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Prova 2 olivo

Problemas práticos de uma fermentação contínua


Falta de homogeneidade no recipiente fermentador contínuo: a causa dos rendimentos mais fracos a
taxas baixas de diluição, acredita-se ser a respiração endógena dos organismos, o que pode ser
acentuado pela falta de homogeneidade no fermentador. O problema de assegurar homogeneidade dos
nutrientes por todo o fermentador se torna mais sério a taxas baixas de diluição, onde a concentração
de substrato limitante é baixa, particularmente no caso de um meio espesso e viscoso e em
equipamento de grande escala.
A fim de minimizar o problema, a boa mistura de caldo, seja por agitação mecânica ou por alta
aeração, se torna significativa. Técnicas convenientes e seguras são necessárias para medir a
concentração de oxigênio dissolvido em caldo de fermentação e para acompanhar as modificações na
viscosidade com o tempo. Essas permitirão à aeração ser variada para controlar o oxigênio dissolvido
a uma concentração escolhida e ademais, que o caldo possa ser diluído para fornecer uma viscosidade
constante.
Manutenção da esterilidade: manter uma fermentação contínua sob condições assépticas por longos
períodos de tempo também é um problema. A manutenção de tais condições determina um sério
obstáculo às operações para esterilizar o meio e o ar. Entretanto, mesmo para o filtro fibroso de ar
mais adequadamente projetado, existe uma probabilidade finita de micróbios contaminantes
eventualmente passarem através do filtro ao meio de fermentação. Também, na esterilização do meio,
mesmo que a operação seja realizada com o máximo do cuidado, a probabilidade de micróbios
indesejáveis serem carregados no caldo não pode ser absolutamente reduzida a zero. Um exemplo de
resolução deste problema é em uma fermentação contínua de ácido glutâmico, utilizando-se uma
mistura de drogas que suprimia o crescimento de microrganismo indesejáveis, sem impedir as
atividades da linhagem produtora de ácido glutamico.
Estabilidade: há dois tipos de estabilidade envolvidos: um concernente à linhagem
microbiana e outro à operação mecânica. Operação em taxas de diluição próximas da
"lavagem" não é recomendada devido à instabilidade experimentada na sua prática. Essa
instabilidade é causada por variações inerentes aos dispositivos de alimentação e à
sensibilidade da massa de células X e da concentração de substrato S, próximo da "lavagem",
a ligeiras modificações na taxa de diluição D .Nas fermentações contínuas prolongadas, os
micróbios são sujeitos, inevitavelmente, a mutações. Quando a forma mutante tem uma
vantagem se letiva sobre a linhagem desejada, o mutante assenhoreia-se da fermentação. O
conhecimento dos meios para suprimir as mutações indesejáveis ou para manter a linhagem
desejada, nas fermentações continuas, é necessário. Ume técnica é a da fermentação
semi-continua, na qual o primeiro recipiente da série é periodicamente ressemeado. De
passagem, será observado que a cultura continua é uma excelente ferramenta para se estudar
as mutações em populações microbianas

Exemplos do processo de fermentação contínua


Levedura: para exemplificar, temos a produção de fermento de pão em cultura contínua
(figura abaixo). Os vários pontos de dados em que a curva é baseada foram obtidos
mantendo-se a fermentação continua em estado estacionário durante dois dias.

O valor de Yx/s não é constante mesmo para uma estreita variação de das razões para a
variação de Yx/s foram consideradas por Humphrey como devidas à respiração endógena
ineficiente a taxas baixas de diluição, quando a concentração de substrato é baixa, e as
dificuldades de se manter um verdadeiro estado estacionário próximo da "lavagem", taxas
altas de diluição. Essa forma micelial em levedura embora tenha atividade respiratória muito
alta não daria um bom fermento de pão por seu caráter granuloso.

Bactéria: o exemplo utilizado é de uma cultura contínua de estado estacionário da bactéria


Aerobacter aerogenes. Esse exemplo aplicava-se a condições onde NH2 era o substrato
limitante de crescimento S1, (ug Nitrogênio/ml). Ambos os valores, massa de células X1 e
substrato S1, apenas foram medidos após pelo menos 2 a 3 dias no estado estacionário para
cada valor de D. O rendimento foi constante exceto na faixa particular de D próximo da
“lavagem”

Fungos: um exemplo é a cultura contínua de Strepcomyces aureo faciens com um


fermentador de 10 litros, utilizando um meio sintético. A sucrose foi escolhida como
substrato limitante. Foram estudados dois níveis de concentração de sucrose. Estados
estacionários para cada taxa diluição foram mantidos durante 1 a 3 dias, antes que os valores
de S, c X, fossem medidos. A fig. 5. 10 é um exemplo dos resultados obtidos com o
Streptomyces aureofaciens. Os rendimentos máximos de micélios, para ambos os níveis de
concentração de sucrose no alimento, foram observados ocorrer próximo da "lavagem.

