Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 INTRODUÇÃO 4
1.1 Apresentação 4
1.2 Visão geral do Sistema Imunológico 4
1.3 Imunidade Inata. 4
2 OBJETIVOS 5
2.1 Objetivo geral 5
2.2 Objetivos específicos 5
3 PERCURSO METODOLÓGICO 6
4 DISCUSSÃO 7
4.1 Causas da Inflamação 7
4.2 Componentes da reação inflamatória. 7
4.3 Reconhecimento 8
4.4 Resposta inflamatória 9
4.4.1 Dilatação dos vasos sanguíneos 9
4.4.2 Recrutamento de leucócitos 10
4.4.3 Fagocitose 11
4.4.4 Mediadores da inflamação 11
5.5 Inflamação Crônica 12
5.5.1 Causas 12
6.6 Sinais Cardinais e Efeitos Sistêmicos da Inflamação 13
6.6.1 Febre 13
6.6.2 Aumento na concentração de proteínas da fase aguda 13
6.6.3 Leucocitose 13
6.6.4 Outras manifestações 14
7. REFERÊNCIAS 15
1 INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação
O componente curricular Biointeração II, integrante da matriz do bacharelado
interdisciplinar em saúde, tem como finalidade estudar o sistema imunológico do corpo
humano, os agentes etiológicos de origem microbiana e parasitária que o afeta, além de estudar
os principais vetores e reservatórios de parasitas encontrados no Brasil. Seu conteúdo se
desenvolver a partir da análise, sobretudo, das relações e interações entre parasita-hospedeiro e
os mecanismos imunológicos associados ressaltando a resposta imune, da eficiência aos
problemas durante esse processo.
A partir disso, esta atividade se propõe a discorrer de maneira geral sobre o sistema
imunológico, dando ênfase aos aspectos fisiológicos e fisiopatológicos da resposta inflamatória.
4
2 OBJETIVOS
16
3 PERCURSO METODOLÓGICO
16
4 DISCUSSÃO
4.3 Reconhecimento
O primeiro passo para a cadeia de eventos da resposta inflamatória é o reconhecimento
de agentes agressores. As células da imunidade inata são capazes de reconhecer componentes
padrões entre microrganismos relacionados e que são essenciais para a ação de invasão nas
células do hospedeiro, assim, evita-se que mutações dificultem a defesa.
Essas estruturas presentes em microrganismo são chamadas de padrões moleculares
associados a patógenos (PAMPs, da sigla em inglês), que são componentes essenciais para a
sobrevivência dos microrganismos. Um exemplo clássico de PAMPs são os lipopolissacarídeos
(LPS) presentes na membrana exterior das bactérias gram-negativas.
16
Além disso, as células do SI inato também reconhecem células lesadas ou mortas através
de padrões moleculares associados a danos (DAMPs, da sigla em inglês), que são moléculas
endógenas produzidas ou liberadas quando há dano ou necrose celular.
Outro modo de reconhecimento está no sistema complemento, como brevemente
descrito antes. Proteínas do sistema complemento, com a C3b, reagem após a identificação dos
microrganismos se ligando a parede celular dos patógenos, dessa forma possibilita a fagocitose
de neutrófilos e macrófagos que têm receptores em sua superfície para fragmentos do
complemento.
Para reconhecer os PAMPs, DAMPs, e outros padrões moleculares, as células
fagocíticas têm receptores conhecidos como receptores de reconhecimento padrão (PRRs, da
sigla em inglês), que de modo simples, fazem o reconhecimento desses padrões e possibilitam
a fagocitose desses microrganismos e células danificadas. Os PRRs mais conhecidos são os
Toll-like (TLR), cada um desses receptores reconhecem um conjunto diferente de moléculas
microbianas. Mutações de perda de função germinativa afetas os TLRs provocando síndromes
de imunodeficiência. Outra classe de PRRs importantes são os NOD-like (NRL) que
reconhecem uma grande variedade de substâncias, incluindo produtos de células necróticas.
