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AULA TEÓRICA 13/03/2024

13 de março de 2024 19:32

Critério de normalidade de exceção: é um critério.


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Modificabilidade
-Os artigos 264.º permite várias modificações, são modificações que podem ser feitas desde
que não interrompam a instância.
- Não é possível modificabilidade no STJ, explica-se, porque nos termos do artigo 674.º do CPC,
o tribunal somente conhece a matéria de direito
- A modificação do pedido e da causa de pedir unilateral: temos que fazer distinção entre "sem
acordo quando implica uma redução do pedido ou causa de pedir" (devemos entender que ela
é livre para o autor, decorre do artigo 286.º/2, ela importa uma desistência na prática, porque
é reduzir parcialmente o conteúdo julgável, ou seja, ela é livre)
- O artigo 265.º e 285.º
- A possibilidade da causa de pedir em base de facto superveniente (588.º/1, não está sujeito
ao 265.º, mas sim, ao regime geral de subsunção de factos supervenientes).
- A modificação do pedido é sujeito ao artigo 265.º/2, quando temos uma ampliação ou
redução (quando estamos perante uma ampliação do pedido inicial, ela é possível até ao
encerramento da questão), ela também é possível ao desenvolvimento ou consequência de
pedido primitivo
- No caso do pedido primitivo é que se deduzir um pedido, e em consequência da ação,
conseguir deduzir ????
- O artigo 265.º/4 prevê outro caso de modificação sem acordo, com articulação do 829-A do
CC.
- O artigo 265.º/5 está em articulação com o 567.º do CC
- O artigo 265.º/6 permite a modificação simultânea quando não envolve convolação, ou seja,
numa ação de cumprimento de um tipo de crédito, é possível modificar para mandar cumprir
na obrigação fundamental

As modalidades de modificação são taxativas seguindo o principio da estabilidade da instância.


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RECONVENÇÃO
- Modificação objetiva da instância, tratado no artigo 266.º do CPC, este artigo define que estamos
perante um pedido formulado pelo réu contra o autor, esta última definição permite referenciar
uma distinção, nas outras modalidades de defesa estamos a formular pedidos defensivos, mas neste
caso, temos um pedido contra o autor, ou seja, é quase um ataque.

- Significa que a reconvenção não pode ser admitida quando através dela temos o tratamento de
uma causa por parte do réu que poderia ser admitido através da absolvição do pedido, isto acontece
num acórdão da Relação de Coimbra proc. 372/2006, tratava-se de uma ação de simples apreciação
negativa, pelo qual o Réu vinha pedir que existira reconhecimento de certa titularidade de imóvel

- Existem graduações que surgem no regime do artigo 266.º/6 (que é ambíguo), ele parece
contrariar o que estávamos a dizer anteriormente sobre a não admissibilidade, existem algumas
graduações:
- Mesmo que o pedido do autor seja considerado improcedente, o que o artigo diz é que o
processo pode prosseguir em base do conhecimento do pedido reconvencional, à exceção
daqueles que são dependentes do pedido do autor. Os pedidos dependentes do pedido do
autor têm como exemplo do artigo 266/2/B, não faz sentido, porque o pedido reconvencional
faz pendência do pedido principal

- O que acontece? Temos inutilidade superveniente da lide em casos de pendência do caso, o


tribunal deve abster-se do pedido reconvencional, já que aplicamos a regra do artigo 277/E.

- A autonomia reconvencional não impede que o pedido reconvencional não seja invocado
subsidiariamente face aos outros modos de defesa, ou seja, pode existir concessão de créditos
reconvencionais em casos de defesas perentórias.

- O artigo 266/1 diz que o pedido é contra o autor, todavia, olhando para o n.º4, podemos ter um
caso de dedução contra o autor e contra um certo terceiro, da mesma maneira, o pedido
reconvencional exige (para além dos requisitos próprios) também o respeito pelos pressupostos
processuais.

- O artigo 266/1 dita que o pedido reconvencional é facultativo, existe uma diferença entre o pedido
reconvencional e as outras verdadeiras formas de defesa, temos um principio de preclusão nestas
últimas, ou seja, não pode existir efetivação da defesa após a passagem do prazo conhecido,
relativamente à matéria de reconvenção, não temos nenhum ónus

- O artigo 860.º/3 representa uma exceção à facultatividade, diz que, na execução a oposição do
executado com fundamento de benfeitorias, não é admitida a invocação de benfeitorias caso não
tenha existido reconvenção

- Requisitos de admissibilidade
- Artigo 266.º e não só
- N.º2 do 266.º: requisito de conexão objetiva, a reconvenção para ser admitida, tem
que se integrar numa qualquer das alíneas do artigo 266.º/2, ou seja, estamos perante
casos taxativos, só se verificar os casos referidos nestas alíneas, elas podem ser referidas
e executadas, estas situações são claramente alternativas
- No caso da alínea A) : Estamos perante casos de ações de condenação de
pagamento de dívidas em que o réu pode na ação, exigir a entrega da coisa, o
querer do réu foca-se na mesma causa de pedir da ação, a reconvenção também é
admissível quando o pedido do réu emerge do facto juridico que serve para a
defesa, um exemplo paradigmático, é o caso de ditar de estar em coação moral na
celebração, pedindo uma indemnização em resultado da coação.

- No caso da alínea B) : lê o artigo

- No caso da alínea C) : Esta alínea prevê os casos em que o autor prevê a


condenação de uma dívida, pelo que o réu pede uma compensação crediticia ou
outra coisa qualquer

- No caso da alínea D) : O autor pede a declaração de propriedade de bem, o réu


pode pedir a declaração de que o réu é proprietário, ou seja, temos efeitos
idênticos

- 98/3

ESTUDAR A PARTE DOS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DA RECONVENÇÃO

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