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- Significa que a reconvenção não pode ser admitida quando através dela temos o tratamento de
uma causa por parte do réu que poderia ser admitido através da absolvição do pedido, isto acontece
num acórdão da Relação de Coimbra proc. 372/2006, tratava-se de uma ação de simples apreciação
negativa, pelo qual o Réu vinha pedir que existira reconhecimento de certa titularidade de imóvel
- Existem graduações que surgem no regime do artigo 266.º/6 (que é ambíguo), ele parece
contrariar o que estávamos a dizer anteriormente sobre a não admissibilidade, existem algumas
graduações:
- Mesmo que o pedido do autor seja considerado improcedente, o que o artigo diz é que o
processo pode prosseguir em base do conhecimento do pedido reconvencional, à exceção
daqueles que são dependentes do pedido do autor. Os pedidos dependentes do pedido do
autor têm como exemplo do artigo 266/2/B, não faz sentido, porque o pedido reconvencional
faz pendência do pedido principal
- A autonomia reconvencional não impede que o pedido reconvencional não seja invocado
subsidiariamente face aos outros modos de defesa, ou seja, pode existir concessão de créditos
reconvencionais em casos de defesas perentórias.
- O artigo 266/1 diz que o pedido é contra o autor, todavia, olhando para o n.º4, podemos ter um
caso de dedução contra o autor e contra um certo terceiro, da mesma maneira, o pedido
reconvencional exige (para além dos requisitos próprios) também o respeito pelos pressupostos
processuais.
- O artigo 266/1 dita que o pedido reconvencional é facultativo, existe uma diferença entre o pedido
reconvencional e as outras verdadeiras formas de defesa, temos um principio de preclusão nestas
últimas, ou seja, não pode existir efetivação da defesa após a passagem do prazo conhecido,
relativamente à matéria de reconvenção, não temos nenhum ónus
- O artigo 860.º/3 representa uma exceção à facultatividade, diz que, na execução a oposição do
executado com fundamento de benfeitorias, não é admitida a invocação de benfeitorias caso não
tenha existido reconvenção
- Requisitos de admissibilidade
- Artigo 266.º e não só
- N.º2 do 266.º: requisito de conexão objetiva, a reconvenção para ser admitida, tem
que se integrar numa qualquer das alíneas do artigo 266.º/2, ou seja, estamos perante
casos taxativos, só se verificar os casos referidos nestas alíneas, elas podem ser referidas
e executadas, estas situações são claramente alternativas
- No caso da alínea A) : Estamos perante casos de ações de condenação de
pagamento de dívidas em que o réu pode na ação, exigir a entrega da coisa, o
querer do réu foca-se na mesma causa de pedir da ação, a reconvenção também é
admissível quando o pedido do réu emerge do facto juridico que serve para a
defesa, um exemplo paradigmático, é o caso de ditar de estar em coação moral na
celebração, pedindo uma indemnização em resultado da coação.
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