Mutações de aumento de função nesses receptores provocam síndromes autoinflamatórias.
16
evento, as células endoteliais dos vasos sofrem retração e é esse aumento da permeabilidade
que irá possibilitar que leucócitos e proteínas do plasma cheguem até o tecido lesado/infectado.
Ademais, tanto a vasodilatação quanto o aumento da permeabilidade são necessários
para que chegue mais oxigênio e nutrientes para renovação das células lesadas, irá também
possibilitar a diluição de toxinas que possivelmente podem ser liberadas por patógenos. Outra
consequência importante é a chegada de fibrinogênio até o local, formando fibrinas que irão
fazer o isolamento da área lesada, evitando que os agentes infecciosos infectem outros locais,
ou que os mediadores presentes se espalhem provocando uma inflamação sistêmica.
Além dos vasos sanguíneos, os vasos linfáticos e os linfonodos também participam da
resposta inflamatória aguda. Eles ajudam a drenar o fluido extravasado decorrente do aumento
permeabilidade vascular. Por vezes, esses vasos podem se tornar inflamados de modo
secundário, esta condição é conhecida como linfangite e é clinicamente caracterizada pela
presença de estrias vermelhar perto de lesões no tecido.
16
4.4.3 Fagocitose
Após adentrarem no tecido infectado/lesionado, tanto os neutrófilos quanto os
macrófagos vão começar o processo de “limpeza” do ambiente, ingerindo microrganismos e
outras substancias no processo de fagocitose.
Como descrito antes, o primeiro passo nesse processo é o reconhecimento. Para isso, os
leucócitos tem uma grande quantidade de PRRs, porém o sítio de ligação é maior quando os
microrganismos são opsonizados por proteínas específicas (opsininas) das quais os fagócitos
expressam receptores de alta afinidade. Os exemplos mais comuns de opsoninas são os
anticorpos IgG, proteínas do sistema complemento e a lectina ligante de manose.
Após o reconhecimento ocorre a ligação entre os receptores e o englobamento da
sustância através de uma vesícula (fagossomo) formada a partir de uma redistribuição
membrana plasmática do fagócito.
Ocorrida a ingestão da substancia nociva, os fagossomos são levados até os lisossomos
(fagolisossomas) onde estão concentrados os mecanismos eliminadores, assim evitando que
ocorra dano no citoplasma e no núcleo dos fagócitos ao realizarem sua função fagocítica. Vários
receptores atuam cooperativamente para ativar os fagócitos para destruir os componentes
presentes no fagossomo. Algumas classes de moléculas são exercem a função de auxiliar a
degradação desses componentes:
• Espécies reativas de oxigênio (ERO): macrófagos e neutrófilos ativados fazem a
conversão O2 em EROs que são agentes oxidantes de alta reação e que destroem outros
microrganismos;
• Óxido Nítrico (NO): é um gás que participa também na eliminação de microrganismos.
Nos macrófagos, esse NO reage com o superóxido para gerar um radical livre altamente
reativo, o peroxinitrico. Tanto em as EROs quanto o NO atacam e danificam os lipídios,
proteínas e ácidos nucleicos dos microrganismos e células necróticas.
• Enzimas proteolíticas: Neutrófilos e macrófagos ativados produzem enzimas proteolíticas
nos fagolisossomas que destroem os microrganismos fagocitados.
16
• Metabólitos do Ácido Araquidônico: produzem prostaglandina e leucotrienos.
Prostaglandina estão envolvidas nas reações vasculares e sistêmicas da inflamação e são
responsáveis pelos achados clínicos de dor e febre durante uma inflamação. Os
Leucotrienos estão envolvidos nas reações de vasculares e tem papel importante no
recrutamento de leucócitos, facilitando a adesão deles na parede endotelial.