Balanço de massa de CSTR em estado estacionário


Experimento de fermentação em laboratório - quais variáveis observar??
pH, temperatura, melhor concentração de célula, substrato para obter um rendimento
máximo, tempo de permanência, melhor D

O que significa taxa de diluição


A taxa de diluição é D, que é igual a F/V

O que significa controle arraste ou lavagem


Nesse caso, quando o S = So observa-se, a partir da eq. (12.14), que se obtém um valor nulo
para a concentração celular em estado estacionário. Tal condição de operação é conhecida
como "estado estacionário de lavagem", ou simplesmente "lavagem" (,wash-but"), situação
na qual ocorre urn arraste das células do reator. a valor da vazão específica de alimentação no
qual se tern a máxima ve locidade específica de crescimento denominado "D crítico"(Dc) '

12.14
Quando a velocidade específica ultrapassa a condição de arraste

Teve uma questão que falava sobre as fases de crescimento micr obiano e pedia qual a que
apresentava velocidade máxima e pedia como calculava mi x

- Fase 1 (Fase “lag” ou latência): ocorre após a inoculação do meio com o


microrganismo utilizado. Basicamente é um período de adaptação em que a célula
realiza a síntese das enzimas necessárias ao metabolismo dos componentes
- presentes no meio. Não há reprodução celular.
- Fase 2 (Fase de transição): Início da reprodução microbiana.
- Fase 3 (Fase logarítmica ou exponencial): Velocidade específica de crescimento
constante e máxima
- Fase 4 (Fase linear de crescimento): Apresenta velocidade de reprodução constante
- Fase 5 (Desaceleração): Um ou mais componentes do meio de cultura se
esgotaram.
- Fase 6 (Estacionária): Valor máximo e constante de X, o Xm.
- Fase 7 (Declínio ou lise): Concentração celular diminui mais rápido do que a de
produção de novas

Outra falava sobre a classificação de gaden e pedia pra citar duas classificações e dar
exemplo de cada uma
Os processos fermentativos são divididos em 3 tipos característicos. Serão apresentados a
seguir, gráficos que mostram a variação ao longo do tempo das velocidades específicas
para cada tipo.
- Fermentação alcoólica
Aqui, as velocidades de consumo do açucar e produção de etanol possuem perfis
parecidos. O produto formado está diretamente ligado às reações do catabolismo ou
decomposição do substrato. A formação do produto está associada ao crecimento.
Algumas vitaminas e aminoácidos se enquadram neste tipo.

- Fermentação cítrica
Aqui, a formação do produto é parcialmente associada ao crescimento, sendo que
sua formação não está ligada diretamente ao caminho metabólico que se produz
energia,
É possível identificar duas fases diferentes na imagem abaixo, a primeira em que a
velocidade específica de consumo do açúcar está relacionada ao crescimento do
microrganismo (não formando produto) e a segunda em que as três velocidades
específicas de relacionam.
- Fermentação penicilina
Neste caso não há uma associação clara entre as velocidades a ponto de
estabelecer uma relação cinética.
A máxima velocidade específica de produção do antibiótico ocorre quando as outras
sofrem uma redução. No início do processo as transformações produtoras de
energia com formação de biomassa predominam, e o antibiótico é formado quando o
metabolismo oxidativo está atenuado

Aí tinha duas questões bem parecidas, uma sobre fermentação contínua e outra a descontínuo,
pedia vantagens, desvantagens e parâmetros importantes para cada uma delas
1 Descreva as vantagens e desvantagens dos Processos Contínuos em Relação
aos Processos Descontínuos.

Vantagens:
· Aumento da produtividade do processo (redução dos tempos mortos);
· Uniformidade do caldo fermentado (facilita a recuperação do produto de interesse);

· Menor necessidade de mão-de-obra.

· Possibilidade de associação com outras operações contínuas na linha de produção;


· Facilidade no emprego de controles avançados;
Desvantagens:
· Custo inicial elevado;
· Possibilidade de ocorrência de mutações genéticas espontâneas, resultando na
seleção de mutantes menos produtivos;
· Dificuldades de operação em estado estacionário.
· Como o sistema é aberto, a possibilidade de contaminação é maior;
· Dificuldades de manutenção de homogeneidade no reator (no caso de baixas vazões,
ou quando o caldo adquire comportamento pseudoplástico)

E outra que pedia pra diferenciar a fermentação descontínua da descontínua alimentada

Fermentação descontínua ou em Batelada: caracterizado pela inoculação e incubação de


microrganismos, de tal forma, a permitir que a fermentação ocorra sob condições ótimas. Neste tipo
de produção, nada é adicionado, exceto oxigênio e/ou ácido ou base (controle do pH). É um sistema
fechado e de volume constante e na prática dificilmente será aplicado industrialmente devido à baixa
eficiência.
Vantagens: fácil operação, menor risco de contaminação, construção e instrumentação simples e
barata, processo adequado para curtos períodos de tempo.
Desvantagens: esgotamento do meio de cultivo e acúmulo de compostos tóxicos, menor produtividade
volumétrica.

