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Fixadores

o Tratamento provisório: em termos gerais controle de


CASO CLÍNICO
danos.
 Paciente de sexo feminino, 42 anos, vítima de colisão de  Controle de danos: primeiro feito através de
motocicleta e carro ocorrida há 30minutos da admissão fixador transarticular.
hospitalar. Hemodinamicamente estável, apresenta grave  A parte metafisaria poderia ser
deformidade do membro inferior direito. Nega comorbidades abordada de uma forma não
definitiva por meio de um fixador
externo. É uma forma de redução
indireta do fragmento (sem
abertura cirúrgica) e também é feita
a síntese percutânea do segmento
da articulação, dentro da
possibilidade de aparato disponível.
 Cuidado total imediato:
 Toda vez em que há uma fratura
articular, se o paciente tiver
 Sinal de trauma de alta energia – intrusão. condições, deve-se reduzir e até
 Abordagem inicial: primeiro se faz o balizamento, ABCDE, fixar em definitivo a parte articular.
estabilização cervical, busca por sinais de trauma pélvico,  Se o paciente não tiver condição de
glasglow, hemorragia, ISS, RX. fixar, pode se fazer um provisório
o Suspeita diagnóstica: hemorragia, com lesão em com alinhamento da articulação/
torno do tornozelo. uma redução dos fragmentos
o Tratamento provisório: curativo estéril, estabilizar o articular.
membro (talas). O alinhamento ou redução, pode  Uma fratura articular é sempre uma urgência.
permitir a retomada do pulso do membro.
 Alinhamento: é feito dentro de parâmetros
anatômicos, nem sempre os fragmentos
ósseos serão interpostos.
 Redução: colocar os membros no lugar.
 Em caso de fratura exposta 
NÃO reduzir.
 Imobilização?
o Riscos envolvidos: colapso vascular do membro,
sanar a dor...
 Após encaminhamento do hospital:
o Planos da imagens: AP e perfil.
 Deve se pedir RX do segmento todo:
tornozelo, pé, perna e joelho.
 Mortise faz para a rotação interna de 15°
para afastar a tíbia da fíbula. Não é muito
utilizada no momento da chegada pelo
trauma.
o Descrição das imagens: fratura na fíbula distal,
abrangendo maléolo (trimaleolar) e pilão tibial
(quadro de heim). É uma fratura de maior
complexidade, e de pior prognostico. o Tratamento definitivo: É feito um corte cirúrgico com
 Envolvendo o maléolo medial, o maléolo segurança, com ATB profilaxia, em que se faz a
lateral e o maléolo posterior  temos uma síntese do maléolo e depois faz síntese da tíbia junto.
fratura de tornozelo.  Princípio: estabilidade absoluta (não
 Quando se envolver o quadro de heim, há um haverá formação de calo ósseo)
prognosto mais reservado do que se envolve-  Método: parafuso interfragmentar,
se a pinça maleola. Essa fratura terá parafuso de evert e placa de
complexidade maior e maiores complicações. neutralização
o Impressão diagnóstica:
 III A: Padrão fraturario complexo.

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 Implante: placas para neutralizar as o Placas neutralizantes
forças deformantes dos segmentos e
o Fixador externo híbrido: apresenta componentes do
manter com os parafusos.
fixador circular e tem componentes do fixador linear.
Ele é indicado em lesões mais graves, pois ele é
minimamente invasivo, permite que o paciente possa
pisar, se ficar bem estabilizado.

FIXADORES EXTERNOS

USO:

 Podem ser utilizados no colocamento provisorio e no


definitivo para casos específicos (principalmente envolvendo
o Tratamento definitivo (segunda opção): graves lesões de partes moles e grau de contraminação
elevada). Além disso, ele também serve para reconstrução
 Princípio: absoluta articular e
óssea.
relativa na metafisaria
 A tendencia dos dispositivos, principalmente para síntese
 Método: parafuso interfragmentar e
diafisária é que eles sejam de estabilidade relativa  Haste
fixador híbrido.
intramedular.
 Regra da síntese absoluta: em conjuntos articulares e
tratamento de fraturas mais simples em diáfises.
 Uma fratura articular é sempre uma urgência.
o Mesmo fazendo o controle de danos, a regra geral da
ortopedia é que sempre tentar reduzir o foco da
articulação, pois se sabe quanto mais rápido após o
trauma se reduz e fixa, melhora-se o prognóstico no
médio a longo prazo, evitando que essa lesão articular
seja agravada (gera artrose mais rápida).

FIXAÇÃO EXTERNA TRANSARTICULAR PERSPECTIVA HISTÓRICA:

 Função: controle de danos, sendo uma síntese rápida, mínima e


eficiente na estabilização provisória do segmento ósseo para
que seja possível o tratamento definitivo em segundo
momento.
 Usado para controle de danos.

OPÇÕES DE TRATAMENTO DEFINITIVO

 Após melhora na condição das partes moles, pode se fazer uma


síntese definitiva com:
o Parafuso transindesmal: é aquele que estabiliza e já a
manter a redução da pinça maleolar.

FIXADORES LINEARES

 Apresenta hastes, barras ou tubos

o Parafuso interfragmentar
o Parafuso de evert

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(multifragmentada), ou quando há um envelope de partes moles
ruim.

FIXADORES CIRCULARES

 Apresentam os anéis, ajudam no tratamento definitivo e na


reconstrução óssea.

APLICAÇÃO DOS FIXADORES EXTERNOS

FIXADORES HIBRIDOS

 Uso nesse caso de fixador externo monolateral em barra. Esse


fixador apresenta uma geometria estável cônica, e uma vez
implantado ele não promove arrancamento  não saem, são
muito estáveis.
 Quando não há estabilidade, com movimento excessivo, há
pseudoarticulação ou pseudoartrose.
 O osso apresenta a possibilidade de responder a distração, e se
regenerar.
ESTABILIDADE X CONSOLIDAÇÃO OSSEA
FIXADORES MONOLATERAIS “SIMPLES”:

 Quando é que não queremos que haja a formação de calo


ósseo? Na articulação / na região justa articular, ou quando uma
fratura é complexa na região metafisária ou diafisária

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TIPO DE MONTAGENS MONOLATERAIS:

 Estruturas monolaterais (vantagens):


o Possibilidade grande amplitude e flexibilidade
o Capacidade de montagem e desmontagem
o Aplicação de pinos individuais em diferentes ângulos
e em obliquiadades variaveis

APLICAÇÃO DOS FIXADORES EXTERNOS

OUTROS SLIDES:

PRINCÍPIO MECÂNICO:

O fixador deve ser rígido o suficiente para suportar as cargas do


trauma e para diminuir a movimentação da fratura.

FIXADORES MONOTUBULARES

ORIENTAÇÃO DOS PINOS E ESTABILIDADE DA MONTAGEM

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FIXAÇÃO COM FIOS FINOS

FIOS METÁLICOS

DIÂMETRO DO ANEL

 Com o aumento do diâmetro do anel, diminui o efeito da maior


tensão dos fisos na rigidez e no deslocamento da fenda.
 Orientação dos fios metálicos: A configuração amis estável
ocorre quando dois fios intersectam em um ângulo mais
próximo possível de 90°.

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