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SUJEITOS DA

RELAÇÃO DE
EMPREGO
Quem são os
sujeitos da relação
de emprego??
Os sujeitos da relação de
emprego são empregado e
empregador.
3.1.
EMPREGADO
Admitindo-se a natureza contratual da relação de
emprego e considerando que o contrato de trabalho é
sinalagmático, resta evidente que os seus sujeitos —
empregado e empregador — estão ligados entre si por
vínculo obrigacional recíproco e equivalente.
- Ao direito de um dos sujeitos
corresponde a obrigação do outro.
- “São credores e devedores entre si, ao
mesmo tempo”.
- O empregado é devedor do trabalho e
credor do salário; o empregador, ao
contrário, é devedor do salário e credor
do trabalho.
Conceito de empregado??
Conceito de empregado??

É “toda pessoa física que prestar serviços de


natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário”.
Acrescente-se ainda que os serviços devem ser
prestados com pessoalidade.
Características que permitem
que se considere um
trabalhador como empregado:
3.1.1.
Capacidade
Capacidade é a aptidão para ser sujeito de direitos e
obrigações e para exercer por si ou por outrem os atos
da vida civil.

(art. 1º do Código Civil,)


Duas são as espécies de capacidade:
■ capacidade de direito ou de gozo — é a
possibilidade de gozar dos direitos
subjetivos.

■ capacidade de fato ou de exercício — é a


capacidade de exercer por si só os atos da
vida civil.
Segundo a Lei Civil, são:
Absolutamente incapazes (art. 3º, CC), COM A ■ os menores de 16 anos.
REDAÇÃO DADA PELA lEI N. 13.146/2015

Relativamente INcapazes (art. 4º, CC), com a ■ os maiores de 16 e menores de 18 anos;


redação dada pela lei n. 13.146/2015 ■ os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;
■ aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua vontade;
■ os pródigos.

Capacidade dos índios (art. 4º, parágrafo único, ■ depende de regulamentação por legislação
CC), COM A redação dada pela lei n. 13.146/2015 especial.
REGRA: o art. 5º do Código Civil
estabelece que a menoridade
cessa aos 18 anos completos;
Exceção:
■ pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro,
mediante instrumento público, independentemente de
homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se
o menor tiver 16 anos completos;
■ pelo casamento;
■ pelo exercício de emprego público efetivo;
■ pela colação de grau em curso de ensino superior; ou pela
existência de relação de emprego, desde que, em função deles,
o menor com 16 anos completos tenha economia própria.
É nulo o negócio jurídico quando celebrado
por pessoa absolutamente incapaz (art. 166,
I, CC) e anulável nos casos de incapacidade
relativa do agente (art. 171, I, CC).
“proibição de trabalho noturno, perigoso ou
insalubre a menores de 18 (dezoito) e de
qualquer trabalho a menores de 16 (dezesseis)
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir
dos 14 (quatorze) anos”.
■ o menor de 16 anos é absolutamente incapaz para
ser empregado, sendo admitida a existência de
trabalho antes desta idade somente para fins
educacionais, por meio da aprendizagem, a partir dos
14 anos;
■ o menor entre 16 e 18 anos é relativamente capaz,
podendo ser empregado somente mediante
autorização dos pais ou do representante legal;
■ o menor de 18 anos é absolutamente incapaz para
ser empregado caso o trabalho a ser realizado seja
insalubre, perigoso ou noturno. Tal previsão visa
proteger a saúde e a integridade física do menor e
veda o trabalho nestas condições, não podendo ser
suprida a incapacidade por autorização do
responsável legal;
■ a partir dos 18 anos adquire-se plena capacidade
para ser empregado, inclusive em trabalhos
insalubres, perigosos ou realizados em horário
noturno.
Observações:

■ o menor entre 16 e 18 anos pode validamente, sem


a assistência dos pais ou responsáveis, assinar
recibos dos pagamentos de salário efetuados durante
a vigência do contrato (art. 439, CLT) e também de
benefícios pagos ou concedidos como decorrência da
relação de emprego, como vale-transporte,
vale-alimentação, entre outros;
Observações:

■ o menor entre 16 e 18 anos necessita da assistência


dos pais ou responsáveis para assinatura do termo de
rescisão do contrato de trabalho (art. 439, CLT);
■ para a propositura de reclamação trabalhista
(capacidade processual), o menor entre 16 e 18 anos
necessita da assistência dos pais ou responsáveis
legais (art. 793, CLT).
3.1.1.1. Empregado
diferenciado
(“hipersuficiente”)
A Lei n. 13.467/2017 (Reforma Trabalhista),
introduzindo um parágrafo único no art. 444 da CLT,
prevê a figura de empregado diferenciado, chamado
por parte da doutrina de “hipersuficiente”,
Requisitos:

é portador de diploma de curso superior


E
perceba salário mensal igual ou superior a
duas vezes o limite dos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social.
Fundamentos:

O legislador prevê uma significativa ampliação


da autonomia da vontade, impondo uma
mitigação dos princípios protetor e da
irrenunciabilidade, bem como das restrições
para a alteração do contrato de trabalho, e,
portanto, diferenciando-os evidentemente dos
demais empregados que não preenchem tais
requisitos.
Para esses empregados, a livre
estipulação das relações de
trabalho prevista no caput do
art. 444 da CLT aplica-se às
hipóteses previstas no art.
611-A da CLT, com a mesma
eficácia legal e preponderância
sobre os instrumentos
coletivos.
Poderá ser pactuada cláusula compromissória de
arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou
mediante sua concordância expressa.
3.1.2. Exercentes de
cargo de confiança

parei aqui
Para os cargos de confiança é necessário
para sua caracterização:

■ exercício de poder de gestão;


■ pagamento de uma remuneração diferenciada, ou
seja, o salário do cargo de confiança,
compreendendo a gratificação de função, se
houver, não pode ser inferior ao valor do respectivo
salário efetivo acrescido de 40% (art. 62, parágrafo
único, CLT).
■ O empregado que exerce cargo de confiança,
por não estar sujeito a controle de jornada de
trabalho, não tem direito a horas extras (art. 62,
II, CLT). Tal fato decorre da natureza e das
prerrogativas inerentes ao cargo de confiança.
3.1.6. Trabalho a
distância
O art. 6º da CLT estabelece que
“não se distingue entre o trabalho
realizado no estabelecimento do
empregador, o executado no domicílio do
empregado e o realizado a distância,
desde que estejam caracterizados os
pressupostos da relação de emprego”.
3.1.9. Aprendiz
A aprendizagem pode ser definida como o “sistema em
virtude do qual o empregador se obriga, por contrato, a
empregar um jovem trabalhador e a lhe ensinar ou a
fazer que se lhe ensine metodicamente um ofício,
durante período previamente fixado, no transcurso do
qual o aprendiz se obriga a trabalhar a serviço do dito
empregador”.
Regras gerais sobre o contrato de
aprendizagem:

■ é um contrato especial;
■ ajustado por escrito;
■ celebrado por prazo determinado.
A duração do contrato de aprendizagem não
poderá ser superior a 3 anos.
São sujeitos do contrato de aprendizagem:

■ empregador — empresas de qualquer


natureza (o empregador deve
necessariamente ser pessoa jurídica);
■ aprendiz — maior de 14 e menor de 24
anos, inscrito em programa de
aprendizagem.
Os requisitos essenciais para a validade do
contrato de aprendizagem são (art. 428, § 1º,
CLT e art. 46, Decreto n. 9.579/2018):
■ anotação na Carteira de Trabalho e
Previdência Social;
■ matrícula e frequência do aprendiz à escola,
■ inscrição em programa de aprendizagem
desenvolvido sob a orientação de entidade
qualificada em formação técnico-profissional
metódica.
■ A duração do trabalho do aprendiz não
excederá de 6 horas diárias, sendo vedadas
a prorrogação e a compensação de jornada.

■ A remuneração do aprendiz será o salário


mínimo hora, salvo condição mais favorável
(art. 428, § 2º, da CLT).
ATIVIDADE:
Rafael Viegas
Whats: 65 9 9606 4122
rafael.luiz@institutoinvest.edu.br
@abrindoamente_prof

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