Batelada alimentada: técnica onde um ou mais nutrientes são adicionados ao fermentador


durante o cultico e em que os produtos ai permaneçam até o final da fermentação. A alimentação do
meio pode ocorrer continuamente ou em pulsos. O volume do reator é variável.
Vantagens: permite alta concentração de substrato os indutores; mantém baixa concentração de
substratos inibitórios para formação de produto.
Desvantagens: maior risco de contaminação; maior necessidade de controle do processo (adição de
nutrientes).

Semi-contínuo: 1) aguarda-se o término da fermentação; 2) retira-se parte do meio


fermentado, mantendo-se no reator o restante do mosto fermentado; 3) adiciona-se ao reator um
volume de meio de fermentação igual ao volume de meio fermentado retirado anteriormente.
Vantagens: possibilidade de operar o biorreator por longos períodos de tempo sem que seja necessário
preparar um novo inóculo; possibilidade de conseguir produtividade maior, uma vez conhecidas as
melhores condições de operação.

Contínuo: o meio é adicionado de forma contínua e os produtos de fermentação também são


continuamente removidos. O sistema é aberto, com volume constante, o produto é produzido
continuamente e a concentração de células e nutrientes são constantes.
Vantagens: elevado volume; menor perda de tempo útil.
Desvantagens: maior risco de contaminação (longo tempo em sistema aberto); dificuldade de
utilização de substratos complexos de composição variável.

No processo descontínuo, o meio é quase sempre colocado no fermentador e, a seguir,


aquecido com vapor. Nessas condições, esterilizam-se simultaneamente o meio e o fermentador. O
aquecimento do sistema pode ser efetuado, quer borbulhando-se diretamente vapor no meio (é o
chamado aquecimento com "vapor direto"), quer passando-se vapor por uma serpentina mergulhada
no meio ou por uma camisa que envolve o fermentador (é o aquecimento com "vapor indireto"). Em
qualquer dos casos, o meio é agitado mecanicamente, a fim de assegurar, tanto quanto possível, a
mesma temperatura em todos os pontos do sistema.
Na esterilização descontínua distinguem-se nitidamente três fases:
a) aquecimento, que eleva a temperatura inicial do meio (sempre próxima da temperatura de
preparo do meio) até à temperatura de esterilização (geralmente da ordem de 120°C);
b) esterilização, na qual a temperatura é mantida aproximadamente constante durante um
intervalo de tempo adequado, chamado tempo de esterilização;
c) resfriamento, quando, com auxílio de água fria passando pela serpentina ou pela camisa, a
temperatura é reduzida até se atingir a temperatura de fermentação.

Processo descontínuo alimentado repetitivo é aquele em que uma fração constante de volume
de cultura é removida a intervalos de tempo fixos, podendo ser mantido indefinidamente.
Enchimentos e esvaziamentos repetidos de volumes específicos resultam numa operação cíclica de
variação de volume, sendo designado por alguns autores como processo descontínuo alimentado
cíclico.
Processo descontínuo alimentado estendido descreve o modo de operação em que a
concentração de substrato limitante é mantida constante no meio em fermentação pelo suprimento
contínuo do nutriente.
O processo descontínuo alimentado pode ser dividido em dois grupos, baseados no fato de a
adição de substrato ser ou não controlada por um mecanismo de retroalimentação.

O processo fermentativo recebe a denominação de semicontínuo quando, uma vez colocados


no reator o meio de fermentação e o inóculo, as operações que se seguem obedecerem à seguinte
ordem:
● Operação n° l - Aguarda-se o término da fermentação;
● Operação n° 2 - Retira-se parte do meio fermentado, mantendo-se, no reator o
restante de mosto fermentado;
● Operação n° 3 -Adiciona-se ao reator um volume de meio de fermentação igual ao
volume de meio fermentado retirado na Operação n° 2.
O emprego do processo semicontínuo, principalmente quando o volume de produção é
relativamente pequeno, pode apresentar algumas vantagens significativas, destacando-se:

● possibilidade de operar o fermentador por longos períodos (às vezes, alguns meses)
sem que seja necessário preparar um novo inóculo;
● possibilidade de aumentar a produtividade do reator apenas modificando-se o
cronograma de trabalho;
● possibilidade de, uma vez conhecidas as melhores condições de operação, conseguir
produtividade significativamente maior do que a obtida em processo descontínuo.

O processo de fermentação contínua caracteriza-se por possuir uma alimentação contínua de


meio de cultura a uma determinada vazão constante, sendo o volume de reação mantido constante
através da retirada contínua de caldo fermentado;
VANTAGENS:
● Aumento da produtividade do processo, em virtude de uma redução dos tempos
mortos ou não-produtivos;
● Obtenção de caldo fermentado uniforme, o que facilita o projeto das operações de
recuperação do produto de interesse ("downstream");
● Manutenção das células em um mesmo estado fisiológico, o que torna o processo
contínuo uma excelente ferramenta para estudos de mecanismos de regulação
metabólica ou, ainda, para estudos de otimização da composição de meio de cultura;
● Possibilidade de associação com outras operações contínuas na linha de produção;
● Maior facilidade no emprego de controles avançados;
● Menor necessidade de mão-de-obra.

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