Estudo de Caso: Uma estratégia para o café brasileiro no exterior A seguir, descreveremos alguns dados envolvidos com o mais tradicional produto brasileiro no mundo: o café. Darei um exemplo de uma situação real. Embarcamos de são Paulo para NY. Foi-nos oferecido café. Aceitamos de pronto. E para nossa surpresa recebemos café e açúcar com propaganda do Café da Colômbia. Até aí podemos pensar; é só um acordo da Cia aérea. Já em plena cidade de NY, resolvemos visitar uma das mais tradicionais redes de cafés: Starbucks. E para nossa 2ª surpresa: somente um tipo de café brasileiro foi oferecido. Isso porque a pouco tempo atrás, segundo apuramos, não existia nenhum. Mesmo na Europa, é muito comum encontrarmos café produto mais tradicional. Sabemos que há vários órgãos no BR, que, de um modo ou de outro, interferem na indústria de café. Temos o Conselho Nacional do Café, Conselho Deliberativo de Políticas para o Café, Associação Brasileira da Indústria do café, a Embrapa, as Secretarias de Agricultura, MAPA, BNDES, entre outros. O BR sendo o maior produtor mundial de café tem um peso significativo na formação de preços internacionais de um produto, que, aliás, é cotado em dólar. O maior consumidor são os EUA e os maiores importadores do nosso café, a Europa, com destaque para Alemanha. Podemos, também, chegar a ser o maior consumidor do mundo. Aspectos como a competitividade do café brasileiro, mercados tradicionais bem como novos mercados (emergentes) do café brasileiro, avanços tecnológicos, novas regiões produtoras, indústrias e exportadores e aumento do mercado consumidor merecem destaque na nossa discussão. O mercado consumidor interno pode chegar a crescer 25% em questão de quatro a cinco anos. Destaca-se a mudança de hábito de consumo do brasileiro em relação ao aumento da demanda de cafés de melhor qualidade, como os cafés gourmets e cafeteiras elétricas. Dentre os grandes produtores tem-se a Costa Rica e Colômbia, países com topografia acidentada e altos custos de produção. Fatores climáticos como El Niño podem ocasionar perdas nesses países. A Indonésia, outro grande produtor, não tem uma grande área disponível para expansão dos plantios, o mercado consumidor asiático está em pleno crescimento. Timor leste é outro pequeno produtor nessa região. Novos avanços tecnológicos na produção nos levam a uma evolução do nível técnico da lavoura brasileira como um todo, resultando em um incremento constante de produtividade. O café irrigado, em regiões como o Oeste da Bahia, por exemplo, utiliza tecnologia de ponta, a mais avançada do mundo com produtividade jamais vista para indústria do café.
Diante do quadro traçado, responda a questão abaixo:
1 – No âmbito do posicionamento estratégico, qual escolha deverá fazer a indústria do
café? Deverá adotar posicionamento baseado no Modelo Porteriano ou escolher uma abordagem na linha do Modelo Delta? Justifique sua escolha de acordo com uma dessas abordagens. R: Focado no café arábica em grãos para exportação como um produtor escolheria o Modelo Delta como estratégia abordada pois o fato de sermos um mercado consolidado sem uma concorrência a altura (por hora) é viável focar mais no consumidor do que em seus concorrentes tendo em vista que a abordagem em cada país deve ser diferente baseando-se em Cultura, costumes e consumo da população. Visando o ganho de força de tais mercados emergentes já mencionados, é possível que no futuro próximo venha ser necessário uma estratégia mais voltada para Porter para tentar inibir esse avanço e evitar perder liderança no mercado.