• Citocinas: estão envolvidas durante todo o processo da inflamação. Dentre as mais
importantes estão TNF e IL-1, citadas anteriormente, também desempenham papel
fundamental no recrutamento de leucócitos e são produzidas principalmente a partir de
macrófagos e células dendríticas. Outros papeis desempenhados por elas estão: ativação
endotelial, ativação de leucócitos e de outras células e resposta sistêmica na fase aguda.
• Quimiocinas: são um conjunto de pequenas proteínas que agem primariamente atraindo
leucócitos.
• Sistema complemento: já descrito anteriormente o seu papel na inflamação, funciona
resumidamente como um conjunto de proteínas solúveis e de receptores de membrana.
Dentre as principais funções estão a contribuição na permeabilidade vascular, a
quimiotaxia e a opsonização.
5.5.1 Causas
• Infecção persistente: acontece quando ocorre uma infecção por microrcanismos difíceis
de serem eliminados, como no caso do protozoário da espécie Leishmania chagasi,
• Doenças de hipersensibilidade: são doenças onde ocorre a ativação excessiva ou
desnecessária do SI, como é o caso das doenças alergicas e doenças autoimunes.
• Exposição prolongada a agentes tóxicos: um exemplo comum em todo o mundo é o da
aterosclerose, que é um processo inflamatório crônico estimulado principalmente pela
deposição de lipídeos na parede arterial.
• Outras causas: síndromes metabólicas, como a obesidade, o diabetes tipo II e o
Alzheimer são exemplos de doenças não convencionalmente caracterizadas por
inflamações crônicas, mas existem a presença de distúrbios inflamatórios nessas doenças.
16
6.6 Sinais Cardinais e Efeitos Sistêmicos da Inflamação
A inflamação tem 5 achados clínicos característicos chamados de sinais cardinais, são
eles:
• Dor (dolor): causada principalmente pela ação da prostaglandina, causando
hipersensibilidade a estímulos dolorosos;
• Calor (ardor): que é o aumento da temperatura local, resultante principalmente pela
vasodilatação;
• Vermelhidão (rubor): que dá a coloração avermelhada na região inflamada, também
causada pela vasodilatação e extravasamento do plasma;
• Edema (tumor): dá ao local de infecção o aspecto inchaço, também resultante da
vasodilatação e extravasamento do plasma; e
• Perda de função: é resultante da ação do corpo em isolar o tecido lesado e só depois
voltar a exercer as funções normais.
6.6.1 Febre
A febre é uma manifestação clinica caracterizada pelo aumento da temperatura corporal
e é uma das reações mais predominantes da inflamação. Ela ocorre por ação da prostaglandina.
A liberação de IL-1 e TNF estimulam que enzimas convertam o ácido araquidônico em
prostaglandina. No hipotálamo, a prostaglandina estimula a produção de neurotransmissores
que reprogramam a temperatura corporal para um ponto mais alto. Anti-inflamatórios não
esteroides reduzem a febre pela inibição da produção de prostaglandina.
6.6.3 Leucocitose
É caraterística comum em reações inflamatórias. Ocorre pela liberação acelerada de
células da medula óssea e, por isso, pode resultar em na elevação do número de neutrófilos
imaturos no sangue.
16
6.6.4 Outras manifestações
Na inflamação aguda pode-se ocorrer aumento da pulsação e da pressão arterial,
diminuição do suor (afim de evitar perda de calor), calafrios, frio intenso, anorexia, sonolência
e mal-estar. Além das altas concentrações de citocinas gerarem coagulação intravascular, o
choque hipotensivo e as perturbações metabólicas, incluindo resistência à insulina e
hiperglicemia
16
7. REFERÊNCIAS
ETIENNE, Rachelle; VIEGAS, Flávia Pereira Dias; VIEGAS JR, Claudio. Aspectos
fisiopatológicos da inflamação e o planejamento de fármacos: uma visão geral
atualizada. Revista Virtual de Química, v. 13, n. 1, 2021. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.21577/1984-6835.20200138>
KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N. Robbins e Cotran – Patologia – Bases Patológicas
das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
16