ambiente, que seria o termômetro seco, e outro termômetro envolto por uma
umidade produzida artificialmente com um feltro úmido, que representaria a umidade próxima a 100%.
Explique por que ocorre essa redução na temperatura no bulbo úmido. Descreva esse fenômeno e compare-o
com situações cotidianas onde o ambiente pode estar em condições bem secas ou bem úmidas (Vale 1 ponto).
resposta: _______________________________________________________________________________________
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Este modelo é uma idealização, que funciona de maneira mais adequada quando
as distâncias entre as moléculas são muito grandes, i. e., em pressões muito pequenas
e temperaturas elevadas. Mas, para valores de temperatura entre 0 °C e 30 °C e
pressões próximas a 1 atm, que correspondem à temperatura e pressões do nosso ambiente,
também vamos considerar que esta aplicação seja válida.
Considerando que o nosso ar, que é composto aproximadamente de 78% de N2, 20% de O2 e 2% de outros
gases como argônio e dióxido de carbono, vamos supor que ele se comporta como um gás ideal em temperaturas
próximas ao nosso laboratório: 25 °C (273,15 + 25 = 299,15 K) e pressão de 1 atm (1,013 × 105 Pa).
Para um sistema experimental, como o existente neste kit, considere um tubo de vidro com uma extremidade
fechada e outra aberta, onde está acoplada uma mangueira. Na figura a seguir estão diagramados os dois sistemas
que serão empregados independentemente como barômetros.
Preenchendo a mangueira (considere a peça de vidro menor, em forma de “U”, e a mangueira de silicone com o
diâmetro maior) com água, é possível variar a coluna de água que exerce uma pressão sobre o volume aprisionado,
onde podemos determinar essa variação do volume de ar a partir do volume de um cilindro:
V =A ⋅ x =(π r 2 ) ⋅ x
sendo (A) a área da base e (x) a altura da coluna de ar que foi comprimida com a presença da coluna de água.
A pressão (Px ) no interior desse volume de ar está relacionada com a pressão na extremidade aberta (P0 ), que é
a pressão do nosso ambiente, e a coluna de água da seguinte forma:
Px= P0 + rg DH x
onde r é a densidade da água (1.000 kg/m3), g a gravidade (9,8 m/s2) e DHx a diferença de altura entre os dois
pontos onde se associam as duas pressões, i. e., a diferença de altura entre os dois níveis da água. Para melhor entender
essas variáveis, veja a Figura 4.
Relacionando as três equações anteriores, teremos:
PV = nRT PV
=
0 x nRT − rg DH xVx
( P0 + rg DH x ) ⋅ (Vx ) = nRT P0 =
nRT − rg DH xVx
Vx
Com esta equação podemos correlacionar o aumento da coluna de água (DHx ) e a diminuição do volume (Vx );
e determinar a pressão atmosférica (P0 ).
O cálculo do volume (Vx ) para os dois barômetros é realizado de forma diferente. No primeiro
barômetro com a peça de vidro em forma de “U”, o volume é calculado diretamente a partir da
altura de ar aprisionado usando a formula: V =A ⋅ x =(π r 2 ) ⋅ x, onde x é essa altura do cilindro
preenchido com ar e r é o raio do tubo de vidro e igual a 5,5 cm.
Para o barômetro com a peça de vidro maior, o volume inicial até a extremidade aberta de vidro
é (V0 = 400 ml); logo, o volume Vx deverá ser determinado como: V = V0 − A ⋅ x = V0 − (π r 2 ) ⋅ x ;
onde x é a variação no nível de água dentro da cânula de vidro (veja figura) e r o raio desta cânula,
que é igual a 2 mm.
Objetivo
Nesta atividade prática, você determinará a pressão atmosférica local, empregando dois barômetros, como
podem ser observados na Figura 4. Como apresentado na introdução, a pressão atmosférica pode ser determinada
a partir das variações da coluna de água e do volume aprisionado no recipiente de vidro. Dessa forma, o objetivo
desta atividade prática será determinar a variação do volume (Vx ) em função da altura da coluna de água (DHx ),
correlacioná-los e calcular (P0 ).
Metodologia
Estes experimentos deverão, obrigatoriamente, ser realizados em duplas e cada kit deverá atender preferencial-
mente a duas duplas. O procedimento experimental é parecido para os dois barômetros.
1. Vamos começar com o barômetro com o recipiente de vidro menor (com formato de “U”). Enquanto
uma dupla usa um barômetro, a outra dupla poderá empregar o segundo barômetro (item 4).
2. Com o auxílio de outro estudante, o qual segurará a mangueira e a peça de vidro, despeje uma
pequena quantidade de água para que produza uma pequena coluna de água (alguns centímetros).
Anote os valores de x, Vx e DHx.Veja a Figura 4 para melhor compreender as medidas experimentais.
Anote esses valores na tabela a seguir.
3. Despeje mais uma certa quantidade de água para produzir aproximadamente uma coluna de 15 cm
de água (não precisa ser exatamente esse valor). Anote os valores e repita esse procedimento 6 vezes
até preencher completamente a mangueira de silicone.
4. Vamos agora repetir este procedimento utilizando o barômetro maior com formato cilíndrico.
Neste barômetro, com a mangueira desacoplada do vidro, preencha a mangueira completamente
com água até as (duas) extremidades. Para tanto, empregue a seringa disponível no kit e não permita
que se formem bolhas no interior da mangueira.
5. Acople uma das extremidades ao orifício da cânula de vidro; observe que, após o acoplamento, os dois
níveis de água estarão alinhados horizontalmente e próximo à extremidade do orifício da cânula de vidro.
6. Observe que, ao variar a altura da extremidade solta da mangueira, o nível de água no interior da cânula
de vidro sobe e não fica mais alinhado com o nível de água da extremidade solta da mangueira.
Observe a figura anterior para verificar o efeito e associá-lo com as medidas experimentais x, Vx e
DHx a serem tomadas.
7. Volte para a posição original em que os dois níveis estavam igualados. Nessa posição, o volume aprisio-
nado é de 400 ml (V0 = 400 cm3) e a variação da altura é zero (DHx = 0). Anote esses valores na tabela.
8. Eleve a mangueira de água para um determinado nível e anote todos os
valores na tabela abaixo. Repita esse procedimento até completar as
6 linhas da tabela 7. Sempre compare os dados com o diagrama anterior
para melhor compreender a medida experimental.
9. Para calcular a pressão atmosférica, é necessário saber alguns valores adicionais, entre os quais o número
de mols de ar aprisionado nas duas peças de vidro. Assim, determine o número de mols considerando a
relação que 1 mol de gás ideal mantido a CNTP (condições normais de temperatura e pressão, 25 °C
e 1 atm) ocupa 22,4 litros. Conhecendo o volume inicial V0 no interior das peças de vidro, é possível
determinar a quantidade (em mol) do gás aprisionado. Faça isso e complete o quadro abaixo. Além do
número de mols, é necessário utilizar a constante dos gases (R = 8,31 J/molK), densidade da água
(r = 1000 kg/m3), a aceleração da gravidade (g = 9,8 m/s2) e a temperatura ambiente a ser mensurada.
Barômetro maior
Conclusão
Empregando a lei dos gases ideais e utilizando uma coluna de água com altura variável, foi possível determinar
a pressão atmosférica ambiente. Como a pressão atmosférica varia para diferentes altitudes e condições climáticas,
não é possível ter um valor muito preciso para a pressão atmosférica. Mas não deixe de fazer uma média dos valores
encontrados e compará-los com os encontrados pelos demais estudantes. Complete a Tabela 8.
Barômetro maior
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