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12/09/2011

Universidade Federal do Pampa Diagnóstico Fraturas em


Campus Uruguaiana
Disciplina do OTR I Geral
Clínica:
- Histórico de trauma ou queda
- Edema
Fraturas do Membro Superior -
-
Dor estática e durante a ADM
Equimose
- Deformidade ou defeito palpável
- Sensibilidade localizada
- Creptação óssea
Prof. Fernanda Pasinato - Perda de Função
- Desvio dos fragmentos pode levar ao encurtamento do
membro
- Membro Rodado

FRATURAS PROXIMAIS DO ÚMERO


Mecanismo de Lesão
 Uma parte: impactadas ou com • Queda sobre o cotovelo ou mão espalmada (pcte idoso)
deslocamento mínimo • Traumatismo lateral
 2 partes: 1cm de separação ou 45º de Fraturas que dividem a
angulação entre os fragmentos. Ex: cabeça do úmero com mais
deslocamento da tuberosidade maior de 50% de envolvimento da
com lesão de MR superfície articular
 3 partes
 4 partes: cabeça fica sem irrigação.
Tendência à necrose avascular
POSSIBILIDADE
HEMIARTROPLASTIA

1970

Tratamento Complicações da fratura


proximal
TRATAMENTO CONSERVADOR
das fraturas estáveis e/ou impactadas:
• Capsulite adesiva
Imobilização 10 a 15 dias com tipóia
• Pseudo-artrose
TRATAMENTO CONSERVADOR • Consolidação viciosa = Síndrome Impacto
das fraturas instáveis: • Necrose avascular = 4 partes
• Miosite ossificante
Imobilização 3 até 10 semanas, ou até que haja sinal
• Lesões neurovasculares = associadas a luxações
radiográfico de consolidação óssea.
anteriores ou inferiores. PP nervo axilar e plexo
Início dos movimentos passivos quando o segmento
braquial
proximal estiver movendo-se como uma unidade funcional.

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Pontos importantes para a REABILITAÇÃO


Fraturas Diáfise do úmero
Tempo esperado de consolidação óssea: 6 – 8 sem
• Porção média do úmero
Estresses controlados nos estágios iniciais da fratura podem
otimizar o reparo sem risco de complicações.

mobilização precoce diminui a dor e melhora a função e


satisfação do paciente.

A reabilitação com movimentos passivos deve ser iniciada


quando a fratura esteja estável radiograficamente.

Mecanismo de lesão Tratamento


• Conservador
• Golpe direto
• Força de torção
- Velpeau
• Queda sobre o braço
• Traumatismo penetrante - Talas plásticas
• Acidentes automobilísticos

Suporte funcional requer que o paciente seja


capaz de ficar em pé ou sentado ereto =
gravidade age corrigindo deformidades
angulares

O brace funcional deve ser regulável para manter a compressão dos


tecidos moles (que estimula a função da extremidade e proporciona
proteção para os tecidos moles)
Tratamento conservador
• Consolidação com desvios rotacionais, axiais ou angulares
geram limitação funcional mínimas devido ao grande arco de
movimento do ombro e cotovelo.

• O osso longo mais facilmente tratado conservadoramente.

• Tempo esperado para consolidação: 8 -12 sem


• 2 -4 semanas: ADM leve, pendulares
• 4-6 semanas: calo duro em formação, estabilidade é
moderada. Exercícios de ADM ativos e ativos assistidos para
ombro e cotovelo; isométricos e isotônicos de antebraço
• A partir 6 semanas: fortalecimento progressivo
Sarmiento A. et.al. J Bone Joint Surg 2001:83-A:1566-1579

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Figs. 4-A a 4-fratura espiral oblíqua do úmero. Angulação varo inicialmente.


Figs. 4-B e 4 C-Com a função precoce e adequado
Sarmiento A. et.al. alinhamento
J Bone Joint Surg 2001:83-A:1566-1579oferecidas à Sarmiento A. et.al. J Bone Joint Surg 2001:83-A:1566-1579
fratura, enquanto ainda é móvel, a angulação é corrigidoa

Fig. 6-E: The functional and cosmetic results were acceptable, demonstrating the wide
tolerance for imperfect alignment in the humerus. Tratamento Cirúrgico: hastes intramedulares,
placas + parafusos...
• Indicações:

• Falha para obter e manter redução fechada adequada:


encurtamento ou angulação excessivos
• Fraturas Segmentares
• Fraturas patológicas
• Fratura expostas
• Lesão vascular
• Lesão do plexo braquial
• Fraturas múltiplas em outros segmentos corporais

Sarmiento A. et.al. J Bone Joint Surg 2001:83-A:1566-1579

Fraturas de Clavícula Fratura de clavícula


• Trauma indireto à clavícula (no ombro ou queda), com dor e • Tratamento não cirúrgico na maioria dos casos.
deformidade local . • Enfaixamento em “8” por 4 a 6 semanas
• Indicação cirúrgica:
• Grupo I: terço médio* - Ausência de redução
- lesão da artéria subclávia
• Grupo II: terço lateral
- pseudartrose.
• Grupo III: terço medial
• Consolidação: 6 – 12 sem
• 4-6 sem: estabilidade
Moderada. ADM até 80°
• 6-8 sem: ADM em todos
os planos e resistência para cintura escapular

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Reabilitação Fraturas de Ombro:


aspectos gerais
Reabilitação: fase precoce
Melhora dos sinais inflamatórios
Elevação anterior passiva
Ganho de ADM (passiva → ativa)
Rotação lateral passiva até
40 graus
Exercícios para melhora da função

Fortalecimento muscular:
1. Músculos escapulares
2. Manguito rotador
3. Motores do ombro

Mobilização escapular
Reabilitação: fase ganho de ADM

– Continuação dos passivos

– RM e hiperextensão não indicados no caso de


fratura da tuberosidade

– Modalidades terapêuticas

Reabilitação: fase de exercícios ativos


e fortalecimento precoce

Isométricos submáximos: RM, RL, Deltóide

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Reabilitação: fase de exercícios ativos


Reabilitação: retorno à função
e fortalecimento precoce

– Exercícios objetivando as atividades do paciente

Fratura supracondiliana
• Mais comum da região do cotovelo na criança

Fraturas de Cotovelo e Antebraço

Fratura por queda com cotovelo em hiperextensão


Fx supracondiliana em cça de 7 anos correção cirúrgica com fio de kischner

Fratura supracondiliana Fratura da cabeça do rádio


• Ocorre praticamente em todas as
• Extensão completa – movimento mais difícil de ser obtido
idades
• Tempo esperado de consolidação: 8-12 sem
• Fisioterapia precoce com exercícios de ADM ativa • Queda sobre o membro superior,
• Iniciar com exercícios de ADM das articulações de ombro e forçando o cotovelo em VALGO
dedos, evoluindo com exercícios isométricos
• impacto da cabeça do rádio no
• Evitar exercícios de RI e RE de ombro e prono/supino nas côndilo
primeiras 6 semanas
• Evitar exercícios de ADM passiva nas primeiras 6-8 semanas
por risco de miosite ossificante

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Fratura da cabeça do rádio Fratura da cabeça do rádio


 Sem desvio ou pequeno (até 2mm):  Cominutiva:
conservador com gesso braquiopalmar - ressecção da cabeça do rádio,
por 15 dias imobilização por 20 dias
- prótese da cabeça rádio
 Com desvio: pequenos parafusos,
imobilização por 15 dias

Reabilitação nas fraturas da cabeça do


rádio
Fraturas do antebraço
• Tempo esperado para consolidação: 6 – 8 sem • 10-14% de todas as fraturas
• Após imobilização – iniciar movimento ativo e passivo, de
forma a atingir 15 a 105° de movimento ao final da segunda
semana • Principal objetivo do
• Isométricos de flexão/extensão e pronação/supinação tratamento é manter o
iniciados na primeira semana movimento de prono-
• Pronação/supinação ativa do antebraço não iniciam antes da supinação
sexta semana
• Concêntricos para ombro, punho e mão
• É necessário restaurar o
• Por volta da 3ª semana: isotônicos com pesos leves para
flexão/extensão comprimento, corrigir as
deformidades angulares e
rotacionais
Dutton, 2010

Fratura de Monteggia Fratura Galeazzi


• Fratura do 1/3 proximal da
ulna com luxação anterior • Fratura do rádio
cabeça rádio, com ou sem fx associada à luxação da
radio-ulnar distal
• <13 anos: redução fechada

• Redução aberta se a • Redução cruenta:


fechada não for bem fixação com placa e
sucedida parafuso

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Tratamento das fxs antebraço Imobilização axilo-palmar


• Conservador • Cirúrgico

– Fratura sem desvio – Placa e parafuso


– Aceita-se desvio angular – Haste intramedular
de até 10° – Fxs cominutivas (enxerto
– Imobilização axilo- ósseo)
palmar
Tempo esperado de consolidação: 8 – 12 sem
ADM passiva após 6 sem, usar ADM ativa e ativa assistida

Fraturas do rádio e ulna em um adulto são geralmente de


tratamento cirúrgico.
Redução anatômica = manter pronação e supinação.

Fratura do terço distal do rádio: Colles,


Smith e Barton
• Lesão do punho mais comum em todos os grupos
etários
Fraturas de Punho e Mão
• As fraturas do rádio distal ocorrem em
jovens, em acidentes de maior energia

• Idosos ocorrem em simples quedas ao solo.

Fratura de Colles Fratura de Smith


• Fratura completa distal do rádio com luxação dorsal do • Fratura completa distal do rádio com luxação palmar do
fragmento distal fragmento distal
• Mais frequente em idade avançada e mulheres
osteoporóticas • ´´Fratura reversa de Colles´´: pacientes mais jovens

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Tratamento das fraturas do terço distal


Fratura de Barton
do rádio
• São tratadas consensualmente de forma incruenta, variando
• Fratura articular dorsal ou volar do rádio distal resultando
somente o tipo de imobilização.
em subluxação do punho

• Entretanto, para as fraturas com desvio, instáveis e as intra-


articulares existem divergências de conduta e técnicas
empregadas.

• Consolidação 6- 8 sem

Complicações fratura distal rádio Fratura do escafóide


• Existem 8 pequenos ossos no carpo. A fratura mais comum é a
• Consolidação viciosa do escafóide.

• Disfunção do nervo mediano


• Artrose rádio-cárpica
• Rigidez articular dos dedos
• Ruptura tendinosa
• Distrofia simpático reflexa

Fratura do escafóide Fratura do escafóide


• Freqüente em adulto jovem • Sintomas clínicos com RX negativo: tala gessada axilo-palmar
incluindo o polegar por 10-14 dias; reavaliar em seguida
• Queda com o punho em
hiperextensão • Não deslocada: gesso por 6 a 12 semanas

• Edema e dor à palpação da • Deslocada: tratamento cirúrgico (redução interna e fixação


tabaqueira anatômica com fio de Kirschner ou parafuso de Herbert)

• Muitas vezes: Rx inicial não • Consolidação: 4 – 20 sem


demonstra fratura.

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